resumo portos rios e canais

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Descrição de portos, rios e canais no Brasil.

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RESUMO

Segundo a morfologia, possvel distinguir, de maneira esquemtica, trs tipos de cursos dgua: rios de alto curso, rios de mdio curso (rios de planalto) e rios de baixo curso (rios de plancie).So rios que percorrem regies altas e/ou acidentadas. Nestes rios so comuns as quedas rpidas e corredeiras; a gradiente de nvel , em geral, elevada e, consequentemente, grande a velocidade de escoamento. As terras que os circundam so, geralmente, pouco sujeitas a alagamentos extensos.Estes rios tambm apresentam obstculos para a navegao, tais como rpidos, corredeiras e trechos com pedras e/ou pouca profundidade; mas os obstculos no so muito frequentes e, entre eles, a navegao possvel, se bem que nem sempre fcil, para embarcaes maiores. Os rios de mdio curso podem ser usados como vias de navegao de maneira bem mais eficiente que os de alto curso, ao menos entre os trechos crticos ou entre os grandes obstculos, embora, em geral, os canais de navegao sejam mais ou menos estreitos (apesar de relativamente estveis), o que exige dos condutores das embarcaes muita prtica local. So os mais favorveis navegao, caracterizados por uma declividade suave e regular. Os rios de plancie so, em geral, razoavelmente largos e apresentam pequeno gradiente de nvel. A navegao relativamente fcil, se bem que possam existir obstculos, como os bancos que costumam formar-se nas bocas dos tributrios e nas partes convexas das curvas. Nem sempre os baixo e mdio cursos so separados por obstculos naturais relevantes, como o trecho de corredeiras e cachoeiras do Tocantins, entre Tucuru e Jatobal. Por exemplo, os trechos inferiores do Acre, do Xapuri e do Yaco podem ser considerados como rios de mdio curso, mas a transio das caractersticas de baixo curso do Purus para as de mdio curso desses rios lenta. Como j vimos acima, durante as cheias os obstculos do mdio curso so geralmente menos crticos e, em certos rios, os prprios obstculos que definem os limites dos cursos podem ser transpostos por embarcaes de mdio porte; este o caso, por exemplo, do rio Branco. A morfologia permite, ainda, distinguir os rios costeiros, que, no caso do Brasil, descem diretamente do planalto central brasileiro para o Oceano Atlntico e esto distribudos ao longo da costa oriental do pas, desde o Nordeste at o Rio Grande do Sul. A principal caracterstica desses rios possurem bacias vertentes reduzidas e leitos escavados em terrenos geralmente cristalinos. No caso do Brasil, as condies climticas gerais resultam em que os rios da zona equatorial sejam, em geral, mais regulares, graas distribuio mais homognea das chuvas, ao longo de todo o ano. Por outro lado, os rios da zona tropical so, normalmente, mais irregulares, face ao contraste das cheias de vero e as estiagens de inverno. necessrio introduzir alguns conhecimentos sobre vias navegveis, essenciais para melhor compreenso das peculiaridades da navegao fluvial. No iremos sequer fazer um resumo da matria, mas apenas localizar os aspectos que, mais de perto, condicionam este tipo de navegao.Excludos os lagos e lagoas navegveis, podemos dividir as vias navegveis interiores em 3 classes: Rios de corrente livre; Rios canalizados; Canais.Os rios de corrente livre so os naturalmente navegveis, em que no h barragens em seu curso. Sem perder, entretanto, esta caracterstica, eles podem ter as suas condies de navegabilidade sensivelmente melhoradas, por meio de trs principais processos, que podem ser usados isolada ou conjuntamente. Alm disso, outros servios tambm contribuem significativamente para melhoria das condies de navegabilidade, como a existncia de cartas nuticas adequadas, de um balizamento eficiente e de um sistema de divulgao do nvel do rio em diversas estaes fluviomtricas ao longo da hidrovia.Construindo-se uma srie de barragens com eclusas (ou outro meio de transposio de desnvel) ao longo de um curso dgua, teremos um rio canalizado. O termo canalizado, em nossa lngua, pode dar uma impresso falsa, de confuso com outros tipos de obras nos rios ou riachos, geralmente feitas quando estes atravessam cidades. No Brasil, o melhor exemplo de rio canalizado a hidrovia TietParan, com as barragens e eclusas de Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promisso, Nova Avanhandava e Trs Irmos, no Rio Tiet; e de Jupi e Porto Primavera, no Rio Paran, que permite a navegao at a hidreltrica de Itaipu. processo utilizado e conhecido no Brasil h bastante tempo, tendo sido empregado em vrios casos. Embora sua concepo seja antiga, nos ltimos decnios as eclusas foram objeto de numerosos melhoramentos. O custo de uma eclusa torna-se proibitivo quando ela ultrapassa a altura ideal para a transposio, que de 25 metros. Acima deste valor prefervel prever uma srie de eclusas (embora os barcos venham a perder muito tempo), ou outro processo de transposio. Quando o ascensor vertical, denomina-se elevador de embarcaes. O elevador constitudo por uma cuba, em forma de paraleleppedo, munida de partes mveis nas duas extremidades, para possibilitar o acesso das embarcaes. A cuba mantida cheia de gua, para garantir a flutuao das embarcaes e, uma vez a embarcao no seu interior, a mesma elevada ou abaixada, permitindo a transposio dos barcos de um nvel a outro. um processo novo. A cuba mvel e os equipamentos mecnicos, muito onerosos, so substitudos por um canal inclinado, onde a embarcao circula em um prisma de gua, empurrada por um veculo sobre pneumticos. A rampa lquida assegura a continuidade da hidrovia, no sendo mais necessrio a embarcao deixar o canal para entrar numa cuba.Os canais podem ser definidos como vias navegveis interiores completamente artificiais, em oposio s vias navegveis naturais. H duas classes principais de canais: os canais laterais e os canais de partilha. Os canais laterais so usados quando o melhoramento de um trecho do rio de tal modo difcil ou oneroso que se torna prefervel construir lateralmente um canal inteiramente artificial, que pode ser dividido em vrios planos dgua, ligados por eclusas ou elevadores. A figura 40.9 indica o Grande Canal da Alscia, canal lateral do Rio Reno, concludo na dcada de 1970. Os canais de partilha (ou canais de ponto de partilha) so os de interligao de hidrovias (ou de bacias hidrogrficas).

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