relatório final de propostas de novos regulamentos disciplinares para pm e bombeiros militares do...
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INDICAÇÃO LEGISLATIVA Nº
EMENTA:
SOLICITA AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR
GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO,
SERGIO CABRAL FILHO O ENVIO DE MENSAGEM
ENCAMINHANDO PROJETO DE LEI DISPONDO SOBRE
O CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Autor(es): COMISSÃO ESPECIAL PARA ELABORAR PROPOSTAS DE
NOVOS REGULAMENTOS DISCIPLINARES PARA A POLÍCIA MILITAR E
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Indico à Mesa Diretora, na forma regimental, que seja oficiado ao
Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Rio de Janeiro, solicitando
o envio de mensagem a esta Casa Legislativa, conforme o seguinte:
ANTEPROJETO DE LEI
EMENTA:
DISPÕE SOBRE O CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS
MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESOLVE:
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CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO
Capítulo I
Das Disposições Gerais
Seção I
Da Finalidade e do Âmbito de Aplicação
Art. 1°. Esta lei estabelece o Código de Ética e Disciplina dos Militares do
Estado do Rio de Janeiro – CEDMERJ, aplicável à Polícia Militar e ao Corpo de
Bombeiros Militar, com a finalidade de definir, especificar, e classificar as
transgressões disciplinares; estabelecer conceitos e normas relativas à
amplitude e a aplicação das sanções disciplinares; aos recursos e
recompensas; ao comportamento militar e sua classificação; bem como
normatizar os Procedimentos Administrativos Disciplinares.
Parágrafo único. Transgressões Disciplinares consistem nas ações ou
omissões contrárias à disciplina especificadas nos Artigos 23, 24 e 25 do
presente diploma.
Art. 2º. Subordinam-se a este código os policiais militares e bombeiros
militares da ativa do Estado do Rio de Janeiro da ativa, bem como aqueles da
reserva remunerada quando convocados ou designados para o serviço ativo.
§ 1º Serão, ainda, submetidos ao presente código os militares da reserva
remunerada e os reformados, nas estritas hipóteses em que seja recomendável
sua submissão a Conselho de Justificação ou Conselho de Disciplina,
observado o disposto no § 1º do Art. 45 e § 1º do Art. 47 deste Código,
mediante os quais fica assegurado aos militares da reserva remunerada,
reformados, bem como àqueles que já tenham adquirido as condições de
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transferência para a reserva remunerada ou tenham sido julgados, por junta de
saúde, incapazes para permanência no serviço ativo, quando excluídos, o
direito aos proventos de inatividade, bem como de assistência médico-
hospitalar, para si e seus dependentes, caso sejam contribuintes para tal, nos
mesmos moldes que os militares inativos, ficando expressamente revogados,
naquilo que venha a contrariar este código, o disposto nos artigos 115 e 122,
parágrafo-único, da Lei Nº 443, de 01 de julho de 1981 e nos artigos 118 e 125,
parágrafo-único, da Lei Nº 880, de 25 de julho de 1985.
§ 2º Os alunos dos órgãos de formação militares, além do presente código,
sujeitar-se-ão aos regulamentos, normas e prescrições dos estabelecimentos
em que estejam matriculados.
Seção II
Dos Princípios e da Ética Militar
Art. 3.º Os princípios que orientam a Administração Pública, constantes do Art.
37 da Constituição Federal, a saber, da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, publicidade e eficiência, devem nortear a conduta dos militares
estaduais bem como os atos administrativos praticados no âmbito das
corporações militares estaduais.
Art. 4º. A atuação dos militares estaduais, quer no âmbito interno das
corporações, quer no cumprimento de suas atribuições, serão pautados pelo
respeito aos direitos humanos e pelo entendimento de que constitui-se na
sociedade a razão de sua existência – sendo este o bem maior do Estado e em
cuja defesa assume o militar o compromisso de dar a própria vida em sacrifício.
Art. 5º. A camaradagem constitui-se em predicado fundamental à formação, ao
convívio harmônico e ao estabelecimento do ambiente de respeito ao ser
humano e à vida, essencial à manutenção do moral e ao bom exercício das
atividades militares.
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Art. 6º. A cortesia, a consideração, a civilidade e o amor à verdade integram a
ética militar, sendo de suma relevância para a formação da autodisciplina e do
agir consciente.
Art.7º. Cumpre ao superior tratar os subordinados com respeito, urbanidade e
justiça, interessando-se pelos seus problemas, de quaisquer natureza, que
possam refletir na atividade profissional e, consequentemente, no atendimento
aos anseios dos cidadãos que à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar
confiam sua vida, integridade, segurança e patrimônio. Incumbe, ainda, aos
superiores incentivar e adotar as medidas necessárias à manutenção da
harmonia e camaradagem nos ambientes de trabalho.
Art. 8º. Aos subordinados incumbe respeitar e confiar em seus superiores, aos
quais devem reportar suas dúvidas e ansiedades capazes de influenciarem na
qualidade da atividade profissional militar de sua competência.
Art. 9º. As manifestações de camaradagem, cortesia e consideração,
obrigatórias entre os militares, devem ser dispensadas, reciprocamente, aos
militares das Forças Armadas e das demais corporações estaduais.
Art. 10. A honra pessoal constitui-se no sentimento de dignidade própria que
deve guiar o militar no cumprimento de suas atribuições, desde as mais
simples, até o sacrifício da própria vida – compromisso que diferencia o
profissional militar de todos os demais – e que deve orientar seu crescimento
pessoal e profissional e a busca do respeito de superiores, pares e
subordinados.
Art. 11. O pundonor militar constitui-se, no dever de pautar o militar sua
conduta profissional conforme padrões morais e éticos, compatíveis com a
expectativa dos cidadãos que ao mesmo confiam sua vida, segurança e
patrimônio. Exige dele, em qualquer ocasião, atitudes dignas, confiabilidade,
presteza, cortesia, desprendimento, iniciativa, coragem no cumprimento da
missão e elevados padrões éticos - que refletirão no seu desempenho e no da
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corporação que representa, bem como no grau de respeito conquistado à
sociedade em virtude da qual se fundamenta sua existência.
Art. 12. O decoro da classe constitui-se no valor moral e social a ser
continuamente perseguido pela instituição, representado pelo somatório do
conceito moral e social dos militares que a compõem e que não subsiste sem o
compromisso de todos e a participação de cada um.
Art. 13. O termo "comandante", quando usado genericamente, englobará,
igualmente, os cargos de comandante, diretor, coordenador e chefe.
Seção III
Da Hierarquia e da Disciplina
Art. 14. A hierarquia é o escalonamento da autoridade, em níveis distintos, por
postos e graduações sendo a base das instituições militares.
§ 1º A aplicação da hierarquia deve caracterizar-se pelo estabelecimento dos
níveis de respeito profissional e humano, responsabilidade e decisão, sendo
implícitas as exigíveis manifestações externas de exemplo de conduta
profissional e pessoal, vinculadas a seu exercício.
§ 2º A hierarquia pressupõe não somente o escalonamento da autoridade, mas
acima de tudo, os níveis de responsabilidade e compromisso para com o
cumprimento das missões institucionais.
§ 3º A hierarquia não deve, em momento algum, ser entendida como diferença
entre direitos e deveres decorrentes da cidadania, constituindo-se,
especificamente, no necessário ordenamento dos níveis de responsabilidade e
atuação, aplicado a cidadãos plenos e equivalentes em face dos dispositivos
constitucionais em vigor.
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§ 4º A ordenação dos postos e graduações das corporações militares do
Estado do Rio de Janeiro dar-se-á nos termos dos respectivos estatutos.
Art. 15. A disciplina se manifesta pela estrita observância das leis,
regulamentos, normas, disposições e fiel acatamento das ordens legais dos
superiores, traduzindo-se no rigoroso cumprimento do dever por parte de todos
os integrantes das corporações militares.
§ 1°. São manifestações essenciais de disciplina:
I - o respeito à dignidade humana, ao profissional, à cidadania e às instituições
públicas;
II - a rigorosa observância às leis, regulamentos e demais prescrições em
vigor, legitimamente estabelecidas, bem como o permanente zelo para com o
atendimento aos princípios da administração pública;
III - o fiel cumprimento das ordens legais emanadas das autoridades, cujo
exercício da função, cargo ou missão, regularmente impostos, exerçam a
competente ascendência hierárquica e funcional que justifiquem sua emissão;
IV - a colaboração espontânea para com a disciplina coletiva e à eficiência da
Instituição;
V - o emprego de toda sua capacidade em benefício do serviço; e
VI - a correção de atitudes.
Art. 16. As ordens manifestamente legais devem ser prontamente acatadas,
cabendo ao militar a inteira responsabilidade pelas ordens que emitir e pelas
consequências delas advindas.
§ 1° Cabe ao subordinado solicitar os esclarecimentos necessários ao total
entendimento da ordem recebida, admitindo-se pedido de que seja formalizada
por escrito, quando conveniente.
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§ 2° O executante que exorbitar no cumprimento da ordem recebida, sujeitar-
se-á a responsabilização pelo abuso cometido.
§ 3º Ordens manifestamente criminosas ou que impliquem na prática de atos
passíveis de enquadramento como crime - sendo tal entendimento de fácil
percepção em face do nível de preparo e treinamento do executante - não
deverão ser cumpridas, devendo o fato ser informado ao escalão hierárquico
imediatamente superior àquele que tenha determinado o procedimento objeto
da recusa.
Capítulo II
Das Transgressões Disciplinares
Seção I
Definição
Art. 17. Transgressões disciplinares são as ofensas concretas aos princípios
da ética e aos deveres inerentes às atividades das corporações militares
estaduais, objetivamente especificadas neste código, distinguindo-se das
infrações penais, consideradas violações dos bens juridicamente tutelados
pelos códigos penais – comum ou militar.
§ 1º No concurso de crime e transgressão disciplinar, quando forem da mesma
natureza, somente será apurado eventual aspecto disciplinar depois de
esgotada a apuração do crime - não sendo devida a instauração de
procedimento administrativo-disciplinar para apreciação concomitante do
mesmo fato.
§ 2º Existindo, no fato objeto de apuração como crime, circunstância residual
que configure transgressão disciplinar, esta somente será apreciada, para
efeito de punição disciplinar, após o trânsito em julgado do processo criminal.
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§ 3º Ante a presença de crime militar próprio, aqui definido como infração
penal prevista, exclusivamente, no Código Penal Militar e passível de ser
praticado somente por militares – o fato não será objeto de apuração na esfera
administrativa, exceto para a aplicação de exclusão e licenciamento a bem da
disciplina ou, ainda, da perda de posto, patente ou graduação.
§ 4º Após o encerramento do processo criminal, tendo sido o militar absolvido
em face da acusação da prática tipificada na legislação penal, civil ou militar,
não será aplicável qualquer sanção disciplinar, pelo mesmo fato, mediante a
imputação de transgressão disciplinar genérica, que não seja clara e
especificamente amoldada às condutas previstas no presente diploma e cuja
participação do militar não possa ser comprovada, individualizada e detalhada.
§ 5º Não será considerada transgressão disciplinar conduta pela qual tenha
sido o militar absolvido judicialmente – independente dos motivos ou causas
mencionados na parte expositiva da sentença – devendo ser, portanto,
reconhecidos os efeitos de toda e qualquer sentença absolutória. Tal não elide,
entretanto, a possibilidade prevista no § 2º deste artigo, referente à apreciação
disciplinar de transgressão residual ou independente de fato tipificado como
crime e objeto da sentença absolutória.
Seção II
Competência para a Aplicação de Sanções Disciplinares
Art. 18. A competência para aplicar as sanções disciplinares contidas nesta Lei
decorre do cargo e não do grau hierárquico, sendo conferida às seguintes
autoridades:
I - o Governador do Estado, a todos os Policiais Militares e Bombeiros Militares
do Estado do Rio de Janeiro, sujeitos a este código;
II - o Secretário de Estado de Segurança Pública, a todos os Policiais Militares
sujeitos a este código;
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III – o Secretário de Estado de Defesa Civil, a todos os Bombeiros Militares
sujeitos a este código;
IV - os Comandantes-Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar
do Estado do Rio de Janeiro, a todos os militares das respectivas corporações,
sujeitos a este código, que estiveram sob o seu comando;
V - os Chefes dos Estados-Maiores Gerais e Corregedores das corporações
militares estaduais a todos os militares das respectivas corporações sob a sua
subordinação, exceto para a aplicação da medida cautelar disciplinar prevista
no Art. 43 deste código;
VI – os Subchefes dos Estados-Maiores e os Ajudantes Gerais, aos que
estiveram sob suas ordens, exceto para a aplicação da medida cautelar
disciplinar prevista no Art. 43 deste código;
VII - os Comandantes Intermediários, os Diretores dos Órgãos de Direção, os
Comandantes, Chefes e Diretores de organizações militares, aos que servem
sob suas ordens e em organizações militares subordinadas;
VIII - os Subcomandantes de organizações militares, Chefes de Seção, de
Serviços e de Assessorias, cujos cargos sejam privativos de oficiais superiores,
àqueles que lhes sejam subordinados, exceto para a aplicação da medida
cautelar disciplinar prevista no Art. 43 deste Código;
IX - os demais Chefes de Seção, Comandantes de Subunidades Incorporadas
e Destacadas, aos militares sob suas ordens, exceto para a aplicação da
medida cautelar disciplinar prevista no Art. 43 deste Código.
§ 1º A competência conferida aos Chefes de Seções de Órgãos de Direção é
extensiva aos Chefes de Serviços e de Assessorias, limitando-se, contudo, às
ocorrências relacionadas com as atividades inerentes ao serviço de suas
respectivas repartições.
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§ 2º A competência para imposição das sanções aplicáveis a militares inativos,
nos casos expressos neste código, será exclusiva das autoridades previstas
nos incisos I, II, III e IV deste artigo.
§ 3º Quando a falta tiver sido cometida contra a pessoa do comandante da
Organização Militar, será ela apreciada, para efeito de punição, pela autoridade
a que estiver subordinado o ofendido.
Seção III
Atribuições
Art. 19. Todo militar que tiver conhecimento de fato contrário à disciplina,
deverá comunicá-lo ao seu superior hierárquico, mediante comunicação
(parte), por escrito, no prazo máximo de setenta e duas horas, salvo
impedimento justificado.
§ 1° A comunicação (parte) deverá ser formalizada por escrito, de forma clara,
concisa e precisa, contendo os dados capazes de identificar as pessoas e
coisas envolvidas, o local, a data e a hora da ocorrência e caracterizar as
circunstâncias do fato, sem comentários ou opiniões pessoais.
§ 2º Nos casos de participação de ocorrência com militar de Organização
Militar diversa, o responsável pela comunicação deverá ser notificado da
solução dada no prazo máximo de 20 (vinte) dias úteis. Expirado tal prazo sem
que haja comunicação das medidas adotadas, deverá o responsável pela
participação comunicar tal abstenção à autoridade a que estiver subordinado.
§ 3° A autoridade a quem a parte disciplinar é dirigida deve dar solução, no
prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis, cumprindo-lhe apurar os fatos, de
acordo com o previsto neste código, salvo por impossibilidade devidamente
fundamentada, hipótese em que será admitida a prorrogação desse prazo por
até vinte dias úteis.
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§ 4º Toda a documentação referente ao fato e sua apuração deverá ser
arquivada, podendo ser fornecidas cópias autenticadas a todos os
interessados, ressalvadas as restrições previstas em lei.
§ 5º A autoridade que receber a parte, não tendo atribuição para solucioná-la,
deverá encaminhá-la imediatamente à autoridade com atribuição para decidir.
Art. 20. No caso de ocorrência disciplinar envolvendo militares de
Organizações Militares distintas, caberá ao comandante do escalão ao qual
estejam subordinados, apurar ou determinar a apuração dos fatos, após o que
será proferida decisão. Caso as organizações tenham subordinações distintas,
será competência do Corregedor da corporação determinar o responsável pela
apuração dos fatos.
Art. 21. No caso de ocorrência disciplinar envolvendo militares das Forças
Armadas ou militares de corporações distintas, as autoridades militares
estaduais competentes adotarão as medidas disciplinares referentes aos
militares a elas subordinados, informando aos escalões superiores sobre a
ocorrência, as medidas decorrentes e o que tiver sido apurado - cabendo ao
respectivo Comando-Geral dar ciência do fato ao Comando Militar envolvido.
Capítulo III
Da Classificação das Transgressões
Seção I
Classificação
Art. 22. As transgressões disciplinares, considerando-se a gravidade da ofensa
praticada contra a disciplina e o bom funcionamento das corporações militares
e, ainda, o balizamento da aplicação das sanções disciplinares, serão
classificadas em:
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I – leves;
II - médias; e
III – graves.
Seção II
Das Transgressões Leves
Art. 23. São consideradas transgressões disciplinares de natureza leve:
I - deixar de comunicar ao superior, tão logo possível, a não execução de
ordem legal recebida;
II - chegar atrasado, sem justo motivo, a ato ou serviço;
III - trabalhar mal, quando por falta de atenção;
IV - omitir-se, deliberadamente, da saudação militar a superior, ou não
respondê-la a par ou subordinado, salvo ante a presença de impedimento
plenamente justificável;
V - usar uniforme de forma inadequada, contrariando as normas em vigor;
VI - descurar-se do asseio pessoal ou coletivo;
VII - sobrepor ao uniforme insígnia de sociedades particulares, entidades
religiosas ou políticas, bem como medalhas desportivas ou, ainda, usar
indevidamente distintivos ou condecorações;
VIII - andar armado, estando em trajes civis, sem o cuidado de ocultar a arma;
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IX - transportar na viatura, na aeronave ou na embarcação que esteja sob o
seu comando ou responsabilidade, pessoal ou material, sem autorização da
autoridade competente;
X - portar-se sem compostura em lugar público, quando fardado ou em
serviço;
XI - deixar de portar documento de identidade da corporação quando fardado,
de serviço ou armado;
XII - ofender a moral, de forma pública, por atos, gestos e/ou palavras, quando
na condição de militar;
XIII – usar o militar, quando uniformizado, barba, costeletas, cabelos, bigode,
unhas e acessórios em desacordo com o estabelecido pela corporação;
XIV - deixar de utilizar a cobertura, exceto no interior das viaturas; nos postos
de serviço, entendidos esses como salas designadas para o trabalho dos
policiais; bem como em locais cobertos nos quais isto não seja convencional;
XV - apresentar-se à superior hierárquico ou de sua presença retirar-se, sem
obediência às normas regulamentares;
XVI - deixar de cumprir ou de fazer cumprir normas regulamentares, na esfera
de suas atribuições;
XVII - valer-se da condição de militar para eximir-se de obrigação da vida civil.
Seção III
Transgressões Médias
Art. 24. São consideradas transgressões disciplinares de natureza média:
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I - dirigir-se, referir-se ou responder de maneira desrespeitosa a superior, par
ou subordinado;
II - executar atividades particulares durante o serviço, exceto quando em
horários de almoço ou descanso;
III - demonstrar desídia no desempenho das funções, caracterizada por fato
que revele desempenho insuficiente, desconhecimento da missão, afastamento
injustificado do local em que deva estar ou procedimento contrário às normas
legais, regulamentares e a documentos normativos, administrativos ou
operacionais;
IV - deixar de cumprir ordem legal ou atribuir a outrem, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de atividade que lhe competir;
V - descumprir norma técnica de utilização e manuseio de armamento,
equipamento ou material fornecido para uso funcional;
VI - mentir fato de interesse do serviço do qual tenha conhecimento,
assegurado o exercício constitucional da ampla defesa e do contraditório;
VII - deixar de providenciar medida contra irregularidade de que venha a tomar
conhecimento ou esquivar-se de tomar providências a respeito de ocorrência
no âmbito de suas atribuições;
VIII - deixar de comunicar ato ou fato irregular, que presenciar ou de que tenha
conhecimento, quando não lhe couber intervir;
IX – deixar de tratar adequadamente animais sob sua responsabilidade ou
submetê-los a esforço injustificável e, ante a presença de aspectos que
impeçam o atendimento a tais critérios, deixar de comunicar o fato, de
imediato, à autoridade superior;
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X - deixar de dar, intencionalmente, informações em processos, quando isto
lhe competir, bem como omitir, quando de seu conhecimento, dados
indispensáveis ao esclarecimento de fatos inerentes ao serviço;
XI - deixar de encaminhar documento no prazo legal, sem o justo motivo;
XII - deixar de cumprir ou retardar ordem superior;
XIII - permutar serviço sem permissão da autoridade competente;
XIV - deixar de apresentar-se, nos prazos regulamentares, sem motivo
justificável, nos locais a que deva comparecer;
XV – representar a corporação ou Organização Militar a que pertença, sem
que para isso esteja autorizado;
XVI - assumir compromisso, pela Organização Militar que comande ou em que
sirva, sem que para isso esteja autorizado;
XVII - autorizar, promover ou executar, sem motivo justificável, manobras
perigosas com viaturas, aeronaves ou embarcações de uso funcional, pelas
quais seja responsável ou dais quais esteja a bordo como mais antigo;
XVIII - deixar de assumir a responsabilidade por seus atos; pelos atos
praticados por subordinados em cumprimento de suas ordens e pelos atos
praticados por subordinados, ainda que não em cumprimento de suas ordens -
quando deles tenha tomado conhecimento em tempo hábil para coibir sua
prática e assim não tenha procedido;
XIX – abandonar ou faltar, sem justo motivo, a qualquer ato do serviço de que
deva tomar parte;
XX - não ter o devido zelo para com os bens pertencentes à Fazenda Pública;
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XXI - servir-se, sem autorização ou ordem superior, de objetos que não
estejam a seu cargo ou que pertençam a outrem;
XXII - extraviar ou danificar equipamentos, materiais, documentos e objetos
pertencentes à Fazenda Pública, bem como autorizar ou promover sua
operação inadequada ou contrária às recomendações operacionais ou de
serviço;
XXIII - retardar, prejudicar ou descumprir serviço ou ordem superior sem
justificativa;
XXIV - determinar a execução de serviço não previsto ou em desacordo com
as leis ou regulamentos;
XXV – deixar, por descuido, de preservar o local de infração penal,
ressalvadas as competências da Polícia Judiciária;
XXVI - negar-se a receber fardamento, equipamentos ou outros objetos que
lhes sejam destinados ou devam ficar em seu poder, bem como de zelar por
sua manutenção e conservação quando isso seja possível;
XXVII - conduzir veículo, pilotar aeronave, embarcação ou qualquer outro meio
de locomoção da corporação à qual pertença ou sob responsabilidade desta,
sem autorização do órgão competente;
XXVIII - afastar-se, temporariamente e sem autorização, do local em que deva
encontrar-se por força de ordens ou disposições legais;
XXIX - introduzir, sem a devida autorização, bebidas alcoólicas para consumo,
em dependências de Organização Militar;
XXX - utilizar-se de qualquer meio de locomoção de uso restrito para o serviço
da Corporação para fins de natureza particular;
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XXXI - utilizar ou autorizar a utilização de subordinados para serviços não
previstos em regulamento;
XXXII - dificultar ao subordinado a apresentação de recurso ou o exercício do
direito de petição;
XXXIII - encaminhar parte ou instaurar procedimento administrativo disciplinar
sem fundamento ou em desacordo com o previsto neste código.
Seção IV
Das Transgressões Graves
Art. 25. São consideradas transgressões disciplinares de natureza grave:
I - praticar ato atentatório à dignidade da pessoa ou que ofenda aos princípios
da cidadania e dos direitos humanos;
II - concorrer para o desprestígio da corporação à qual pertença, por meio da
prática de crime doloso que, por sua natureza, amplitude e repercussão, afete
gravemente a credibilidade e a imagem institucional;
III - comparecer fardado a manifestações de caráter político-partidário não
autorizadas;
IV - ofender ou dispensar tratamento desrespeitoso, vexatório ou humilhante a
qualquer pessoa no exercício de suas funções;
V – ingerir bebida alcoólica ou apresentar-se com sinais de embriaguez ou sob
efeito de outra substância entorpecente, estando em serviço ou fardado,
ressalvado o consumo legal em eventos sociais e devidamente autorizados;
VI - divulgar ou contribuir para a divulgação de assuntos ou documentos de
caráter sigiloso de que tenha conhecimento em razão de cargo, função ou do
exercício de sua atividade profissional militar, sem permissão ou ordem da
autoridade competente - exceto quando para denunciar prática irregular ou
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delituosa cujo conhecimento público seja necessário à preservação da
incolumidade de pessoas, da honra e pundonor militares;
VII - exercer, em caráter privado, quando no serviço ativo, diretamente ou por
intermédio de outrem, atividade ou serviço cuja fiscalização caiba à Polícia
Militar ou ao Corpo de Bombeiros Militar ou que se desenvolva em local sujeito
à sua jurisdição;
VIII - trabalhar mal, quando intencionalmente;
IX - utilizar-se do anonimato para fins contrários à disciplina ou ilícitos;
X - fazer, diretamente ou por intermédio de outrem, transações pecuniárias
envolvendo atividades de serviço, bens ou artigos de uso proibido nos quartéis,
repartições ou estabelecimentos jurisdicionados à Policia Militar ou ao Corpo de
Bombeiros Militar;
XI - permitir que presos conservem em seu poder objetos não permitidos ou
deixem de cumprir normas relativas ao regime prisional;
XII - ofender, provocar ou desafiar superior, par ou subordinado, com palavras,
gestos ou ações;
XIII - travar luta corporal com superior, par ou subordinado, exceto quando em
atividade de instrução ou desportiva previstas e autorizadas;
XIV - introduzir material inflamável ou explosivo em Organização Militar, capaz
de colocar em risco a incolumidade das pessoas e do patrimônio, salvo em
obediência a ordem superior legalmente imposta ou comprovada necessidade
serviço;
XV - retirar, ou tentar retirar, de local sob a administração militar, objeto, viatura
ou animal, sem ordem dos respectivos responsáveis;
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XVI - descumprir regras durante a execução de atos de serviço, prisão ou
custódia de preso;
XVII – induzir, retardar ou concorrer, intencionalmente, para o mau
cumprimento ou a inexecução de ordem legal de autoridade competente;
XVIII - dar ordem ilegal ou inexequível;
XIX - censurar, publicamente, de forma desrespeitosa ou ofensiva, decisão
legal tomada por superior hierárquico ou procurar desconsiderá-la;
XX - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta;
XXI – abandonar ou faltar, injustificadamente, a serviço para o qual tenha sido
designado ou em cumprimento de sanção disciplinar;
XXII - fazer uso do posto ou graduação para obter, ou permitir que terceiros
obtenham, vantagens indevidas;
XXIII - empregar contra outrem força física excessiva ou arbitrária no serviço,
resguardadas as situações relacionadas ao exercício da atividade policial
militar ou de bombeiro militar em que tal discernimento esteja prejudicado;
XXIV - prestar informações erradas a superior, par ou subordinado, induzindo-
o a erro, deliberada ou intencionalmente;
XXV - usar armamento, munição e/ou equipamento não autorizado;
XXVI - abrir ou tentar abrir qualquer dependência do quartel, repartição ou
estabelecimento, sem autorização;
XXVII - prevalecer-se de posto, graduação ou função militar para atentar
contra a liberdade sexual de subordinados ou exercer mecanismo imoral de
constrangimento sobre os mesmos;
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XXVIII - simular doença para esquivar-se de cumprimento do dever;
XXIX - adulterar, danificar ou retirar, injustificadamente, documento que instrua
procedimento administrativo;
XXX - aplicar o comandante Medida Cautelar Disciplinar indevida, em face de
erro sobre a pessoa ou o fato;
XXXI - delegar o comandante a competência a subordinado para a aplicação,
ainda que em caráter excepcional, de Medida Cautelar Disciplinar;
XXXII - aplicação de Medida Cautelar Disciplinar por militar que não aqueles
elencados no Art. 18, Incisos I, II, III, IV, bem como pelas autoridades
elencadas no Inciso VII quando não exercendo função de comando; e
XXXIII – transferir militar sob seu comando como meio de punição ou sem que
restem comprovadas a motivação, a fundamentação e a impessoalidade do
procedimento.
Capítulo IV
Julgamento das Transgressões
Seção I
Critérios Gerais
Art. 26. O julgamento das transgressões deve ser realizado de forma imparcial
ponderando-se a falta disciplinar com a sanção a ser aplicada, procedendo-se
a um exame que considere, dentre outras circunstâncias, as seguintes:
I - os antecedentes do transgressor;
II - as causas determinantes da transgressão;
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III - a natureza dos fatos ou dos atos que as constituíram;
IV - as consequências delas resultantes.
Art. 27. No julgamento das transgressões deverão ser levantadas causas que
as justifiquem ou circunstâncias que as atenuem ou agravem.
Art. 28. Todo transgressor deverá ser citado regularmente, por meio de
documento escrito, contendo as imputações que lhe são atribuídas, devendo a
oitiva e todos os atos constantes do procedimento administrativo apuratório,
sob pena de nulidade, observarem os seguintes requisitos:
I - versarem os documentos e atos, especificamente, sobre a transgressão
objeto de apuração;
II – realização do procedimento apuratório durante o horário do expediente da
Organização Militar e em rigorosa observância dos princípios da ampla defesa
e do contraditório;
III - prévio agendamento, sendo assegurado prazo mínimo de 05 (cinco) dias
entre a notificação dos militares a serem ouvidos e a data marcada para sua
ocorrência;
IV - tomada a termo, com registro em ata, firmada pelo transgressor e por três
testemunhas, de todo e qualquer procedimento - sob pena de sua nulidade;
V - todos os documentos constantes do procedimento apuratório serão
autuados, devendo constar do mesmo a parte ou comunicação sobre a
transgressão, os documentos essenciais à comprovação dos fatos alegados,
oitivas de testemunhas, bem como o termo de inquirição do transgressor - onde
será registrada a presença de Advogado, curador ou testemunha;
VI - arquivo na Organização Militar, com o fornecimento de cópia autenticada
ao transgressor, quando solicitado, de todos os documentos que digam
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respeito ao procedimento apuratório bem como da decisão proferida - a qual
deverá ser publicada em boletim interno reservado.
Parágrafo único. O militar, após citado sobre a falta cometida, terá o prazo de
05 (cinco) dias úteis, contados a partir do dia seguinte à citação, para
apresentação das razões de defesa, por escrito, razão pela qual deverá ser,
também, de 05 (cinco) dias o prazo mínimo entre a comunicação do fato e sua
oitiva.
Art. 29. É vedada a aplicação de mais de uma sanção por uma única
transgressão disciplinar.
Art. 30. No caso de transgressão cometida por mais de um militar, caberá ao
de maior grau hierárquico maior responsabilidade, constituindo-se agravante tal
condição.
Parágrafo único. Ante a hipótese de cometimento de falta disciplinar mediante
o concurso de oficial e praça, ainda que a participação real de cada
transgressor seja distinta, não poderá deixar de ser atribuída maior gravidade
ao agente de maior grau hierárquico - critério ético que deverá, em todas as
circunstâncias, orientar a aplicação das sanções.
Seção II
Das Causas de Justificação
Art. 31. Considera-se justificada a transgressão, não cabendo a imposição de
sanção disciplinar, caso tenha ocorrido em virtude de:
I - ação meritória, no interesse do serviço ou da ordem pública;
II - legítima defesa, própria ou de outrem;
III - estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular de direito:
23
IV - estado de necessidade;
V - força maior ou caso fortuito;
VI - coação irresistível; e
VII - obediência à ordem superior, desde que ante fundamentada presunção
de legalidade.
Seção III
Das Circunstâncias Atenuantes
Art. 32. São circunstâncias atenuantes:
I - encontrar-se o militar, no mínimo, no “BOM" comportamento;
II - relevância dos serviços prestados, comprovada pela presença de 01 (um)
elogio individual ou 01 (um) elogio coletivo no período de 02 (dois) anos que
antecedeu à prática da transgressão;
III - haver sido a transgressão cometida para evitar mal maior – quando não
constitua causa de justificação;
IV - haver sido a transgressão cometida em defesa própria, de seus direitos ou
de outrem - quando não constitua causa de justificação;
V - haver sido a transgressão praticada em face de falta de prática no serviço;
VI - haver o transgressor buscado diminuir as consequências da transgressão,
antes de sua comunicação à autoridade, mediante a efetiva reparação dos
danos;
24
VII - haver sido a transgressão praticada para evitar consequências mais
danosas que o próprio ato transgressor;
VIII - haver sido a transgressão praticada por motivo de relevante valor social
ou moral;
IX - haver o transgressor confessado a falta ou colaborado para o
esclarecimento de ilícitos ou irregularidades mais relevantes; e
X - não possuir o transgressor punição disciplinar em seus assentamentos.
Seção IV
Das Circunstâncias Agravantes
Art. 33. São circunstâncias agravantes:
I - encontrar-se o militar no "MAU" comportamento;
II - prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;
III - reincidência do transgressor em faltas de mesma natureza, havendo
registro, nos termos do presente código, da transgressão anterior e da sanção
aplicada;
IV - haver a falta, quando praticada por oficial, contado com a participação de
militar de círculo hierarquicamente inferior;
V - conluio entre dois ou mais transgressores;
VI - prática da transgressão durante a execução do serviço;
VII - cometimento da falta na presença de subordinados;
25
VIII - mediante o uso de autoridade hierárquica ou funcional;
IX - premeditação;
X - prática da transgressão na presença da tropa;
XI - mediante o induzimento de outrem à prática de transgressão ou concurso
de agentes;
XII - motivo egoísta ou para satisfação de interesse pessoal ou de terceiros;
XIII - finalidade de obstruir ou dificultar apuração administrativa, policial ou
judicial, ou o esclarecimento da verdade;
XIV - prática da transgressão estando fardado e na presença de público;
XV - ter sido a transgressão cometida contra o seu Comandante imediato.
Seção V
Do Cálculo da Pontuação
Art. 34. A cada transgressão serão aplicados pontos conforme a seguinte
disposição:
I - 01 (um) a 10 (dez) pontos para infração de natureza leve;
II - 11 (onze) a 20 (vinte) pontos para infração de natureza média; e
III - 21 (vinte e um) a 30 (trinta) pontos para infração de natureza grave.
§ 1º Para o cálculo da pontuação aplicável a determinada transgressão será
tomado, como ponto de partida, a pontuação média prevista conforme sua
classificação, ou seja:
26
I – 5 pontos para as transgressões leves;
II – 15 pontos para as transgressões médias;
III – 25 pontos para as transgressões graves.
§ 2º A partir do ponto de partida obtido pela aplicação do § 1º, serão
computados os pontos referentes às circunstâncias atenuantes e agravantes,
bem como da pontuação das recompensas, nos termos do art. 105 e seu
parágrafo único deste diploma, devendo, ao final, ser a transgressão
reclassificada conforme o resultado obtido.
§ 3º - A cada circunstância atenuante será subtraído um ponto e a cada
circunstância agravante será somado um ponto ao total.
Art. 35. Após o resultado, o responsável pela aplicação definirá a sanção de
acordo com os critérios estabelecidos no presente código.
Seção VI
Da Aplicação das Sanções
Art. 36. Obtido o somatório dos pontos, nos termos do art. 34, serão aplicadas
as sanções disciplinares conforme os seguintes parâmetros:
I - advertência, quando a pontuação atingir de 01 (um) a 05 (cinco) pontos;
II - repreensão, quando a pontuação atingir de 05 (cinco) a 10 (dez) pontos; e
III - prestação de Serviços, quando a pontuação atingir de 11 (onze) a 30
(trinta) pontos, devendo ser dosada conforme os seguintes parâmetros:
a) até 3 (três) dias, para pontuações de 11 (0nze) a 15 (quinze) pontos;
27
b) de 04 (quatro) a 5 (cinco) dias, para pontuações de 16 (dezesseis) e 20
(vinte) pontos;
c) de 06 (seis) a 8 (oito) dias, para pontuações de 21 (vinte e um) a 25 (vinte e
cinco) pontos;
d) de 09 (nove) a 10 (dez) dias, para pontuações de 26 (vinte e seis) e 30
(trinta) pontos.
Capítulo V
Das Sanções Disciplinares
Seção I
Finalidade e Modalidades
Art. 37. A sanção disciplinar, essencialmente educativa, objetiva preservar a
disciplina e garantir o funcionamento regular das atividades das corporações.
Art. 38. Não haverá sanção disciplinar sem a expressa previsão da
transgressão neste código.
Art. 39. Conforme a natureza, a gradação e as circunstâncias da transgressão,
poderão ser aplicáveis as seguintes sanções disciplinares:
I - advertência;
II - repreensão;
III - prestação de Serviços;
IV - medida cautelar disciplinar;
28
V - licenciamento a bem da disciplina;
VI - exclusão a bem da disciplina;
VII - desligamento;
VIII - perda do posto, patente ou graduação.
Art. 40. A advertência será dirigida verbalmente ao transgressor,
preferencialmente de forma reservada, salvo se constituir orientação geral para
fins de execução de serviço ou atividades escolares, que não constará dos
assentamentos funcionais, devendo, entretanto, ser registrada em sua ficha
disciplinar.
Art. 41. A repreensão constitui-se em censura formal ao transgressor publicada
em boletim reservado.
