seminario plantas ornamentais - escola superior de
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Melhoramento de Plantas Ornamentais
Aluno: Thiago Luiz da Mata
Orientador: Prof. Dr. José Baldin Pinheiro
Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas
LGN 5799- SEMINÁRIOS EM GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS
Departamento de Genética
Avenida Pádua Dias, 11 – Caixa Postal 83, CEP: 13400-970 – Piracicaba - São Paulo – Brasil
Telefone: (0xx19) 3429-4250/4125/4126 – Fax: (0xx19) 3433-6706 – http://www.genetica.esalq.usp.br/semina.php
1. Introdução
1.1. Definição
Plantas Ornamentais: toda planta cultivada por sua beleza
1.2. Histórico
�Domesticação recente (inferior a 500 anos)
� Entre 4.000 e 6.000 espécies são comercializadas mundialmente
� 60 espécies brasileiras em catálogos internacionais (destaque para Leguminosae, Solanaceae e Myrtaceae)
Fonte: FAO 1993
1. Introdução
1.3. Brasil – Preferência e Mercado���� Valores Agregados: Rosa� Rentabilidade: Violeta� Popularidade: Helicônia, Orquídea e Bromélia
1.4. Pesquisas Realizadas em Âmbito Mundial
Fonte: Pubmed 2009
2. Mercados
2.1. Comércio Mundial
���� Avaliado em US$ 75 bilhões ao ano
2.2. Comércio Brasileiro
2.2.1. Produção
� Superior a 4 mil produtores
� Cultivo de 6 mil hectares (304 municípios)
� Geração de mais de 120 mil empregos
Fonte: Ibraflor 2007
2. Mercados
� Destaque: São Paulo (Atibaia e Holambra)
� Tendências de descentralização: RS, PR, SC, MG, RJ, GO, DF além de Norte e Nordeste
Gráfico 1 – Distribuição da Produção (2007)
Fonte: Ibraflor 2007
Gráfico 2 – Participação nas Exportações (US$)
2. Mercados
2.2.2. Economia Nacional
� Floricultura: U$$ 1,2 bilhões / ano
� Consumo doméstico: U$$ 6,5 per capita
� Padrões brasileiros inferiores aos mundiais
Fonte: Ibraflor 2007
25361371431706,5
ArgentinaEUAAlemanhaNoruegaSuíçaBrasil
Tabela 1 – Consumo per capita (US$)
� Concentração da demanda no Brasil em datas festivas e comemorativas
� Exploração reduzida do potencial genético nacional
Conclusão: potenciais de mercado e biológico bastante promissor
3. Dados Relevantes
� Escassez de pesquisas com novas cultivares
FALTA DE DADOS AGRONÔMICOS,
GENÉTICOS E BOTÃNICOS
�BAIXO ÍNDICE DE
DESCRITORES
AUSÊNCIA DE GARANTIAS DO
OBTENTOR
�
�
FALTA DE RECURSOS PARA ATIVIDADES DE
DOMESTICAÇÃO, CONSERVAÇÃO E PRÉ-
MELHORAMENTO
�
LEI DE PROTEÇÃO DE CULTIVARES PELA ABPCflor
(PATENTES)�
AUMENTO DA PRODUÇÃO E
COMERCIALIZAÇÃO E DOS
INVESTIMENTOS EM PESQUISA
Fonte: IAC 2009
4. Pré-Melhoramento
RECURSOS GENÉTICOS
�PRÉ-
MELHORAMENTO
�PROGRAMAS DE MELHORAMENTO
� Atividade promissora e bastante recente
� Realizada principalmente por instituições públicas, que retêm importantes BAG´s
Exemplos: IAC (pioneirismo), Jardim Botânico de São Paulo, Instituto Florestal, Universidades Paulistas (UNICAMP e ESALQ), Embrapa
Fonte: IAC 2009
+
4. Pré-Melhoramento
Pereira et al. 2008
→ Seis espécies de Bromélias
→ Maior velocidade de germinação (<7 dias ):Aechmea blanchetiana, Wittrockia gigantea e Dyckia pseudococcinea
→ Rápida formação de plântulas: (8-18 dias)A. Blanchetiana e W. gigantea
→ Alto potencial de germinação (> 80%)
Todas
Aumento da velocidade de produção!
