semiologia e patologia médica
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Semiologia e Patologia
médicaEnfermagem Veterinária
2015/2016
AULA 1 (P1)
Dermatologia Dermatologia: é a especialidade na medicina veterinária que se ocupa do
diagnóstico e tratamento clínico/cirúrgico das doenças da pele
A pele é o órgão maior e mais visível do animal e funciona como uma barreira
anatómica e fisiológica entre o animal e o ambiente
Representa 24% do peso corporal no cachorro e 12% no cão adulto
Representa cerca de 60 do motivo da visita ao veterinário
Funções:
Recetor sensorial para o toque, pressão, vibração, dor, calor e frio
Produção de vitamina D
Armazenamento: água, gordura, eletrólitos, vitaminas, carboidratos, proteínas e outros materiais
Proteção: barreira contra agentes químicos, radiação e microrganismos
Regulação da temperatura: suporte através da pelagem, regulação da circulação sanguínea cutânea e
da função das glândulas secretoras
Indicador da saúde geral do animal, doença internas e dos efeitos de substâncias aplicadas tanto
externamente, como administradas por outras vias – Millieur interieur
Produção de anexos cutâneos: estruturas queratinizadas como os pelos, as unhas, e o estrato córneo
da pele
Dermatologia Anatomia e fisiologia da pele
A pele é contínua com a membrana mucosa presente em todos os orifícios do corpo – união
mucocutânea - do aparelho digestivo, respiratório, ocular e urogenital
Variação na qualidade e quantidade de pele e pelagem entre indivíduos de espécies
diferentes, da mesma espécie e da mesma raça; também varia com localização anatómica,
idade e sexo
Espessura média da pele: gato 0.4 – 2.0 mm; cão 0.5 – 5mm
Curiosidade: estudos da pele do nariz e focinho canino demonstraram que há diferenças
individuais, comprovadas geneticamente que são semelhantes às impressões digitais dos
humanos, que poderão vir a ser usadas na identificação individual de cada animal –
labiogramas e nasolabiogramas
Dermatologia
Exame microscópico e anatomia da pele
A pele é composta por uma camada externa de epitélio estratificado – epiderme-, por uma
camada interna fibrosa adjacente – derme –, e por uma camada de tecido conjuntivo laxo
localizada abaixo da derme, constituindo a camada profunda da pele que faz a união da pele
aos órgãos adjacentes – hipoderme (tecido celular subcutâneo)
Dermatologia Epiderme: Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado
Constitutição:
3 tipos celulares: queratinócitos, melanócitos e células de Langerhans
No contém vasos sanguíneos ou linfáticos
Camadas externa -> interna:
Estrato córneo (C)
Estrato lúcido (não está representado na imagem): áreas sem pêlo
Estrato granuloso (G)
Estrato espinhoso (S)
Estrato basal (B)
Camada de Malpighi
Dermatologia
Derme:
Constituição: camada papilar ou superficial e camada reticular ou profunda
Composição:
colagénio, reticular (pré-colagénio) e fibras elásticas, num meio rico em polissacarídeos (ácido
hialurónico e sulfato de condroitína)
Rica em vasos sanguíneos, linfáticos terminações nervosas e anexos cutâneos.
Funções:
Manutenção e nutrição da epiderme e estruturas anexas
Participação na remodelação, manutenção e reparação da pele
Responsável pela elasticidade e resistência da pele
União dermo-epidérmica: cristas e papilas epidérmicas
Hipoderme: situada ventralmente à derme
Composição: tecido conjuntivo laxo, tecido adiposo mais ou menos abundante, dependendo da
localização
Dermatologia Estrutura e função das células da epiderme, derme e hipoderme
Dermatologia
Anexos cutâneos:
Glândulas sebáceas:
Localização: áreas com pêlo, uma vez que são extensões da camada externa na parte superior do
folículo piloso
Produção de uma secreção oleosa (sebo) que mantém a pele suave e elástica, o pêlo brilhante e macio,
previne a secagem ou a hidratação excessiva da pele
Maior tamanho: maxila, prepúcio, superfície dorsal da cauda
Não associadas a folículo (abertura direta na sup. epidérmica): meibomian, tarsal, vulva, etc
Uniões mucocutâneas: circumanais e perianal
Glândulas sudoríparas: écrinas e apócrinas
Glândulas écrinas:
Localização: exclusiva nas almofadas palmares do cão e do gato, e no planos nasal do cão
Constituição: Células secretoras + canal secretor => “suor”
Dermatologia
Anexos cutâneos (cont.)