Art. 42. A prestação de serviços, preferencialmente de natureza operacional,
corresponde a turnos de serviço extraordinário com a duração de, no máximo,
08 (oito) horas cada, até o limite de 10 (dez) serviços, aplicáveis na razão de
um serviço extraordinário por folga, durante folgas consecutivas.
§ 1º Até o cumprimento integral de sanção de prestação de serviços que lhe
tenha sido designada, o militar não poderá concorrer a quaisquer serviços
voluntários remunerados, como o Regime Adicional de Serviços (RAS),
Programa Estadual de Integração na Segurança (PROEIS) ou outros de
mesma natureza que venham a ser criados.
§ 2º A sanção de prestação de serviços, a partir do momento em que seja
cominada, não deverá ser objeto de interrupção até que integralmente
cumprida, salvo por interesse do serviço formalmente justificado ou motivo de
saúde do militar ou de dependente, retomando-se o cumprimento logo após o
impedimento.
29
Art. 43. A medida cautelar disciplinar consiste na proibição do afastamento do
transgressor de sua Organização Militar, ou outro local sob administração
militar que lhe tenha sido designado nos temos deste código, por período não
superior a 05 (cinco) dias, em razão do cometimento de transgressão de
natureza grave quando for de extrema necessidade para a preservação da
hierarquia e disciplina.
§ 1º A medida cautelar disciplinar somente poderá ser aplicada pelas
autoridades especificadas no Art. 18, Incisos I, II, III e IV e pelos comandantes
de Organizações Militares, a seus comandados.
§ 2º Durante o cumprimento de medida cautelar disciplinar, o militar terá a
possibilidade de transitar pela unidade ou, quando isto venha a ser justificado
mediante fundamentação específica relacionada à transgressão cometida ou
ao histórico do transgressor, poderá ter sua permanência restringida a local
determinado – desde que presentes condições dignas de permanência,
alojamento e higiene e, ainda, de contato com familiares e Advogado.
§ 3º Inexistindo na Organização Militar local adequado ao cumprimento de
medida cautelar disciplinar, poderá o transgressor cumprir a sanção em outra
Organização Militar, devendo ser escolhida a mais próxima daquela de origem,
sendo vedado seu encaminhamento a qualquer organização de natureza
prisional, prisional militar ou com elas assemelhadas.
§ 4º A aplicação de medida cautelar disciplinar implicará na imediata
comunicação, de ofício, do responsável por sua aplicação à Corregedoria da
Corporação.
§ 5º A competência da aplicação da medida cautelar disciplinar não poderá ser
delegada.
§ 6º A autoridade responsável pela aplicação da medida cautelar disciplinar
deverá instaurar o devido processo de apuração da transgressão disciplinar
que deu motivos à determinação da medida, o qual deverá ser concluído em
30
prazo não superior a 15 (quinze) dias e que observará, obrigatoriamente, os
seguintes critérios:
I - comunicação formal ao transgressor, no prazo máximo de 24 horas, sobre a
falta disciplinar que lhe foi imputada e que acarretou na aplicação da medida
cautelar disciplinar;
II - designação de data, hora e local para que apresente defesa escrita, com
prazo de 05 (cinco) dias a contar do término do cumprimento da medida;
III - publicação, em Boletim Reservado, da sanção aplicada;
§ 7º Não caberá recurso administrativo de efeito suspensivo para a medida
cautelar disciplinar - salvo ante sua determinação por autoridade não
competente à sua aplicação.
Art. 44. O licenciamento a bem da disciplina, de competência do Comandante-
Geral da corporação militar, será aplicado ao militar com menos de 03 (três)
anos de serviço, em observância aos princípios da motivação, da
fundamentação, da impessoalidade, da transparência e da publicidade -
assegurados a ampla defesa e o contraditório - por iniciativa do comandante da
Organização Militar ou das autoridades relacionadas no Art. 18, Incisos I, II, III
e IV deste código, quando:
I - a transgressão venha a afetar o sentimento do dever, a honra pessoal, o
pundonor militar e o decoro da classe;
II - estando o militar no comportamento classificado como "mau", verificar-se-á
a impossibilidade de melhoria de comportamento, no prazo de 01 (um) ano a
contar do ingresso nessa condição, mediante a aplicação de novas sanções
disciplinares.
§ 1º O processo referente à aplicação do licenciamento a bem da disciplina
deverá ser autuado, devendo constar dos autos:
31
a) todos os documentos comprobatórios dos fatos, datas, e outros que
motivaram o ato;
b) defesa escrita e documentos comprobatórios apresentados pelo militar
submetido ao processo de licenciamento;
c) oitivas do militar das quais constem o registro da eventual presença de
Advogado ou, na ausência de um, de curador de sua escolha ou que lhe tenha
sido designado pela corporação;
d) termos de depoimentos de acusadores, testemunhas e outros, relacionados
ao fato, de onde conste o registro do acompanhamento dos atos pelo militar
submetido ao processo, de seu Advogado ou curador e, ainda, tragam registro
dos questionamentos apresentados pela defesa do militar e suas respostas - ou
a renúncia do militar, de seu Advogado ou curador em apresentar defesa.
§ 2º. A aplicação desta sanção somente se dará mediante a realização de
Processo Administrativo Disciplinar, previsto no Anexo III deste Código.
Art. 45. A exclusão a bem da disciplina consiste na perda permanente dos
direitos, vantagens e prerrogativas inerentes aos integrantes da Polícia Militar e
Corpo de Bombeiros Militares, com o desligamento dos quadros da corporação,
aplicável ao aspirante à oficial e à praça com mais de 03 (três) anos de serviço,
nos termos deste código, por falta de natureza e gravidade que recomende tal
procedimento ou por caracterizar-se o militar como transgressor contumaz, cujo
histórico e somatório de punições caracterizem sua inadaptação ao regime ou
atividade militares, em estrito atendimento aos critérios para instauração de
Conselho de Disciplina (CD).
§ 1 Os militares da reserva remunerada, reformados, bem como aqueles que
já tenham adquirido as condições de transferência para a reserva remunerada
ou tenham sido julgados, por junta de saúde, incapazes para permanência no
serviço ativo, quando excluídos, terão direito aos proventos de inatividade, bem
como de assistência médico-hospitalar, para si e seus dependentes, caso
32
sejam contribuintes para tal, nos mesmos moldes que os militares inativos,
ficando expressamente revogados, naquilo que venha a contrariar este código,
o disposto nos Artigos 115 e 122 e seu parágrafo único, da Lei Nº 443, de 01 de
julho de 1981 e nos Artigos 118 e 125 e seu parágrafo único, da Lei Nº 880, de
25 de julho de 1985.
§ 2º A sanção de que trata este artigo somente será aplicada mediante
Processo Administrativo Disciplinar previsto no Anexo II deste Código.
Art. 46. O desligamento consiste no afastamento de cursos de carreira ou de
formação - em observância aos regulamentos, normas reguladoras de cursos e
editais correspondentes.
§ 1º Os militares, já no exercício de suas funções, com ou sem estabilidade
assegurada, ao serem desligados de cursos de qualquer natureza, para os
quais tenham prestado concurso ou tenham sido voluntários, retornarão à
condição anterior.
§ 2º Os militares, já no exercício de suas funções, com ou sem estabilidade
assegurada, ao serem desligados de cursos obrigatórios ao prosseguimento da
carreira, nos quais tenham sido matriculados mediante lei, regulamento ou
disposição aplicável a todos os seus pares, terão sua condição posterior
regulamentada pelas normas reguladoras a que estejam sujeitos todos os
demais.
Art. 47. A perda do posto, patente ou graduação, com previsão nos Artigo 114
da Lei Nº 443, de 01 de julho de 1981 e Artigo 117 da Lei Nº 880, de 25 de
julho de 1985, constituir-se-á na perda de todos os direitos remuneratórios e
prerrogativas de qualquer ordem aplicável aos militares.
§ 1º O oficial e a praça, condenados à perda do posto, patente e graduação,
bem como a praça excluída a bem da disciplina, quando nas condições de
reserva remunerada, reforma bem como aqueles que já tenham adquirido as
condições de transferência para a reserva remunerada ou tenham sido
33
julgados, por junta de saúde, incapazes para permanência no serviço ativo,
quando excluídos, terão garantidos os proventos de inatividade, bem como de
assistência médico-hospitalar, para si e seus dependentes, caso sejam
contribuintes para tal, nos mesmos moldes que os militares inativos, ficando
expressamente revogados, naquilo que venha a contrariar este código, o
disposto nos Artigos 115 e 122, parágrafo-único, da Lei Nº 443, de 01 de julho
de 1981 e nos Artigos 118 e 125, parágrafo-único, da Lei Nº 880, de 25 de julho
de 1985.
§ 2º No que concerne aos oficiais, a sanção de que trata este artigo, somente
ocorrerá em face de decisão do tribunal estadual competente, nos termos dos
Artigos 114 ou 116 da Lei Nº 443, de 01 de julho de 1981 e dos Artigos 117 e
119 da Lei Nº 880, de 25 de julho de 1985.
§ 3º. No que se refere ao Aspirante à Oficial e às praças com mais de 03 (três)
anos de serviço, somente ocorrerá em virtude da exclusão a bem da disciplina,
nos termos do Artigo 120 da Lei Nº 443, de 01 de julho de 1981 e na forma do
Artigo 123 da Lei Nº 880, de 01 de julho de 1981.
§ 4º. O Conselho de Justificação, o Conselho de Disciplina e a Comissão de
Revisão Disciplinar encontram-se previstos e regulamentados nos Anexos I, II e
III, respectivamente, deste Código (Lei Nº ____, de ____ de ____ de 20140.
Seção II
Disposições Gerais
Art. 48. Não poderá ser licenciado a bem da disciplina ou excluído militar
enquanto submetido a inquérito ou processo criminal, pelo mesmo fato, até
sentença com trânsito em julgado.
Art. 49. Poderão ser aplicadas, cumulativamente com as demais sanções
previstas neste código, observados os requisitos exigíveis aos atos
administrativos, as seguintes medidas:
34
a) impedimento ou cancelamento de matrícula, com desligamento de curso,
estágio ou exame;
b) destituição de cargo, função ou comissão.
Art. 50. Quando se tratar de falta a serviço extra remunerado, o militar não
receberá o pagamento correspondente aos dias em que faltou ou deixou o local
sem autorização, sem prejuízo da sanção disciplinar.
Art. 51. As sanções disciplinares serão publicadas em boletim reservado,
devendo ser o transgressor notificado pessoalmente, sendo vedada a
divulgação ostensiva, salvo quando seu conhecimento seja imprescindível ao
caráter educativo ou à manutenção do respeito institucional.
Seção III
Das Formalidades
Art. 52. A aplicação da sanção consiste numa avaliação levada a efeito pela
autoridade com atribuição para tal, devendo constar do processo:
I - a descrição sumária, clara e precisa dos fatos e circunstâncias que
envolveram a transgressão;
II - os documentos comprobatórios relacionados ao fato e sua autoria;
III - as razões de defesa;
IV - o enquadramento, com a completa descrição dos fundamentos normativos
correspondentes;
V - a necessária publicação no boletim reservado da Organização Militar e, à
exceção dos casos de advertência, com o correspondente registro na ficha
disciplinar individual.
35
Parágrafo único. Como ato administrativo, a aplicação de sanção disciplinar,
bem como os registros referentes ao necessário procedimento administrativo
apuratório, deverão observar todos os requisitos exigíveis, com ênfase para a
fundamentação, a impessoalidade, a publicidade, a motivação e a
transparência.
Art. 53. O enquadramento constitui-se na caracterização da transgressão,
acrescida de outras circunstâncias relacionadas ao comportamento do
transgressor, à necessidade da sanção ou a justificação. O enquadramento
deverá conter, expressamente, os seguintes elementos, sob pena de nulidade
da sanção administrativa:
I - a transgressão cometida, em termos precisos e sintéticos, com a
especificação dos dispositivos violados constantes da relação das
transgressões devidamente tipificadas neste código, não sendo admitidos
comentários depreciativos e/ou ofensivos. Serão permitidas, no entanto,
referências aos ensinamentos decorrentes, desde que não contenham alusões
de ordem pessoal;
II - os artigos, itens e parágrafos das circunstâncias atenuantes e/ou
agravantes, ou causas de justificação;
III - a forma detalhada do cálculo da pontuação correspondente e a
classificação da transgressão;
IV - a sanção imposta;
V - a classificação do comportamento militar em que o transgressor permaneça
ou ingresse.
Art. 54. A publicidade da sanção consiste na publicação do ato administrativo
em boletim reservado, formalizando a aplicação da sanção ou sua justificativa.
Parágrafo único. Todas as sanções disciplinares, a exceção da advertência,
deverão ser publicadas em boletim reservado.
36
Art. 55. Ante a incidência de causa de justificação, deverão ser mencionados,
no enquadramento e na respectiva publicação em boletim, os fundamentos que
afastaram a sanção.
Art. 56. Quando a autoridade responsável pela aplicação da sanção não
dispuser de boletim para sua publicação, esta deverá ser feita, mediante
solicitação escrita, no boletim da Organização Militar da autoridade a que
estiver imediatamente subordinada.
Art. 57. Na aplicação da sanção a autoridade deverá agir com justiça,
serenidade e imparcialidade, evidenciando ao transgressor de que a mesma se
inspira no cumprimento exclusivo do dever, na preservação da disciplina e que
tem em vista o benefício educativo do transgressor e da coletividade.
Art. 58. Nenhuma sanção disciplinar será imposta sem que ao transgressor
sejam assegurados o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal.
§ 1° Tendo em vista a ampla defesa e o contraditório, são direitos do
transgressor:
I - o prévio conhecimento e o acompanhamento de todos os atos de apuração,
julgamento e aplicação da sanção disciplinar, sendo-lhe assegurada a fiel
observância do procedimento exigível;
II - ser ouvido;
III - fazer-se acompanhar de Advogado ou curador – que poderá ser escolhido
dentre pares ou superiores, mediante a concordância do escolhido;
IV - produzir provas;
V - obter cópias de documentos necessários à sua defesa ou relacionados à
lisura do procedimento apuratório;
37
VI - ter oportunidade, no momento adequado, de contrapor-se às acusações
que lhe são imputadas;
VII - utilizar-se dos recursos cabíveis, segundo a legislação; e
VIII - ser informado, por escrito, de decisão que fundamente, de forma objetiva
e direta, eventual não acolhimento de alegações formuladas ou de provas
apresentadas.
§ 2º Não tendo o transgressor apresentado Advogado ou curador, compete à
autoridade responsável pela aplicação da sanção designar-lhe curador, militar
de superior gradação hierárquica, que deverá ser aceito pelo transgressor.
§ 3º Não concordando o transgressor com o curador que lhe tenha sido
designado e, não podendo ele próprio encontrar um, poderá solicitar ao
responsável pela aplicação da sanção que lhe indique um segundo - o qual não
poderá recusar, exceto para indicar, ele próprio, outro de sua confiança e que
possa manifestar, de imediato, sua aquiescência.
Art. 59. Por uma única transgressão não será aplicada mais de uma sanção.
Art. 60. A punição disciplinar não exime o transgressor das responsabilidades
civil e criminal, entretanto, ante a suspeita de crime, ou sua ocorrência, não
poderá o mesmo fato ensejar punição disciplinar até o arquivamento da
denúncia ou trânsito em julgado da sentença.
Parágrafo único. No caso de absolvição na esfera judicial, os termos da
sentença ou acordão poderão ser utilizados como justificativas, atenuantes ou
agravantes para o julgamento de eventual resíduo disciplinar contido no fato.
Art. 61. Ante a ocorrência de mais de uma transgressão, sem que haja
conexão entre as mesmas, a cada uma deve ser imposta sanção
correspondente. Caso contrário, as de menor gravidade serão consideradas
meio necessário para consumação da transgressão principal.
38
Parágrafo único. A conduta que configurar crime poderá conter, residualmente,
transgressão disciplinar, desde que tipificada nos artigos 23, 24 e 25 do
presente diploma.
Art. 62. Nenhum Militar deverá ser ouvido com sintomas visíveis de
embriaguez ou sob a ação de psicotrópicos.
Art. 63. O início do cumprimento da sanção disciplinar deve ocorrer após sua
publicação em boletim reservado da Organização Militar e a consequente
notificação da medida ao punido, que deverá firmar e datar, no documento, seu
conhecimento sobre a mesma.
Art. 64. A autoridade que necessitar punir subordinado, encontrando-se o
mesmo à disposição ou a serviço de outra autoridade, deverá requisitar a esta
a apresentação do transgressor para aplicar-lhe a sanção.
Art. 65. O cumprimento de sanção disciplinar, por militar afastado do serviço,
deverá ocorrer após sua apresentação para o mesmo.
§ 1° O cumprimento de prestação de serviços imposta a militar em gozo de
licença regulamentar somente ocorrerá após sua apresentação por término de
licença.
§ 2° Comprovada a necessidade de licença para tratamento de saúde própria
ou de licença para tratamento de saúde de pessoa da família; baixa à
enfermaria, hospital, ou afastamento inadiável da organização por parte do
militar cumprindo punição disciplinar de prestação de serviços, será esta
sustada pelo seu comandante, até que cesse a causa da interrupção.
Art. 66. As sanções disciplinares de que trata o presente código devem ser
aplicadas de acordo com as prescrições nele estabelecidas.
Art. 67. Quando duas autoridades de níveis hierárquicos diferentes, ambas
com atribuição disciplinar, conhecerem da mesma transgressão, à de nível
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mais elevado competirá punir, salvo se entender que a sanção está dentro dos
limites de atribuições daquela de nível inferior, caso em que esta comunicará
ao superior a sanção disciplinar aplicada.
Art. 68. A interrupção da contagem de tempo da sanção, nos casos de baixa a
hospital, enfermaria ou outro motivo, inicia-se no momento em que o punido
deixe o local onde se encontre de serviço até o seu retorno.
Parágrafo único. O afastamento e o retorno do punido ao cumprimento da
sanção devem ser objeto de publicação em boletim reservado.
Capítulo VI
Da Modificação das Sanções Administrativas
Seção I
Competência
Art. 69. A modificação da sanção pode ser promovida pela autoridade que a
aplicou ou por outra de grau hierárquico superior e com atribuição para tal, uma
vez presentes fatos ou circunstâncias autorizadoras de tal procedimento.
Art. 70. Terão atribuição para anular, relevar, atenuar e agravar as sanções
impostas, por si ou por seus subordinados, as autoridades discriminadas no
Art. 18 deste Código, devendo esta decisão ser justificada e publicada em
boletim.
Seção II
Das Formas de Modificações
Art. 71. As formas de modificação das sanções são as seguintes:
40
I – anulação;
II – relevação;
III – atenuação;
IV – agravamento.
Seção III
Da Anulação
Art. 72. A anulação da sanção consiste no seu desfazimento em decorrência
de ilegalidade no ato de sua aplicação ou, quando de natureza leve, mediante
requerimento do transgressor no sentido de sua compensação por elogio
individual relacionado a desempenho profissional ou ato meritório de serviço
recebido durante o último ano - a contar, retroativamente, da data do
cometimento da falta.
§ 1° A anulação poderá ser realizada a qualquer tempo pela própria autoridade
que aplicou a sanção ou pelas autoridades especificadas nos Incisos I, II, III e
IV do Art. 18 deste Código.
§ 2° O ato de anulação deverá conter as razões de fato e de direito
autorizadoras da medida, sendo necessariamente objeto de publicação em
boletim.
§ 3° A anulação, se concedida durante o cumprimento da sanção, implica em
que seja o punido dispensado ou substituído, imediatamente, de serviço em
que se encontre em virtude da mesma.
§ 4º No caso de anulação mediante compensação por elogio recebido, cada
elogio somente poderá ensejar uma anulação.
41
Art. 73. A anulação de sanção cancela todos efeitos a ela vinculados,
implicando, portanto, na eliminação de toda e qualquer anotação ou registro de
sua aplicação nas alterações do militar, retroagindo seus efeitos à data de sua
aplicação.
§ 1° A eliminação de anotação ou registro de punição disciplinar deverá ocorrer
mediante substituição da folha de alterações que o consubstancia, fazendo
constar no espaço correspondente, o número e a data do boletim que publicou
a anulação, seguidos do nome e rubrica da autoridade expedidora desse
boletim.
§ 2° A autoridade que anular a punição disciplinar, comunicará o ato ao setor
de inteligência da Organização Militar.
Art. 74. Todo militar que tiver conhecimento de comprovada ilegalidade na
aplicação de sanção e não detenha atribuição para anulá-la, deve propor a
anulação à autoridade competente, fundamentando sua proposta.
Seção IV
Da Relevação
Art. 75. A relevação consiste na suspensão do cumprimento de sanção
imposta, sem que sejam apagados seus registros ou sustados seus demais
efeitos.
Parágrafo único. A relevação da sanção poderá ser concedida quando ficar
comprovado que foram atingidos os objetivos visados com a aplicação da
mesma, independente do tempo de sanção a cumprir.
Seção V
Da Atenuação
42
Art. 76. A atenuação consiste na transformação, por autoridade imediatamente
superior àquela que impôs a sanção, da medida proposta ou aplicada em outra
menos rigorosa, se assim o exigirem o interesse da disciplina e a ação
educativa ao punido.
Seção VI
Do Agravamento
Art. 77. O agravamento é a transformação, por autoridade imediatamente
superior àquela que impôs a sanção, da medida proposta ou aplicada em outra
mais rigorosa, se assim o exigirem o interesse da disciplina e ação educativa
do punido.
Capítulo VII
Comportamento Militar
Seção I
Conceituação
Art. 78. O comportamento militar constitui-se no conjunto de informações de
ordem profissional, pessoal e social que traduzem a conduta do oficial e da
praça sob o ponto de vista disciplinar.
§ 1° A classificação, reclassificação e melhoria de comportamento, constituem
atribuição de iniciativa do Comandante-Geral e dos comandantes de
Organizações Militares, observados os dispositivos deste capítulo, devendo,
necessariamente, ser publicada em boletim reservado.
§ 2º Ao ser incluído na corporação, o militar será classificado no
comportamento “EXCELENTE”.
43
Seção II
Da Classificação do Comportamento Militar
Art. 79. O comportamento militar será classificado em:
I - EXCEPCIONAL
II - ÓTIMO
III - BOM
IV - INSUFICIENTE
V - MAU
Seção III
Da Progressão do Comportamento
Art. 80. A progressão de classificação do comportamento será gradual e
objetiva, obedecidas as seguintes situações:
I - Do MAU para o INSUFICIENTE, quando não cometer nova transgressão
durante o período de 01 (um) ano;
II - Do INSUFICIENTE para o BOM, quando não cometer nova transgressão
durante o período de 02 (dois) anos;
III - Do BOM para o ÓTIMO, quando não cometer nova transgressão no
período de 02 (dois) anos;
IV - Do ÓTIMO para o EXCEPCIONAL, quando não cometer nova
transgressão no período de 02 (dois) anos.
44
Seção IV
Da Regressão do Comportamento
Art. 81. A regressão de classificação do comportamento será gradual e
objetiva, obedecidas as seguintes situações:
I - Do EXCEPCIONAL para o ÓTIMO, quando cometer transgressão de
qualquer natureza, exceto no caso de 01 (uma) transgressão de natureza leve;
II - Do ÓTIMO para o BOM, quando no período de 04 (quatro) anos, contados
retroativamente da data da última punição aplicada, o militar tiver sido apenado
com um conjunto de sanções equivalente a (02) duas ou mais transgressões
de natureza média, devendo ser aplicada a regra de equivalência estabelecida
no art. 82 deste Código.
Seção V
Tabela de Equivalência de Transgressões
Art. 82. Para efeito de regressão do comportamento, fica estabelecida a
seguinte equivalência de transgressões:
I - 01 (uma) transgressão disciplinar de natureza grave equivale a 02 (duas) de
natureza média;
II - 01 (uma) transgressão disciplinar de natureza média equivale a 02 (duas)
de natureza leve, desde que, neste último caso, tenha sida aplicada, ao menos
a sanção de repreensão.
Parágrafo único. A sanção de advertência não será considerada para fins de
classificação de comportamento.
45
Seção VI
Do Registro do Comportamento
Art. 83. As organizações militares deverão manter atualizadas, nas fichas
disciplinares, a classificação do comportamento de seu efetivo.
Art. 84. A qualquer tempo, atingidas as condições de melhoria de
comportamento previstas neste código, poderá o militar requerer tal publicação
no boletim interno de sua organização militar e seu registro em seus
assentamentos.
Art. 85. Ante qualquer transgressão, no momento em que seja enviada a
comunicação sobre o fato ao militar para abertura do procedimento apuratório,
deverá o órgão responsável verificar a atualização de seu comportamento na
ficha disciplinar.
Capítulo VIII
Direitos e Recompensas
Seção I
Recursos
Art. 86. São os instrumentos utilizados pelo militar para impugnar ato punitivo
que ostente ilegalidade.
§ 1° O recurso interposto perante superior afasta a possibilidade de
manifestação de instância inferior.
§ 2º Constituem espécies de recursos no âmbito da Corporação:
a) pedido de Reconsideração;
46
b) representação; e
c) revisão de processo.
§ 3° No âmbito da corporação, os recursos poderão ser interpostos pela parte
interessada, ou seu representante mediante procuração, devendo ser
formalizados por requerimento escrito fundamentado contendo,
necessariamente, as razões de fato e de direito motivadoras do pedido.
§ 4° Os recursos poderão ser interpostos no prazo iniciado no dia seguinte ao
da notificação e encerrado no décimo dia, salvo se incidir em data em que não
haja expediente, hipótese em que o prazo será prorrogado até o primeiro dia
útil seguinte.
§ 5° A autoridade a quem seja dirigido o recurso, deverá examiná-lo, decidir
sobre seu acolhimento e publicar sua decisão no prazo de, até, 20 (vinte) dias,
podendo prorrogar o exame por mais 10 (dez) dias, mediante expressa e
fundamentada justificativa.
Seção II
Do Pedido de Reconsideração
Art. 87. O pedido de reconsideração constitui-se no instrumento para
impugnação de ato punitivo, formulado perante a própria autoridade que
expediu o ato, para que o reavalie, anulando-o ou alterando-o nos moldes
pretendidos pelo requerente.
§ 1º O pedido de reconsideração, quando impetrado para a impugnação de
prestação de serviços, terá efeito suspensivo.
47
§ 2º Não caberá pedido de reconsideração para a medida cautelar disciplinar,
sendo aplicável, neste caso, representação dirigida à autoridade imediatamente
superior a quem a aplicou ou ao Corregedor da corporação.
§ 3º Incumbirá à autoridade que receber a representação de que trata o
parágrafo anterior, verificada a presença de arbítrio ou ilegalidade, impor à
autoridade determinante da medida cautelar disciplinar indevida, sanção por
transgressão disciplinar de natureza grave.
§ 4º A decisão do pedido de reconsideração não admite novo pedido,
tampouco reexame por parte da autoridade que proferiu o ato.
Seção III
Da Representação
Art. 88. A representação constitui-se em recurso passível de ser formulado por
qualquer militar, dirigido à autoridade superior, visando noticiar irregularidade
ou abuso de poder ocorridos no âmbito da corporação.
Parágrafo único. A representação deverá ser endereçada à autoridade a que
esteja subordinado o recorrente. Ante a hipótese de que seja ela a responsável
pelo ato questionado, a representação deverá ser encaminhada à autoridade
imediatamente superior ou, ainda, quando o assunto assim venha a
recomendar, ao Corregedor.
Seção IV
Da Revisão de Processo
Art. 89. Revisão de processo é o procedimento utilizado objetivando o
reexame de ato punitivo, desde que aduzido fato novo ou circunstância que
indique a inocência ou inadequação da sanção aplicada.
48
Art. 90. Os recursos, em regra, serão admitidos com efeito suspensivo, à
exceção quando no caso de medida cautelar disciplinar.
Art. 91. As decisões dos recursos deverão ser motivadas e conter as razões de
fato e de direito que a consubstanciem, sendo exigível sua publicação e sua
manutenção em arquivo - junto ao correspondente requerimento.
Art. 92. Os recursos administrativos disciplinares serão esgotados no âmbito
da corporação.
Seção V
Do Cancelamento das Sanções
Art. 93. O cancelamento das sanções disciplinares consiste no direito
conferido ao militar de ter eliminadas as anotações relativas às sanções e
outras circunstâncias a elas relacionadas de suas alterações e ficha disciplinar.
Art. 94. O cancelamento das sanções será concedido ao militar, mediante
requerimento, observados os seguintes prazos:
I - 05 (cinco) anos de efetivo serviço, quando a sanção a cancelar for de
natureza grave;
II - 02 (dois) anos de efetivo serviço, quando a sanção a cancelar for de
natureza média; e
III - 01 (um) ano de efetivo serviço, quando a sanção a cancelar for de
natureza leve.
Parágrafo único. Os prazos acima se condicionam ao cumprimento da sanção
e à exigência de que, durante o período determinado, não venha a ocorrer
nova sanção ou condenação.
49
Art. 95. A decisão correspondente ao requerimento para cancelamento de
sanção deve ser objeto de publicação em boletim reservado.
§ 1º Atendidas as condições previstas no Art. 94, o requerimento para
cancelamento de sanção não poderá ser indeferido.
§ 2º A solução do requerimento de cancelamento de sanção é de competência
do Comandante-Geral, exceto quando a sanção houver sido aplicada pelo
Secretário de Estado ao qual esteja subordinada a corporação ou Governador
do Estado, a quem caberá solucioná-lo.
Art. 96. Todas as anotações relacionadas com as sanções canceladas devem
ser tingidas de maneira que não seja possível a sua leitura. Na margem onde
for feito o cancelamento deve ser anotado o número e a data do boletim da
autoridade que concedeu o cancelamento, sendo essa anotação rubricada pela
autoridade competente para assinar as folhas de alterações.
Seção VI
Da Prescrição
Art. 97. A prescrição configura-se como impedimento para o interessado
interpor recurso ou para as autoridades se manifestarem sobre transgressão ou
fato, em razão do exaurimento dos prazos estabelecidos.
§ 1º O prazo para contagem da prescrição se inicia com o cometimento da
transgressão disciplinar.
§ 2º A instauração de procedimento judicial ou administrativo de apuração
(Procedimento Administrativo Disciplinar) interromperá o prazo prescricional,
que terá sua contagem reiniciada após o término do prazo máximo
estabelecido para conclusão do procedimento.
50
Art. 98. As transgressões graves prescreverão em dois anos, as médias em
um ano e as leves em seis meses, exceto ante a não instauração ou
suspensão do processo administrativo em face de eventual processo judicial,
nos termos deste código – quando os prazos prescricionais serão
interrompidos.
Parágrafo único. A prescrição de que trata este artigo ocorrerá mesmo ante a
instauração de processo administrativo disciplinar, à exceção das hipóteses em
que o processo seja suspenso em face de processo judicial ou impedimento do
militar a ele submetido decorrente de inaptidão sanitária comprovada por junta
de saúde.
Seção VII
Das Recompensas
Art. 99. O reconhecimento pelos bons serviços prestados ou atos meritórios
praticados pelo militar, além de outras, previstas em leis e regulamentos
especiais, conferem as seguintes recompensas:
I - o elogio;
II - as dispensas do serviço;
III - a dispensa da revista do recolher e do pernoite, nos centros ou escolas de
formação, para os alunos dos cursos.
Seção VIII
Do Elogio
Art. 100. O elogio pode ser individual ou coletivo.
51
§ 1º Elogios individuais, que colocam em relevo as qualidades morais e
profissionais, somente poderão ser formulados a militares que tenham se
destacado dos demais integrantes da corporação no desempenho de ato de
serviço ou ação meritória.
§ 2º Somente serão registrados nos assentamentos militares os elogios
individuais obtidos no desempenho de funções próprias à atividade militar.
§ 3º O elogio coletivo visa a reconhecer e a ressaltar um grupo de militares, ou
fração de tropa, ao cumprir destacadamente determinada missão.
Seção IX
Das Dispensas do Serviço como Recompensas
Art. 101. As dispensas ao serviço como recompensa podem ser:
I - dispensa total do serviço, isentando de todos os trabalhos da Organização
Militar, inclusive os de instrução; e
II - dispensa parcial do serviço, isentando de alguns trabalhos especificados na
concessão.
§ 1º A dispensa total do serviço é concedida no prazo máximo de oito dias, não
devendo ultrapassar o total de dezesseis dias no decorrer de um ano civil e não
invalidando o direito ao gozo de férias.
§ 2º A dispensa total do serviço poderá ser gozada fora da sede, ficando, neste
caso, subordinada às regras relacionadas à concessão de férias.
§ 3º A dispensa total do serviço é regulada por períodos de vinte e quatro
horas, contados de boletim em boletim, e sua publicação deve ser feita, no
mínimo, vinte e quatro horas antes do início da dispensa, salvo por motivo de
força maior.
52
§ 4º A recompensa de que trata este artigo deve ser gozada durante o
comando da autoridade que a concedeu, bem como durante a vigência do ano
em que foi concedida, sob pena de preclusão.
Seção X
Dispensas de Revistas como Recompensa
Art. 102. As dispensas das revistas do recolher e do pernoite no quartel podem
ser incluídas em uma mesma concessão e não justificam a ausência do serviço
para o qual o aluno esteja ou venha a ser escalado e nem de instrução a que
deva comparecer.
Art. 103. São competentes para a concessão das recompensas de que trata
este capítulo as autoridades especificadas no Art. 18 deste Código.
Art. 104. São competentes para anular, restringir ou ampliar as recompensas
concedidas por si ou por seus subordinados, as autoridades especificadas no
Art. 18 deste Código, devendo tal decisão ser justificada e publicada em
boletim.
Seção XI
Da pontuação das Recompensas
Art. 105. As recompensas abaixo receberão pontuação positiva, conforme sua
natureza e as circunstâncias dos fatos que as originaram, nos seguintes limites:
I - elogio Individual: 05 (cinco) pontos cada, caso não tenham sido utilizados
na anulação de transgressões leves;
II - elogio Coletivo: 03 (três) pontos cada;
53
III - comendas concedidas pela corporação: 05 (cinco) pontos cada; e
IV - medalhas de mérito profissional ou militar concedidas pela corporação: 03
(três) pontos cada;
Parágrafo único. A pontuação acima terá validade permanente, entretanto, sua
utilização em caso de redução da gravidade de eventuais transgressões, nos
termos do § 2º do Art. 27 deste Código, somente poderá ocorrer uma vez a
cada 05 anos - devendo ser feito registro de tal cômputo nos assentamentos do
militar, quando seja o caso.
Capítulo IX
Dos Procedimentos Administrativos Disciplinares
Art. 106. São os seguintes os Procedimentos Administrativos Disciplinares em
vigor nas corporações militares do Estado do Rio de Janeiro:
I - Conselho de Justificação;
II - Conselho de Disciplina;
III - Conselho de Revisão Disciplinar;
IV - Conselho Escolar.
Parágrafo-único. Os Procedimentos Administrativos Disciplinares deverão
observar os princípios da ampla defesa, do contraditório, da segurança jurídica,
da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da
motivação, da razoabilidade, da proporcionalidade, da finalidade, dentre outros.
Seção I
Do Conselho de Justificação
54
Art. 107. O Conselho de Justificação destina-se a julgar, por meio de processo
especial, a capacidade dos oficiais das corporações militares do Estado do Rio
de Janeiro para permanência na corporação, criando-lhes, ao mesmo tempo,
condições para se defenderem.
Art. 108. O Conselho de Justificação terá sua regulamentação e
funcionamento previstos no Anexo I deste código, ficando revogada a Lei Nº
427, de 10 de junho de 1981.
Seção II
Do Conselho de Disciplina
Art. 109. O Conselho de Disciplina destina-se a julgar, por meio de processo
especial, a capacidade de permanência nas corporações militares do Estado do
Rio de Janeiro do aspirante a oficial ou da praça com mais de 03 (três) anos de
serviço, criando-lhes, ao mesmo tempo, condições para se defenderem.
Art. 110. O Conselho de Disciplina terá sua regulamentação e funcionamento
previstos no Anexo II deste código, ficando revogado o Decreto Nº 2.155, de 13
de outubro de 1978 e o Decreto Nº 43.462, de 10 de fevereiro de 2012.
Seção III
Da Comissão de Revisão Disciplinar
Art. 111. A Comissão de Revisão Disciplinar destina-se a julgar, por meio de
processo especial, a capacidade de permanência nas corporações militares do
Estado do Rio de Janeiro da praça que não tenha completado 03 (três) anos de
serviço e, portanto, sem estabilidade assegurada , criando-lhe, ao mesmo
tempo, condições para se defender.
55
Art. 112. A Comissão de Revisão Disciplinar, no âmbito do Estado do Rio de
Janeiro, terá sua regulamentação e funcionamento previstos no Anexo III deste
código.
Seção IV
Do Conselho Escolar
Art. 113. O Conselho Escolar destina-se a julgar, por meio de processo
especial, a capacidade de permanência nos cursos de formação e pós-
formação ministrados pelas organizações administrativas de ensino militares do
Estado do Rio de Janeiro.
Art. 114. Os Conselhos Escolares terão sua regulamentação e funcionamento
estabelecidos nos âmbitos das respectivas organizações administrativas de
ensino militares de formação e pós-formação.
