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COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS
PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA, NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA
AMPLIAÇÃO E OPERAÇÃO PARCIAL DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO
MUNICÍPIO DE DIVINÓPOLIS
ANEXO VI – PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
SETEMBRO/2014
SUMÁRIO
1 SUMÁRIO EXECUTIVO ............................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................................. 6
1 CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA .............................................................. 8
1.1 DIVINÓPOLIS .................................................................................................................................................... 8
1.2 INFRAESTRUTURA DE ESGOTO ............................................................................................................................. 9
1.3 OBRAS EM ANDAMENTO E CONCLUÍDAS ......................................................................................................... 10
1.4 OBJETIVO DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA .......................................................................................... 10
2 PREMISSAS GERAIS DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA ............................................................................. 12
3 INVESTIMENTOS ..................................................................................................................................................... 13
3.1 ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTOS (ETES) .............................................................................................. 13
3.1.1 Implantação e Ampliação da ETE Itapecerica ...................................................................... 13
3.1.2 Implantação da ETE Ermida ........................................................................................................ 15
3.1.3 Ampliação da ETE Pará ............................................................................................................... 15
3.2 INTERCEPTORES E REDES COLETORAS DE INTERLIGAÇÃO ..................................................................................... 15
3.3 ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS .................................................................................................................................. 16
3.4 CRESCIMENTO VEGETATIVO ............................................................................................................................ 17
3.5 PROGRAMA CAÇA-ESGOTO .......................................................................................................................... 17
3.6 REDES COLETORAS DE ESGOTO E LIGAÇÕES PREDIAIS ...................................................................................... 18
3.7 SISTEMA DE AUTOMAÇÃO ............................................................................................................................... 18
3.8 INVESTIMENTOS EM EQUIPAMENTOS OPERACIONAIS E MANUTENÇÃO ELETROMECÂNICA E REINVESTIMENTOS ...... 18
3.9 PROJETO EXECUTIVO ...................................................................................................................................... 19
3.10 GERENCIAMENTO DA OBRA ............................................................................................................................ 19
3.11 ADMINISTRAÇÃO LOCAL ................................................................................................................................. 19
3.12 BDI E TAXA DE ADMINISTRAÇÃO ..................................................................................................................... 20
3.13 QUADRO RESUMO DOS INVESTIMENTOS ........................................................................................................... 20
3.14 DEPRECIAÇÃO ............................................................................................................................................... 20
4 CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS .............................................................................................................. 23
4.1 CUSTOS DE PESSOAL ....................................................................................................................................... 23
4.2 CUSTOS COM ENERGIA ELÉTRICA .................................................................................................................... 24
4.3 CUSTOS COM SERVIÇOS ................................................................................................................................. 24
4.3.1 Transporte/Aterramento de Resíduos ....................................................................................... 25
4.3.2 Análises Laboratoriais ................................................................................................................... 25
4.3.3 Programas de Comunicação e Educação Ambiental ........................................................ 26
4.3.4 Outros Custos com Serviços ........................................................................................................ 26
4.4 CUSTOS COM MATERIAIS................................................................................................................................. 26
4.4.1 Produtos Químicos ........................................................................................................................ 27
4.4.2 Outros Custos com Materiais ...................................................................................................... 27
4.5 DESPESAS ADMINISTRATIVAS ............................................................................................................................ 28
4.6 SEGUROS E GARANTIAS ................................................................................................................................... 28
4.7 TOTAL DE CUSTOS E DESPESAS ADMINISTRATIVAS E CUSTO POR M3 .................................................................... 29
5 REMUNERAÇÃO DA SPE ...................................................................................................................................... 30
5.1 PARCELA POR DISPONIBILIDADE (“PDISP”) ............................................................................................ 30
5.2 PARCELA POR DEMANDA (“PDEM”) ....................................................................................................... 31
5.2.1 Preço (“P”) ...................................................................................................................................... 32
5.2.2 Projeção do Volume de Esgoto Tratado (“V”) ....................................................................... 32
5.2.3 Projeção da PARCELA POR DEMANDA .................................................................................... 37
5.3 CONTRAPRESTAÇÃO TOTAL ............................................................................................................................. 38
6 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO ...................................................................................................................... 39
6.1 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO FINANCEIRA DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA...................................... 39
6.1.1 Fluxo de Caixa Descontado ....................................................................................................... 39
6.1.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)...................................................................................................... 40
6.1.3 Taxa de Desconto ......................................................................................................................... 41
7 PREMISSAS FINANCEIRAS ................................................................................................................................... 44
7.1 EMPRÉSTIMOS ................................................................................................................................................. 44
7.1.1 Linha FINEM – BNDES ..................................................................................................................... 44
7.1.2 Empréstimo-ponte ......................................................................................................................... 46
7.2 CAPITAL PRÓPRIO .......................................................................................................................................... 46
7.3 REMUNERAÇÃO DE CAIXA .............................................................................................................................. 47
7.4 CAIXA MÍNIMO .............................................................................................................................................. 47
7.5 CONTA RESERVA ............................................................................................................................................ 47
8 TRIBUTOS ................................................................................................................................................................. 48
8.1 TRIBUTOS SOBRE O LUCRO – IR E CSLL ............................................................................................................. 48
8.2 TRIBUTOS SOBRE A RECEITA - PIS/COFINS ....................................................................................................... 49
9 RESULTADOS DA PROJEÇÃO ............................................................................................................................. 51
9.1 DEMONSTRATIVOS DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO ........................................................................................... 55
9.2 BALANÇO PATRIMONIAL ................................................................................................................................. 58
9.3 FLUXO DE CAIXA DO PROJETO ........................................................................................................................ 61
9.4 FLUXO DE CAIXA DO ACIONISTA ..................................................................................................................... 64
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1- Interceptores Sistema Itapecerica ................................................................................................. 16
Tabela 2 – Reinvestimentos em Equipamentos do SES Divinópolis ............................................................ 19
Tabela 3 – Investimento Total ............................................................................................................................ 20
Tabela 4 – Prazos de vida útil estimados para Depreciação ..................................................................... 21
Tabela 5 – Número de Funcionários e Custo de Pessoal ............................................................................. 23
Tabela 6 – Valor Anual de Outros Custos com Serviços .............................................................................. 26
Tabela 7 – Valor Anual de Outros Custos com Materiais............................................................................. 27
Tabela 8 – Seguros e Garantias ........................................................................................................................ 28
Tabela 9 – Evolução do Nível de Coleta de Esgoto do SES Divinópolis, em Relação ao Total de
Esgoto Gerado pela População Urbana ....................................................................................................... 33
Tabela 10 – Evolução do Nível de Tratamento de Esgoto do SES Divinópolis, em Relação ao Total
de Esgoto Gerado pela População Urbana ................................................................................................. 34
Tabela 11 – Vazão Doméstica por Habitante, em litros por habitante por dia ...................................... 34
Tabela 12 – Razões de L/m3 e Segundos/Ano ............................................................................................... 36
Tabela 13 – Valor e Composição da Contraprestação ao VPL ................................................................ 38
Tabela 14 - Betas de Empresas Comparáveis à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.................................... 42
Tabela 15 - Cálculo do Custo de Capital Próprio ......................................................................................... 43
Tabela 16 – Taxa de juros do BNDES ................................................................................................................ 44
Tabela 17 – Premissas Macroeconômicas ...................................................................................................... 45
Tabela 18 - Indicadores do Projeto .................................................................................................................. 51
Tabela 19 - Indicadores do Acionista .............................................................................................................. 52
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Investimentos da SPE .......................................................................................................................... 2
Figura 2 – Evolução dos Níveis de Coleta e Tratamento de Esgoto ........................................................... 3
Figura 3 – Composição dos Custos e Despesas Operacionais – Total ........................................................ 4
Figura 4 – Contraprestação Total ....................................................................................................................... 5
Figura 5 - Mapa das Principais Bacias de Divinópolis ..................................................................................... 8
Figura 6 – Gasto Anual com Crescimento Vegetativo, por Sistema ......................................................... 17
Figura 7 – Despesa com Depreciação............................................................................................................ 21
Figura 8 – Custo Anual de Energia Elétrica ..................................................................................................... 24
Figura 9 – Custo Anual de Transporte/Aterramento de Resíduos .............................................................. 25
Figura 10 – Custo Anual de Produtos Químicos ............................................................................................. 27
Figura 11 – Custos com Seguros e Garantias ................................................................................................. 29
Figura 12 – Custo Total por m3 de Esgoto Tratado ........................................................................................ 29
Figura 13 – PARCELA POR DISPONIBILIDADE ................................................................................................... 31
Figura 14 – Crescimento Vegetativo de Divinópolis até 2040 .................................................................... 33
Figura 15 – Projeção da Vazão Industrial de Divinópolis ............................................................................. 35
Figura 16 – Projeção da Vazão de Esgoto Tratado de Divinópolis, em L/s .............................................. 36
Figura 17 - Projeção de Volume de Esgoto Tratado de Divinópolis, em milhões de m3 ....................... 37
Figura 18 – PARCELA POR DEMANDA .............................................................................................................. 37
Figura 19 – Contraprestação Total ................................................................................................................... 38
Figura 20 - Representação Esquemática do Cálculo dos Fluxos de Caixa ............................................. 40
Figura 21 - Fluxo de Caixa do Acionista .......................................................................................................... 41
Figura 22 – Captações, Amortizações e Juros do FINEM BNDES ................................................................ 45
Figura 23 – ICSD .................................................................................................................................................... 46
Figura 24 – EBIT, IR e CSLL .................................................................................................................................... 48
Figura 25 – Débitos, créditos e recolhimento de PIS/COFINS...................................................................... 49
Figura 26 – Fluxo de Caixa do Projeto ............................................................................................................. 51
Figura 27 – Fluxo de Caixa do Acionista ......................................................................................................... 52
Figura 28 – EBITDA e Margem EBITDA ............................................................................................................... 53
Figura 29 – Relação entre Lucro Líquido e Margem de Lucro Líquido ..................................................... 53
GLOSSÁRIO
Para fins de entendimento do presente documento, segue o Glossário de termos e abreviaturas
a.a – ao ano
ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações
BACEN – Banco Central do Brasil
BDMG – Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais
BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
BIRD – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento
BNB – Banco do Nordeste do Brasil
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CAPM – Capital Asset Pricing Model
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
COPASA – Companhia de Saneamento de Minas Gerais
EBIT – Earnings Before Interest and Taxes – Lucro Antes dos Juros e Impostos
EBT - Earnings Before Taxes – Lucro Antes dos Impostos
EBITDA – Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization – Lucro Antes dos Juros,
Impostos, Depreciação e Amortização
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
PAC – Programa de Aceleração do Crescimento
QID – Quadro de Indicadores de Desempenho
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICSD – Índice de Cobertura e Serviço da Dívida, calculado pela soma do EBITDA, IR, CSLL e Capital
de Giro, dividido pela soma da amortização e juros de financiamento1
IFC – International Finance Corporation
IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas
IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, calculado pelo IBGE
IR – Imposto de Renda
1 Metodologia BNDES
ISS – Imposto Sobre Serviços
km – quilômetros
km2 – quilômetros quadrados
m3 – metros cúbicos
mm – milímetros
L/s – Litros por Segundo
PIS – Programa de Integração Social
PPP(s) – Parceira(s) Público-Privada(s)
R$ - Reais brasileiros
S.A. – Sociedades Anônimas
SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná
SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
SES – Sistema de Esgotamento Sanitário
SPE – Sociedade de Propósito Específico
T-Bond – Treasury Bond
TIR – Taxa Interna de Retorno
TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo
UASB – Upflow Anaerobic Sludge Blanket (tradução português RAFA - Reator Anaeróbico de Fluxo
Ascendente)
VPL – Valor Presente Líquido
WACC – Weighted Average Cost of Capital – Custo Médio Ponderado de Capital
1
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
1 SUMÁRIO EXECUTIVO
Com a renovação do Contrato de Programa de prestação de serviços de água e esgoto com o
Município de Divinópolis (“Município”), em junho de 2011, a Companhia de Saneamento de Minas
Gerais (“COPASA” ou “Companhia”), que desde 1973 era responsável somente pelo
abastecimento de água da cidade, passou a ser responsável também pela implantação e
operação do sistema de esgotamento sanitário.
Apesar da coleta de esgoto alcançar aproximadamente 85% do total de esgoto gerado no
Município, um índice elevado para o contexto brasileiro, o tratamento de esgoto, por sua vez, é
praticamente inexistente, sendo o esgoto de Divinópolis despejado na sua grande maioria in
natura nos rios Pará e Itapecerica, causando um severo impacto ambiental nesses corpos hídricos.
Diante desse contexto, de falta de infraestrutura, das metas de universalização do acesso ao
esgoto estipuladas no Plano Municipal de Saneamento2 e dos esforços que a COPASA tem
realizado para ampliar o tratamento de esgoto em todo o Estado de Minas Gerais, a Companhia
promoveu estudos de viabilidade de modo a avaliar qual modelo de contratação seria mais
apropriado para implantar em Divinópolis um sistema de esgotamento sanitário adequado e
abrangente. Tais estudos incluíram o diagnóstico da infraestrutura de água e esgoto do Município,
o projeto de engenharia (“PROJETO REFERENCIAL”), a análise de viabilidade jurídica e análise da
viabilidade econômico-financeira.
Foram analisados 04 modelos de contratação para a viabilização do Projeto: licitação tradicional,
concessão comum, concessão patrocinada (“PPP Patrocinada”) ou concessão administrativa
(“PPP Administrativa”). Considerando as restrições de cada modalidade, somadas ao ganho de
eficiência econômica e operacional, a PPP Administrativa foi definida como o modelo mais
adequado para a constituição do Projeto, em que um parceiro privado será selecionado por
processo licitatório e será remunerado mediante repasses da COPASA. Uma vez selecionado
mediante concorrência, tal parceiro privado constituirá uma Sociedade de Propósito Especifico
(“SPE”), que passará a assumir a responsabilidade no projeto (“CONCESSÃO ADMINISTRATIVA”).
Desse modo, essa SPE atuaria conjuntamente à COPASA na ampliação e operação parcial e
manutenção do SES Divinópolis, sendo responsável por:
Construir e disponibilizar a infraestrutura de transporte e tratamento de esgoto dos Sistemas
Itapecerica e Ermida, com capacidades iniciais de 400 L/s e 15 L/s, respectivamente;
Ampliar a infraestrutura de transporte e tratamento de esgoto dos Sistemas Itapecerica e
Pará para as capacidades de 600 L/s e 30 L/s, respectivamente;
2 Plano Municipal de Saneamento de Divinópolis (2011-2014)
2
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Realizar os investimentos para atendimento do crescimento vegetativo, com serviços de
esgotamento sanitário;
Operar e realizar manutenção de todas as ETEs, interceptores, estações elevatórias e linhas
de recalque do SES Divinópolis; e
Participar do Programa Caça-Esgoto promovido pela COPASA em Divinópolis, seja
identificando lançamentos irregulares, executando serviços de eliminação de
lançamentos ou participando de campanhas ambientais educativas promovidas pela
COPASA.
