reprodução medicamente assistida

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Reprodução medicamente

assistida

Introdução

• As técnicas de reprodução medicamente assistida são utilizadas em caso de casais com infertilidade, tanto verificada no homem como na mulher.

Principais causas….♀

• A mulher é 52% das vezes a parte infértil do casal, sendo referidos problemas como distúrbios hormonais, problemas nas trompas de Falópio, endometriose, muco cervical impeditivo da passagem dos espermatozóides, tumores ováricos, disfunções da tiróide, tumores hipotalâmicos e hipofisiários, anorexia nervos, entre outros…

Principais causas…♂

• No homem, a infertilidade relaciona-se com a diminuição de espermatozóides, pouca mobilidade dos mesmos, espermatozóides anormais, vasectomia, disfunção sexual, problemas endócrinos, problemas testiculares, obstrução dos epididímos, entre outros…

Reprodução Medicamente assistida

• Desde 1978, ano em que foi anunciado o nascimento do primeiro “bebe-proveta”, concebido por Patrick Steptoc e Robert Edwards, que mais de milhão e meio de bebés in vitro nasceram, existindo hoje um numeroso leque de técnicas aperfeiçoadas de reprodução assistida.

Técnicas de reprodução assistida

• Inseminação artificial ou IUI (Intra Uterine Insemination) :

Esta técnica é utilizada em casos de incapacidade de ejaculação, distúrbios de ovulação, alterações no muco cervical que impeçam a livre penetração dos espermatozóides no útero, alterações na qualidade do sémen, alterações nas trompas de Falópio e endometriose.

• A inseminação artificial consiste em depositar os espermatozóides, previamente capacitados em laboratório, no interior do útero, usando meios artificiais.

• Existe ainda outra modalidade que consiste na introdução dos espermatozóides directamente no cérvix (inseminação intra-cervical).

• Na inseminação artificial, os espermatozóides são separados do liquido seminal, através de centrifugação, já que como são colocados acima do orifício interno do colo do útero, o líquido seminal, como meio de transporte é desnecessário; sendo assim substituído por um meio de cultura adequado.

• A fertilização é então ln vivo, dentro das trompas de falópio.

Fertilização ln vitro ou IVF

• Esta técnica, também denominada de bebé-proveta, é indicada em casos de lesão das trompas, gravidez ectópica, laqueação irreversível das trompas, endometriose, infertilidade masculina e em casos de infertilidade sem causa aparente.

Depois de colhidos os gâmetas, realiza-se a fertilização dos oócitos II num meio que

simula as trompas de falópio.

Num período seguinte( após 18-18h) procuram-se sinais de fecundação normal,

ou seja, presença de dois pró-núcleos

Fertilização normal(2 pró-núcleos)

Fertilização anormal (1 e 3 pró-núcleos)

• Os óvulos são incubados no mesmo meio de cultura durante 48h até que atinjam o estado de 6-8 células.

• De seguida o melhor embrião é transferido para o útero através de um cateter especial de plástico com monitorização ecográfica.

Injecção Intracitoplasmática de Espermatozóides, Microinjecção

ou ICSI (Intracytoplasmatic Sperm Injection)

• Esta técnica hoje em dia é a melhor técnica para tratamentos de infertilidade, atingindo os 50% de sucesso em mulheres com menos de 35 anos.

• A ICSI é indicada para o tratamento da infertilidade masculina( poucos ou nenhuns espermatozóides no ejaculado, espermatozóides com baixa mobilidade, baixa percentagem de espermatozóides com morfologia normal, entre outras causas.)

• A técnica de ICSI é realizada com auxílio de micromanipuladores unidos ao microscópio e consiste em injectar um único espermatozóide directamente dentro do oócito, fomentando assim a fecundação.

• O trabalho é feito numa placa de Petri com duas micropipetas: uma delas vai segurar o oócito e a outra vai pegar o espermatozóide, imobilizá-lo e injectá-lo dentro do oócito, ultrapassando a zona pelúcida.