Capítulo X
Disposições Finais e Transitórias
Art. 115. As transgressões disciplinares, cometidas anteriormente à entrada
em vigor deste código, serão examinadas com base nos regulamentos
disciplinares vigentes à época dos fatos, salvo nos casos em que as
disposições deste diploma sejam mais benéficas ao transgressor.
Art. 116. Tendo em vista as modificações introduzidas por este código, a partir
de sua entrada em vigor todos os militares em serviço ativo terão seu
comportamento classificados no "EXCEPCIONAL".
Art. 117. Este Código de Ética e Disciplina entrará em vigor 60 (sessenta) dias
após a sua publicação, revogados a Lei Estadual Nº 427, de 10 de junho de
1981; o Decreto Nº 2.155, de 13 de outubro de 1978; o Decreto Nº 3.767, de 04
de dezembro de 1980; o Decreto Nº 6.579, de 05 de março de 1983; o Decreto
Nº 41.138, de 13 de janeiro de 2008; o Decreto Nº 41.141, de 23 de janeiro de
56
2008; o Decreto Nº 43.462, de 10 de fevereiro de 2012; bem como a Portaria
PMERJ Nº 0407, de 10 de fevereiro de 2012 e a Resolução SEDEC Nº 0197,
de 13 de novembro de 1999.
57
ANEXO I
DO CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO
Dispõe sobre o Conselho de Justificação para
oficiais da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
e dá outras providências.
TÍTULO I
Capítulo Único
Disposições Gerais
Art. 1º. O Conselho de Justificação é destinado a julgar, através do Processo
Especial, da incapacidade do oficial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros,
para permanecer na Ativa, criando-lhe, ao mesmo tempo, condições para se
justificar.
Parágrafo único. O Conselho de Justificação pode, também, ser aplicado ao
oficial da reserva remunerada ou reformado, presumidamente incapaz de
permanecer na situação de inatividade em que se encontra, observado o
disposto no Artigos 45 e 47 deste Código e seus respectivos parágrafos.
Art. 2º. Será submetido a Conselho de Justificação, a pedido ou ex officio, o
oficial da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros:
I – acusado formal e oficialmente por haver:
a) procedido incorretamente no desempenho do cargo;
58
b) tido conduta irregular; ou
c) praticado ato que afete a honra pessoal, o pundonor policial militar ou o
decorro da classe.
II – sido considerado não habilitado para o acesso em caráter provisório, no
momento em que venha a ser objeto apreciação para ingresso em quadro de
acesso ou lista de escolha;
III – sido afastado do cargo, na forma do respectivo estatuto, por se tornar
incompatível com o mesmo ou demonstrar incapacidade no exercício de
funções a ele inerentes, salvo se o afastamento é decorrência de fato que
motive sua submissão a processo;
IV – sido condenado por tribunal civil ou militar à pena restritiva de liberdade
individual superior a 02 (dois) anos, em decorrência de sentença transitado em
julgado;
V – sido condenado, por sentença transitada em julgado, por crimes para os
quais o Código Penal Militar comina essas a penas acessórias e por crime
previstos na legislação concernentes à Segurança Nacional;
VI – sido condenado, por sentença transitado em julgado, por crime de
natureza dolosa, não previsto na legislação especial concernente à segurança
nacional, ou tribunal civil ou militar, à pena restritiva de liberdade individual até
02 (dois), tão logo transite em julgado a sentença;
VII – pertencer a partido político ou associação declarados ilegais por força de
disposição legal ou decisão judicial ou, ainda, quando praticar ato ofensivo à lei
de segurança nacional.
Parágrafo único. É considerado, para efeito desta lei, pertencente a partido ou
associação a que se refere este artigo, o oficial da Polícia Militar ou do Corpo
de Bombeiros que, ostensiva ou clandestinamente:
59
a) estiver escrito como seu membro;
b) prestar serviços ou angariar valores em seu benefício;
c) realizar propaganda de suas doutrinas; ou
d) colaborar, por qualquer forma, mas sempre de modo inequívoco ou doloso,
em suas atividade.
Art. 3º. O oficial da ativa da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros, ao ser
submetido a Conselho de Justificação, é afastado do exercício de suas
funções:
I – automaticamente, nos casos dos incisos IV, V, e VII do Art. 2º; e
II – a critério do respectivo Comandante Geral, nos casos do inciso I do Art. 2º.
Art. 4º. Compete ao Comandante Geral da Polícia Militar e ao Comandante
Geral do Corpo de Bombeiros a nomeação, mediante Portaria, do Conselho de
Justificação; indicar o oficial a ser submetido a julgamento perante ao
Conselho, assim como os oficiais que deverão integrá-lo, em cada caso.
Parágrafo único. Compete ao Secretário de Estado de Segurança Pública e ao
Secretário de Estado de Defesa Civil a nomeação de Conselho de Justificação
destinados ao julgamento, respectivamente, do Comandante Geral da Polícia
Militar e do Comandante Geral do Corpo de Bombeiros.
Art. 5º. Ao receber a determinação do Comandante Geral da corporação militar
sobre a iminência de instauração de Conselho de Justificação, a Corregedoria
providenciará a cópia dos assentamentos do oficial a ser avaliado; a “Parte de
Acusação”, cuja cópia deverá ser entregue ao mesmo; bem como a lista de
nomes para escolha, pelo Comandante Geral, dos integrantes do colegiado.
60
Art. 6º. Antes da publicação em boletim da Portaria de Nomeação do Conselho
de Justificação, receberá o oficial cópia da “Parte de Acusação” contendo a
descrição dos fatos que lhe são imputados, sendo-lhe concedido prazo de 05
(cinco) dias para que apresente defesa prévia por escrito – a qual poderá,
mediante decisão da autoridade, ensejar o cancelamento do Conselho.
Art. 7º. As autoridades referidas no artigo anterior poderão, com base nos
antecedentes do oficial a ser julgado, na natureza ou falta de consistência dos
fatos arguidos ou nas alegações constantes de defesa prévia apresentada,
considerar, desde logo, improcedente a acusação e indeferir, em consequência,
o pedido de nomeação do Conselho de Justificação.
Parágrafo único. O indeferimento do pedido de nomeação do Conselho de
Justificação será objeto de publicação em boletim disciplinar, da qual deverão
constar a transcrição da parte de acusação e a fundamentação do
indeferimento, sendo tais registros transcritos nos assentamentos do oficial, se
no serviço ativo.
Art. 8º. A partir da decisão de que seja submetido oficial a Conselho de
Justificação, a Portaria assinada pelo Comandante Geral será publicada em
boletim disciplinar, onde serão estabelecidos os fatos que determinaram a
decisão, bem como se o oficial a ser submetido a Conselho será, ou não,
afastado de suas funções.
Art. 9º. Publicada a Portaria e nomeado o Conselho de Justificação, a
Corregedoria providenciará a entrega imediata das publicações ao oficial
nomeado como Presidente do Conselho de Justificação, juntamente com as
cópias da “Parte de Acusação”; dos assentamentos do oficial a ser submetido a
Conselho; bem como de toda documentação referente ao fato ou fatos que
deram origem ao procedimento.
Art. 10. O Conselho de Justificação é composto de 03 (três) oficiais, sempre
que possível da ativa, da corporação a que pertencer o Justificante, de posto
superior ao seu.
61
Parágrafo único. O membro mais antigo do Conselho de Justificação, no
mínimo oficial superior, será o Presidente, o que lhe segue em antiguidade será
o interrogante e relator; o mais moderno será o Escrivão.
Art. 11. Ante a indicação de oficial inativo para integrar Conselho de
Justificação, competirá à corporação o encaminhamento de convite para o
escolhido, bem como a declaração de que o mesmo aceita ser convocado na
forma do estatuto da corporação, observados os prazos.
Art. 12. Sendo indicado para integrar o Conselho de Justificação oficial inativo,
deverá ser solicitado ao governador, na forma do estatuto da corporação, sua
convocação para tal fim.
Art. 13. Não podem fazer parte do Conselho de Justificação:
I - oficial que formulou a acusação;
II - oficiais que tenham entre si, com o acusador ou acusado, parentesco
consanguíneo ou afim, na linha reta até o quarto grau de consanguinidade
colateral ou de natureza civil; e
III - oficiais subalternos.
Art. 14. Quando o Justificante for oficial superior do último posto, os membros
do Conselho de Justificação serão nomeados dentre os oficiais daquele posto,
da ativa ou na inatividade, mais antigos que o Justificante.
Art. 15. Quando o Justificante for oficial da reserva remunerada ou reformado,
um dos membros do Conselho de Justificação deverá ser da reserva
remunerada.
Art. 16. O Conselho de Justificação, à exceção da sessão de deliberação, que
será secreta, funcionará sempre com a totalidade de seus membros, presentes
62
o Justificante e seu representante legal, em local onde a autoridade nomeante
julgue melhor indicado para a apuração do fato.
Art. 17. O Conselho se reunirá em dias úteis, nos horários normais de
expediente da Organização Militar onde funcione, somente devendo ser
encerrados após o horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento
prejudique o curso regular do Conselho ou cause dano ao Justificante ou à
Administração.
Parágrafo único. Tendo em vista o disposto neste artigo, o horário de início do
ato deverá ter ocorrido com a possibilidade de término antes do fim do
expediente – sendo o atraso decorrente de fato excepcional ou demora
incomum dos depoimentos.
Art. 18. Ante a submissão de oficial inativo a Conselho de Justificação, o
Conselho deverá funcionar em Organização Militar situada no município onde
tenha residência e, não havendo no domicílio do militar Organização Militar em
condições, será escolhida outra, sempre obedecido o critério de proximidade
do domicilio do justificado.
Parágrafo único. O Conselho de Justificação poderá funcionar em outra
Organização Militar, independente de proximidade com o domicílio do
justificado, desde que mediante a concordância do Justificante.
Art. 19. Reunido o Conselho de Justificação, convocado previamente por seu
Presidente, em local, dia e hora designados com antecedência, presente o
Justificante e seu representante legal, o Presidente manda proceder a leitura e
a autuação dos documentos que constituem o ato de nomeação do Conselho;
em seguida, ordena a qualificação do Justificante e procede o início das oitivas
das testemunhas, as quais serão, sempre, reduzidas a Termo, assinadas por
todos os membros do Conselho, pelo Justificante e por seu advogado, fazendo-
se a juntada de documentos oferecidos.
63
§ 1º. A qualificação do Justificante será formalizada mediante o Auto de
Qualificação do Justificante, que será autuado e juntado ao procedimento
(Modelo 09 deste Anexo I).
§ 2º. As qualificações do(s) acusador(es) e testemunhas serão procedidas logo
ao início de suas oitivas, devendo constar dos respectivos Termos de
Inquirições.
§ 3º. O interrogatório do Justificante,do qual será lavrado o “Auto de
Interrogatório do Justificante”, será o último procedimento a ser realizado no
curso do Conselho, devendo seguir-se a este ato, caso não se torne necessária
a produção de mais provas, a entrega das razões de defesa para, então, ser
realizada a reunião secreta de deliberação (Modelo 10 deste Anexo I).
§ 4º. Após o interrogatório do Justificante, solicitadas novas provas, será
novamente facultado à defesa a oportunidade de se manifestar sobre eventuais
novos fatos, para que, então, apresente as razões de defesa e passe o
Conselho à deliberação.
§ 5º. Quando o Justificante for oficial da reserva remunerada ou reformado, e
não for localizado ou deixar de atender a intimação por escrito para
comparecer perante o Conselho de Justificação:
a) a intimação será publicada em órgão de divulgação da área do domicílio do
Justificante; e
b) o processo correrá à revelia, se não atendida a publicação.
Art. 20. Todos os documentos apresentados pelo Justificante deverão ser
juntados aos Autos, podendo tal providência constar, apenas, de despachos
proferidos pelo Presidente nos próprios documentos, incumbindo ao Escrivão
proceder a Juntada mediante a lavratura do Termo correspondente Modelo 08
deste Anexo I).
64
Art. 21. Aos membros do Conselho de Justificação e ao representante legal do
Justificante reperguntar diretamente ao Justificante e às testemunhas sobre o
objeto da acusação e propor diligências para o esclarecimento dos fatos.
Art. 22. Ao ser iniciada a primeira sessão de funcionamento do Conselho,
antes da realização de qualquer oitiva ou da solicitação de produção de provas,
será entregue pelo Presidente ao Justificante, mediante “contra-fé”, o “Libelo
Acusatório”, que deverá constar de relato minucioso do fato ou fatos e a
descrição detalhada dos atos que são imputados ao Justificante.
Parágrafo único. Após a entrega do “Libelo Acusatório”, terá o Justificante o
prazo de 05 (cinco) dias para oferecimento de suas Razões de Defesa.
Art. 23. Ao Justificante será assegurada ampla defesa, tendo ele, após o
interrogatório, ultimo ato do procedimento que antecede à reunião de
deliberação, prazo de 05 (cinco) dias para oferecer as razões de defesa.
§ 1º. Em sua defesa, poderá o Justificante requerer a produção, perante o
Conselho de Justificação, de todos as provas permitidas no Código de
Processo Penal Militar.
§ 2º. As provas a serem realizadas mediante carta precatória serão efetuadas
por intermédio da autoridade militar local.
Art. 24. Poderão ser arroladas até 06 (seis) testemunhas pelo Conselho e
outras 06 (seis) pelo Justificante, limite que não será aplicado àquelas ditas
Informantes e referidas.
§ 1º. Informantes são as testemunhas que não podem prestar o compromisso.
§ 2º. Testemunhas referidas são aquelas mencionadas em peças do processo
e que são chamadas a depor.
65
§ 3º. Não serão acolhidos pedidos de testemunhos de Chefes dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como de autoridades do 2º (segundo)
escalão de tais Poderes.
§ 4º. O testemunho de autoridades da Administração Pública Estadual, à
exceção daquelas elencadas no parágrafo anterior, somente será deferido ante
a apresentação, pelo Justificante, de conjunto probatório que justifique ou
fundamente o pedido ou, ainda, mediante o convencimento dos membros do
Conselho sobre a necessidade e importância do depoimento.
Art. 25. O Conselho de Justificação pode inquirir o acusador ou receber, por
escrito, seus esclarecimentos ouvindo posteriormente, a respeito, o
Justificante.
Art. 26. O Conselho de Justificação dispõe de um prazo de 30 (trinta) dias, a
contar da data de sua nomeação, para a conclusão de seus trabalhos, inclusive
a remessa do relatório.
Parágrafo único. A autoridade nomeante, por motivos excepcionais, poderá
prorrogar, em até 20 (vinte) dias, o prazo de conclusão dos trabalhos.
Art. 27. O pedido de prorrogação de prazo, em tempo útil e com apresentação
dos motivos, deverá ser enviado, pelo Presidente do Conselho, ao
Comandante Geral da corporação (Modelo 12C deste Anexo I).
Art. 28. O pedido de prorrogação de prazo, devidamente deferido, deverá ser
enviado à Corregedoria para publicação em boletim disciplinar e, após
publicação, encaminhado ao Presidente do Conselho de Justificação.
Art. 29. Realizadas todas as diligências, o Conselho de Justificação passa a
deliberar, em sessão secreta, sobre o relatório a ser redigido.
§ 1º. O relatório, elaborado pelo Escrivão e assinado por todos os membros do
Conselho de Justificação deve julgar se o Justificante:
66
a) é, ou não, culpado da acusação que lhe foi feita; ou
b) no caso do inciso II do Art. 2º, está, ou não sem habilitação para acesso, em
caráter definitivo; ou
c) no caso do inciso IV do Art. 2º, levados em consideração os preceitos de
aplicação do Código Penal Militar, está ou não, incapaz de permanecer na ativa
ou na situação em que se encontra na inatividade.
§ 2º. A deliberação do Conselho de Justificação é tomada por maioria dos
votos de seus membros.
§ 3º. Quando houver voto vencido, é facultada sua justificação por escrito.
§ 4º. Elaborado o relatório, com um Termo de Encerramento, o Conselho de
Justificação remete o processo a autoridade que determinou a instauração do
Conselho.
Art. 30. Recebidos os Autos do processo de Conselho de Justificação, a
autoridade que determinou sua instauração, dentro do prazo de 20 (vinte) dias,
aceitando ou não seu julgamento e, neste último caso, justificando os motivos
de seu despacho, determinará:
I – o arquivamento do processo, se considera procedente a justificação;
II – a aplicação da pena disciplinar, se considera contravenção ou
transgressão disciplinar a razão pelo qual o oficial foi julgado culpado;
III - na forma do estatuto respectivo e conforme o caso, a transferência do
acusado para a reserva remunerada ou os atos para sua efetivação pelo
governador do Estado, se o oficial for considerado não habilitado para o acesso
em caráter definitivo, nos termos do inciso II do Art. 2º deste Anexo I;
67
IV – a remessa do processo à autoridade competente, se considera crime a
razão pela qual o oficial foi considerado culpado; e
V – a remessa do processo ao tribunal de justiça:
a) se a razão pela qual o oficial foi julgado culpado está previsto nos incisos I,
III e VII do Art. 2º deste Anexo I; ou
b) se, pelo crime cometido previsto nos incisos IV, V ou VI do Art. 2º deste
Anexo I, o oficial foi julgado incapaz de permanecer na ativa ou na inatividade.
Parágrafo único. O despacho que julgar procedente a justificação deve ser
publicado em boletim disciplinar reservado e transcrito nos assentamentos do
oficial, caso seja da ativa.
Art. 31. É da competência do Tribunal de Justiça o julgamento, em instância
única, nos processos oriundos de Conselhos de Justificação a ele remetidos
pelo Secretário de Estado de Segurança Pública, pelo Secretário de Estado de
Defesa Civil ou pelos Comandantes Gerais das Corporações Militares
Estaduais na forma regimental própria, assegurando-se prazo para a defesa se
manifestar, por escrito, sobre a decisão do Conselho de Justificação.
Art. 32. O Tribunal de Justiça, ao decidir que o oficial é culpado de ato ou fato
previsto nos incisos I, III e VII do Art. 2º deste Anexo I, ou que, pelos crimes
cometidos, previstos nos incisos IV, V e VI do Art. 2º deste Anexo I, é incapaz
de permanecer na ativa ou na inatividade, deve, conforme o caso:
I – declará-lo indigno do Oficialato ou com ele incompatível, determinando a
perda do posto e da patente; ou
II – determinar sua reforma.
§ 1º. A reforma do Oficial é efetuada no posto que possui na ativa, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço.
68
§ 2º. A reforma do oficial ou sua demissão ex officio, consequente da perda do
posto e da patente, conforme o caso, é efetuada pelo Governador do Estado,
tão logo seja publicado o acórdão do Tribunal de Justiça.
Art. 33. Aplicam-se a esta lei, subsidiariamente, as normas do Código de
Processo Penal Militar.
Art. 34. O prazo para instauração e funcionamento do Conselho de
Justificação, por referir-se o presente procedimento especial a faltas de
natureza disciplinar, prescreve em 02 (dois) anos, conforme o prazo de
prescrição das transgressões graves constantes do Art. 98 deste Código,
computados a partir da data em que foram praticados os fatos constantes da
“Parte de Acusação” ou do “Libelo Acusatório”, exceto ante a suspensão dos
prazos prescricionais decorrente da instauração de procedimento judicial, nos
termos § 2º do Art. 97 do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado
do Rio de Janeiro.
TÍTULO II
Capítulo I
Das Instruções Reguladoras
Art. 35. A Portaria de Nomeação do Conselho de Justificação (Modelo 02 deste
Anexo I) conterá:
I - a qualificação do Justificante, da qual constará, no caso de militar inativo,
cópia do ato de passagem à inatividade;
II - a descrição dos fatos que ensejaram a instauração, materializada mediante
a “Parte de Acusação”;
69
III - a composição do Conselho;
IV - o local em deva funcionar o Conselho;
Art. 36. De posse da Portaria de Nomeação e de toda a documentação
necessária prevista, o Presidente do Conselho de Justificação convocará,
mediante publicação em boletim disciplinar reservado, os demais membros do
Conselho, bem como o Justificante para a primeira reunião - em local, dia e
hora marcados com antecedência compatível.
Art. 37. Para a reunião de que trata o art. anterior, poderá o Justificante
comparecer acompanhado de seu representante legal.
Parágrafo único. Não apresentando o Justificante representante legal, caberá
o Presidente do Conselho designar-lhe curador para o ato.
Art. 38. Se o Justificante for oficial inativo, o Presidente do Conselho expedirá
também intimação (em duas vias) para o mesmo, que será entregue pelo órgão
de inativos da corporação, devendo a 2ª via, devidamente recibada ou com a
declaração de não ter sido localizado militar, ser devolvida ao Presidente antes
do início da primeira sessão.
Art. 39. Reunido o Conselho para sua primeira reunião, no dia, hora e local
determinados; presentes todos os membros, bem como o Justificante e seu
representante legal ou curador designado; o Presidente fará a entrega da
Portaria de Nomeação e de toda a documentação existente ao Escrivão, que
procederá a leitura da mesma.
Art. 40. Ao final da primeira reunião, o Presidente determinará ao Escrivão que
proceda a autuação da documentação existente (Modelo 01 deste Anexo I),
após o que os Autos lhe serão conclusos (Modelo 04 deste AnexoI).
70
Art. 41. Recebendo os Autos conclusos, o Presidente, mediante despacho
proferido nos Autos (Modelo 05 deste Anexo I), determinará a qualificação e o
interrogatório das testemunhas, bem como o deferimento das provas a serem
produzidas, devendo o Escrivão, após o Recebimento dos Autos (Modelo 06
deste Anexo I), providenciar o cumprimento do(s) Despacho(s).
Art. 42. Todos os depoimentos e atos do Conselho serão reduzidos a Termo;
assinados por seus membros, pelo Justificante e seu representante legal; após
o que serão autuados mediante despacho do Escrivão juntamente com a Ata
de Sessão (Modelo 03A ou seguintes deste Anexo I) e, ao final, conclusos ao
Presidente.
Art. 43. Estando os Autos conclusos ao Presidente e deles necessitando vistas
o Justificante ou seu representante legal, o Presidente, após suas análises e
mediante despacho, encaminhará os Autos ao Escrivão para atendimento da
defesa.
Art. 44. De todas as sessões serão lavradas Atas (Modelos 3A, 3B, 3C, 3D e
3E deste Anexo I).
Art. 45. De posse dos Autos, o Presidente proferirá suas decisões e/ou
determinará as próximas providências, restituindo os Autos, mediante
despacho, ao Escrivão.
Art. 46. Os documentos ou peças deverão ser datilografados em espaço 02
(dois) ou digitados nas fontes "Arial" ou "Times New Roman", em tamanho "12",
com espaço de "1,5" – devendo ser observadas, em cada folha, à esquerda,
margem de 05 (cinco) centímetros e, à direita, de 02 (dois) centímetros.
Art. 47. O verso das folhas deverá permanecer em branco; no anverso, os
espaços deixados em branco deverão ser inutilizados, devendo as folhas em
branco serem retiradas do Processo.
71
Art.48. Todas as folhas serão seguidamente numeradas, devendo o número
ser colocado no canto superior direito da folha, que nesse serão rubricadas
pelo Escrivão.
Art.49. A Autuação será realizada na primeira sessão do Conselho, sendo feita
na capa do Processo, que será a folha nº 01 (Modelo 01 deste Anexo I).
Art. 50. A Portaria de Nomeação será a folha de número 02 (dois) dos Autos
(Modelo 02 deste Anexo I).
Art. 51. Em seguida à Portaria serão autuados, seguidamente, todos os
documentos em poder do Presidente do Conselho no início da 1ª sessão.
Art. 52. Todas as peças do processo serão reunidas, por ordem cronológica,
reunidas num só processo, com as folhas numeradas e rubricadas, pelo
Escrivão (vide Art. 21 do CPPM), devendo ser substituído o termo “Inquérito”
pelo termo “Processo”, no caso, de Justificação, por se aplicar o CPPM
subsidiariamente).
Art. 53. Sempre que o Conselho se reunir, será lavrada, pelo Escrivão, Ata de
Sessão, da qual constarão os atos realizados, as solicitações incidentes,
sugestões interrupções e qualquer fato ou procedimento requerido, deferido ou
ordenado pelo Conselho (Modelos 03A, 03B, 03C, 03D e 03E deste Anexo I).
Parágrafo único. As atas serão autuadas ao final de cada sessão.
Art. 54. O “Libelo Acusatório” (Modelo 11 deste Anexo I) será fornecido ao
Justificante, mediante contra-fé, pelo Conselho de Justificação em sua primeira
sessão e apresentará, de forma minuciosa, o fato ou fatos que ensejaram o
Conselho e e a descrição detalhada dos atos imputados ao Justificante.
Parágrafo único. Cópia do Libelo Acusatório, contendo a contra-fé do
Justificante ou de seu representante legal, será juntada aos Autos.
72
Art. 55. Após seu interrogatório, terá o Justificante 05 (cinco) dias para
oferecer ao Conselho suas Razões de Defesa, que serão autuadas e juntadas
aos Autos (Modelo 17 deste Anexo I).
Art. 56. Incumbe ao Escrivão colocar o processo em ordem, bem como dar
cumprimento às determinações exaradas, mediante despacho, do Presidente,
bem como, após seu cumprimento, emitir a competente Certidão (Modelo 07
deste Anexo I) e retornar os Autos conclusos (Modelo 04 deste Anexo I) ao
Presidente.
Art. 57. O despacho é o instrumento mediante o qual o Presidente determina
providências e diligências a serem tomadas pelo Conselho, impulsionando seu
andamento a partir do momento em que receba os Autos conclusos.
Parágrafo único. Todos os documentos recebidos para serem juntados aos
Autos, mediante termo de Juntada (Modelo 08 deste Anexo I), quando
estiverem os Autos conclusos ao Presidente deverão ser assinados pelo
Presidente, que restituirá o processo mediante Despacho - do qual dará o
Escrivão Recebimento (Modelo 06 deste Anexo I).
Art. 58. Ao receber os Autos devidamente despachados pelo Presidente, o
Escrivão lavrará o Termo de Recebimento (Modelo 06 deste Anexo I).
Art. 59. Para declarar, nos Autos, haver cumprido, ou não, despacho do
Presidente, o Escrivão lavrará uma Certidão (Modelo 07 deste Anexo I).
Art. 60. A juntada de documentos expedidos, recebidos e quaisquer outros,
inclusive comprovantes, aos Autos, dar-se-á mediante despacho do Presidente
de “Junte-se aos Autos” (Modelo 05 deste Anexo I), devendo ser lavrado pelo
Escrivão o correspondente termo de Juntada (Modelo 08 deste Anexo I).
Art. 61. O comparecimento do Justificante, do acusador ou das testemunhas,
quando militares ou servidores públicos estaduais, dar-se-á mediante ofício de
73
requisição, em duas vias, ao comandante, chefe, diretor ou coordenador
(Modelos 12A e 12B deste Anexo I).
§ 1º. No ofício, que será assinado pelo Presidente do Conselho, será
requisitada a apresentação do militar ou servidor em data, horário e local
designados, cabendo ao destinatário o atendimento à requisição.
§ 2º. Aquele que receber o ofício de requisição ficará responsável por sua
entrega ao destinatário, devendo dar fé, mediante a aposição de nome,
matrícula ou RG e assinatura datada, na cópia do documento – que será, em
seguida, juntada aos Autos na forma deste código.
§ 3º. Constituindo-se o acusador ou a testemunha em militar ou servidor
público federal, será seu comparecimento solicitado, da mesma forma,
mediante ofício ao comandante, chefe, diretor ou coordenador – quando
aplicável – podendo o destinatário atender à solicitação ou apresentar nova
data e horário, mediante coordenação com o Presidente do Conselho.
§ 4º. Quando o acusador ou testemunha for civil, será intimado diretamente,
em duas vias, devendo o intimado dar recibo na cópia que será juntada ao
processo (Modelo 13 deste Anexo I).
§ 5º. Será também utilizada a intimação direta, porém encaminhada mediante
o órgão de inativos da corporação, quando o acusador ou testemunha for
militar inativo.
§ 6º. Quando necessária a prestação de informações ou provas por terceiros,
serão expedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma
e condições de atendimento (Modelo 13 deste Anexo I, com as adaptações
pertinentes às necessidades).
§ 7º. Não sendo atendidas as solicitações previstas nos parágrafos 3º e 4º,
poderá o Presidente do Conselho, se entender relevante a matéria, proferir
despacho informando a omissão da diligência ou depoimento e deferir, caso
74
exista, meio de prova alternativo solicitado pela defesa, não se eximindo de
proferir decisão no processo.
§ 8º. As requisições de que trata este artigo serão encaminhadas com
antecedência mínima de 03 (três) dias úteis.
Art. 62. O “Auto de Interrogatório” é o instrumento onde são consignados a
qualificação do Justificante, os fatos por ele declarados, bem como as
perguntas que lhe forem dirigidas e as respostas prestadas perante o Conselho
de Justificação (Modelo 10 deste Anexo I).
Art. 63. O “Termo de Inquirição de Testemunha” constitui-se no instrumento
onde serão registrados a qualificação da testemunha e todo o seu depoimento
perante o Conselho de Justificação (Modelo 14 deste Anexo I).
Art. 64. O “Termo de Perguntas ao Acusador”, quando houver, é o instrumento
utilizado para registrar sua qualificação e seu depoimento perante o Conselho
de Justificação (Modelo 15 deste Anexo I).
Art. 65. O “Termo de Acareação” visa esclarecer pontos divergentes nos
depoimentos, quando houver (Modelo 16 deste Anexo I).
§ 1º. Verificada a necessidade de acareação durante depoimento do acusador
ou testemunhas, o ato poderá ser realizado na mesma sessão, logo após
encerrados os depoimentos conflitantes, consignando-se o fato em Ata, ou,
então, em Sessão especialmente designada para tal fim.
§ 2º. A acareação poderá ocorrer na hipótese de revelia, uma vez que as
perguntas formuladas limitar-se-ão às divergências encontradas e/ou outras
que poderão advir, tendo em vista a apuração completa dos fatos.
Art. 66. Diligências são procedimentos determinados mediante Despacho, pelo
Presidente do Conselho, com a finalidade de esclarecer fato ou fatos, devendo
75
das diligências realizadas, lavrar o Escrivão Certidão (Modelo 07 deste Anexo
I).
Art. 67. Após a qualificação e inquirição do acusador, se houver, ou após a 1ª
sessão do Conselho, por ocasião do primeiro Termo de CONCLUSÃO (Modelo
04 deste Anexo I), deverá o Presidente informar, mediante despacho, quais as
próximas diligências a serem realizadas.
Art. 68. As diligências a serem determinadas poderão decorrer do depoimento
de testemunhas, testemunhas referidas, acareações, perícias, requisições de
documentos, dentre outras.
Parágrafo único. Serão determinadas tantas diligências quantas forem
necessárias ao esclarecimento do fato, desde que deferidas pelo Conselho e,
em seu cumprimento, deverão ser observadas, conforme sua natureza, as
exigências e formalidades legais.
Art. 69. Realizadas todas as provas e diligências necessárias à apuração dos
fatos, designará o Presidente do Conselho dia e hora para o julgamento,
passando a deliberar em sessão secreta o relatório (Modelos 18A, 18B e 18C
deste Anexo I).
Art. 70. A resolução do Conselho deve atender ao prescrito nas alíneas “a”, “b”
e “c” do § 1º do Art. 29 deste Anexo.
Art. 71. A deliberação do Conselho é formada por maioria de votos de seus
membros, porém quando houver voto vencido, é facultado sua justificação por
escrito.
Art. 72. Encerrados os trabalhos e autuadas todas as peças, inclusive o
relatório, será lavrado o “Termo de Encerramento e Remessa” (Modelo 19
deste Anexo I).
76
Art. 73. Lavrado o “Termo de Encerramento e Remessa”, os Autos serão
encaminhados, mediante “ofício de remessa”, a ser confeccionado em duas
vias, à autoridade que determinou a instauração do Conselho de Justificação
(Modelo 20 deste Anexo I).
Parágrafo único. Uma das vias do ofício de remessa seguirá junto com o
Processo, enquanto a original, devidamente recibada, permanecerá com o
Presidente do Conselho de Justificação que comunicará o envio dos Autos,
mediante parte, à Corregedoria – a qual, por sua vez, providenciará a
publicação em boletim disciplinar da corporação.
Art. 74. Durante sessões onde sejam ouvidas testemunhas ou o acusador, o
Justificante deverá sentar-se atrás e á direita ou esquerda daqueles e, entre
eles, o Presidente – devendo o Escrivão sentar-se próximo a este.
Art. 75. Aberta a sessão e iniciados os trabalhos pelo Presidente, os membros
do Conselho, o acusador, as testemunhas, o Justificante e seu representante
legal formularão suas perguntas, no momento e na ordem autorizada pelo
Presidente, diretamente ao inquirido – que, da mesma forma, responderá
diretamente.
Art. 76. Não serão admitidas interrupções, interpelações ou o estabelecimento
de debates com os membros do Conselho, testemunhas, acusador, Justificante
ou seu representante legal.
Art. 77. Aos membros do Conselho de Justificação é lícito perguntar ou
reperguntar ao acusador, às testemunhas e ao Justificante sobre o objeto da
acusação, podendo também propor diligências para o esclarecimento do fato.
Art. 78. Deve-se ouvir uma testemunha ou acusador de cada vez,
permanecendo os demais afastadas de modo que não possam ouvir os
depoimentos em andamento.
77
Art. 79. A testemunha ou acusador deverá ser introduzida na sala de sessão
do Conselho, pelo Escrivão, sempre quando os demais participantes já
estiverem em seus lugares.
Art. 80. Ao final do depoimento do acusador ou testemunha, poderá ser
permitido ao Justificante, ou seu representante legal, formular perguntas
obedecidas as normas do Conselho.
Art. 81. Findos seus depoimentos e respondidas as perguntas, a testemunha
ou acusador assinarão seu depoimento, juntamente com todos os presentes.
Art. 82. Ao Justificante será assegurada a ampla defesa e o contraditório, bem
como a apresentação de todos os meios de prova em Direito admitidos,
devendo o Conselho assegurar, nesse sentido, o exercício dos seguintes
direitos:
I - apresentação das “Razões de Defesa” (Modelo 17 deste Anexo I) no prazo
de 05 (cinco) dias após o interrogatório.
II - o fornecimento ao Justificante, pelo Conselho de Justificação, do “Libelo
Acusatório” (Modelo 11 deste Anexo I), o qual conterá, com minúcias, os fatos e
a descrição dos atos que lhe são imputados.
III - ser intimado a comparecer, acompanhado de seu representante legal, a
todas as sessões do Conselho, exceto para a sessão de deliberação do
relatório.
IV - requerer, perante o Conselho de Justificação, a produção de todas as
provas permitidas no Código de Processo Penal Militar.
Art. 83. O Conselho poderá determinar a realização de provas mediante carta
precatória, as quais serão efetuadas por intermédio da autoridade militar local.
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Art. 84. O Conselho de Justificação poderá inquirir o acusador ou receber por
escrito, seus esclarecimentos, ouvindo posteriormente a respeito o Justificante.
Art. 85. A revelia ocorre quando o oficial não for localizado ou deixa de atender
a intimação, por escrito, para comparecer perante o Conselho de Justificação.
Art. 86. Aberta a 1ª Sessão e constatada a falta do Justificante, por não ter
sido encontrado ou por não querer comparecer, aguardar-se-á por uma hora –
após o que a sessão será suspensa.
Parágrafo único. A suspensão da sessão será lançada em ata, devendo o
Presidente determinar, mediante despacho ao Escrivão, que seja o Justificante
intimado, uma vez mais, para que compareça a nova sessão do Conselho,
marcando dia, hora e local.
Art. 87. Aberta a 2ª sessão e constatada, novamente, a ausência do
Justificante, por qualquer dos motivos já referidos, aguardado o tempo
estabelecido, a sessão será suspensa da mesma forma que a anterior, sendo o
fato, novamente, lançado em ata.
Art. 88. A seguir, o Presidente do Conselho determinará, sempre mediante
despacho, que a intimação seja publicada em periódico com circulação no
município em que o Justificante declarou residir ou que pode ser encontrado.
§ 1º. A intimação será publicada por 01 (um) dia no caso de recusa de
comparecimento e por 15 (quinze) dias, no caso de não ser o oficial
encontrado.
§ 2º. Publicadas as intimações e decorridos os prazos estipulados, persistindo
a ausência, serão juntadas aos Autos as cópias das publicações das
intimações e o Presidente do Conselho determinará que o processo corra à
revelia.
79
§ 3º. Constatada a ausência do Justificante em qualquer outra sessão do
Conselho, sem motivo justificável, o processo correrá a revelia.
Art. 89. As corporações, mediante os órgãos responsáveis e providências
administrativas das Corregedorias, apoiarão os Conselhos de Justificação na
indenização de despesas decorrentes da precatória, da revelia, bem como nos
deslocamentos e demais gastos, quando houver.
Art. 90. a fim de permitir que o Presidente mantenha atenção voltada,
unicamente, à condução do procedimento, o atendimento a todas as
necessidades, administrativas e operacionais, afetas ao funcionamento do
Conselho será de atribuição da Corregedoria da corporação, mediante ofício de
solicitação do Presidente ao Corregedor.