Caberá também à COPASA a atuação no Município, não somente no que se refere ao sistema de
abastecimento de água, como também ao sistema de esgotamento sanitário. A Companhia se
manterá responsável por todo o investimento inicial na infraestrutura de esgotamento sanitário do
Sistema Pará, que se encontra concluído, e também por alguns investimentos no Sistema
Itapecerica com recursos do PAC, mediante convênio celebrado com o Município, e por substituir
e realizar a manutenção das redes coletoras de esgoto, atividade que já exerce atualmente.
Os investimentos a serem realizados pela SPE na CONCESSÃO ADMINISTRATIVA foram estimados na
data-base de março de 2013, com base nas informações de bancos de dados da COPASA, na
experiência da Companhia em outros municípios ou ainda em levantamentos junto ao mercado.
O custo total dos investimentos (“CAPEX”), nos 26 anos de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA foi
estimado em R$ 239.840.731,00 (duzentos e trinta e nove milhões, oitocentos e quarenta mil,
setecentos e trinta e um Reais), sendo R$ 143.963.756,00 (cento e quarenta e três milhões,
novecentos e sessenta e três mil, setecentos e cinquenta e seis Reais) durante as obras que
compõem o MARCO FINAL do CRONOGRAMA projetado para ocorrer até 31 de dezembro de
2016, segundo o PROJETO REFERENCIAL. A Figura 1 a seguir mostra a estimativa dos investimentos a
serem realizados pela SPE.
Figura 1 – Investimentos da SPE
Fonte: COPASA, 2013
84
60
1 2 2 2
26 24
1 1 2 2 2 2 3 51 2 2 2 2 2
72 2 2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
R$ M
ilh
ões
3
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Com a realização de tais investimentos, espera-se que o nível de coleta de esgoto seja elevado
dos atuais 85% do esgoto total gerado no Município, para 95%, em 2017, e que o nível de
tratamento seja elevado de 2% - considerando apenas o Sistema Pará - para próximo de 87%, em
2022. A Figura 2 a seguir mostra a evolução do nível de atendimento dos serviços de
esgotamento, segundo o PROJETO REFERENCIAL.
Figura 2 – Evolução dos Níveis de Coleta e Tratamento de Esgoto
Fonte: COPASA, 2013
Foi considerado que os investimentos incorridos até 31 de dezembro de 2016 serão financiados em
70% por uma linha de longo prazo, com condições semelhantes à linha “FINEM Saneamento
Ambiental – Recursos Hídricos”, do BNDES. Em virtude de um período de análise da CONCESSÃO
ADMINISTRATIVA pelos potenciais financiadores, foi também considerado um empréstimo-ponte
para financiamento dos investimentos no primeiro ano.
Além disso, foram estimados aportes de capital de acionistas em: 2015, 2016, 2021 e 2022, no valor
total aproximado de R$ 89,2 milhões (oitenta e nove milhões e duzentos mil Reais), uma vez que
nesses anos haverá maior saída de caixa para pagamento dos investimentos, tanto para
implantação da infraestrutura inicial do SES Divinópolis, como para ampliações de capacidade.
Assim como os investimentos, os custos e despesas operacionais da SPE também foram estimados
na data-base de março de 2013 e envolvem, principalmente, custeio de pessoal operacional e
administrativo, energia elétrica, serviços gerais, materiais diversos, seguros e garantias, despesas
administrativas e ressarcimento de estudos, conforme mostrado na
85,3%90,2%
93,1% 95,1% 95,1% 95,1% 95,1% 95,1% 95,1%
2% 2% 2%
76%79% 81% 83% 85% 87%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
% E
sg
oto
Gera
do
Nível de Atendimento de Esgoto Coletado Nível de Atendimento de Esgoto Tratado
4
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Figura 3 a seguir.
Figura 3 – Composição dos Custos e Despesas Operacionais – Total
Fonte: COPASA, 2013
Em contrapartida aos investimentos, custos e despesas incorridos a cargo da SPE, a COPASA
deverá remunerá-lo com o pagamento de contraprestações mensais, segmentadas em duas
parcelas: PARCELA POR DISPONIBILIDADE da Infraestrutura e PARCELA POR DEMANDA.
A PARCELA POR DISPONIBILIDADE deverá remunerar a soma dos investimentos e custos fixos
estimados para a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, ao passo que seu pagamento estará atrelado à
infraestrutura do sistema de esgotamento sanitário executada pela SPE, cuja capacidade de
tratamento disponibilizada será de 415 L/s até o início de janeiro de 2017. O PROJETO REFERENCIAL
estimou que 100% da infraestrutura será disponibilizada em janeiro de 2017.
A PARCELA POR DEMANDA, por sua vez, deverá remunerar os custos variáveis e o retorno
esperado da SPE. De caráter variável, esta Parcela será calculada pela multiplicação do m3
(metro cúbico) de esgoto tratado por R$ 1,25 (um Real e vinte e cinco centavos), valor este
definido na modelagem financeira como pagamento da COPASA à SPE por volume de esgoto
tratado.
Pessoal
27,5%
Energia Elétrica
26,5%Serviços
18,5%
Materiais
10,0%
Garantias e
Seguros
11,3%
Estrutura
Administrativa
6,0%Ressarcimento
de Estudos
0,0%
5
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Figura 4 a seguir mostra a Contraprestação durante a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.
Figura 4 – Contraprestação Total
Fonte: COPASA, 2013
Definidas as premissas de projeções das receitas líquidas e custos e despesas, foi possível estimar
os resultados da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA em termos de EBITDA. Subtraindo-se os
investimentos previstos e os impostos devidos na modelagem, foi obtido o fluxo de caixa do
projeto, que representa a capacidade de geração de valor. A CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, por
fim, resultou em uma TIR de Projeto de 7,30% a.a (sete vírgula três por cento ao ano).
0 0
14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14
0 0
14 15 15 16 16 17 17 18 19 19 20 20 20 20 21 21 21 22 22 22 22 23 23 23
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
R$ M
ilh
õe
s
Parcela por Demanda Parcela por Disponibilidade
6
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
INTRODUÇÃO
De modo a avaliar a viabilidade econômico-financeira da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, foi
elaborado um modelo econômico-financeiro no qual foram inseridas as premissas de custos e
despesas operacionais, investimentos, financiamentos e impostos. Como resultados, foram obtidos
os valores referenciais de contraprestação pelos quais a COPASA deverá remunerar a SPE.
Este PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA tem como objetivo descrever as principais premissas
utilizadas na avaliação econômico-financeira da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, principalmente
no que se refere à capacidade de geração de receitas e rentabilidade à SPE. De caráter
meramente referencial, este PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA expõe o racional utilizado para
a obtenção dos valores aqui descritos, não apresentando, assim, qualquer caráter vinculativo ou
qualquer efeito do ponto de vista da responsabilidade da COPASA perante as PROPONENTES ou
perante a SPE contratada para execução dos SERVIÇOS.
As PROPONENTES são responsáveis, por sua conta e risco, pelo exame de todas as instruções,
condições, exigências, leis, decretos, normas, especificações e regulamentações aplicáveis à
CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, não estando obrigadas à utilização das mesmas premissas que
constituíram o PROJETO REFERENCIAL e o PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA.
Este PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA está dividido em 09 seções principais:
Seção 01 – Características da Área da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA: são descritas as
principais características geográficas e econômicas de Divinópolis, a infraestrutura atual de
esgotamento sanitário e as obras em andamento;
Seção 02 – Premissas Gerais da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA: são descritas as premissas
gerais da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, como o prazo, a moeda utilizada, as
responsabilidades da SPE e o cronograma do PROJETO REFERENCIAL;
Seção 03 – Investimentos: são descritos os investimentos estimados para universalização dos
serviços de esgotamento em Divinópolis a serem realizados pela SPE;
Seção 04 – Custos e Despesas Operacionais: são descritos os custos e despesas
operacionais estimados para a operação da SPE;
Seção 05 – Remuneração da SPE: são descritas as premissas para a projeção da PARCELA
POR DISPONIBILIDADE da Infraestrutura e PARCELA POR DEMANDA, compondo a
Contraprestação total;
Seção 06 – Metodologia de Avaliação: são descritas as metodologias de avaliação
econômico-financeira da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA – TIR e VPL;
7
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Seção 07 – Premissas Financeiras: são descritas as principais premissas financeiras utilizadas
na avaliação econômico-financeira, tais como a tomada de empréstimos e aporte de
capital de acionistas;
Seção 08 – Impostos: são descritos os impostos sobre a receita e sobre o lucro estimados
para a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA; e
Seção 09 – Principais Resultados: são apresentados os principais resultados da CONCESSÃO
ADMINISTRATIVA, como a TIR e os relatórios financeiros.
8
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
1 CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA
1.1 Divinópolis
O Município de Divinópolis está localizado na região centro-oeste do estado de Minas Gerais, a
120 km da capital Belo Horizonte, e faz fronteira com os municípios de Nova Serrana, Perdigão,
Cláudio, São Gonçalo do Pará, Carmo do Cajuru, São Sebastião do Oeste e Santo Antônio do
Monte.
Com 716 km2, sendo 192 km2 de área urbana, Divinópolis representa 0,12% da área estadual.
Situado na região das terras altas do sudeste, o relevo possui formação típica de planaltos
dissecados, com serras e mares de morros.
O clima é caracterizado por invernos secos e verões chuvosos, com maior precipitação entre
dezembro e fevereiro e menor entre abril e setembro.
O Município é banhado pelo Rio Pará, que estabelece a divisa leste com os municípios de São
Gonçalo do Pará e Carmo do Cajuru, e pelo Rio Itapecerica, que corta o território de Divinópolis
em uma extensão de 29 km. O território divinopolitano está incluso na Bacia Hidrográfica do Rio
São Francisco. A Figura 5 a seguir ilustra a presença dos Rios Pará e Itapecerica, os quais dão
nome às duas principais bacias de Divinópolis.
Figura 5 - Mapa das Principais Bacias de Divinópolis
Fonte: COPASA
9
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Em 2010, o PIB do Município foi R$ 3,4 bilhões e o PIB per capita R$ 15.837,70, configurando o
15º maior PIB de Minas Gerais. A principal atividade econômica é a indústria de confecção, com
cerca de 14 mil empregos diretos.
De acordo com o Censo IBGE 2010, Divinópolis possuía 213 mil habitantes, sendo 97% residentes da
zona urbana e 3% da zona rural. É o 12º município mais populoso de Minas Gerais.
1.2 Infraestrutura de Esgoto
Grande parte da infraestrutura de esgoto existente foi originada pela Prefeitura, uma vez que até
a celebração do Contrato de Programa com a COPASA, em junho de 2011, a responsabilidade
pela coleta e tratamento de esgoto era municipal.
Divinópolis possui uma rede coletora com aproximadamente 900 km de comprimento, cujos
diâmetros variam de 150 mm a 400 mm, com capacidade média de coleta de 376 L/s. Existem
três estações elevatórias implantadas: (i) Cidade Jardim, (ii) Realengo, e (iii) Santa Lúcia. As
elevatórias de Cidade Jardim e Realengo fazem o lançamento de esgoto diretamente no Rio
Itapecerica, enquanto a elevatória de Santa Lúcia lança diretamente no Rio Pará.
Parte da estrutura de coleta de Divinópolis é antiga e necessita de intervenções e manutenções
constantes. O crescimento urbano vertical, principalmente no centro da cidade, não foi
acompanhado por adequações no sistema de coleta, gerando efeitos de sobrecarga.
Atualmente, existem oito pequenas estações de tratamento de esgoto, localizadas nos bairros
Candides, Jardinópolis, Nova Fortaleza, Primavera, Santa Cruz (Distrito de Santo Antonio dos
Campos) e Santa Tereza, na Comunidade Rural de Buritis e no Residencial Lagoas dos Mandarins.
Conforme o Plano Municipal de Saneamento, essas estações de tratamento se encontram em
condições precárias de conservação e operação e não devem ser consideradas para integração
de um novo sistema de esgotamento de Divinópolis.
As edificações que não estão conectadas à rede coletora utilizam fossas sépticas, sendo a
Prefeitura responsável por mantê-las, ou lançam seus esgotos diretamente nos cursos d’água.
Atualmente, existem 12 fossas comunitárias no Município.
Por conta da falta de tratamento de esgoto, o Rio Itapecerica se encontra altamente poluído.
Segundo o relatório do IGAM3, de 2012, no trecho anterior ao Município o rio é considerado classe
3 Estudo disponibilizado em http://www.igam.mg.gov.br/images/stories/qualidade_aguas/relatorio-trimestral-am-1o-trim-
2012.pdf
10
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
01 e no trecho posterior a ele passa à classe 03, sendo o esgoto de Divinópolis e atividades de
agricultura e pecuária as principais fontes poluidoras.
1.3 Obras em Andamento e Concluídas
Atualmente a COPASA acompanha o gerenciamento das obras de esgotamento sanitário,
contratadas pelo Município de Divinópolis, com Recursos do PAC, que destinam-se à implantação
de ligações, redes coletoras, interceptores e estações elevatórias nos subsistemas Vila Romana,
Jardinópolis e Bagaço, incluídos no Sistema Itapecerica. Embora a responsabilidade da execução
das obras do PAC seja do Município, a COPASA assumiu boa parte das responsabilidades em
convênio realizado em julho de 2012. Estima-se que o valor total do investimento seja em torno de
R$ 18,9 milhões (dezoito milhões e novecentos mil de Reais).
O Sistema Pará corresponde a toda infraestrutura de esgotamento sanitário incluindo
interceptores, redes coletoras, estações elevatórias, linhas de recalque e uma estação de
tratamento de esgoto com capacidade de 15 L/s. O sistema está em operação desde janeiro de
2014.
1.4 Objetivo da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA
A CONCESSÃO ADMINISTRATIVA possui como objetivo principal a universalização do tratamento
de esgoto em Divinópolis num prazo máximo de nove anos após a celebração do CONTRATO.
No entanto, é esperado que em janeiro de 2017 o nível de atendimento de esgoto tratado seja
superior a 75%. Estima-se que após esse período o Município passará a contar com toda a
infraestrutura de interceptores, estações elevatórias e ETEs, capaz de tratar 430 L/s de esgoto,
considerando o Sistema Itapecerica com 400 L/s, o Sistema Ermida com 15 L/s e o Sistema Pará,
também com 15 L/s, sendo este último já implantado pela COPASA.
