shapes magazine 2015 #2 brazil
Post on 14-Apr-2016
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NOTÍCIAS SOBRE SOLUÇÕES INOVADORAS DE ALUMÍNIO DO GRUPO SAPA 2:2015
Os anos de ouro
dos carros americanos
TRANSPORTES LEVESTRENS, CAMINHÕES E NAVIOS EM REGIME DE EMAGRECIMENTO
AUTOMÓVEIS COOL O METAL DE
ESCOLHA NA INDIA
Ao reduzir o peso e cortar emissões, os fabrican-
tes de automóveis norte- americanos estão transfor-
mando a maneira como se fabricam carros.
de alumínio
2
Editorial Índice
Shapes é a revista de clientes do Grupo Sapa. É publicada semestralmente em 18 idiomas.
Chefe de redação: Kevin Widlic, kevin.widlic@sapagroup.com Assistente editorial: Eva Ekselius,
eva.ekselius@sapagroup.com Editor executivo: Ylva Carlsson Diretor gráfico: Johan Nohr
Coordenação de idiomas: Inger Finell Produção: Appelberg Publishing Group Impressão: V-TAB Alterações de endereço: Informe o seu representante Sapa ou Comunicação Corporativa pelo
info@sapagroup.com Shapes está também disponível em www.sapagroup.comCopyright © Sapa AS 2015 – Todos os nomes de produtos Sapa mencionados nesta revista são marcas registradas do Grupo Sapa.
04Pedal a fundoO alumínio é cada vez mais popular em meios de transporte de massas, desde caminhões, a ônibus e trens.
08Mais leve e mais luminosoO setor automotivo dos Estados Unidos procura materiais mais leves para melhorar a economia de combustível.
16À procura de equilíbrioRavi Chidambar, CEO da Tata Toyo na Índia, é um entusiasta de trocadores de calor – e procura materiais com boa condutividade térmica.
20Visualização modernaO software 3D permite criar modelos de um edifício ou uma sala em segundos, na casa do cliente.
MAIS PARA LER
Como funciona 03 · Bom exemplo 07 · Esta imagem 12 Notícias 14 · Tendências 19 · Soluções verdes 22
A velocidade está aumentandoA S ATITUDES EM RELAÇÃO ao alumí-
nio mudaram nos Estados Unidos. Du-
rante muito tempo o alumínio esteve
ligado a latas de bebidas e painéis para
casas, mas agora tanto os fabricantes como os con-
sumidores começam a entender o grande potencial
do alumínio.
Os nossos clientes observam as tendências nos
seus setores e nos contatam para os ajudar a usar
o alumínio nos seus produtos. A norma é agora o
design com extrusões. É uma mudança fantástica,
que vejo constantemente na minha função como
chefe das extrusões da Sapa nas Américas.
Empresas como Utility Trailer e General
Truck Body usam o alumínio para reduzir peso e
prolongar a vida útil dos seus reboques. A Maxon,
um dos maiores fabricantes de portas basculantes
para caminhões, nos dizem que os clientes adoram
o alumínio, pelo seu bom aspecto e por não
enferrujar. Com a sua sinalização fantástica,
a SignResource usa a versatilidade do
alumínio como ponto de venda. Estes
são o tipo de clientes que atualmente
estão colocando o alumínio na
vanguarda da produção.
O alumínio resistente, leve
e sustentável está mudando
o mundo à nossa volta.
Considere como o alumínio
pode ajudar o seu negócio.
É uma valorização escolher
soluções de alumínio
sustentáveis e inovadoras.
PATRICK LAWLORVice presidente executivo Sapa Extrusion Americas
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Shapes é a revista de
Chefe de redaçãoeva.ekselius@sap
Coordenação de Alterações de eninfo@sapagroup
Copyright © Sapa AS nesta revista são mar
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Como funcionaComo funciona
A CHAPA DE ALUMÍNIO PASSA por uma série de rolos em grande velocidade, que gradualmente transformam a chapa em um tubo. No ponto de soldagem, os cantos da chapa são aquecidos com calor por indução de alta frequência. Os cantos da chapa são unidos com um conjunto de rolos, que aperta e une as extremidades do material da chapa. A forma final e tolerâncias são feitas por uma série de rolos de calibragem, antes de cortar os tubos ao comprimento.
Tubos soldados oferecem uma variação limitada de espessura de parede, comparado com a extrusão, permitindo criar proprieda-des exclusivas na liga de base, e também no interior e exterior do tubo com material de revestimento de chapas. Também é possível gravar em relevo no material da chapa.
Soldagem de tubos de alumínio
Aquecimento por indução de HF (Alta Frequência)
Gravação em relevo possível
Rolos de moldagem
Rolos de soldagem
Calibragem/Rolos de calibragem
ILUSTRAÇÃO PETR KOLLARČÍK
Tubos redondos
Tubos ovais planos tipo B Tubos ovais Tubos retangulares
São possíveis todos os tipos
de formas
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Transporte de massas
É cada vez mais fácil encontrar alumínio em veículos pesados e em outros meios de transporte de massas. É só olhar.TEXTO KEVIN WIDLIC FOTO RICOWDE/GETTY IMAGES
Simples, verde e em movimento
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A LFRED NOBEL, cuja fortuna foi usada para
estabelecer o Prêmio Nobel, pode ter sido
o primeiro a usar alumínio em transportes
marítimos, no barco a vapor de passageiros Le
Migron. Construído especialmente para Nobel em
1891, este barco foi feito parcialmente de alumínio. Ele tinha
encontrado um metal com várias vantagens práticas.