Art. 91. O funcionamento do Conselho de Justificação será considerado
serviço com prioridade sobre todos os demais.
Art. 92. A qualquer momento, poderão ser arguidas a suspeição ou
impedimento do Presidente ou dos demais membros do Conselho, o que
deverá constar da ata da sessão em que a questão for suscitada.
Art. 93. O Conselho de Justificação terá autoridade para julgar as questões de
impedimento ou suspeição levantadas contra seus membros, mesmo que por
integrante do Conselho, devendo a decisão constar de ata a ser juntada aos
Autos.
§ 1º. No caso do caput, a decisão do Conselho dar-se-á por unanimidade ou
maioria e, procedendo a arguição, o Presidente expedirá ofício, com os
documentos comprobatórios, quando houver, ou com a cópia da ata da
decisão, à autoridade que determinou a instauração do procedimento,
solicitando a nomeação de novo membro - devendo aguardar a designação.
§ 2º. Incumbe à autoridade determinante do Conselho designar, o mais
rapidamente possível, novo membro para o Conselho, o que será feito
80
mediante nova portaria que altere a original, com data da decisão sobre a
arguição suscitada pelo Conselho.
Art. 94. Caso a decisão do Conselho seja pela rejeição da arguição, o fato
constará de ata e os trabalhos prosseguirão normalmente.
Art. 95. Em todas as sessões, poderão os membros do Conselho, o
Justificante ou seu representante legal levantar questões de ordem, que o
colegiado resolverá de plano, fazendo-as consignar em ata com a respectiva
solução, se assim for requerido.
Art. 96. O processo do Conselho de Justificação deverá ser autuado e
encadernado conforme procedimento utilizado nos Inquéritos Policiais Militares.
Art. 97. Os depoimentos deverão conter as assinaturas de todos os presentes
e, quando ocuparem mais de uma folha, além da assinatura ao final, deverão
ser rubricadas na margem esquerda de cada uma das folhas anteriores.
Art. 98. Todos os documentos utilizados pelo Conselho, mesmo os recibos de
contra-fé, despachos e Termos de Juntada, serão confeccionados em papel
timbrado da corporação.
Art. 99. Ante eventuais aspectos não previstos pelo presente Anexo, serão
adotadas as mesmas práticas, formulários e modelos previstos no Código de
Processo Penal Militar e Inquérito Policial Militar, devendo ser feitas as
necessárias adaptações e observado, sempre, o fato de tratar-se o Conselho
de Justificação de procedimento administrativo disciplinar.
81
Capítulo II
Dos Modelos
Art. 100. Os modelos constantes deste Capítulo constituem-se, tão somente,
em sugestões, sendo os enquadramentos ou capitulações fictícios,
funcionando os textos existentes como ajuda à percepção das possibilidades
possíveis.
§ 1º. Poderão e, em diversos casos deverão, ser promovidas correções,
modificações, adaptações e aperfeiçoamentos, visando a adequação dos
processos aos casos concretos e às mudanças decorrentes da natural
evolução da legislação.
§ 2º. É de inteira responsabilidade do Presidente do Conselho de Justificação,
assessorado pelos demais membros, o atendimento aos princípios contidos no
Art. 3º do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado do Rio de
Janeiro, os quais deverão pautar todos os atos do Conselho.
82
Modelo 01
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO
(Nome, posto, RG)........................................Presidente
(Nome, posto, RG)........................................Interrogante e Relator
(Nome. Posto, RG)........................................Escrivão
Justificante: (Nome completo, posto, RG)
AUTUAÇÃO
Aos .... dias do mês de ... do ano de ..., nesta Cidade do ... , Estado do
... , no(a) (Organização Militar onde estiver sendo realizado o
Conselho), Autuo a Portaria de nomeação e demais documentos que me
foram entregues pelo Presidente do Conselho, do que, para constar, lavro o
presente Termo.
Eu, (Nome, posto, RG do Escrivão), servindo de Escrivão o escrevi e
subscrevo.
..................................................................
Nome, Posto e RG do Escrivão
83
Modelo 02
SECRETARIA DE ESTADO DE ….....................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
PORTARIA Nº...........de.................de..................de ..........
O Secretário de Estado de .................................. do Estado do Rio de
Janeiro (ou) o Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro
(ou) o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de
Janeiro, de acordo com o Artigo 4º, do Anexo I, do Código de Ética e Disciplina
dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº _____, de _____ de ____, de
2014), RESOLVE:
Nomear (declinar os nomes, postos e RG de três oficiais da ativa ou
inativos, sendo o mais antigo oficial superior e todos de posto superior ao do
Justificante) para, no local em que deva funcionar o Conselho e sob a
presidência do primeiro, constituírem o Conselho de Justificação a que será
submetido o (nome, posto, e RG do Justificante), do(a) (Organização Militar
correspondente).
..............................................................................................
Assinatura do Secretário ou Comandante Geral
84
Modelo 03 A
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
ATA DA SESSÃO
Aos … dias do mês de … do ano de … , nesta Organização Militar
(Organização Militar ou outro local designado para o funcionamento do
Conselho de Justificação), presente o Justificante (nome completo, posto e RG)
e seu representante legal (nome completo e nº de inscrição na OAB), abriu o
Sr. Presidente do Conselho de Justificação a Sessão às … horas, tendo sido
lidos e autuados os documentos que constituem o ato de nomeação do
Conselho. Em seguida, foi procedida a qualificação do Justificante, bem como
foi feita a entrega, ao mesmo, do Libelo Acusatório, onde estão contidos, de
forma minuciosa, os fatos e a descrição dos atos que lhe são imputados, cuja
cópia lhe é entregue junto à dos Autos até o ponto em que se encontram, das
quais passará recibo datado, ficando ciente de que, a partir da data do
interrogatório, a ser realizado após a oitiva do acusador (se houver), bem como
das oitivas de todas as testemunhas, será aberto o prazo de 05 (cinco) dias
para que ofereça, por escrito, as suas razões de defesa. Fica ainda ciente o
Justificante que, deferida a produção de novas provas após seu interrogatório,
somente após a autuação das mesmas, bem como de haver recebido a cópia
integral dos Autos contendo as novas provas produzidas, será aberto o já
referido prazo de 05 (cinco) dias para a apresentação de suas razões de
defesa. Na sequência, (relatar, minuciosamente, tudo o mais que venha a
ocorrer ou ser tratado na Sessão e cuja inserção na Ata seja solicitada pelos
presentes). E como nada mais tinham a tratar, determinou o Sr. Presidente o
encerramento da Sessão, às .....horas; do que, para constar, lavrei a presente
Ata. Eu (nome, posto e RG), servindo de Escrivão escrevi e subscrevo.
85
(Continuação da Ata de Sessão do CJ de … de … de … fls. 02)
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, posto e RG do Justificante
..........................................................................
Nome do representante legal e Inscrição na OAB
..........................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
86
Modelo 03 B
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
ATA DA SESSÃO
(Modelo de Ata com incidente)
Aos … dias do mês de … do ano de ..., nesta Organização Militar
(Organização Militar ou outro local designado para o funcionamento do
Conselho de Justificação), presente o Justificante (nome completo, posto e RG)
e seu representante legal (nome completo e nº de inscrição na OAB), abriu o
Sr. Presidente do Conselho de Justificação a Sessão às … horas, tendo sido
lidos e autuados os documentos que constituem o ato de nomeação do
Conselho. Em seguida passou o colegiado a deliberar sobre a arguição, pelo
Justificante, da suspeição (ou impedimento) do (nome, posto e RG do membro
do Conselho) para funcionar neste Processo, sob a alegação de (ser inimigo do
Justificante; ser ascendente ou descendente do acusador ou possuir interesse
no resultado; possuir vínculo de amizade ou parentesco consanguíneo ou afim
até o 2º grau com o acusador ou outro integrante do Conselho; estar
respondendo por fato análogo; ter aconselhado o acusador ou membros do
Conselho; ter interesse direto ou indireto no resultado do processo em curso;
ou amoldar-se a qualquer dos motivos constantes do Art. 13, deste Anexo I do
Código de Ética e Disciplina dos Militares Estaduais do Estado do Rio de
Janeiro (Lei Nº ______, de _____ de ______ de 2014), em face de (descrever
os fatos e motivos da argüição). E como, ouvido o excepto, afirma-se a
procedência (ou improcedência) da suspeição (ou impedimento), em vista de
suas declarações (narrar o que disser o membro excepto), à vista dos
documentos de fls.. ___ (se houver apresentação), ou dos depoimentos de fls..
___ (se inquiridas testemunhas para comprovação da argüição) o Conselho de
Justificação, por maioria de votos (ou unanimidade), resolve pela procedência
(ou improcedência) da suspeição (ou impedimento), acolhendo (ou não
acolhendo) a exceção apresentada pela defesa, com os efeitos de Direito.
87
(Continuação da Ata de Sessão do CJ de … de … de … fls. 02)
Deliberou, a seguir, que seja oficiada a Autoridade nomeante, juntando-se
cópia da Ata desta Sessão, tendo em vista a substituição do excepto,
prosseguindo-se, oportunamente, nos trabalhos (ante a hipótese de
acolhimento da arguição de suspeição ou impedimento). E como nada mais
havia a tratar, determinou o Sr. Presidente o encerramento da Sessão, às
.....horas; do que, para constar, lavrei a presente Ata. Eu (nome, posto e RG),
servindo de Escrivão, escrevi e subscrevo.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, posto e RG do Justificante
..........................................................................
Nome do representante legal e Inscrição na OAB
..........................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
88
Modelo 03 C
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
ATA DA SESSÃO
(Modelo de Ata com manifestação de impedimento ou suspeição suscitada por
membro do Conselho)
Aos … dias do mês de … do ano de … , nesta Organização Militar
(Organização Militar ou outro local designado para o funcionamento do
Conselho de Justificação), presente o Justificante (nome completo, posto e RG)
e seu representante legal (nome completo e nº de inscrição na OAB), abriu o
Sr. Presidente do Conselho de Justificação a Sessão às .........horas, tendo sido
lidos e autuados os documentos que constituem o ato de nomeação do
Conselho. Em seguida, passou o colegiado a deliberar sobre a manifestação
do (nome, posto e RG), membro do Conselho, que nesta oportunidade se
declara suspeito (ou impedido) de funcionar no processo, em face de
(consignar os motivos e razões legais apresentadas pelo membro). Ouvido a
respeito o Justificante, disse que (transcrever o que foi dito pelo mesmo sobre
o assunto) e, à vista dos depoimentos (se foram apresentados depoimentos
para comprovar a suspeição ou impedimento), ou de depoimento de fls.. ___
(se foram inquiridas testemunhas com tal finalidade ou se algum depoimento
realizado contiver material probatório sobre o fato alegado) o Conselho de
Justificação, por maioria (ou unanimidade dos votos), resolve pela procedência
(ou improcedência) da suspeição (ou impedimento) do (nome, RG e posto),
membro do Conselho, com os efeitos de Direito. Deliberou, a seguir, o
Conselho que seja oficiado à Autoridade nomeante no sentido da substituição,
prosseguindo-se oportunamente, com os trabalhos (ante a hipótese de
acolhimento da arguição). E como nada mais havia a tratar, determinou o Sr.
Presidente o encerramento da Sessão, às .....horas; do que, para constar,
lavrei a presente Ata. Eu (nome, posto e RG), servindo de Escrivão, escrevi e
subscrevo.
89
(Continuação da Ata de Sessão do CJ de … de … de … fls. 02)
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, posto e RG do Justificante
..........................................................................
Nome do representante legal e Inscrição na OAB
..........................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
90
Modelo 03 D
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
ATA DA SESSÃO
(Modelo de Ata da Sessão de entrega das Razões de Defesa)
Aos … dias do mês de … do ano de … ,nesta (Organização Militar ou
outro local onde funcione o Conselho), presentes todos os membros do
Conselho de Justificação, o Justificante e seu representante legal, abriu o Sr.
Presidente a Sessão às ......horas, tendo sido entregues pelo Justificante as
suas razões de defesa e nela requeridas a produção de provas, que foram
deferidas pelo Conselho. A seguir, o Conselho deliberou pela solicitação de
prorrogação de prazo por mais 20 (vinte) dias para a conclusão dos trabalhos,
tendo em vista a necessidade de serem procedidas diligências e demais atos
de excepcional importância à apuração dos fatos imputados ao Justificante nos
termos dos Artigos 26 e 27 deste Anexo ao Código de Ética e Disciplina dos
Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei nº …......, de … de … de 2014). E
como nada mais tinha a tratar, determinou o Sr. Presidente o encerramento da
Sessão às ......horas; mandando lavrar a presente Ata que, depois de lida e
achada conforme, vai por todos os membros do Conselho assinada, bem como
pelo Justificante e seu representante legal e comigo (nome, posto e RG),
servindo de Escrivão, que o escrevi.
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Justificante
91
(Continuação da Ata de Sessão de … de … de … fls. 02)
….............................................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal
..........................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
92
Modelo 03 E
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
ATA DA SESSÃO DE DELIBERAÇÃO
Aos ... dias do mês de ... do ano de ..., nesta (Organização Militar ou
outro local designado para funcionamento do Conselho de Justificação),
presentes todos os membros do Conselho de Justificação, abriu o Sr.
Presidente a Sessão às ... horas, para deliberar, em sessão secreta, o
procedimento instaurado contra (nome, posto e RG do Justificante), tendo sido
foi decidido (por maioria ou unanimidade de votos) o seguinte: (transcrever
apenas, a parte decisória, juntando-se aos Autos o relatório assinado por todos
os membros do Conselho de Justificação). E, como nada mais havia a tratar,
determinou o Sr. Presidente o encerramento da Sessão às ... horas; do que,
para constar, foi por mim (nome, posto e RG), servindo de Escrivão, lavrada a
presente Ata que subscrevo.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, posto e RG do Justificante
..........................................................................
Nome do representante legal e Inscrição na OAB
..........................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
93
Modelo 04
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
CONCLUSÃO
Aos ... dias do mês de … do ano de …, faço conclusos os presentes
Autos ao Sr. Presidente do Conselho de Justificação.
.........................................................
Nome, Posto e RG do Escrivão
94
Modelo 05
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
DESPACHO
(Várias possibilidades/modelos de Despachos)
Determino que seja oficiado à Corregedoria da Polícia Militar ou Corpo
de Bombeiros Militar, solicitando tornar público, a data, hora e local da primeira
reunião deste Conselho de Justificação, bem como a convocação dos
membros, na (Organização Militar ou outro local designado para o
funcionamento do Conselho) para, após a leitura e a autuação que constitui o
ato de nomeação do Conselho de Justificação, serem procedidas a qualificação
do Justificante (sendo militar da ativa, declinar nome completo, posto, RG e
Organização Militar onde serve e, se inativo, domicílio declarado ou local onde
informou pode ser encontrado), bem como a entrega, ao mesmo, do “Libelo
Acusatório”.
Designo o dia … /... /... às … horas e .... horas, respectivamente, a fim
de serem ouvidas as testemunhas (nome completo de cada uma das
testemunhas e locais onde servem ou podem ser encontradas - sejam
militares, ou civis), presente o Justificante (nome completo, posto e RG) e seu
representante legal (nome completo e Inscrição na OAB), na (Organização
Militar ou ou outro local designado para o funcionamento do Conselho de
Justificação).
Designo o dia … /.... /.... , às … horas, a fim de prestar depoimento o
acusador (posto, RG, nome completo, Organização Militar onde serve e, sendo
civil, local onde pode ser encontrado), presente o Justificante (nome completo,
posto e RG) na (Organização Militar ou outro local designado para o
funcionamento do Conselho de Justificação).
95
(Continuação dos Despachos de .... , de ..., de .... fls. 02)
Designo o dia … /.../..., às .... horas, para que seja encaminhado o
Justificante à inspeção de saúde para efeito de Conselho de Justificação.
Forneça-se ao Justificante (nome, posto e RG) o Libelo Acusatório, em
cuja cópia, que será juntada aos Autos, passará recibo datado, ficando ciente
de que, a partir da data do interrogatório, será aberto o prazo de 05 (cinco) dias
para apresentação, por escrito, de suas razões de defesa.
Providencie o Sr. Escrivão.
Local e data,
…......................................................................................
Nome, Posto e RG do Presidente
96
Modelo 06
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
RECEBIMENTO
Aos … dias do mês de .... do ano de … , recebi estes Autos do Sr.
Presidente do Conselho de Justificação.
..................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
97
Modelo 07
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
CERTIDÃO
Certifico que foi providenciado o cumprimento do despacho do Sr.
Presidente do Conselho de Justificação.
Local e data,
...................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
98
Modelo 08
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
JUNTADA
Aos … dias do mês de … do ano de .... , faço juntada aos presentes
Autos dos documentos que se seguem.
...........................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
99
Modelo 09
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
AUTO DE QUALIFICAÇÃO DO JUSTIFICANTE
Aos … dias do mês de … do ano de ..., nesta (Organização Militar ou
outro local desiganado para o funcionamento do Conselho de Justificação),
presentes todos os membros do Conselho, comigo (nome, posto e RG do
Escrivão), servindo de Escrivão, compareceu o Justificante (nome, posto e
RG), acompanhado de seu representante legal, (nome e inscrição na OAB, se
Advogado), o qual após assistir a leitura das peças do Processo, passou a ser
qualificado da seguinte maneira: PERGUNTADO qual o seu nome,
naturalidade, estado civil, filiação, idade, posto, RG e onde serve,
RESPONDEU (seguem-se as respostas dadas). E como nada mais disse e
nem lhe foi perguntado, deu o Presidente por encerrado o presente Auto de
Qualificação do Justificante, que iniciado às … horas e concluído às... horas,
vai por todos os membros do Conselho assinado, bem como pelo Justificante e
por seu representante legal, depois de lido e achado conforme. Eu, (nome,
posto e RG do Escrivão) servindo de Escrivão, o escrevi.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, posto e RG do Justificante
100
(Continuação do Auto de Qualificação do Justificante de … de ...de... fls.. 02)
..........................................................................
Nome do representante legal e Inscrição na OAB
..........................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
101
Modelo 10
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
AUTO DE INTERROGATÓRIO DO JUSTIFICANTE
Aos … dias do mês de … do ano de … , nesta (Organização Militar ou
outro local designado para funcionamento do Conselho de Justificação),
presentes todos os membros do Conselho, comigo (nome , posto e RG),
servindo de Escrivão, compareceu o Justificante (nome, posto e RG),
acompanhado de seu representante legal, (nome e inscrição na OAB, se
Advogado), o qual após assistir a leitura das peças do Processo, passou a ser
Interrogado, conforme o seguinte: PERGUNTADO sobre seu nome,
naturalidade, estado civil, filiação, idade, posto, RG e Organização Militar onde
serve, RESPONDEU (seguem-se as respostas dadas). A seguir, pelo
Presidente, foi-lhe orientado sobre seu direito de permanecer em silêncio, não
podendo tal decisão ser interpretada de modo desfavorável à sua defesa. Na
sequência, PERGUNTADO (todos os membros do Conselho de Justificação
podem formular perguntas, diretamente, mediante o deferimento e a ordem
estipulada pelo Presidente, sobre o objetivo da acusação e outras que se
fizerem necessárias ante o desenvolvimento do depoimento prestado,
observadas a objetividade, a clareza e o objetivo de apuração completa dos
fatos imputados ao Justificante), RESPONDEU (consignar a respostas dadas
pelo Justificante). PERGUNTADO, ainda, (consignar a pergunta) RESPONDEU
que (consignar a resposta). PERGUNTADO se tem fatos a alegar ou provas
que justifiquem a sua inocência, RESPONDEU (consignar a resposta dada,
citando nomes de testemunhas, documentos mencionados e diligências
requeridas). E como nada mais disse e nem lhe foi perguntado, deu o
Presidente por encerrado o presente Auto de Interrogatório do Justificante que,
iniciado às … horas e concluído às... horas, vai por todos os membros do
102
(Continuação do Auto de Interrogatório do Justificante de … de … de … fls. 02)
Conselho assinado, bem como pelo Justificante e seu representante legal,
depois de lido e achado conforme. Eu, (nome, posto e RG), servindo de
Escrivão, o escrevi.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, posto e RG do Justificante
..........................................................................
Nome do representante legal e Inscrição na OAB
..........................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
103
Modelo 11
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
LIBELO ACUSATÓRIO
Ofício Nº ____ Local e data
Do : Presidente do Conselho de Justificação
Ao: (nome, posto e RG do Justificante)
Assunto: Libelo Acusatório (fornece)
Anexo: Cópia do Libelo Acusatório.
O Conselho de Justificação nomeado pela Portaria …. nº … , de … /... /... ,
atendendo ao que preceitua o Art. 22 do Anexo I ao Código de Ética e
Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº ______ de ___
/___ /___) encaminha a V. Sª o Libelo Acusatório constante do Anexo, mediante
o qual lhe são imputados os atos e fatos abaixo relacionados:
Haver recebido conceito desabonador em face de desempenho incorreto no
cargo de ......(descrever o cargo), em face de, no dia …./..../...., haver ......
(descrever minuciosamente o fato, que deverá limitar-se à esfera
administrativo-militar), comprometendo, assim, o bom nome da Polícia Militar /
do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, tendo sido, em
conseqüência, punido com (citar a sanção disciplinar sofrida).
Haver sido punido em … /... /... com sanção de (citar a sanção disciplinar
sofrida) por haver (descrever minuciosamente o fato, que deverá limitar-se à
esfera administrativo-militar), comprometendo, assim, o bom nome da Polícia
Militar / do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
104
(Continuação do Libelo Acusatório de … de … de … fls. 02)
Assim, de acordo com o parágrafo único do Art. 22, bem como com os Artigos
23 e 82, Inciso I, deste Anexo I ao Código de Ética e Disciplina dos Militares do
Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº _____ de ___ /___ /___ , fica V. Sª. ciente de
que deverá apresentar, por escrito, a contar da data do Interrogatório, as
razões ou justificações que julgue convenientes à sua defesa.
…..........................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
Recebi o Libelo Acusatório.Ciente
do Prazo de 05 (cinco) dias para
apresentar, por escrito, as razões
de defesa.
Em, ......../............/........
…..................................................
Nome, posto e RG do Justificante
105
Modelo 12 A
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
Ofício nº....... Local e data
Do: Presidente do Conselho de Justificação
Ao: Sr. (Autoridade a quem sejam subordinadas as testemunhas)
Assunto: Comparecimento de testemunhas (solicita)
Solicito a V.Sª que sejam apresentadas as testemunhas (listar, por nome
completo e RG), no dia … /... /... , às ... horas, no … (local onde funcione o
Conselho), a fim de serem ouvidas no Conselho de Justificação nomeado pela
Portaria …. nº... , de .... /... /... , em que é Justificante (nome, posto e RG).
…..................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
Modelo 12 B
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
106
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
Ofício nº....... Local e data
Do: Presidente do Conselho de Justificação
Ao: Sr. (Autoridade a quem sejam subordinado o Justificante)
Assunto: Comparecimento de militar a Conselho de Justificação (solicita)
Solicito a V.Sª que seja apresentado o Justificante (nome completo,
posto e RG), no dia … /... /... , às … horas, no … (local onde funcione o
Conselho), a fim de assistir à sessão onde serão ouvidas as testemunhas em
Conselho de Justificação nomeado pela Portaria … nº … , de .... /... , em que
figura como Justificante.
…...........................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
107
Modelo 12C
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
Ofício nº............... Local e Data
Do: Presidente do Conselho de Justificação
Ao: (Autoridade que determinou o Conselho)
Assunto: Prorrogação de Prazo do Conselho (Solicita)
O Conselho de Justificação, nomeado pela Portaria ... nº ..., de ... de ...
de ..., vem nos termos dos artigos 26 e 27, do Anexo I do Código de Ética e
Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº ____, de ____ de
____ de 2014, solicitar a V.Sª / V.Exª que seja prorrogado por 20 (vinte) dias o
prazo para a conclusão dos trabalhos, tendo em vista a necessidade de serem
procedidas diligências e demais atos de excepcional importância à completa
apuração dos fatos imputados ao Justificante (nome, posto e RG).
.................................................................................................
Nome , posto e RG do Presidente
108
Modelo 13
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
INTIMAÇÃO
Solicito a V.Sª que compareça no dia ... de... de … , às ... horas, no
(especificar o local onde deverá ser prestado o depoimento) a fim de depor,
como testemunha (ou acusador), perante Conselho de Justificação nomeado
pela Portaria … nº... de ... de ... de … , em que é Justificante (nome, posto e
RG do Justificante).
….........................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
Ao Ilmº Sr(a)
(Nome e endereço completos)
Recebi o original em ______ /_____
/ ______
Nome completo e identidade
….............................................
Assinatura
109
Modelo 14
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
TERMO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA
Aos … dias do mês de... do ano de .... , nesta Organização Militar
(Organização Militar ou outro local designado para funcionamento do Conselho
de Justificação), presentes todos os membros do Conselho, o Justificante, seu
representante legal, comigo (nome, posto e RG) servindo de Escrivão,
compareceu a testemunha (nome completo, naturalidade, estado civil,
profissão, posto, RG, inscrita no Cadastro das Pessoas Físicas sob o nº … , e
residência onde serve ou trabalha) que, após prestar o compromisso de dizer a
verdade, foi inquirida sobre os fatos constantes da (declinar o que for,
denúncia, parte, etc.) de fls. … , a qual lhe foi lida, disse que … (referir tudo
quanto disser a testemunha sobre o objeto da acusação e suas circunstâncias).
PERGUNTADO (todos membros do Conselho poderão formular perguntas
sobre o objeto da acusação e outras que se fizerem necessárias ante o
desenvolvimento do depoimento prestado, tendo em vista sempre a
objetividade, a clareza e a apuração completa dos fatos que são imputados ao
Justificante), respondeu (seguem-se as respostas dadas, obedecendo, com a
possível exatidão, aos termos utilizados pelo depoente). PERGUNTADO (e
assim por diante), respondeu que (segue-se a resposta dada); dada a palavra
ao Justificante ou a seu representante legal, por ele foi PERGUNTADO
(consignar a pergunta), tendo a testemunha RESPONDIDO (segue-se a
resposta dada). PERGUNTADO (consignar a pergunta), RESPONDEU que
(segue-se a resposta dada, e assim por diante); E como nada mais nada mais
disse e nem lhe foi perguntado, deu o Sr. Presidente do Conselho por findo o
presente depoimento, iniciado às … horas e concluído às … horas, mandando
lavrar Termo que, depois de lido e achado conforme, vai por todos os membros
do Conselho assinado, bem como pela testemunha, pelo Justificante e seu
110
(Continuação do Termo de Inquirição de Testemunha de … de … de … fls. 02)
representante legal e comigo (nome, posto e RG), servindo de Escrivão, que o
escrevi.
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
….............................................................................................
Nome posto e RG do Interrogante e Relator
….............................................................................................
Nome completo da Testemunha
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Justificante
….............................................................................................
Nome e Inscrição do representante legal
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
111
Modelo 15
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
TERMO DE PERGUNTAS AO ACUSADOR
Aos … dias do mês de … do ano de … , nesta (Organização Militar ou
local designado para o funcionamento do Conselho), presentes todos os
membros que compõem o Conselho de Justificação, o Justificante, seu
representante legal, comigo … (nome, posto e RG do Escrivão) servindo de
Escrivão, compareceu o(a) Sr(a).. (nome completo, naturalidade, estado civil,
profissão, posto , RG, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o nº... , e
residência ou local onde serve ou trabalha), a fim de ser inquirido sobre os
fatos constantes da (declinar o que for, denúncia, parte, etc.) de fls.. … a qual
lhe foi lida, disse que ...(referir tudo o quanto disser o depoente sobre o objeto
da acusação e suas circunstâncias). PERGUNTADO (todos os membros do
Conselho poderão formular perguntas sobre o objeto da acusação e outras que
se fizerem necessárias ante ao desenvolvimento do depoimento prestado,
tendo em vista sempre a objetividade, a clareza e a apuração completa dos
fatos que são imputados ao Justificante), RESPONDEU (seguem-se as
respostas dadas, obedecendo, com a possível exatidão, aos termos utilizados
pelo depoente). Perguntado (e assim por diante), RESPONDEU que, (segue-se
a resposta dada). Dada a palavra ao Justificante ou seu representante legal,
por ele foi PERGUNTADO (consignar a pergunta), ao que RESPONDEU o
depoente (segue-se a resposta dada). PERGUNTADO (consignar a pergunta),
RESPONDEU que (segue-se a resposta dada e assim por diante). E como
nada mais disse e nem lhe foi perguntado, deu o Sr. Presidente do Conselho
por findo o presente depoimento, iniciado às … horas e encerrado às … horas,
do qual foi mandado lavrar Termo que, depois de lido e achado conforme, vai
pelos membros do Conselho assinado, bem como pelo acusador, pelo
112
(Continuação do Termo de Perguntas ao Acusador … de … de … fls. 02)
Justificante e seu representante legal e comigo (nome, posto e RG), servindo
de Escrivão, que o escrevi.
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Acusador
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Justificante
….............................................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
113
Modelo 16
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
TERMO DE ACAREAÇÃO
Aos … dias do mês de … do ano de … nesta (Organização Militar ou
outro local designado para funcionar o Conselho), presentes todos os membros
que compõem o Conselho de Justificação, o Justificante (nome, posto e RG),
seu representante legal (nome e inscrição na OAB), comigo (nome, posto e RG
do Escrivão) servindo de Escrivão, presentes as testemunhas (nome completo
de cada), já inquiridas nestes Autos, tendo em vista as divergências existentes
nos depoimentos, nos pontos (declinar as divergências) e, sob o compromisso
prestado, reperguntadas às mesmas testemunhas, uma face a outra e perante
o Justificante, para esclarecimento das divergências. Assim, lidos perante todos
os presentes os pontos divergentes dos depoimentos, pela testemunha (nome
completo), foi dito que (segue-se a resposta dada; pela testemunha (nome
completo), foi dito que (segue-se a resposta dada); pelo Justificante, (nome,
posto e RG), foi dito que (segue-se a resposta dada). E como nada mais
declararam, deu o Sr. Presidente do Conselho por finda a presente acareação,
que iniciada às … horas e concluída às … horas, mandado lavrar este Termo
que, depois de lido e achado conforme, vai por todos os membros do Conselho
de Justificação assinado, bem como pelas testemunhas, Justificante e seu
representante legal e comigo (nome, posto e RG), servindo de Escrivão, que o
escrevi.
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
114
(Continuação do Termo de Acareação de … de … de … fls. 02)
….............................................................................................
Nome, posto e RG da Testemunha
….............................................................................................
Nome, posto e RG da Testemunha
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Justificante
….............................................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
115
Modelo 17
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
RAZÕES DE DEFESA
Senhores Membros do Conselho de Justificação,
... (nome, posto e RG), Justificante perante o Conselho de Justificação
nomeado pela Portaria ... nº ..., de ... de ... de ... , e tendo em vista os atos e
fatos que lhe são imputados no Libelo Acusatório, recebido a .... /... /..., vem
tempestivamente, oferecer suas razões de defesa pelos motivos que adiante se
seguem:
Com referência ao item “a” do libelo acusatório, (desenvolvimento das
razões que entender de direito, se possível com a apresentação de provas que
justifiquem as alegações).
Com referência ao item “b”, o Justificante (o mesmo procedimento do item
“a”, e assim por diante ).
Face ao exposto, o Justificante se declara (inocente ou culpado, no todo ou
em parte, devendo ser a afirmação demonstrada de forma ordenada, clara e
minuciosa) devendo, pois, serem seus argumentos reconhecidos pelo
Conselho de Justificação.
Protesta provar o alegado através das testemunhas (listar o nome,
qualificação e endereço completos de cada uma delas - apresentando, no caso
de militares, os respectivos postos, graduações, RG e Organizações Militares
onde servem); bem como mediante o resultado de Processo a que respondeu,
em ... de ... de ... perante ao Juízo ou Tribunal (civil ou militar), requerendo,
para tanto, que seja oficiado à (Auditoria, CJM, Juízo da Vara Criminal, etc.); no
sentido da solicitação das provas (acórdãos, sentenças, diligências, laudos,
etc.)
116
(Continuação das Razões de Defesa de - nome do Justificante - fls..2)
Local e data,
............................................................................
Nome, posto e RG do Justificante
117
Modelo 18 A
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
RELATÓRIO
1. Objetivo
O Presente Conselho de Justificação foi nomeado pelo (Secretário de
Estado de ... / Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro
/ Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de
Janeiro), através da Portaria ... nº ... de ... de ... de ..., tendo em vista
julgamento a ser submetido o (nome, posto e RG do Justificante) considerado
como (declinar os fatos imputados na Portaria).
2. Diligências Realizadas
Reuniu-se o Conselho de Justificação nesta (Organização Militar ou
outro local designado para funcionamento do Conselho de Justificação), por
convocação do Sr. Presidente, presente o Justificante e seu representante
legal, tendo sido procedida a leitura e a situação dos documentos que
constituíram o Ato de nomeação do Conselho. Pelo Despacho de fls.. ___ foi
determinado o seguinte (descrever as providências determinadas no
despacho), as quais foram cumpridas às fls.. ___ e constam da Ata da 1ª
Sessão do Conselho, de fls.. ___.
Cumprindo os ditames legais, o Conselho assegurou ao Justificante a
ampla defesa, fornecendo-lhe o Libelo Acusatório, conforme consta das fls..
___; enviando a convocação para seu comparecimento, acompanhado de seu
representante legal, a todas as sessões do Conselho, à exceção da sessão
118
(Continuação do Relatório do CJ / Port....nº ... , de ..., de ... , de ... , ..fls.. 02)
secreta de deliberação; fornecendo-lhe, sempre que solicitado, cópias dos
Autos; facultando-lhe a formulação de perguntas às testemunhas e ao
acusador, bem como solicitar a produção de provas e realização de diligências
ao Conselho; e concedendo-lhe o prazo de 05 (cinco) dias, após o
interrogatório ou após a produção da última prova do procedimento, para fosse
oferecida suas razões de defesa.
Assim foi que o Conselho deferiu, a produção das provas de fls.. ___ ,
___, ___ e ___, solicitadas pelo Justificante, bem como as diligências de fls..
___. ___, ___, e ___, tendo sido indeferidas as solicitações constantes das
Atas de fls.. ___, ___ e ___ (mencionar todas as solicitações de provas e
diligências deferidas e indeferidas).
Em virtude da relevância das diligências e da impossibilidade deste
Conselho encerrar seus trabalhos dentro do prazo normal, foi solicitada, de
forma tempestiva, sua prorrogação (ofício de fls.. ___), o que foi deferido (ofício
de fls.......), nos termos dos artigos 26 e 27 do Anexo I do Código de Ética e
Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei nº _____ , de _____
de ____ de ____).
Esses atos foram consignados na Ata da 2º Sessão do Conselho (fls..
___) e expediente de fls.. ___.
Pelo despacho de fls.. ___, foi designada a 3ª Sessão do Conselho para
a tomada de depoimentos das testemunhas do Justificante, conforme Ata de
fls.. ___ e depoimentos de fls.. ___.
O Conselho Deliberou proceder a acareação (dizer entre quais
depoentes) em razão de pontos divergentes que mereceram esclarecimentos
para a apuração da verdade e decisão do processo, tendo sido designados dia
e hora mediante as intimações de fls.. ___.
119
(Continuação do Relatório do CJ / Port....nº ... , de ..., de ... , de ... , ..fls.. 03)
Às fls.. ___ e ___ constam a Ata e o Termo de Acareação e, às fls.. ___,
as respostas enviadas ao Conselho mediante Ofício.
O Conselho deliberou encaminhar o Justificante a Inspeção de saúde
para fins de Julgamento.
Encontrando-se o Processo pronto para julgamento, cumpridos todos os
Atos com fiel observância da lei, o Conselho designou dia e hora para a
Sessão Secreta, a fim de deliberar sobre o presente RELATÓRIO.
A Ata da 5ª Sessão, de fls.. ___ registra a sessão de deliberação.
3. Análise das Provas Apuradas
A Portaria de Nomeação do Conselho veio acompanhada dos seguintes
elementos documentais (mencionar um a um com um breve resumo de cada).
Depuseram as seguintes testemunhas, a saber (nome, completo), às fls.. ___;
(nome completo), às fls.. ___ .
Foi procedida a acareação entre as testemunhas (nome completo) e
(nome completo), conforme Termo de fls.. ___ .
Do conjunto de elementos (prova documental e testemunhal) juntada no
presente processo , conclui-se que (apresentar a conclusão sobre o conjunto
de provas e sua relação com os fatos ou atos imputados ao Justificante).
Para a defesa foram juntados os documentos de fls.. ___.(mencionar um
a um com um breve resumo de cada e estabelecendo sua relação com os fatos
ou atos atribuídos ao Justificante).
Do exame das provas apresentadas pelo Justificante e do conjunto de
elementos (prova documental e testemunhal) verifica-se que (concluir,
120
(Continuação do Relatório do CJ / Port....nº ... , de ..., de ... , de ... , ..fls.. 04)
elaborando uma sequência lógica e cronológica dos fatos ou estabelecendo a
relação entre o conjunto probatório e as imputações contidas no Libelo
Acusatório).