Também é objetivo da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA a manutenção do nível de coleta e de
tratamento de esgoto em patamares elevados. Portanto, são ainda previstas ampliações das
redes coletoras e de novas ligações, por conta do crescimento vegetativo populacional, bem
como ampliação de capacidade do Sistema Itapecerica para 600 L/s e do Sistema Pará, para
30 L/s.
Convém ressaltar a importância do Programa Caça-Esgoto para os objetivos da CONCESSÃO
ADMINISTRATIVA. É fundamental e obrigatória a adesão da SPE ao Programa, sendo sua
responsabilidade a identificação e correção de determinados lançamentos irregulares, o
11
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
monitoramento de corpos d’água, a viabilização de novas adesões ao SES e a participação em
campanhas educativas promovidas pela COPASA.
12
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
2 PREMISSAS GERAIS DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA
O prazo total da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA é de 26 anos. Para fins de projeção populacional,
adotou-se, como marco inicial, janeiro de 2015, e dezembro de 2040 como marco final.
As projeções foram feitas utilizando-se o Real (R$) como moeda-base e elaboradas em termos
reais, sem efeito da inflação, na data-base março de 2013, período este considerado para o
levantamento dos custos e despesas relacionados à operação e aos investimentos.
Foi considerado que a SPE atuará conjuntamente à COPASA na implantação, operação e
manutenção do SES Divinópolis, sendo responsável por:
Construir e disponibilizar a infraestrutura de transporte e tratamento de esgoto dos Sistemas
Itapecerica e Ermida, com capacidades iniciais de 400 L/s e 15 L/s, respectivamente;
Ampliar a infraestrutura de transporte e tratamento de esgoto dos Sistemas Itapecerica e
Pará para as capacidades de 600 L/s e 30 L/s, respectivamente;
Realizar os investimentos para atendimento do crescimento vegetativo, com serviços de
esgotamento sanitário;
Operar e realizar manutenção de todas as ETEs, interceptores, estações elevatórias e linhas
de recalque do SES Divinópolis; e
Aderir ao Programa Caça-Esgoto promovido pela COPASA em Divinópolis, seja
identificando lançamentos irregulares, executando serviços de eliminação de
lançamentos ou participando de campanhas ambientais educativas promovidas pela
COPASA.
No PROJETO REFERENCIAL, foi estimado que as obras iniciais de implantação do SES Divinópolis
ocorrerão entre 2015 e 2016, período em que as intervenções terão como destino o Sistema
Itapecerica e seus sub-Sistemas, e o Sistema Ermida.
13
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
3 INVESTIMENTOS
Os investimentos a serem realizados pela SPE envolvem obras civis, equipamentos, materiais,
projetos e custos de gerenciamento necessários para disponibilização de infraestrutura de
tratamento de esgoto no Município, de modo que ao final do contrato, 93% da vazão de esgoto
gerada em Divinópolis obtenha o tratamento adequado.
A projeção de investimentos no PROJETO REFERENCIAL foi segmentada por sistemas/bacias de
Divinópolis – Itapecerica, Pará e Ermida – cada qual com suas obras e cronogramas específicos.
Em cada um dos sistemas, é previsto que a SPE realize investimentos para construção e/ou
ampliação de uma ETE, implantação de distintos interceptores e investimentos para manutenção
do atendimento de serviços de esgoto, por conta do crescimento vegetativo populacional.
3.1 Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs)
O PROJETO REFERENCIAL envolve a construção de duas ETEs, a ETE Itapecerica com capacidade
inicial de 400 L/s e a ETE Ermida, com capacidade de 15 L/s. Também são previstas ampliações de
ETEs, sendo a ETE Itapecerica ampliada para capacidade de 600 L/s no início de 2023, e a ETE
Pará – construída pela COPASA – ampliada para a capacidade de 30 L/s no início de 2022.
3.1.1 Implantação e Ampliação da ETE Itapecerica
O desenho do PROJETO REFERENCIAL planeja a ETE Itapecerica com três tipos de tratamento:
preliminar, onde os materiais sólidos grosseiros e as partículas de areia são removidos; anaeróbio,
constituído por reator do tipo UASB; e aeróbio, composto por filtros biológicos percoladores e
decantadores secundários. Esse processo permitirá tratamento de esgoto a nível secundário.
A implantação da ETE Itapecerica será de responsabilidade exclusiva da SPE e deve ser concluída
em 31 de dezembro de 2016. No total, são previstos na implantação da 1ª etapa da ETE
Itapecerica, investimentos de aproximadamente R$ 29,57 milhões (vinte e nove milhões,
quinhentos e setenta mil Reais) em obras civis e em equipamentos, dos quais podem ser
destacados em: grade grossa, grade fina mecanizada, desarenador, peneira, centrifuga,
conjuntos moto bomba, raspadores, distribuidor rotativo, equipamentos e vidraria para
laboratório, equipamentos para a queima de gás, painéis, transformadores, disjuntor média
tensão, painel de proteção secundária, sistema supervisório, estação de operação, etc;
distribuídos nos seguintes itens:
Sistema de tratamento preliminar: sistema de gradeamento grosseiro de limpeza manual,
gradeamento fino de limpeza mecanizada, desarenadores e peneiras;
14
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Oito reatores anaeróbios, com vazão total de 400 L/s;
Oito leitos de secagem de escuma;
Central de desidratação de lodo;
Sistema de coleta e queima do biogás produzido nos reatores;
Laboratório e casa de operação;
Oficina de manutenção;
Terraplenagem e urbanização; e
Instalações elétricas gerais.
Na ampliação da ETE Itapecerica estima-se que sejam disponibilizados mais 200 L/s de
capacidade de tratamento de esgoto no início de 2023. Nesta segunda etapa de obras,
investimentos de aproximadamente R$ 34,80 milhões (trinta e quatro milhões e oitocentos mil
Reais) em obras civis e equipamentos, distribuídos nos seguintes itens:
Ampliação do tratamento preliminar;
Quatro reatores anaeróbios com vazão total de 200 l/s;
Ampliação do sistema de coleta e queima do biogás produzido nos reatores;
Digestor primário de lodo;
Sistema de adensador e digestor dos lodos gerados nos decantadores secundários;
Cinco estações elevatórias na área interna da ETE para transporte de escuma e lodo,
recirculação, percolado, clarificado; e
Quatro leitos de secagem de escuma.
Oito filtros biológicos percoladores.
Oito decantadores secundários.
Terraplenagem e urbanização; e
Instalações elétricas gerais.
15
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
3.1.2 Implantação da ETE Ermida
O PROJETO REFERENCIAL planeja a implantação da ETE Ermida no padrão COPASA4 com
capacidade de 15 L/s, a ser disponibilizada em dezembro de 2016.
São previstos investimentos em reatores UASB, seguidos de filtros biológicos e decantadores
secundários, entre outros, para um processo de tratamento de esgoto a nível secundário.
O investimento total na ETE Ermida é estimado em R$ 4,73 milhões (quatro milhões, setecentos e
trinta mil Reais), destinados a obras civis e equipamentos.
3.1.3 Ampliação da ETE Pará
Caberá à SPE realizar investimento estimado em R$ 3,07 milhões (três milhões e setenta mil Reais)
para a implantação do segundo módulo da ETE, padrão COPASA, em obras civis e
equipamentos, de modo a ampliar a capacidade para 30 L/s, no início de 2022.
3.2 Interceptores e redes coletoras de interligação
Segundo o PROJETO REFERENCIAL, é prevista a implantação, pela SPE, de interceptores no Sistema
Itapecerica, incluindo redes coletoras de interligação. Os materiais utilizados e diâmetros
projetados – entre 150 mm e 800 mm – foram estimados com base na vazão esperada para cada
interceptor.
Estima-se que sejam investidos R$ 42,9 milhões (quarenta e dois milhões e novecentos mil Reais)
em interceptores entre 2015 e 2016 e que a extensão dos interceptores e redes de interligação
alcance 70,8 km.
A Tabela 1- Interceptores Sistema Itapecerica a seguir resume os interceptores projetados, bem
como os materiais a serem utilizados, os diâmetros, extensões e custo total.
4 ETE Padrão COPASA 55.01.015/0 de 15,0 L/s de capacidade
16
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Tabela 1- Interceptores Sistema Itapecerica
Interceptores do Sistema
Itapecerica
Extensão (m)
Interceptores Redes Coletoras
de Interligação
Jardim Candelária /
Eixão 4.618 0
Canavial /
Manuel Valinhas 6.933 1.113
Sidil 3.042 128
Garganta /
CT Centro 24.546 1.298
CT Ponte Niterói/
Chácara 12.791 170
Itapecerica /
São Miguel 11.448 2.228
Esplanada 2.499 0
TOTAL 65.877 4.937
Fonte: COPASA, 2013
No Sistema Ermida, são estimados investimentos adicionais de R$ 3,55 milhões (três milhões,
quinhentos e cinquenta mil Reais) para implantação dos interceptores Lava Pés e Goujoul,
totalizando 3,4 km de interceptores.
Os interceptores do Sistema Pará foram implantados pela COPASA, portanto, não fazem parte do
escopo de investimentos da SPE, a quem caberá somente sua operação e manutenção.
3.3 Estações Elevatórias
Segundo o PROJETO REFERENCIAL, é prevista a implantação, pela SPE, de estações elevatórias no
Sistema Itapecerica e no Sistema Ermida.
Os investimentos em implantação de estações elevatórias englobam obras civis, das quais podem
ser destacadas a construção das elevatórias, instalação de linhas de recalque, serviços elétricos e
redes coletoras de interligação, além do fornecimento e instalação dos equipamentos, dos quais
podem ser destacados os conjuntos moto-bomba, sensor e transmissor de nível ultrassônico e
eletromagnétcico, medidor de nível eletromagnético e quadros de energia.
No total, foram previstos a implantação de 16 (dezesseis) estações elevatórias de esgotos, com as
suas respectivas linhas de recalque, com investimentos de aproximadamente R$ 17,8 milhões
(dezessete milhões e oitocentos mil Reais) em obras civis e equipamentos.
17
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
No Sistema Ermida, são estimados investimentos adicionais de R$ 1,47 milhões (um milhão,
quatrocentos e setenta mil Reais) em obras civis e equipamentos, para a implantação de 03 (três)
estações elevatórias: Final, Santa Cruz e Goujol.
3.4 Crescimento Vegetativo
Para estimativa do custo total com crescimento vegetativo, que inclui novas ligações e
prolongamentos de redes, foi utilizada a projeção populacional de cada sistema individualmente.
A razão utilizada para habitantes por ligação foi de 3,29 (três vírgula vinte e nove), enquanto a
relação de incremento de redes coletoras por novas ligações foi de 1,84 m (um vírgula oitenta e
quatro metro).
Figura 6 a seguir ilustra o gasto anual com crescimento vegetativo, por sistema.
Figura 6 – Gasto Anual com Crescimento Vegetativo, por Sistema
Fonte: COPASA, 2013
3.5 Programa Caça-Esgoto
A SPE deverá agir conjuntamente à COPASA e ao Município no Programa Caça-Esgoto. No que
tange aos investimentos, a SPE deverá executar serviços em duas situações:
Eliminação de Lançamentos de Redes Coletoras de Esgoto em Redes Pluviais; e
Eliminação de Lançamentos Diretos de Ligações de Esgoto em Corpos d’água, Fossas,
entre outros.
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
R$ M
ilh
õe
s
Sistema Ermida Sistema Pará Sistema Itapecerica
18
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Além disso, caberá à SPE a coleta de amostras e análises laboratoriais dos corpos receptores de
esgotos, a elaboração e divulgação de relatórios às partes envolvidas, a viabilização de novas
adesões de ligações de esgoto e a participação em campanhas de educação ambiental
promovidas pela COPASA.
Com base na experiência da COPASA em outros municípios, foi estimado um investimento total
de R$ 10,5 milhões (dez milhões e quinhentos mil reais) com o Programa Caça-Esgoto, distribuído
ao longo dos anos da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.
3.6 Redes Coletoras de Esgoto e Ligações Prediais
Atualmente, o Município de Divinópolis conta com aproximadamente 900 km de redes coletoras
de esgoto, o que atende aproximadamente 85% dos habitantes. Por conta dessa expressividade,
os investimentos em redes coletoras e ligações prediais sob responsabilidade da SPE se
concentrarão exclusivamente por conta do crescimento vegetativo, conforme visto no item 3.4.
3.7 Sistema de Automação
A implantação de um Sistema de Automação é fundamental para a modernização da operação
da SPE, uma vez que permitirá o controle remoto de algumas operações do SES Divinópolis e o
acesso em tempo real de informações. Além disso, a interligação do Sistema de Automação com
o Centro de Comando Operacional (“CCO”) da COPASA será fundamental para a verificação
dos serviços prestados pela SPE, bem como a mensuração dos indicadores de desempenho.
Estima-se que sejam investidos R$ 5,4 milhões (cinco milhões e quatrocentos mil Reais) com a
implantação do Sistema de Automação no SES Divinópolis.
3.8 Investimentos em Equipamentos Operacionais e Manutenção Eletromecânica e
Reinvestimentos
Além dos investimentos iniciais em equipamentos previstos na implantação de ETEs e estações
elevatórias nos Sistemas Itapecerica, Pará e Ermida, já citados anteriormente, também são
previstos investimentos de R$ 1,6 milhão (um milhão e seiscentos mil Reais) em equipamentos de
manutenção de estações elevatórias, R$ 346 mil (trezentos e quarenta e seis mil Reais) em veículos
de laboratório e de manutenção eletromecânica nas EEs e ETEs, R$ 40 mil (quarente mil Reais) em
sistemas de comunicação e R$ 187 mil (cento e oitenta e sete mil Reais) em equipamentos e
ferramentas para manutenção eletromecânica, totalizando cerca de R$ 2,2 milhões (dois milhões
e duzentos mil Reais).
19
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Ao longo da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, devido ao fim da vida útil estimada para os
equipamentos, são previstas reposições contínuas nos equipamentos, veículos e ferramentas, de
modo que a operação do SES Divinópolis não seja prejudicada. A Tabela 2 – Reinvestimentos em
Equipamentos do SES Divinópolis a seguir mostra os reinvestimentos para a CONCESSÃO
ADMINISTRATIVA.
Tabela 2 – Reinvestimentos em Equipamentos do SES Divinópolis5
R$ Mil 2022 2029 2030 2034 2036 2037
Total 1.028 1.178 3.800 596 66 5.412
Fonte: COPASA, 2013
3.9 Projeto Executivo
O custo de projeto executivo refere-se aos investimentos que a SPE deverá incorrer na elaboração
dos projetos sob sua responsabilidade. Esse custo foi estimado em R$ 1,34 milhão (um milhão,
trezentos e quarenta mil Reais) no total.
3.10 Gerenciamento da Obra
O custo de gerenciamento de obras refere-se ao custo que a SPE deve incorrer nas atividades de
fiscalização da execução de obras, de modo que estas sejam realizadas conforme contratadas.
Este custo foi estimado em R$ 2,7 milhões (dois milhões e setecentos mil Reais) no total.
3.11 Administração Local
O custo de administração local refere-se ao custo que a SPE deve incorrer para a manutenção do
canteiro de obras, tais como uma estrutura local, veículos, pessoal, entre outros. Esse custo foi
estimado em R$ 37,91 milhões (trinta e sete milhões, novecentos e dez mil Reais) no total.