Além do setor marítimo, o transporte de massas como
segmento inclui caminhões e outros veículos pesados, ônibus e
trens. É claro que o uso de alumínio na construção e aplicações
do setor automotivo são mais falados, mas este forte aumento
do alumínio em transportes de massas é igualmente fantástico.
Graças à urbanização crescente, não é provável que isto venha
mudar.
A International Energy Association (IEA) prevê que nas
próximas quatro décadas, a procura global de transportes vai
duplicar, em relação aos níveis de 2010.
“A previsão é que a parte da população mundial vivendo em
cidades será de cerca de 70 por cento em 2050 e o consumo
de energia para transportes urbanos irá duplicar, ou seja, a
necessidade de soluções de transporte eficientes, seguros e com
grande capacidade é cada vez mais urgente,” afirma Maria van
der Hoeven, diretora executiva da IEA.
No ano passado, a International Union of Railways (UIC),
uma organização global com 240 membros, apresentou uma
iniciativa muito ambiciosa na Conferência das Nações Unidas
para Mudanças Climáticas, em Nova Iorque. O diretor geral
da UIC, Jean-Pierre Loubinoux, apresentou os objetivos
destinados a reduzir substancialmente o consumo de energia e
emissões de gases de efeito estufa de ferrovias, e um equilíbrio
mais sustentável dos meios de transporte.
Ele afirma que o setor global ferroviário vai cumprir estes
objetivos seguindo vários impulsionadores chave, que incluem
melhoria dos fatores de carga e aquisição de trens ou material
rodante mais eficiente.
“As alterações climáticas são o assunto que define a nossa
era,” diz Loubinoux. “As ferrovias são uma parte muito
Segmentos principaisO transporte de massas inclui o movi-mento de pessoas e de mercadorias. Os principais segmentos de mercados são:
G Caminhões G Reboques G Trens (material rodante) G Marítimos
6
importante da solução devido à sua baixa
intensidade de carbono.”
Assim como nas ferrovias, o alumínio
também ajuda a reduzir as emissões de gases de
efeito estufa de transportes rodoviários de duas
maneiras. Em primeiro lugar, o metal aumenta
a capacidade de carga, melhorando assim a
performance do transporte e permitindo que
sejam carregadas mais mercadorias por cada
viagem. Em segundo lugar, reduz o peso geral
do veículo, e por isso o consumo de combustível
por quilômetro.
CAMINHÕES DA CLASSE 8 usam em média
mais de 500 quilogramas de alumínio. O
metal é usado principalmente no interior e
exterior, na estrutura do reboque, cabine e
outros componentes críticos. A produção
de caminhões está prevista para aumentar 7
por cento em 2015, principalmente na Ásia e
América do Norte; em 2014 foram produzidos
cerca de 3 milhões de unidades.
“As estruturas dos caminhões continuam
sendo construídas da mesma maneira desde
os anos 50,” diz Dana Pearce, diretor geral
da General Truck Body Inc. em Montebello,
Califórnia. “Por isso, o nosso desafio é fabricá-
las com os custos mais eficientes possíveis e
com uma longevidade maior. É por isso que
o alumínio foi introduzido. A qualidade do
alumínio melhorou. Estamos na crista da onda
neste momento.”
A vasta utilização de alumínio na construção
de navios só começou a partir dos anos 60,
quando o preço deste metal começou a ser
mais competitivo. Agora, em 2015, os iates e
cruzeiros estão cada vez maiores e os navios
militares e as balsas de passageiros estão cada
vez menores e mais rápidos; e o alumínio
continua crescendo, desde convés para
automóveis até superestruturas.
Na construção de navios a maior vantagem
do alumínio em relação ao aço é o seu peso
baixo, juntamente com a sua resistência e
maleabilidade. Além disso, as ligas usadas
atualmente na construção de navios sofrem
corrosão 100 vezes mais lentamente do que o
aço, de acordo com o ISO 9223:2012.
Quatro anos após a construção do barco
de passageiros de Nobel, uma embarcação
chamada Defender foi a vencedora de uma das
regatas mais prestigiosas, a America’s Cup.
Esta embarcação foi totalmente construída em
alumínio. No entanto, nessa época o custo deste
metal leve era 35 vezes superior ao do aço.
A Maxon é o maior fabricante de marca de portas basculantes para caminhões. Os seus clientes estão cada vez mais interessados tanto pelo aspecto do alumínio como pelo seu peso baixo.
A Maxon fabrica portas basculantes para caminhões. Esta empresa, sediada na Califórnia, afirma que as portas basculantes são normalmente guardadas niveladas com as portas de caminhões ou reboques, servindo muitas vezes como porta ou carroçaria elevatória do veículo.
O alumínio é usado mais frequentemente nas plataformas das portas basculantes da Maxon, substituindo o aço, afirma a supervisora de compras Virginia Tejeda. “É por causa da ferrugem,” diz ela.
Penske e Ryder, duas das maiores empresas de caminhões e reboques dos Estados Unidos, lideram esta mudança. “Eles querem que a plataforma tenha bom aspecto”, conta Tejeda. “Eles não querem ver ferrugem e não querem que os seus clientes vejam ferrugem. Eles querem o alumínio, porque mantém o seu bom aspecto durante mais tempo.”
“Eles não querem ver ferrugem”
transporte de massas
A Collins Manufacturing Company é um distribuidor das portas basculantes da Maxon.
Ralph Gideon, da Sapa, e Virginia Tejada, da Maxon, discutem o uso de alumínio em portas basculantes da Maxon para fabricantes de caminhões e reboques dos Estados Unidos.