Glândulas Apócrinas:
Localização:
Cão: dispersas pela pele com pêlo (uniões mucocutâneas, espaços interdigitais, dorso do
pescoço)
Gato: região anal, bucal e mandibular inferior
Produção de uma secreção rica em lípidos e pigmentos, com odor forte
Função: não participam ativamente no mecanismo de termorregulação central, mas protegem a
pele evitando um aumento excessivo da temperatura
Algumas destas glândulas te um estrutura e função especializada: glândulas ceruminosas do
canal auditivo, sacos anais, glândula mamária
Dermatologia Anexos cutâneos (cont.)
Folículo piloso: unidades de produção do pêlo
Constituição:
Pêlo
Glândula sebácea
Musculo eretor do pêlo: situado na derme e a sua contração causa e elevação do pêlo
No centro localiza-se a papila dérmica, revestida por células da matriz que formam a raiz do pêlo
Primário: localizado em profundidade, constituído por glândula sebáceas, sudoríparas e músculo eretor
Secundário: mais pequenos e superficiais, podem conter uma glândula sebácea, mas sem o restante
Simples: contém um pêlo que emerge à superfície
Composto: vários pêlos a sair por uma abertura
Após o nascimento não há formação de novos folículos => os cachorros não perdem a sua pelagem, mas sim “ganham” um pelo adulto que é produzido nos folículos pilosos já existentes nas primeiras 12 semanas de vida
Dermatologia Pêlo:
Constituição: a medula centralmente e o córtex na periferia
Fotoproteção, regulação térmica, perceção sensorial e barreira contra as agressões químicas,
físicas e por microrganismos
Regulação térmica: comprimento, grossura, e densidade por área
Cão: camada primária (outer coat) e camada secundária (undercoat)
Folículos primários compostos (até 15 pêlos/abertura)
Gato: camada primária (guard hairs), camada intermédia (awn hairs), camada secundária (mais
finos de todos). Camada secundária bastante mais numerosa que a camada primária (dorsal
10:1; ventral 24:1)
Um folículo primário composto central (3 pêlos principais) rodeado de grupos de 2-4 folículos
secundários compostos (6-12 pêlos secundários)
Dematologia Cont. Pêlo:
Gatos adultos têm um crescimento do pêlo de cerca de 32,7g/kg/ano; cão 60-180g/kg/ano
(varia com a raça)
Dematologia
Cont. Pêlo:
Ciclo do pêlo:
Alguns fatores que afetam e controlam o crescimento do pelo: idade, diferentes necessidades de
regulação da temperatura, camuflagem, comunicação sexual e social
A atividade cíclica do pêlo adaptada às alterações sazonais de temperatura e do ambiente => papel
do fotoperíodo que vai atuar ao nível do SNC (hipotálamo, hipófise) induzindo alterações hormonais
(melanina, prolactina, estrogénio, cortisol, etc, que por sua vez causam alterações no ritmos do
Outros fatores que influenciam o ciclo do pêlo: temperatura ambiente, nutrição, hormonas, estado
de saúde geral, genética, e outros fatores intrínsecos pouco compreendidos
Crescimento do folículo piloso diretamente relacionado com proteína ingerida
Crescimento do pêlo não é contínuo, mas sim cíclico
Cada ciclo tem cronologicamente um período de crescimento – anagénese – folículo ativo a produzir
pêlo; período intermédio – catagénese- atrofia celular, o que provoca separação não imediata;
período de repouso – telogénese –o pêlo é retido no folículo, mas já completamente inativo, pronto
para a perda subsequente
Curiosidade: pensa-se que raças comos os Caniches e os Schnauzers tenham um crescimento
contínuo do pêlo
Dermatologia
Ciclo do pêlo
Anagése: fase de crescimento por mitose das células na papila; Catagénese: constrição no
bulbo piloso, com uma dilatação do folículo proximalmente, folículo distal vai aumentando
de volume, torna-se irregular e dá início à saída do pêlo do folículo; Telogénese: separação
da papila dérmica. Novo ciclo: novo pêlo forma-se no sentido ventral, incorporando a papila
dérmica novamente e formando o novo bulbo. O pêlo alonga e cresce continuamente.