A acusação que pesa contra o Justificante, estratificada no Libelo
Acusatório, encerra as seguintes infrações: (listar todas detalhadamente,
estabelecendo, de forma clara, inequívoca e individualizada a participação do
Justificante nos fatos ou suas ações, ao longo do tempo, que resultaram nas
imputações que lhe foram feitas)
4. Conclusão
Em face do acima exposto e que dos Autos consta e, ainda,
Considerando...........................................................
Considerando...........................................................
Considerando...........................................................
Considerando...........................................................
RESOLVE o Conselho de Justificação, por unanimidade ou maioria de
votos, devendo, nesta última hipótese, ser complementado com a apresentação
do voto vencido, sob a forma "contra o voto de (nome, posto, RG e função no
Conselho), JULGAR o Justificante (se o Justificante é ou não culpado da
acusação constante do Libelo Acusatório ou se está, ou não, inabilitado para o
Acesso, em caráter definitivo consoante o inciso II do Art. 2º do Anexo I do
Código de Ética e Disciplina do Estado do Rio de Janeiro (Lei nº ____, de ____,
de 2014, cominado com o Art. 29 do Decreto-Lei Nº 216/75, ficando, ou não,
portanto, sujeito ao disposto no Art. 96, Inciso V, da Lei Estadual Nº 443, de 1º
de julho de 1981 ou no Art. 99, Inciso VI, da Lei Estadual Nº 880, de 25 de julho
de 1985, o Justificante, (nome, posto e RG) determinando que seja o presente
processo encaminhado ao (Autoridade que determinou o Conselho de
Justificação mediante a Portaria de Nomeação), para os fins de direito.
(Continuação do Relatório do CJ / Port....nº ... , de ..., de ... , de ... , ..fls.. 05)
121
Local e data.
.............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
.............................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
..........................................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
Modelo 18 B
122
(substituir somente o trecho abaixo do Relatório)
RESOLVE o Conselho de Justificação, por unanimidade ou maioria,
devendo, nesta última hipótese, ser complementado com a apresentação do
voto vencido, sob a forma "contra o voto de (nome, posto, RG e função no
Conselho), JULGAR (se o Justificante é ou não culpado da acusação que lhe
foi feita no Libelo Acusatório e que será transcrita neste ponto) consoante as
letras “a”, “b” e “c” do inciso I ou consoante os incisos V,VI, ou VII do art. 2º do
Anexo I do Código de Ética e Disciplina do Estado do Rio de Janeiro (Lei nº
____, de ____, de 2014, ficando, ou não, portanto, sujeito ao disposto no Art.
96, Inciso V, da Lei Estadual Nº 443, de 1º de julho de 1981 ou no Art. 99,
Inciso VI, da Lei Estadual Nº 880, de 25 de julho de 1985, o Justificante (nome,
posto e RG), determinando que seja o presente processo encaminhado ao
(Autoridade que determinou o Conselho de Justificação mediante a Portaria de
Nomeação), para os fins de direito.
Local e data.
.......................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente do Conselho
........................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
.......................................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
Modelo 18 C
123
(substituir somente o trecho abaixo do Relatório)
RESOLVE o Conselho de Justificação, por unanimidade ou maioria,
devendo, nesta última hipótese, ser complementado com a apresentação do
voto vencido, sob a forma "contra o voto de (nome, posto, RG e função no
Conselho), JULGAR se o Justificante está ou não incapaz de permanecer na
ativa ou na situação em que se encontra na inatividade em decorrência da
imputação que lhe foi feita no Libelo Acusatório, consoante o inciso IV do Art. 2º
do Anexo I do Código de Ética e Disciplina do Estado do Rio de Janeiro (Lei nº
____, de ____, de 2014, ficando, portanto, sujeito ao disposto no Art. 96, Inciso
V, da Lei Estadual Nº 443, de 1º de julho de 1981 ou no Art. 99, Inciso VI, da
Lei Estadual Nº 880, de 25 de julho de 1985, o Justificante (nome, posto e RG)
determinado que seja o presente encaminhado ao ao (Autoridade que
determinou o Conselho de Justificação mediante a Portaria de Nomeação),
para os fins de direito.
Local e data.
.......................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente do Conselho
........................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
.......................................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
Modelo 19
124
TERMO DE ENCERRAMENTO E REMESSA
Aos .... dias do mês de ... do ano de ..., nesta (OPM ou outro local designado
para o funcionamento do Conselho ), encerro o presente processo e delo faço
remessa ao (Autoridade que determinou o Conselho de Justificação mediante a
Portaria de Nomeação) do que, para constar, lavrei o presente Termo. Eu,
(rubrica do Escrivão), (nome, posto e RG), servindo de Escrivão, o escrevi e
assino.
..........................................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
Modelo 20
125
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
OFÍCIO DE REMESSA
Ofício nº Local e Data
Do: (nome e posto), Presidente do Conselho de Justificação
Ao: (Autoridade que determinou a instauração do CJ)
Assunto: Remessa de Processo (Faz)
Anexo: 01 (um)Processo ref. a CJ com ____ folhas.
Remeto a Vossa Excelência / Vossa Senhoria, para fins de direito, na
forma do Art. 29, § 4º e Art. 73 do Anexo I do Código de Ética e Disciplina do
Estado do Rio de Janeiro (Lei nº ____, de ____, de 2014, o processo relativo
ao Conselho de Justificação a que foi submetido o (nome, posto e RG do
Justificante), do (a) (Organização Militar a que pertence).
........................................................................................
(nome, posto,RG e assinatura)
Presidente do Conselho
ANEXO II
126
DO CONSELHO DE DISCIPLINA
Dispõe sobre o Conselho de Disciplina da Polícia
Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Rio de Janeiro e dá outras
Providências.
TÍTULO I
Capítulo Único
Disposições Gerais
Art. 1º. O Conselho de Disciplina é destinado a julgar, através de
Procedimento Administrativo Disciplinar, da incapacidade do Aspirante a Oficial
e das demais praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Rio de Janeiro, com mais de 03 (três) anos de serviço, para
permanecerem na ativa, criando-lhes, ao mesmo tempo, condições para se
defenderem.
Parágrafo único. O Conselho de Disciplina, pode, também, ser aplicado ao
Aspirante a Oficial e às demais praças da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, da reserva remunerada ou
reformados, presumidamente incapazes de permanecerem na situação de
inatividade em que se encontram, observado o disposto no § 1º do Art. 45 e no
§ 1º do Art. 47, do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado do Rio
de Janeiro (Lei Estadual Nº ____, de ____ de ____ de 2014).
Art. 2º. Será submetida a Conselho de Disciplina, “ex officio”, a praça da
Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar, referida no Art. 1º e seu
parágrafo único:
I – acusada formal e oficialmente por haver:
127
a) procedido incorretamente no desempenho do cargo;
b) tido conduta irregular; ou
c) praticado ato que afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o decorro da
classe.
II – sido afastado do cargo, na forma do respectivo estatuto, por se tornar
incompatível com o mesmo ou demonstrar incapacidade no exercício de
funções a ele inerentes, salvo se o afastamento é decorrência de fato que
motive sua submissão a processo;
III - sido condenado por crime de natureza dolosa, não previsto na legislação
especial concernente à segurança nacional, em tribunais civil ou militar, à pena
restritiva de liberdade individual até 02 (dois) anos, tão logo transite em julgado
a sentença; ou
IV – pertencer a partido político ou associação declarados ilegais por força de
disposição legal ou decisão judicial ou, ainda, quando praticar ato ofensivo à lei
de segurança nacional;
Parágrafo único. É considerado, para efeito desta lei, pertencente a partido ou
associação a que se refere este artigo, o oficial da Polícia Militar ou do Corpo
de Bombeiros que, ostensiva ou clandestinamente:
a) estiver inscrita como seu membro;
b) prestar serviços ou angariar valores em seu benefício;
c) realizar propaganda de suas doutrinas; ou
d) colaborar, por qualquer forma, mas sempre de modo inequívoco ou doloso,
em suas atividade.
128
Art. 3º. A praça da, ativa, da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros, ao ser
submetida a Conselho de Disciplina, é afastada do exercício de suas funções.
Art. 4º. Compete ao Comandante Geral da Polícia Militar e ao Comandante
Geral do Corpo de Bombeiros a nomeação do Conselho de Disciplina.
Art. 5º. O Conselho de Disciplina é composto por 03 (três) membros, todos da
corporação a que pertença o acusado, sendo 02 (dois) oficiais e 01 (um)
graduado mais antigo que a praça a ser julgada.
§ 1 º. O membro mais antigo do Conselho de Disciplina, no mínimo oficial
intermediário, será o Presidente; o que lhe seguir em antiguidade, será o
Interrogante e Relator; e o mais moderno será o Escrivão.
§ 2º. Não podem fazer parte do Conselho de Disciplina:
I - oficial ou praça que tenha formulado a acusação;
II - oficiais ou praças que tenham entre si, com o acusador ou acusado,
parentesco consanguíneo ou afim, na linha reta até o quarto grau de
consanguinidade colateral ou de natureza civil; e
III - oficiais ou praças que tenham particular interesse no procedimento e em
sua decisão.
Art. 6º. O Conselho de Disciplina, à exceção da sessão de deliberação, que
será secreta e, portanto, não contará com a presença do Acusado e seu
representante legal ou curador, funcionará sempre com a totalidade de seus
membros, presentes o Acusado, seu representante legal ou Curador, em local
onde a autoridade nomeante julgue melhor indicado para a apuração do fato.
Art. 7º. Reunido o Conselho de Disciplina, convocado previamente por seu
Presidente, em local, dia e hora designados com antecedência, presente o
Acusado e seu representante legal, o Presidente manda proceder a leitura e a
129
autuação dos documentos que constituem o ato de nomeação do Conselho;
em seguida, ordena a qualificação do Acusado e procede o início das oitivas do
acusador (se houver) e das testemunhas, as quais serão, sempre, reduzidas a
Termo, assinadas por todos os membros do Conselho, pelo Acusado e por seu
representante legal, fazendo-se a juntada de documentos oferecidos.
Art. 8º. Aos membros do Conselho de Disciplina e ao Acusado ou seu
representante legal é lícito reperguntar, diretamente, mediante ordem
estabelecida pelo Presidente, ao Acusado e às testemunhas sobre o objeto da
acusação e propor diligências para o esclarecimento dos fatos.
Art. 9º. Ao Acusado será assegurada ampla defesa, tendo ele, após o
interrogatório, ultimo ato do procedimento que antecede à reunião de
deliberação, prazo de 05 (cinco) dias para oferecer, por escrito, as razões de
defesa.
§ 1º. Tendo em vista o atendimento ao princípio da ampla defesa e do
contraditório, o Conselho de Disciplina fornecerá ao Acusado, na primeira
Sessão em que se reunir, logo em seguida à sua Qualificação, o “Libelo
Acusatório”, que conterá, com minúcias, o relato dos fatos e a descrição dos
atos que lhe são imputados.
§ 2º. O Acusado e seu representante legal deverão estar presentes a todas as
Sessões do Conselho de Disciplina, à exceção da Sessão Secreta de
Deliberação do Relatório.
§ 3º. Em sua defesa, poderá o Acusado requerer a produção, perante o
Conselho de Disciplina, de todos as provas permitidas no Código de Processo
Penal Militar.
§ 4º. As provas a serem realizadas mediante carta precatória serão efetuadas
por intermédio de autoridade militar local.
130
§ 5º Não tendo o Acusado apresentado Advogado ou Curador, competirá ao
Presidente do Conselho de Disciplina designar-lhe Curador, militar de superior
gradação hierárquica, que deverá ser aceito pelo Acusado.
§ 6º Não concordando o Acusado com o curador que lhe tenha sido designado
e, não podendo ele próprio encontrar um, poderá solicitar ao Presidente do
Conselho que lhe indique um segundo - o qual não poderá recusar, exceto para
indicar, ele próprio, outro de sua confiança e que possa manifestar, de
imediato, sua aquiescência.
Art. 10. A revelia ocorre quando o Acusado não for localizado ou deixa de
atender a intimação, por escrito, para comparecer perante o Conselho de
Disciplina.
Art. 11. Quando o Acusado for praça da reserva remunerada ou reformado, e
não for localizado ou deixar de atender a intimação por escrito para
comparecer perante o Conselho de Disciplina:
Art. 12 Aberta a 1ª Sessão e constatada a falta do Acusado, por não ter sido
encontrado ou por não querer comparecer, aguardar-se-á por uma hora – após
o que a sessão será suspensa.
Parágrafo único. A suspensão da sessão será lançada em ata, devendo o
Presidente determinar, mediante despacho ao Escrivão, que seja o Acusado
intimado, uma vez mais, para que compareça a nova sessão do Conselho,
marcando dia, hora e local.
Art. 13. Aberta a 2ª sessão e constatada, novamente, a ausência do Acusado,
por qualquer dos motivos já referidos, aguardado o tempo estabelecido, a
sessão será suspensa da mesma forma que a anterior, sendo o fato,
novamente, lançado em ata.
131
Art. 14. A seguir, o Presidente do Conselho determinará, sempre mediante
despacho, que a intimação seja publicada em periódico com circulação no
município em que o Acusado declarou residir ou poder ser encontrado.
§ 1º. A intimação será publicada por 01 (um) dia no caso de recusa de
comparecimento e por 15 (quinze) dias, no caso de não ser o Acusado
encontrado.
§ 2º. Publicadas as intimações e decorridos os prazos estipulados, persistindo
a ausência, serão juntadas aos Autos as cópias das publicações das
intimações e o Presidente do Conselho determinará que o processo corra à
revelia.
§ 3º. Constatada a ausência do Acusado em qualquer outra sessão do
Conselho, sem motivo justificável, o processo correrá a revelia.
Art. 15. O Conselho de Disciplina poderá inquirir, em Sessão o Acusador, se
houver, ou dele receber, por escrito, as informações e esclarecimentos
necessários, cujas cópias serão entregues, mediante contrafé, ao Acusado,
tendo em vista a solicitação de provas ou a formulação de suas razões de
defesa.
Art. 16. O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo de 30 (trinta) dias, a
contar da data de sua nomeação, para a conclusão de seus trabalhos, inclusive
a remessa do relatório.
Parágrafo único. A autoridade nomeante, por motivos excepcionais, poderá
prorrogar, em até 20 (vinte) dias, o prazo de conclusão dos trabalhos.
Art.. 17. O pedido de prorrogação de prazo, em tempo útil e com apresentação
dos motivos, deverá ser enviado, pelo Presidente do Conselho, ao
Comandante Geral da corporação (Modelo 12C deste Anexo II)
132
Art. 18. O pedido de prorrogação de prazo, devidamente deferido, deverá ser
enviado à Corregedoria para publicação em boletim disciplinar e, após
publicação, encaminhado ao Presidente do Conselho de Disciplina.
Art. 19. Ao receber a determinação do Comandante Geral da corporação
militar sobre a iminência de instauração de Conselho de Disciplina, a
Corregedoria providenciará a cópia dos assentamentos do praça a ser julgado;
a “Parte de Acusação”, cuja cópia deverá ser entregue ao mesmo; bem como a
lista de nomes para escolha, pelo Comandante Geral, dos integrantes do
colegiado.
Art. 19. Antes da publicação em boletim da Portaria de Nomeação do
Conselho de Disciplina, receberá o praça a ser julgado cópia da “Parte de
Acusação” contendo a descrição dos fatos que lhe são imputados, sendo-lhe
concedido prazo de 05 (cinco) dias para que apresente defesa prévia por
escrito – a qual poderá, mediante decisão da autoridade, ensejar o
cancelamento do Conselho.
Art.20. As autoridades referidas no art. 4º poderão, com base nos
antecedentes do praça a ser julgado, na natureza ou falta de consistência dos
fatos arguidos ou nas alegações constantes de defesa prévia apresentada,
considerar, desde logo, improcedente a acusação e indeferir, em consequência,
o pedido de nomeação do Conselho de Disciplina.
Parágrafo único. O indeferimento do pedido de nomeação do Conselho de
Disciplina será objeto de publicação em boletim disciplinar, da qual deverão
constar a transcrição da parte de acusação e a fundamentação do
indeferimento, sendo tais registros transcritos nos assentamentos do praça, se
no serviço ativo.
Art. 21. A partir da decisão de que seja submetido praça a Conselho de
Disciplina, a Portaria assinada pelo Comandante Geral será publicada em
boletim disciplinar, onde serão estabelecidos os fatos que determinaram a
decisão.
133
Art. 22. Publicada a Portaria e nomeado o Conselho de Disciplina, a
Corregedoria providenciará a entrega imediata das publicações ao oficial
nomeado como Presidente do Conselho de Disciplina, juntamente com as
cópias da “Parte de Acusação”; dos assentamentos da praça a ser submetido a
Conselho; bem como de toda documentação referente ao fato ou fatos que
deram origem ao procedimento.
Art. 23. Ante a indicação de oficial inativo para integrar Conselho de Disciplina,
competirá à corporação o encaminhamento de convite para o escolhido, bem
como a declaração de que o mesmo aceita ser convocado na forma do estatuto
da corporação, observados os prazos.
Art. 24. Sendo indicado para integrar o Conselho de Disciplina oficial inativo,
deverá ser solicitado ao governador, na forma do estatuto da corporação, sua
convocação para tal fim.
Art. 25. Quando o Acusado for praça da reserva remunerada ou reformado, um
dos membros do Conselho de Disciplina deverá ser da reserva remunerada.
Art. 26. O Conselho de Disciplina se reunirá em dias úteis, nos horários
normais de expediente da Organização Militar onde funcione, somente
devendo ser encerrados após o horário normal os atos já iniciados, cujo
adiamento prejudique o curso regular do Conselho ou cause dano ao Acusado
ou à Administração.
Parágrafo único. Tendo em vista o disposto neste artigo, o horário de início do
ato deverá ter ocorrido com a possibilidade de término antes do fim do
expediente – sendo o atraso decorrente de fato excepcional ou demora
incomum dos depoimentos.
Art. 26. Ante a submissão de militar inativo a Conselho de Disciplina, o
Conselho deverá funcionar em Organização Militar situada no município onde
tenha residência e, não havendo no domicílio do militar Organização Militar em
134
condições, será escolhida outra, sempre obedecido o critério de proximidade
do domicilio do Acusado.
Parágrafo único. O Conselho de Disciplina poderá funcionar em outra
Organização Militar, independente de proximidade com o domicílio do
justificado, desde que mediante a concordância do Acusado.
Art. 27. A qualificação do Acusado será formalizada mediante o Auto de
Qualificação do Acusado, que será autuado e juntado ao procedimento (Modelo
09 deste Anexo II).
Art. 28. As qualificações do(s) acusador(es) e testemunhas serão procedidas
logo ao início de suas oitivas, devendo constar dos respectivos Termos de
Inquirições.
Art. 29. O interrogatório do Acusado, do qual será lavrado o “Auto de
Interrogatório do Acusado” (Modelo 10 deste Anexo II), será o último
procedimento a ser realizado no curso do Conselho, devendo seguir-se a este
ato, caso não se torne necessária a produção de mais provas, a entrega das
razões de defesa para, então, ser realizada a reunião secreta de deliberação.
Art. 30. Todos os documentos apresentados pelo Acusado deverão ser
juntados aos Autos, podendo tal providência constar, apenas, de despachos
proferidos pelo Presidente nos próprios documentos, incumbindo ao Escrivão
proceder a juntada mediante a lavratura do Termo correspondente.
Art. 31. Após o interrogatório do Acusado, caso sejam solicitadas novas
provas, será facultado à defesa a oportunidade de se manifestar sobre
eventuais novos fatos, para que, então, seja aberto o prazo para que apresente
as razões de defesa e passe o Conselho à deliberação.
Art. 32. Ao ser iniciada a primeira sessão de funcionamento do Conselho, logo
após a lavratura do "Auto de Qualificação do Acusado", antes da realização de
qualquer oitiva ou da solicitação de produção de provas, será entregue pelo
135
Presidente ao Acusado, mediante “contra-fé”, o “Libelo Acusatório” (Modelo 11
deste Anexo II), que deverá constar de relato minucioso do fato ou fatos e a
descrição detalhada dos atos que são lhe são imputados.
Art. 33. Poderão ser arroladas até 06 (seis) testemunhas pelo Conselho e
outras 06 (seis) pelo Acusado, limite que não será aplicado àquelas ditas
Informantes e referidas.
§ 1º. Informantes são as testemunhas que não podem prestar o compromisso.
§ 2º. Testemunhas referidas são aquelas mencionadas em peças do processo
e que são chamadas a depor.
§ 3º. Não serão acolhidos pedidos de testemunhos de Chefes dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como de autoridades do 2º (segundo)
escalão de tais Poderes.
§ 4º. O testemunho de autoridades da Administração Pública Estadual, à
exceção daquelas elencadas no parágrafo anterior, somente será deferido ante
a apresentação, pelo Acusado, de conjunto probatório que justifique ou
fundamente o pedido ou, ainda, mediante o convencimento dos membros do
Conselho sobre a necessidade e importância do depoimento.
Art. 34. Concluídas todas as diligências, o Conselho de Disciplina passa a
deliberar, em sessão secreta, sobre o relatório a ser redigido.
§ 1º. O relatório (Modelo18A deste Anexo II), elaborado pelo Escrivão e
assinado por todos os membros do Conselho de Disciplina deve julgar se o
Acusado:
a) é, ou não, culpado da acusação que lhe foi feita; ou
b) no caso do inciso III do Art. 2º, deste Anexo, levados em consideração os
preceitos de aplicação da pena previstos no Código Penal Militar, está ou não
136
incapaz de permanecer na Ativa ou na situação em que se encontra na
inatividade.
§ 2º. A deliberação do Conselho de Disciplina é tomada por maioria dos votos
de seus membros.
§ 3º. Quando houver voto vencido, é facultada sua Disciplina por escrito.
§ 4º. Elaborado o relatório, com um Termo de Encerramento (Modelo 19 deste
Anexo II), o Conselho de Disciplina remete o processo a autoridade que
determinou a instauração do Conselho.
Art. 35. Recebidos os Autos do Conselho de Disciplina, a autoridade que
determinou sua instauração, dentro do prazo de 20 (vinte) dias, aceitando ou
não seu julgamento e, neste último caso, justificando os motivos de seu
despacho, determinará:
I – o arquivamento do processo, se não julga a praça PM ou BM culpada ou
incapaz de permanecer na ativa ou na inatividade;
II – a aplicação da sanção disciplinar, se considerar transgressão disciplinar a
razão pelo qual a praça, PM ou BM, foi julgada culpada;
III – a remessa do processo à autoridade competente, se considera crime a
razão pela qual a praça, PM ou PM, foi considerada culpada; ou
IV – a reforma ou exclusão a bem da disciplina se considera que:
a) se a razão pela qual a praça, PM ou BM, foi julgada culpado está prevista
nos incisos I, II ou IV do Art. 2º; ou
b) se, pelo crime cometido previsto no inciso III do Art. 2º, a praça PM ou BM
foi julgada incapaz de permanecer na Ativa ou na Inatividade.
137
§ 1º. O despacho que determinar o arquivamento do processo deve ser
publicado em boletim disciplinar reservado e transcrito nos assentamentos da
praça, PM ou BM, caso seja da ativa.
§ 2º. A reforma da praça, PM ou BM, é efetuada no grau hierárquico que
possui na Ativa, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
Art. 36. O Acusado e, no caso de revelia, o oficial PM ou BM que acompanhou
o processo poderão interpor recurso da decisão do Conselho de Disciplina ou
da posterior solução da autoridade nomeante.
§ 1º. O prazo para a interposição do recurso de que trata o caput é de 10 (dez)
dias, contados a partir da data na qual o Acusado tomar, formalmente, ciência
da decisão do Conselho de Disciplina ou da publicação da solução da
autoridade nomeante.
§ 2º. Cabe ao Secretário de Estado de Segurança Pública ou ao Secretário de
Estado de Defesa Civil, conforme a corporação de origem do Acusado, em
última instância, no prazo de 20 (vinte) dias, contados da data do recebimento
do processo, julgar os recursos interpostos em sede de Conselhos de
Disciplina.
Art. 37. Aplicam-se ao Conselho de Disciplina, subsidiariamente, as normas
constantes do Código de Processo Penal Militar
Art. 38. O prazo para instauração e funcionamento do Conselho de Disciplina,
por referir-se o presente procedimento especial a faltas de natureza disciplinar,
prescreve em 02 (dois) anos, conforme o prazo de prescrição das
transgressões graves constantes do Art. 98 deste Código, computados a partir
da data em que foram praticados os fatos constantes da “Parte de Acusação”
ou do “Libelo Acusatório”, exceto ante a suspensão dos prazos prescricionais
decorrente da instauração de procedimento judicial, nos termos § 2º do Art. 97
do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro.
138
TÍTULO II
Capítulo I
Das Instruções Reguladoras
Art. 39. A Portaria de Nomeação do Conselho de Disciplina (Modelo 02 deste
Anexo II) conterá:
I - a qualificação do Acusado, da qual constará, no caso de militar inativo,
cópia do ato de passagem à inatividade;
II - a descrição dos fatos que ensejaram a instauração, materializada mediante
a “Parte de Acusação”;
III - a composição do Conselho;
IV - o local em deva funcionar o Conselho;
Art. 40. De posse da Portaria de Nomeação e de toda a documentação
necessária prevista, o Presidente do Conselho de Disciplina convocará,
mediante publicação em boletim disciplinar reservado, os demais membros do
Conselho, bem como o Acusado para a primeira reunião - em local, dia e hora
marcados com antecedência compatível.
Art. 41. Para a reunião de que trata o art. anterior, poderá o Acusado
comparecer acompanhado de seu representante legal ou Curador.
Parágrafo único. Não apresentando o Acusado representante legal, caberá o
Presidente do Conselho designar-lhe Curador para o ato.
139
Art. 42. Se o Acusado for praça, PM ou BM, na inatividade, o Presidente do
Conselho expedirá também intimação (em duas vias) para o mesmo, que será
entregue pelo órgão de inativos da corporação, devendo a 2ª via, devidamente
recibada ou com a declaração de não ter sido localizado militar, ser devolvida
ao Presidente antes do início da primeira sessão.
Art. 43. Reunido o Conselho para sua primeira reunião, no dia, hora e local
determinados; presentes todos os membros, bem como o Acusado e seu
representante legal ou curador designado; o Presidente fará a entrega da
Portaria de Nomeação e de toda a documentação existente ao Escrivão, que
procederá a leitura da mesma.
Art. 44. Ao final da primeira reunião, o Presidente determinará ao Escrivão que
proceda a autuação (Modelo 01 deste Anexo II) da documentação existente,
mediante termo de Juntada (Modelo 08 deste Anexo II) após o que os Autos lhe
serão conclusos.
Art. 45. Recebendo os Autos conclusos, o Presidente, mediante despacho
(Modelo 05 deste Anexo II) proferido nos Autos, determinará a qualificação e o
interrogatório das testemunhas, bem como o deferimento das provas a serem
produzidas.
Art. 46. Todos os depoimentos e atos do Conselho serão reduzidos a Termo;
assinados por seus membros, pelo Acusado e seu representante legal; após o
que serão autuados mediante despacho do Escrivão juntamente com a Ata de
Sessão (Modelos 03A, 03B, 03C, 03D e 03E deste Anexo II) e, ao final,
conclusos (Modelo 04 deste Anexo II) ao Presidente.
Art. 47. Estando os Autos conclusos ao Presidente e deles necessitando vistas
o Acusado ou seu representante legal, o Presidente, após suas análises e
mediante despacho, encaminhará os Autos ao Escrivão para atendimento da
defesa.
Art. 48, De todas as sessões serão lavradas Atas.
140
Art. 49. De posse dos Autos, o Presidente proferirá suas decisões e/ou
determinará as próximas providências, restituindo os Autos, mediante
despacho, ao Escrivão que deles dará recebimento (Modelo 06 deste Anexo II)
Art. 50. Os documentos ou peças deverão ser datilografados em espaço 02
(dois) ou digitados nas fontes "Arial" ou "Times New Roman", em tamanho "12",
com espaço de "1,5" – devendo ser observadas, em cada folha, à esquerda,
margem de 05 (cinco) centímetros e, à direita, de 02 (dois) centímetros.
Art. 51. O verso das folhas deverá permanecer em branco; no anverso, os
espaços deixados em branco deverão ser inutilizados, devendo as folhas em
branco serem retiradas do Processo.
Art. 52. Todas as folhas serão seguidamente numeradas, devendo o número
ser colocado no canto superior direito da folha, que nesse ponto serão
rubricadas pelo Escrivão.
Art. 53. A Autuação será realizada na primeira sessão do Conselho, sendo feita
na capa do Processo, que será a folha nº 01 (Modelo 01 deste Anexo II).
Art. 54. A Portaria de Nomeação será a folha de número 02 (dois) dos Autos
(Modelo 02 deste Anexo II).
Art. 55. Em seguida à Portaria serão autuados, seguidamente, todos os
documentos em poder do Presidente do Conselho no início da 1ª sessão.
Art. 56. Todas as peças do processo serão reunidas, por ordem cronológica,
reunidas num só processo, com as folhas numeradas e rubricadas, pelo
Escrivão (vide Art. 21 do CPPM), devendo ser substituído o termo “Inquérito”
pelo termo “Conselho”, no caso, de Disciplina, por se aplicar o CPPM
subsidiariamente).
141
Art. 57. Sempre que o Conselho se reunir, será lavrada, pelo Escrivão, Ata de
Sessão, da qual constarão os atos realizados, as solicitações incidentes,
sugestões interrupções e qualquer fato ou procedimento requerido, deferido ou
ordenado pelo Conselho (Modelos 03A, 03B, 03C, 03D e 03E deste Anexo II).
Parágrafo único. As atas serão autuadas ao final de cada sessão.
Art. 58. O “Libelo Acusatório” (Modelo 11 deste Anexo II) será fornecido ao
Acusado, mediante contra-fé, pelo Conselho de Disciplina em sua primeira
sessão e apresentará, de forma minuciosa, o fato ou fatos que ensejaram o
Conselho e a descrição detalhada dos atos imputados ao Acusado.
Parágrafo único. Cópia do Libelo Acusatório, contendo a contra-fé do Acusado,
de seu representante legal ou Curador, será juntada aos Autos.
Art. 59. Após seu interrogatório, terá o Acusado 05 (cinco) dias para oferecer
ao Conselho suas Razões de Defesa, que serão autuadas e juntadas aos
Autos (Modelo 17 deste Anexo II).
Art. 60. Incumbe ao Escrivão colocar o processo em ordem, bem como dar
cumprimento às determinações exaradas, mediante despacho, do Presidente,
devendo, após seu cumprimento, dar a correspondente Certidão (Modelo 07
deste Anexo II) antes de retornar os Autos conclusos ao Presidente.
Art. 61. O despacho é o instrumento mediante o qual o Presidente determina
providências e diligências a serem tomadas pelo Conselho, impulsionando seu
andamento a partir do momento em que receba os Autos conclusos.
Parágrafo único. Todos os documentos recebidos para serem juntados aos
Autos deverão receber do Presidente despacho “Junte-se aos Autos” (Modelo
05 deste Anexo II), devendo o Escrivão providenciar a correspondente Juntada
(Modelo 08 deste Anexo II).
142
Art.62. Ao receber os Autos devidamente despachados pelo Presidente, o
Escrivão lavrará o Termo de Recebimento (Modelo 06 deste Anexo II).
Art. 63. Para declarar, nos Autos, haver cumprido, ou não, despacho do
Presidente, o Escrivão lavrará uma certidão (Modelo 07 deste Anexo II).
Art. 64. A juntada de documentos expedidos, recebidos e quaisquer outros,
inclusive comprovantes, aos Autos dar-se-á mediante “Termo de Juntada”, a
ser lavrado pelo Escrivão (Modelo 08 deste Anexo II).
Art.65. O comparecimento do Acusado, do acusador ou das testemunhas,
quando militares ou servidores públicos estaduais, dar-se-á mediante ofício de
requisição, em duas vias, ao comandante, chefe, diretor ou coordenador
(Modelos 12A, 12B e 12C deste Anexo II).
§ 1º. No ofício, que será assinado pelo Presidente do Conselho, será
requisitada a apresentação do militar ou servidor em data, horário e local
designados, cabendo ao destinatário o atendimento à requisição.
§ 2º. Aquele que receber o ofício de requisição ficará responsável por sua
entrega ao destinatário, devendo dar fé, mediante a aposição de nome,
matrícula ou RG e assinatura datada, na cópia do documento – que será, em
seguida, juntada aos Autos na forma deste código.
§ 3º. Constituindo-se o acusador ou a testemunha em militar ou servidor
público federal, será seu comparecimento solicitado, da mesma forma,
mediante ofício ao comandante, chefe, diretor ou coordenador – quando
aplicável – podendo o destinatário atender à solicitação ou apresentar nova
data e horário, mediante coordenação com o Presidente do Conselho.
§ 4º. Quando o acusador ou testemunha for civil, será intimado diretamente,
em duas vias, devendo o intimado dar recibo na cópia que será juntada ao
processo (Modelo 13 deste Anexo II).
143
§ 5º. Será também utilizada a intimação direta, porém encaminhada mediante
o órgão de inativos da corporação, quando o acusador ou testemunha for
militar inativo.
§ 6º. Quando necessária a prestação de informações ou provas por terceiros,
serão expedidas intimações (Modelo 13 deste Anexo II) para esse fim,
mencionando-se data, prazo, forma e condições de atendimento.
§ 7º. Não sendo atendidas as solicitações previstas nos parágrafos 3º e 4º,
poderá o Presidente do Conselho, se entender relevante a matéria, proferir
despacho informando a omissão da diligência ou depoimento e deferir, caso
exista, meio de prova alternativo solicitado pela defesa, não se eximindo de
proferir decisão no processo.
§ 8º. As requisições de que trata este artigo serão encaminhadas com
antecedência mínima de 03 (três) dias úteis.
Art. 66. O “Auto de Interrogatório” é o instrumento onde são consignados a
qualificação do Acusado, os fatos por ele declarados, bem como as perguntas
que lhe forem dirigidas e as respostas prestadas perante o Conselho de
Disciplina (Modelo 10 deste Anexo II).
Art. 67. O “Termo de Inquirição de Testemunha” constitui-se no instrumento
onde serão registrados a qualificação da testemunha e todo o seu depoimento
perante o Conselho de Disciplina (Modelo 14 deste Anexo II).
Art. 68. O “Termo de Perguntas ao Acusador”, quando houver, é o instrumento
utilizado para registrar sua qualificação e seu depoimento perante o Conselho
de Disciplina (Modelo 15 deste Anexo II).
Art. 69. O “Termo de Acareação” visa esclarecer pontos divergentes nos
depoimentos, quando houver (Modelo 16 deste Anexo II).
144
§ 1º. Verificada a necessidade de acareação durante depoimento do acusador
ou testemunhas, o ato poderá ser realizado na mesma sessão, logo após
encerrados os depoimentos conflitantes, consignando-se o fato em Ata, ou,
então, em Sessão especialmente designada para tal fim.
§ 2º. A acareação poderá ocorrer na hipótese de revelia, uma vez que as
perguntas formuladas limitar-se-ão às divergências encontradas e/ou outras
que poderão advir, tendo em vista a apuração completa dos fatos.
Art. 70. Diligências são procedimentos determinados mediante Despacho, pelo
Presidente do Conselho, com a finalidade de esclarecer fato ou fatos, delas
devendo o Escrivão lavrar termo e dar Certidão.
Art. 71. Após a qualificação e inquirição do acusador, se houver, ou após a 1ª
sessão do Conselho, por ocasião do primeiro Termo de Conclusão, deverá o
Presidente informar, mediante despacho, quais as próximas diligências a serem
realizadas.
Art. 72. As diligências a serem determinadas poderão decorrer do depoimento
de testemunhas, testemunhas referidas, acareações, perícias, requisições de
documentos, dentre outras.
Parágrafo único. Serão determinadas tantas diligências quantas forem
necessárias ao esclarecimento do fato, desde que deferidas pelo Conselho e,
em seu cumprimento, deverão ser observadas, conforme sua natureza, as
exigências e formalidades legais.
Art. 73. Realizadas todas as provas e diligências necessárias à apuração dos
fatos, designará o Presidente do Conselho dia e hora para o julgamento,
passando a deliberar em sessão secreta o relatório Modelos 18A, 18B e 18C
deste Anexo II).
Art. 74. A resolução do Conselho deve atender ao prescrito nas alíneas “a” e
“b” do § 1º do Art. 34 deste Anexo.
145
Art. 75. A deliberação do Conselho é formada por maioria de votos de seus
membros, porém quando houver voto vencido, é facultado sua Disciplina por
escrito.
Art. 76. Encerrados os trabalhos e autuadas todas as peças, inclusive o
relatório, será lavrado o “Termo de Encerramento e Remessa” (Modelo 19
deste Anexo II).
Art. 77. Lavrado o “Termo de Encerramento e Remessa”, os Autos serão
encaminhados, mediante “ofício de remessa”, a ser confeccionado em duas
vias, à autoridade que determinou a instauração do Conselho de Disciplina
(Modelo 20 deste Anexo II).