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TEXTO ANNA MCQUEEN FOTO MIGUEL JELLISS
Uma luz no horizonte
MIRIAM URIA NASCEU em Vitória, no norte da
Espanha, estudou Engenharia na universidade e
fez uma pós-graduação em Administração. “Eu
gosto de pessoas, por isso a administração acabou
sendo o melhor para mim, apesar de que o meu
curso de engenharia me ajuda muito no meu
trabalho”, explica.
Como diretora da cadeia de suprimentos da
Sapa Building Systems Ibéria, ela tem que tratar
das vendas de clientes, desde a encomenda à
entrega, e assegurar que o cliente está satisfeito
em todas as etapas. Ela administra os armazéns
na Ibéria e supervisiona a produção, incluindo
pintura, efeito de madeira e montagem. Ela é
também responsável pelo ambiente, saúde e
segurança, que é uma questão chave na Sapa.
“Os últimos anos foram extremamente difíceis
na Espanha e em Portugal,” explica Uria. “Desde
a crise econômica de 2008, fomos obrigados
a reestruturar a empresa ano após ano, e isso
nunca é agradável. Ao mesmo tempo que estamos
despedindo pessoas, é necessário manter a equipe
motivada e com o olhar no futuro.”
Para a Miriam, o mais fundamental numa
reestruturação é o respeito. “É necessárioquando
se trata de demissões, que são momentos muito
angustiantes para todos, particularmente para
quem está prestes a ser um ex-funcionário. É claro
que cumprimos sempre as nossas obrigações
legais, mas para mim é fundamental ser também
atencioso, dar às pessoas o tempo necessário para
entenderem a sua situação.”
Uria tem esperança que agora que a situação
já atingiu o fundo do poço, o único caminho seja
subir. “Estamos numa fase em que o tamanho da
empresa na Espanha e em Portugal foi adaptado às
exigências do mercado, e no primeiro trimestre de
2015, começamos finalmente a crescer,” diz.
Nestes últimos anos, a Espanha e Portugal
têm passado por momentos difíceis. Miriam
Uria pensa que a situação já atingiu o fundo
do poço, agora só é possível voltar a subir.
Miriam Uria
Posição: Diretora da cadeia de suprimentos da Sapa Building Systems Ibéria.Local de trabalho: Miranda de Ebro, na Espanha, e Lisboa, Ílhavo e Penafiel, em Portugal.Família: Casada, com uma filha de três anos.
Anos que está na Sapa: Sete.Tempo livre: Ler, correr e “pádel”, um jogo com raquetes, que é uma mistura entre o tênis e o squash.Como você se descreve com apenas um adjetivo? Dedicada!
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Bom exemplo
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O alumínio está fervilhando nos Estados Unidos e o grande apetite dos americanos por
este metal continua crescendo.TEXTO KEVIN WIDLIC FOTO ED FREEMAN/GETTY IMAGES
Perspectiva AMÉRICA
A transformação da América
“A PROCURA DE alumínio nos Estados Unidos
está acima do que era antes da Grande Recessão
de 2009,” diz Ryan Olsen, responsável pela infor-
mação e estatísticas do grupo comercial norte-
americano Aluminum Association. Os setores auto-
motivo e da construção civil lideram este impulso,
particularmente para soluções extrudadas, com o
setor dos transportes logo em seguida.
Pouco tempo depois, a Ford era o assunto de
todas as conversas, com a introdução de uma pica-
pe leve, a F150. O presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, assinou uma ordem executiva para
reduzir significativamente até 2025 as emissões de
gases de efeito estufa e o consumo de energia nos
edifícios federais. A Casa Branca também solicitou
aos maiores fornecedores do governo federal para
adotarem as mesmas práticas.
“Esta política incentiva escolher o uso de produ-
tos ‘preferencialmente ecológicos’,” afirma Heidi
Brock, que está à frente da Aluminum Association.
“Há muito tempo que a utilização de alumínio em
edifícios é um elemento chave da certificação de
Liderança em Energia e Design Ecológico para o
design e construção de edifícios.”
Christopher Grundler é diretor do Depto. de
Transporte e Qualidade do Ar da U.S. Environmen-
tal Protection Agency. Ele fez parte do grupo que
desenvolveu as primeiras normas para as emissões
de gases de efeito estufa para veículos pesados e de
passageiros.
Ele conta que, no seu serviço, antecipam uma
mudança substancial no setor automotivo durante
a próxima década, em tecnologias avançadas de gás
e motores de combustão, continuando a redução
do peso. Fabricantes de automóveis como a Jaguar
e a Tesla são exemplos.
“Os técnicos que trabalham na indústria auto-
motiva estão vivendo uma época de ouro, com a
oportunidade de transformar a forma como os au-
tomóveis são fabricados”, diz Grundler.
“Esta transformação inclui o alumínio,” diz
Alan Taub, um professor universitário e anterior
diretor global de pesquisa e desenvolvimento da
General Motors. “Tudo o que possa ser feito para
reduzir o peso, ajuda a equação das emissões e eco-
nomia de combustível [veículos], porque cerca de
15 por cento de melhorias na economia de combus-
tível têm origem na diminuição do peso,” diz Taub.
“Mas é difícil prever qual é o material que vai
sair vencedor.”
A TAXA DE desemprego nos Estados Unidos caiu
cerca de dois pontos percentuais nos últimos dois
anos. Pouco mais de 80 por cento dos funcioná-
rios nos Estados Unidos trabalham pelo menos
35 horas por semana, de acordo com o Serviço de
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“ Os técnicos que trabalham na indústria automotiva estão vivendo uma época de ouro, com a oportunidade de transformar a forma como os automóveis são fabricados.” Christopher Grundler, U.S. Environmental Protection Agency
A SignResource fornece sinalização para grandes empresas que pretendem alterar a sua identidade visual ou pequenas empresas que querem estabelecer a sua própria imagem.