Dermatologia
Cushing Má nutrição
Gato geriátrico
“Genialidade” humana
Dematologia Cont. Pêlo:
Crescimento do pêlo após tricotomia (procedimentos médicos, cirúrgicos, estética, etc):
Pêlo normal a curto: 3 a 4 meses
Pêlo médio a longo: até 18 meses
Em situações raras: falha do crescimento do pêlo na área de tricotomia
Aspeto macroscópico: normal
Aspeto microscópico: catagénese ou telogénese do folículo piloso
Etiologia desconhecida
Geralmente, desaparecimento espontâneo num período de 6 meses a 2 anos após a
tricotomia
Muito cuidado em animais de exposição => autorização prévia do
proprietário
Dermatologia Cont. Pêlo:
Tipo de pelagem
Cão:
Pelagem normal: composto de camada primária
e secundária, com maior proporção de pêlos secundários
Pastor alemão, Welsh Corgi
Pelagem curta: composto de camada primária
e secundária, com um crescimento bastante mais
acentuado de pêlos da camada primária. Menor
quantidade de pêlos na camada secundária quando
comparado com a pelagem normal. Maior quantidade
de pêlos por unidade de área. Tamanho pêlos primários
inferior aos da pelagem normal
Boxer, Rottweiler, Terrier (Bull Terrier), Teckel, Bulldog francês
Dermatologia
Cont. Pêlo
Pelagem longa: pode ser subdividida em pelagem longa fina e pelagem longa espessa.
Pelagem longa fina: maior quantidade de pêlo por
unidade de área (exceto nas raças miniatura/toy)
Cocker spaniel, Lulu da Pomerânia, Chow-Chow
Pelagem longa espessa: camada secundária
constitui cerca de 70% do peso total do pêlo
e 80% do número de pêlos
Caniche, Bedlington terrier e Kerry blue terrier
(raças que têm menor tendência para largar pêlo)
Dermatologia
Cont. Pêlo
Gato:
Pelagem curta: comprimento máximo da
camada primária cerca de 4,5 cm
Tipo selvagem e dominante relativamente
ao outro tipos de pelagem
Pelagem longa: comprimento máximo da
camada primária cerca de 12,5 cm
Dermatologia
Cont. pêlo (gato):
Vários mutantes no tipo de pelagem, que perpetuaram como característica de
determinadas raças:
Mutante “wire-hair” (pêlo cerdoso): pelagem áspera,
frisada, irregular – American wirehair
Mutante rex: ausência da camada primária - Devon rex
– ou camada primária semelhante à camada secundária
- Cornish Rex
Dermatologia Avaliação geral sumarizada da pele
Alterações da elasticidade ou espessura da pele
Simetria vs assimetria
Qualidade, brilho e cor do pêlo
Arrancamento do pêlo
Tipo de lesão: primária vs secundária
Foliculite bacteriana
Alopécia XDermatofitose
Dermatologia
Lesões cutâneas:
Lesões primárias:
Geralmente reflete a etiologia subjacente (alergia, parasita, imuno-mediada, etc)
As lesões primárias são úteis para o diagnóstico, mas são transitórias e de carácter evolutivo
Apresentação inicial durante um breve período: 1 a 2 horas
Lesões secundárias:
Geralmente resultam da evolução das lesões primárias
Produzidas por auto-traumatismo (mordedura, coçar,…)
Dermatologia
Lesões primárias Lesões primárias/
secundárias
Lesões de
pigmentação
Lesões secundárias
Máculas Alopécia Hiperpigmentação Liquenificação
Mancha Escamas Hipopigmentação Cicatriz
Pápula Crostas Comedões Colaretes
Vesícula Erosão
Bolha Úlceras
Nódulo Escoriação
Placa
Quisto
Tumor
Lesões primárias
Mácula: alteração circunscrita da coloração, lesão focal, tamanho < 1cm, sem perda da
continuidade da epiderme, não é palpável (mancha > 1cm)
Pápula: elevação palpável da derme até 1 cm, com conteúdo e consistência variável
(líquido, sólido)
Lesões primárias Pústula: pequena elevação da epiderme, com conteúdo purulento
Vesícula: pequena elevação (até 1 cm da epiderme/derme, com conteúdo liquido
claro
Lesões primárias
Urticária: lesão aguda com elevação da pele causada por edema subcutâneo, que aparece e
