seminário - análise de imagens e vídeos (2016)
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Fundamentos da Pesquisa em Educação em Ciências
Análise de imagens e vídeos
Jair LP Ribeiro
Abril 2016
Prólogo: algumas referênciasFl
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Silva et al. (2002)
Imagem: Imago, Eidos
Figura, sombra, imitação, ideia (projeção da mente).
Imagem: definição
Síntese de elementos visuais em simultaneidade
Tipos de imagem: desenho
Tipos de imagem: pintura
Tipos de imagem: gravura
Típos de imagem: diagrama
Típos de imagem: esquema
Tipos de imagem: mapa
Tipos de imagem: gráfico
Tipos de imagem: fotografia
Tipos de imagem: infográfico
Tipos de imagem: pensamento
Tipos de imagem: texto
Pirâmide de McCloud
Pirâmide de McCloud
Imagem e mensagem
Aspecto principal da análise de uma imagem:mensagem visual como produto comunicacional.
Análise de imagens
Habilidade “natural” do ser humano.Comunicação com os outros e a sociedade.
Cuidado!
A compreensão de uma imagem não é imediata:logo, a leitura de imagens precisa ser ensinada.
Estética da rapidez
Brutal intensificação da galáxia de imagens constitutiva de nosso dia-a-dia.
Imagens em livros didáticos
Quantidade e qualidade gráfica de imagens são aspectos levados em conta pelos professores.
Sentido de uma imagem
As imagens falam por si? Elas “transmitem” um único sentido?
Morte do autor
Roland Barthes (1967)
Imagens em ciência
A própria conceituação depende da visualização.
Imagens em ciência
A ciência é inerentemente visual?
Imagens em ciência
A ciência é inerentemente visual?
Imagens em ciência: efeito realístico
Representações são lidas como o próprio objeto.
Algumas pesquisas sobre imagens no ensino de ciências (Martins et al., 2005) Compreender as relações entre imagens, conhecimento científico e ensino de ciências Imagens são mais facilmente lembradas do que suas correspondentes representações
verbais Efeito positivo de ilustrações na aprendizagem dos alunos Investigações acerca do papel da imagem na aprendizagem Modelos que analisam texto, imagem e suas inter-relações Análises das expectativas de autores e leitores acerca da imagem Legibilidade de livros didáticos Comparação entre apresentações em papel e tela de computador Análises de imagens em livros didáticos, Leituras de imagens por estudantes Usos das imagens em sala de aula Engajamentos culturais, afetivos e estéticos das imagens Valorização pelos professores sobre as imagens no livro como critério para escolha dos
mesmos Análises do potencial didático e dos limites da imagem como facilitadoras da
aprendizagem do ponto de vista cognitivo Natureza híbrida dos textos científicos
Linhas de investigação
Imagem como documento
Registro da realidade, representação de uma situação.
Imagem como documento
A fotografia é uma garantia de que o fato ocorreu.Poder de persuasão do observador.
Imagem como narrativa
Valorização dos aspectos discursivos da imagem
Imagem como narrativa
A fotografia representa um recorte da situação.
Exercícios do ver
Ver para crer.
Exercícios do ver
Fotografias não são uma realidade objetiva: são uma forma de olhar.
Imagem + texto
A imagem é sempre polissêmica ou ambígua, daí a necessidade do texto que a acompanha.
Análise de imagens: percurso
LEITURAINTERPRETA
ÇÃOSÍNTESE
LEITURAINTERPRETA
ÇÃOSÍNTESE
Transcrição: problemas
RAPOSA
>Imperialismo da língua.
Transcrição: problemas
Mil palavras NÃO valem por uma imagem.
Síntese textual
Resultado da análise como a produção de um texto.
Síntese imagética
Resultado da análise como a produção de novas imagens.
Análise semiótica
Signo = significante + significado.
Análise semiótica
Descontrução da imagem + Reconstrução semântica
Seleção das imagens
Escolha intencional ou aleatória?
Inventário denotativo
Identificação dos elementos explícitos do material, tanto textuais quanto visuais.
Conotação
Associações, relações, correspondências internas e contrastes no inventário denotativo.
Sistemas culturais referentes
Quais conhecimentos culturais são exigidospara “ler” a imagem?
Estruturas prévias referentes
Quais conhecimentos prévios são exigidospara “ler” a imagem?
Quando parar?
O processo de análise nunca está completo. Sempre é possível descobrir uma nova maneira de ler uma imagem.
Críticas à análise semiótica: subjetividade
Idiossincrasias: o sentido está na mente de quem olha?Papel do observador: atividade ou passividade?
Críticas à análise semiótica: abstração
Muita ênfase na conotação (conteúdo interpretativo) em detrimento da denotação (conteúdo superficial)
Sugestão: análises híbridas
Semiologia combinada com entrevistas, grupos focaisou análise de conteúdo
Cinema e vídeo
Meios audiovisuais NÃO SÃO um rádio com figuras.
Imagens em movimento
Amálgama de sentidos, imagens, técnicas, composição de cenas, sequências de cenas, etc.
Gravar ou filmar?
Deve-se dar preferência ao aparelho menos indiscreto.
Tipos de dados em pesquisas com vídeo Registro científico de situações sociais naturais Registro científico de situações sociais
experimentais Entrevistas Situações sociais naturais gravadas pelos atores
(vigilância, gravações de áudio) Situações propostas gravadas por atores (diários
em vídeo) Situações gravadas e editadas pelos atores
(vídeos de casamento) Situações gravadas por atores e editadas por
profissionais (documentações)
Análise de vídeos – seleção de material
“It’s not what you put in, it’s what you leave out.”
Transcrição
“Translação” e “tradução” da imagem complexa da tela.Aspectos visuais, sonoros e textuais.
Unidades de análise
Baseadas no textual ou no visual?
Sugestão: dimensões de análise
Verbal, sonora e visual.
Referencial de codificação
Desenvolvido a partir da leitura preliminar e do referencial teórico.
Referências COUTINHO, I. Leitura e análise da imagem. In BARROS, A.; DUARTE, J. (org.) Métodos e técnicas de pesquisa em
comunicação, São Paulo, Atlas, p. 330-344, 2005.
FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3ª ed., p. 219-275, Porto Alegre, Artmed, 2009.
MARTINS, I.; GOUVÊA, G.; PICCININI, C.; BUENO, T.; LENTO, C.; PEDRO, T.; PAULO, N. Uma análise das imagens nos livros didáticos de ciências para o ensino fundamental. Anais do IV Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 2003.
MARTINS, I.; GOUVÊA, G.; PICCININI, C. Aprendendo com imagens. Ciência e Cultura, v. 57, n.4, p. 38-40, 2005.
MCCLOUD, S. Understanding comics; the invisible art. New York, William Morrow Paperbacks, 1994.
NEIVA JR, E. A imagem. São Paulo, Ática, 1986.
PENN, G. Análise semiótica de imagens paradas. In: BAUER, Martin e GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis:, Vozes, p. 319-342, 2002.
ROSE, D. Análise de imagens em movimento. In: BAUER, Martin e GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis:, Vozes, p. 343, 365, 2002.
SILVA, H.; ZIMMERMANN, E.; CARNEIRO, M.; GASTAL, M.; CASSIANO, W. Cautela ao usar imagens em aulas de ciências. Ciência e Educação, v. 12, n. 2, p. 219-233, 2006.
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