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Perspectiva AMÉRICA
Produzir com energia limpaO setor do alumínio nos Estados Unidos está passando por uma boa fase, o que é importante para o país. A associação americana Aluminum Association relata que:
G Nos Estados Unidos, mais de 155 000 trabalhadores são empregados diretamente pelo setor do alumínio; a cada um destes postos de trabalho são acrescentados 3,3 postos criados em outros setores da economia.
G Desde 2013 que as empresas membro têm anunciado expansões de fábricas nos Estados Unidos, com investimentos que somam mais de $2,4 bilhões e que vão criar mais de 1 000 postos de trabalho permanentes e temporários.
“Tudo o que se refere à produção de alumínio é considerado uma produção com energia limpa,” afirma o consultor sênior David Foster do Ministério de Energia. Os postos de trabalho do setor do alumínio contribuem para a economia e para o ambiente.”
Estatísticas Laborais. Os salários estão subindo. Os
preços da gasolina baixaram. A bolsa está mais forte
e os preços das casas está subindo.
O Fundo Monetário Internacional escreve que a
taxa de produção dos Estados Unidos se recuperou
mais rapidamente da recessão de 2008–09, compa-
rado com outras crises econômicas recentes. The
Economist cita especialistas, que preveem que o
país vai perder indústrias de baixa tecnologia e se
distinguir em artigos mais complexos, uma produ-
ção mais avançada. Com os avanços de tecnologia,
a produção é agora cada vez menos dependente de
mão de obra.
Quanto tempo vai durar esta recuperação? É
difícil de prever.
Joseph P. Quinlan, que é estrategista de mercado
e diretor executivo do Bank of America Investment
Strategies Group, afirma que “Sem reformas estru-
turais nos Estados Unidos, o crescimento que esta-
mos sentindo pode ser muito fugaz.”
“As pessoas estão sempre querendo se
reinventar,” afirma Mike Jimenez, da
SignResource Identity Group. “O que
é bom para nós.”
Sinal dos tempos
TEXTO KEVIN WIDLIC FOTO RYAN SCHUDE
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A SIGNRESOURCE É um fabricante de sinalização
e soluções de identidade com um serviço
completo, líder nos EUA em aplicações LED para
programas de identificação de empresas. Sediada
em Maywood, na Califórnia, um subúrbio de Los
Angeles, a empresa atende clientes nacionais e
regionais em todo o país desde 1969.
“Às vezes temos que produzir 400 placas de
sinalização por mês,” afirma Jimenez, diretor
técnico e de qualidade. “Pode ser para um banco,
um restaurante, uma nova localização ou para toda
a região, e tudo tem que ser feito dentro do prazo.
Por isso, temos que ser inteligentes na forma como
fabricamos as placas de sinalização – e queremos
passar esta economia aos nossos clientes.”
Onde quer que você esteja nos Estados Unidos,
há uma grande chance de passar por uma placa de
sinalização exterior feita pela SignResource – em
postos de gasolina, bancos como o Wells Fargo ou
restaurantes como o Burger King. A empresa já
entregou mais de 500 000 produtos de sinalização
apenas para a Shell Oil.
As placas de sinalização exterior são feitas
com extrusões de alumínio, com dobradiças para
oferecer um acesso mais fácil para a manutenção
da iluminação. Há 22 anos que a SignResource usa
extrusões na sua sinalização.
“Um dos nossos mercados principais são clientes
da indústria petrolífera, que nos visitam para fazer
auditorias e vistoriam tudo – até a segurança da
sinalização,” diz Jimenez. “A chuva é um fator, porque
os produtos atuais são mais sofisticados em termos
de eletricidade e iluminação. Os nossos produtos
extrudados cumprem e ultrapassam a certificação UL
(Underwriters Laboratories).”
Quando as grandes empresas mudam a sua identidade
visual, ou quando pequenas empresas querem
estabelecer a sua própria identidade, a resposta da
SignResource tem que ser rápida. O diretor de operações
José Andrade, afirma que é normal a empresa ter que
enfrentar prazos de entrega de duas semanas.
Consequentemente, a maioria do estoque que a
empresa fabrica permanece na fábrica apenas dois dias.
“O alumínio é o pão nosso de cada dia,” diz Jimenez.
“O design é mais fácil, o que quer dizer que todo o
processo é mais rápido. É leve, ou seja, poupamos nos
custos de transporte e a proporção do peso em relação à
força do vento é mais econômica com extrusões. E tem
muito bom aspecto.”
“Queremos que a nossa sinalização tenha bom aspecto
durante muito tempo. Oferecemos uma garantia de cinco
anos, mas já vi alguns que duraram 20 anos.”
“ Queremos que a nossa sinalização tenha bom aspecto durante muito tempo. Oferecemos uma garantia de cinco anos, mas já vi alguns que duraram 20 anos.” Mike Jimenez, SignResource Identity Group
Esta imagem
No mundo da Sapa, um laboratório é uma sala ou um local que esteja equipado para conduzir pesquisa científica sobre o alumínio. O trabalho efetuado neste laboratório pode melhorar produtos ou processos existentes, ou preparar o caminho para novos. Processos ou produtos mais eficazes podem reduzir custos.
A ciência nunca dorme
Este laboratório está localizado na costa sudoeste da Noruega, em Karmøy. As operações de tubos de alumínio da Sapa usam o laboratório para estarem sempre antecipando tendências, desde o desenvolvimento de revestimentos e ligas, até a corrosão e design de trocadores de calor.
TEXTO KEVIN WIDLIC FOTO TERJE RIAN
Na vanguarda
Medições eletroquímicas mostram as reações da interação entre o metal e a solução de eletrólitos.