5. Melhoramento Genético
Constante Demanda de Produtos
Exigências comerciais, do produtor e consumidor
�
�
Dinamização do mercado de plantas ornamentais
�
Programa de Melhoramento Genético
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
5.1. Citogenética
� Predição de cruzamentos inter-específicos
5.1.1. Estratégias
Alteração da Ploidia
� Poliplóides Naturais: rosa, crisântemo , dália, tulipas, gladíolo e petúnias
� Poliplóides Artificiais: uso de antimitóticos (colchicina) interferindo nas fibras do fuso mitótico
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
Exemplos e Curiosidades:
� Petúnias
Triplóides utilizados na produção de flores maiores
Tetraplóides (superbíssimas) naturais encontradas em meio a cultivares diplóides
�
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
� Poliploidia usada em larga escala para espécies comerciais (petúnia, amor perfeito, lírio, malmequer, calêndula, antirrinum)
� Auto-popliplóides
- aumento do vigor
- expansão do período de florescimento
- flores maiores e enrugadas
- intensificação na cor e fragrância.
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
Variedades diplóide e triplóide da rosa T.B.
Flores tetraplóides e hexaplóides
�orizalina
Kermani et al. 2003
5. Melhoramento Genético
Características: Tetraplóides e Hexaplóides
FOLHAS
� Aumento da espessura
� Intensificação da cor verde-escura
�Aumento da razão largura/comprimento
CAULE
� Aumento dos internódios nos tetraplóides e diminuição nos hexaplóides
Variedade Diplóide Variedade Tetraplóide
Kermani et al. 2003
5. Melhoramento Genético
FLORES
Tetraplóides:
� Aumento no número de pétalas
� Maior viabilidade do grão de pólen
Variedade Diplóide Variedade Tetraplóide
Kermani et al. 2003
5. Melhoramento Genético
Uso de Protoplastos
� Criação de Plantas Ornamentais diversas
Exemplos: Nicotiana e Petunia
� Transferência genética (resistência)
Limitação: Métodos de Regeneração são pouco desenvolvidos
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
Fases de Regeneração de Protoplastos em Nicotiana alata
�
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
TIPOS DE FUSÃO DE PROTOPLASTOS:
1. Hibridização Simétrica
� Doação total do Genoma
Vantagem: Grande diversidade genética (superação de barreiras sexuais)
Desvantagens: Uso limitado e a não-aplicabilidade em espécies arbustivas e arbóreas
2. Hibridização Assimétrica
� Doação parcial do Genoma
� Uso de irradiação para fragmentação cromossômica
Vantagem: Alternativa aos Híbridos simétricos estéreis
Desvantagem: Técnica não utilizada em ornamentais (fase inicial de estudo)
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
Variação Somaclonal
Definição: variação genotípica e/ou fenotípica ocorrida em plantas regeneradas
Técnicas de Micropropagação:
� Uso de Meristemas apicais e laterais
� Uso de brotos e embriões adventícios
� Estados de proliferação desordenada (Callus)
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
� Seleção de 2.000 mudas ao acaso
� Análise comparativa com mudas de rizomas
� Variação da ordem de 61,4%
→ Ocorrência de 3 tipos de variantes somaclonais:
1. Variação da Clorofila na Folha (VCF)
2. Variante de Porte Baixo (VPB)
3. Variante da Coloração do Pseudocaule e Pecíolo (VCPP)Rodrigues 2005
5. Melhoramento Genético
Formas variegadas (A), anãs (B) e harmônicas (C) em Helicônia
5. Melhoramento Genético
Mutagênese
→ Aumento da variabilidade genética
→ 2 tipos de indução – química (EMS) e física (Raios gama)
→ EMS e Gama = plantas anãs, folhas escuras, ↑ tricomas
→ Gama = ↓ dominância apical
→ EMS = ↑ taxa de germinação e menos deletéria que gama
5. Melhoramento Genético