5 A tabela somente apresenta os anos para os quais os valores de reinvestimento foram superiores a 30 mil reais. Nos anos
não apresentados, o valor é de 30 mil reais a partir de 2018 com exceção ao último ano de operação, em 2040, no qual
não há reinvestimento.
20
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
3.12 BDI e Taxa de Administração
O valor dos Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) e Taxa de Administração refere-se às despesas
indiretas na realização dos investimentos. Foi definido o BDI igual a 24,51% (vinte e quatro vírgula
cinquenta e um por cento) e a Taxa de Administração igual a 15,54% (quinze vírgula cinquenta e
quatro por cento), já embutidos nos investimentos em obras civis anteriormente apresentados.
3.13 Quadro Resumo dos Investimentos
Os investimentos estimados pelo PROJETO REFERENCIAL para ETEs, interceptores, estações
elevatórias, crescimento vegetativo, Programa Caça-Esgoto, sistema de automação e
reinvestimentos em equipamentos operacionais e manutenção eletromecânica totalizam, nos
26 anos da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, o valor aproximado de R$ 239,84 milhões (duzentos e
trinta e nove milhões, oitocentos e quarenta mil Reais), conforme mostrado na Tabela 3 –
Investimento Total a seguir.
Tabela 3 – Investimento Total
Sistema Investimento R$ Mil % do Total
Sistema
Itapecerica
ETE 64.375 26,84%
Interceptores 42.913 17,89%
Estações Elevatórias 17.871 7,45%
Sistema Ermida
ETE
Interceptores
Estações Elevatórias
4.731
3.551
1.472
1,97%
1,48%
0,61%
Sistema Pará 2a Etapa ETE Pará 3.079 1,28%
Comuns aos
Sistemas
Crescimento Vegetativo 29.121 12,14%
Equipamentos Operacionais e Manutenção 14.783 6,16%
Projeto Executivo, Gerenciamento de Obras e
Administração Local 42.025 17,52%
Programa Caça-Esgoto 10.500 4,38%
Sistema de Automação 5.420 2,26%
Total 239.841 100,00%
Fonte: COPASA, 2013
3.14 Depreciação
A Receita Federal do Brasil permite a depreciação de ativos com base na estimativa da vida útil
do bem, ou seja, no período de tempo que se espera que a empresa irá usufruir dos benefícios
econômicos desses ativos. Contudo, no caso das concessões (incluindo, portanto, as PPPs), há
21
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
previsão legal para que os ativos sejam amortizados no prazo máximo da concessão, conforme o
art. 325, inciso I, alínea “b” do Regulamento do Imposto de Renda de 1999:
“O capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício tenha
duração limitada, ou de bens cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo
legal ou contratualmente limitado, tais como (lei nº4. 50,0 de 1964, art. 58):
Investimento em bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a
concessão de serviço público, devem reverter ao poder concedente, ao fim
do prazo da concessão, sem indenização. O cálculo da projeção da
depreciação anual considera uma taxa de depreciação estimada conforme a
previsão do prazo de duração dos ativos.”
Portanto, na avaliação econômico-financeira da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, foi considerado
como período de depreciação o menor valor entre a vida útil estimada do ativo ou o prazo
restante do CONTRATO, sem que haja valor residual de ativos e, consequentemente, indenização
por parte da COPASA. Os prazos estimados da vida útil dos ativos são mostrados na Tabela 4 a
seguir.
Tabela 4 – Prazos de vida útil estimados para Depreciação
Ativos Prazos de Depreciação
Obras civis 25 anos
Equipamentos e Sistemas 05 anos
A Figura 7 a seguir ilustra a relação de ativos depreciados e não depreciados ao longo da
CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.
Figura 7 – Despesa com Depreciação
22
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
0
50
100
150
200
250
300
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
2036
2037
2038
2039
2040
R$ M
ilh
õe
s
Ativos Depreciados Ativos Não Depreciados
23
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
4 CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS
Os custos e despesas operacionais da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA foram estimados pela
COPASA com base no modelo de operação atualmente utilizado pela Companhia em seus ativos
de esgotamento sanitário, levando em conta seus quantitativos e preços unitários.
A SPE irá incorrer em custos de pessoal, energia elétrica, serviços, materiais, estrutura
administrativa, seguros e garantias e ressarcimento de estudos, os quais serão descritos a seguir.
4.1 Custos de Pessoal
Os custos de pessoal foram estimados com base no número de funcionários necessários para a
adequada operação e manutenção das unidades geridas pela SPE. A partir disso, foi feito um
levantamento, com base nos salários e encargos sociais pagos atualmente pela COPASA, para
que se obtivesse a estimativa de custo total anual com pessoal pela SPE.
A Tabela 5 – Número de Funcionários e Custo de Pessoal a seguir mostra o número de funcionários,
bem como os salários e encargos sociais, que o PROJETO REFERENCIAL estimou para a
CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.
Tabela 5 – Número de Funcionários e Custo de Pessoal
No de
funcionários
Custo de
salários e
encargos por
ano (R$)
No de
funcionários
Custo de
salários e
encargos por
ano (R$)
Coordenação do SES Divinópolis
Manutenção Eletromecânica
Engenheiro de Operação 01 135.210
Supervisor 01 74.401
Técnico Químico 01 47.959
Técnico 01 41.430
Total 02 183.169
Oficial 02 46.611
Operação das ETEs
Técnico Eletrônico 01 41.430
ETE Itapecerica
Total 05 203.871
Operador de ETE 05 179.972
Manutenção de Elevatórias e Interceptores
Auxiliar de Operação 02 37.266
Encarregado Geral 01 55.519
Operador de ETE 02 82.859
Encarregado 03 80.049
Auxiliar de Laboratório 02 37.266
Oficial 03 62.517
Auxiliar Administrativo 01 23.306
Servente 05 93.164
ETE Ermida
Operador de Máquinas 01 30.970
Operador de ETE 02 71.989
Total 13 322.219
Auxiliar de Operação 01 18.633
Administrativo
ETE Pará
Gerente de Contrato 01 256.119
Operador de ETE 02 71.989
Secretária 01 55.519
Auxiliar de Operação 01 18.633
Encarregado 01 47.959
Total 18 541.912
Auxiliar de Apoio 01 23.306
Programação de Manutenções
Motorista 01 26.683
Programador de Serviços
Operacionais 01 30.970
Assistente Financeiro e
Contábil e Patrimonial 01 41.430
Almoxarife 01 26.683
Técnico de Segurança do
Trabalho 01 41.430
Auxiliar Almoxarifado 01 23.306
Total 07 492.445
Desenhista de Cadastro 01 26.683
Total 04 107.641
Total Pessoal 49 1.851.257
Fonte: COPASA, 2013
24
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
4.2 Custos com Energia Elétrica
O custo de energia elétrica foi estimado individualmente para cada estação elevatória e ETE. O
custo foi dimensionado com base na multiplicação do número de equipamentos, o tempo
esperado de operação de cada equipamento, em horas, e a carga utilizada pelos mesmos, em
KW. Esse valor obtido, em KWh, foi multiplicado pela tarifa de energia, em R$/KWh, incluindo tanto
o consumo como a demanda de energia.
O valor total de energia estimado para a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA é mostrado na Figura 8 a
seguir.
Figura 8 – Custo Anual de Energia Elétrica
Fonte: COPASA, 2013
4.3 Custos com Serviços
O custo com serviços representa o custeio com atividades paralelas ao transporte e ao
tratamento de esgoto, mas igualmente importantes para a adequada operação das ETEs,
estações elevatórias e interceptores pela SPE.
Dentre essas atividades, podem ser citadas: transporte/aterramento de resíduos, análises
laboratoriais, conservação de jardins, vigilância e portaria, limpeza, lavanderia, manutenção de
veículos e equipamentos, licença da ANATEL para rádios de comunicação e verbas para
programas de comunicação e educação ambiental.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
R$
Milh
ões
25
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
4.3.1 Transporte/Aterramento de Resíduos
Na operação normal das ETEs a SPE deverá retirar uma série de resíduos do esgoto recebido, de
forma a tratá-lo adequadamente. Dentre esses resíduos, podem ser citados como principais: lodo
desidratado, areia e resíduos do tratamento preliminar.
Na ETE Itapecerica, estima-se que a SPE poderá aterrar seus resíduos em valas na área da própria
ETE, por um período de 10 anos. Após esse período, prevê-se que os resíduos sejam destinados a
aterros sanitários. Nas ETEs Pará e Ermida, os resíduos serão destinados a aterros desde o início da
operação das ETEs.
Para estimar o custo de transporte/aterramento de resíduos, foi realizada uma estimativa dos
resíduos gerados, com base na expectativa de volume recebido nas ETEs. Sobre esse valor foi
aplicado um valor por m3 de resíduo, com base nos valores praticados pela COPASA. A Figura 9 a
seguir mostra a expectativa de custo anual com transporte/aterramento de resíduos.
Figura 9 – Custo Anual de Transporte/Aterramento de Resíduos
Fonte: COPASA, 2013
4.3.2 Análises Laboratoriais
Foi considerado um custo de análises laboratoriais para que a SPE realize o monitoramento das
ETEs e dos corpos receptores segundo alguns parâmetros exigidos pela legislação ambiental.
Considerando o período que todas as ETEs estarão em pleno funcionamento – a partir do início de
2017, segundo o PROJETO REFERENCIAL – o custo anual de análises laboratoriais foi estimado em
R$ 10,9 mil (dez mil e novecentos Reais). Com as ampliações das ETEs Itapecerica e Pará,
estimadas para ocorrer em 2022 e 2021, respectivamente, projeta-se que este custo seja elevado
a R$ 15,8 mil por ano.
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
R$ M
ilh
õe
s
26
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
4.3.3 Programas de Comunicação e Educação Ambiental
A SPE deverá cooperar e participar dos Programas de Comunicação e Educação Ambiental
promovidos pela COPASA. Para tanto, com base na experiência da COPASA em outros
municípios, foi estimada uma verba de R$ 64 mil (sessenta e quatro mil Reais) por ano para custeio
de materiais diversos, combustíveis, técnico de meio ambiente, comunicação via celular, entre
outros.
De 2014 a 2016, foi estimado um valor superior de custeio, de R$ 146 mil (cento e quarenta e seis
mil Reais) por ano, em virtude da maior necessidade de programas educativos por conta do início
da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.
4.3.4 Outros Custos com Serviços
A Tabela 6 – Valor Anual de Outros Custos com Serviços a seguir mostra os valores anuais de outros
custos com serviços, estimados a partir do período de pleno funcionamento do SES Divinópolis – a
partir do início de 2017, segundo o PROJETO REFERENCIAL.
Tabela 6 – Valor Anual de Outros Custos com Serviços
Valor Anual de Outros Custos com Serviços R$
Vigilância e Portaria 185.531
Manutenção de Veículos e Equipamentos 183.165
Limpeza 35.749
Conservação de Jardins 34.460
Lavanderia 27.576
Rádios de comunicação (licença ANATEL) 210
Fonte: COPASA, 2013
4.4 Custos com Materiais
O custo com materiais representa o custeio com materiais necessários à adequada operação das
ETEs, estações elevatórias e interceptores pela SPE. Dentre esses materiais, podem ser citados:
produtos químicos, materiais de manutenção eletromecânica, materiais de manutenção de
estações elevatórias, interceptores e linhas de recalque, combustíveis e lubrificantes e materiais de
segurança e proteção.
27
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
4.4.1 Produtos Químicos
São necessários produtos químicos para que o processo de tratamento de esgoto se realize com
eficiência. O custo de produtos químicos compõe-se, basicamente, de polímeros, para auxílio da
floculação, e, em menor medida, de cal, para auxílio no controle de vetores.
O custo foi estimado com base no volume de esgoto tratado, enquanto o custo de cal foi fixado,
com base na experiência da COPASA na operação de suas unidades. A Figura 10 a seguir mostra
o custo anual de produtos químicos.
Figura 10 – Custo Anual de Produtos Químicos
Fonte: COPASA, 2013
4.4.2 Outros Custos com Materiais
A Tabela 7 – Valor Anual de Outros Custos com Materiais a seguir mostra os valores anuais de
outros custos com materiais, estimados a partir do período de pleno funcionamento do SES
Divinópolis – a partir do início de 2017, segundo o PROJETO REFERENCIAL.
Tabela 7 – Valor Anual de Outros Custos com Materiais
Valor Anual de Outros Custos com Materiais R$
Manutenção Eletromecânica 144.000
Combustíveis e Lubrificantes 120.000
Manutenção de Estações Elevatórias, Interceptores e Linhas de
Recalque 15.000
Segurança e Proteção 8.400
Fonte: COPASA, 2013
87 87
323 327 331 336 340 345 352 360 367 375 382 389 397 404 412 419 431 442 453 465 476 488 499 510
0
100
200
300
400
500
600
R$ m
il
28
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
4.5 Despesas Administrativas
As despesas administrativas contemplam as despesas em que a SPE irá incorrer na manutenção
de escritório, considerando materiais diversos e faturas de água, esgoto, energia elétrica, telefonia
e internet. O valor total dessas despesas foi estimado em R$ 106 mil (cento e seis mil Reais) por ano.
Além disso, foi considerado o cenário em que as ações da SPE pertençam à outra empresa e/ou
holding e que, por este motivo, a operação da SPE usufrua de toda a infraestrutura administrativa
desta empresa e/ou holding, como, por exemplo, serviços contábeis, jurídicos ou de tecnologia
da informação. Para essa finalidade, foi estimado um custeio relativo a 1% da receita líquida.
4.6 Seguros e Garantias
O CONTRATO deverá exigir a contratação de duas garantias por parte da SPE: Garantia de
Proposta (Bid Bond) e Garantia de Execução. Além disso, a SPE deverá contratar os seguros de
responsabilidade civil, seguro All Risks (todos os riscos) de Engenharia e Operação e seguro de
garantia de perfeito funcionamento da infraestrutura.
A Tabela 8 – Seguros e Garantias a seguir mostra a estimativa dos valores de cobertura, bem
como as alíquotas pagas pela contratação das garantias e das apólices de seguro.
Tabela 8 – Seguros e Garantias
Tipo Alíquota Valor de Cobertura (Base de Cálculo)
Garantia de Proposta 0,68% a.a 1% do VALOR DO CONTRATO, durante 12 meses
Garantia de Execução 0,80% a.a 5% do VALOR DO CONTRATO nos cinco primeiros anos da
CONCESSÃO ADMINISTRATIVA e 2,5% nos anos subsequentes
Seguro de Responsabilidade
Civil 0,75% a.a
Risco máximo esperado de responsabilidade civil (R$ 4
Milhões)
Seguro de Garantia de
Perfeito Funcionamento após
o fim do CONTRATO
0,84% a.a 5% do VALOR DO CONTRATO durante o último ano da
CONCESSÃO ADMINISTRATIVA
Seguro All Risks (todos os riscos)
de Engenharia e Operação) 0,35% a.a
Risco máximo esperado de engenharia e operação (R$ 150
Milhões)
Fonte: COPASA e Seguradoras Brasileiras
A estimativa de custos com seguros e garantias é mostrada na Figura 11 a seguir.
