revolu o inglesa [modo de compatibilidade]) · revolução inglesa • puritana (1640-1649):...

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Revolução Inglesa• Puritana (1640-1649): responsável pela execução do Rei Carlos I e a instalação do governo republicano de Cromwell.

• Gloriosa (1688): completou o processo político liderado pela burguesia.

Antescedentes

• Cercamentos (século XVI): ou enclosure, foi o processo pelo qual as terras comunais (de utilização coletiva) eram cercadas pelos senhores para dar lugar à criação de ovelhas. Os camponeses foram obrigados a sair das terras em que viviam e trabalhavam. Formação de uma pequena nobreza mais próxima da burguesia , a gentry. Assim, pequenos agricultores miseráveis e sem ocupação foram obrigados a migrar para as cidades, ou para a América.

O acirramento das tensões

• Henrique VIII e Elizabeth I (século XVI e início do XVII): consolidação do poder da monarquia absolutista.

• Dinastia Tudor: não conseguiram manter o poder absoluto e garantir o apoio do Parlamento. Jaime I (1603-1625): primo de Elizabeth I, defensor da teoria do direito divino dos reis, perseguiu outras religiões como os puritanos (burguesia), intensa migração do campo para centro urbanos e à América do Norte (cercamentos) .

Revolução Puritana• Carlos I (1625-1649): aumento das tensões políticas,

econômicas e religiosas no reino. Assinou a Petição

dos Direitos – proibia a Coroa de convocar o exército ou adotar medidas econômicas sem a prévia aprovação do dos parlamentos.

• Retoma um antigo imposto, Ship money, arrecadado em cidades litorâneas; aumento das tensões.

• 1642: início do confronto armado entre os defensores do Parlamento (Câmara dos Comuns) e os defensores do rei (lordes e pela dissidência da pequena nobreza)

• Câmara dos Lordes: representantes da alta nobreza e integrantes da cúpula da Igreja Anglicana.

• Câmara dos Comuns: representantes eleitos dos condados e cidades, geralmente pertencentes à burguesia e à gentry.

• Exército do Novo Tipo: agrupamento de soldados e de oficiais voluntários decisivos para a derrota das tropas reais, eram conhecidos com roundheads (cabeças redondas); tinham liberdade de organização e discussão (sementeira de ideias).

• 1649 o rei é decapitado por traição;

• É proclamada a República ou Comomwealth, a Câmara dos Lords foi extinta;

• Oliver Cromwell, é o novo dirigente inglês ficando no poder até 1658, quando morre.

• Ato de Navegação: extinguiu as taxações arbitrárias beneficiando os setores mercantis e a construção naval.

• Lorde Protetor da Inglaterra (1653): governo tirânico que acabou que dissolveu o Parlamento e durou até 1658.

• Richard Cromwell, filho de Oliver, assume seu lugar, mas logo é deposto.

• 1660: restauração da monarquia com Carlos II apoiado pelos contrarrevolucionários (nobres realistas e a dissidência presbiteriana)

Revolução Gloriosa

• Morte de Carlos II;

• Ascensão ao trono inglês do partidário do catolicismo, Jaime II (1685);

• Revolucionários articulam a deposição do rei Jaime II;

• Revolução Gloriosa (1688): Guilherme de Orange invade a Inglaterra e depõe Jaime II;

• Maria Stuart II e Guilherme de Orange são empossados com o apoio do Parlamento;

• Declaração de Direitos (1689): o Parlamento detém as decisões legislativas e econômicas do Estado, ou seja, é criada a Monarquia Parlamentar.

• Lei do Habeas Corpus: garantia dos direitos individuais e de propriedade privada.

• Ato de Tolerância: concedeu liberdade religiosa aos cristãos, exceto aos católicos.

• Grande transformação: o desenvolvimento do capitalismo que impulsionou a Revolução Industrial inglesa.

“Se você observar a Inglaterra no século XVI, verá que é uma potência de segunda classe, levando um embaixador inglês em 1640 a dizer que seu país não desfrutava de qualquer consideração no mundo. O que era verdade. Mas já no começo do século XVIII a Inglaterra é a maior potência mundial. Logo, alguma coisa aconteceu no meio disso. E eu creio que o que houve no meio foi a Guerra Civil e a Revolução, que tiveram efeitos fundamentais. Primeiro de tudo, acabou de vez com a possibilidade da monarquia absolutista existir na Inglaterra.

Segundo, na luta entre o Parlamento e a Coroa, o que ficou claro é que os pagadores de impostos não iriam mais admitir de forma alguma que o governo cobrasse taxas, que não fossem previamente autorizadas pelos seus representantes. Em nome dessa resistência à tirania e ao despotismo foram até a Guerra Civil e a Revolução. Com a sua vitória, enormes recursos ficaram disponíveis para que as forças parlamentares montassem uma poderosa marinha, que iria ser

fundamental na promoção dos interesses ingleses por todas as partes do mundo, onde recursos pudessem ser drenados. Isso (tornou possível a eliminação dos piratas e a abertura do Mediterrâneo aos mercadores ingleses, a colonização efetiva das terras do Atlântico e do Pacífico, inaugurando o imperialismo econômico inglês). Obteve inclusive o virtual monopólio do comércio de escravo de onde, lamento dizer, retirou-se uma enorme fortuna.

Houve ainda uma revolução agrícola com a abolição dos ritos feudais remanescentes sobre a posse das terras, transformando a terra numa mera mercadoria livremente comercializável. O resultado foi que, se a Inglaterra no século XVII era importadora de cereais e padecia de fome e escassez, no fim desse século já era exportadora e não havia mais fome. Tudo isso, como é óbvio, convergiu para irrupção da Revolução Industrial no final do século seguinte.

Fato que foi apoiado, não se deve esquecer, pelo clima geral de liberdade de pensamento e de estímulo oficial às atividades de livre investigação e pesquisa, que redundaram na revolução científica, pondo a Inglaterra à frente também nesse campo. (Christopher Hill, Folha de S. Paulo, 10/8/1988, p. E-14.)

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