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Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
SUBCOMISSÃO DA UERGS
Relatório Final
Porto Alegre, 16 de julho de 2008.
2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 4
1. COMPOSIÇÃO DA SUBCOMISSÃO DA UERGS 6
2. ANTECEDENTES 7
3. OBJETIVOS 9
4. INSTALAÇÃO E ENCERRAMENTO 10
5. MÉTODO DE TRABALHO 11
6. HISTÓRICO DA UERGS 12
6.1. Mudanças administrativas e estatutárias 13
7. ESTRUTURA ATUAL 16
8. REUNIÕES NAS UNIDADES 19
8.1 Caxias do Sul 21
8.2 Guaíba 23
8.3 Novo Hamburgo 25
8.4 Tapes 27
8.5 Santa Cruz do Sul 29
8.6 São Francisco de Paula 31
8.7 Bento Gonçalves 33
8.8 Erechim 34
8.9 Sananduva 37
8.10 São Luiz Gonzaga 38
8.11 Ibirubá 40
8.12 Cruz Alta 42
8.13 Cidreira 44
.14 Cachoeira do Sul 45
3
8.15 Vacaria 46
8.16 Santana do Livramento 47
8.17 Alegrete 49
9. CONSTATAÇÕES GERAIS 50
9.1 Encerramento do semestre 2008/1 e início do semestre 2008/2
53
9.2 Resultados positivos 55
10. ENCAMINHAMENTOS 57
10.1 Instalação e atividades dos Comitês Regionais 57
10.2 Comitê Estadual 59
10.3 Dia Estadual de Sensibilização e Apoio à UERGS 60
11. PROPOSTAS DA SUBCOMISSÃO 63
11.1 Diretrizes para revitalizar a UERGS 63
12. ANEXOS 68
12.1 Legislação
12.2 Orçamento da UERGS
12.3 Correspondências recebidas pela Subcomissão
12.4 Carta ao Povo Gaúcho e Abaixo-assinado
4
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que apresentamos o Relatório Final do
trabalho realizado pela Subcomissão da UERGS. Foi um período de
120 dias, com intenso trabalho e dedicação. Fizemos a opção de
percorrer diferentes cidades e regiões do Estado onde se encontram
as unidades da UERGS para ouvir os estudantes, professores, pais de
alunos, lideranças comunitárias, autoridades municipais e regionais e
o povo em geral, para conhecer a real situação em que se encontra
a nossa Universidade Estadual.
Foi uma experiência muito rica poder dialogar com os atuais
sujeitos desta história e perceber o significado e a importância desta
Instituição na formação de profissionais, segundo as demandas
específicas ao desenvolvimento de cada região do Estado.
Nesse trabalho fomos identificados por lideranças que visitamos
como A Caravana da Esperança na Luta em Defesa da UERGS. Isto
porque tínhamos como objetivo articular a esperança das pessoas,
desafiando e motivando o povo a organizar-se para lutar em defesa
desse patrimônio pertencente ao povo gaúcho: a UERGS.
Este relatório quer ser mais um instrumento que certamente irá
contribuir na continuidade da reflexão sobre a universidade pública,
democrática, autônoma e de qualidade para o desenvolvimento
econômico do nosso Estado, com a formação de professores para a
rede de ensino básico.
Agradecemos aos deputados Ivar Pavan, Adão Villaverde, Miki
Breier, Francisco Appio, Ronaldo Zülke, José Sperotto e Tarcísio
Zimmermann por suas presenças em reuniões nos municípios.
5
Nossos agradecimentos também a todas as pessoas que
carinhosamente nos acolheram em suas localidades, na ocasião das
nossas visitas; aos que se empenharam na organização e na
divulgação das nossas reuniões; à equipe de assessoria da Comissão
de Educação, Cultura, Ciência, Desporto e Tecnologia da Assembléia
Legislativa do RS; enfim, a todas aquelas pessoas que participaram
dos debates, expondo suas opiniões, manifestando interesse pela
UERGS.
A todos e a todas, um grande abraço.
Deputada Marisa Formolo, Relatora da Subcomissão.
6
1. COMPOSIÇÃO DA SUBCOMISSÃO DA UERGS
Deputada Marisa Formolo (PT) – Relatora
Deputado Ivar Pavan (PT)
Deputado Adão Villaverde (PT)
Deputado Daniel Bordignon (PT)
Deputado Kalil Sehbe (PDT)
Deputado Miki Breier (PSB)
Deputado Sandro Boka (PMDB)
7
2. ANTECEDENTES
Desde o início de 2007, a Comissão de Educação, Cultura,
Desporto, Ciência e Tecnologia (CECDCT) da Assembléia Legislativa
do Rio Grande do Sul foi procurada por comunidades acadêmicas de
várias unidades da UERGS, que buscavam apoio em função da crise
que aquela universidade vinha enfrentando nos últimos anos.
Assim, realizou-se, no primeiro semestre de 2007, uma
audiência pública da CECDCT, por requerimento da deputada Leila
Fetter (PP), na qual foi criado um grupo de trabalho que, por vários
motivos, não teve continuidade. Quando a Comissão entrou em
contato com a UERGS, recebeu a informação de que era da
competência da Reitoria solucionar os problemas da Universidade.
Com isso, a pedido do Senador Paulo Paim (PT), foi realizada,
no segundo semestre do mesmo ano, a primeira audiência pública
conjunta com a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado
e a CECDCT. Participaram os Senadores Cristovam Buarque (PDT),
Paulo Paim (PT) e Sérgio Zambiasi (PTB), os quais assumiram o
compromisso de apresentar uma emenda ao Orçamento da União,
garantindo recursos para a UERGS no ano de 2008.
Esta emenda foi apresentada, com valor aprovado em torno de
R$7,5 milhões. Até o final do trabalho da Subcomissão, os recursos
ainda não haviam sido enviados para o Estado por falta de projetos,
cuja responsabilidade de elaboração é da Reitoria da UERGS.
No ano de 2008, as demandas sobre a UERGS continuaram
chegando à CECDCT, uma vez que a crise foi-se agravando cada vez
mais.
Dentre as principais razões que justificaram a instalação desta
8
subcomissão, destacam-se:
• A grande aprovação local e regional da Universidade nos
municípios onde se encontram as unidades, tendo-se em
vista sua importância no desenvolvimento regional, pelos
resultados obtidos até então;
• As constantes reivindicações e denúncias da comunidade
gaúcha sobre o sucateamento da UERGS;
• A não-priorização da UERGS como política educacional de
desenvolvimento do Estado pelo atual governo do RS;
• A falta de articulação entre as diferentes organizações da
sociedade para cobrar do governo estadual medidas
políticas e administrativas em favor da UERGS;
• As irregularidades no funcionamento da UERGS, como a
não-implementação do estatuto definitivo, não observado
pela Reitoria;
• A situação dos servidores: salários congelados, quadro
reduzido e não-realização de novos concursos;
• As duas audiências públicas realizadas pela CECDCT no
ano de 2007 sem obtermos avanços e respostas
significativas, por parte da Reitoria e do governo do
Estado, para superar a situação de crise na qual vive a
UERGS;
• Com a previsão do término dos contratos emergenciais de
mais de 50% dos professores, prevista por lei, a CECDCT
procurou intervir junto ao Ministério Público e à Casa Civil
para buscar soluções, sem ter obtido resposta.
9
3. OBJETIVOS
• Revitalizar a UERGS através do envolvimento da
comunidade acadêmica e da sociedade gaúcha.
• Fortalecer a organização da comunidade gaúcha na luta
em defesa da UERGS, a partir de organizações já
existentes (ADUERGS, SINPRO, diretórios acadêmicos,
prefeituras, comunidades escolares de cada núcleo, CUT,
CPERS, UNE, UGES...), dos pais e mães de alunos, e
contribuir na criação de comissões de trabalho em cada
núcleo da UERGS;
• Cobrar do governo estadual o cumprimento de suas
obrigações (realização de vestibulares, contratação e
novos concursos para professores, execução de obras
aprovadas nas unidades de Guaíba e Caxias do Sul);
• Defender e garantir os direitos dos estudantes na
continuidade dos cursos existentes, diante da demissão
dos professores na grande maioria das unidades e da
falta de novos concursados para substituir os demitidos;
• Elaborar um diagnóstico sobre a real situação da UERGS,
a partir de cada núcleo, com propostas para solucionar os
problemas;
• Apresentar diretrizes de revitalização da UERGS como
resultado do diagnóstico e das sugestões apresentadas
nas audiências públicas e reuniões que ocorreram antes
do processo de trabalho da Subcomissão.
10
4. INSTALAÇÃO E ENCERRAMENTO
A Subcomissão da UERGS foi instalada em 18 de março de
2008, na sala Salzano Vieira da Cunha, em reunião da Comissão de
Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembléia
Legislativa.
As atividades da Subcomissão foram encerradas
regimentalmente no dia 16 de julho de 2008, com a entrega deste
relatório.
11
5. MÉTODO DE TRABALHO
O trabalho foi desenvolvido com a participação popular, assim
como se deu o processo inicial de criação da UERGS. A subcomissão
ouviu a comunidade acadêmica e regional e acolheu as denúncias da
sociedade gaúcha sobre a política de desmonte da UERGS dos últimos
governos do Estado. Sistematizaram-se propostas de solução aos
problemas apresentados. A Assembléia Legislativa foi um espaço de
expressão dessa articulação.
Etapas do trabalho da subcomissão:
1º. Reunião com entidades e representações da comunidade
acadêmica, onde foi definido um calendário de reuniões nas sete
regionais da UERGS;
2º. Reuniões em 17 unidades da UERGS, nas diferentes regiões
do Estado, alcançando-se mais de 1.100 pessoas. Em cada unidade,
foi criado um Comitê Local Pró-UERGS.