Investigações feitas com um microscópio eletrônico de varredura demonstram o de-senvolvimento de microestruturas durante o processamento e fabricação de produ-tos de alumínio, assim como as formas como os componentes da microestrutura influenciam as propriedades finais.
A soldagem é um processo de união, em que um metal de adição é aquecido acima do seu ponto de fusão, mas abaixo do ponto de fusão dos metais a serem unidos.
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A roupa de astronauta do Rover, o veículo de MarteA MISSÃO CURIOSITY com o Rover da
NASA teve um custo de $2,5 bilhões, a
mais ambiciosa missão da história de
exploração do espaço com robótica. É
certamente a primeira vez que o mundo
escutou a música de “Parabéns” cantada
da superfície do planeta vermelho, para
marcar o primeiro aniversário do robô
em Marte. O objetivo da missão Curiosity
é detectar se já houve vida em Marte e se
algum dia os humanos poderão sobreviver
nesse planeta. Não que a Curiosity
tenha alguma coisa para se preocupar
nesse departamento. Leve, durável e
extraordinariamente resistente, as ligas
de alumínio foram o material escolhido
pela NASA para o robô de três metros de
comprimento e com 900 kg de peso e o
seu revestimento que protege todos os
componentes eletrônicos sensíveis no
seu interior. Você pode seguir a missão
em mars.nasa.gov/msl e no Facebook e
Twitter em facebook.com/marscuriosity e
twitter.com/marscuriosity.
Este auto retrato do Curiosity Mars Rover da NASA mostra o veículo no local “Mojave”, onde a sua broca recolheu a segunda amostra de Mount Sharp da sua missão.
A ÚLTIMA COLEÇÃO do oculista
norueguês Kaibosh é o resultado
de um diálogo inspirador com o
músico, produtor e apaixonado
por óculos Kristian Stockhaus,
de Bergen. As armações de
alumínio têm sete estilos
diferentes, com nomes que se
referem a momentos chave na
vida de Stockhaus.
A MARCHA NÓRDICA teve origem
na Finlândia, como regime de treino
de verão para esquiadores, mas desde
então se espalhou por todo o mundo.
Este exercício popular aumenta o
consumo de energia e os níveis gerais
de condição física. Não se surpreenda
se vir alguns entusiastas de marcha
nórdica correndo ou pulando com
os seus bastões à noite. As marcas
refletoras nos bastões telescópicos
de alumínio de Silva tornam mais
fácil visualizar caminhantes fazendo
exercício durante a noite.
Energia para um passeio revigorante
Notícias
Ele tem aquela expressão
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Um obra de arte regeneradora
de latas de alumínio de bebidas são recicladas na Europa.
PERCENTAGEM
Os hospitais precisam de uma vista reconfor-tante. É isso que a obra de arte monumental de Linda Covits, Havre, pretende proporcionar. O seu design evoca um sentido de comunidade e de esperança, e a es-cultura – feita de tubos retangulares de alumí-nio e projetores LED – envolve os pacientes, pessoal e visitantes do McGill University Health
Centre de Montreal, com a sua curvatura protetora e envolvente. Durante o dia, a luz faz sombras em toda a obra, transformando-a conforme as horas, dias e estações do ano vão passando; à noite, a ilu-minação LED envolve a obra em tons sutis de azul-celeste e azul-tur-quesa, invocando água e ar, elementos essen-ciais para a vida.
Escadaria das estrelasA SAPA EXTRUSION Harderwijk, na Holanda, literalmente preparou o
palco para o Festival Eurovisão da Canção de 2015 em Viena, fornecendo
20 toneladas de tubos de alumínio extrudados, fabricados especialmente
para a construção espetacular da empresa de metais holandesa, De Wilde.
Melhorar a qualidade do divertimentoGALOPIN, O DESIGNER e fabricante
líder da Espanha de equipamentos para
parques e paisagens infantis exteriores,
está agora usando perfis de alumínio
em vez de colunas de madeira para os
balanços e torres.
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Carros arrefecidos na Índia
TEXTO R F MAMOOWALAFOTO SAMEER BELVALKAR
O alumínio é a escolha lógica para fabricar trocadores de calor para veículos com eficácia energética e ecológicos para o setor automotivo indiano, que está em grande crescimento.
O SETOR AUTOMOTIVO INDIANO percorreu
um longo caminho desde os anos 60 e 70, quando
em estradas montanhosas, os condutores eram
obrigados a parar, para colocar água no radiador e
resfriar o motor. “Hoje em dia ninguém abre o capô
do carro; se o fizer, estará insultando o fabricante do
automóvel,” diz Ravi Chidambar rindo, CEO da Tata
Toyo Radiator Ltd.
Muitos jovens estão fascinados por automóveis,
mas Chidambar diz que para ele o fascínio são os
trocadores de calor. Como engenheiro mecânico,
fez uma pós-graduação em 1986 especializada em
energia térmica e tecnologia térmica, e começou a
trabalhar na Tata Toyo.
“Como costumo dizer à minha equipe, desde que
haja movimento – sempre haverá calor produzido
por fricção e temos que encontrar mecanismos para
o arrefecer ou aquecer, no caso de climas frios,”
diz. “Desde que haja movimento, nunca nos faltará
clientes.”
O setor automotivo indiano está mostrando
alguns sinais de recuperação, com as vendas
de veículos de passageiros crescendo cerca de
4 por cento ao ano e de veículos comerciais
crescendo entre 8 a 10 por cento. A Índia é um
mercado sensível ao preço e os produtores de
automóveis começaram a fabricar veículos
econômicos para o mercado nacional, com a ajuda
de incentivos e benefícios fiscais do governo. O forte
aumento do poder de compra impulsionou a procura
por veículos de passageiros. “Acompanhando o
crescimento da economia indiana, mais nenhum
setor tem contribuído tanto para o PIB como a
indústria automotiva,” diz Chidambar.