5.2. Genética Quantitativa
Transferência das plantas ornamentais de seu ambiente natural
�
Modificações Fisiológicas
Alteração do ambiente Alteração da planta
�
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
5.2.1. Bases Genéticas
� Alto nível de heterozigozidade (propagação vegetativa)
� Escassez de informações (herança)
� Pequeno número de estudos para estimar variância dos caracteres (Crisantemum)
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
Velocidade de Florescimento
(73%)
Comprimento do internodo
(67%)
�Aumento da
Efetividade de Seleção
Variância de Caracteres (Crisantemum)
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
5.2.2. Procedimentos de Seleção
Nível: Planta
Alta Herdabilidade � Rapidez no
Processo Seletivo
�Baixa
HerdabilidadeNecessidade de
Cruzamentos
�
Maior Diversidade (tipos, cores e crescimento)
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
Ambiente e Seleção
� Locais: casas de vegetação e campo
� Mesmo local: seleção e produção comercial
� Relevância para estudos de interação genótipo-ambiente
� Preferência por ausência de interação
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
5.2.3. Seleção para Produtividade
�Mercado: apelo estético e características de produtividade
� 2 Grupos de Produtividade
1. CULTURAS DE LONGA DURAÇÃO
� Colheitas regulares ao longo dos anos
� Variedade quanto ao número de hastes
� Exemplos: alstroeméria, gérbera, cravo e rosa
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
2. CULTURAS DE CURTA DURAÇÃO
� Colheita completa ao longo de semanas
� Diferenças de produtividade medida pela velocidade de desenvolvimento e eficiência ou otimização do uso do espaço e qualidade
� Exemplos: crisântemo e flores de vaso
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
Fatores determinantes para a Seleção
� Competição Intergenotípica (Crisantemum)
� Ambientes de Seleção
� Insensibilidade Ambiental
� Caracteres Correlacionados (Boca-de-leão)
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
5.2.4. Critérios de Seleção (Produção)
� Rendimento ou Produtividade (Rosa)
� Diminuição dos ciclos entre plantio e floração (Kalanchoe)
� Qualidade e Uniformidade (Crisântemo e Lírio)
� Longevidade
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
� Uso de 4 portas-enxerto para avaliação de produtividade, massa-seca e valor nutricional
� Não houve diferenças em relação à massa-seca e tipos de flores
� Variações na quantidade de massa-seca alocada na planta, na coloração e composição nutricional da folhagem
Cabrera 2002
5. Melhoramento Genético
Diferenças no padrão de alocação de massa seca
5. Melhoramento Genético
5.3. Métodos Moleculares
Ampla complexidade fisiológica
Criação aleatória e seleção de variedades�
Melhoramento Clássico
Baixa capacidade de cruzamento interespecífico �
Possibilidades reduzidas de criação
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
Métodos Moleculares
Conhecimento de genes envolvidos �
Criação de variedades específicas
Transferência de genes interespecífica �
Maior potencial de criação
Harding et al. 1991
5. Melhoramento Genético
Harding et al. 1991
5.4. Estudo do Desenvolvimento
• Comparação descritiva: selvagem x mutantes
• Uso recente da Genética Molecular
• Outras técnicas laboriosas (chromosome walking)
• Alternativa: Mutagênese Insercional
� Veículos : transposons e transfer-DNA
� Descobrimento de vias metabólicas
� Uso de meio de cultura opcional (variação somaclonal)
5. Melhoramento Genético
Harding et al. 1991
Flores selvagens e mutantes da espécie Arabidopsis thaliana
5. Melhoramento Genético
Harding et al. 1991
5.5. Novas Colorações
• Amplo conhecimento:
