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Rio de JaneiroA-10 • Jornal do Commercio • Segunda-feira, 8 de julho de 2013

EEddiittoorr //// Vinicius Medeiros

Curta

JMJ 2013: METRÔ COMEÇA AVENDER BILHETES ESPECIAIS Começa hoje a venda de cartõesespeciais do metrô para os dias25 e 26 deste mês, data dosdois dos principais eventos daJornada Mundial da Juventude(JMJ) na Praia de Copacabana,que terão a presença do papaFrancisco: a Acolhida e a ViaSacra. Segundo aconcessionária MetrôRio, ostíquetes serão vendidos até odia 17, das 9h às 21h, nabilheteria das estações Pavuna,Del Castilho, Maracanã, SaensPeña, Praça Onze, Central,Carioca, Glória, Flamengo,Botafogo e Siqueira Campos. De18 a 24 de julho, o cartão serávendido nas estações Pavuna,Maracanã, Praça Onze, Central,Carioca e Glória.

» MATHEUS GAGLIANO

O número de mortesprovocadas no trân-sito no Rio de Janeiroteve queda de 30% no

primeiro tr imestre do anofrente a igual período do anopassado, aponta levantamen-to realizado pela Organiza-ção Não Governamental RioComo Vamos (RCV ), o querepresentou redução de 166vítimas fatais, em 2012, para115 neste ano.

Em compensação, algu-mas regiões da cidade, comoa Barra da Tijuca, registraramelevação considerável no nú-mero de óbitos. No bairro, ototal de mortes dobrou deum ano para o outro, passan-do de sete para 14.

De acordo com a coorde-nadora do RCV, Thereza Lo-bo, a Barra sempre foi umaregião complicada em termosde acidentes de trânsito.Quando é analisado o núme-ro de vítimas não fatais, o to-tal da região, de 2009 até 2012,passou de 1,2 mil vítimas pa-ra 1,4 mil pessoas. "Outrobairro bastante complicado éJacarepaguá, onde o total deregistros pulou de 1,2 mil, em

2009, para 1,5 mil no ano pas-sado”, disse Thereza.

A coordenadora do RCVdestaca ainda que o aumentoda frota de automóveis da ci-dade tem contribuído de for-

ma decisiva para a ocorrênciade mais acidentes desde 2009.Atualmente, o total de veícu-los, incluindo de carga, quecircula no município é de 2,6milhões. "Os motoristas preci-

sam ficar mais alertas. O trân-sito não pode continuar ma-tando tanta gente", comentou.

BRT

Thereza explicou tambémque, no caso dos acidentesregistrados com os ônibus dosistema Bus Rapid Transit(BRT ), é necessária maioratenção, tanto do condutordo automóvel, quanto do mo-torista do coletivo. Para ela, oBRT é um modal peculiar, oque exige por parte da cidadeum aperfeiçoamento dessetipo de transporte. "É abso-lutamente indispensável quese faça uma análise do queestá causando esse tipo deacidente", disse.

Desde que o corredor foiinaugurado, em 8 de julho doano passado, foram registra-dos seis mortos em decor-rência de acidentes envol-vendo os coletivos do siste-ma. No começo de junho, Jo-sé Rodrigues dos Reis, de 50anos, foi atropelado perto daestação Pedra de Itaúna, naBarra da Tijuca. Rodriguesteria tentado atravessar a pis-ta do BRT fora da faixa de pe-destres e distante do sinal.

Mortes no trânsitorecuam 30% na capital

RIO COMO VAMOSSANTA TERESA

» AKEMI NITAHARADA AGÊNCIA BRASIL

O juiz da 39ª Vara Criminaldo Rio de Janeiro marcou parao dia 18 de julho, às 13h10, aprimeira audiência de instru-ção e julgamento dos acusa-dos de ter responsabilidade noacidente de agosto de 2011,quando o bondinho de SantaTeresa descarrilou e tombouem uma curva, deixando seismortos e 50 feridos. A circula-ção do bondinho está suspen-sa desde então.

Os funcionários da Compa-nhia Estadual de Engenhariade Transporte e Logística (Cen-tral), Gilmar Silvério de Castro(motorneiro), José ValladãoDuarte (coordenador de ma-nutenção e operação), CláudioLuiz Lopes do Nascimento(chefe de manutenção da ga-ragem), Zenivaldo Rosa Corrêae João Lopes da Silva (assisten-tes de manutenção dos Bondi-nhos de Santa Teresa), foramacusados pelo Ministério Pú-blico por homicídio simples elesão corporal simples. Na pri-meira audiência devem ser ou-vidas dez vítimas do acidente.

Para o diretor-secretário daAssociação de Moradores eAmigos de Santa Teresa(Amast), Álvaro Braga, os ver-dadeiros culpados não estãosendo julgados. “É a raia miú-da, são pessoas que não ti-nham o poder para intervir emnada. Os grandes culpados, osverdadeiros não são objeto,não se tornaram réus”, recla-ma Braga, destacando que ca-

be à Justiça determinar, embo-ra a associação presuma queos funcionários não são culpa-dos. “Fomos solidários a eles,que são a parte fraca dessa his-tória. É onde a corda arreben-ta. Essas pessoas foram joga-das aos leões pelos seus supe-riores”, completa.

