rickettsiales - fmupusers.med.up.pt/cc04-10/microslides/16-rickettsias.pdf · rickettsieaeae...
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RickettsialesRickettsialesRickettsialesRickettsialesRickettsialesRickettsialesRickettsialesRickettsiales
RickettsieaeaeRickettsieaeae
� Pleomórficas, muito pequenas, bacilos ou coco-bacilos
� Não coram bem pelo Gram; Giemsa, Gimenez..
� Parede tipo Gram neg. � Parasitas intracelulares obrigatórios� Só sobrevivem dentro de um hospedeiro� Necessitam do ATP do hospedeiro� São parasitas energéticos- translocadores
ATP/ADP
� Como as podemos fazer crescer e isolar em meios sintéticos, sem ATP????
São impossíveis de cultivar em meios arteficiais; podemos cultivá-las em células vivas
� Serão vírus, já que são tão pequenas e usam o hospedeiro para a sua reprodução???
Embora partilhem algumas características dos vírus: - têm RNA e DNA
- sintetizam as suas próprias proteínas- são sensíveis a antibióticos
RelaRelaçções com as ões com as ChlamydiaChlamydiadão doenças diferentes
- Chlamydia : pessoa a pessoaRickettsia : vector artrópode (excepto febre Q)
- Rickettsia replicam- se livremente no citoplasma Chlamydia em endossomas
- Rickettsia : tropismo para as células endoteliaisChlamydia: tropismo para epitélio escamoso
ClClíínica das Rickettsiosesnica das Rickettsioses
- Maioria das ricketsioses dão doença sistémica com:
rash, febre e cefaleias violentasaumento baço e fígado
- excepto febre Q e ehrlichiose
EpidemiologiaEpidemiologia
� Sobrevivência das Rickettsias na natureza necessita de
Ex: Homem/piolhoRato/pulgaCão/carraça
Excepto febre Q
artrópode
vertebrado
Resistência no ambienteResistência no ambiente
� Maioria sobrevive pouco tempo fora do vector ou do hospedeiro
� Destruídas pelo calor, secagem ou químicos
� R. prowazekii pode sobreviver meses à t. ambiente
� C. burnetti o mais resitente inclusive à pasteurização
PatogeniaPatogenia
� Maioria multiplica-se dentro das células endoteliais dos vasos periféricos-vasculite (excepto C. burnetti )
� Fácil disseminação pela corrente sanguínea� Trombose de pequenos vasos� Exantema� Vasculite muitos orgãos� Disturbios da coagulação
DiagnDiagnóósticostico
� Inoculação em animais/ culturas de células� Reacções serológicas
- R. Weil-Felix- históricapouco sensível e pouco específica
- Imunofluorescência pesquisa de Atc anti-LPS, não específico de espécie; complementado com Western-blot
� PCR- ainda não específico de espécie
ReacReacçção de Weilão de Weil--FelixFelix
� Pesquisa de Atc contra Atg do Proteus
OX2OX19OXK
Falsos positivos: inf Proteus, leptospiroses, Borrelia, gravidez, doenças hepáticas...
Grupos de doenGrupos de doençças por as por Rickettsia Rickettsia e Ehrlichiae Ehrlichia
� Febrs exantemáticas- R. conorii
- R. rickettsii- R. australis- R. sibirica- R. akari
� Tifo- R. prowazekii
- R. typhi- O. tsutsugamushi
Grupos de doenGrupos de doençças por as por Rickettsia Rickettsia e Ehrlichiae Ehrlichia� Febre Q
- Coxiella burnetii
� Ehrlichiae- E. chaffensis- Anaplasma phagocytophilum
Febres exantemFebres exantemááticasticas
� R. conorii� R. rickettsii (febre das Montanhas Rochosas)
� R. siberica� R. australis� R akari (varicela por Rickettsia)
RickettsiaRickettsiaconoriiconorii
� Agente da febre escaronodular (febre da carraça)ou febre botonosa
� Endémica em toda a área Mediterrânica
� Vector: Carraça do cão ou do bosqueMais frequente Abril a Outubro (ciclo de vida do vector); exposição longa- 24 a 48 h, saliva da carra ça
� Weil-Felix positiva Proteus OX2 e OX19/ IF
RickettsiaRickettsiaconoriiconorii
� Clínica: 2 a 14 dias após a mordedura (7 média)
- febre alta, arrepios, cefaleias- conjuntivite- mialgias-rash-exantema com início cotovelos, joelhos, palmas e plantas dos pés e mais tarde tronco (centripta)
Frequentemente resolve-se em 3 semanas
RickettsiaRickettsiaconoriiconorii
� Tratamento: doxiciclina ( Trimetroprim-sulfametoxazol-pode agravar a doença)
� Pode evoluir para a morte, principalmente se há atraso na terapêutica
� Remoção da carraça pode prevenir a infecção (6-10 horas)
RickettsiaRickettsiaakariakari
� Vector: ácaros do rato doméstico
� Weil-Felix negativa
� Doença moderada, auto-limitada, começa por uma pápula no local da mordedura- úlcera- escara
� febre e cefaleias (dias depois), outras vesículas v ão aparecer por todo o corpo (idêntico a varicela)