Parágrafo único. Uma das vias do ofício de remessa seguirá junto com o
Processo, enquanto a original, devidamente recibada, permanecerá com o
Presidente do Conselho de Disciplina que comunicará o envio dos Autos,
mediante parte, à Corregedoria – a qual, por sua vez, providenciará a
publicação em boletim disciplinar da corporação.
Art. 78. Durante sessões onde sejam ouvidas testemunhas ou o acusador, o
Acusado deverá sentar-se atrás e á direita ou esquerda daqueles e, entre eles,
o Presidente – devendo o Escrivão sentar-se próximo a este.
Art. 79. Aberta a sessão e iniciados os trabalhos pelo Presidente, os membros
do Conselho, o acusador, as testemunhas, o Acusado e seu representante
legal formularão suas perguntas, no momento e na ordem autorizada pelo
Presidente, diretamente ao inquirido – que, da mesma forma, responderá
diretamente.
Art. 80. Não serão admitidas interrupções, interpelações ou o estabelecimento
de debates com os membros do Conselho, testemunhas, acusador, Acusado
ou seu representante legal.
146
Art. 81. Aos membros do Conselho de Disciplina é lícito perguntar ou
reperguntar ao acusador, às testemunhas e ao Acusado sobre o objeto da
acusação, podendo também propor diligências para o esclarecimento do fato.
Art. 82. Deve-se ouvir uma testemunha ou acusador de cada vez,
permanecendo os demais afastadas de modo que não possam ouvir os
depoimentos em andamento.
Art. 83. A testemunha ou acusador deverá ser introduzida na sala de sessão
do Conselho, pelo Escrivão, sempre quando os demais participantes já
estiverem em seus lugares.
Art. 84. Ao final do depoimento do acusador ou testemunha, poderá ser
permitido ao Acusado, ou seu representante legal, formular perguntas
obedecidas as normas do Conselho.
Art. 85. Findos seus depoimentos e respondidas as perguntas, a testemunha
ou acusador assinarão seu depoimento, juntamente com todos os presentes.
Art. 86. Ao Acusado será assegurada a ampla defesa e o contraditório, bem
como a apresentação de todos os meios de prova em Direito admitidos,
devendo o Conselho assegurar, nesse sentido, o exercício dos seguintes
direitos:
I - apresentação das “Razões de Defesa”, no prazo de 05 (cinco) dias após o
interrogatório.
II - o fornecimento ao Acusado, pelo Conselho de Disciplina, do “Libelo
Acusatório”, o qual conterá, com minúcias, os fatos e a descrição dos atos que
lhe são imputados.
III - ser intimado a comparecer, acompanhado de seu representante legal ou
Curador, a todas as sessões do Conselho, exceto para a sessão de
deliberação do relatório.
147
IV - requerer, perante o Conselho de Disciplina, a produção de todas as provas
permitidas no Código de Processo Penal Militar.
Art. 87. O Conselho poderá determinar a realização de provas mediante carta
precatória, as quais serão efetuadas por intermédio da autoridade militar local.
Art. 88. O Conselho de Disciplina poderá inquirir o acusador ou receber por
escrito, seus esclarecimentos, ouvindo posteriormente a respeito o Acusado.
Art. 89. As corporações, mediante os órgãos responsáveis e providências
administrativas das Corregedorias, apoiarão os Conselhos de Disciplina na
indenização de despesas decorrentes da precatória, da revelia, bem como nos
deslocamentos e demais gastos, quando houver.
Art. 90. A fim de permitir que o Presidente mantenha atenção voltada,
unicamente, à condução do procedimento, o atendimento a todas as
necessidades, administrativas e operacionais, afetas ao funcionamento do
Conselho será de atribuição da Corregedoria da corporação, mediante ofício de
solicitação do Presidente ao Corregedor.
Art. 91. O funcionamento do Conselho de Disciplina será considerado serviço
com prioridade sobre todos os demais.
Art. 92. A qualquer momento, poderão ser arguidas a suspeição ou
impedimento do Presidente ou dos demais membros do Conselho, o que
deverá constar da ata da sessão em que a questão for suscitada.
Art. 93. O Conselho de Disciplina terá autoridade para julgar as questões de
impedimento ou suspeição levantadas contra seus membros, mesmo que por
integrante do Conselho, devendo a decisão constar de ata a ser juntada aos
Autos.
148
§ 1º. No caso do caput, a decisão do Conselho dar-se-á por unanimidade ou
maioria e, procedendo a arguição, o Presidente expedirá ofício, com os
documentos comprobatórios, quando houver, ou com a cópia da ata da
decisão, à autoridade que determinou a instauração do procedimento,
solicitando a nomeação de novo membro - devendo aguardar a designação.
§ 2º. Incumbe à autoridade determinante do Conselho designar, o mais
rapidamente possível, novo membro para o Conselho, o que será feito
mediante nova portaria que altere a original, com data da decisão sobre a
arguição suscitada pelo Conselho.
Art. 94. Caso a decisão do Conselho seja pela rejeição da arguição, o fato
constará de ata e os trabalhos prosseguirão normalmente.
Art. 95. Em todas as sessões, poderão os membros do Conselho, o Acusado
ou seu representante legal levantar questões de ordem, que o colegiado
resolverá de plano, fazendo-as consignar em ata com a respectiva solução, se
assim for requerido.
Art. 96. O processo do Conselho de Disciplina deverá ser autuado e
encadernado conforme procedimento utilizado nos Inquéritos Policiais Militares.
Art. 97. Os depoimentos deverão conter as assinaturas de todos os presentes
e, quando ocuparem mais de uma folha, além da assinatura ao final, deverão
ser rubricadas na margem esquerda de cada uma das folhas anteriores.
Art. 98. Todos os documentos utilizados pelo Conselho, mesmo os recibos de
contra-fé, despachos e Termos de Juntada, serão confeccionados em papel
timbrado da corporação.
Art. 99. Ante eventuais aspectos não previstos pelo presente Anexo, serão
adotadas as mesmas práticas, formulários e modelos previstos no Código de
Processo Penal Militar e Inquérito Policial Militar, devendo ser feitas as
149
necessárias adaptações e observado, sempre, o fato de tratar-se o Conselho
de Disciplina de procedimento administrativo disciplinar.
Capítulo II
Dos Modelos
Art. 100. Os modelos constantes deste Capítulo constituem-se, tão somente,
em sugestões, sendo os enquadramentos ou capitulações fictícios,
funcionando os textos existentes como ajuda à percepção das possibilidades
possíveis.
§ 1º. Poderão e, em diversos casos deverão, ser promovidas correções,
modificações, adaptações e aperfeiçoamentos, visando a adequação dos
processos aos casos concretos e às mudanças decorrentes da natural
evolução da legislação.
§ 2º. É de inteira responsabilidade do Presidente do Conselho de Disciplina,
assessorado pelos demais membros, o atendimento aos princípios contidos no
Art. 3º do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado do Rio de
Janeiro, os quais deverão pautar todos os atos do Conselho.
150
Modelo 01
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
CONSELHO DE DISCIPLINA
(Nome, posto, RG)........................................Presidente
(Nome, posto, RG)........................................Interrogante e Relator
(Nome, Graduação, RG)...............................Escrivão
Acusado: (Nome completo, graduação, RG)
AUTUAÇÃO
Aos .... dias do mês de ... do ano de ..., nesta Cidade do ... , Estado do
..., no(a) (Organização Militar onde estiver sendo realizado o
Conselho), Autuo a Portaria de nomeação e demais documentos que me
foram entregues pelo Presidente do Conselho, do que, para constar, lavro o
presente Termo.
Eu, (Nome, graduação, RG do Escrivão), servindo de Escrivão o escrevi
e subscrevo.
..................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
151
Modelo 02
SECRETARIA DE ESTADO DE ….....................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
PORTARIA Nº...........de.................de..................de 19..........
O Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (ou)
O Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de
Janeiro, de acordo com o Artigo 4º, do Anexo II, do Código de Ética e Disciplina
dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº _______, de _______ de
_______, de 2014), RESOLVE:
Nomear (declinar os nomes, postos e RG de 02 (dois) oficiais da ativa ou
inativos, sendo o mais antigo oficial superior e de 01 (um) praça de graduação
superior ao Acusado) para, no local em que deva funcionar o Conselho e sob a
presidência do primeiro, constituírem o Conselho de Disciplina a que será
submetido o (nome, graduação e RG do Acusado), do(a) (Organização Militar
correspondente).
..............................................................................................
Assinatura do Comandante Geral
152
Modelo 03 A
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
ATA DA SESSÃO
Aos … dias do mês de … do ano de … , nesta Organização Militar
(Organização Militar ou outro local designado para o funcionamento do
Conselho de Disciplina), presente o Acusado (nome completo, graduação e
RG) e seu representante legal (nome completo e nº de inscrição na OAB), abriu
o Sr. Presidente do Conselho de Disciplina a Sessão às … horas, tendo sido
lidos e autuados os documentos que constituem o ato de nomeação do
Conselho. Em seguida, foi procedida a qualificação do Acusado, bem como foi
feita a entrega, ao mesmo, do Libelo Acusatório, onde estão contidos, de forma
minuciosa, os fatos e a descrição dos atos que lhe são imputados, cuja cópia
lhe é entregue junto à dos Autos até o ponto em que se encontram, das quais
passará recibo datado, ficando ciente de que, a partir da data do interrogatório,
a ser realizado após a oitiva do acusador (se houver), bem como das oitivas de
todas as testemunhas, será aberto o prazo de 05 (cinco) dias para que ofereça,
por escrito, as suas razões de defesa. Fica ainda ciente o Acusado que,
deferida a produção de novas provas após seu interrogatório, somente após a
autuação das mesmas, bem como de haver recebido a cópia integral dos Autos
contendo as novas provas produzidas, será aberto o já referido prazo de 05
(cinco) dias para a apresentação de suas razões de defesa. Na sequência,
(relatar, minuciosamente, tudo o mais que venha a ocorrer ou ser tratado na
Sessão e cuja inserção na Ata seja solicitada pelos presentes). E como nada
mais tinham a tratar, determinou o Sr. Presidente o encerramento da Sessão,
às .....horas; do que, para constar, lavrei a presente Ata. Eu (nome, graduação
e RG), servindo de Escrivão escrevi e subscrevo.
153
(Continuação da Ata de Sessão do CD de … de … de … fls. 02)
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Acusado
..........................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
154
Modelo 03 B
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
ATA DA SESSÃO
(Modelo de Ata com incidente)
Aos … dias do mês de … do ano de ..., nesta Organização Militar
(Organização Militar ou outro local designado para o funcionamento do
Conselho de Disciplina), presente o Acusado (nome completo, graduação e
RG) e seu representante legal (nome completo e nº de inscrição na OAB), abriu
o Sr. Presidente do Conselho de Disciplina a Sessão às … horas, tendo sido
lidos e autuados os documentos que constituem o ato de nomeação do
Conselho. Em seguida passou o colegiado a deliberar sobre a arguição, pelo
Acusado, da suspeição (ou impedimento) do (nome, posto ou graduação e RG
do membro do Conselho) para funcionar neste Processo, sob a alegação de
(ser inimigo do Acusado; ser ascendente ou descendente do acusador ou
possuir interesse no resultado; possuir vínculo de amizade ou parentesco
consanguíneo ou afim até o 2º grau com o acusador ou outro integrante do
Conselho; estar respondendo por fato análogo; ter aconselhado o acusador ou
membros do Conselho; ter interesse direto ou indireto no resultado do processo
em curso; ou amoldar-se a qualquer dos motivos constantes do § 2º do Art. 5º,
deste Anexo II do Código de Ética e Disciplina dos Militares Estaduais do
Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº ______, de _____ de ______ de 2014), em
face de (descrever os fatos e motivos da argüição). E como, ouvido o excepto,
afirma-se a procedência (ou improcedência) da suspeição (ou impedimento),
em vista de suas declarações (narrar o que disser o membro excepto), à vista
dos documentos de fls.. ___ (se houver apresentação), ou dos depoimentos de
fls.. ___ (se inquiridas testemunhas para comprovação da argüição) o
Conselho de Disciplina, por maioria de votos (ou unanimidade), resolve pela
procedência (ou improcedência) da suspeição (ou impedimento), acolhendo (ou
não acolhendo) a exceção apresentada pela defesa, com os efeitos de Direito.
155
(Continuação da Ata de Sessão do CD de … de … de … fls. 02)
Deliberou, a seguir, que seja oficiada a Autoridade nomeante, juntando-se
cópia da Ata desta Sessão, tendo em vista a substituição do excepto,
prosseguindo-se, oportunamente, nos trabalhos (ante a hipótese de
acolhimento da arguição de suspeição ou impedimento). E como nada mais
havia a tratar, determinou o Sr. Presidente o encerramento da Sessão, às ....
horas; do que, para constar, lavrei a presente Ata. Eu (nome, graduação e RG),
servindo de Escrivão, escrevi e subscrevo.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Acusado
..........................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
156
Modelo 03 C
MODELO DE ATA COM MANIFESTAÇÃO DE IMPEDIMENTO OU
SUSPEIÇÃO SUSCITADA POR MEMBRO DO Conselho
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
ATA DE SESSÃO
Aos … dias do mês de … do ano de … , nesta Organização Militar
(Organização Militar ou outro local designado para o funcionamento do
Conselho de Disciplina), presente o Acusado (nome completo, graduação e
RG) e seu representante legal (nome completo e nº de inscrição na OAB), abriu
o Sr. Presidente do Conselho de Disciplina a Sessão às .........horas, tendo sido
lidos e autuados os documentos que constituem o ato de nomeação do
Conselho. Em seguida, passou o colegiado a deliberar sobre a manifestação
do (nome, posto e RG), membro do Conselho, que nesta oportunidade se
declara suspeito (ou impedido) de funcionar no processo, em face de
(consignar os motivos e razões legais apresentadas pelo membro). Ouvido a
respeito o Acusado, disse que (transcrever o que foi dito pelo mesmo sobre o
assunto) e, à vista dos depoimentos (se foram apresentados depoimentos para
comprovar a suspeição ou impedimento), ou de depoimento de fls.. ___ (se
foram inquiridas testemunhas com tal finalidade ou se algum depoimento
realizado contiver material probatório sobre o fato alegado) o Conselho de
Disciplina, por maioria (ou unanimidade dos votos), resolve pela procedência
(ou improcedência) da suspeição (ou impedimento) do (nome, posto ou
graduação e RGo), membro do Conselho, com os efeitos de Direito. Deliberou,
a seguir, o Conselho que seja oficiado à Autoridade nomeante no sentido da
substituição, prosseguindo-se oportunamente, com os trabalhos (ante a
hipótese de acolhimento da arguição). E como nada mais havia a tratar,
determinou o Sr. Presidente o encerramento da Sessão, às .....horas; do que,
157
(Continuação da Ata de Sessão do CD de … de … de … fls. 02)
para constar, lavrei a presente Ata. Eu (nome, graduação e RG), servindo de
Escrivão, escrevi e subscrevo.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Acusado
..........................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
158
Modelo 03 D
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
ATA DA SESSÃO
(Ata da Sessão de Entrega das Razões de Defesa)
Aos … dias do mês de … do ano de … ,nesta (Organização Militar ou
outro local onde funcione o Conselho), presentes todos os membros do
Conselho de Disciplina, o Acusado e seu representante legal, abriu o Sr.
Presidente a Sessão às ......horas, tendo sido entregues pelo Acusado as suas
razões de defesa e nela requeridas a produção de provas, que foram deferidas
pelo Conselho. A seguir, o Conselho deliberou pela solicitação de prorrogação
de prazo por mais 20 (vinte) dias para a conclusão dos trabalhos, tendo em
vista a necessidade de serem procedidas diligências e demais atos de
excepcional importância à apuração dos fatos imputados ao Acusado nos
termos dos Artigos 26 e 27 deste Anexo ao Código de Ética e Disciplina dos
Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei nº …......, de … de … de 2014). E
como nada mais tinha a tratar, determinou o Sr. Presidente o encerramento da
Sessão às ......horas; mandando lavrar a presente Ata que, depois de lida e
achada conforme, vai por todos os membros do Conselho assinada, bem como
pelo Acusado e seu representante legal e comigo (nome, graduação e RG),
servindo de Escrivão, que o escrevi.
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
….............................................................................................
Nome, graduação e RG do Acusado
159
(Continuação da Ata de Sessão de … de … de … fls. 02)
….............................................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
….............................................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
160
Modelo 03 E
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
ATA DA SESSÃO DE DELIBERAÇÃO
Aos ... dias do mês de ... do ano de ..., nesta (Organização Militar ou
outro local designado para funcionamento do Conselho de Disciplina),
presentes todos os membros do Conselho de Disciplina, abriu o Sr. Presidente
a Sessão às ... horas, para deliberar, em sessão secreta, o procedimento
instaurado contra (nome, graduação e RG do Acusado), tendo sido foi decidido
(por maioria ou unanimidade de votos) o seguinte: (transcrever apenas, a parte
decisória, juntando-se aos Autos o relatório assinado por todos os membros do
Conselho de Disciplina). E, como nada mais havia a tratar, determinou o Sr.
Presidente o encerramento da Sessão às ... horas; do que, para constar, foi por
mim (nome, graduação e RG), servindo de Escrivão, lavrada a presente Ata
que subscrevo.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Acusado
161
(Continuação da Ata da Sessão de Deliberação de ... de ... de ... fls.. 02)
..........................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
162
Modelo 04
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
CONCLUSÃO
Aos ... dias do mês de … do ano de …, faço conclusos os presentes
Autos ao Sr. Presidente do Conselho de Disciplina.
.........................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
163
Modelo 05
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
DESPACHO
Determino que seja oficiado à Corregedoria da Polícia Militar ou Corpo
de Bombeiros Militar, solicitando tornar público, a data, hora e local da primeira
reunião deste Conselho de Disciplina, bem como a convocação dos membros,
na (Organização Militar ou outro local designado para o funcionamento do
Conselho) para, após a leitura e a autuação que constitui o ato de nomeação
do Conselho de Disciplina, serem procedidas a qualificação do Acusado (sendo
militar da ativa, declinar nome completo, graduação, RG e Organização Militar
onde serve e, se inativo, domicílio declarado ou local onde informou pode ser
encontrado), bem como a entrega, ao mesmo, do “Libelo Acusatório”.
Designo o dia … /... /... às … horas e .... horas, respectivamente, a fim
de serem ouvidas as testemunhas (nome completo de cada uma das
testemunhas e locais onde servem ou podem ser encontradas - sejam
militares, ou civis), presente o Acusado (nome completo, graduação e RG) e
seu representante legal (nome completo e Inscrição na OAB), na (Organização
Militar ou ou outro local designado para o funcionamento do Conselho de
Disciplina).
Designo o dia … /.... /.... , às … horas, a fim de prestar depoimento o
acusador (nome completo, posto ou graduação, RG, Organização Militar onde
serve e, sendo civil, local onde pode ser encontrado), presente o Acusado
(nome completo, graduação e RG) na (Organização Militar ou outro local
designado para o funcionamento do Conselho de Disciplina).
164
Designo o dia … /.../..., às .... horas, para que seja encaminhado o
Acusado à inspeção de saúde para efeito de Conselho de Disciplina.
Forneça-se ao Acusado (nome, graduação e RG) o Libelo Acusatório,
em cuja cópia, que será juntada aos Autos, passará recibo datado, ficando
ciente de que, a partir da data do interrogatório, será aberto o prazo de 05
(cinco) dias para apresentação, por escrito, de suas razões de defesa.
Providencie o Sr. Escrivão.
Local e data,
…......................................................................................
Nome, Posto e RG do Presidente
165
Modelo 06
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
RECEBIMENTO
Aos … dias do mês de .... do ano de … , recebi estes Autos do Sr.
Presidente do Conselho de Disciplina.
..................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
166
Modelo 07
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
CERTIDÃO
Certifico que foi providenciado o cumprimento do despacho do Sr.
Presidente do Conselho de Disciplina.
Local e data,
...................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
167
Modelo 08
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
JUNTADA
Aos … dias do mês de … do ano de .... , faço juntada aos presentes
Autos dos documentos que se seguem.
...........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
168
Modelo 09
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
AUTO DE QUALIFICAÇÃO DO ACUSADO
Aos … dias do mês de … do ano de ..., nesta (Organização Militar ou
outro local designado para o funcionamento do Conselho de Disciplina),
presentes todos os membros do Conselho, comigo (nome, graduação e RG do
Escrivão), servindo de Escrivão, compareceu o Acusado (nome, graduação e
RG), acompanhado de seu representante legal, (nome e inscrição na OAB, se
Advogado), o qual após assistir a leitura das peças do Processo, passou a ser
qualificado da seguinte maneira: PERGUNTADO qual o seu nome,
naturalidade, estado civil, filiação, idade, graduação, RG e Organização Militar,
RESPONDEU (seguem-se as respostas dadas). E como nada mais disse e
nem lhe foi perguntado, deu o Presidente por encerrado o presente Auto de
Qualificação do Acusado, que iniciado às … horas e concluído às... horas, vai
por todos os membros do Conselho assinado, bem como pelo Acusado e por
seu representante legal, depois de lido e achado conforme. Eu, (nome,
graduação e RG do Escrivão) servindo de Escrivão, o escrevi.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Acusado
169
(Continuação do Auto de Qualificação do Acusado de … de ...de... fls.. 02)
..........................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
170
Modelo 10
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
AUTO DE INTERROGATÓRIO DO ACUSADO
Aos … dias do mês de … do ano de … , nesta (Organização Militar ou
outro local designado para funcionamento do Conselho de Disciplina),
presentes todos os membros do Conselho, comigo (nome , graduação e RG),
servindo de Escrivão, compareceu o Acusado (nome, posto e RG),
acompanhado de seu representante legal, (nome e inscrição na OAB, se
Advogado), o qual após assistir a leitura das peças do Processo, passou a ser
Interrogado, conforme o seguinte: PERGUNTADO sobre seu nome,
naturalidade, estado civil, filiação, idade, graduação, RG e Organização Militar
onde serve, RESPONDEU (seguem-se as respostas dadas). A seguir, pelo
Presidente, foi-lhe orientado sobre seu direito de permanecer em silêncio, não
podendo tal decisão ser interpretada de modo desfavorável à sua defesa. Na
sequência, PERGUNTADO (todos os membros do Conselho de Disciplina
podem formular perguntas, diretamente, mediante o deferimento e a ordem
estipulada pelo Presidente, sobre o objetivo da acusação e outras que se
fizerem necessárias ante o desenvolvimento do depoimento prestado,
observadas a objetividade, a clareza e o objetivo de apuração completa dos
fatos imputados ao Acusado), RESPONDEU (consignar a respostas dadas pelo
Acusado). PERGUNTADO, ainda, (consignar a pergunta) RESPONDEU que
(consignar a resposta). PERGUNTADO se tem fatos a alegar ou provas que
justifiquem a sua inocência, RESPONDEU (consignar a resposta dada, citando
nomes de testemunhas, documentos mencionados e diligências requeridas). E
como nada mais disse e nem lhe foi perguntado, deu o Presidente por
encerrado o presente Auto de Interrogatório do Acusado que, iniciado às …
horas e concluído às... horas, vai por todos os membros do Conselho assinado,
171
(Continuação do Auto de Interrogatório do Acusado de … de … de … fls. 02)
bem como pelo Acusado e seu representante legal, depois de lido e achado
conforme. Eu, (nome, graduação e RG), servindo de Escrivão, o escrevi.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Acusado
..........................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
172
Modelo 11
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
LIBELO ACUSATÓRIO
Ofício Nº ____ Local e data
Do : Presidente do Conselho de Disciplina
Ao: (nome, graduação e RG do Acusado)
Assunto: Libelo Acusatório (fornece)
Anexo: Cópia do Libelo Acusatório.
O Conselho de Disciplina nomeado pela Portaria …. nº … , de … /... /... ,
atendendo ao que preceitua o § 1º do Art. 9º do Anexo II ao Código de Ética e
Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº ______ de ___
/___ /___) encaminha a V. Sª o Libelo Acusatório constante do Anexo, mediante
o qual lhe são imputados os atos e fatos abaixo relacionados:
Haver recebido conceito desabonador em face de desempenho incorreto no
cargo de ......(descrever o cargo), em face de, no dia …./..../...., haver ......
(descrever minuciosamente o fato, que deverá limitar-se à esfera
administrativo-militar), comprometendo, assim, o bom nome da Polícia Militar /
do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, tendo sido, em
conseqüência, punido com (citar a sanção disciplinar sofrida).
Haver sido punido em … /... /... com sanção de (citar a sanção disciplinar
sofrida) por haver (descrever minuciosamente o fato, que deverá limitar-se à
173
(Continuação do Libelo Acusatório de … de … de … fls. 02)
esfera administrativo-militar), comprometendo, assim, o bom nome da Polícia
Militar / do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Assim, de acordo com o citado Art. 9º do Anexo II ao Código de Ética e
Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº _____ de ___ /___
/___ , fica V. Sª. ciente de que deverá apresentar, por escrito, a contar da data
do Interrogatório, as razões ou justificações que julgue convenientes à sua
defesa.
…..........................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
Recebi o Libelo Acusatório.Ciente do
Prazo de 05 (cinco) dias para
apresentar, por escrito, as razões de
defesa.
Em, ......../............/........
…..................................................
Nome, graduação e RG do Acusado
174
Modelo 12 A
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
Ofício nº....... Local e data
Do: Presidente do Conselho de Disciplina
Ao: Sr. (Autoridade a quem sejam subordinadas as testemunhas)
Assunto: Comparecimento de testemunhas (solicita)
Solicito a V.Sª que sejam apresentadas as testemunhas (listar, por nome
completo e RG), no dia … /... /... , às ... horas, no … (local onde funcione o
Conselho), a fim de serem ouvidas no Conselho de Disciplina nomeado pela
Portaria …. nº... , de .... /... /... , em que é Acusado (nome, graduação e RG).
…..................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
175
Modelo 12 B
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
Ofício nº....... Local e data
Do: Presidente do Conselho de Disciplina
Ao: Sr. (Autoridade a quem sejam subordinado o Acusado)
Assunto: Comparecimento de militar a Conselho de Disciplina (solicita)
Solicito a V.Sª que seja apresentado o Acusado (nome completo, posto e
RG), no dia … /... /... , às … horas, no … (local onde funcione o Conselho), a
fim de assistir à sessão onde serão ouvidas as testemunhas em Conselho de
Disciplina nomeado pela Portaria … nº … , de .... /... , em que figura como
Acusado.
…...........................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
176
Modelo 13
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
INTIMAÇÃO
Solicito a V.Sª que compareça no dia ... de... de … , às ... horas, no
(especificar o local onde deverá ser prestado o depoimento) a fim de depor,
como testemunha (ou acusador), perante o Conselho de Disciplina nomeado
pela Portaria … nº... de ... de ... de … , em que é Acusado (nome, graduação
e RG do Acusado).
….........................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
Ao Ilmº Sr(a)
(Nome e endereço completos)
Recebi o original em ______ /_____ / ______
Nome completo e identidade
….............................................
Assinatura
177
Modelo 14
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
TERMO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA
Aos … dias do mês de... do ano de .... , nesta Organização Militar
(Organização Militar ou outro local designado para funcionamento do Conselho
de Disciplina), presentes todos os membros do Conselho, o Acusado, seu
representante legal, comigo (nome, graduação e RG) servindo de Escrivão,
compareceu a testemunha (nome completo, naturalidade, estado civil,
profissão, posto, RG, inscrita no Cadastro das Pessoas Físicas sob o nº … , e
residência onde serve ou trabalha) que, após prestar o compromisso de dizer a
verdade, foi inquirida sobre os fatos constantes da (declinar o que for,
denúncia, parte, etc.) de fls. … , a qual lhe foi lida, disse que … (referir tudo
quanto disser a testemunha sobre o objeto da acusação e suas circunstâncias).
PERGUNTADO (todos membros do Conselho poderão formular perguntas
sobre o objeto da acusação e outras que se fizerem necessárias ante o
desenvolvimento do depoimento prestado, tendo em vista sempre a
objetividade, a clareza e a apuração completa dos fatos que são imputados ao
Acusado), respondeu (seguem-se as respostas dadas, obedecendo, com a
possível exatidão, aos termos utilizados pelo depoente). PERGUNTADO (e
assim por diante), respondeu que (segue-se a resposta dada); dada a palavra
ao Acusado ou a seu representante legal, por ele foi PERGUNTADO (consignar
a pergunta), tendo a testemunha RESPONDIDO (segue-se a resposta dada).
PERGUNTADO (consignar a pergunta), RESPONDEU que (segue-se a
resposta dada, e assim por diante); E como nada mais nada mais disse e nem
lhe foi perguntado, deu o Sr. Presidente do Conselho por findo o presente
depoimento, iniciado às … horas e concluído às … horas, mandando lavrar
Termo que, depois de lido e achado conforme, vai por todos os membros do
Conselho assinado, bem como pela testemunha, pelo Acusado e seu
178
(Continuação do Termo de Inquirição de Testemunha de … de … de … fls. 02)
representante legal e comigo (nome, graduação e RG), servindo de Escrivão,
que o escrevi.
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
….............................................................................................
Nome posto e RG do Interrogante e Relator
….............................................................................................
Nome completo da Testemunha
….............................................................................................
Nome, graduação e RG do Acusado
….............................................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
179
Modelo 15
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
TERMO DE PERGUNTAS AO ACUSADOR
Aos … dias do mês de … do ano de … , nesta (Organização Militar ou
local designado para o funcionamento do Conselho), presentes todos os
membros que compõem o Conselho de Disciplina, o Acusado, seu
representante legal, comigo … (nome, graduação e RG do Escrivão) servindo
de Escrivão, compareceu o(a) Sr(a).. (nome completo, naturalidade, estado
civil, profissão, posto ou graduação, RG, inscrito no Cadastro de Pessoas
Físicas sob o nº... , e residência ou local onde serve ou trabalha), a fim de ser
inquirido sobre os fatos constantes da (declinar o que for, denúncia, parte, etc.)
de fls.. … a qual lhe foi lida, disse que ...(referir tudo o quanto disser o
depoente sobre o objeto da acusação e suas circunstâncias). PERGUNTADO
(todos os membros do Conselho poderão formular perguntas sobre o objeto da
acusação e outras que se fizerem necessárias ante ao desenvolvimento do
depoimento prestado, tendo em vista sempre a objetividade, a clareza e a
apuração completa dos fatos que são imputados ao Acusado), RESPONDEU
(seguem-se as respostas dadas, obedecendo, com a possível exatidão, aos
termos utilizados pelo depoente). Perguntado (e assim por diante),
RESPONDEU que, (segue-se a resposta dada). Dada a palavra ao Acusado ou
seu representante legal, por ele foi PERGUNTADO (consignar a pergunta), ao
que RESPONDEU o depoente (segue-se a resposta dada). PERGUNTADO
(consignar a pergunta), RESPONDEU que (segue-se a resposta dada e assim
por diante). E como nada mais disse e nem lhe foi perguntado, deu o Sr.
Presidente do Conselho por findo o presente depoimento, iniciado às … horas
e encerrado às … horas, do qual foi mandado lavrar Termo que, depois de lido
e achado
180
(Continuação do Termo de Perguntas ao Acusador … de … de … fls. 02)
conforme, vai pelos membros do Conselho assinado, bem como pelo acusador,
pelo Acusado e seu representante legal e comigo (nome, graduação e RG),
servindo de Escrivão, que o escrevi.
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
….............................................................................................
Nome, posto ou graduação e RG do Acusador
….............................................................................................
Nome, graduação e RG do Acusado
….............................................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
….............................................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
181
Modelo 16
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
TERMO DE ACAREAÇÃO
Aos … dias do mês de … do ano de … nesta (Organização Militar ou
outro local designado para funcionar o Conselho), presentes todos os membros
que compõem o Conselho de Disciplina, o Acusado (nome, graduação e RG),
seu representante legal (nome e inscrição na OAB), comigo (nome, graduação
e RG do Escrivão) servindo de Escrivão, presentes as testemunhas (nome
completo de cada), já inquiridas nestes Autos, tendo em vista as divergências
existentes nos depoimentos, nos pontos (declinar as divergências) e, sob o
compromisso prestado, reperguntadas às mesmas testemunhas, uma face a
outra e perante o Acusado, para esclarecimento das divergências. Assim, lidos
perante todos os presentes os pontos divergentes dos depoimentos, pela
testemunha (nome completo), foi dito que (segue-se a resposta dada; pela
testemunha (nome completo), foi dito que (segue-se a resposta dada); pelo
Acusado, (nome, posto e RG), foi dito que (segue-se a resposta dada). E como
nada mais declararam, deu o Sr. Presidente do Conselho por finda a presente
acareação, que iniciada às … horas e concluída às … horas, mandado lavrar
este Termo que, depois de lido e achado conforme, vai por todos os membros
do Conselho de Disciplina assinado, bem como pelas testemunhas, Acusado e
seu representante legal e comigo (nome, graduação e RG), servindo de
Escrivão, que o escrevi.
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
182
(Continuação do Termo de Acareação de … de … de … fls. 02)
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
….............................................................................................
Nome, posto ou graduação e RG da Testemunha
….............................................................................................
Nome, posto ou graduação e RG da Testemunha
….............................................................................................
Nome, posto ou graduação e RG do Acusado
….............................................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
….............................................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
183
Modelo 17
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
RAZÕES DE DEFESA
Senhores Membros do Conselho de Disciplina,
... (nome, graduação e RG), Acusado perante o Conselho de Disciplina
nomeado pela Portaria ... nº ..., de ... de ... de ... , e tendo em vista os atos e
fatos que lhe são imputados no Libelo Acusatório, recebido a .... /... /..., vem
tempestivamente, oferecer suas razões de defesa pelos motivos que adiante se
seguem:
Com referência ao item “a” do libelo acusatório, (desenvolvimento das
razões que entender de direito, se possível com a apresentação de provas que
justifiquem as alegações).
Com referência ao item “b”, o Acusado (o mesmo procedimento do item “a”,
e assim por diante ).
Face ao exposto, o Acusado se declara (inocente ou culpado, no todo ou
em parte, devendo ser a afirmação demonstrada de forma ordenada, clara e
minuciosa) devendo, pois, serem seus argumentos reconhecidos pelo
Conselho de Disciplina.
Protesta provar o alegado através das testemunhas (listar o nome,
qualificação e endereço completos de cada uma delas - apresentando, no caso
de militares, os respectivos postos, graduações, RG e Organizações Militares
onde servem); bem como mediante o resultado de Processo a que respondeu,
em ... de ... de ... perante ao Juízo ou Tribunal (civil ou militar), requerendo,
para tanto, que seja oficiado à (Auditoria, CJM, Juízo da Vara Criminal, etc.); no
184
(Continuação das Razões de Defesa de (nome do Acusado) fls..2)
sentido da solicitação das provas (acórdãos, sentenças, diligências, laudos,
etc.)
Local e data,
............................................................................
Nome, graduação e RG do Acusado
185
Modelo 18
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
Ofício nº............... Local e Data
Do: Presidente do Conselho de Disciplina
Ao: (Autoridade que determinou o Conselho)
Assunto: Prorrogação de Prazo do Conselho (Solicita)
O Conselho de Disciplina, nomeado pela Portaria ... nº ..., de ... de ... de
..., vem nos termos dos Artigos 16 e 17 do Anexo II do Código de Ética e
Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº ____, de ____ de
____ de 2014, solicitar a V.Sª / V.Exª que seja prorrogado por 20 (vinte) dias o
prazo para a conclusão dos trabalhos, tendo em vista a necessidade de serem
procedidas diligências e demais atos de excepcional importância à completa
apuração dos fatos imputados ao Acusado (nome, graduação e RG).
.................................................................................................
Nome , posto e RG do Presidente
186
Modelo 18 A
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
RELATÓRIO
1. Objetivo
O Presente Conselho de Disciplina foi nomeado pelo Comandante Geral
da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro / Comandante Geral do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro), mediante a Portaria ... nº ... de
... de ... de ..., tendo em vista julgamento a ser submetido o (nome, graduação
e RG do Acusado) considerado como (declinar os fatos imputados na Portaria).
2. Diligências Realizadas
Reuniu-se o Conselho de Disciplina nesta (Organização Militar ou outro
local designado para funcionamento do Conselho de Disciplina), por
convocação do Sr. Presidente, presente o Acusado e seu representante legal,
tendo sido procedida a leitura e a situação dos documentos que constituíram o
Ato de nomeação do Conselho. Pelo Despacho de fls.. ___ foi determinado o
seguinte (descrever as providências determinadas no despacho), as quais
foram cumpridas às fls.. ___ e constam da Ata da 1ª Sessão do Conselho, de
fls.. ___.
Cumprindo os ditames legais, o Conselho assegurou ao Acusado a
ampla defesa, fornecendo-lhe o Libelo Acusatório, conforme consta das fls..
___; enviando a convocação para seu comparecimento, acompanhado de seu
representante legal, a todas as sessões do Conselho, à exceção da sessão
secreta de deliberação; fornecendo-lhe, sempre que solicitado, cópias dos
Autos; facultando-lhe a formulação de perguntas às testemunhas e ao
(Continuação do Relatório do CD / Port....nº ... , de ..., de ... , de ... , ..fls.. 02)
187
acusador, bem como solicitar a produção de provas e realização de diligências
pelo Conselho; e concedendo-lhe o prazo de 05 (cinco) dias, após o
interrogatório ou após a produção da última prova do procedimento, para
fossem oferecidas suas razões de defesa.