3º. Reunião com as representações dos Comitês formados em
cada unidade, onde definimos a formação do Comitê Estadual Pró-
UERGS e as estratégias de mobilização.
4º. Ato público no Teatro Dante Barone, com a participação de
500 pessoas, alunos e professores representantes de 20 unidades da
Universidade. Presentes o deputado Alceu Moreira, presidente da
Casa, parlamentares, prefeitos, vereadores de vários municípios e
entidades apoiadoras (CUT, SINPRO, UNE, UGES e CPERS).
5º. Uma comissão fez a entrega da “Carta ao Povo Gaúcho” ao
secretário da Casa Civil, à secretária da Educação e ao Reitor.
6º. Para o encerramento das atividades, em 15 de julho de
2008 foi realizada uma reunião da Subcomissão da UERGS, com a
apresentação do Relatório Final.
12
6. HISTÓRICO DA UERGS
A UERGS foi criada com a missão de dinamizar o
desenvolvimento econômico, social e cultural, reduzindo as
desigualdades regionais de nosso Estado.
Foi concebida como uma das Instituições de Ensino Superior
(IES) que inovaram no Sistema de Gestão Institucional, quer seja na
constituição de sua estrutura administrativa (multi-campi), quer seja
na democratização do acesso, que avança para a discussão de cotas,
incorporando novos conceitos para os que historicamente estiveram
excluídos por questões financeiras. Inovou, também, em sua gestão
pedagógica: ao invés de suas unidades acadêmicas serem definidas
por ramos de conhecimento especializados, sua estrutura organiza-se
por áreas de trabalho definidas segundo problemas a serem
enfrentados, seja na pesquisa ou na extensão.
Sua proposta foi elaborada com a sociedade gaúcha em
cinqüenta audiências públicas, realizadas nas 22 regiões do
Orçamento Participativo, nos anos de 2000 e 2001. Foi definida como
a segunda prioridade temática na área da Educação no Orçamento
Participativo de 2001.
Como parte da tramitação do processo legislativo, a proposta
foi debatida e recebeu apoio em plenárias realizadas pelo Fórum
Democrático, instituído pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do
Sul na ocasião, percorrendo todo o interior do Estado. Somando-se o
conjunto dos fóruns – Orçamento Participativo e o Fórum
Democrático - mais de 500 mil pessoas participaram deste debate.
Em 28 de junho de 2001, o parlamento gaúcho aprovou por
unanimidade o projeto de lei - PL 01/01, de iniciativa do Executivo
Estadual, que veio a ser promulgado em 10 de julho de 2001 (Lei
13
11.646).
A UERGS inicialmente dispunha de cursos em 29 cidades de 22
regiões do Rio Grande do Sul. Em março de 2002, iniciaram dez
cursos em 18 municípios, abrangendo 16 regiões dos Conselhos
Regionais de Desenvolvimento – Coredes. Em agosto de 2002, outros
três municípios passaram a sediar novos cursos. E, para março de
2003, havia a previsão de outras oito localidades.
6.1 Mudanças administrativas e estatutárias
O artigo 20, parágrafo 2º da lei que criou a UERGS, determina
que:
“Esta lei será regulamentada por decreto, no prazo de 90 dias,
que instituirá uma comissão técnica responsável pela elaboração de
Estatuto e estrutura provisórios da UERGS.”
Ainda, a mesma lei, o artigo 23 afirma que a universidade:
“... terá o prazo de três anos para a elaboração de seu Estatuto e de seu Regimento-Geral definitivos.”
O Governo que se instalou no Rio Grande do Sul, no período de
janeiro 2003 a dezembro de 2006 deu início às alterações na UERGS:
• Destituiu a Reitoria pro tempore que estava implantando a
IES e nomeou uma nova Reitoria;
• Suspendeu as novas unidades que estavam previstas;
14
• Revogou, de forma no mínimo discutível, o Estatuto que
vigia e instituiu novo estatuto;
• Desconstituiu o Conselho e deu uma nova formatação,
extinguindo, inclusive, a participação de movimentos sociais
organizados;
• Este Conselho veio a tomar posse apenas em 20-10-2004.
• Esse novo estatuto alterou os objetivos da universidade, as
áreas nas quais estavam vinculados os cursos, a forma de
concessão de bolsas para alunos, dentre outros aspectos.
• Um dos pontos revogados foi a possibilidade do Reitor
praticar atos, em circunstâncias especiais, ad referendum
dos órgãos competentes. Foi um descuido grave, que pôs em
xeque a validade e a legalidade dos cursos criados e de
outros alterados pela administração, tendo-se em vista que
foram criados em julho e só passaram pelo referendum do
Conselho da Universidade em 6-11-2004, quando da sua
primeira reunião, após a posse, ficando assim essa criação à
margem da legislação. Isto decorreu em pronunciamento do
Conselho Estadual de Educação, face a riscos no
reconhecimento e na diplomação dos cursos;
• O novo Estatuto revogou o artigo que estabelecia o prazo de
três anos para o mandato da Reitoria pro tempore;
• Apesar de afirmar o reconhecimento desse prazo em
documento entregue à CECDCT, em audiência ocorrida no
mês de abril de 2003, na verdade foi eliminado o prazo para
que seja feita a eleição direta e uninominal prevista no artigo
9º da Lei de criação;
15
• Atos repetidos de descaso e a descontinuidade do processo
acadêmico e de gestão da Universidade pelo governo que se
instalou em janeiro de 2007, têm suscitado demandas na
Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e
Tecnologia da Assembléia Legislativa. Isso a levou a realizar,
no ano de 2007, duas Audiências Públicas, uma delas
inclusive em conjunto com a Comissão de Educação do
Senado Federal, com a presença dos senadores Paulo Paim
(PT), Sérgio Zambiasi (PTB) e Cristovam Buarque (PDT).
16
7. ESTRUTURA ATUAL
A estrutura administrativa da UERGS está centralizada na sede
estadual da Reitoria, em Porto Alegre, localizada na Rua 7 de
setembro, 1156, Centro da capital. Hoje a universidade conta com 23
unidades, distribuídas em sete regiões do Estado
(http://www.uergs.edu.br).
Possui 18 cursos em andamento, com 2.430 alunos. Até
dezembro de 2007, a UERGS formou 2.153 alunos.
Inicialmente a UERGS estabeleceu convênios com cinco
instituições, das quais restam hoje três: FUNDARTE, UFRGS e UNIJUI.
Esses convênios estão em fase de encerramento, sem perspectivas
de renovação.
17
As unidades de Alegrete, Erechim, Ibirubá e São Borja
encerrarão seus cursos até o final do primeiro semestre de 2009,
caso não haja vestibular em 2008.
A tabela abaixo apresenta os atuais cursos das unidades:
Área das Ciências Humanas
Curso Cidades
Curso de Administração: Sistemas e Serviços de Saúde
Porto Alegre
Curso de Pedagogia – Anos Iniciais do Ensino Fundamental: Crianças, Jovens e Adultos
Bagé, Cidreira, São Francisco de Paula
Graduação em Artes Visuais: Licenciatura (4)
Montenegro
Graduação em Dança:Licenciatura(4)
Montenegro
Graduação em Teatro: Licenciatura(4) Montenegro
Graduação em Música: Licenciatura(4) Montenegro
Área das Ciências da Vida e do Meio Ambiente
Curso Cidades
Curso Superior de Tecnologia em Agropecuária: Agroindústria
Três Passos, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul, Cruz Alta, Encantado, Frederico Westphalen, Ibirubá,
Sananduva, Santana do Livramento, São Luiz Gonzaga
Curso Superior de Tecnologia em Meio Ambiente
Erechim
Curso Superior de Tecnologia em Agropecuária: Fruticultura
Bagé, Frederico Westphalen, Santana do Livramento, Vacaria
18
Curso Superior de Tecnologia em Agropecuária: Horticultura
Santa Cruz do Sul
Curso Superior de Tecnologia em Agropecuária: Sistemas de Produção
Alegrete, Cachoeira do Sul, São Borja, São Luiz Gonzaga, Vacaria
Curso Superior de Tecnologia em Recursos Pesqueiros: Produção de Pescados
Tapes
Curso Superior de Tecnologia em Agropecuária: Silvicultura
Bagé
Curso de Graduação de Ciências Biológicas:ênfases Biologia Marinha e Costeira e, Gestão Ambiental Marinha e Costeira(3)
Cidreira
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental
São Francisco de Paula, Tapes
Química Industrial de Alimentos(2) Santa Rosa
Área das Ciências Exatas e Engenharias
Curso Cidades
Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial
Novo Hamburgo
Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia
Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul,
Santana do Livramento
Engenharia em Energia e Desenvolvimento Sustentável
Novo Hamburgo
Engenharia de Sistemas Digitais Guaíba
Engenharia Mecânica(2) Panambi
Fonte: www.uergs.edu.br
19
8. REUNIÕES NAS UNIDADES
A Subcomissão, através das visitas e reuniões realizadas no
Estado, constatou a gravidade da crise e o desmantelamento da
UERGS, impulsionando a mobilização em sua defesa pela formação de
comitês locais e de uma coordenação estadual. A seguir, destacam-se
manifestações de participantes dessas reuniões, que exemplificam
tanto a voz de autoridades como da comunidade acadêmica sobre a
incidência direta do desmonte da universidade na vida das pessoas e
no desenvolvimento dos municípios.
Nessas reuniões participaram prefeitos, vereadores,
professores, alunos, lideranças sindicais e religiosas. Enfim, uma
participação bastante eclética do ponto de vista das forças vivas de
cada comunidade.