desaparece em minutos ou em poucas horas
Nódulo: lesão circunscrita e bem definida, caracterizada por uma elevação sólida da pele,
tamanho > 1 cm, atinge a derme ou o tecido subcutâneo em profundidade
Lesões primárias Tumor: massa de grande dimensão envolvendo epiderme e/ou derme
Placas: lesões únicas ou múltiplas, bem circunscritas da pele, caracterizadas por uma
elevação da pele (eritematosa, erosão ou úlcera)
Lesões primárias/secundárias
Alopécia: perda parcial ou completa do pêlo
Escamas: perda de parte da camada córnea da epiderme, e acumulação à superfície do
pêlo
Lesões primárias/secundárias
Crostas: material seco (exsudado, seroso, sangue, pús) aderido à pele
Lesões de pigmentação
Hiperpigmentação: aumento do conteúdo de melanina na epiderme e/ou derme
Comedão: folículo piloso dilatado, preenchido por resíduos celulares de descamação ou
material sebáceo
Lesões secundárias
Colaretes epidérmicos: escamas ou “peeling” de queratina em forma circular
Erosão: defeito da superfície epidérmica, mas a membrana basal permanece
intacta
Lesões secundárias
Úlcera: perda completa da epiderme com exposição da derme
Liquenificação: aumento da espessura e da consistência da pele
Casos clínicos
Caso 1
Rex, canídeo, raça indeterminada, 4 anos de idade, macho
castrado
Vive no exterior, come ração seca, não tem coabitantes
Vacinação: atualizada
Desparasitação interna/externa há 6 meses
Sem historial médico relevante
Não toma qualquer medicação atualmente
Caso 1 Anamnese dirigida:
Início do problema: 4 meses
Tem piorado
Lesão inicial na base dorsal da cauda
Não se observaram ectoparasitas
Prurido moderado
Não houve alteração de dieta, produtos de higiene, mantas da cama, etc
Exame físico geral: carater meigo; ativo; cond. corporal 4/6; mucosas rosadas, brilhantes, TRC <2 seg;
ausc. Cardíaca/pulmonar sem alt; palpação abdominal sem alt; pulso forte, rítmico, sincrónico; grau de
hidratação > 5%; palpação gânglios: gânglios poplíteos ligeiramente aumentados, T= 38,7ºC
Nota: observou-se a presença de ovos de pulgas durante o exame físico geral
Caso 1
Descreva as lesões
Caso 1
Diagnóstico: dermatite à picada da pulga (DAAP)
Tratamento:
Eliminação da pulga (antiparasitários orais/aplicação externa)
Desinfeção do ambiente => muito importante
Prurido muito acentuado (corticosteróides a doses anti-pruríticas)
Pioderma (infeção da pele) secundária: antibioterapia oral vs tópica dependendo da extensão
Caso 2
Félix, canídeo, raça indeterminada, 10 meses de idade, macho não castrado
Vive no interior, com acesso ao exterior à trela
Come ração seca e húmida
Coabitantes: 1 gato
Vacinação: atualizada
Desparasitação interna: há 4 meses
Desparasitação externa: mensalmente
Sem historial médico relevante
Não toma qualquer medicação atualmente
Caso 2 Anamnese dirigida:
Início do problema: cerca de 1 semana
Não tem evoluído
Sem prurido
Não houve alteração de dieta, produtos de higiene, mantas da cama, etc
Coabitante sem qq alteração
Exame físico geral: ativo; carater meigo; cond. corporal 3/6; mucosas rosadas, brilhantes, TRC <2 seg;
respiração costo-abdominal, tempo insp/exp. 2/1, 24 r.p.m.; ausc. Cardíaca/pulmonar sem alt; palpação
abdominal sem alt; pulso forte, rítmico, sincrónico, 128 b.p.m.; grau de hidratação > 5%; palpação gânglios
sem qq alteração, T= 38,3ºC
Caso 2
Descreva as lesões
Caso 2
Diagnóstico: Papillomavirus. Tumor benigno de etiologia viral (vírus específico para cada
espécie); transmissão por contato direto ou indireto (período de incubação de 1 a 2 meses);
persiste 4-6 meses na mucosa oral (6-12 meses na pele); imunidade tem um papel crucial na sua
eliminação.