Imobilização do espermatozóide

Colocação do espermatozóide na micropipeta de injecção pela cauda

Início da injecção do espermatozóide (no interior da micropipeta) no óvulo

Micropipeta com espermatozóide totalmente dentro do oócito

 Injecção do espermatozóide e retirada da micropipeta

A verificação da fecundação é feita após cerca de 18 horas, através do microscópio. Os embriões resultantes são implantados no útero através das mesmas técnicas da fertilização in vitro atrás descritas.

Transferência intratubárica de gâmetas ou GIFT (Gamete

Intrafallopian Transfer)

• A GIFT é indicada para casos em que a infertilidade se relaciona com disfunções do esperma, quando a causa de infertilidade é desconhecida ou quando existem anomalias no muco cervical.

• Nesta técnica, os gâmetas são obtidos pelas mesmas técnicas utilizadas na fertilização in vitro e na microinjecção.

• Após serem tratados e seleccionados em laboratório, os oócitos e os espermatozóides são colocados nas trompas de Falópio através de laparoscopia. Neste caso, a fecundação é in vivo.

A taxa de sucesso desta técnica é de 25-30%, no entanto um terço das gravidezes são múltiplas.

Transferência intratubárica de zigotos ou ZIFT (Zygote Intrafallopian Transfer)

• Esta técnica é uma variante da GIFT. Na ZIFT, após recolha e selecção de oócitos e espermatozóides, pelas mesmas técnicas da FIV, os gâmetas são postos em contacto in vitro, num meio de cultura adequado durante 18 a 24 horas. Após a fecundação, realiza-se uma laparoscopia e transfere-se o(s) zigoto(s) para as trompas de Falópio.

• As taxas de sucesso são baixas.

Maternidade de substituição

• Este método tem aplicação na esterilidade feminina por impossibilidade de gestação, devido, por exemplo, à ausência de útero.

• Consiste na geração de um ser por outra mulher.

• Para tal, pratica-se uma fecundação in vitro ou ICSI com gâmetas do casal com posterior colocação no útero de acolhimento ou ainda por inseminação artificial com espermatozóides do elemento masculino do casal, sendo o oócito fornecido pela “mãe de substituição”.

Algumas técnicas complementares.

Histeroscopia e Laparoscopia

• Na laparoscopia, é feita uma pequena incisão no umbigo e é introduzido um telescópio fino (laparoscópio), que é um instrumento de fibra óptica que permite realizar procedimentos diagnósticos e terapêuticos.

• A histeroscopia é uma endoscopia uterina, ou seja, é um exame que permite ver a parede interna do útero, através de um histeroscópio, podendo a paciente acompanhar todo o processo através de um televisor.

Laparoscopia

Histeroscopia

 Biópsia de Embriões ou

Diagnóstico Genético Pré-Implantatório (PGD)

• Para evitar doenças ligadas ao sexo, cromossomas, ou mesmo doenças genéticas é possível a análise dos cromossomas ou mesmo de uma fracção dos genes através da técnica de Diagnóstico Genético Pré-Implantatório.

• Um blastómero é retirado do embrião (biópsia embrionária) durante os procedimentos envolvidos na Fertilização In Vitro e analisado

Técnica de FISH (fluorescent in situ hybridization), permite diagnosticar Síndrome de Down, por exemplo.

Riscos da Reprodução Medicamente Assistida

• Os principais riscos comportados pela concepção assistida são:

• Erro humano• Gestações múltiplas• Malformações congénitas• Complicações resultantes do tratamento

hormonal ou de uma gestação múltipla aumentam os riscos para a saúde da mãe

• Desapontamento do casal, no caso de ineficácia dos tratamentos.

• A laparoscopia exige anestesia geral e isso, em situações muito raras, pode trazer complicações.

A Reprodução Medicamente Assistida em Portugal

• Em traços gerais, em condições ideais, 5 a 6 mil bebés poderão vir a nascer, por ano, em Portugal, graças à reprodução assistida, compondo o índice de fecundidade que, em 2000 registou um valor de 1,52 crianças por mulher, bastante abaixo do nível de substituição das gerações (2,1 crianças por mulher).

• Curiosamente o primeiro bébe-proveta em Portugal foi o jogador de futebol Carlos Saleiro.

Trabalho realizado por:

Paulo FariaTiago Fernandes

Tiago Sá

The end!

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