29
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Figura 11 – Custos com Seguros e Garantias
Fonte: COPASA, 2013
4.7 Total de Custos e Despesas Administrativas e Custo por m3
Um dado frequentemente utilizado em projetos de coleta e tratamento de esgoto é o custo total
por m3 (metro cúbico) de esgoto tratado. A Figura 12 a seguir mostra o custo total estimado para
a operação da SPE, assim como o custo total por m3 (metro cúbico) de esgoto tratado.
Figura 12 – Custo Total por m3 de Esgoto Tratado
Fonte: COPASA, 2013
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1.000
R$ M
il
0,47
0,43 0,44 0,43 0,42 0,41 0,41
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
2036
2037
2038
2039
2040
R$/m
3
R$ M
ilh
õe
s
Custos e Despesas Operacionais Custo por m3
30
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
5 REMUNERAÇÃO DA SPE
Propõe-se que a apuração do valor da CONTRAPRESTAÇÃO MENSAL a ser paga pela COPASA à
SPE baseie-se no cálculo da equação apresentada a seguir.
𝐶𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 𝑃𝐷𝑖𝑠𝑝 + 𝑃𝐷𝑒𝑚 × [(1 − 50%) + (50% ×𝑁𝑜𝑡𝑎 𝑄𝐼𝐷
𝑁𝑜𝑡𝑎 𝑀á𝑥. 𝑄𝐼𝐷)]
Onde:
CONTRAPRESTAÇÃO MENSAL = valor, em reais correntes (R$), a ser pago mensalmente pela
COPASA à SPE;
PDisp = PARCELA POR DISPONIBILIDADE da Infraestrutura de Esgotamento Sanitário, valor
de referência definido pela avaliação econômico-financeira, igual a R$ 13.539.882,00
(treze milhões, quinhentos e trinta e nove mil, oitocentos e oitenta e dois Reais) ao ano, ou
R$ 1.128.324,00 (um milhão, cento e vinte e oito mil, trezentos e vinte e quatro Reais) ao
mês.
PDem = PARCELA POR DEMANDA de Esgoto Tratado;
Nota QID = Nota do Quadro de Indicadores de Desempenho, a ser apurada mensalmente,
cujo valor varia de 0 a 100; e
Nota Máx. QID = Nota Máxima do Quadro de Indicadores de Desempenho, no valor de
100.
5.1 PARCELA POR DISPONIBILIDADE (“PDisp”)
A PARCELA POR DISPONIBILIDADE será paga conforme a infraestrutura de esgotamento sanitário
for sendo disponibilizada para o efetivo tratamento de esgoto, até a capacidade total de
415 L/s 6, a qual, obrigatoriamente deverá ser atingida em 31 de dezembro de 2016.
No entanto, não foi considerado na modelagem faseamento dos valores pagos nos anos iniciais
da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, de acordo com a razão entre a infraestrutura concluída e a
infraestrutura total planejada (ramp-up) para o período.
O volume de esgoto coletado e/ou tratado não terá impacto no valor da PARCELA POR
DISPONIBILIDADE.
6 Obras referentes a 1ª Etapa do Sistema de Itapecerica (400 L/s) e Sistema Ermida (15 L/s)
31
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
O valor da PARCELA POR DISPONIBILIDADE foi definido a título de pagamento à SPE pelos valores
incorridos com investimentos e custos fixos. A Figura 13 a seguir ilustra a PARCELA POR
DISPONIBILIDADE a ser paga a partir do PROJETO REFERENCIAL.
Figura 13 – PARCELA POR DISPONIBILIDADE
Fonte: COPASA, 2013
5.2 PARCELA POR DEMANDA (“PDem”)
A PARCELA POR DEMANDA será paga com base no volume de esgoto tratado pela SPE. Desse
modo, o valor desta parcela refletirá as variações do esgoto tratado em Divinópolis.
Propõe-se que a PARCELA POR DEMANDA seja apurada pela seguinte equação.
𝑃𝐷𝑒𝑚 = 𝑉 × 𝑃
Onde:
V = Volume de Esgoto mensal medido, na entrada das ETEs (em m3);
P = Preço definido no Estudo de Viabilidade (em R$/m3), no valor de R$ 1,25 por m3
(um Real e vinte e cinco centavos por metro cúbico) de esgoto tratado.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
R$ M
ilh
õe
s
R$ 0 Milhões
Na modelagem não foi
considerado a
disponibilização parcial
da Infraestrutura de
Tratamento de Esgoto
R$ 13,5 Milhões
Valor Completo
Disponibilização integral da Infraestrutura de Tratamento de Esgoto
32
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
5.2.1 Preço (“P”)
O valor do preço por volume de esgoto tratado que compõe a PARCELA POR DEMANDA, ou “P”,
foi definido a título do pagamento dos custos variáveis e do retorno esperado da CONCESSÃO
ADMINISTRATIVA, definido em 7,30% (sete vírgula trinta por cento) em termos reais.
5.2.2 Projeção do Volume de Esgoto Tratado (“V”)
O volume de esgoto tratado pela SPE foi projetado por meio das estimativas e referências
estatísticas fornecidas pela COPASA, sendo elas:
Crescimento vegetativo de Divinópolis;
Evolução do nível de atendimento de coleta e tratamento de esgoto;
Vazão doméstica por habitante por dia, conforme os perfis de cada sistema;
Coeficiente de infiltração, estimado em 1,25 (um vírgula vinte e cinco), conforme
benchmark COPASA;
Estimativa de geração de efluentes industriais dos Sistemas Itapecerica e Pará; e
Geração de efluentes pela ETA Itapecerica.
5.2.2.1 Crescimento Vegetativo
O crescimento vegetativo de Divinópolis foi projetado pela COPASA em todos os sistemas/bacias
do Município individualmente. As projeções se iniciam em 2014 e terminam em 2040.
Considerando apenas o período esperado para a subsistência do CONTRATO, estima-se que
Divinópolis passará de 220 mil habitantes em 2014 a 322 mil habitantes em 2040.
A Figura 14 a seguir ilustra o crescimento vegetativo estimado de Divinópolis.
33
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Figura 14 – Crescimento Vegetativo de Divinópolis até 2040
Fonte: COPASA, 2013
5.2.2.2 Evolução do Nível de Atendimento dos Serviços de Esgotamento Sanitário
A evolução do nível de atendimento dos serviços de esgotamento sanitário é uma estimativa da
COPASA, com base no progresso das obras referentes ao SES Divinópolis e na expectativa de
adesão da população.
Atualmente, o nível de atendimento de coleta em Divinópolis é de 85,3% do esgoto gerado pela
população urbana. Em 2021, estima-se que este nível alcance 95,1%. A evolução do nível de
coleta de esgoto é mostrada na Tabela 9 a seguir.
Tabela 9 – Evolução do Nível de Coleta de Esgoto do SES Divinópolis, em Relação ao Total de Esgoto Gerado
pela População Urbana
Evolução da Coleta
(% do esgoto total gerado no
Município)
2014 2015 2016 2017 em diante
Sistema Itapecerica 85,3% 90,2% 93,1% 95,1%
Sistema Pará 85,0% 90,0% 93,0% 95,0%
Sistema Ermida 85,0% 90,0% 93,0% 95,0%
SES Divinópolis* 85,3% 90,2% 93,1% 95,1%
*média ponderada pela população dos sistemas
Fonte: COPASA, 2013
220 227 234 241 248 255 263 271 279 287 295304
313322
0
50
100
150
200
250
300
350
Mil
Hab
itan
tes
Sistema Ermida Sistema Pará Sistema Itapecerica
CAGR = 1,47%
34
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Embora atualmente o nível de coleta seja relevante, o nível tratamento de esgoto é praticamente
inexistente. Ao final das obras, em 2017, estima-se que este nível alcance 76,1% do esgoto gerado
pela população e que em 2022, este índice alcance 93,2%. A evolução do nível de tratamento de
esgoto é mostrada na Tabela 10 – Evolução do Nível de Tratamento de Esgoto do SES Divinópolis,
em Relação ao Total de Esgoto Gerado pela População Urbana a seguir.
Tabela 10 – Evolução do Nível de Tratamento de Esgoto do SES Divinópolis, em Relação ao Total de Esgoto
Gerado pela População Urbana
Evolução do Tratamento
(% do esgoto total
gerado no Município)
2014 2015 2016 2018 2020 2022 2024 2026
2027
em
diante
Sistema Itapecerica 0,0% 0,0% 0,0% 78,9% 82,7% 86,5% 90,3% 92,2% 93,2%
Sistema Pará 55,3% 63,0% 69,8% 78,9% 82,7% 86,5% 90,3% 92,2% 93,1%
Sistema Ermida 0,0% 0,0% 0,0% 78,9% 82,7% 86,5% 90,3% 92,2% 93,1%
SES Divinópolis* 1,8% 2,1% 2,4% 78,9% 82,7% 86,6% 90,3% 92,2% 93,2%
*média ponderada pela população dos sistemas
Fonte: COPASA, 2013
O incremento no nível de tratamento de esgoto deve-se às intervenções e obras a serem
realizadas pela SPE nos sistemas e subsistemas de Divinópolis, conforme cronograma do PROJETO
REFERENCIAL.
Observa-se que o percentual de tratamento, embora se aproxime, nunca atinge o percentual da
coleta de esgoto. Isso ocorre por conta de ineficiências da rede coletora que ainda permanecem
mesmo após as ações do Programa Caça Esgoto e de substituição de rede, fazendo com que o
esgoto se perca, mesmo em pequena parte, no destino até as ETEs.
5.2.2.3 Razão de Vazão Doméstica por Habitante por Dia
Foi adotada a seguinte razão de vazão doméstica de esgoto por habitante em litros por dia,
mostrado na Tabela 11 a seguir. A mudança entre sistemas ocorre por conta das características
peculiares a cada um, como grau de urbanização e grau de industrialização.
Tabela 11 – Vazão Doméstica por Habitante, em litros por habitante por dia
Vazão Doméstica (L.Hab/Dia)
mínima média máxima
Sistemas Itapecerica e Ermida 68,06 136,13 245,04
Sistema Pará 43,97 87,95 158,31
Fonte: COPASA, 2013
35
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
5.2.2.4 Coeficiente de Infiltração
Adotou-se o coeficiente de infiltração de 25% (vinte e cinco por cento) da vazão doméstica
média. O coeficiente de infiltração consiste em valor percentual em relação à vazão doméstica
média, que representa a infiltração de água no sistema de coleta de esgoto proveniente de
lençóis freáticos ou chuvas sazonais. A infiltração pode depender do solo em que passa a
tubulação de esgoto e da construção empregada (tipos de juntas, materiais utilizados, condições
de conservação, entre outros).
5.2.2.5 Vazão Industrial
Foi projetada uma vazão industrial de esgoto, por conta da presença de relevante atividade
industrial em Divinópolis. A Figura 15 a seguir ilustra o crescimento da vazão industrial de 2015 até
2040, em L/s.
Figura 15 – Projeção da Vazão Industrial de Divinópolis
Fonte: COPASA, 2013
5.2.2.6 Vazão de Lodo da ETA
Foi considerado que o lodo da ETA Itapecerica será destinado ao tratamento, diretamente à ETE
Itapecerica, cuja vazão será de 8,33 L/s durante todo o prazo da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
L/s
Sistema Pará Sistema Itapecerica
CAGR = 1,63%
36
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
5.2.2.7 Vazão e Volume de Esgoto em Divinópolis
A partir das premissas descritas neste item 5.2.2, foi possível projetar a vazão média de esgoto
tratado em Divinópolis até 2040, em L/s, cuja estimativa é representada na Figura 16 a seguir.
Figura 16 – Projeção da Vazão de Esgoto Tratado de Divinópolis, em L/s
Fonte: COPASA, 2013
Para efeito do pagamento da PARCELA POR DEMANDA, utilizar-se-á o volume de esgoto, por m3
(metro cúbico).
Tabela 12 – Razões de L/m3 e Segundos/Ano, foi possível estimar o
volume médio de esgoto gerado em Divinópolis, demonstrado graficamente na
Figura 17 a seguir.
Tabela 12 – Razões de L/m3 e Segundos/Ano
Razões L/m3 e Segundos/Ano
1m3 = 1.000 Litros
01 ano = 31.536.000 segundos
0
100
200
300
400
500
600
700
L/s
37
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Figura 17 - Projeção de Volume de Esgoto Tratado de Divinópolis, em milhões de m3
Fonte: COPASA, 2013
5.2.3 Projeção da PARCELA POR DEMANDA
Conforme a projeção do volume de esgoto e do preço por m3 de esgoto tratado “P” foi possível
obter a projeção da PARCELA POR DEMANDA, conforme a Figura 18 a seguir.
Figura 18 – PARCELA POR DEMANDA
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
R$ m
ilh
ões d
e m
3
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
R$ M
ilh
õe
s
Parcela por Demanda = Volume (m3) x Preço (R$/m3)
38
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Fonte: COPASA, 2013
5.3 Contraprestação Total
Com a soma das Parcelas por Disponibilidade e por Demanda, é possível chegar ao valor total da
CONTRAPRESTAÇÃO MENSAL a ser paga pela COPASA à SPE. A Figura 19 seguir mostra a
estimativa de valores da Contraprestação total durante a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.
Figura 19 – Contraprestação Total
Fonte: COPASA, 2013
Descontando o valor da Contraprestação à SELIC, em termos reais, obtém-se um VPL de
aproximadamente R$ 482,0 milhões (quatrocentos e oitenta e dois milhões de Reais), sendo 58%
(cinquenta e oito por cento) correspondente a PARCELA POR DEMANDA e 42% (quarenta e dois
por cento) correspondente à PARCELA POR DISPONIBILIDADE. Tabela 13
mostra o valor da Contraprestação e a composição da Contraprestação ao VPL.
Tabela 13 – Valor e Composição da Contraprestação ao VPL
VPL (R$ '000) %
PARCELA POR DEMANDA 280.358 58 %
PARCELA POR DISPONIBILIDADE 201.707 42 %
Total 482.065 100%
0 0
14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14
0 0
14 15 15 16 16 17 17 18 19 19 20 20 20 20 21 21 21 22 22 22 22 23 23 23
0
5
10
15
20
25
30
35
40
R$ M
ilh
õe
s
Parcela por Demanda Parcela por Disponibilidade
39
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
6 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO
A seguir se apresenta as metodologias de avaliação financeira praticadas no mercado – TIR e VPL
– e adotadas na CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.