As manifestações indicam a maneira como a situação geral da
instituição aparece, concretamente, nas particularidades de cada
unidade, tanto em termos de dificuldades como de mobilização.
Lamentamos não haver conseguido agenda para visitação de
todas as unidades, uma vez que a Subcomissão possuía um prazo
regimental rígido para realizar suas atividades.
Em cada reunião, foi formado um comitê com uma coordenação
e data de reunião para encaminhamentos e atividades locais. O item
seguinte detalhará as informações sobre cada unidade.
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A tabela abaixo apresenta o cronograma realizado de reuniões
da Subcomissão nas unidades:
Unidade Data Local Horário Deputado
CAXIAS DO SUL 28/03 Câmara de Vereadores 15h Marisa Formolo
GUAÍBA 04/04 CTG – Gomes Jardim 09h Adão Villaverde
NOVO HAMBURGO 14/04 Câmara de Vereadores 19h Marisa Formolo
e Ronaldo Zülke
TAPES 15/04 Câmara de Vereadores 19h Marisa Formolo
SANTA CRUZ 16/04 Sind. Emp. Comércio 19h Marisa Formolo
SÃO FRANCISCO DE PAULA 17/04 Escola José de Alencar 19h Marisa Formolo
BENTO GONÇALVES 23/04 E. E. Gen. Bento
Gonçalves 19h Marisa Formolo
ERECHIM 24/04 Câmara de Vereadores 19h Ivar Pavan
SANANDUVA 25/04 Casa da Cultura 09h Ivar Pavan
SÃO LUIZ GONZAGA 29/04 Câmara de Vereadores 19h Marisa Formolo
IBIRUBÁ 09/05 Câmara de Vereadores 14h Marisa Formolo
CRUZ ALTA 09/05 Câmara de Vereadores 19h Marisa Formolo
CIDREIRA 13/05 Câmara de Vereadores 19h Miki Breier
CACHOEIRA DO SUL 26/05 Pavilhão da Fenarroz 14h Assessoria
VACARIA 12/06 Salão da Catedral 19h Marisa Formolo
e Francisco Appio
SANTANA DO LIVRAMENTO
19/06 Sede do CPERS 19h Assessoria
ALEGRETE 20/06 Câmara de Vereadores 10h Assessoria
Fonte: Assessoria da Subcomissão da UERGS
21
8.1 Caxias do Sul
Em Caxias do Sul, a mobilização em defesa da Universidade
Estadual iniciou ainda antes da instalação da Subcomissão da UERGS.
No dia 27 de fevereiro de 2008, a CECDCT realizou uma audiência
pública na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul para tratar das
demandas da educação na região. Um dos encaminhamentos desta
audiência foi o de convocar uma reunião pública para tratar do tema
da UERGS.
Esta reunião aconteceu em 14 de março de 2008, com a
participação de quarenta pessoas, coordenada pela deputada Marisa
Formolo, e com a presença de vereadores, entidades sindicais,
pastorais, associações de bairros, professores, CPERS e alunos.
O principal problema da unidade de Caxias do Sul era a falta de
professores. Dos seis atuantes na unidade, apenas um era efetivo, o
qual estava em licença para aperfeiçoamento de seus estudos no
exterior. Os demais estavam concluindo seus contratos emergenciais
em 30 de abril, ficando, assim, a unidade sem professores. Também
foi constatado que a Reitoria da Universidade ainda não tinha
viabilizado a construção da obra de reforma do prédio da unidade,
cujos recursos (R$ 130 mil reais) tinham sido doados pela prefeitura
de Caxias do Sul, ainda no final de 2006.
Foi encaminhada uma reunião com a Secretária de Educação do
Estado, realizada em maio, com a presença do Reitor Carlos Alberto
Martins Callegaro. Também foi definido que, em 28-03-2008 o
Comitê Pró-UERGS estaria promovendo um ato público em frente a
sede da Unidade de Caxias do Sul. Formou-se o Comitê Pró-UERGS
de Caxias do Sul, tendo como representantes a professora Silvana
Pirolli e o vereador Edson da Rosa.
22
“É necessário fazer ações organizadas. Para o
governo, a UERGS parece ser uma batata quente que
ninguém quer pegar”. Vereador Edson da Rosa
Ato público do comitê Pró-UERGS, em 28-03-08, em frente à sede da unidade de Caxias do Sul.
“Gostaria de ver a UERGS mais forte do de quando
entrei”. Andréia – ex-estudante da UERGS
“É uma tristeza saber que não houve interesse em
consolidar a UERGS”. Padre Roque Grazziotin
23
8.2 Guaíba
Reunião em 04 de abril, no CTG Gomes Jardim, de Guaíba,
coordenada pelo deputado Adão Villaverde. Participaram cerca de
oitenta pessoas, dentre as quais o prefeito municipal Manoel
Stringhini; a Secretaria Municipal de Educação de Guaíba; o
coordenador do Curso de Engenharia em Sistemas Digitais, professor
Rafael Ávila; o diretor-presidente do CEITEC – Centro de Excelência
em Tecnologia Eletrônica Avançada; o diretor do SINPRO, Amarildo
Cenci; o diretor da Escola Estadual de Ensino Profissional, Dr. Sólon
Tavares; e o professor Rodrigo Warzak. Também participaram
professores e a totalidade dos alunos da unidade.
Um dos principais problemas era a falta de professores. Dos
doze professores, seis estavam com seus contratos emergenciais por
concluir em 30 de abril. Outro problema era a precariedade da
instalação da unidade, que se encontrava nos antigos pavilhões do
DAER. Também foi destacada a falta de equipamentos no laboratório,
que, pelas características do curso, deveriam ser investimentos
prioritários da universidade. A preocupação com a realização de
vestibular em 2008 foi expressa por toda a comunidade de Guaíba. A
unidade foi contemplada com verbas da Financiadora de Estudos e
Projetos num valor de R$184,5 mil reais para ampliação de infra-
estrutura e remodelação da unidade. Já se passara um ano e até
aquele momento a Reitoria da UERGS não tinha viabilizado a obra.
No final da reunião, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, ao
qual foram atribuídos dois compromissos: elaborar um projeto de
ação para demonstrar a importância da UERGS para Guaíba e
agendar uma audiência com a Casa Civil. Esta audiência foi realizada
em julho de 2008, ocasião em que as autoridades do município
(prefeito, presidente da Câmara de Vereadores), juntamente com o
24
deputado José Sperotto e representantes da unidade apresentaram o
projeto ao Chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel. Foram indicados
como representantes deste comitê a professora Tânia Cabral e o
estudante Fabio Link, aluno da UERGS.
Reunião no CTG Gomes Jardim – Guaíba.
“A UERGS deve ter vida própria, autonomia.”
Amarildo Cenci – Diretor do SINPRO
“A UERGS é fruto de uma luta; ela só vai existir,
avançar e se consolidar com a luta. Depende da união de
cada um de nós.” Mateus Fiorentini – Presidente da UNE
“É pior do que se possa imaginar. Estamos com
diversas disciplinas suspensas, sem previsão de início, por
falta de professor. Das 52 contratações, Guaíba não foi
contemplada com nenhuma.” Professor Pilatto
25
8.3 Novo Hamburgo
Reunião em 14 de abril, na Câmara de Vereadores, coordenada
pela deputada Marisa Formolo e com a presença dos deputados
Ronaldo Zülke e Tarcísio Zimmermann (federal). Participaram,
também, a Coordenação da unidade de Novo Hamburgo; o diretor do
SINPRO, professor Amarildo Cenci; os vereadores Betinho e Anita; e
o diretor do Centro de Profissionalização Fundação Liberato. Ao todo,
reuniram-se aproximadamente 75 pessoas, dentre professores,
conselheiros tutelares, alunos, entidades, diretores de escolas e pais
de alunos.
Os problemas levantados pela comunidade local foram
referentes à falta de estrutura física da unidade, como, por exemplo,
paredes e telhado em precárias condições. Outro problema era a falta
de professores. Dos dezenove professores, treze estavam com
contratos emergenciais em fase de conclusão, sem perspectiva de
substituição.
Um destaque importante foi a participação do Centro de
Profissionalização Fundação Liberato, que cedia professores e local
para o funcionamento da unidade. Grande parte dos estudantes da
UERGS era oriunda desta Escola.
No final da reunião, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, e
indicados como representantes a vereadora Anita, os alunos Patrícia,
Maurício, Tiago, Fernanda, Beto Castelhano e Éder Knast.
26
Composição da mesa da reunião na Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo
“As pessoas não sabem que tem uma universidade
pública em Novo Hamburgo.” Coordenador da unidade
“Necessitamos de espaço físico próprio para a
UERGS; temos salas em péssimas condições.”
Patrícia – estudante da UERGS
“Não só o Estado, mas a prefeitura também tem de
cumprir um papel importante, com investimento na
UERGS, a exemplo de outros municípios, como Vacaria”.
Maurício – estudante da UERGS
“Os cursos são pioneiros e inovadores no Brasil;
precisamos articular as forças entre comunidade,
docentes, região e poder público”.
Beto Castelhano – professor
27
8.4 Tapes
Reunião em 15 de abril de 2008, na Câmara de Vereadores,
coordenada pela deputada Marisa Formolo. Participaram: o diretor do
SINPRO, professor Amarildo Cenci; o secretário de Meio Ambiente de
Camaquã, Enrique Roberto; o prefeito de Sentinela do Sul, Marcus
Vinícius; a Secretaria de Educação de Tapes; e o estudante Rafael
Fernandes, membro do CONSUN da UERGS.
Aproximadamente 150 pessoas estiveram presentes, dentre
vereadores, membros de partidos políticos, professores, alunos da
UERGS e de ensino médio, além de representantes de entidades em
geral.