Assim foi que o Conselho deferiu, a produção das provas de fls.. ___ ,
___, ___ e ___, solicitadas pelo Acusado, bem como as diligências de fls.. ___.
___, ___, e ___, tendo sido indeferidas as solicitações constantes das Atas de
fls.. ___, ___ e ___ (mencionar todas as solicitações de provas e diligências
deferidas e indeferidas).
Em virtude da relevância das diligências e da impossibilidade deste
Conselho encerrar seus trabalhos dentro do prazo normal, foi solicitada, de
forma tempestiva, sua prorrogação (ofício de fls.. ___), o que foi deferido (ofício
de fls.......), nos termos dos Artigos 16 e 17 do Anexo II do Código de Ética e
Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei nº _____ , de _____
de ____ de ____).
Esses atos foram consignados na Ata da 2º Sessão do Conselho (fls..
___) e expediente de fls.. ___.
Pelo despacho de fls.. ___, foi designada a 3ª Sessão do Conselho para
a tomada de depoimentos das testemunhas do Acusado, conforme Ata de fls..
___ e depoimentos de fls.. ___.
O Conselho Deliberou proceder a acareação (dizer entre quais
depoentes) em razão de pontos divergentes que mereceram esclarecimentos
para a apuração da verdade e decisão do processo, tendo sido designados dia
e hora mediante as intimações de fls.. ___.
(Continuação do Relatório do CD / Port....nº ... , de ..., de ... , de ... , ..fls.. 03)
188
Às fls.. ___ e ___ constam a Ata e o Termo de Acareação e, às fls.. ___,
as respostas enviadas ao Conselho mediante Ofício.
O Conselho deliberou encaminhar o Acusado a Inspeção de saúde para
fins de Julgamento.
Encontrando-se o Processo pronto para julgamento, cumpridos todos os
Atos com fiel observância da lei, o Conselho designou dia e hora para a
Sessão Secreta, a fim de deliberar sobre o presente RELATÓRIO.
A Ata da 5ª Sessão, de fls.. ___ registra a sessão de deliberação.
3. Análise das Provas Apuradas
A Portaria de Nomeação do Conselho veio acompanhada dos seguintes
elementos documentais (mencionar um a um com um breve resumo de cada).
Depuseram as seguintes testemunhas, a saber (nome, completo), às
fls.. ___; (nome completo), às fls.. ___ .
Foi procedida a acareação entre as testemunhas (nome completo) e
(nome completo), conforme Termo de fls.. ___ .
Do conjunto de elementos (prova documental e testemunhal) juntada no
presente processo , conclui-se que (apresentar a conclusão sobre o conjunto
de provas e sua relação com os fatos ou atos imputados ao Acusado).
Para a defesa foram juntados os documentos de fls.. ___.(mencionar um
a um com um breve resumo de cada e estabelecendo sua relação com os fatos
ou atos atribuídos ao Acusado).
189
Do exame das provas apresentadas pelo Acusado e do conjunto de
elementos (prova documental e testemunhal) verifica-se que (concluir,
elaborando uma sequência lógica e cronológica dos fatos ou estabelecendo a
(Continuação do Relatório do CD / Port....nº ... , de ..., de ... , de ... , ..fls.. 04)
relação entre o conjunto probatório e as imputações contidas no Libelo
Acusatório).
A acusação que pesa contra o Acusado, estratificada no Libelo
Acusatório, encerra as seguintes infrações: (listar todas detalhadamente,
estabelecendo, de forma clara, inequívoca e individualizada a participação do
Acusado nos fatos ou suas ações, ao longo do tempo, que resultaram nas
imputações que lhe foram feitas)
4. Conclusão
Em face do acima exposto e que dos Autos consta e, ainda,
Considerando...........................................................
Considerando...........................................................
Considerando...........................................................
Considerando...........................................................
RESOLVE o Conselho de Disciplina, por unanimidade ou maioria de
votos, devendo, nesta última hipótese, ser complementado com a apresentação
do voto vencido, sob a forma "contra o voto de (nome, posto, RG e função no
Conselho), JULGAR o Acusado (se o Acusado é ou não culpado da acusação
constante do Libelo Acusatório ou se está, ou não, incapaz de permanecer na
ativa ou na situação em que se encontra na inatividade, consoante as letras "a"
e "b", do §1º do Art. 34 do do Anexo II do Código de Ética e Disciplina do
Estado do Rio de Janeiro (Lei nº ____, de ____, de 2014, o Acusado, (nome,
graduação e RG) determinando que seja o presente processo encaminhado ao
(Autoridade que determinou o Conselho de
190
(Continuação do Relatório do CJ / Port....nº ... , de ..., de ... , de ... , ..fls.. 05)
Disciplina mediante a Portaria de Nomeação), para os fins de direito.
Local e data.
.............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
.............................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
..........................................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
191
Modelo 18 B
(substituir somente o trecho abaixo do Relatório)
RESOLVE o Conselho de Disciplina, por unanimidade ou maioria, devendo,
nesta última hipótese, ser complementado com a apresentação do voto
vencido, sob a forma "contra o voto de (nome, posto, RG e função no
Conselho), JULGAR (se o Acusado é ou não culpado da acusação que lhe foi
feita no Libelo Acusatório e que será transcrita neste ponto) consoante as letras
“a" e “b” do § 1º art. 34 do Anexo II do Código de Ética e Disciplina do Estado
do Rio de Janeiro (Lei nº ____, de ____, de 2014, o Acusado (nome,
graduação e RG), determinando que seja o presente processo encaminhado ao
(Autoridade que determinou o Conselho de Disciplina mediante a Portaria de
Nomeação), para os fins de direito.
Local e data.
.......................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente do Conselho
........................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
.......................................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
192
Modelo 18 C
(substituir somente o trecho abaixo do Relatório)
RESOLVE o Conselho de Disciplina, por unanimidade ou maioria, devendo,
nesta última hipótese, ser complementado com a apresentação do voto
vencido, sob a forma "contra o voto de (nome, posto, RG e função no
Conselho), JULGAR se o Acusado está ou não incapaz de permanecer na ativa
ou na situação em que se encontra na inatividade em decorrência da
imputação que lhe foi feita no Libelo Acusatório, consoante as letras "a" e "b",
do §1º, do Art. 34, do Anexo II do Código de Ética e Disciplina do Estado do Rio
de Janeiro (Lei nº ____, de ____, de 2014, o Acusado (nome, posto e RG)
determinado que seja o presente encaminhado ao (Autoridade que determinou
o Conselho de Disciplina mediante a Portaria de Nomeação), para os fins de
direito.
Local e data.
.......................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
........................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
.......................................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
193
Modelo 19
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
TERMO DE ENCERRAMENTO E REMESSA
Aos .... dias do mês de ... do ano de ..., nesta (OPM ou outro local
designado para o funcionamento do Conselho ), encerro o presente processo e
delo faço remessa ao (Autoridade que determinou o Conselho de Disciplina
mediante a Portaria de Nomeação) do que, para constar, lavrei o presente
Termo. Eu, (rubrica do Escrivão), (nome, graduação e RG), servindo de
Escrivão, o escrevi e assino.
..........................................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
194
Modelo 20
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde estiver sendo realizado o Conselho)
OFÍCIO DE REMESSA
Ofício nº Local e Data
Do: (nome e posto), Presidente do Conselho de Disciplina
Ao: (Autoridade que determinou a instauração do CD)
Assunto: Remessa de Processo (Faz)
Anexo: 01 (um)Processo ref. a CD com ____ folhas.
Remeto a Vossa Excelência / Vossa Senhoria, para fins de direito, na
forma do Art. 34, § 4º, do Anexo II do Código de Ética e Disciplina do Estado do
Rio de Janeiro (Lei nº ____, de ____, de 2014, o processo relativo ao Conselho
de Disciplina a que foi submetido o ( nome, graduação e RG do Acusado), do
(a) (Organização Militar a que pertence).
........................................................................................
(nome, posto e RG)
Presidente do Conselho
195
ANEXO III
DA COMISSÃO DE REVISÃO DISCIPLINAR
Dispõe sobre a Comissão de Revisão Disciplinar da Polícia Militar e do Corpo
de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro e dá outras Providências.
TÍTULO I
Capítulo Único
Disposições Gerais
Art. 1º. A Comissão de Revisão Disciplinar é destinada a julgar, através de
Procedimento Administrativo Disciplinar, da incapacidade presumida das
praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de
Janeiro, com menos de 03 (três) anos de serviço, para permanecerem nas
fileiras das corporações ativa, criando-lhes, ao mesmo tempo, condições para
se defenderem.
Art. 2º. A competência para instauração da Comissão de Revisão Disciplinar
será dos Comandantes Gerais das corporações ou dos Comandantes, Chefes,
Coordenadores e Diretores, sempre mediante publicação em boletim disciplinar
cuja cópia será enviada, mediante ofício, à Corregedoria da corporação.
§ 1º. Se no mesmo fato estiverem envolvidos praças com menos de 03 (três)
anos de serviço e praças com mais de 03 (três) anos de serviço, caberá aos
Comandantes, Chefes, Coordenadores e Diretores a indicação ao Comandante
Geral da corporação para que respondam, todos, a Comissão de Revisão
Disciplinar.
§ 2º. A nomeação dos integrantes da Comissão de Revisão Disciplinar
ocorrerá na publicação do ato de submissão, devendo ser composta por 02
(dois) oficiais, sendo pelo menos (01) um deles oficial intermediário e, também,
196
por 01 (um) graduado com mais de 03 (três) anos de serviço e mais antigo que
aquele submetido à Comissão.
§ 3º. O membro mais antigo da Comissão será o Presidente, o outro oficial
será o Interrogante e Relator e o graduado o Escrivão.
Art. 3º. Será submetido ao julgamento por Comissão de Revisão Disciplinar, ex
officio, a praça referida no art. 1º deste Anexo que, com a sua conduta irregular,
venha a ser enquadrada nas situações abaixo descritas:
I - for Revisionado oficial e formalmente de ter;
a) procedido incorretamente no desempenho do cargo;
b) tido conduta irregular; ou
c) praticado ato que afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o decorro da
classe, nos termos do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado do
Rio de Janeiro (Lei Nº ____ / de ____ de ____ de 2014).
II - tiver sido afastado do cargo, na forma do Art. 42 do Estatuto dos Policiais
Militares e Art. 39 do Estatuto do Corpo de Bombeiros Militar, por se tornar
incompatível com o mesmo ou demonstrar incapacidade ou ineficiência para o
exercício da função a ele inerentes.
III - tiver sido condenado por crime doloso, qualquer que seja a pena, ou por
crime culposo, a pena superior a 02 (dois) anos, tão logo transite em julgado a
sentença;
IV - haver Ingressado, pela segunda vez, no comportamento "Mau"; e
V - Ingressando no comportamento "Mau", pela primeira vez, venha a ser
punido em face de transgressão de natureza grave.
197
Art. 4º. A praça submetida à Comissão de Revisão Disciplinar (CRD) será
denominada, no processo, como "Revisionado", devendo ser afastada do
exercício de suas funções; ter sua cédula de identidade funcional recolhida e
seu porte de arma revogado - restrição que deverá constar da cédula de
identidade provisória que lhe deverá ser fornecida pela corporação.
§ 1º. Incumbirá aos Comandantes, Chefes, Coordenadores e Diretores a
determinação das providências relativas ao "caput" deste artigo.
§ 2º. Deverão os Revisionados serem apresentados, mediante providências
determinadas pelos Comandantes, Chefes, Coordenadores e Diretores,
imediatamente ao ato de submissão, à Seção de Perícias Médicas da
corporação para que sejam submetidos a inspeção de saúde.
Art. 5º. Não podem fazer parte da Comissão de Revisão Disciplinar:
I - oficial ou praça que tenha formulado a acusação;
II - oficiais ou praças que tenham entre si, com o Acusador ou o Revisionado,
parentesco consanguíneo ou afim, na linha reta até o quarto grau de
consanguinidade colateral ou de natureza civil;
III - oficiais ou praças que tenham particular interesse no procedimento e em
sua decisão; e
IV - oficiais ou praças que já tenham integrado outro Procedimento
Administrativo Disciplinar a que o Revisionado, eventualmente, tenha sido
submetido.
Art. 6º. A Comissão de Revisão Disciplinar, à exceção da sessão de
deliberação, que será secreta e, portanto, não contará com a presença do
Revisionado e seu representante legal ou curador, funcionará sempre com a
totalidade de seus membros, presentes o Revisionado e seu representante
198
legal, em local onde a autoridade nomeante julgue melhor indicado para a
apuração do fato.
Art. 7º. Reunida a Comissão de Revisão Disciplinar, convocada previamente
por seu Presidente, em local, dia e hora designados com antecedência,
presente o Revisionado e seu representante legal, o Presidente manda
proceder a leitura e a autuação dos documentos que constituem o ato de
nomeação da Comissão; em seguida, ordena a qualificação do Revisionado e
procede o início das oitivas do Acusador (se houver) e das testemunhas, as
quais serão, sempre, reduzidas a Termo, assinadas por todos os membros da
Comissão, pelo Revisionado e por seu representante legal, fazendo-se a
juntada de documentos oferecidos.
Art. 8º. Aos membros da Comissão de Revisão Disciplinar e ao Revisionado ou
seu representante legal é lícito reperguntar, diretamente, mediante ordem
estabelecida pelo Presidente, ao Revisionado e às testemunhas sobre o objeto
da acusação e propor diligências para o esclarecimento dos fatos.
Art. 9º. Ao Revisionado será assegurada ampla defesa, tendo ele, após o
interrogatório, ultimo ato do procedimento que antecede à reunião de
deliberação, prazo de 05 (cinco) dias para oferecer, por escrito, as razões de
defesa.
§ 1º. Tendo em vista o atendimento ao princípio da ampla defesa e do
contraditório, a Comissão de Revisão Disciplinar fornecerá ao Revisionado, na
primeira Sessão em que se reunir, logo em seguida à sua Qualificação, o
“Libelo Acusatório”, que conterá, com minúcias, o relato dos fatos e a descrição
dos atos que lhe são imputados.
§ 2º. O Revisionado e seu representante legal deverão estar presentes a todas
as Sessões da Comissão de Revisão Disciplinar, à exceção da Sessão Secreta
de Deliberação do Relatório.
199
§ 3º. Em sua defesa, poderá o Revisionado requerer a produção, perante a
Comissão de Revisão Disciplinar, de todos as provas permitidas no Código de
Processo Penal Militar, observadas as restrições constantes do § 3º e § 4º do
Art. 29 deste Anexo III.
§ 4º. As provas a serem realizadas mediante carta precatória serão efetuadas
por intermédio de autoridade militar local.
§ 5º Não tendo o Revisionado apresentado Advogado ou Curador, competirá
ao Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar designar-lhe Curador, militar
de superior gradação hierárquica, que deverá ser aceito pelo Revisionado.
§ 6º Não concordando o Revisionado com o curador que lhe tenha sido
designado e, não podendo ele próprio encontrar um, poderá solicitar ao
Presidente da Comissão que lhe indique um segundo - o qual não poderá
recusar, exceto para indicar, ele próprio, outro de sua confiança e que possa
manifestar, de imediato, sua aquiescência.
Art. 10. A revelia ocorre quando o Revisionado não for localizado ou deixa de
atender a intimação, por escrito, para comparecer perante A Comissão de
Revisão Disciplinar.
Art. 11 Aberta a 1ª Sessão e constatada a falta do Revisionado, por não ter
sido encontrado ou por não querer comparecer, aguardar-se-á por uma hora –
após o que a sessão será suspensa.
Parágrafo único. A suspensão da sessão será lançada em ata, devendo o
Presidente determinar, mediante despacho ao Escrivão, que seja o
Revisionado novamente intimado, mediante publicação em boletim da
Organização Militar à qual esteja subordinado, a comparecer a nova sessão da
Comissão, marcando dia, hora e local.
Art. 12. Aberta a 2ª sessão e constatada, novamente, a ausência do
Revisionado, aguardado o tempo estabelecido, a sessão terá prosseguimento à
200
revelia, devendo Presidente determinar que sejam juntados aos Autos cópias
dos documentos comprobatórios das intimações.
Parágrafo único. Constatada a ausência do Revisionado em qualquer outra
sessão da Comissão, sem motivo justificável, o processo correrá a revelia.
Art. 13. A Comissão de Revisão Disciplinar poderá inquirir, em Sessão o
Acusador, se houver, ou dele receber, por escrito, as informações e
esclarecimentos necessários, cujas cópias serão entregues, mediante contrafé,
ao Revisionado, tendo em vista a solicitação de provas ou a formulação de
suas razões de defesa.
Art. 14. A Comissão de Revisão Disciplinar dispõe de um prazo de 30 (trinta)
dias, a contar da data de sua nomeação, para a conclusão de seus trabalhos,
inclusive a remessa do relatório.
Parágrafo único. A autoridade nomeante, por motivos excepcionais, poderá
prorrogar, em até 20 (vinte) dias, o prazo de conclusão dos trabalhos.
Art.. 15. O pedido de prorrogação de prazo, em tempo útil e com apresentação
dos motivos, deverá ser enviado, pelo Presidente da Comissão, à autoridade
nomeante (Modelo 12C deste Anexo III)
Art. 16. O pedido de prorrogação de prazo, devidamente deferido, deverá ser
enviado à Corregedoria para publicação em boletim disciplinar e, após
publicação, encaminhado ao Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar.
Art. 17. Ao receber a comunicação, mediante ofício do Comandante Geral da
corporação ou do Comandante, Chefe, Coordenador ou Diretor, sobre a
iminência de instauração de Comissão de Revisão Disciplinar, a Corregedoria
da corporação providenciará a cópia dos assentamentos do praça a ser
julgado; a “Parte de Acusação”, cuja cópia deverá ser entregue ao mesmo; bem
como a lista de nomes aptos para escolha, pelo nomeante, dos integrantes do
colegiado.
201
Art. 18. Antes da publicação em boletim da Portaria de Nomeação da
Comissão de Revisão Disciplinar, receberá o praça a ser julgado cópia da
“Parte de Acusação” contendo a descrição dos fatos que lhe são imputados,
sendo-lhe concedido prazo de 05 (cinco) dias para que apresente defesa prévia
por escrito – a qual poderá, mediante decisão da autoridade nomeante, ensejar
o cancelamento da Comissão.
Art.19. As autoridades referidas no art. 2º poderão, com base nos
antecedentes do praça a ser julgado, na natureza ou falta de consistência dos
fatos arguidos ou nas alegações constantes de defesa prévia apresentada,
considerar, desde logo, improcedente a acusação e indeferir, em consequência,
o pedido de nomeação da Comissão de Revisão Disciplinar.
Parágrafo único. O indeferimento do pedido de nomeação da Comissão de
Revisão Disciplinar será objeto de publicação em boletim disciplinar, da qual
deverão constar a transcrição da parte de acusação e a fundamentação do
indeferimento, sendo tais registros transcritos nos assentamentos do praça.
Art. 20. A partir da decisão de que seja submetido praça a Comissão de
Revisão Disciplinar, a Portaria de Nomeação será publicada em boletim
disciplinar reservado, onde serão registrados os fatos que determinaram a
decisão.
Art. 21. Publicada a Portaria e nomeada a Comissão de Revisão Disciplinar, a
Corregedoria providenciará a entrega imediata das publicações ao oficial
nomeado como Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar, juntamente
com as cópias da “Parte de Acusação”; dos assentamentos da praça a ser
submetido a Comissão; bem como de toda documentação referente ao fato ou
fatos que deram origem ao procedimento.
Art. 22. A Comissão de Revisão Disciplinar se reunirá em dias úteis, nos
horários normais de expediente da Organização Militar onde funcione, somente
devendo ser encerrados após o horário normal os atos já iniciados, cujo
202
adiamento prejudique o curso regular da Comissão ou cause dano ao
Revisionado ou à Administração.
Parágrafo único. Tendo em vista o disposto neste artigo, o horário de início do
ato deverá ter ocorrido com a possibilidade de término antes do fim do
expediente – sendo o atraso decorrente de fato excepcional ou demora
incomum dos depoimentos.
Art. 23. A qualificação do Revisionado será formalizada mediante o Auto de
Qualificação do Revisionado, que será autuado e juntado ao procedimento
(Modelo 09 deste Anexo III).
Art. 24. As qualificações do(s) Acusador(es) e testemunhas serão procedidas
logo ao início de suas oitivas, devendo constar dos respectivos Termos de
Inquirições.
Art. 25. O interrogatório do Revisionado, do qual será lavrado o “Auto de
Interrogatório do Revisionado”, será o último procedimento a ser realizado no
curso da Comissão, devendo seguir-se a este ato, caso não se torne
necessária a produção de mais provas, a entrega das razões de defesa para,
então, ser realizada a reunião secreta de deliberação Modelo 10 deste Anexo
III).
Art. 26. Todos os documentos apresentados pelo Revisionado deverão ser
juntados aos Autos, podendo tal providência constar, apenas, de despachos
proferidos pelo Presidente nos próprios documentos, incumbindo ao Escrivão
proceder a juntada mediante a lavratura do Termo de Juntada correspondente.
Art. 27. Após o interrogatório do Revisionado, caso sejam solicitadas novas
provas, será facultado à defesa a oportunidade de se manifestar sobre
eventuais novos fatos, para que, então, seja aberto o prazo para que apresente
as razões de defesa e passe a Comissão à deliberação.
203
Art. 28. Ao ser iniciada a primeira sessão de funcionamento da Comissão, logo
após a lavratura do "Auto de Qualificação do Revisionado", antes da realização
de qualquer oitiva ou da solicitação de produção de provas, será entregue pelo
Presidente ao Revisionado, mediante “contra-fé”, o “Libelo Acusatório”, que
deverá constar de relato minucioso do fato ou fatos e a descrição detalhada
dos atos que são lhe são imputados (Modelo 11 deste Anexo III)
Art. 29. Poderão ser arroladas até 06 (seis) testemunhas pela Comissão e
outras 06 (seis) pelo Revisionado, limite que não será aplicado àquelas ditas
Informantes e referidas.
§ 1º. Informantes são as testemunhas que não podem prestar o compromisso.
§ 2º. Testemunhas referidas são aquelas mencionadas em peças do processo
e que são chamadas a depor.
§ 3º. Não serão acolhidos pedidos de testemunhos de Chefes dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como de autoridades do 2º (segundo)
escalão de tais Poderes
§ 4º. O testemunho de autoridades da Administração Pública Estadual, à
exceção daquelas elencadas no parágrafo anterior, somente será deferido ante
a apresentação, pelo Revisionado, de conjunto probatório que justifique ou
fundamente o pedido ou, ainda, mediante o convencimento dos membros do
Comissão sobre a necessidade e importância do depoimento.
Art. 30. Concluídas todas as diligências, a Comissão de Revisão Disciplinar
passa a deliberar, em sessão secreta, sobre o relatório a ser redigido (Modelos
18A, 18B e 18C deste Anexo III).
§ 1º. O relatório, elaborado pelo Escrivão e assinado por todos os membros da
Comissão de Revisão Disciplinar deve concluir sobre:
a) ser, ou não, o Revisionado culpado da acusação que lhe foi feita; ou
204
b) embora sendo culpado o Revisionado, não venha a ensejar o fato a ele
imputado incapacidade de permanecer nas fileiras da corporação,
manifestando-se a Comissão pela aplicação de sanção disciplinar
acompanhada de reciclagem profissional
§ 2º. Ao emitir sua decisão final o Colegiado deverá considerar, além de outros
aspectos, os seguintes fatores:
a) o motivo da submissão do Revisionado ao julgamento pela Comissão;
b) O tempo de serviço do militar, inclusive eventuais prestações anteriores a
outra corporação ou Forças Armadas;
c) Os elogios e outras recompensas;
d) A idade do Revisionado;
e) O conceito emitido pelo comandante, chefe, coordenador ou diretor imediato
do Revisionado;
f) Os antecedentes funcionais do Revisionado;
g) A análise das provas colhidas, para dirimir quaisquer dúvidas, de forma a
permitir ao Comandante Geral uma decisão justa; e
h) "Pesquisa Social".
Art. 31. A deliberação da Comissão de Revisão Disciplinar é tomada por
maioria dos votos de seus membros.
Parágrafo único. Quando houver voto vencido, é facultada sua justificativa por
escrito.
205
Art. 32. Elaborado o relatório, com um Termo de Encerramento, A Comissão de
Revisão Disciplinar remete o processo a autoridade que determinou a
instauração da Comissão (Modelos 19 e 20 deste Anexo III).
Art. 33. Recebidos os Autos da Comissão de Revisão Disciplinar, a autoridade
que determinou sua instauração homologará ou avocará a decisão exarada
pela Comissão.
Parágrafo único. Constituindo-se a autoridade nomeante em comandante,
chefe, coordenador ou diretor, deverá, no prazo de 10 (dez) dias, encaminhar o
processo ao Comandante Geral para emissão de juízo final, devendo os Autos
serem protocolados na Corregedoria.
Art. 34. Recebidos os Autos da Comissão, o Comandante Geral, aceitando ou
não o julgamento exarado pelo Colegiado e, neste último caso, motivando sua
decisão em seu despacho, determinará:
I – o arquivamento do processo, se não julga o Revisionado culpado, por ter
sido inocentado ou por haver reconhecido em seu favor qualquer causa de
justificação ou que exclua a ofensa à disciplina do fato imputado;
II – a aplicação da sanção disciplinar, se não considera suscetível de
licenciamento ex officio a razão pela qual o Revisionado foi julgado culpado,
levando em consideração seus antecedentes funcionais e penais, submetendo-
o, incontinenti, a reciclagem profissional;
III – a remessa do processo à Auditoria de Justiça Militar do Estado do Rio de
Janeiro, com fulcro no art. 28, letra "a", do CPPM, se também considera crime
militar a razão pela qual o Revisionado foi considerado culpado e não há
nenhuma outra diligência a ser feita para a confirmação sobre a consumação
do delito, mas neste caso, desde que o fato imputado no Libelo Acusatório
ainda não se encontre sendo apreciado naquela instância penal; ou
206
IV – o licenciamento a bem da disciplina, se o Revisionado foi julgado incapaz
de permanecer na ativa.
§ 1º. Todas as decisões finais exaradas na Comissão de Revisão Disciplinar
serão publicadas em boletim disciplinar reservado e transcritas nos
assentamentos do Revisionado.
§ 2º. Enquanto não houver uma decisão final do Comandante Geral, o
Revisionado não poderá ser transferido da Organização Militar onde serve.
Art. 35. O Revisionado, seu representante legal ou Curador poderão interpor
recurso da decisão da Comissão de Revisão Disciplinar ou da posterior solução
do Comandante Geral.
§ 1º. O prazo para a interposição do recurso de que trata o caput é de 10 (dez)
dias, contados a partir da data na qual o Revisionado venha tomar,
formalmente, ciência da decisão da Comissão de Revisão Disciplinar ou da
publicação da solução da autoridade nomeante.
§ 2º. Os recursos interpostos terão efeito suspensivo, devendo a sanção de
licenciamento, ex officio, ser cumprida somente após a publicação de decisão
desfavorável exarada pelo julgador do recurso em última instância ou após
decorrido o prazo recursal sem que tenha o Revisionado protocolado o recurso.
§ 3º. Cabe ao Secretário de Estado de Segurança Pública ou ao Secretário de
Estado de Defesa Civil, conforme a corporação de origem do Revisionado, em
última instância, no prazo de 20 (vinte) dias, contados da data do recebimento
do processo, julgar os recursos interpostos contra decisão decorrente de
Comissão de Revisão Disciplinar.
Art. 36. Se durante o curso de Comissão de Revisão Disciplinar, a praça vier a
completar 03 (três) anos de serviço, o processo seguirá seu curso e terá
conclusão com efeitos normais.
207
Art. 37. Aplicam-se à Comissão de Revisão Disciplinar, subsidiariamente, as
normas constantes do Código de Processo Penal Militar
Art. 38. O prazo para instauração e funcionamento da Comissão de Revisão
Disciplinar, por referir-se o presente procedimento especial a faltas de natureza
disciplinar, prescreve em 02 (dois) anos, conforme o prazo de prescrição das
transgressões graves constantes do Art. 98 deste Código, computados a partir
da data em que foram praticados os fatos constantes da “Parte de Acusação”
ou do “Libelo Acusatório”, exceto ante a suspensão dos prazos prescricionais
decorrente da instauração de procedimento judicial, nos termos do § 2º do Art.
97 do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro.
TÍTULO II
Capítulo I
Das Instruções Reguladoras
Art. 39. A Portaria de Nomeação (Modelo 02 deste Anexo III) da Comissão de
Revisão Disciplinar conterá:
I - a qualificação do Revisionado;
II - a descrição dos fatos que ensejaram a instauração, materializada mediante
a “Parte de Acusação”;
III - a composição da Comissão;
IV - o local em deva funcionar a Comissão;
Art. 40. De posse da Portaria de Nomeação e de toda a documentação
necessária prevista, o Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar
convocará, mediante publicação em boletim disciplinar reservado, os demais
208
membros da Comissão, bem como o Revisionado para a primeira reunião - em
local, dia e hora marcados com antecedência compatível.
Art. 41. Para a reunião de que trata o art. anterior, poderá o Revisionado
comparecer acompanhado de seu representante legal ou Curador.
Parágrafo único. Não apresentando o Revisionado representante legal, caberá
o Presidente da Comissão designar-lhe curador para o ato.
Art. 42. Reunida a Comissão para sua primeira reunião, no dia, hora e local
determinados; presentes todos os membros, bem como o Revisionado e seu
representante legal ou curador; o Presidente fará a entrega da Portaria de
Nomeação e de toda a documentação existente ao Escrivão, que procederá a
leitura da mesma.
Art. 43. Ao final da primeira reunião, o Presidente determinará ao Escrivão que
proceda a autuação da documentação existente, após o que os Autos lhe serão
conclusos (Modelo 04 deste Anexo III).
Art. 44. Recebendo os Autos conclusos, o Presidente, mediante despacho
proferido nos Autos, determinará a qualificação e o interrogatório das
testemunhas, bem como o deferimento das provas a serem produzidas
(Modelo 05 deste Anexo III).
Art. 45. Todos os depoimentos e atos da Comissão serão reduzidos a Termo;
assinados por seus membros, pelo Revisionado, bem como por seu
representante legal ou Curador; após o que serão autuados mediante
despacho do Escrivão juntamente com a Ata de Sessão e, ao final, conclusos
ao Presidente.
Art. 46. Estando os Autos conclusos ao Presidente e deles necessitando vistas
o Revisionado, seu representante legal ou Curador, o Presidente, após suas
análises e mediante despacho, encaminhará os Autos ao Escrivão para
atendimento da defesa.
209
Art. 47. De todas as sessões serão lavradas Atas (Modelos 03A, 03B, 03C,
03D e 03E deste Anexo III).
Art. 48. De posse dos Autos, o Presidente proferirá suas decisões e/ou
determinará as próximas providências, restituindo os Autos, mediante
despacho, ao Escrivão (Modelo 05 deste Anexo III)
Art. 49. Os documentos ou peças deverão ser datilografados em espaço 02
(dois) ou digitados nas fontes "Arial" ou "Times New Roman", em tamanho "12",
com espaço de "1,5" – devendo ser observadas, em cada folha, à esquerda,
margem de 05 (cinco) centímetros e, à direita, de 02 (dois) centímetros.
Art. 50. O verso das folhas deverá permanecer em branco; no anverso, os
espaços deixados em branco deverão ser inutilizados, devendo as folhas em
branco serem retiradas do Processo.
Art. 51. Todas as folhas serão seguidamente numeradas, devendo o número
ser colocado no canto superior direito da folha, que nesse ponto serão
rubricadas pelo Escrivão.
Art. 52. A Autuação será realizada na primeira sessão da Comissão, sendo
feita na capa do Processo, que será a folha nº 01 (Modelo 01 deste Anexo III).
Art. 53. A Portaria de Nomeação será a folha de número 02 (dois) dos Autos
(Modelo 02 deste Anexo III).
Art. 54. Em seguida à Portaria serão autuados, em ordem cronológica, todos
os documentos em poder do Presidente da Comissão no início da 1ª sessão,
dos quais será feita Juntada (Modelo 08 deste Anexo III).
Art. 55. Todas as peças do processo serão reunidas, por ordem cronológica,
reunidas num só processo, com as folhas numeradas e rubricadas, pelo
Escrivão (vide Art. 21 do CPPM), devendo ser substituído o termo “Inquérito”
210
pelo termo “Comissão”, no caso, de Revisão Disciplinar, por se aplicar o CPPM
subsidiariamente.
Art. 56. Sempre que a Comissão se reunir, será lavrada, pelo Escrivão, Ata de
Sessão, da qual constarão os atos realizados, as solicitações incidentes,
sugestões interrupções e qualquer fato ou procedimento requerido, deferido ou
ordenado pela Comissão.
Parágrafo único. As atas serão autuadas ao final de cada sessão.
Art. 57. O “Libelo Acusatório” será fornecido ao Revisionado, mediante contra-
fé, pela Comissão de Revisão Disciplinar em sua primeira sessão e
apresentará, de forma minuciosa, o fato ou fatos que ensejaram a Comissão e
a descrição detalhada dos atos imputados ao Revisionado (Modelo 11 deste
Anexo III).
Parágrafo único. Cópia do Libelo Acusatório, contendo a contra-fé do
Revisionado ou de seu representante legal, será juntada aos Autos.
Art. 58. Após seu interrogatório, terá o Revisionado 05 (cinco) dias para
oferecer à Comissão suas Razões de Defesa, que serão autuadas e juntadas
aos Autos (Modelo 10 deste Anexo III).
Art. 59. Incumbe ao Escrivão colocar o processo em ordem, bem como dar
cumprimento às determinações exaradas, mediante despacho, do Presidente,
delas dando recebimento; proceder ao cumprimento dos despachos, do que
dará certidão e, após, retornar os Autos conclusos ao Presidente.(Modelo 04
deste Anexo III).
Art. 60. O despacho é o instrumento mediante o qual o Presidente determina
providências e diligências a serem tomadas pela Comissão, impulsionando seu
andamento a partir do momento em que receba os Autos conclusos.
211
Parágrafo único. Todos os documentos recebidos para serem juntados aos
Autos deverão receber o despacho “Junte-se aos Autos”, que deverá ser
datado e assinado pelo Presidente.
Art.61. Ao receber os Autos devidamente despachados pelo Presidente, o
Escrivão lavrará o Termo de Recebimento (Modelo 07 deste Anexo III).
Art. 62. Para declarar, nos Autos, haver cumprido, ou não, despacho do
Presidente, o Escrivão lavrará uma certidão (Modelo 07 deste Anexo III).
Art. 63. A juntada de documentos expedidos, recebidos e quaisquer outros,
inclusive comprovantes, aos Autos dar-se-á mediante “Termo de Juntada”, a
ser lavrado pelo Escrivão (Modelo 08 deste Anexo IIII).
Art.64. O comparecimento do Revisionado, do Acusador ou das testemunhas,
quando militares ou servidores públicos estaduais, dar-se-á mediante ofício de
requisição, em duas vias, ao comandante, chefe, diretor ou coordenador
(Modelos 12A, 12B e 12C deste Anexo III).
§ 1º. No ofício, que será assinado pelo Presidente da Comissão, será
requisitada a apresentação do militar ou servidor em data, horário e local
designados, cabendo ao destinatário o atendimento à requisição.
§ 2º. Aquele que receber o ofício de requisição ficará responsável por sua
entrega ao destinatário, devendo dar fé, mediante a aposição de nome,
matrícula ou RG e assinatura datada, na cópia do documento – que será, em
seguida, juntada aos Autos na forma deste código.
§ 3º. Constituindo-se o Acusador ou a testemunha em militar ou servidor
público federal, será seu comparecimento solicitado, da mesma forma,
mediante ofício ao comandante, chefe, diretor ou coordenador – quando
aplicável – podendo o destinatário atender à solicitação ou apresentar nova
data e horário, mediante coordenação com o Presidente da Comissão.
212
§ 4º. Quando o Acusador ou testemunha for civil, será intimado diretamente,
em duas vias, devendo o intimado dar recibo na cópia que será juntada ao
processo (Modelo 13 deste Anexo III).
§ 5º. Será também utilizada a intimação direta, porém encaminhada mediante
o órgão de inativos da corporação, quando o Acusador ou testemunha for
militar inativo.
§ 6º. Quando necessária a prestação de informações ou provas por terceiros,
serão expedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma
e condições de atendimento.
§ 7º. Não sendo atendidas as solicitações previstas nos parágrafos 3º e 4º,
poderá o Presidente da Comissão, se entender relevante a matéria, proferir
despacho informando a omissão da diligência ou depoimento e deferir, caso
exista, meio de prova alternativo solicitado pela defesa, não se eximindo de
proferir decisão no processo.
§ 8º. As requisições de que trata este artigo serão encaminhadas com
antecedência mínima de 03 (três) dias úteis.