6.1 Metodologia de Avaliação Financeira da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA
A metodologia utilizada para a avaliação econômico-financeira da CONCESSÃO
ADMINISTRATIVA foi o fluxo de caixa descontado e a TIR. Ambos os conceitos são amplamente
utilizados no mercado para avaliação de empresas e de projetos, balizando estudos de
viabilidade, compra, venda e abertura de capital de companhias, uma vez que permite estimar o
retorno esperado de um determinado empreendimento para o investidor.
6.1.1 Fluxo de Caixa Descontado
O fluxo de caixa descontado está fundamentado no conceito de que o valor de um projeto,
empresa ou negócio está diretamente relacionado aos montantes e aos períodos nos quais os
fluxos de caixa livre, oriundos de suas operações, estarão disponíveis para distribuição. Portanto,
para os acionistas, o valor do projeto é medido pelo montante de recursos financeiros a serem
gerados no futuro pelo negócio, descontados ao seu valor presente, para refletir o tempo, o custo
de oportunidade e o risco associado a essa distribuição.
Para calcular o fluxo de caixa futuro gerado pelas operações de um projeto, inicialmente
projetam-se os seus resultados. A estes, são adicionadas as despesas com depreciação e/ou
amortização (por se tratar de despesas sem efeito na geração de caixa) e subtraem-se os
investimentos, a necessidade de capital de giro e os aumentos ou diminuições no endividamento.
Outros itens com efeito sobre o fluxo de caixa também são considerados quando apropriado.
É importante ressaltar que o lucro líquido calculado nas projeções de resultado não é diretamente
comparável ao lucro líquido contábil a ser apurado futuramente nos exercícios subsequentes. Isso
se deve ao fato, entre outras razões, de que o lucro líquido realizado é afetado por fatores não
operacionais ou não recorrentes, tais como receitas eventuais, receitas não operacionais, receitas
e/ou despesas com variações monetárias e cambiais, entre outras. Desse modo, para efeito de
avaliação do fluxo de caixa do projeto, estes fatores não são projetados, por conta de sua
imprevisibilidade e, por vezes, subjetividade.
A projeção dos demonstrativos de resultados futuros destina-se tão somente à finalidade de se
calcular o fluxo de caixa projetado do negócio que está sendo avaliado. Nessa etapa da
avaliação, o que se quer estimar é a capacidade de geração de caixa proveniente das
40
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
operações normais dos projetos, ou seja, seu potencial de gerar riqueza para os acionistas em
decorrência de suas características operacionais. A Figura 20 a seguir ilustra o cálculo dos fluxos
de caixa futuros.
Figura 20 - Representação Esquemática do Cálculo dos Fluxos de Caixa
6.1.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)
A TIR é definida como a taxa de desconto que torna o VPL do fluxo de caixa livre igual a zero. Nos
projetos de infraestrutura, a verificação da análise de viabilidade é calculada pela TIR do Projeto
e a TIR do Acionista.
A TIR do Projeto é obtida descontando-se o fluxo de caixa livre do projeto após os investimentos e
antes dos custos financeiros (capital de terceiros), enquanto a TIR do Acionista é calculada
descontando-se o fluxo de caixa livre após os investimentos e custos financeiros, respeitando-se as
restrições de distribuição de dividendos.
A metodologia da análise de viabilidade por um acionista estabelece que um projeto de
investimento deva ser aceito se o custo do capital próprio for menor do que a TIR do Acionista.
Para fins desta análise econômico-financeira, considerou-se como parâmetro de atratividade do
negócio a TIR do Projeto e a TIR do Acionista, ambas calculadas conforme o diagrama ilustrado
na Figura 21 a seguir.
Premissas, Estudos e Projetos
Contas Patrimoniais Projetadas
Demonstrativo de Resultado
Projetado
Depreciação, Investimentos e
Variação no Capital de Giro
Fluxo de Caixa Livre
Fluxo de Caixa Descontado
41
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Figura 21 - Fluxo de Caixa do Acionista
6.1.3 Taxa de Desconto
O cálculo da taxa de desconto é uma etapa fundamental da avaliação econômico-financeira
uma vez que seu cálculo reflete aspectos de natureza subjetiva e variável, que se altera de
investidor para investidor, como o custo de oportunidade e a percepção de risco para
investimento. No caso particular da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, calculou-se o custo de capital
próprio a título de demonstração de um valor teórico de custo de oportunidade da SPE.
6.1.3.1 Custo de capital próprio (“Ke”)
O custo do capital próprio pode ser calculado utilizando-se o modelo CAPM. Considerando-se
que a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA encontra-se no Brasil, o custo do capital próprio é calculado
de acordo com a seguinte equação:
Ke =1 + [Rf + β(Rm − Rf) + Rb + Rs]
1 + Ia− 1
Sendo:
“β” = coeficiente de risco específico da ação
“Ia” = inflação americana
“Ke” = custo de capital próprio
“Rf” = risk free rate (taxa básica de risco)
“Rm - Rf” = prêmio risco de mercado
“Rb” = risco Brasil
“Rs” = prêmio pelo tamanho da empresa
Fluxo de Caixa da Operação
Fluxo de Caixa de Investimento
Fluxo de Caixa do Financiamento
Fluxo de Caixa do Projeto
Fluxo de Caixa do Acionista
42
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
6.1.3.2 Rf - Risk free rate
Para quantificar o retorno médio livre de risco do mercado, foi considerado o retorno médio dos
últimos 02 anos (data-base março de 2013) dos títulos de renda fixa do Tesouro dos Estados Unidos
(T-Bond) de 30 anos (Fonte: Bloomberg).
Rf = 3,28%
6.1.3.3 Beta (“β”)
O Beta é o coeficiente de risco específico da ação de uma empresa em relação a um índice de
mercado que represente de maneira adequada o mercado acionário como um todo. No caso
de avaliação de empresas cujas ações sejam listadas e tenham negociação expressiva em bolsas
de valores, o Beta da ação pode ser calculado pela correlação dos seus retornos semanais com
relação ao índice de mercado selecionado durante os últimos 02 anos anteriores à data de
avaliação. Nesta avaliação, o índice de mercado adotado foi o S&P 500.
No caso das ações da empresa não serem listadas em bolsa, considera-se que o Beta da
empresa pode ser adequadamente representado pelo Beta médio de um grupo de empresas do
seu setor de atuação. Calcula-se então o Beta médio do setor das empresas avaliadas com base
na média das correlações dos retornos das empresas desse setor em relação aos retornos do
índice de mercado.
No âmbito da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, foi utilizado o Beta de empresas comparáveis do
setor de saneamento. Esse Beta foi obtido pelo cálculo da média dos betas alavancados da
COPASA, SABESP e SANEPAR, todas empresas abertas localizadas no Brasil. O resultado obtido é
mostrado na Tabela 14 - Betas de Empresas Comparáveis à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA a seguir.
Tabela 14 - Betas de Empresas Comparáveis à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA
Empresas
Comparáveis
Ticker
Bloomberg
Beta
Alavancado
Debt /
Equity
Taxa Efetiva
de Imposto
Beta
Desalavancado
Valor de
Mercado
(R$ Milhões)
COPASA CSMG3 BZ
Equity 1,051 24,7% 34,0% 0,748 5.236,19
SABESP SBSP3 BZ Equity 0,997 24,8% 34,0% 0,660 19.792,17
SANEPAR SAPR4BZ Equity 0,720 24,6% 34,0% 0,571 3.747,44
Média 0,664
Fonte: Bloomberg
43
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
6.1.3.4 Prêmio de risco de mercado (“Rm – Rf”)
Para o prêmio de risco do mercado acionário de longo prazo, foi adotado o retorno médio acima
da taxa do T- Bond proporcionado pelo investimento no mercado acionário norte-americano no
período de 1928 a 2012 (Fonte: Site do Professor Aswath Damodaran).
Rm – Rf = 4,20%
6.1.3.5 Risco Brasil (“Rb”)
Para quantificar o risco associado ao Brasil, foi considerado o diferencial médio dos últimos 02
anos (data-base março de 2013), da taxa de rendimento do título brasileiro Global-Bond 40 em
relação à taxa de rendimento do T-Bond de 30 anos (Fonte: Bloomberg).
Rb = 1,23%
6.1.3.6 Prêmio pelo tamanho da empresa (“Rs”)
Para o prêmio pelo tamanho da empresa, utilizou-se informações divulgadas pela Ibbotson
Associates, para empresas de porte comparável (Fonte: Ibbotson Associates).
Rs = 1,50%
6.1.3.7 Inflação americana (“Ia”)
Foi considerada a inflação anual média de longo prazo nos Estados Unidos conforme a média
observada entre 1820 e 2013 (Fonte: Global Financial Data).
Ia = 2,05%
6.1.3.8 Resultado do custo de capital próprio
Na Tabela 15 - Cálculo do Custo de Capital Próprio a seguir é apresentado o cálculo da taxa de
desconto (ou Ke), calculado em termos reais:
Tabela 15 - Cálculo do Custo de Capital Próprio
Custo de capital próprio – Ke
Taxa livre de risco (T-bond) – Rf 3,28%
Relevered beta – β 1,123
Prêmio de risco de mercado – (Rm – Rf) 4,20%
Risco global (Global 40) – Rm 1,23%
Risco pelo tamanho da companhia – Rs 1,50%
Inflação americana de longo prazo – Ia 2,05%
Custo de capital próprio – Ke 8,50%
44
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
7 PREMISSAS FINANCEIRAS
A seguir são detalhados os recursos para financiamento dos investimentos, incluindo tomada de
empréstimos e capital de acionistas.
7.1 Empréstimos
Conforme é pratica no mercado brasileiro de infraestrutura, os projetos desta natureza são
financiados por linhas de crédito subsidiadas de instituições próximas ao governo, como o BNDES e
o BNB, ou instituições ligadas a órgãos multilaterais, como o BID, IFC e o BIRD.
No âmbito da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, por conta do escopo dos serviços a serem
disponibilizados, foi feita uma estimativa de financiamento com base na avaliação do BNDES do
Projeto, conforme mencionado no ANEXO 11 – CONDIÇÕES INDICATIVAS DE FINANCIAMENTO, que
financia por meio da linha de crédito “FINEM Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos” projetos
de implantação de sistemas de esgotamento sanitário.
Como, na prática, a captação de financiamentos do BNDES não ocorre imediatamente após o
período licitatório e a assinatura de contratos, por conta do prazo de liberação do financiamento
pelo BNDES, foi estimado um empréstimo-ponte para a cobertura do empréstimo sênior durante as
obras referentes ao ano de 2015.
7.1.1 Linha FINEM – BNDES
De acordo com o ANEXO 11 – CONDIÇÕES INDICATIVAS DE FINANCIAMENTO, foi estimado que a
taxa de juros nominal cobrada pelo financiamento será de 8,80% ao ano, conforme mostrado na
Tabela 16 – Taxa de juros do BNDES a seguir:
Tabela 16 – Taxa de juros do BNDES
Composição da Taxa de Juros Valor (%)
Indexador - TJLP 5,00%
Remuneração Base 0,90%
Spread Risco 2,50%
Custo Financeiro Total 8,40%
Importante ressaltar que o spread de risco de crédito utilizado nesta avaliação econômico
financeira é puramente teórico, uma vez que esse valor será apurado durante o processo de
análise pelo BNDES, e levará em conta o rating dos controladores da SPE, a dependência da SPE
45
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
pelos financiamentos, dos riscos de implantação da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA e respectivos
mitigadores, do grau de alavancagem, da suficiência, previsibilidade e estabilidade dos fluxos de
caixa do projeto e do valor e liquidez das garantias, tanto da COPASA, como da SPE.
Uma vez que as projeções financeiras foram realizadas em termos reais, descontou-se a taxa
nominal de juros pela projeção média anual do IPCA disponibilizada pelo BACEN (data-base
março de 2013), que estima valores até 2017, após esse período foi considerada o mesmo índice
do último ano projetado. A Tabela 17 – Premissas Macroeconômicas a seguir apresenta as
premissas macroeconômicas utilizadas na modelagem econômico-financeira.
Tabela 17 – Premissas Macroeconômicas
2014 2015 2016 2017 a 2040
SELIC 8,70% 9,06% 9,04% 8,60%
TJLP 5,00% 5,00% 5,00% 5,00%
IPCA 5,79% 5,37% 5,19% 5,14%
Considerou-se que 70% do investimento projetado entre 2015-2016 será financiado pela linha
FINEM/BNDES, valor que será captado apenas em 2016 em virtude do prazo de liberação do
empréstimo pelo BNDES, conforme mencionado anteriormente. Além disso, estimou-se um prazo
total de financiamento de 15 anos, sendo 03 de carência e 12 de amortização. A Figura 22 a
seguir ilustra as captações, amortização e juros do FINEM BNDES.
Figura 22 – Captações, Amortizações e Juros do FINEM BNDES
Fonte: COPASA, 2013
-20,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030
R$ M
ilh
ões
Serviço da Dívida
Captação
Amortização
Pagamento de Juros
46
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Convém ressaltar que, entre os requisitos para o Project Finance está um Índice de Cobertura do
Serviço da Dívida (ICSD) de, no mínimo, 1,2 para cada ano operacional. Conforme mostrado na
Figura 23 a seguir, o ICSD relativo à avaliação econômico-financeira da CONCESSÃO
ADMINISTRATIVA respeita o limite mínimo de ICSD ao longo dos anos de serviço da dívida.
Figura 23 – ICSD
Fonte: COPASA, 2013
7.1.2 Empréstimo-ponte
O empréstimo-ponte é uma alternativa aos investidores para a cobertura dos investimentos iniciais
de projetos de infraestrutura, uma vez que, geralmente, esses investimentos devem ocorrer antes
da liberação do empréstimo sênior.
Na avaliação econômico-financeira da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, foi considerado um
empréstimo ponte para a cobertura do atraso na liberação do empréstimo sênior no ano de 2015,
no valor de 80% deste empréstimo, incidindo taxa real de juros de 130% da SELIC, cuja projeção é
disponibilizada pelo BACEN (data-base março de 2013).
7.2 Capital Próprio
O capital próprio corresponde aos aportes dos acionistas quando houver mais saídas de caixa do
que entradas, ou “furos de caixa”, que ocorrem principalmente nos anos iniciais dos projetos de
infraestrutura, quando há maior saída de caixa para investimentos, ou nos anos subsequentes,
quando podem vir a ocorrer os reinvestimentos.
1,7 1,8 1,8 1,8 1,92,1
2,2 2,2 2,32,4 2,5
2,6
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029
Un
its
ICSD Projetado Limite ICSD
47
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
No âmbito da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, foi estimado aporte de capital de acionistas em
2015, 2016, 2021 e 2022, no valor total de R$ 89,2 Milhões (oitenta e nove milhões e duzentos mil
Reais).
O retorno dos acionistas será proveniente do pagamento de dividendos, condicionado às
restrições de existência de lucros acumulados e saldo positivo de caixa, conforme a Lei 6.404 de
1976 (“Lei das S.A.”). Importante ressaltar que não foram estimadas reduções de capital de
acionistas durante a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, ocorrendo somente no último ano, com o fim
do CONTRATO.