Destacou-se, em primeiro lugar, a importância da Universidade
Estadual para o desenvolvimento da região.
Os problemas destacados foram: precariedade da localização da
biblioteca; perspectiva de falta de professores, pois dos quinze
professores, nove estavam terminando seus contratos emergenciais;
e a preocupação com a falta de confirmação do vestibular em 2008.
Ao final, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS e designados
como responsáveis: professor José Marques e estudante Rafael
Fernandes, membro do CONSUN.
28
“A UERGS é importante
para toda a região; é
importante dialogar, debater
com todos os setores da
sociedade: são parceiros e
estão engajados na luta.”
Enrique Roberto – Secretário do
Meio Ambiente de Camaquã
“Os prefeitos gastam mais
em educação do que o
estabelecido por lei, o que não
tem acontecido na esfera estadual
e nacional.”
Marcus Vinícius – Prefeito de
Sentinela do Sul
“Depois de dois anos, foi realizado o vestibular em
Tapes. Os quinze municípios que estão sem há dois anos,
não têm perspectiva de tê-lo, no meio do ano. O espírito
da UERGS é emblemático com relação ao seu futuro.”
Rafael Fernandes – estudante
29
8.5 Santa Cruz do Sul
Reunião em 16 de abril de 2008, na sede do Sindicato dos
Comerciários de Santa Cruz do Sul, coordenada pela deputada Marisa
Formolo. Participaram: a secretária de Educação do município, Ivone
Maria Kirst; o presidente da Câmara de vereadores de Santa Cruz do
Sul, vereador Ildo Ney Kaspary; o coordenador da unidade da UERGS
de Santa Cruz do Sul, professor José Antônio Schmitz; o
representante do CPERS, Renato José de Araújo; o coordenador da
unidade da UERGS de Cachoeira do Sul, Celson Roberto Canto Silva,
além de estudantes, professores, pais e mães de alunos.
Os problemas mais apontados foram: a recomposição do
quadro de funcionários e docentes de modo a possibilitar o
oferecimento de vestibulares regulares para os cursos de tecnologia
em agropecuária: horticultura e engenharia de bioprocessos e
biotecnologia; a infra-estrutura deficiente para o funcionamento dos
cursos; a precariedade da biblioteca e dos equipamentos de
informática; a falta de um local definitivo para o funcionamento da
unidade.
Foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, e indicados como
responsáveis o estudante José Antonio Schimitz e a professora
Magnólia da Silva.
30
“A crise de recursos humanos, financeiros, de
estrutura e de funcionamento é grande; devemos
valorizar a nomeação dos concursados e pressionar o
governo para que ele cumpra o Estatuto, realize
concursos e chame os concursados, para que, no segundo
semestre, tenham-se os vestibulares.” Celson – Professor
coordenador da Unidade de Cachoeira do Sul)
Deputada Marisa Formolo (PT) coordenando os trabalhos da reunião, na sede do Sindicato dos Comerciários – Santa Cruz do Sul
“Temos que nos unir aos estudantes de Cachoeira e
lutarmos juntos.” Telmo - estudante da unidade de Santa
Cruz do Sul
“Cada ação feita em cada unidade tem dado algum
resultado. Temos de nos ‘antenar’ para estreitar relações
regionais, para brigar com o verdadeiro inimigo.” Evandro
– estudante de Cachoeira do Sul
31
8.6 São Francisco de Paula
Reunião em 17 de abril de 2008, na unidade da UERGS de São
Francisco de Paula, que é a Escola Estadual José de Alencar. A
coordenação da reunião foi da deputada Marisa Formolo. Estiverem
presentes: o prefeito Décio Antônio Colla; a secretária de Educação,
Márcia Carvalho; os vereadores Marco Fernando dos Reis e Glaiton
Tizatto da Silva; e mais cerca de 70 pessoas, dentre professores,
alunos da escola de ensino médio e da UERGS.
Os principais problemas apontados na reunião foram: Dos oito
professores, cinco estavam com seus contratos emergenciais por
terminar em 30 de abril de 2008; não houve programação prévia
para a realização do vestibular, prejudicando divulgação e a
participação da comunidade; falta de pesquisa e de atividades de
extensão na unidade; precárias condições do laboratório de
informática; falta de professores com formação específica.
Concluindo a reunião, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS e
designados seus representantes: a Secretária de Educação do
município, Márcia Carvalho, a servidora pública Márcia Maziero e os
estudantes da UERGS, Fernando dos Santos e Damiane Boziki.
“A cada ano, diminui o número de alunos no
núcleo de São Francisco de Paula. A unidade tem
potencial para 360 alunos e está com 78; atualmente
faltam professores e temos aulas com professores
habilitados para outras cadeiras que não são as nossas”.
Daiane – estudante e membro do diretório acadêmico da
unidade
“Esta é uma oportunidade para São Francisco
de Paula refletir sobre a importância da UERGS para nós.
32
Os dois cursos atuais são resultados de muita
mobilização. Nosso apelo é de luta para não deixarmos a
UERGS sair do município, e por sua ampliação.
Precisamos de manutenção nos laboratórios.” Márcia
Carvalho – Secretária de Educação
“Quando os alunos vão pra
rua é porque algo não está
bem. (referindo-se às
mobilizações dos alunos
da UERGS em 2007, nas
quais tem participado).
Temos que afirmar que a
UERGS é importante para
São Francisco de Paula e
para o RS.” Vereador
Marco Fernando dos Reis)
Participantes da reunião da Subcomissão da UERGS na sede da unidade de São Francisco de Paula.
“Em São Francisco de Paula temos uma jóia que é a
UERGS, e não podemos perdê-la. Hoje temos que ser
construtores, abrir caminhos, e para isso é necessário se
ter boas escolas, universidades. Dentro de nossos
corações temos que ter a força para lutar e conquistar
nossos direitos. Vimos pela primeira vez que o filho do
pequeno agricultor pôde estudar numa universidade aqui
em São Francisco de Paula, e de graça. A educação é
extremamente importante, é um direito que todo o povo
tem. E os soldados, guerreiros para assegurar esse
direito, são vocês jovens.” Prefeito Décio Antônio Colla
33
8.7 Bento Gonçalves
Reunião em 23 de abril de 2008 na unidade, localizada na
Escola Estadual Marechal Bento Gonçalves. Foi coordenada pela
deputada Marisa Formolo. Participaram o vice-prefeito, Jauri da
Silveira Peixoto; o coordenador
do curso de Engenharia de
Bioprocessos e Biotecnologia da
UERGS, professor Eraldo
Makrakis; a representante do
Diretório Acadêmico, Francine
Zanatta; lideranças sindicais e
partidárias, alunos e
professores, com participação de aproximadamente 25 pessoas.
Os principais problemas
levantados da UERGS como um
todo e da unidade em Bento
Gonçalves, foram: descontinuidade
da oferta de concursos
vestibulares; instabilidade do
quadro de docentes; deficiências
de infra-estrutura para atender adequadamente ao Curso de as
Engenharias de Bioprocessos e de Biotecnologia; desligamento de
funcionários (agentes administrativos e auxiliares de serviços gerais)
da Instituição; ausência de vagas em concursos públicos para
profissionais efetivos do quadro de apoio: bibliotecários,
laboratoristas, dentre outros. No final, foi formado o Comitê Local
Pró-UERGS e definidos como responsáveis o vice-prefeito Jauri
Peixoto, e a estudante Francine Zanata.
34
8.8 Erechim
Reunião em 24 de abril de 2008, na Câmara de Vereadores,
coordenada pelo presidente da Câmara, vereador Anacleto Zanela,
com a participação de 180 pessoas da região, dentre as quais: os
deputados Ivar Pavan e Marisa Formolo; a secretária de Educação de
Erechim, Neiva Baidek; o presidente da FETRAF/Sul, Altemir Tortelli;
o prefeito de São Valentim, Sérgio Arim; a secretária de Educação de
São Valentim, Lourdes Deboni; o representante do Seminário
Diocesano Nossa Senhora de Fátima de Erechim, Atílio Ecco; o
representante da CORLAC, Gervásio Plucinski; secretários de outros
municípios da região; a representante do SINPRO, Alcione Roani;
dirigentes de cooperativas, Pastoral da Criança, vereadores, diretores
de escola, professores e alunos da UERGS, movimentos e sindicatos.
Destacaram-se como principais problemas da unidade: a
ausência de vestibular nos últimos anos, sendo que a última turma
estaria concluindo o curso no final do primeiro semestre de 2009.
Caso não haja vestibular em 2008, a unidade estará encerrando suas
atividades; a pouca divulgação da UERGS em Erechim; a deficiência
de professores, pois quatro dos seis docentes tinham seus contratos
emergenciais por concluir em 30 de abril.
Um ponto positivo destacado foi a participação da comunidade
do Bairro São Cristóvão, que cedeu o espaço da Escola para o
funcionamento da unidade.
Foram definidos os seguintes encaminhamentos: confecção de
material para divulgar a UERGS; fazer uma grande mobilização em
Porto Alegre; realizar campanhas de comunicação na cidade e região;
manifestação pública e por escrito de todas as entidades em defesa
35
da UERGS; realizar concursos nas prefeituras da região voltados para
os formados na UERGS.
No final, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, e definido
como responsável o vereador Anacleto Zanela.