Tratamento:
Remissão espontânea
Excisão cirúrgica
Crioterapia/terapia laser (pode ser necessário repetir)
Tratamento com interferão
Caso 3
Rom-rom, felino, europeu comum, 1 ano de idade, macho castrado
Vive no interior, com acesso ao exterior
Come ração seca e húmida
Coabitantes: não tem
Vacinação: desatualizada
Desparasitação interna: desatualizada
Desparasitação externa: desatualizada
Sem historial médico relevante
Não toma qualquer medicação atualmente
Caso 3
Anamnese geral: Inicialmente quadro de espirros, corrimentos oculares e anorexia
Anamnese dirigida:
Início do problema: 2 meses
Evolução lenta e progressiva
Prurido acentuado constante
Não houve alteração de dieta, produtos de higiene, mantas da cama, etc
Exame físico geral: ligeiramente deprimido; carater meigo; cond. corporal 2/6; mucosas rosadas, secas,
TRC 3 seg; respiração costo-abdominal, tempo insp/exp. 1/1, 38 r.p.m.; ausc. Cardíaca/pulmonar sem alt;
palpação abdominal sem alt; pulso forte, rítmico, sincrónico, 180 b.p.m.; grau de hidratação 6-8%;
palpação gânglios sem qq alteração; T= 39,7ºC
Caso 3
Descreva as lesões
Caso 3
Diagnóstico: Síndrome respiratório felino (Herpesvirus)
Tratamento:
Não existe uma tratamento específico
Terapia de suporte
Fluidoterapia
Antibioterapia sistémica
Colocação de colar isabelino
Desinfeção da lesão com soro fisiológico (se necessário sob sedação)
Aplicação de pomadas cicatrizantes/antibitóticas
Caso 4
Guga, canídeo, Labrador retriever, 5 anos de idade, macho não castrado
Vive no interior, com acesso ao exterior ilimitado
Come ração seca hipoalergénica
Coabitantes: canídeos
Vacinação: atualizada
Desparasitação interna: atualizada
Desparasitação externa: atualizada
Historial médico: alergia alimentar
Não toma qualquer medicação atualmente
Caso 4
Anamnese geral:
Quadro de prostração, anorexia, diarreia, vómitos há 24 horas
Anamnese dirigida:
Início da lesão: poucas horas
Progressão rápida
Sem prurido
Proprietários encontraram carraças
Coabitantes sem qq alteração
Não houve alteração de dieta, produtos de higiene, mantas da cama, etc
Exame físico geral: prostrado; carater meigo; cond. corporal 4/6; mucosas hiperémicas, secas, TRC 3 seg; respiração costo-abdominal, tempo insp/exp. 1/1, 38 r.p.m.; ausc. Cardíaca/pulmonar sem alt; palpação abdominal: parece haver um aumento do tamanho do baço; pulso forte, rítmico, sincrónico, 128 b.p.m.; grau de hidratação 6-8%; palpação gânglios sem qq alteração; T= 39,9ºC
Caso 4
Descreva as lesões
Caso 4
Diagnóstico: Erliquiose (PCR positivo Ehrlichia canis)
Tratamento:
Terapia de suporte:
Fluidoterapia
Transfusão sanguínea
Antibioterapia sistémica (Doxiciclina 28 dias)
Programa rigoroso para controlo das carraças
Inspeção e eliminação da possível fonte (carraça)
Caso 5
Ruca, felino, Europeu comum, 3 anos de idade, macho castrado
Vive no interior, sem acesso ao exterior
Come ração seca
Coabitantes: 3 gatos
Vacinação: atualizada
Desparasitação interna: atualizada
Desparasitação externa: atualizada
Historial médico: síndrome respiratório felino 2 meses de idade
Não toma qualquer medicação atualmente
Caso 5
Anamnese geral:
Apetite diminuído, diarreia e vómitos intermitentes