1. Vias metabólicas correlatas
2. Componentes (carotenóides, flavonóides, chalconas, antocianinas, etc.)
• Conhecimento gênico permite maior controle das variações
• Pré-requisitos: Manipulação
1. Isolamento do gene apropriado
2. Caracterização da linhagem receptora
3. Expressão estável do gene
5. Melhoramento Genético
Harding et al. 1991
Fenótipo transgênico (F2) após cruzamento com variedade comercial
5. Melhoramento Genético
Harding et al. 1991
Variação no padrão de expressão em plantas transgênicas
5. Melhoramento Genético
Harding et al. 1991
5.6. Intensidade da Coloração
• Engenharia Genética: manipulação da composição e concentração dos pigmentos
• Variação: supressão ou aumento da expressão do gene
• Estratégias:
1. Sense
2. Antisense
3. RNAi � ESTABILIDADE
5. Melhoramento Genético
Harding et al. 1991
Efeito do Sense e Antisense em genes CHS em petúnia
5. Melhoramento Genético
Nakamura et al. 2006
� Supressão do gene antocianina sintase
� Técnicas: sense, antisense e RNAi
� Estabilidade
�Ausência de coloração
5. Melhoramento Genético
Nakamura et al. 2006
Variedades de Torenia hybrida
5. Melhoramento Genético
� Avaliação dos rol genes A, B, C e D
� Criação de novas variedades e modificação das existentes
� Atuação sobre cor, forma, fragrância, durabilidade, desenvolvimento, comprimento, dominância apical, enrugamento de folhas, capacidade de enraizamento, etc.
Casanova et al. 2005
5. Melhoramento Genético
• Raízes adventícias
• Aumento das raízes
•Novos ramos laterais
• Plantas anãs
•Folhas alteradas
•Florescimento precoce
•Flores menores
• Baixa produção de sementes
Efeitos Rol C genes
Harding et al. 1991
7. Perspectivas Futuras
Citogenética
• Poliploidia induzida
- (↑) vigor, período de floração, tamanho da flor, cor e fragrância
• Mutações e HIS
Genética Quantitativa
• Adaptação aos locais de produção
• (↑) estudo de vias fisiológicas
• Resistência a pestes e doenças
• Seleção para múltiplos caracteres
Genética Molecular
• (↑) estudos sobre desenvolvimento
• Uso de transposons
• Estabilidade de expressãoHarding et al. 1991
6. Referências Bibliográficas
• Instituto Agronômico de Campinas (IAC) http://www.iac.sp.gov.br/OAgronomico/56_1/InformacoesTecnicas2.pdfacesso em 20 de abril de 2009.
• Instituto Brasileiro de Floricultura (IBRAFLOR) http://www.ibraflor.org/sis.interna.asp?pasta=1&pagina=90 acesso em 20 de abril de 2009.
• PUBMED
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/ acesso em 22 de abril de 2009
• Cabrera RI. 2002. Rose yield, dry matter partitioning and nutrient status responses to rootstock selection. Scientia Horticulturae 95:75-83.
• Casanova, E.; Trillas, M.I. Moysset, L.; Vainstein, A. Influence of rolgenes in floriculture, Biotechnol Adv 23 (2005), pp. 3–39.
• Harding, J. ; Singh, F. ; Mol, J. N. M.. Genetics and Breeding of Ornamental Species. 1a edição, Dordrecht, Netherland, Kluwer Academic Publishers, 1991.
• Kermani MJ, Sarasan V, Roberts AV, Yokoya K, Wentworth J, Sieber VK (2003) Oryzalin-induced chromosome doubling in Rosa and its effect on plant morphology and pollen viability. Theor Appl Genet 107:1195–1200.
6. Referências Bibliográficas
• Rodrigues, P. H. V. . Somaclonal Variation in Micropropagated Heliconia bihai cv. Lobster Claw I Plantlets (Heliconiaceae). Scientia Agricola, v. 65, p. 681-684, 2008.
• Pereira, A.R.; Pereira, T.S.; Rodrigues, A.S.; Andrade, A.C.S. Morfologia de sementes e do desenvolvimento pós-seminal de espécies de bromeliaceae. Acta bot. bras. 22(4): 1150-1162. 2008.
• Food and Agriculture Organization (FAO)
www.fao.org acesso em 01 de abril de 2009
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