“Destaco a participação do
bairro São Cristóvão, que cedeu
o espaço da Escola para o
funcionamento da UERGS aqui
na região. Hoje, é uma das
unidades, com o maior número
de candidatos a vestibular. Está
com duas turmas e, em julho de
2009, concluírá todos os cursos.” Vereador Anacleto Zanela –
presidente da Câmara
“Lamento o
fato de estarmos
debatendo sobre a
UERGS, que foi uma
decisão do povo
gaúcho. Foi só trocar
de governo que
começou o
desmonte. Daqui a seis dias, 50% dos professores têm de
sair da sala de aula. Temos muitos desempregados por
falta de qualificação, e o governo do Estado fecha cursos
da UERGS, não investindo na universidade. O prejuízo
será da sociedade.” Deputado Ivar Pavan
36
“Nosso primeiro desafio é
informar a sociedade gaúcha sobre
o que está acontecendo. Nosso
governo estadual não tem a
educação como prioridade. A
UERGS está morrendo por falta de
investimento. Aos alunos, resta
entrar com ação civil pública onde
as aulas ficarão comprometidas.”
Deputada Marisa Formolo
“Os professores
afirmaram que a
universidade não é de
um governo, mas do
povo. Por isso, temos
de lutar por ela. Os
cursos de tecnólogos são novas formas de cursos
superiores, adaptados à realidade com a base local. Em
Erechim, temos uma história de debates e conquistas.
Porque não agora, com a UERGS? A Secretaria de
Educação está à disposição para apoiar a luta pela
UERGS”. Relatório da Assessoria
37
8.9 Sananduva
Reunião em 25 de abril, na Casa da Cultura, com a participação
de quarenta pessoas, dentre eles: vereadores; professores;
representante do Centro Acadêmico da UERGS; Secretarias da
Educação dos municípios de São José do Ouro, Cacique Doble,
Sananduva e Caseiros; prefeitos de Sananduva e Caseiros;
presidente do COREDE Nordeste; presidente da Cooperativa Agrícola
de Sananduva; representante da Diocese de Vacaria; presidente do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Sananduva e da Fetraf/Sul.
A reunião, coordenada pelo deputado Ivar Pavan, teve como
destaques o reconhecimento da importância da UERGS para a região;
a falta de articulação entre os municípios; a falta de entrosamento
entre o coordenador da unidade e o poder público municipal; a
preocupação do prefeito de Sananduva com o investimento feito pelo
município e a insegurança com a falta de vestibular; até 30 de maio,
dos cinco professores que estavam atuando na unidade, três estavam
concluindo seus contratos emergenciais, restando apenas dois
professores na unidade; falta de um laboratório.
“A FETRAF está muito
preocupada com esta situação, por
isso o tema está na sua pauta de luta.
Se tivemos pressão social quando
criamos a UERGS, o mesmo temos
que ter agora, para salvá-la” Vera
Lúcia Fracasso - FETRAF/SUL
No encerramento, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, com
os representantes: Ilton Nunes, membro do COREDE/Nordeste, e
Brandina Esperança Comel, pelo Diretório Acadêmico da unidade.
38
8.10 São Luiz Gonzaga
Reunião em 29 de maio de 2008, na Câmara de Vereadores,
coordenada pela vereadora Eni Araújo Malgarin (Xuxu).
Participaram setenta pessoas, dentre elas: a deputada Marisa
Formolo, vereadores, coordenadora da unidade, alunos, professores,
dirigentes sindicais, lideranças comunitárias.
Os principais problemas levantados foram: precariedade da
estrutura física da unidade, que se encontra na Escola Cruzeiro do
Sul; falta de vestibular; falta de laboratório. Destaca-se que São Luiz
Gonzaga é uma das poucas unidades em que os professores, na sua
totalidade, são efetivos.
Os encaminhamentos definidos na reunião foram: cobrança
imediata das verbas destinadas para melhorar as estruturas da
UERGS; instalação do pólo regional de tecnologia na UERGS; novos
cursos superiores (arte) na região; cobrar dos candidatos a prefeitos
o apoio na luta pela UERGS; integrar a unidade às demais unidades
da região de do estado.
Foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, tendo como
responsável a vereadora Eni Araújo Malgarin.
39
“Os professores são mágicos pelo que fazem com a
pouca estrutura que têm. Graças ao currículo do curso
realizado, consegui trabalho e desempenho profissional.”
Jairo – ex-aluno
“Os alunos estão apreensivos com a situação. A
UERGS tem um papel importante na região, mas está
esquecida. Há problemas de infra-estrutura, falta
laboratório na unidade. A unidade está disposta a entrar
na luta pela UERGS.” Aluno do Centro Acadêmico
“Na estrutura física, o espaço
é dividido com a Escola Cruzeiro do
Sul. Perspectivas: que aconteça
vestibular em 2008, curso pós-
graduação, programa de formação
pedagógica.” Profª. Fernanda –
coordenadora da unidade
40
8.11 Ibirubá
Reunião em 09 de maio de 2008, na Câmara de Vereadores,
coordenada pela deputada Marisa Formolo e com a participação de
mais de 120 pessoas, dentre elas: o prefeito Mauri Eduardo de Barros
Heinrich; presidente da Câmara Municipal de Tapera, vereador Adelar
Antônio Tatto; presidente da Câmara Municipal de Ibirubá, vereador
Albino Valdir Severo; Promotora de Justiça Marisaura Inês Raber;
coordenador da unidade, professor Paulo Afonso; vereadores, diretores
de escolas, estudantes, professores, alunos e ex-alunos da UERGS.
Os problemas destacados foram: apenas uma turma de 24
alunos desempenhava as atividades acadêmicas, com previsão de
formatura no final de 2009; a necessidade da realização de concurso
vestibular; dos três professores, um tinha contrato emergencial, com
término no dia 30 de abril; o grande investimento do poder público
municipal na infra-estrutura da unidade e a expectativa da prefeitura
na realização de vestibular em 2008, o que não aconteceu até a
conclusão dos trabalhos desta subcomissão.
Encerrando a reunião, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS,
tendo como responsáveis: a professora Jussara Rodrigues e o
presidente da Câmara Municipal de Ibirubá, vereador Albino Valdir
Severo.
41
”Manifesto meu apoio e confirmo a boa relação que
sempre teve o município com a unidade e com o governo
estadual, que se comprometeu a realizar vestibular em
2008.” Prefeito de Ibirubá
“A Promotora de Justiça ressaltou a importância da
UERGS. Citou o exemplo de sua ex-empregada doméstica
que, formada na UERGS, hoje trabalha na empresa
Parmalat, de Cruz Alta.” Relatório da Assessoria
42
8.12 Cruz Alta
Reunião em 09 de maio de 2008, na Câmara de Vereadores,
coordenada pela deputada Marisa Formolo. Participaram o secretário
do Desenvolvimento de Cruz Alta; a coordenadora da unidade,
professora Cristina Ribas dos Santos; vereadores, pais de alunos, e
professores, totalizando 20 pessoas.
Os problemas destacados foram: dificuldade de mobilização da
comunidade, sendo que a UERGS era pouco divulgada na cidade e
região.; destacou-se que a maioria dos professores da unidade de
Cruz Alta era efetiva, não tendo carência de corpo docente.
“Um vereador discordou
do diagnóstico apresentado e
defendeu a UERGS da forma
como vinha sendo gerida e
administrada. Afirmou que ‘o
governo iria reestruturar,
incentivar, ampliar a UERGS.
Era uma das meninas dos
olhos da governadora’. Mas
foi fortemente questionado
pelos demais participantes.(...) A coordenadora da
unidade convidou a comunidade a participar mais da
UERGS, apontando que as questões sociais estavam
sendo deixadas de lado, e que mais da metade dos
alunos eram da área rural, de famílias pobres; que
o quadro funcional fixo levava a UERGS adiante;
‘temos que trabalhar a autonomia da universidade e
43
para isso precisamos concurso público, para ter o
número efetivo suficiente para poder eleger o
reitor’. Lembrou que os mais interessados deveriam
ser os alunos, que não estavam presentes no
debate; e que ‘estamos debatendo aquilo que foi o
sonho da juventude, e que está sendo sucateado’.
Disse que a unidade vinha de um passado no qual,
com o apoio da comunidade, conseguira reverter
um sucateamento anterior; que não podia-se
esquecer que precisavam de mais concursos,
vestibulares, alunos”. Relatório da Assessoria
No final, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS sendo definidos
como responsáveis: Elza Gonçalves, do gabinete do vereador Alex, e
o professor Bertoldo Fagundes.
44
8.13 Cidreira
Reunião em 13 de maio de 2008, na Câmara Municipal,
coordenada pelo deputado Miki Breier, com a participação de quase
cem pessoas, dentre elas: o prefeito, a secretária de educação,
vereadores, alunos, professores e lideranças comunitárias.
Os aspectos destacados foram: o grande investimento do poder
municipal, com a construção do prédio e, com isso, a expectativa da
continuidade dos cursos, com novos vestibulares; a UERGS tornara-
se um ponto de referência na região.
“Até hoje o município não mediu esforços para apoiar a UERGS.
Falta o governo do Estado fazer sua parte. Dar a segurança de que
haverá continuidade nos cursos com qualidade e bons profissionais.
Os vereadores estão preocupados e
o executivo também. Agora o
município não tem condições de
tocar uma universidade. Dessa
reunião tem que sair algo de bom,
queremos saber o que vai ser feito
desta universidade no município.”
Vereador Ricardo
“A unidade não é de Cidreira, mas da região. Educação é
qualidade de ensino, e é por isso que o município está investindo
nisso. Quem menos recebe nesse país (as prefeituras) são as que
mais tem que fazer.” Roberto César Pires Camargo – prefeito
municipal
Formou-se o comitê local Pró-UERGS, tendo como
representantes: a estudante Liziane Barbosa, o professor Ronaldo
Machado da Silva e o líder comunitário Moisés Ubiratan Nunes (Luli).