7.3 Remuneração de Caixa
Foi considerada a aplicação de excedentes de caixa na taxa real de juros de 80% da SELIC,
conforme metodologia de mercado.
7.4 Caixa Mínimo
Foi considerada a manutenção de um caixa mínimo equivalente a 20 dias da receita bruta anual,
conforme metodologia de mercado.
7.5 Conta Reserva
Foi considerada a manutenção de uma conta reserva equivalente a 03 meses do serviço da
dívida (amortização e pagamento de juros), conforme metodologia de mercado.
48
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
8 TRIBUTOS
Na avaliação econômico-financeira da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, foram considerados
tributos sobre o lucro e tributos sobre a receita. O regime tributário adotado para fins de apuração
do Imposto de Renda (IR), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Programa de
Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) foi o
Lucro Real.
8.1 Tributos sobre o Lucro – IR e CSLL
O lucro tributável antes dos impostos (EBT), ou seja, a base tributável do IR e da CSLL, é obtida a
partir das receitas estimadas da SPE e da exclusão das despesas dedutíveis de impostos, inclusive
receitas e despesas financeiras. As alíquotas de IR, do adicional do IR (calculado com base no
montante anual que exceder a R$ 240.000,00) e da CSLL, utilizadas na avaliação econômico-
financeira são de 15%, 10%, e 9%, respectivamente. No caso da ocorrência de prejuízo líquido,
considerou-se aproveitamento de prejuízos fiscais para abatimento de IR e CSLL, limitados a 30%
do EBT.
A Figura 24 a seguir ilustra o lucro antes dos impostos e pagamento de juros e o montante
estimado a ser pago com IR e CSLL pela SPE.
Figura 24 – EBIT, IR e CSLL
Fonte: COPASA, 2013
-10
-5
0
5
10
15
20
R$ M
ilh
õe
s
CSLL IR EBIT
49
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Conforme explicado no item 6.1.1, para a avaliação da rentabilidade da CONCESSÃO
ADMINISTRATIVA, ou TIR do Projeto, foi considerada a incidência de IR e CSLL sobre o lucro antes
de juros e impostos (EBIT), uma vez que as condições de receitas e despesas financeiras podem
mudar substancialmente de acordo com o tomador de empréstimos ou aplicador de recursos e,
assim, o montante de IR e CSLL efetivamente pagos.
8.2 Tributos sobre a Receita - PIS/COFINS
Com relação aos tributos sobre a receita, foram considerados o Programa de Integração Social
(PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).
A apuração de PIS/COFINS no regime de lucro real é feita de forma não cumulativa, aplicando-se
alíquotas de 1,65% e 7,60%, respectivamente, sobre a base de cálculo. Esta é obtida com base na
receita bruta do empreendimento deduzida dos custos e despesas operacionais e da
depreciação que geram crédito de PIS e COFINS.
Na avaliação econômico-financeira da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, foram considerados os
custos com energia elétrica, seguros e garantias, serviços de terceiros, material de manutenção e
a integralidade das despesas de depreciação como potenciais de aproveitamento de crédito de
PIS/COFINS. A Figura 25 a seguir ilustra os débitos de PIS/COFINS a partir da receita bruta, os
créditos calculados pelos custos e despesas operacionais e o valor efetivamente recolhido à
Receita Federal do Brasil (débitos menos créditos).
Figura 25 – Débitos, créditos e recolhimento de PIS/COFINS
Fonte: COPASA, 2013
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
R$ M
ilh
õe
s
Débitos PIS/COFINS Créditos PIS/COFINS Recolhimento
50
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
O ISS, por sua vez, é um imposto municipal cobrado sobre receitas provenientes de prestação de
serviços, com alíquota entre 2% e 5%, dependendo do município onde a receita é auferida e do
tipo de serviço prestado. Não foi considerada a incidência de ISS na avaliação econômico-
financeira da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, uma vez que a Lei Complementar 116 de julho de
2003 vetou a cobrança do imposto em atividades de “Saneamento ambiental, inclusive
purificação, tratamento, esgotamento sanitário e congêneres."
51
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
9 RESULTADOS DA PROJEÇÃO
A partir dos fluxos de receitas, custos e despesas, investimentos e reinvestimentos e impostos, foi
possível obter o fluxo de caixa do projeto, que representa a capacidade de geração de riqueza
da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. A Figura 26 a seguir ilustra o fluxo de caixa do projeto ao longo
dos 26 anos.
Figura 26 – Fluxo de Caixa do Projeto
Fonte: COPASA, 2013
A partir deste fluxo de caixa, foi possível obter a TIR do Projeto, cujo resultado é apresentado na
Tabela 18 a seguir.
Tabela 18 - Indicadores do Projeto
Indicadores Resultados
TIR do Projeto 7,30% a.a.
A partir do fluxo de caixa do projeto, das atividades de financiamento, dos aportes de capital dos
acionistas e da distribuição de dividendos, foi possível obter o fluxo de caixa do acionista,
conforme mostrado na
Figura 27 a seguir.
-86
-62
15 14 14 15
-9 -6
17 17 17 17 18 18 17 1519 19 19 19 20 20
1421 21 23
R$ M
ilh
õe
s
52
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Figura 27 – Fluxo de Caixa do Acionista
Fonte: COPASA, 2013
A partir deste fluxo de caixa, foi possível obter a TIR e Exposição Máxima do acionista, este que
representa a soma de todos os aportes de capital dos acionistas, cujos resultados são
apresentados na Tabela 19 - Indicadores do Acionista a seguir.
Tabela 19 - Indicadores do Acionista
Indicadores Resultados
TIR do Acionista 8,56% a.a.
Exposição Máxima do Acionista (R$ Mil) 89.193 milhões
Ainda, é importante verificar a rentabilidade do negócio a partir da análise do EBITDA, que
representa a capacidade do negócio em gerar resultado operacional. A
0
-42
-25
0 5 8 7
-7-15
8 9 9 9 10 10 11 15 13 9 9 9 10 10 10 9 9
113
R$ M
ilh
õe
s
53
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Figura 28 a seguir representa a relação entre o EBITDA e margem EBITDA (EBITDA / receita líquida).
Figura 28 – EBITDA e Margem EBITDA
Fonte: COPASA, 2013
Por fim, também é importante verificar a rentabilidade do negócio a partir da análise do lucro
líquido, que representa a capacidade operacional do negócio em gerar lucro após a
depreciação, resultado financeiro e impostos. A Figura 29 a seguir representa a relação entre o
lucro líquido e a margem de lucro líquido (lucro líquido / receita líquida).
Figura 29 – Relação entre Lucro Líquido e Margem de Lucro Líquido
0%0%
77% 77% 78% 79%78% 78% 78% 78% 78% 78% 78% 79%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
2036
2037
2038
2039
2040
% R
eceita
Líq
uid
aR
$ M
ilh
õe
s
EBITDA % Margem EBITDA
54
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Fonte: COPASA, 2013
A seguir são apresentadas as projeções do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE),
Balanço Patrimonial e Fluxos de Caixa (do Projeto e do Acionista).
29%32%
30% 29% 29%31% 32%
30% 30% 31% 32%
27%
22%
-10,0%
-5,0%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
-6,0
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
2036
2037
2038
2039
2040
% R
eceita
Líq
uid
aR
$ M
ilh
õe
s
Lucro Líquido % Margem Líquida
55
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
9.1 Demonstrativos de Resultados do Exercício
DRE (R$ mil) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
Período Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Receita Bruta 369 422 27.354 28.078 28.643 29.220 29.811 30.415 31.034 31.666
Parcela por Demanda 369 422 13.814 14.538 15.103 15.680 16.271 16.876 17.494 18.126
Parcela por Disponibilidade da Infraestrutura 0 0 13.540 13.540 13.540 13.540 13.540 13.540 13.540 13.540
PIS / COFINS 0 0 (1.589) (1.648) (1.690) (1.743) (1.786) (1.850) (1.767) (1.815)
Receita Líquida 369 422 25.765 26.431 26.953 27.477 28.025 28.565 29.267 29.851
(-) Custos Operacionais (1.438) (1.441) (4.876) (4.907) (4.938) (4.970) (5.000) (5.050) (5.120) (5.155)
Pessoal (893) (893) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851)
Energia Elétrica (52) (52) (1.525) (1.546) (1.566) (1.588) (1.608) (1.649) (1.696) (1.716)
Serviços (335) (337) (890) (896) (902) (907) (913) (918) (933) (941)
Materiais (158) (158) (610) (614) (619) (623) (628) (632) (640) (647)
Lucro Bruto -1.069 -1.019 20.889 21.524 22.015 22.508 23.025 23.515 24.147 24.695
(-) Despesas Gerais e Administrativas (901) (866) (1.167) (1.174) (1.179) (1.081) (1.086) (1.092) (1.099) (1.104)
Estrutura Administrativa Projeto (63) (63) (364) (371) (376) (381) (387) (392) (399) (405)
Seguros e Garantias (838) (803) (803) (803) (803) (699) (699) (699) (699) (699)
Ressarcimento Estudo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
EBITDA -1.970 -1.886 19.722 20.350 20.836 21.427 21.939 22.424 23.049 23.591
% Margem EBITDA 76,5% 77,0% 77,3% 78,0% 78,3% 78,5% 78,8% 79,0%
(-) Depreciação 0 0 (7.208) (7.272) (7.355) (7.446) (7.553) (7.420) (8.890) (8.975)
EBIT -1.970 -1.886 12.514 13.078 13.481 13.981 14.386 15.004 14.159 14.616
Resultado Financeiro (2.858) (2.902) (2.888) (2.550) (2.283) (2.061) (1.841) (1.773) (1.529) (1.284)
EBT -4.828 -4.788 9.626 10.528 11.198 11.920 12.546 13.231 12.630 13.332
(-) IR e CSLL 0 0 (2.267) (2.482) (2.641) (3.957) (4.242) (4.474) (4.270) (4.509)
Lucro Líquido -4.828 -4.788 7.359 8.046 8.557 7.963 8.304 8.756 8.360 8.823
% Margem Líquida 28,6% 30,4% 31,7% 29,0% 29,6% 30,7% 28,6% 29,6%
56
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Demonstrativos de Resultados do Exercício (cont.)
DRE (R$ mil) 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034
Período Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Receita Bruta 32.119 32.581 33.052 33.330 33.612 33.898 34.188 34.482 34.778 35.078
Parcela por Demanda 18.579 19.041 19.512 19.790 20.072 20.359 20.648 20.943 21.238 21.538
Parcela por Disponibilidade da Infraestrutura 13.540 13.540 13.540 13.540 13.540 13.540 13.540 13.540 13.540 13.540
PIS / COFINS (1.841) (1.872) (1.904) (1.934) (1.947) (1.938) (1.880) (1.890) (1.898) (1.904)
Receita Líquida 30.278 30.708 31.147 31.396 31.666 31.960 32.308 32.592 32.879 33.173
(-) Custos Operacionais (5.620) (5.663) (5.705) (5.766) (5.808) (5.851) (5.894) (5.935) (6.002) (6.056)
Pessoal (1.851) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851)
Energia Elétrica (1.804) (1.824) (1.844) (1.882) (1.903) (1.923) (1.943) (1.964) (1.984) (2.005)
Serviços (1.311) (1.326) (1.341) (1.355) (1.370) (1.385) (1.400) (1.414) (1.449) (1.470)
Materiais (655) (662) (669) (677) (684) (692) (699) (707) (718) (729)
Lucro Bruto 24.658 25.045 25.442 25.630 25.857 26.109 26.415 26.657 26.877 27.117
(-) Despesas Gerais e Administrativas (1.109) (1.113) (1.117) (1.120) (1.123) (1.125) (1.129) (1.132) (1.135) (1.138)
Estrutura Administrativa Projeto (409) (413) (418) (420) (423) (426) (429) (432) (435) (438)
Seguros e Garantias (699) (699) (699) (699) (699) (699) (699) (699) (699) (699)
Ressarcimento Estudo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
EBITDA 23.549 23.932 24.324 24.510 24.735 24.984 25.286 25.525 25.743 25.980
% Margem EBITDA 77,8% 77,9% 78,1% 78,1% 78,1% 78,2% 78,3% 78,3% 78,3% 78,3%
(-) Depreciação (9.067) (9.165) (9.271) (9.188) (9.315) (9.674) (10.573) (10.736) (10.921) (11.135)
EBIT 14.482 14.767 15.053 15.323 15.420 15.310 14.713 14.789 14.822 14.845
Resultado Financeiro (1.039) (795) (550) (306) (62) 31 31 129 294 462
EBT 13.443 13.973 14.503 15.017 15.358 15.341 14.744 14.918 15.115 15.307
(-) IR e CSLL (4.547) (4.727) (4.907) (5.082) (5.198) (5.192) (4.989) (5.048) (5.115) (5.180)
Lucro Líquido 8.896 9.246 9.596 9.935 10.160 10.149 9.755 9.870 10.000 10.126
% Margem Líquida 29,4% 30,1% 30,8% 31,6% 32,1% 31,8% 30,2% 30,3% 30,4% 30,5%
57
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Demonstrativos de Resultados do Exercício (cont.)