Relativamente ao uso de alumínio em trocadores
de calor, que a filosofia da Tata Toyo é produzir
produtos mais ecológicos. “Com veículos cada vez
mais eficientes no consumo de combustível,” afirma,
“quem tiver produtos mais leves com emissões
reduzidas conforme determinado pela legislação
indiana, estará no negócio.”
Um automóvel possui de 20 a 25 trocadores
de calor e neste momento a Tata Toyo fabrica sete
destes, com mais em produção. Estes últimos serão
apresentados quando aumentarem as vendas de
carros elétricos e híbridos. “Estamos tentando
converter para alumínio alguns trocadores de calor
que neste momento fazemos de aço inoxidável,” diz.
O alumínio é leve e possui boa condutividade
PERfile RAVI CHIDAMBAR
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Ravi Chidambar
Idade: 53Designação: CEO, Tata Toyo Radiator Ltd.Localidade: Pune, Índia.Formação: Formado em engenharia mecânica, com uma pós-graduação no ITT de Bombaim, em energia térmica e tecnologia térmica. Família: A esposa é dona de casa. Tem dois filhos: uma moça que está estudando fisioterapia e um filho que vai cursar engenharia.Tempo livre: Cozinhar, jardinagem e caminhadas.
Vantagens do alumínioA maior vantagem do alumínio é a sua moldabilidade, maleabilidade e capacidade para fabricar peças brasadas em vez de soldadas. A brasagem de dois materiais é superior, quando é necessário um contato térmico. Como CEO da Tata Toyo, Ravi Chidambar afirma que “Antes usávamos radiadores feitos de cobre e latão, com aletas de cobre e tubos de latão, mas a união entre a aleta e o tubo era soldada, o que envolve o uso de chumbo. A condutividade do chumbo é inferior à do cobre e latão.”
Aletas e tubos de alumínio (ele usa tubos de alumínio de três camadas da Sapa) são unidos por brasagem. Quando sujeitos a temperaturas ligeiramente inferiores ao ponto de fusão, o alumínio forma uma pasta e é fundido, oferecendo um contato térmico excelente.
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“Estas soluções não se encontram em livros de estudo. São baseadas em aplicações,” diz Ravi Chidambar.
térmica. A sua receptividade a várias camadas de
ligas é outra vantagem. “Apesar de ser suscetível
a alguma corrosão, é mais robusto e leve, e mais
econômico do que o cobre,” afirma.
MAS, OS NOVOS desafios que enfrentamos com
os novos designs de trocadores de calor requerem
novas soluções. “O design de trocadores de calor
está melhorando cada vez mais, graças à evolução
e à experiência,” conta ele. “Estas soluções não se
encontram em livros de estudo. São baseadas em
aplicações. Com a prática, aprendemos e melhora-
mos e após vários ensaios chegamos ao produto
final.”
A Tata Motors adquire 40 por cento da
produção da empresa. As exportações para os Esta-
dos Unidos situam-se atualmente em apenas 3 a 4
por cento da produção, mas Chidambar tem planos
para aumentar esta porção para 20 por cento nos
próximos três anos.
A indústria automotiva enfrenta um grande
número de desafios técnicos e regulatórios. Como
as normas de emissões estão cada vez mais rígidas,
os desafios estendem-se também ao custo e à
embalagem. “Nos automóveis de passageiros, as
pessoas querem ter mais espaço no interior e menos
para o motor e componentes,” conta. “Por isso,
os nossos produtos têm que reduzir o tamanho
e dissipar mais calor para reduzir emissões.”
Os designs baseiam-se em todas as restrições e
limites regulados, mas é necessário ultrapassar
estes desafios para cumprir os nossos objetivos –
tecnologia, comércio, segurança e confiabilidade.
“Esta é a única forma de criar uma equipe e uma
fábrica que fabrica os produtos de qualidade exigidos
pela Tata Motors, Mahindra, Volvo, Ashok Leyland e
Cummins,” diz.
Chidambar afirma que o uso de alumínio no
seu setor continuará crescendo. “O alumínio não
vai ser considerado obsoleto ou substituído por
muitos anos,” diz ele. “Mas o maior desafio vai
ser desenvolver qualidades mais robustas, ligas e
materiais melhores, e continuar melhorando porque
os nossos clientes exigem um alumínio cada vez mais
fino e cada vez mais robusto.”
O maior desafio que enfrenta, é que a primeira
coisa que um comprador de um automóvel
indiano faz é ligar o ar condicionado e espera que o
automóvel fique fresco instantaneamente. “Por isso,
temos que desenhar evaporadores de trocadores de
calor para resfriar rapidamente,” diz ele.
“ Desde que haja movimento, nunca nos faltará clientes.”Ravi Chidambar, CEO da Tata Toyo Radiator Ltd.
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TENDÊNCIAS
O PREFERIDOA um terço do preço por tonelada
do cobre, o alumínio é cada vez mais escolhido para fabricar coletores de co-leta de energia fotovoltaica. Também está substituindo o aço inoxidável, com um preço semelhante, para alo-jamentos e estruturas, devido ao seu peso mais leve.
A UTILIZAÇÃO AUMENTA
Em 2050, é previsto que o uso de alumínio em sistemas fotovoltaicos tenha aumentado dez vezes, princi-palmente para estruturas de fixação e molduras de paineis de inversores, graças ao forte crescimento do merca-do fotovoltaico globalmente, conforme os incentivos governamentais aumen-tam para substituir os combustíveis fósseis.