45
8.14 Cachoeira do Sul
Reunião em 26 de maio, no Pavilhão da Fenarroz. Participaram
o secretário da Agricultura de Cachoeira do Sul, Antonio Wilson
Correia da Silva; o coordenador da unidade, professor Celson Silva;
organizações de ensino da região e a assessoria da Subcomissão.
Silva considerou importante a presença do secretário de
Agricultura de Cachoeira do Sul na reunião, "justamente para que se
saiba que existe uma integração com o poder público local e com a
comunidade”.
O secretário da Agricultura afirmou que "recentemente tivemos
um avanço nas conversações com a prefeitura para uma ajuda à
UERGS, especificamente no que se refere à infra-estrutura da
instituição”. Disse que fora possível passar a limpo algumas situações
existentes entre a UERGS e os municípios. "Eu vejo, como secretário
de Agricultura, que este é um excelente momento para examinarmos,
desde a parte curricular, as obrigações e contrapartidas dos
municípios, obrigações e direitos do Estado, formação do corpo
docente e diretivo da instituição”. Afirmou que o fortalecimento da
instituição era o único caminho para fixar o homem no campo.
Formou-se o Comitê Local Pró-UERGS, cujo responsável ficou
sendo o coordenador da unidade, professor Celson Silva.
46
8.15 Vacaria
Reunião em 12 de junho, no salão da Paróquia da Catedral
Nossa Senhora da Oliveira, coordenada pela deputada Marisa
Formolo. Esteve presente o deputado Francisco Appio; a secretária de
Educação, Gilvana Baldin; o Monsenhor Germano Pagno, vigário da
paróquia; professores e alunos da UERGS, num total de 60 pessoas.
As questões destacadas foram: falta de professores, pois dos
onze docentes, sete tinham concluído seus contratos emergenciais;
turmas que estavam programando sua formatura para setembro de
2008 viram seus planos comprometidos pela descontinuidade da
UERGS; o investimento realizado pelo poder municipal na infra-
estrutura da unidade criara a expectativa de retorno por parte da
UERGS, o que não acontecera.
Ao final, formou-se o Comitê Local Pró-UERGS e definiram-se
como responsáveis: o secretário de Agricultura, Eloi Poltronieri; a
secretária de Educação, Gilvana Baldin e o estudante Fábio
Guilherme, representando o Diretório Acadêmico.
“Todos sabem das
dificuldades que estamos
enfrentando, de falta de
professores, cursos incompletos,
etc. E que os deputados são a
força que têm para apoiar a luta
em defesa da UERGS. Este é o
momento de união para a luta
por esta causa.” Estudantes da unidade de Vacaria
47
8.16 Santana do Livramento
Reunião em 19 de junho de 2008, na Sede do CPERS,
coordenada pela assessoria da Subcomissão. Participaram quarenta
pessoas, dentre direções de partidos e sindicatos, movimentos
comunitários, diretores de escolas, professores e estudantes de
educação básica, coordenação, professores, alunos e ex-alunos da
UERGS.
Os principais problemas destacados foram: a UERGS ainda não
criara raízes porque ainda não se tornara referência na sociedade; a
constatação de que a unidade encerraria suas atividades no final do
ano de 2008 se nada fosse feito; relato de professores e alunos das
dificuldades por terem falta de recursos materiais e humanos na
unidade; dos treze docentes da unidade, sete tinham concluído seus
contratos emergenciais no dia 30 de abril.
Foram definidos como encaminhamentos: reivindicar a
realização de concursos e vestibulares; divulgar mais a universidade;
reunião para organização de atos em defesa da UERGS.
“A UERGS viera para contribuir no
desenvolvimento da região, mas estava sendo
esquecida; a mão-de-obra formada e qualificada na
região estava migrando para a Serra. Destacada a
importância de se levar o debate para as regiões e
dar publicidade de seu conteúdo. A educação era a
base do desenvolvimento de uma região, e era para
isso que a UERGS fora demandada pela população
como prioridade nas assembléias do Orçamento
Participativo de 2000; quando fora criada,
48
formando-se uma grande unidade dos partidos e
movimentos sociais.”
“A UERGS ainda não criara raízes porque
ainda não se tornara referência na
sociedade;Conclusões: a preocupação com a política
implementada pelo Governo do Estado; a
constatação de que a unidade encerraria suas
atividades no final do ano de 2008, se nada fosse
feito; relato de professores e alunos das dificuldades
por terem falta de recursos materiais e humanos na
unidade.”. Relatório da Assessoria da Subcomissão
Formou-se o Comitê Local Pró-UERGS, definindo-se como
responsáveis: o jornalista Dagberto Reis e o professor Glauber Lima.
Sede da unidade da UERGS em Santana do Livramento.
49
8.17 Alegrete
Reunião em 20 de junho, na Câmara Municipal, com a
participação de representantes da Secretaria de Educação e Cultura
do Município; da Comissão de Educação e Cultura da Câmara de
Vereadores; da professora Roseli de Mello Farias, coordenadora da
unidade; do estudante Antonio Rodrigues Petterle, representante do
centro acadêmico da unidade, além de vereadores, professores,
direção de escolas e professores de educação básica.
A unidade está ocupando um espaço cedido pelo DAER,
reestruturado com ajuda do município; havia demanda de mão-de-
obra especializada frente aos novos investimentos que estavam
surgindo na região.
No final, foram definidos como representantes do Comitê Local
Pró-UERGS o vereador Sandro Guterres Barúa e o estudante Antonio
Rodrigues Petterle, do Diretório Acadêmico da unidade.
Assessores da Subcomissão da UERGS com participantes na reunião de Alegrete.
50
9. CONSTATAÇÕES GERAIS
Através das visitas realizadas, pode-se constatar que o projeto
original da UERGS, implantado no governo Olívio Dutra, vem sendo
alterado desde o início do governo de Germano Rigotto e, no governo
de Yeda Crusius, vem sofrendo um conjunto de medidas que estão
provocando uma alteração da proposta inicial e ameaçando a própria
existência da Universidade. Na análise dos fatos percebemos
diferentes indicadores que, no mínimo, preocupam a sociedade
gaúcha. Constatamos:
• A UERGS é um projeto político em descontinuidade: após
o primeiro ano de sua criação, com a mudança do
governo, o projeto que estava em processo de
implantação passou por alterações em função de uma
visão diferente de universidade.
• A UERGS é pouco conhecida nas comunidades regionais:
a universidade e sua situação não têm sido divulgadas
nos municípios e regiões.
• A falta de um calendário fixo de vestibular para todas as
unidades impede a sociedade de saber quando ocorrerão
os exames, prejudicando o processo de inscrição e
preparação para o sucesso dos candidatos.
• Problemas de infra-estrutura: a maioria das unidades
vive, hoje, uma grande carência de condições físicas e
humanas para desempenhar seu trabalho. Faltam
professores, funcionários, bibliotecas, equipamentos,
laboratórios, salas de aula, sedes próprias. Essas são
algumas deficiências constatadas na maioria das
unidades.
51
• Desperdício de dinheiro público: com a descontinuidade
pela não-realização de vestibulares, estudantes
repetentes formam turmas de poucos alunos, com
professores que poderiam ser aproveitados em turmas
maiores. Há turmas com dois a cinco alunos, com uma
relação custo/benefício injustificável na realidade do
Estado.
• Poderes públicos municipais que fizeram grandes
investimentos nas estruturas das unidades, com a
promessa da Reitoria de realização de vestibulares
contínuos e de fortalecimento da UERGS, estão vendo
seus esforços pouco reconhecidos ou inviabilizados.
• Os salários dos servidores da UERGS estão congelados
desde 2001.
• O governo, através da Reitoria, não aceitou entrar com
pedido de prorrogação de contratos emergenciais na
Assembléia Legislativa e não realizou concurso para
substituição dos demitidos. Esta possibilidade foi acertada
com o Ministério Público Estadual, que não provocaria
nova ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade). A
governadora preferiu comprometer o programa do
semestre letivo, com a demissão dos 101 professores
concluída em 30-04-2008.
• A carência de professores efetivos e a não-contratação de
todos os concursados comprometeram a continuidade e a
qualidade do primeiro semestre de 2008. Conforme o
quadro a seguir, 101 professores concursados concluíram
seus contratos emergenciais em 30 de abril de 2008.
52
PÓLO Nº DE PROFESSORES
EMERGENCIAL EFETIVO
ALEGRETE 4 2
BAGÉ 8 5
BENTO GONÇALVES 7 3
CACHOEIRA DO SUL 0 6
CAXIAS DO SUL 5 1
CIDREIRA 2 3
CRUZ ALTA 2 6
ENCANTADO 5 5
ERECHIM 4 2
FREDERICO WESTPHALEN 2 1
GUAÍBA 6 6
IBIRUBÁ 1 2
NOVO HAMBURGO 13 6
PORTO ALEGRE 5 7
SANANDUVA 3 2
SANTA CRUZ DO SUL 1 5
SANTANA DO LIVRAMENTO 7 6
SÃO BORJA 5 1
SÃO FRANCISCO DE PAULA 5 3
SÃO LUIZ GONZAGA 0 6
TAPES 9 6
TRÊS PASSOS 0 2
VACARIA 7 4
TOTAL 101 90 Dados fornecidos pela Reitoria da UERGS em março de 2008.
53
9.1 Encerramento do semestre 2008/1 e início do
semestre 2008/2
A subcomissão obteve, ao final de seus trabalhos, informações
sobre a situação de quatro unidades na transição de semestres
letivos de 2008.
Na unidade de Três Passos, o segundo semestre iniciará com
uma disciplina "concentrada" (duas semanas), e depois, em princípio,
não haverá professores. A coordenadora de unidade já procedeu a
solicitação, porém não obteve retorno, até o encerramento desta
subcomissão.