DRE (R$ mil) 2035 2036 2037 2038 2039 2040
Período Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26
Receita Bruta 35.382 35.691 36.005 36.322 36.645 36.973
Parcela por Demanda 21.842 22.151 22.465 22.783 23.105 23.433
Parcela por Disponibilidade da Infraestrutura 13.540 13.540 13.540 13.540 13.540 13.540
PIS / COFINS (1.918) (1.986) (1.977) (1.789) (1.743) (1.461)
Receita Líquida 33.464 33.705 34.028 34.533 34.902 35.512
(-) Custos Operacionais (6.110) (6.163) (6.217) (6.271) (6.325) (6.379)
Pessoal (1.851) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851) (1.851)
Energia Elétrica (2.026) (2.047) (2.068) (2.088) (2.109) (2.130)
Serviços (1.492) (1.513) (1.535) (1.557) (1.578) (1.600)
Materiais (741) (752) (764) (775) (786) (798)
Lucro Bruto 27.354 27.541 27.811 28.262 28.577 29.133
(-) Despesas Gerais e Administrativas (1.141) (1.143) (1.146) (1.151) (1.155) (1.378)
Estrutura Administrativa Projeto (441) (443) (447) (452) (455) (462)
Seguros e Garantias (699) (699) (699) (699) (699) (917)
Ressarcimento Estudo 0 0 0 0 0 0
EBITDA 26.214 26.398 26.665 27.111 27.422 27.755
% Margem EBITDA 78,3% 78,3% 78,4% 78,5% 78,6% 78,2%
(-) Depreciação (11.270) (10.822) (11.220) (13.541) (14.342) (17.481)
EBIT 14.943 15.576 15.444 13.570 13.080 10.273
Resultado Financeiro 624 797 963 1.047 1.256 1.478
EBT 15.567 16.373 16.407 14.617 14.336 11.752
(-) IR e CSLL (5.269) (5.543) (5.555) (4.946) (4.850) (3.972)
Lucro Líquido 10.298 10.830 10.853 9.671 9.486 7.780
% Margem Líquida 30,8% 32,1% 31,9% 28,0% 27,2% 21,9%
58
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
9.2 Balanço Patrimonial
Ativo (em R$ mil) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
Período Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Ativo Circulante I 379 2.230 16.356 17.676 16.260 14.758 4.003 3.975 3.949 3.912
Caixa Excedente 0 0 12.236 13.586 12.200 10.728 0 0 0 0
Conta Reserva 355 731 2.581 2.520 2.459 2.397 2.336 2.275 2.213 2.152
Caixa Mínimo 23 1.499 1.539 1.569 1.601 1.633 1.667 1.700 1.735 1.760
Ativo Permanente II 83.929 143.964 138.227 132.667 127.139 121.731 140.601 156.973 149.562 142.079
Imobilizado 83.929 143.964 138.227 132.667 127.139 121.731 140.601 156.973 149.562 142.079
ATIVO TOTAL III = I + II 84.307 146.194 154.583 150.343 143.398 136.490 144.604 160.948 153.511 145.991
Passivo (em R$ mil) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
Período Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Passivo Circulante IV 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Contas a pagar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Exigível a Longo Prazo V 47.000 89.025 90.054 82.550 75.045 67.541 60.036 52.532 45.027 37.523
BNDES Finem 0 89.025 90.054 82.550 75.045 67.541 60.036 52.532 45.027 37.523
Empréstimo Ponte 47.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Patrimônio Líquido VI 37.307 57.169 64.528 67.793 68.353 68.949 84.567 108.417 108.483 108.469
Capital Social 42.135 66.786 66.786 66.786 66.786 66.786 74.100 89.193 89.193 89.193
Reserva Legal 0 0 481 1.008 1.568 2.164 2.791 3.452 4.084 4.751
Lucro Acumulados depois da Distribuição de Dividendos (4.828) (9.616) (2.739) 0 0 0 7.677 15.772 15.207 14.526
PASSIVO TOTAL VII = IV + V + VI 84.307 146.194 154.583 150.343 143.398 136.490 144.604 160.948 153.511 145.991
59
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Balanço Patrimonial (cont.)
Ativo (em R$ mil) 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034
Período Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Ativo Circulante I 3.876 3.841 3.795 3.749 1.857 1.873 7.767 17.739 27.889 37.680
Caixa Excedente 0 0 0 0 0 0 5.878 15.833 25.967 35.741
Conta Reserva 2.091 2.030 1.968 1.907 0 0 0 0 0 0
Caixa Mínimo 1.785 1.811 1.826 1.842 1.857 1.873 1.889 1.906 1.922 1.939
Ativo Permanente II 134.519 126.875 119.138 111.511 104.797 100.373 91.295 82.069 72.675 63.649
Imobilizado 134.519 126.875 119.138 111.511 104.797 100.373 91.295 82.069 72.675 63.649
ATIVO TOTAL III = I + II 138.395 130.715 122.932 115.260 106.654 102.246 99.062 99.808 100.564 101.329
Passivo (em R$ mil) 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034
Período Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Passivo Circulante IV 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Contas a pagar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Exigível a Longo Prazo V 30.018 22.514 15.009 7.505 0 0 0 0 0 0
BNDES Finem 30.018 22.514 15.009 7.505 0 0 0 0 0 0
Empréstimo Ponte 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Patrimônio Líquido VI 108.377 108.202 107.923 107.755 106.654 102.246 99.062 99.808 100.564 101.329
Capital Social 89.193 89.193 89.193 89.193 89.193 89.193 89.193 89.193 89.193 89.193
Reserva Legal 5.423 6.121 6.846 7.597 8.365 9.132 9.869 10.615 11.371 12.136
Lucro Acumulados depois da Distribuição de Dividendos 13.762 12.888 11.884 10.965 9.096 3.922 0 0 0 0
PASSIVO TOTAL VII = IV + V + VI 138.395 130.715 122.932 115.260 106.654 102.246 99.062 99.808 100.564 101.329
60
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Balanço Patrimonial (cont.)
Ativo (em R$ mil) 2035 2036 2037 2038 2039 2040
Período Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26
Ativo Circulante I 48.168 58.194 63.256 75.912 89.336 105.782
Caixa Excedente 46.213 56.222 61.265 73.904 87.310 105.782
Conta Reserva 0 0 0 0 0 0
Caixa Mínimo 1.956 1.973 1.990 2.008 2.026 0
Ativo Permanente II 53.939 44.732 40.491 28.566 15.858 (0)
Imobilizado 53.939 44.732 40.491 28.566 15.858 (0)
ATIVO TOTAL III = I + II 102.107 102.926 103.746 104.477 105.194 105.782
Passivo (em R$ mil) 2035 2036 2037 2038 2039 2040
Período Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26
Passivo Circulante IV 0 0 0 0 0 0
Contas a pagar 0 0 0 0 0 0
Exigível a Longo Prazo V 0 0 0 0 0 0
BNDES Finem 0 0 0 0 0 0
Empréstimo Ponte 0 0 0 0 0 0
Patrimônio Líquido VI 102.107 102.926 103.746 104.477 105.194 105.782
Capital Social 89.193 89.193 89.193 89.193 89.193 89.193
Reserva Legal 12.915 13.733 14.554 15.285 16.001 16.589
Lucro Acumulados depois da Distribuição de Dividendos 0 0 0 0 0 0
PASSIVO TOTAL VII = IV + V + VI 102.107 102.926 103.746 104.477 105.194 105.782
61
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
9.3 Fluxo de Caixa do Projeto
Fluxo de Caixa do Projeto (R$ mil) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
Período Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Atividades Operacionais I (1.970) (1.886) 16.768 15.962 16.276 16.698 17.072 17.346 18.259 18.645
(+/-) EBIT (1.970) (1.886) 12.514 13.078 13.481 13.981 14.386 15.004 14.159 14.616
(+) Amortização e Depreciação 0 0 7.208 7.272 7.355 7.446 7.553 7.420 8.890 8.975
(+/-) Variação de capital de giro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(-) IR/CSLL do PROJETO 0 0 (2.954) (4.388) (4.559) (4.729) (4.867) (5.077) (4.790) (4.945)
Atividades de Investimento II (83.929) (60.035) (1.471) (1.713) (1.826) (2.039) (26.422) (23.792) (1.479) (1.492)
(-) Investimentos (83.929) (60.035) (1.471) (1.713) (1.826) (2.039) (26.422) (23.792) (1.479) (1.492)
(=) Fluxo de Caixa Líquido do Projeto III = I + II (85.899) (61.921) 15.297 14.249 14.450 14.659 (9.351) (6.445) 16.780 17.153
TIR do projeto 7,30%
62
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Fluxo de Caixa do Projeto (cont.)
Fluxo de Caixa do Projeto (R$ mil) 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034
Período Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Atividades Operacionais I 18.649 18.935 19.230 19.325 19.516 19.803 20.307 20.521 20.727 20.956
(+/-) EBIT 14.482 14.767 15.053 15.323 15.420 15.310 14.713 14.789 14.822 14.845
(+) Amortização e Depreciação 9.067 9.165 9.271 9.188 9.315 9.674 10.573 10.736 10.921 11.135
(+/-) Variação de capital de giro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(-) IR/CSLL do PROJETO (4.900) (4.997) (5.094) (5.186) (5.219) (5.181) (4.978) (5.004) (5.015) (5.023)
Atividades de Investimento II (1.506) (1.520) (1.534) (1.561) (2.601) (5.250) (1.495) (1.510) (1.526) (2.109)
(-) Investimentos (1.506) (1.520) (1.534) (1.561) (2.601) (5.250) (1.495) (1.510) (1.526) (2.109)
(=) Fluxo de Caixa Líquido do Projeto III = I + II 17.143 17.415 17.696 17.764 16.915 14.552 18.813 19.010 19.201 18.847
TIR do projeto 7,30%
63
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Fluxo de Caixa do Projeto (cont.)
Fluxo de Caixa do Projeto (R$ mil) 2035 2036 2037 2038 2039 2040
Período Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26
Atividades Operacionais I 21.157 21.127 21.437 22.521 22.999 24.286
(+/-) EBIT 14.943 15.576 15.444 13.570 13.080 10.273
(+) Amortização e Depreciação 11.270 10.822 11.220 13.541 14.342 17.481
(+/-) Variação de capital de giro 0 0 0 0 0 0
(-) IR/CSLL do PROJETO (5.057) (5.272) (5.227) (4.590) (4.423) (3.469)
Atividades de Investimento II (1.561) (1.615) (6.980) (1.616) (1.635) (1.624)
(-) Investimentos (1.561) (1.615) (6.980) (1.616) (1.635) (1.624)
(=) Fluxo de Caixa Líquido do Projeto III = I + II 19.597 19.512 14.458 20.905 21.365 22.662
TIR do projeto 7,30%
64
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
9.4 Fluxo de Caixa do Acionista
Fluxo de Caixa do Acionista (R$ mil) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
Período Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
1) Atividades Operacionais I (4.828) (4.788) 14.567 15.319 15.912 15.409 15.857 16.176 17.250 17.798
(+/-) EBT (4.828) (4.788) 9.626 10.528 11.198 11.920 12.546 13.231 12.630 13.332
(+) Amortização e Depreciação 0 0 7.208 7.272 7.355 7.446 7.553 7.420 8.890 8.975
(-) IR/CSLL 0 0 (2.267) (2.482) (2.641) (3.957) (4.242) (4.474) (4.270) (4.509)
2) Atividades de Investimento II (83.929) (60.035) (1.471) (1.713) (1.826) (2.039) (26.422) (23.792) (1.479) (1.492)
(-) Investimentos (83.929) (60.035) (1.471) (1.713) (1.826) (2.039) (26.422) (23.792) (1.479) (1.492)
3) Atividades de Financiamento III 46.622 40.173 (860) (7.474) (7.475) (7.476) (7.476) (7.477) (7.478) (7.468)
(+) Captação BNDES Finem 0 89.025 1.030 0 0 0 0 0 0 0
(+) Captação Empréstimo-Ponte 47.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(-) Amortização BNDES Finem 0 0 0 (7.505) (7.505) (7.505) (7.505) (7.505) (7.505) (7.505)
(-) Amortização Empréstimo-Ponte 0 0 -47.000 0 0 0 0 0 0 0
(+/-) Conta Reserva (355) (376) (1.850) 61 61 61 61 61 61 61
(+/-) Caixa Mínimo (23) (1.476) (40) (31) (32) (32) (33) (34) (35) (25)
(=) Fluxo de caixa Alavancado IV = I + II + III (42.135) (24.650) 12.236 6.131 6.611 5.894 (18.042) (15.093) 8.293 8.837
(-) Aporte de Capital (42.135) (24.650) 0 0 0 0 (7.314) (15.093) 0 0
(+) Redução de Capital 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(+) Dividendos 0 0 0 4.781 7.997 7.367 0 0 8.293 8.837
Fluxo do Acionista (42.135) (24.650) 0 4.781 7.997 7.367 (7.314) (15.093) 8.293 8.837
TIR do Acionista 8,56%
65
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Fluxo de Caixa do Acionista (cont.)
Fluxo de Caixa do Acionista (R$ mil) 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034
Período Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
1) Atividades Operacionais I 17.963 18.411 18.867 19.123 19.475 19.823 20.328 20.606 20.921 21.261
(+/-) EBT 13.443 13.973 14.503 15.017 15.358 15.341 14.744 14.918 15.115 15.307
(+) Amortização e Depreciação 9.067 9.165 9.271 9.188 9.315 9.674 10.573 10.736 10.921 11.135
(-) IR/CSLL (4.547) (4.727) (4.907) (5.082) (5.198) (5.192) (4.989) (5.048) (5.115) (5.180)
2) Atividades de Investimento II (1.506) (1.520) (1.534) (1.561) (2.601) (5.250) (1.495) (1.510) (1.526) (2.109)
(-) Investimentos (1.506) (1.520) (1.534) (1.561) (2.601) (5.250) (1.495) (1.510) (1.526) (2.109)
3) Atividades de Financiamento III (7.469) (7.469) (7.459) (7.459) (5.613) (16) (16) (16) (16) (17)
(+) Captação BNDES Finem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(+) Captação Empréstimo-Ponte 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(-) Amortização BNDES Finem (7.505) (7.505) (7.505) (7.505) (7.505) 0 0 0 0 0
(-) Amortização Empréstimo-Ponte 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(+/-) Conta Reserva 61 61 61 61 1.907 0 0 0 0 0
(+/-) Caixa Mínimo (25) (26) (15) (15) (16) (16) (16) (16) (16) (17)
(=) Fluxo de caixa Alavancado IV = I + II + III 8.988 9.421 9.874 10.103 11.261 14.557 18.817 19.079 19.378 19.135
(-) Aporte de Capital 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(+) Redução de Capital 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(+) Dividendos 8.988 9.421 9.874 10.103 11.261 14.557 12.939 9.124 9.244 9.361
Fluxo do Acionista 8.988 9.421 9.874 10.103 11.261 14.557 12.939 9.124 9.244 9.361
TIR do Acionista 8,56%
66
PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA
Fluxo de Caixa do Acionista (Cont.)
Fluxo de Caixa do Acionista (R$ mil) 2035 2036 2037 2038 2039 2040
Período Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26
1) Atividades Operacionais I 21.569 21.653 22.073 23.212 23.828 25.262
(+/-) EBT 15.567 16.373 16.407 14.617 14.336 11.752
(+) Amortização e Depreciação 11.270 10.822 11.220 13.541 14.342 17.481
(-) IR/CSLL (5.269) (5.543) (5.555) (4.946) (4.850) (3.972)
2) Atividades de Investimento II (1.561) (1.615) (6.980) (1.616) (1.635) (1.624)
(-) Investimentos (1.561) (1.615) (6.980) (1.616) (1.635) (1.624)
3) Atividades de Financiamento III (17) (17) (17) (18) (18) 2.026
(+) Captação BNDES Finem 0 0 0 0 0 0
(+) Captação Empréstimo-Ponte 0 0 0 0 0 0
(-) Amortização BNDES Finem 0 0 0 0 0 0
(-) Amortização Empréstimo-Ponte 0 0 0 0 0 0
(+/-) Conta Reserva 0 0 0 0 0 0
(+/-) Caixa Mínimo (17) (17) (17) (18) (18) 2.026
(=) Fluxo de caixa Alavancado IV = I + II + III 19.991 20.021 15.076 21.579 22.176 25.664
(-) Aporte de Capital 0 0 0 0 0 0
(+) Redução de Capital 0 0 0 0 0 105.782
(+) Dividendos 9.520 10.012 10.033 8.940 8.769 7.193
Fluxo do Acionista 9.520 10.012 10.033 8.940 8.769 112.974
TIR do Acionista 8,56%
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