Falsas promessas

Apesar da promessa deapresentação do modelo novodo bondinho em fevereiro,nenhum protótipo foi mostra-do até momento. Braga lem-bra que a Amast defende queo antigo bonde seja adaptadopara ter mais segurança e nãosubstituído por um modelo“para turista”.

“Nada mais passe livre doque o bondinho de Santa Tere-sa. Ele é público, não foi conce-dido, foi mal gerido, mas é nos-so. Ele foi sabotado pelos seusgestores que queriam privati-zá-lo”, afirma o presidente daAmast, lembrando que ele cus-tava apenas R$ 0,60, além deser ecológico, elétrico, populare sem catracas. “É um símboloda luta do povo carioca por umsistema de transporte de pas-sageiros digno”, acrescenta.

Os moradores de Santa Te-resa começaram no sábadouma mobilização com panela-ços diários para lembrar dosmortos no acidente. No dia 13de julho, uma passeata sairádo Largo do Machado até o Pa-lácio Guanabara, na Zona Sul,para entregar um dossiê na se-de do governo.

Audiência sobre acidente do bondinho é no dia 18

TRANSPORTES

DA REDAÇÃO

A prefeitura do Rio de Ja-neiro cassou, na manhã desexta-feira, seis l inhas deônibus por irregularidadesna oferta dos ser viços. Ostrajetos eram operados pelaTranslitorânea, que faz partedo consórcio Intersul.

A cassação foi publicadano mesmo dia no Diário Ofi-cial, após a companhia sernotificada, advertida e multa-da pela Secretaria Municipalde Transporte (SMT) por co-locar em circulação quantida-de de veículos abaixo da frotadeterminada, prejudicando aqualidade do serviço.

As linhas cassadas foramas 521 e 522, que faz o per-curso circular entre São Con-rado a Botafogo, 546 (SãoConrado-Leblon), 591, 592 e593 (São Conrado-Leme), viaCopacabana. Elas foram re-distribuídas entre dez em-presas pertencentes ao mes-mo consórcio – Alpha, SãoSilvestre, Tijuca, Nossa Se-nhora das Graças, Real, VilaIsabel, Transurb, Gire, Brasoe Estrela Azul –, informou a

Federação das Empresas deTransportes de Passageirosdo Estado do Rio de Janeiro(Fetranspor).

Em nota divulgada no iní-cio da noite de sexta-feira, aFetranspor confirmou aindaque as novas operadoras co-locaram, desde sábado, 62coletivos para operarem asseis linhas cassadas. No mes-mo documento, a entidadejustificou a queda na quali-dade do serviço pela concor-rência desleal com veículosde transporte ilegal, como

kombis e vans. “O Consórcio Intersul es-

clarece ainda que essas li-nhas sofreram durante anosa concorrência do transporteilegal, razão principal das di-ficuldades financeiras e, con-sequentemente, operacio-nais enfrentadas pela em-presa que as operava”, infor-mou a nota.

Fiscalização

O secretário municipal deTransportes, Carlos Roberto

Osório, disse que a fiscaliza-ção das linhas foi feita porGPS (Global Positioning Sys-tem). “ Todas as l inhas deônibus do Rio têm GPS emtodos os ônibus. Já temoscapacidade de fazer uma fis-calização a distância”, desta-cou o secretário.

“A partir das reclamaçõesrecebidas, focamos a fiscali-zação e comprovamos as ir-regularidades ao longo dotempo. Aplicamos as puni-ções cabíveis, a empresa nãomudou o seu comportamen-to e a prefeitura aplicou ocontrato cassando as linhas”,completou Osório.

Segundo ele, há a possibi-lidade de outras linhas seremcassadas, principalmente daZona Oeste. “Estamos fazen-do o monitoramento em ou-tras áreas. A região que maisnos preocupa no momento éa Zona Oeste e estamos fa-zendo esse trabalho, aplican-do sanções às empresas. E,obviamente, se não houvermelhoria e mudanças, nãodescartamos a possibilidadede cassar mais linhas”, afir-mou. (Com agências)

Seis linhas de ônibus são cassadas

DIVULGAÇÃO

Thereza: número de vítimas não fatais também cresceu na Barra

Apesar da diminuição do índice, chama atenção o crescimento no total de óbitosna Barra da Tijuca, onde a incidência de casos dobrou de um ano para o outro

A partir das reclamações recebidas,focamos a fiscalização e comprovamos asirregularidades ao longo do tempo.Aplicamos as punições cabíveis, aempresa não mudou o seucomportamento e a prefeitura aplicou ocontrato cassando as linhas.”

Carlos Roberto OsórioSecretário municipal de Transportes

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