Na unidade de Guaíba, das disciplinas oferecidas no primeiro
semestre, (cerca de quarenta), seis não foram realizadas por falta de
professores. Dos seis professores contratados emergencialmente e
demitidos em abril, nenhum foi reposto. O quadro de professores na
unidade é metade do que era no início do ano. Além disso, um
professor concursado pediu demissão e também não foi substituído. A
única aprovada no concurso passou a ocupar um cargo em comissão
na Reitoria, e cumpre apenas 4h em sala de aula. Para 2008/2 a
situação será muito pior que 2008/1. São 22 disciplinas sem
professor. A turma que se formaria ao final do ano não poderá fazê-lo
por não haver professor disponível. O ânimo dos alunos e mestres
está péssimo.
Há, também, a ameaça real do não reconhecimento do curso,
pois o Conselho Estadual de Educação condicionou o reconhecimento
definitivo a melhorias na Unidade, que, até o momento, não
aconteceram. As obras, que deveriam ser realizadas com o dinheiro
do CT-INFRA (projetos de Pesquisa), não foram realizadas.
54
Não houve incremento no acervo da biblioteca. O banheiro que
despencara no início do ano, ainda estava interditado. Quando o
Conselho emitiu este parecer, a unidade tinha treze professores; hoje
tem sete. Apesar de tudo isso, foi realizado vestibular para 2008/2.
Em Tapes, por outro lado, o primeiro semestre de 2008 foi
encerrado apenas com um ligeiro atraso no calendário. Há onze
professores concursados vinculados àquela unidade. A formatura da
primeira turma do curso de Gestão Ambiental ocorrerá dentro do
cronograma estabelecido.
Na unidade de Bento Gonçalves, ofereceram-se apenas duas
disciplinas para os acadêmicos do 5° semestre do curso de
Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia. Foram elas: Fenômenos
de Transporte 1 e Termodinâmica aplicada à Biotecnologia 1. O
motivo foi a falta de professores. Isso impossibilita os alunos de
cursar três disciplinas no semestre 2008/2: Fenômenos do Transporte
2, Termodinâmica aplicada a Biotecnologia 2, e Engenharia das
Reações Químicas e Bioquímicas, pois essas necessitam pré-
requisitos que não foram anteriormente oferecidos.
Além disso, ocorreu o "condensamento" do semestre para o
aproveitamento dos professores que estavam saindo em maio de
2008, devido ao término do contrato. As disciplinas que durariam de
março a julho, por exemplo, duraram apenas de março ao final de
abril, pois os professores saíram em maio. Apesar disso, foram
concluídas tais disciplinas na "correria", e não com calma, como em
um semestre regular.
55
9.2 Resultados positivos
A Subcomissão constatou muitos resultados positivos, que
levaram a um amplo reconhecimento da importância desta
universidade, com seus cursos específicos voltados para o
desenvolvimento regional. Alguns exemplos podem ser destacados,
ilustrativamente:
• A situação da empregada doméstica de Ibirubá,
que, ao cursar faculdade, passou a assumir cargos
de chefia em empresas de grande porte na sua
região.
• A estudante de Ibirubá que depois de formada
assumiu a administração da propriedade de seus
pais, com experiências reconhecidas em nível
internacional.
• Os jovens formados em Sananduva que passaram a
assumir cargos de destaque em uma central de
cooperativas, qualificando sua administração.
• Estudantes de Guaíba que deram continuidade aos
estudos em nível de mestrado na UFRGS,
necessários na área de informática para o RS.
Outros, ainda, da mesma unidade, criaram
empresas próprias, que hoje estão em destaque no
mercado gaúcho ou assumiram cargos em
empresas no exterior.
• Em Caxias do Sul constata-se uma demanda de
profissionais na área da alimentação.
56
Em todas as unidades, foi reconhecido o trabalho da
Subcomissão em incentivar a organização para a mobilização em
defesa da UERGS. A presença dos deputados foi valorizada pelas
comunidades e autoridades locais, aproximando o Parlamento da
comunidade gaúcha.
57
10. ENCAMINHAMENTOS
10.1. Instalação e atividades dos Comitês Locais
Ao visitar os municípios onde se encontram as unidades da
Universidade, a Subcomissão da UERGS procurou ouvir todos os
segmentos da sociedade preocupados com a crise da entidade e
dispostos a unirem-se na busca de respostas aos problemas que
atingem hoje cada unidade e o conjunto da UERGS. Como
encaminhamento em todas as dezessete unidades, a formação de um
Comitê Local, responsável por dar continuidade ao debate, e que
estaria promovendo atividades locais e regionais para divulgar as
informações e sensibilizar a sociedade.
No período entre as reuniões e o Ato Público realizado em 30 de
junho na Assembléia Legislativa, a maioria dos comitês realizou um
grande número de atividades que caracterizaram a continuidade e o
fortalecimento da mobilização.
O Comitê de Santa Cruz do Sul, por exemplo, inicialmente
buscou o seu fortalecimento interno, conseguindo o apoio de 22
entidades locais e regionais. O mesmo aconteceu com São Luiz
Gonzaga e Guaíba, que sensibilizaram o setor da indústria e
comércio, o poder municipal e, juntos, programaram atividades
significativas. Da mesma forma, a audiência do comitê de Guaíba
com o Chefe da Casa Civil, e do comitê de Caxias do Sul com a
secretária estadual de Educação e o Reitor da UERGS, para tratar
especificamente da situação das suas unidades.
Para sensibilizar as comunidades locais e regionais, os comitês
também promoveram diferentes atividades, a exemplo de São
Francisco de Paula, que na Festa Nacional do Pinhão distribuiu mudas
de araucária com um cartão falando da preservação da araucária e
sobre a UERGS; o Comitê de Erechim que produziu material de
58
divulgação (camisetas, panfletos...), realizou pedágio solidário, fez
panfletagem nas principais ruas da cidade e abaixo-assinado nas
escolas; de Santa Cruz do Sul que promoveu ato público na Praça
Central, fazendo também um abaixo-assinado, no qual o prefeito,
hoje atual Chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, também assinou.
O Comitê de Sananduva mobilizou-se com as prefeituras da região,
sindicatos, secretários de educação e vereadores para coletar
assinaturas no abaixo-assinado. Fez panfletagem na cidade, elaborou
um informativo sobre o que era a UERGS e o distribuiu nos dez
municípios da região.
Outro aspecto importante a destacar nesse processo de
mobilização foi o envolvimento da grande maioria dos prefeitos e
vereadores dos municípios e regiões da UERGS. Destacamos
particularmente as Câmaras de Vereadores que abriram suas portas
para ser o local de encontro e reuniões dos comitês. Dentre outras,
citamos o exemplo de Guaíba, Cidreira, Novo Hamburgo, São Luiz
Gonzaga, Ibirubá, Alegrete, Tapes, Caxias do Sul e Erechim, onde o
presidente da Câmara assumiu a coordenação do Comitê e esteve
presente em todas as atividades de mobilização.
Fez parte desta mobilização também a elaboração de
documentos de apoio por parte de instituições públicas enviados à
Subcomissão da UERGS, Reitoria e autoridades do Estado, a exemplo
dos prefeitos de Ibirubá, Rosário do Sul, Erechim, São Luiz Gonzaga,
da Associação Comercial e Industrial de São Luiz Gonzaga, do
Instituto Estadual de Educação Visconde de Taunay e da prefeitura de
Iraí, da Escola Fundamental Bom Pastor e do Sindicato dos
Trabalhadores Rurais, do Instituto Estadual de Educação Padre Vitório
e da Prefeitura de Planalto, da Emater, do Sindicato dos
Trabalhadores Rurais e Prefeito de Frederico Westphalen, do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Palmitinho, da Secretaria
Municipal de Educação, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, da
59
Escola Estadual de Ensino Médio 20 de Setembro de Caiçara, do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais, da Secretaria Municipal de
Agricultura, da Escola Estadual de Ensino Médio e da Associação dos
Professores de São Gabriel, do Círculo de Pais e Mestres e do
Conselho Escolar da Escola Estadual de Ensino Médio São Gabriel, de
Ametista do Sul, do prefeito e presidente do COREDE Celeiro, da
Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, da Escola Estadual de
Educação Básica Professora Cléia Salete Dalberto, do Sindicato dos
Trabalhadores na Agricultura Familiar e da Emater de Tenente
Portela. Todos esses documentos fazem parte do anexo deste
relatório.
10.2 Comitê Estadual
Na continuidade deste processo de mobilização, depois de
formados os comitês regionais com suas atividades próprias, realizou-
se um encontro estadual com os coordenadores dos comitês
formados até aquele momento, em 02 de junho de 2008, na
Assembléia Legislativa.
Objetivou-se partilhar
informações e formar o Comitê
Estadual em Defesa da UERGS.
Representantes de 15 unidades
estiveram presentes, os quais
saíram do encontro com o
desafio de mobilizar os municípios e regiões em preparação ao Dia
Estadual de Luta em Defesa da Universidade, que aconteceu em 30
de junho.
60
10.3 Dia Estadual de Sensibilização e Apoio à UERGS
A principal atividade que
marcou a data de 30 de junho
de 2008 como “Dia Estadual de
Sensibilização e Apoio à
UERGS” foi o Ato Público
realizado no Teatro Dante
Barone da Assembléia
Legislativa. Participaram
caravanas e representantes de vinte unidades, somando mais de
quinhentas pessoas, incluindo-se alunos, professores, pais e mães de
alunos, prefeitos, vereadores, dirigentes sindicais, líderes de
movimentos sociais, especialmente do movimento estudantil.