� Eliminação dos roedores previne a doença
TifoTifo
� 2 espécies de Rickettsia:Rickettsia prowazekii- forma epidémicaRickettsia typhi- forma endémica
� Diferentes reservatórios� Diferentes vectores� Doença semelhante
� Febre fluvial do JapãoO. tsutsugamusi
RickettsiaRickettsiaprowazekiiprowazekii
� Vector: piolho humano � Doença: tifo exantemático clássico , epidémico� Início súbito, altamente contagiosa� Relação com:
pobrezamás condições sanitáriasmeses frios
“Prowazekii is Prowar”
RickettsiaRickettsiaprowazekiiprowazekii
� Clínica:- febre, cefaleias após 2 semanas de incubação
- pequenas máculas rosa, em cerca de 40% dos casos; primeiro no tronco, todo o corpo (poupa palmas e plantas e f ace) - risco de tromboses e gangrena dos pés e das mãos. Resolve-se em 3 semanas; ocasionalmente fatal
� Weil-Felix positiva Proteus OX2 e OX19; IF método de escolha� Tratamento: tetraciclinas e cloranfenicol
melhoria das condições sanitárias
Doença de Brill-Zinsser: aqueles que recuperam da doença podem ficar com a bactéria no estado latente e com surtos da doença
- sintomas moderados (sem rash)- aumento de Ig G específicas- Weil-Felix negativa
RickettsiaRickettsiatyphityphi
� Vector: pulga dos ratos� Doença: tifo murino , endémico� Clínica não é tão severa como tifo epidémico mas
é grave� Weil-Felix positiva Proteus OX2 e OX19� Roedores são os reservatórios primários, sendo
a doença transmitida ao Homem pela pulga do rato (idêntico à peste bubónica)
� Tratamento: tetraciclinas ou cloranfenicol+ control pop. ratos e pulgas
OrientiaOrientia tsutsugamushitsutsugamushi
� Ásia e Pacífico Sul� Vector: larvas de ácaros que vivem no chão, os ácaros vivem
em roedores� Doença: tifo fluvial� Clínica: febre alta, cefaleias e prurido no local d a picada; mais
tarde aparece rash maculopapular no tronco em metade dos casos, desenvolve-se centrifugamente
� Weil-Felix positiva Proteus OXK
OrientiaOrientia
� Sem peptidoglicano e sem LPS� Coram pelo Giemsa � Sem flagelos� Estritamente intracelulares� Multiplicam-se dentro dos fagocitos e são então
libertados para infectar outras células
� Bactérias pequenas� Não coram pelo gram� Permanecem dentro de vacuolos nas células
fagocíticas� Não possuem LPS ou peptidoglicano
EhrlichioseEhrlichiose
� Cocos gram negativos, parasitas células hematopoiéticas: monócitos, macrófagos e granulócitos
� E. chaffensis infecta monócitos do sangue e fagócitos mononucleares ou granulócitos
� 1 a 3 semanas após mordedura da carraça� Sintomas gripais, febre, cefaleias e
mialgias� 30% dos casos rash tardio
AnaplasmoseAnaplasmose
� A. phagocytophilum infecta células granulociticas
� Após mordedura carraça� Mórula intracelular
CoxiellaCoxiellaburnetiiburnetii
� Morfologicamente semelhante às Rickettsias mas:- resistência ao calor e à secagem- produção formações semelhantes a esporos- existência extracelular- ligeiramente gram positivas- transmissão não necessita de vector; vivem em carraças e gado; esporos nas fezes secas, restos placentários e carcaças - transmissão por inalação ou ingestão leite não pasteurizado
Coxiella burnetiiCoxiella burnetii
�Clínica: Febre Q
- Início súbito, febre, suores, pneumonia moderada idêntica ao Mycoplasma pneumoniae
- hepatite, endocardite, miocardite e meningoencefali te podem ocorrer (formas crónicas)
-Richettsiose sem rash
-Patogenia: reacção Atg/Atc
Diagnóstico
cocobacilo Gram negativo
- ex. cultural- muito perigoso
- shell-vial (fibroblastos pulmonares) + IF- 6 a 14 dias a 37ºC
- PCR
- Pesquisa de Atc- IFI
- Hemoculturas negativas
- Weil-Felix negativo
BartonellaBartonellaquintana (Rochalimaeaquintana (Rochalimaea))
� Bactéria “Rickecttsia-like”� Não é parasita intracelular obrigatória� Vector: piolho humano� Doença: febre das Trincheiras� Clínica: febre, rash, cefaleias, dores severas nas
costas e pernas� Recaídas frequentes – 5 dias mais tarde� Semelhanças com tifo epidémico:
proporções epidémicas durante a guerramás condições sanitárias/ proliferação piolho
BartonellaBartonella henselaehenselae (Rochalimaea(Rochalimaea))
� Doença: doença da arranhadela do gato ou mordedela
� Clínica: tumefação de um gânglio regional, febre e mal estar, 3-10 dias após a lesão
� Habitual resolução sem complicações� Agente provável da angiomatose bacilar
(proliferação de pequenos vasos na pele e orgãos em ind. com AIDS)
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