APLICAÇÕES LUMINOSAS
Os coletores de alumínio se adequam perfeitamente a cozinhas solares, devido à sua baixa densidade e por serem fáceis de usar. Isto é particularmente viável em áreas com muita luminosidade e poucas escolhas de combustível, como em situações de desastres naturais.
TRANSFERÊNCIA DE CALOR
Os tubos para conduzir fluidos para transferência de calor e cabos condutores de eletricidade são cada vez mais feitos de alumínio, subs-tituindo o uso tradicional de cobre, devido à grande diferença de preços. A sua produção e técnica de manu-tenção também sofreram um rápido desenvolvimento, para permitir o uso de alumínio nestas aplicações.
ALUMÍNIO REVESTIDORevestimentos especiais aumen-
tam o fator de absorção de radiação solar do alumínio de 15 para 95 por cento. Estes revestimentos são es-senciais em coletores para aumentar a eficácia da conversão solar, ao mesmo tempo que reduzem o peso e a corrosão.
tendências térmicas solares“O alumínio está presente em mais de um terço dos coletores solares
térmicos,” afirma Chris Laughton, diretor geral da Solar Design
Company. Ele compartilha com os leitores da Shapes as suas ideias
sobre as tendências das aplicações fotovoltaicas e do alumínio.
TEXTO CARI SIMMONS ILUSTRAÇÃO CHRISTIAN MONTENEGRO
Referências: The Solar Design Company e “Aluminium and Renewable Energy Systems – Prospects for the Sustainable Generation of Electricity and Heat, final version commissioned by the International Aluminium Institute”, www.solardesign.co.uk/, www.world-aluminium.org/media/filer_public/2013/01/15/fl0000407.pdf
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Desenvolvimento
TEXTO ANNA MCQUEEN
Gostaria de acrescentar um pátio coberto à sua casa? Imagine se pudesse criar um modelo 3D em alguns minutos para ver exatamente o que gostaria de ter. Não é ficção científica – o futuro já chegou.
1. Criar a forma do seu projeto para a varanda.2. Integrar os artigos e abrir as portas deslizantes para parecer mais real.3. Integrar a sua construção na imagem da casa para visualizar o resultado final.
Varandas num instante
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A Delta Services está sediada em Toulouse, no sudeste de França. Foi criada em 2006 e emprega atualmente 33 pessoas em locais na França, Alemanha, Bélgica e Espanha. A Delta Services produz soluções de software para a Sapa Building Systems, com 7000 usuários em todo o mundo.
O DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS Delta Services da Sapa Building
Systems teve início em 2006, para
criar soluções de computação
para a visualização dos produtos
das marcas Wicona, Technal e Sapa. Em 2010,
começaram a ver como poderiam ajudar os clien-
tes das marcas a vender mais facilmente varandas
a clientes finais, e a solução foi uma série de
programas de software 3D – Tech 3D, Wic3D e
Sapa3D. São programas que são fáceis de aprender
e de usar, que produzem, em segundos, modelos
elegantes em 3D da construção proposta, e assim
ajuda os clientes finais a tomarem uma decisão
mais rapidamente.
“É muito importante trabalhar em estreita
colaboração com os nossos clientes em projetos
como este, quando a necessidade é demonstrada
diretamente por eles,” explica Bertrand Assemat,
diretor da Delta Services. “Subcontratamos
uma empresa húngara de desenvolvimento de
software, especializada neste tipo de soluções,
que trabalharam segundo os nossos requisitos
específicos, o que nos permitiu lançar uma pri-
meira versão em 2010. Baseado nas informações
recebidas dos nossos clientes, lançamos uma
versão atualizada em 2014. Toda esta experiência
tem sido muito positiva.”
“OS ARQUITETOS são o grupo principal de inte-
resse para estes produtos,” afirma Assemat. Com
um software como este, podemos poupar muito
tempo ao criar uma construção complexa em 3D,
como fachadas, e em breve poderemos também
Delta Services
criar dados para BIM (Building Information
Modeling) nos seus modelos digitais. Para cons-
trutores de alumínio, este software oferece uma
forte ferramenta de vendas. “O nosso objetivo era
oferecer a estes usuários uma solução de software
altamente portátil, que fosse muito fácil de apren-
der a usar e que os usuários pudessem carregar e
mostrar ao cliente final como ficaria o design do
seu projeto no local,” explica Assemat. “O cons-
trutor pode tirar uma foto da casa do cliente final,
e, numa questão de minutos, pode mostrar o seu
aspecto com uma bonita varanda acrescentada.
Acreditamos que isto é uma maneira fantástica de
fechar uma venda.”
ANTES DE EXISTIREM softwares 3D, arquitetos
e construtores eram obrigados a tirar medidas e
mostrar vários exemplos ao seu potencial cliente
antes de fazerem um modelo, que poderia levar
horas para criar. Agora, já podem fazer isso num
instante, na casa do cliente. O software usa um
processo de blocos geométricos simples, que são
montados para criar a simulação final. A formação
especializada demora cerca de um dia, mas muitos
aprendem trabalhando.
Em paralelo, a Delta Services criou também
uma versão web deste software para os clientes
poderem experimentar e criar as suas próprias
simulações. “O nosso objetivo com isto era criar
algo tão simples e atraente, como o planejador
de cozinhas da IKEA, mas para varandas,” conta
Assemat. “Os dados da simulação online do cliente
final são enviados diretamente para nós, que, em
seguida, passamos o contato para o nosso parceiro
construtor mais próximo para fazer uma oferta.