As manifestações dos participantes basearam-se nos relatos
sobre a situação de cada unidade e em reflexões sobre os problemas
que a comunidade acadêmica vem enfrentando e, principalmente,
nas iniciativas tomadas em termos de mobilizações regionais para a
continuidade e revitalização da UERGS.
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Alceu
Moreira, esteve presente e destacou a importância da UERGS no
desenvolvimento do estado,
afirmando seu compromisso de
buscar, junto a governadora, o
apoio necessário para a solução
dos problemas.
61
Após a finalização da
primeira parte do ato, os
participantes dirigiram-se até a
frente do Palácio Piratini, onde
ocorreria uma audiência na
Chefia da Casa Civil. Lá, foram
informados de que a entrada
seria pela porta lateral.
Entretanto, ao tentarem acompanhar a deputada Marisa
Formolo e o Comitê Estadual, a
Brigada Militar agiu, impedindo os
estudantes de se aproximarem,
empurrando-os para longe da
entrada.
O ato culminou com uma
audiência na Casa Civil, onde
participaram os representantes do
Comitê Estadual em Defesa da UERGS, o Reitor Carlos Alberto
Callegaro, a secretária-adjunta da Educação do Estado, Salete
Cadore, e o Chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel. Naquela
oportunidade, a deputada Marisa
Formolo, em nome dos
representantes do Comitê,
entregou aos presentes a “Carta
ao Povo Gaúcho”, com as
principais reivindicações da
mobilização (o texto encontra-se nos anexos).
Na continuidade do processo de mobilização, os participantes
do Ato Público assumiram o compromisso de, ao voltarem para suas
regiões, trabalharem na coleta de assinaturas do Abaixo-assinado em
62
Defesa da UERGS. As folhas com as assinaturas deveriam ser
enviadas à Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e
Tecnologia até 15 de outubro de 2008. Também foi elaborado um
cartaz, reproduzido abaixo, e entregue aos participantes, com o
objetivo de divulgar o trabalho de mobilização por uma Universidade
pública, democrática, autônoma e de qualidade para o
desenvolvimento do RS.
63
11. PROPOSTAS DA SUBCOMISSÃO
O trabalho da Subcomissão permitiu-nos recuperar e debater o
projeto original para o qual fora criada a Universidade Estadual;
realizar um diagnóstico da realidade atual da instituição; incentivar a
constituição de um movimento no estado de mobilização na defesa da
UERGS; sentir, pelo relato dos seus protagonistas em todas as
unidades, a importância que a Universidade ocupa no
desenvolvimento econômico e social do estado. E,
fundamentalmente, com isso, ao concluirmos nosso trabalho,
propormos, na continuidade do debate, através da articulação do
Comitê Estadual e de Comitês Locais, algumas Diretrizes de
revitalização, que aqui descrevemos como contribuição que fazemos
ao governo do Estado e à Reitoria da Universidade, para que possam
acolher e implementar.
A Subcomissão propõe que a Assembléia Legislativa assuma o
compromisso de apoiar esse movimento e apresenta a proposta de
suas diretrizes.
11.1 Diretrizes para revitalizar a UERGS
Cabe à Reitoria definir o Plano Estratégico da UERGS, atentando
para as diretrizes sugeridas neste relatório:
• Missão da UERGS: Resgatar a Universidade para o
desenvolvimento regional, com ensino, pesquisa e extensão. Na
justificativa da lei destaca-se como papel da UERGS:
impulsionar o desenvolvimento regional por meio do ensino, da
pesquisa e da extensão, destinados à resolução dos problemas
regionais. Para se constituir como Universidade, a UERGS não
pode ser reduzida a um Centro de Educação Tecnológica. Para
que a Universidade cumpra a missão de ser um instrumento
64
para o desenvolvimento, não pode atuar somente no ensino.
Precisa desenvolver a pesquisa e a extensão. Precisa
desenvolver e articular as ações de pesquisa desenvolvidas por
outros órgãos estaduais, a exemplo da FAPERGS, CIENTEC,
CEITEC, FEE, FEPAGRO, IRGA, FEPPS.
• Estrutura: Retomar e fortalecer a proposta original dos sete
Centros, como pólos de referência para a articulação das
unidades. Estes Centros Regionais trabalharão de forma
articulada com os municípios na discussão da implantação dos
cursos, a partir da vocação econômica e social de cada região.
Os Centros cumprem também o papel de estruturar e otimizar
os recursos humanos e materiais (encontro dos professores,
estrutura física, laboratórios, bibliotecas, etc.). Sugere-se
também a utilização e aproveitamento de espaços físicos
(prédios de fundações e outros) do Estado que se encontram
ociosos, para serem utilizados pela UERGS, evitando gastos
com locações para a Universidade.
• Atribuições: Definir atribuições e implementar uma articulação
entre os Centros Regionais, a Reitoria e as Pró-Reitorias da
Universidade. Instâncias de discussão, deliberação,
responsabilidades na implementação e avaliação. Normatizar a
estrutura e dinâmica de funcionamento da Universidade,
garantindo instâncias e fluxos orgânicos para o seu bom
andamento.
• Cursos: A extinção, manutenção ou criação de novos cursos
devem ser discutidas e definidas com as comunidades locais,
como fruto de um amplo debate regional. Por exemplo, o foco
para os cursos do centro da região norte poderia ser voltado à
agricultura familiar. E, assim, em cada outra região. A previsão
65
e a oferta de cursos devem ser de forma a não possibilitar as
chamadas “pendências”, o que implica em assegurar o direito à
educação dos estudantes e para que os professores não
acabem ministrando aulas para dois, três, quatro alunos, como
está acontecendo atualmente em algumas unidades.
• Planejamento: Para garantir um processo de continuidade e
estabilidade, a Universidade terá que elaborar um planejamento
institucional e político-pedagógico de curto, médio e longo
prazo.
• Acesso: Para democratizar o acesso à UERGS, é preciso
estruturar a Universidade com um quadro de pessoal estável,
conforme assegura a Lei de Criação da UERGS, em seu artigo
17, o que implica necessariamente na realização de concurso
público para professores e funcionários, necessários para o
pleno funcionamento da Instituição. Assegurar que a Reitoria e
os coordenadores regionais sejam eleitos pela Comunidade
Universitária, conforme o artigo 10 da mesma Lei; e oferecer
de forma regular o vestibular, para oportunizar o ingresso de
novos estudantes em todos os cursos oferecidos. E por fim,
retomar o CONSUN original, que está previsto no Estatuto da
Universidade.
• Financiamento: Para buscar a autonomia da Universidade é
necessário garantir uma previsão de recursos orçamentários
regulares destinados à manutenção e ao desenvolvimento da
UERGS, conforme estabelece o artigo 1° da Lei de Criação da
Universidade.
• Vinculação da UERGS: Para destacar a importância da UERGS
no projeto de desenvolvimento do estado e para otimizar
66
recursos financeiros e contar com a experiência e o
conhecimento acumulado nas diversas fundações de pesquisa e
extensão do estado, a universidade continuará vinculada à
Secretaria de Educação, devendo estar permanentemente
integrada à Secretaria de Ciência e Tecnologia no
desenvolvimento de seu projeto político pedagógico.
A subcomissão considera, também, as sugestões para a criação
da Universidade Estadual elaboradas pelo ex-deputado Victor Faccioni
em 1998, enviadas aos governadores da época, Antonio Brito e
Germano Rigotto, constantes no anexo 12.3.
Por fim, para revitalizar a UERGS, é necessário mobilizar a
sociedade, e o Governo estar convencido de sua importância. Por
isso, fica como resultado do trabalho da Subcomissão, além de todas
essas considerações, a continuidade da mobilização da sociedade
gaúcha, que, através dos Comitês Locais e Estadual, está realizando
a coleta de assinaturas em defesa deste patrimônio do povo gaúcho e
que continuará pressionando as autoridades responsáveis para que
uma UERGS fortalecida e autônoma se torne realidade.
É o Relatório.
Porto Alegre, 16 de julho de 2008.
Deputada Marisa Formolo – Relatora
Deputado Ivar Pavan Deputado Adão Villaverde
Deputado Daniel Bordignon Deputado Kalil Sehbe
Deputado Miki Breier Deputado Sandro Boka
67
Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado do RS
Presidente: Dep. Alceu Moreira (PMDB)
1º Vice-Presidente: Dep. Cássia Carpes (PTB)
2º Vice-Presidente: Dep. Gerson Burmann (PDT)
1º Secretário: Dep. Ivar Pavan (PT)
2º Secretário: Dep. Paulo Brum (PSDB)
3º Secretário: Dep. Mano Changes (PP)
4º Secretário: Dep. Carlos Gomes (PPS)
1º Suplente: Dep. Raul Carrion (PCdoB)
2º Suplente: Dep. Miki Breier (PSB)
3º Suplente: Dep. Marquinho Lang (DEM)
4º Suplente: Dep. Alberto Oliveira (PMDB)
Composição da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia
Presidente: Dep. Marisa Formolo (PT)
Vice-Presidente: Dep. Daniel Bordignon (PT)
Deputados Titulares: Deputados Suplentes:
Stela Farias (PT) Adão Villaverde (PT)
Edson Brum (PMDB) Ivar Pavan (PT)
Sandro Boka (PMDB) Gilberto Capoani (PMDB)
Frederico Antunes (PP) Nélson Härter (PMDB)
Mano Changes (PP) Jerônimo Goergen (PP)
Kalil Sehbe (PDT) Marco Peixoto (PP)
Iradir Pietroski (PTB) Gilmar Sossella (PDT)
José Sperotto (DEM) Nelson Marchezan Jr. (PSDB)
Paulo Borges (DEM) Cassiá Carpes (PTB)
Miki Breier (PSB) Marquinho Lang (DEM)
Heitor Schuch (PSB)
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