seminário capital social moyano estrada

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O Conceito de Capital Social e sua

Utilidade para a Análise das Dinâmicas

de Desenvolvimento

Autor: Eduardo Moyano Estrada

Apresentado por: Rafael Guimarães Farias

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL

ERU 606 – Sociologia da Vida Econômica – 2015/2

INTRODUÇÃO

Estudos recentes de desenvolvimento estão mostrando diferenças no

bem-estar entre as sociedades localizado na mesma área geográfica e

com recursos financeiros similares. Tais estudos mostram, de fato, como a

poucos quilómetros de distância existem empresas que tenham sido

incapazes de chegar a níveis mínimos de bem-estar e organizar

adequadamente os seus recursos. Notadamente, outros aproveitaram

melhor os recursos disponíveis e estão melhor articulados para realizarem

projetos em benefício individual ou coletiva para a comunidade

(ESTRADA, 2004, p. 3).

OBJETIVO

Este artigo apresenta, em primeiro lugar, o conceito de capital em seu

pensamento sociológico, suas fontes intelectuais. Em segundo lugar, analisa

criticamente as duas abordagens mais importantes que tentaram estudar a

problemas de desenvolvimento a partir do conceito de capital social, ou seja,

a abordagem do empreendedorismo em grupos étnicos e o foco do

institucionalismo histórico. Finalmente, o quadro teórico desenvolvido por M.

Woolcock é apresentado como um modelo sínteses tentativa para ultrapassar

os inconvenientes apresentados por estas duas abordagens, e discutir, à luz

dos problemas encontrados nas políticas de desenvolvimento.

ORIGENS INTELECTUAIS DO CONCEITO

DE CAPITAL SOCIAL

(i) Marshall ou Hicks, para distinguir stoks permanentes e stoks temporais

de capital físico;

(ii) Hume e Burke trazem a ideia de que é necessário que haja certas

regras de cooperação para guiar a mão invisível dos mercados;

(iii) Smith que disse em sua “Teoria dos sentimentos morais” que o

mercado precisava de algumas instituições e sensibilidades morais para

funcionar de forma eficiente, uma vez que a sua capacidade de auto

regulação é limitada.

Portes e Sensenbrenner distinguem quatro maneiras diferentes de abordar o

conceito de capital social:

Tradições

"bounded solidarity" “value introjection”

“reciprocity transaction” “enforceable trust”

A HISTÓRIA MODERNA DO CONCEITO

DE CAPITAL SOCIAL Schultz (1963) e Becker (1962) observaram que indivíduos com mais

“capital humano” impulsionava os três fatores considerados como fator

básico em crescimento econômico: trabalho, terra e capital.

Os sociólogos da NOVA SOCIOLOGIA ECONOMICA.

Swendberg (1991) e Swendberg & Smelser (1994), referem-se ao "capital

social" como tipos de normas sociais e redes que são importantes para o

desenvolvimento, pois, favorecem a realização de ações coletivas em

benefício da comunidade reduzindo os custos de transação.

IMPA

CTO

DEBILIDADES DO CONCEITO 1. A diversidade teórica do conceito;

2. A utilização diversa para justificar políticas em matéria de

desenvolvimento;

3. A Maximização do Capital Social.

CAPITAL SOCIAL NOS ESTUDOS SOBRE

DESENVOLVIMENTO

Dois conceitos-chave para sintetizar ambas as perspectivas. Estes

conceitos são: “Embeddedness” e “Autonomy”.

Assim, o significado dos conceitos de "embeddedness " e "autonomy"

não são os mesmos nos níveis micro e macro.

Embeddedness Autonomy

Nível micro Refere-se a ligações intracomunitárias

estabelecidas entre os indivíduos em

uma comunidade

As redes extracomunitárias, redes que

estabelecem relações entre a

comunidade com outras comunidades

diferentes das suas

Nível macro Esta dimensão refere-se ao grau de

interação entre o Estado e sociedade

civil.

Refere-se a capacidade (eficiência) e

da credibilidade das instituições

responsáveis pela gestão dos assuntos

públicos em uma comunidade.

UM MODELO SINTESE DE WOOLCOCK

Embeddedness Autonomy

Nível micro

“Integration” “Linkage”

Nível macro

“Synergy” “Integrity”

Estas quatro dimensões amplia o conceito de capital social e torna mais

útil para analisar a dinâmica de desenvolvimento, combinando os níveis

macro e micro.

Para evidenciar este debate, deve-se distinguir os processos de

desenvolvimento "Bottom - up" e "top-down", e analisar cada um deles os

efeitos que resultam da combinação de quatro dimensões de capital

social.

M. Woolcock propõe o possível resultado lógico de 16 processos de

desenvolvimento. Nos extremos seriam "individualismo anárquica“, em que as

quatro dimensões de capital social são ausente ou muito baixa, e a outra seria a

situação de "autonomia beneficente“, onde há uma autonomia positiva e de

cooperação benéfica, enraizada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Woolcock amplia as dimensões de capital social, juntamente com como

Fedderke J. et al. (1999), para permitir que sejam considerados os aspectos

sócio-políticos, em uma abordagem multidisciplinar, nas análises dos

problemas das dinâmicas de desenvolvimento nas zonas rurais.

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