“Queríamos produzir ferramentas que fossem
simples e eficientes para que as pessoas as achas-
sem agradáveis de usar, e vamos desenvolvê-las
continuamente, com atualizações e adicionando
módulos, que vão facilitar a vida dos arquitetos e
construtores,” diz Assemat, que espera lançar mó-
dulos para simulações em 3D para janelas, portões
e sistemas de persianas.
“Desta maneira, é muito mais provável que
usem ou recomendem as nossas soluções – obvia-
mente, esse é o objetivo final.”
BIMUm elemento chave destas ferramentas 3D para arquitetos é a futura inclusão de tecnologia para a criação de arquivos integrados nos modelos com Building Information Modeling (BIM). Os arquivos BIM incluem características físicas e funcionais de locais, como medições matemáticas e informações sobre o fornecimento de serviços públicos. Já há vários países europeus impulsionando a adoção de normas BIM, para melhorar a interoperabilidade do software e assegurar uma melhor colaboração entre parceiros do setor.
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Soluções verdes RECICLAGEM
TEXTO CARI SIMMONS FOTO LAURI ROTKO/GETTY IMAGES
A RECICLAGEM DO ALUMÍNIO, que
usa cerca de 5 por cento da energia
necessária para produzir alumínio
primário, faz sentido tanto pelo am-
biente, como financeiramente. Atu-
almente, mais de metade do alumínio produzido
pela Sapa já foi reciclado. Tem origem em sucata
interna e alumínio fundido, obtido de fornecedores
externos.
Apenas na América do Norte, a Sapa usa 200
000 toneladas métricas de desperdício adquirido
anualmente nas suas oito fundições. Este desper-
dício vem de várias fontes, incluindo ferros-velhos,
agentes e clientes da Sapa.
“Trabalhar com os nossos clientes em proces-
sos de circuitos fechados, tem sido uma parceria
com muito sucesso, tanto para nós como para os
nossos clientes,” diz Timothy Chimera, diretor de
compras de metal da Sapa na América do Norte,
adquirimos os desperdícios industriais dos clien-
tes, que, por sua vez, são retornados ao seu estado
original para fabricação, aumentando assim a sus-
tentabilidade do produto.
“Cada cliente tem uma situação única, e esta-
mos empenhados em resolver as suas necessidades
únicas,” diz Chimera. “Por vezes, isto inclui parce-
rias com muitos dos nossos agentes de desperdí-
cios de metal, para facilitar a sua devolução.”
Do outro lado do Atlântico, estão decorrendo
programas semelhantes. Por exemplo, já foram
adquiridos de clientes postes de iluminação, solos
e até carrinhos para flores da Holanda, que são
depois convertidos em novos produtos finais. “Os
clientes nos vendem os seus desperdícios de alu-
mínio, que nós reciclamos em nossas fornalhas,
e extrusamos em novo alumínio,” explica Mick
Brennan, diretor sênior de metais secundários do
Grupo Europeu de Metal da Sapa.
OS CLIENTES ESTÃO cada vez mais procurando
adquirir este tipo de alumínio “verde” reciclado.
“Alguns países adquirem apenas material reciclado
homologado, por isso isto faz redobrar os nossos
esforços de reciclagem,” diz.
Encontrar desperdícios de boa qualidade é um
desafio, mas uma nova unidade de separação em
Tibshelf no Reino Unido, permite adquirir
material de qualidade mais baixa e extrair
todos os contaminantes para melhorar
a sua qualidade, como ferro, zinco, co-
bre, plástico, madeira e poeiras. “As
máquinas incluem um retalhador,
tambores, correntes de Foucault,
separadores magnéticos e máqui-
nas de radiografia, para produzir
desperdícios mais limpos que nos
ajudem a produzir lingotes de melhor
qualidade, a um custo mais baixo,” afir-
ma Brennan.
Na nova linha, o material é retalhado e indu-
zido à corrente de Foucault, que remove poluentes
de plástico e papel. O separador magnético e má-
quinas de radiografia removem outros contami-
nantes como o aço inoxidável, cobre, latão e ferro,
que, por sua vez, são vendidos para fazer endurece-
dores de alumínio e outros produtos.
O alumínio pode ser reciclado indefinidamente, consumindo uma pequena fração da energia necessária para produzir alumínio primário.
Fabricar alumínio de desperdício reciclado usa 1/20 da energia necessária
para fabricar alumínio primário. Os clientes
procuram cada vez mais este metal “verde”.
O alumínio usadonão morre
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Sem desperdício no processo de reciclagem
G O alumínio pode ser reciclado e reutilizado indefinidamente, sem qualquer perda de qualidade.
G O alumínio reciclado consome cerca de 5% da energia necessária para produzir alumínio primário.
G Mais de 50 por cento de todo o alumínio usado na produção da Sapa tem origem em reciclagem de sucata e lingotes de alumínio refundido.
G Cerca de 75 por cento das cerca de 1 bilhão de toneladas de alumínio alguma vez produzidas continua em uso. (Fonte: The International Aluminium Institute)
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Furos de parafusos para fixar as
extremidades.
Ranhuras para placas de circuito impressas.
Aletas para dissipar o calor.
Porta células.
Juntas FSW que permitem tolerâncias de montagem precisas.
O alojamento de extrusão serve como
proteção e ajuda a regular a temperatura das células. Ao unir várias funções na
extrusão, esta funcionalidade pode ser integrada a um
custo baixo.
O teto do armazém de energiaUm conjunto feito de extrusões é o alojamento das novas células de
armazenamento de energia do Ioxus. Esta empresa, localizada em Nova Iorque, fabrica tecnologia de ultracondensadores para os mercados de transportes, energia
alternativa, medicina, indústria e produtos para consumidores.
detalhe
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