Anamnese dirigida:
Início da lesão: há algumas semanas
Progressão lenta
Prurido moderado na região abdominal
Coabitantes sem qq alteração
Não houve alteração de dieta, produtos de higiene, mantas da cama, etc
Exame físico geral: alerta; carater medroso; cond. corporal 4/6; mucosas rosadas, brilhantes, TRC <2 seg; respiração costo-abdominal, tempo insp/exp. 1/1, 40 r.p.m.; ausc. Cardíaca/pulmonar sem alt; palpação abdominal sem qq alteração; pulso forte, rítmico, sincrónico, 184 b.p.m.; grau de hidratação < 5%; palpação gânglios sem qq alteração; T= 39,0ºC
Caso 5
Descreva as lesões
Caso 5
Diagnóstico: Alergia (hipersensibilidade) alimentar felina
Tratamento:
Antibioterapia oral (infeção bacteriana secundária)
Dietas hipoalergénicas (comercias ou caseiras)
Suplemento com ácidos gordos, ómega 3 e 6
Anti-prurítico: corticosteróides
Caso 6
Chanel, canídeo, Bichon maltês, 9 anos de idade, fêmea não castrada
Vive no interior, exterior à trela
Come ração seca e húmida
Coabitantes: não tem
Vacinação: atualizada
Desparasitação interna: atualizada
Desparasitação externa: atualizada
Historial médico: correção cirúrgica de luxação de patela bilateral
Faz condroprotetores diariamente
Caso 6
Anamnese geral:
Poliúria, polidipsia, polifagia
Anamnese dirigida:
Início da lesão: há alguns meses
Progressão lenta
Sem prurido
Não houve alteração de dieta, produtos de higiene, mantas da cama, etc
Exame físico geral: alerta; carater agressivo; cond. corporal 4/6; mucosas rosadas, brilhantes, TRC <2 seg; respiração costo-abdominal, tempo insp/exp. 1/2, 24 r.p.m.; ausc. Cardíaca/pulmonar sem alt; palpação abdominal: abdómen pendular; pulso forte, rítmico, sincrónico, 116 b.p.m.; grau de hidratação < 5%; palpação gânglios sem qq alteração; T= 38,0ºC
Caso 6
Descreva as lesões
Caso 6
Diagnóstico: Hiperadrecorticismo (“Cushing”) hipofisário
Tratamento:
Trilostano
Antibioterapia oral (infeção bacteriana secundária)
Suplemento com ácidos gordos, ómega 3 e 6
Caso 7
Benny, canídeo, raça indeterminada, 4 meses de idade, macho não castrada
Vive no exterior
Come ração seca
Coabitantes: 2 cães
Vacinação: desatualizada
Desparasitação interna: atualizada
Desparasitação externa: desatualizada
Historial médico: sem informação relevante
Caso 7
Anamnese geral:
Prostração
Anamnese dirigida:
Início da lesão: há algumas semanas
Progressão rápida
Prurido severo
Não houve alteração de dieta, produtos de higiene, mantas da cama, etc
Exame físico geral: prostrado; carater meigo; cond. corporal 3/6; mucosas rosadas, brilhantes, TRC <2 seg; respiração costo-abdominal, tempo insp/exp. 1/2, 28 r.p.m.; ausc. Cardíaca/pulmonar sem alt; palpação abdominal: normal; pulso forte, rítmico, sincrónico, 156 b.p.m.; grau de hidratação < 5%; palpação gânglios: ligeira linfadenomegália generalizada; T= 38,9ºC
Caso 7
Descreva as lesões
Caso 7
Diagnóstico: Sarna sarcótica
Tratamento:
Moxidectina
Antibioterapia oral (infeção bacteriana secundária)
Banhos terapêuticos
Suplemento com ácidos gordos, ómega 3 e 6
Caso 8
Paco, canídeo, raça indeterminada, 7 anos de idade, macho castrado
Vive no interior, com acesso ilimitado ao exterior
Come ração seca
Coabitantes: 2 cães e 1 gato
Vacinação: atualizada
Desparasitação interna: atualizada
Desparasitação externa: atualizada
Historial médico: sem informação relevante
Caso 8
Anamnese geral:
Aumento de peso nos últimos meses, sem aumento do apetite, parece mais prostrado
Anamnese dirigida:
Início da lesão: lesão inicial na cauda, há alguns meses
Progressão lenta
Prurido ausene
Não houve alteração de dieta, produtos de higiene, mantas da cama, etc
Exame físico geral: alerta, mas muito calmo; carater meigo; cond. corporal 5/6; mucosas rosadas, brilhantes, TRC <2 seg; respiração costo-abdominal, tempo insp/exp. 1/2, 20 r.p.m.; ausc. Cardíaca/pulmonar sem alt; palpação abdominal: normal; pulso forte, rítmico, sincrónico, 96 b.p.m.; grau de hidratação < 5%; palpação gânglios: normal; T= 37,9ºC
Caso 8
Descreva as lesões
Caso 8
Diagnóstico: hipotiroidismo
Tratamento:
Levotiroxina sódica ou L-tiroxina
Antibioterapia oral (infeção bacteriana secundária)
Caso 9
Gui, canídeo, raça indeterminada, 6 anos de idade, macho castrado
Vive no interior, com acesso ilimitado ao exterior
Come ração seca
Coabitantes: 1 cão
Vacinação: atualizada
Desparasitação interna: atualizada
Desparasitação externa: atualizada
Historial médico: sem informação relevante
Caso 9
Anamnese geral:
Prostrado
Anamnese dirigida:
Início da lesão: há algumas semanas
Progressão lenta
Prurido ausente
Não houve alteração de dieta, produtos de higiene, mantas da cama, etc
Exame físico geral: alerta; carater meigo; cond. corporal 3/6; mucosas rosadas, brilhantes, TRC <2 seg; respiração costo-abdominal, tempo insp/exp. 1/2, 32 r.p.m.; ausc. Cardíaca/pulmonar sem alt; palpação abdominal: normal; pulso forte, rítmico, sincrónico, 120 b.p.m.; grau de hidratação < 5%; palpação gânglios: normal; T= 38,4ºC
Caso 9
Descreva as lesões
Caso 9
Diagnóstico: pênfigos foliáceo
Tratamento:
Terapia com imunossupressores (corticosteróides, ciclosporina, azatioprina, etc)
Antibioterapia oral (infeção bacteriana secundária) mínimo 4 semanas
Banhos terapêuticos
Caso 10
Adolfo, canídeo, raça Doberman pinscher, 2 anos de idade, macho castrado
Vive no interior, com acesso ilimitado ao exterior
Come ração seca
Coabitantes: 1 cão
Vacinação: atualizada
Desparasitação interna: atualizada
Desparasitação externa: atualizada
Historial médico: sem informação relevante
Caso 10
Anamnese geral:
Tudo normal
Anamnese dirigida:
Início da lesão: há algumas semanas
Parece não haver progressão
Prurido ausente
Não houve alteração de dieta, produtos de higiene, mantas da cama, etc
Exame físico geral: alerta; carater meigo; cond. corporal 3/6; mucosas rosadas, brilhantes, TRC <2 seg; respiração costo-abdominal, tempo insp/exp. 1/2, 28 r.p.m.; ausc. Cardíaca/pulmonar sem alt; palpação abdominal: normal; pulso forte, rítmico, sincrónico, 124 b.p.m.; grau de hidratação < 5%; palpação gânglios: normal; T= 38,2ºC
Caso 10
Descreva as lesões
Caso 10
Diagnóstico: Vitiligo
Tratamento:
Não há tratamento
Problema cosmético, que não afeta a qualidade de vida do animal
Pode permanecer para a vida ou ocorrer repigmentação espontânea
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