Art. 65. O “Auto de Interrogatório” é o instrumento onde são consignados a
qualificação do Revisionado, os fatos por ele declarados, bem como as
perguntas que lhe forem dirigidas e as respostas prestadas perante a
Comissão de Revisão Disciplinar (Modelo 10 deste Anexo III).
Art. 66. O “Termo de Inquirição de Testemunha” constitui-se no instrumento
onde serão registrados a qualificação da testemunha e todo o seu depoimento
perante a Comissão de Revisão Disciplinar (Modelo 14 deste Anexo III).
Art. 67. O “Termo de Perguntas ao Acusador”, quando houver, é o instrumento
utilizado para registrar sua qualificação e seu depoimento perante a Comissão
de Revisão Disciplinar (Modelo 15 deste Anexo).
213
Art. 68. O “Termo de Acareação” visa esclarecer pontos divergentes nos
depoimentos, quando houver (Modelo 16 deste Anexo III).
§ 1º. Verificada a necessidade de acareação durante depoimento do Acusador
ou testemunhas, o ato poderá ser realizado na mesma sessão, logo após
encerrados os depoimentos conflitantes, consignando-se o fato em Ata, ou,
então, em Sessão especialmente designada para tal fim.
§ 2º. A acareação poderá ocorrer na hipótese de revelia, uma vez que as
perguntas formuladas limitar-se-ão às divergências encontradas e/ou outras
que poderão advir, tendo em vista a apuração completa dos fatos.
Art. 69. Diligências são procedimentos determinados mediante Despacho, pelo
Presidente da Comissão, com a finalidade de esclarecer fato ou fatos, devendo
das diligências realizadas, lavrar o Escrivão termo.
Art. 70. Após a qualificação e inquirição do Acusador, se houver, ou após a 1ª
sessão da Comissão, por ocasião da primeira vez que os Autos lhe sejam
Conclusos, deverá o Presidente informar, mediante despacho, quais as
próximas diligências a serem realizadas.
Art. 71. As diligências a serem determinadas poderão decorrer do depoimento
de testemunhas, testemunhas referidas, acareações, perícias, requisições de
documentos, dentre outras.
Parágrafo único. Serão determinadas tantas diligências quantas forem
necessárias ao esclarecimento do fato, desde que deferidas pela Comissão e,
em seu cumprimento, deverão ser observadas, conforme sua natureza, as
exigências e formalidades legais.
Art. 72. Realizadas todas as provas e diligências necessárias à apuração dos
fatos, designará o Presidente da Comissão dia e hora para o julgamento,
passando a deliberar em sessão secreta o relatório (Modelos 18A, 18B e 18C
deste Anexo III).
214
Art. 73. A resolução da Comissão deve atender ao prescrito nas alíneas “a” e
“b” do § 1º do Art. 30 deste Anexo.
Art. 74. A deliberação da Comissão é formada por maioria de votos de seus
membros, porém quando houver voto vencido, é facultado sua justificativa por
escrito.
Art. 75. Encerrados os trabalhos e autuadas todas as peças, inclusive o
relatório, será lavrado o “Termo de Encerramento e Remessa” (Modelo 19
deste Anexo III).
Art. 76. Lavrado o “Termo de Encerramento e Remessa”, os Autos serão
encaminhados, mediante “ofício de remessa”, a ser confeccionado em duas
vias, à autoridade que determinou a instauração da Comissão de Revisão
Disciplinar (Modelo 20 deste Anexo III)
Parágrafo único. Uma das vias do ofício de remessa seguirá junto com o
Processo, enquanto a original, devidamente recibada, permanecerá com o
Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar que comunicará o envio dos
Autos, mediante parte, à Corregedoria – a qual, por sua vez, providenciará a
publicação em boletim disciplinar da corporação.
Art. 77. Durante sessões onde sejam ouvidas testemunhas ou o Acusador, o
Revisionado deverá sentar-se atrás e á direita ou esquerda daqueles e, entre
eles, o Presidente – devendo o Escrivão sentar-se próximo a este.
Art. 78. Aberta a sessão e iniciados os trabalhos pelo Presidente, os membros
da Comissão, o Acusador, as testemunhas, o Revisionado e seu representante
legal ou Curador formularão suas perguntas, no momento e na ordem
autorizada pelo Presidente, diretamente ao inquirido – que, da mesma forma,
responderá diretamente.
215
Art. 79. Não serão admitidas interrupções, interpelações ou o estabelecimento
de debates com os membros da Comissão, testemunhas, Acusador,
Revisionado ou seu representante legal.
Art. 80. Aos membros da Comissão de Revisão Disciplinar é lícito perguntar ou
reperguntar ao Acusador, às testemunhas e ao Revisionado sobre o objeto da
acusação, podendo também propor diligências para o esclarecimento do fato.
Art. 81. Deve-se ouvir uma testemunha ou Acusador de cada vez,
permanecendo os demais afastadas de modo que não possam ouvir os
depoimentos em andamento.
Art. 82. A testemunha ou Acusador deverá ser introduzida na sala de sessão
da Comissão, pelo Escrivão, sempre quando os demais participantes já
estiverem em seus lugares.
Art. 83. Ao final do depoimento do Acusador ou testemunha, poderá ser
permitido ao Revisionado, seu representante legal ou Curador, formular
perguntas obedecidas as normas da Comissão.
Art. 84. Findos seus depoimentos e respondidas as perguntas, a testemunha
ou Acusador assinarão seu depoimento, juntamente com todos os presentes.
Art. 85. Ao Revisionado será assegurada a ampla defesa e o contraditório,
bem como a apresentação de todos os meios de prova em Direito admitidos,
devendo a Comissão assegurar, nesse sentido, o exercício dos seguintes
direitos:
I - apresentação das “Razões de Defesa”, no prazo de 05 (cinco) dias após o
interrogatório.
II - o fornecimento ao Revisionado, pela Comissão de Revisão Disciplinar, do
“Libelo Acusatório”, o qual conterá, com minúcias, os fatos e a descrição dos
atos que lhe são imputados.
216
III - ser intimado a comparecer, acompanhado de seu representante legal ou
Curador a todas as sessões da Comissão, exceto para a sessão de
deliberação do relatório.
IV - requerer, perante a Comissão de Revisão Disciplinar, a produção de todas
as provas permitidas no Código de Processo Penal Militar.
Art. 86. A Comissão poderá determinar a realização de provas mediante carta
precatória, as quais serão efetuadas por intermédio da autoridade militar local.
Art. 87. A Comissão de Revisão Disciplinar poderá inquirir o Acusador ou
receber por escrito, seus esclarecimentos, ouvindo posteriormente a respeito o
Revisionado.
Art. 88. As corporações, mediante os órgãos responsáveis e providências
administrativas das Corregedorias, apoiarão a Comissão de Revisão Disciplinar
na indenização de despesas decorrentes da precatória, da revelia, bem como
nos deslocamentos e demais gastos, quando houver.
Art. 89. A fim de permitir que o Presidente mantenha atenção voltada,
unicamente, à condução do procedimento, o atendimento a todas as
necessidades, administrativas e operacionais, afetas ao funcionamento da
Comissão será de atribuição da Corregedoria da corporação, mediante ofício
de solicitação do Presidente ao Corregedor.
Art. 90. O funcionamento da Comissão de Revisão Disciplinar será
considerado serviço com prioridade sobre todos os demais.
Art. 91. A qualquer momento, poderão ser arguidas a suspeição ou
impedimento do Presidente ou dos demais membros da Comissão, o que
deverá constar da ata da sessão em que a questão for suscitada.
217
Art. 92. A Comissão de Revisão Disciplinar terá autoridade para julgar as
questões de impedimento ou suspeição levantadas contra seus membros,
mesmo que por integrante da Comissão, devendo a decisão constar de ata a
ser juntada aos Autos.
§ 1º. No caso do caput, a decisão da Comissão dar-se-á por unanimidade ou
maioria e, procedendo a arguição, o Presidente expedirá ofício, com os
documentos comprobatórios, quando houver, ou com a cópia da ata da
decisão, à autoridade que determinou a instauração do procedimento,
solicitando a nomeação de novo membro - devendo aguardar a designação.
§ 2º. Incumbe à autoridade determinante da Comissão designar, o mais
rapidamente possível, novo membro para a Comissão, o que será feito
mediante nova portaria que altere a original, com data da decisão sobre a
arguição suscitada pela Comissão.
Art. 93. Caso a decisão da Comissão seja pela rejeição da arguição, o fato
constará de ata e os trabalhos prosseguirão normalmente.
Art. 94. Em todas as sessões, poderão os membros da Comissão, o
Revisionado, seu representante legal ou Curador levantar questões de ordem,
que o colegiado resolverá de plano, fazendo-as consignar em ata com a
respectiva solução, se assim for requerido.
Art. 95. O processo da Comissão de Revisão Disciplinar deverá ser autuado e
encadernado conforme procedimento utilizado nos Inquéritos Policiais Militares.
Art. 96. Os depoimentos deverão conter as assinaturas de todos os presentes
e, quando ocuparem mais de uma folha, além da assinatura ao final, deverão
ser rubricadas na margem esquerda de cada uma das folhas anteriores.
Art. 97. Todos os documentos utilizados pela Comissão, mesmo os recibos de
contra-fé, despachos e Termos de Juntada, serão confeccionados em papel
timbrado da corporação.
218
Art. 98. Ante eventuais aspectos não previstos pelo presente Anexo, serão
adotadas as mesmas práticas, formulários e modelos previstos no Código de
Processo Penal Militar e Inquérito Policial Militar, devendo ser feitas as
necessárias adaptações e observado, sempre, o fato de tratar-se a Comissão
de Revisão Disciplinar de procedimento administrativo disciplinar.
Capítulo II
Dos Modelos
Art. 99. Os modelos constantes deste Capítulo constituem-se, tão somente,
em sugestões, sendo os enquadramentos ou capitulações fictícios,
funcionando os textos existentes como ajuda à percepção das possibilidades
possíveis.
§ 1º. Poderão e, em diversos casos deverão, ser promovidas correções,
modificações, adaptações e aperfeiçoamentos, visando a adequação dos
processos aos casos concretos e às mudanças decorrentes da natural
evolução da legislação.
§ 2º. É de inteira responsabilidade do Presidente da Comissão de Revisão
Disciplinar, assessorado pelos demais membros, o atendimento aos princípios
contidos no Art. 3º do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado do
Rio de Janeiro, os quais deverão pautar todos os atos da Comissão.
219
Modelo 01
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
COMISSÃO DE REVISÃO DISCIPLINAR
(Nome, posto, RG)........................................Presidente
(Nome, posto, RG)........................................Interrogante e Relator
(Nome, Graduação, RG)...............................Escrivão
Revisionado: (Nome completo, graduação, RG)
AUTUAÇÃO
Aos .... dias do mês de ... do ano de ..., nesta Cidade do ... , Estado do
..., no(a) (Organização Militar onde estiver sendo realizado a
Comissão), Autuo a Portaria de nomeação e demais documentos que me
foram entregues pelo Presidente da Comissão, do que, para constar, lavro o
presente Termo.
Eu, (Nome, graduação, RG do Escrivão), servindo de Escrivão o escrevi
e subscrevo.
..................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
220
Modelo 02
SECRETARIA DE ESTADO DE ….....................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
PORTARIA Nº...........de.................de..................de 19..........
O Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (ou)
O Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de
Janeiro (ou) O Comandante, Chefe, Coordenador ou Diretor do(a)
(Organização Militar ou Órgão), de acordo com o Artigo 2º, do Anexo III, do
Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº
_______ de _______ de _______, de 2014), RESOLVE:
Nomear (declinar os nomes, postos e RG de 02 oficiais da ativa ou
inativos, sendo o mais antigo oficial Intermediário e de 01 praça, este de
graduação superior ao Revisionado) para, no local em que deva funcionar a
Comissão e sob a presidência do primeiro, constituírem a Comissão de
Revisão Disciplinar a que será submetido o (nome, graduação e RG do
Revisionado), do(a) (Organização Militar correspondente).
..............................................................................................
Assinatura do Nomeante
221
Modelo 03 A
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
ATA DA SESSÃO
Aos … dias do mês de … do ano de … , nesta Organização Militar
(Organização Militar ou outro local designado para o funcionamento da
Comissão de Revisão Disciplinar), presente o Revisionado (nome completo,
graduação e RG) e seu representante legal (nome completo e nº de inscrição
na OAB) ou Curador (Nome completo, posto ou graduação e RG), abriu o Sr.
Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar a Sessão às … horas, tendo
sido lidos e autuados os documentos que constituem o ato de nomeação da
Comissão. Em seguida, foi procedida a qualificação do Revisionado, bem como
foi feita a entrega, ao mesmo, do Libelo Acusatório, onde estão contidos, de
forma minuciosa, os fatos e a descrição dos atos que lhe são imputados, cuja
cópia lhe é entregue junto à dos Autos até o ponto em que se encontram, das
quais passará recibo datado, ficando ciente de que, a partir da data do
interrogatório, a ser realizado após a oitiva do Acusador (se houver), bem como
das oitivas de todas as testemunhas, será aberto o prazo de 05 (cinco) dias
para que ofereça, por escrito, as suas razões de defesa. Fica ainda ciente o
Revisionado que, deferida a produção de novas provas após seu interrogatório,
somente após a autuação das mesmas, bem como de haver recebido a cópia
integral dos Autos contendo as novas provas produzidas, será aberto o já
referido prazo de 05 (cinco) dias para a apresentação de suas razões de
defesa. Na sequência, (relatar, minuciosamente, tudo o mais que venha a
ocorrer ou ser tratado na Sessão e cuja inserção na Ata seja solicitada pelos
presentes). E como nada mais tinham a tratar, determinou o Sr. Presidente o
encerramento da Sessão, às .....horas; do que, para constar, lavrei a presente
Ata. Eu (nome, graduação e RG), servindo de Escrivão escrevi e subscrevo.
222
(Continuação da Ata de Sessão do CRD de … de … de … fls. 02)
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Revisionado
..........................................................................
Nome do representante legal e Inscrição na OAB ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
223
Modelo 03 B
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
ATA DA SESSÃO
(Modelo de Ata com Incidente)
Aos … dias do mês de … do ano de ..., nesta Organização Militar
(Organização Militar ou outro local designado para o funcionamento da
Comissão de Revisão Disciplinar), presente o Revisionado (nome completo,
graduação e RG) e seu representante legal (nome completo e nº de inscrição
na OAB), abriu o Sr. Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar a Sessão
às … horas, tendo sido lidos e autuados os documentos que constituem o ato
de nomeação da Comissão. Em seguida passou o colegiado a deliberar sobre
a arguição, pelo Revisionado, da suspeição (ou impedimento) do (nome, posto
ou graduação e RG do membro da Comissão) para funcionar neste Processo,
sob a alegação de (ser inimigo do Revisionado; ser ascendente ou
descendente do Acusador ou possuir interesse no resultado; possuir vínculo de
amizade ou parentesco consanguíneo ou afim até o 2º grau com o Acusador ou
outro integrante da Comissão; estar respondendo por fato análogo; ter
aconselhado o Acusador ou membros da Comissão; ter interesse direto ou
indireto no resultado do processo em curso; ou amoldar-se a qualquer dos
motivos constantes do Art. 5º, deste Anexo III do Código de Ética e Disciplina
dos Militares Estaduais do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº ______, de _____
de ______ de 2014), em face de (descrever os fatos e motivos da argüição). E
como, ouvido o excepto, afirma-se a procedência (ou improcedência) da
suspeição (ou impedimento), em vista de suas declarações (narrar o que disser
o membro excepto), à vista dos documentos de fls.. ___ (se houver
apresentação), ou dos depoimentos de fls.. ___ (se inquiridas testemunhas
para comprovação da argüição) A Comissão de Revisão Disciplinar, por maioria
de votos (ou unanimidade), resolve pela procedência (ou
224
(Continuação da Ata de Sessão do CRD de … de … de … fls. 02)
improcedência) da suspeição (ou impedimento), acolhendo (ou não acolhendo)
a exceção apresentada pela defesa, com os efeitos de Direito. Deliberou, a
seguir, que seja oficiada a Autoridade nomeante, juntando-se cópia da Ata
desta Sessão, tendo em vista a substituição do excepto, prosseguindo-se,
oportunamente, nos trabalhos (ante a hipótese de acolhimento da arguição de
suspeição ou impedimento). E como nada mais havia a tratar, determinou o Sr.
Presidente o encerramento da Sessão, às .....horas; do que, para constar,
lavrei a presente Ata. Eu (nome, graduação e RG), servindo de Escrivão,
escrevi e subscrevo.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Interrogante e Relator
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Revisionado
..........................................................................
Nome do representante legal e Inscrição na OAB ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
..........................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
225
Modelo 03 C
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
ATA DE SESSÃO
(Modelo de Ata com manifestação de impedimento ou suspeição suscitada por
membro da CRD)
Aos … dias do mês de … do ano de … , nesta Organização Militar
(Organização Militar ou outro local designado para o funcionamento da
Comissão de Revisão Disciplinar), presente o Revisionado (nome completo,
graduação e RG) e seu representante legal (nome completo e nº de inscrição
na OAB), abriu o Sr. Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar a Sessão
às .........horas, tendo sido lidos e autuados os documentos que constituem o
ato de nomeação da Comissão. Em seguida, passou o colegiado a deliberar
sobre a manifestação do (nome, posto ou graduação e RG), membro da
Comissão, que nesta oportunidade se declara suspeito (ou impedido) de
funcionar no processo, em face de (consignar os motivos e razões legais
apresentadas pelo membro). Ouvido a respeito o Revisionado, disse que
(transcrever o que foi dito pelo mesmo sobre o assunto) e, à vista dos
depoimentos (se foram apresentados depoimentos para comprovar a
suspeição ou impedimento), ou de depoimento de fls.. ___ (se foram inquiridas
testemunhas com tal finalidade ou se algum depoimento realizado contiver
material probatório sobre o fato alegado) A Comissão de Revisão Disciplinar,
por maioria (ou unanimidade dos votos), resolve pela procedência (ou
improcedência) da suspeição (ou impedimento) do (nome, posto ou graduação
e RG), membro da Comissão, com os efeitos de Direito. Deliberou, a seguir, A
Comissão que seja oficiado à autoridade nomeante no sentido da substituição,
prosseguindo-se oportunamente, com os trabalhos (ante a hipótese de
acolhimento da arguição). E como nada mais havia a tratar, determinou o Sr.
Presidente o encerramento da Sessão, às .....horas; do que, para constar,
226
(Continuação da Ata de Sessão do CRD de … de … de … fls. 02)
lavrei a presente Ata. Eu (nome, graduação e RG), servindo de Escrivão,
escrevi e subscrevo.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Revisionado
..........................................................................
Nome do representante legal e Inscrição na OAB ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
227
Modelo 03 D
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
ATA DA SESSÃO
(Sessão de entrega das Razões de Defesa)
Aos … dias do mês de … do ano de … ,nesta (Organização Militar ou
outro local designado para funcionamento da Comissão), presentes todos os
membros da Comissão de Revisão Disciplinar, o Revisionado e seu
representante legal ou Curador, abriu o Sr. Presidente a Sessão às ......horas,
tendo sido entregues pelo Revisionado as suas razões de defesa e nela
requeridas a produção de provas, que foram deferidas pela Comissão. A seguir,
a Comissão deliberou pela solicitação de prorrogação de prazo por mais 20
(vinte) dias para a conclusão dos trabalhos, tendo em vista a necessidade de
serem procedidas diligências e demais atos de excepcional importância à
apuração dos fatos imputados ao Revisionado, nos termos do Art. 14,
parágrafo único, do Anexo III ao Código de Ética e Disciplina dos Militares do
Estado do Rio de Janeiro (Lei nº …......, de … de … de 2014). E como nada
mais tinha a tratar, determinou o Sr. Presidente o encerramento da Sessão às
......horas; mandando lavrar a presente Ata que, depois de lida e achada
conforme, vai por todos os membros da Comissão assinada, bem como pelo
Revisionado e seu representante legal e comigo (nome, graduação e RG),
servindo de Escrivão, que o escrevi.
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
228
(Continuação da Ata de Sessão do CRD de … de … de … fls. 02)
….............................................................................................
Nome, graduação e RG do Revisionado
….............................................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
….............................................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
229
Modelo 03 E
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
ATA DA SESSÃO DE DELIBERAÇÃO
Aos ... dias do mês de ... do ano de ..., nesta (Organização Militar ou
outro local designado para funcionamento da Comissão de Revisão
Disciplinar), presentes todos os membros da Comissão de Revisão Disciplinar,
abriu o Sr. Presidente a Sessão às ... horas, para deliberar, em sessão secreta,
o procedimento instaurado contra (nome, graduação e RG do Revisionado),
tendo sido foi decidido (por maioria ou unanimidade de votos) o seguinte:
(transcrever apenas, a parte decisória, juntando-se aos Autos o relatório
assinado por todos os membros da Comissão de Revisão Disciplinar). E, como
nada mais havia a tratar, determinou o Sr. Presidente o encerramento da
Sessão às ... horas; do que, para constar, foi por mim (nome, graduação e RG),
servindo de Escrivão, lavrada a presente Ata que subscrevo.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Revisionado
..........................................................................
Nome do representante legal e Inscrição na OAB ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
230
(Continuação da Ata da Sessão de Deliberação de ... de ... de ... fls.. 02)
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
231
Modelo 04
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
CONCLUSÃO
Aos ... dias do mês de … do ano de …, faço conclusos os presentes
Autos ao Sr. Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar.
.........................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
232
Modelo 05
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
DESPACHO
Determino que seja oficiado à Corregedoria da Polícia Militar ou Corpo
de Bombeiros Militar, solicitando tornar público, a data, hora e local da primeira
reunião deste Comissão de Revisão Disciplinar, bem como a convocação dos
membros, na (Organização Militar ou outro local designado para o
funcionamento da Comissão) para, após a leitura e a autuação que constitui o
ato de nomeação da Comissão de Revisão Disciplinar, serem procedidas a
qualificação do Revisionado (nome completo, graduação, RG e Organização
Militar onde serve), bem como a entrega, ao mesmo, do “Libelo Acusatório”.
Designo o dia … /... /... às … horas e .... horas, respectivamente, a fim
de serem ouvidas as testemunhas (nome completo de cada uma das
testemunhas e locais onde servem ou podem ser encontradas - sejam
militares, ou civis), presente o Revisionado (nome completo, graduação e RG)
e seu representante legal (nome completo e Inscrição na OAB) ou seu Curador,
na (Organização Militar ou ou outro local designado para o funcionamento da
Comissão de Revisão Disciplinar).
Designo o dia … /.... /.... , às … horas, a fim de prestar depoimento o
Acusador (nome completo, posto ou graduação, RG, Organização Militar onde
serve e, sendo civil, local onde pode ser encontrado), presente o Revisionado
(nome completo, graduação e RG) na (Organização Militar ou outro local
designado para o funcionamento da Comissão de Revisão Disciplinar).
233
(Continuação do Despacho CRD, de ... de ........ de ..... fls. 02)
Designo o dia … /.../..., às .... horas, para que seja encaminhado o
Revisionado à inspeção de saúde para efeito de Comissão de Revisão
Disciplinar.
Forneça-se ao Revisionado (nome, graduação e RG) o Libelo
Acusatório, em cuja cópia, que será juntada aos Autos, passará recibo datado,
ficando ciente de que, a partir da data do interrogatório, será aberto o prazo de
05 (cinco) dias para apresentação, por escrito, de suas razões de defesa.
Providencie o Sr. Escrivão.
Local e data,
…......................................................................................
Nome, Posto e RG do Presidente
234
Modelo 06
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
RECEBIMENTO
Aos … dias do mês de .... do ano de … , recebi estes Autos do Sr.
Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar.
..................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
235
Modelo 07
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
CERTIDÃO
Certifico que foi providenciado o cumprimento do despacho do Sr.
Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar.
Local e data,
...................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
236
Modelo 08
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
JUNTADA
Aos … dias do mês de … do ano de .... , faço juntada aos presentes
Autos dos documentos que se seguem.
...........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
237
Modelo 09
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
AUTO DE QUALIFICAÇÃO DO REVISIONADO
Aos … dias do mês de … do ano de ..., nesta (Organização Militar ou
outro local designado para o funcionamento da Comissão de Revisão
Disciplinar), presentes todos os membros da Comissão, comigo (nome,
graduação e RG do Escrivão), servindo de Escrivão, compareceu o
Revisionado (nome, graduação e RG), acompanhado de seu representante
legal, (nome e inscrição na OAB, se Advogado) ou Curador (nome, posto ou
graduação e RG), o qual após assistir a leitura das peças do Processo, passou
a ser qualificado da seguinte maneira: PERGUNTADO qual o seu nome,
naturalidade, estado civil, filiação, idade, graduação, RG e Organização Militar,
RESPONDEU (seguem-se as respostas dadas). E como nada mais disse e
nem lhe foi perguntado, deu o Presidente por encerrado o presente Auto de
Qualificação do Revisionado, que iniciado às … horas e concluído às... horas,
vai por todos os membros da Comissão assinado, bem como pelo Revisionado
e por seu representante legal, depois de lido e achado conforme. Eu, (nome,
graduação e RG do Escrivão) servindo de Escrivão, o escrevi.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
238
(Continuação do Auto de Qualificação do Revisionado, do CRD Port. Nº
______ , de ____ de ______________ de ________ fls.. 02)
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Revisionado
..........................................................................
Nome do representante legal e Inscrição na OAB ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
239
Modelo 10
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
AUTO DE INTERROGATÓRIO DO REVISIONADO
Aos … dias do mês de … do ano de … , nesta (Organização Militar ou
outro local designado para funcionamento da Comissão de Revisão
Disciplinar), presentes todos os membros da Comissão, comigo (nome ,
graduação e RG), servindo de Escrivão, compareceu o Revisionado (nome,
posto e RG), acompanhado de seu representante legal, (nome e inscrição na
OAB, se Advogado) ou Curador (nome, posto ou graduação e RG), o qual após
assistir a leitura das peças do Processo, passou a ser Interrogado, conforme o
seguinte: PERGUNTADO sobre seu nome, naturalidade, estado civil, filiação,
idade, graduação, RG e Organização Militar onde serve, RESPONDEU
(seguem-se as respostas dadas). A seguir, pelo Presidente, foi-lhe orientado
sobre seu direito de permanecer em silêncio, não podendo tal decisão ser
interpretada de modo desfavorável à sua defesa. Na sequência,
PERGUNTADO (todos os membros da Comissão de Revisão Disciplinar
podem formular perguntas, diretamente, mediante o deferimento e a ordem
estipulada pelo Presidente, sobre o objetivo da acusação e outras que se
fizerem necessárias ante o desenvolvimento do depoimento prestado,
observadas a objetividade, a clareza e o objetivo de apuração completa dos
fatos imputados ao Revisionado), RESPONDEU (consignar a respostas dadas
pelo Revisionado). PERGUNTADO, ainda, (consignar a pergunta)
RESPONDEU que (consignar a resposta). PERGUNTADO se tem fatos a
alegar ou provas que justifiquem a sua inocência, RESPONDEU (consignar a
resposta dada, citando nomes de testemunhas, documentos mencionados e
diligências requeridas). E como nada mais disse e nem lhe foi perguntado, deu
240
(Continuação do Auto de Interrogatório de ____ de____ de ____ fls. 02)
o Presidente por encerrado o presente Auto de Interrogatório do Revisionado
que, iniciado às … horas e concluído às... horas, vai por todos os membros da
Comissão assinado, bem como pelo Revisionado, seu representante legal ou
Curador, depois de lido e achado conforme. Eu, (nome, graduação e RG),
servindo de Escrivão, o escrevi.
..........................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
..........................................................................
Nome, posto e RG do interrogante e relator
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Revisionado
..........................................................................
Nome do representante legal e Inscrição na OAB ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
..........................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
241
Modelo 11
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
LIBELO ACUSATÓRIO
Ofício Nº ____ Local e data
Do : Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar
Ao: (nome, graduação e RG do Revisionado)
Assunto: Libelo Acusatório (fornece)
Anexo: Cópia do Libelo Acusatório.
A Comissão de Revisão Disciplinar nomeado pela Portaria …. nº … , de
… /... /... , atendendo ao que preceitua § 1º do Art. 9º do Anexo III ao Código de
Ética e Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº ______ de
___ de ___ de 2014) encaminha a V. Sª o Libelo Acusatório constante do
Anexo, mediante o qual lhe são imputados os atos e fatos abaixo relacionados:
Haver recebido conceito desabonador em face de desempenho incorreto
no cargo de ......(descrever o cargo), em face de, no dia …./..../...., haver ......
(descrever minuciosamente o fato, que deverá limitar-se à esfera
administrativo-militar), comprometendo, assim, o bom nome da Polícia Militar /
do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, tendo sido, em
conseqüência, punido com (citar a sanção disciplinar sofrida).
Haver sido punido em … /... /... com sanção de (citar a sanção disciplinar
sofrida) por haver (descrever minuciosamente o fato, que deverá limitar-se à
esfera administrativo-militar), comprometendo, assim, o bom nome da Polícia
Militar / do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
242
(Continuação do Libelo Acusatório de … de … de … fls. 02)
Assim, de acordo com o citado artigo 9º, do Anexo I ao Código de Ética
e Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº _____ de
_______ de ____________ de 2014 , fica V. Sª. ciente de que deverá
apresentar, por escrito, a contar da data do Interrogatório, as razões ou
justificações que julgue convenientes à sua defesa.
…..........................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
Recebi o Libelo Acusatório.Ciente do
Prazo de 05 (cinco) dias para
apresentar, por escrito, as razões de
defesa.
Em, ......../............/........
…..................................................
Nome, graduação e RG do
Revisionado
243
Modelo 12 A
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
Ofício nº....... Local e data
Do: Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar
Ao: Sr. (Autoridade a quem sejam subordinadas as testemunhas)
Assunto: Comparecimento de testemunhas (solicita)
Solicito a V.Sª que sejam apresentadas as testemunhas (listar, por nome
completo e RG), no dia … /... /... , às ... horas, no … (local onde funcione a
Comissão), a fim de serem ouvidas na Comissão de Revisão Disciplinar
nomeada pela Portaria …. nº... , de .... /... /... , em que é Revisionado (nome,
graduação e RG).
…..................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
244
Modelo 12 B
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
Ofício nº....... Local e data
Do: Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar
Ao: Sr. (Autoridade a quem sejam subordinado o Revisionado)
Assunto: Comparecimento de militar a Comissão de Revisão Disciplinar
(solicita)
Solicito a V.Sª que seja apresentado o Revisionado (nome completo,
posto e RG), no dia … /... /... , às … horas, no … (local onde funcione a
Comissão), a fim de assistir à sessão onde serão ouvidas as testemunhas em
Comissão de Revisão Disciplinar nomeado pela Portaria … nº … , de .... /... ,
em que figura como Revisionado.
…...........................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
245
Modelo 13
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
INTIMAÇÃO
Solicito a V.Sª que compareça, no dia ... de... de … , às ... horas, no
(especificar o local onde deverá ser prestado o depoimento) a fim de depor,
como testemunha (ou Acusador), perante Comissão de Revisão Disciplinar
nomeada pela Portaria … nº... de ... de ... de … , em que é Revisionado
(nome, graduação e RG do Revisionado).
….........................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
Ao Ilmº Sr(a)
(Nome e endereço completos)
Recebi o original em ______ /_____ / ______
Nome completo e identidade
….............................................
Assinatura
246
Modelo 14
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
TERMO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA
Aos … dias do mês de... do ano de .... , nesta Organização Militar
(Organização Militar ou outro local designado para funcionamento da Comissão
de Revisão Disciplinar), presentes todos os membros da Comissão, o
Revisionado, seu representante legal ou Curador, comigo (nome, graduação e
RG) servindo de Escrivão, compareceu a testemunha (nome completo,
naturalidade, estado civil, profissão, posto, RG, inscrita no Cadastro das
Pessoas Físicas sob o nº … , e residência onde serve ou trabalha) que, após
prestar o compromisso de dizer a verdade, foi inquirida sobre os fatos
constantes da (declinar o que for, denúncia, parte, etc.) de fls. … , a qual lhe
foi lida, disse que … (referir tudo quanto disser a testemunha sobre o objeto da
acusação e suas circunstâncias). PERGUNTADO (todos membros da
Comissão poderão formular perguntas sobre o objeto da acusação e outras
que se fizerem necessárias ante o desenvolvimento do depoimento prestado,
tendo em vista sempre a objetividade, a clareza e a apuração completa dos
fatos que são imputados ao Revisionado), respondeu (seguem-se as respostas
dadas, obedecendo, com a possível exatidão, aos termos utilizados pelo
depoente). PERGUNTADO (e assim por diante), respondeu que (segue-se a
resposta dada); dada a palavra ao Revisionado ou a seu representante legal ou
Curador, por ele foi PERGUNTADO (consignar a pergunta), tendo a
testemunha RESPONDIDO (segue-se a resposta dada). PERGUNTADO
(consignar a pergunta), RESPONDEU que (segue-se a resposta dada, e assim
por diante); E como nada mais nada mais disse e nem lhe foi perguntado, deu
o Sr. Presidente da Comissão por findo o presente depoimento, iniciado às …
horas e concluído às … horas, mandando lavrar Termo que, depois de lido e
247
(Continuação do Termo de Inquirição de Testemunha de … de … de … fls. 02)
achado conforme, vai por todos os membros da Comissão assinado, bem como
pela testemunha, pelo Revisionado e seu representante legal ou Curador e
comigo (nome, graduação e RG), servindo de Escrivão, que o escrevi.
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
….............................................................................................
Nome posto e RG do Interrogante e Relator
….............................................................................................
Nome completo da Testemunha
….............................................................................................
Nome, graduação e RG do Revisionado
….............................................................................................
Nome e Inscrição do representante legal ou nome, posto ou graduação e RG
do Curador
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
248
Modelo 15
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
TERMO DE PERGUNTAS AO ACUSADOR
Aos … dias do mês de … do ano de … , nesta (Organização Militar ou
local designado para o funcionamento da Comissão), presentes todos os
membros que compõem a Comissão de Revisão Disciplinar, o Revisionado,
seu representante legal ou Curador, comigo … (nome, graduação e RG do
Escrivão) servindo de Escrivão, compareceu o(a) Sr(a).. (nome completo,
naturalidade, estado civil, profissão, posto ou graduação, RG, inscrito no
Cadastro de Pessoas Físicas sob o nº... , e residência ou local onde serve ou
trabalha), a fim de ser inquirido sobre os fatos constantes da (declinar o que for,
denúncia, parte, etc.) de fls.. … a qual lhe foi lida, disse que ...(referir tudo o
quanto disser o depoente sobre o objeto da acusação e suas circunstâncias).
PERGUNTADO (todos os membros da Comissão poderão formular perguntas
sobre o objeto da acusação e outras que se fizerem necessárias ante ao
desenvolvimento do depoimento prestado, tendo em vista sempre a
objetividade, a clareza e a apuração completa dos fatos que são imputados ao
Revisionado), RESPONDEU (seguem-se as respostas dadas, obedecendo,
com a possível exatidão, aos termos utilizados pelo depoente). Perguntado (e
assim por diante), RESPONDEU que, (segue-se a resposta dada). Dada a
palavra ao Revisionado ou seu representante legal, por ele foi PERGUNTADO
(consignar a pergunta), ao que RESPONDEU o depoente (segue-se a resposta
dada). PERGUNTADO (consignar a pergunta), RESPONDEU que (segue-se a
resposta dada e assim por diante). E como nada mais disse e nem lhe foi
perguntado, deu o Sr. Presidente da Comissão por findo o presente
depoimento, iniciado às … horas e encerrado às … horas, do qual foi mandado
249
(Continuação do Termo de Perguntas ao Acusador … de … de … fls. 02)
lavrar Termo que, depois de lido e achado conforme, vai pelos membros da
Comissão assinado, bem como pelo Acusador, pelo Revisionado e seu
representante legal e comigo (nome, graduação e RG), servindo de Escrivão,
que o escrevi.
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
….............................................................................................
Nome, posto ou graduação e RG do Acusador
….............................................................................................
Nome, graduação e RG do Revisionado
….............................................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
….............................................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
250
Modelo 16
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
TERMO DE ACAREAÇÃO
Aos … dias do mês de … do ano de … nesta (Organização Militar ou
outro local designado para o funcionamento da Comissão), presentes todos os
membros que compõem a Comissão de Revisão Disciplinar, o Revisionado
(nome, graduação e RG), seu representante legal (nome e inscrição na OAB)
ou Curador (nome, posto ou graduação e RG), comigo (nome, graduação e RG
do Escrivão) servindo de Escrivão, presentes as testemunhas (nome completo
de cada), já inquiridas nestes Autos, tendo em vista as divergências existentes
nos depoimentos, nos pontos (declinar as divergências) e, sob o compromisso
prestado, reperguntadas às mesmas testemunhas, uma face a outra e perante
o Revisionado, para esclarecimento das divergências. Assim, lidos perante
todos os presentes os pontos divergentes dos depoimentos, pela testemunha
(nome completo), foi dito que (segue-se a resposta dada; pela testemunha
(nome completo), foi dito que (segue-se a resposta dada); pelo Revisionado,
(nome, posto e RG), foi dito que (segue-se a resposta dada). E como nada
mais declararam, deu o Sr. Presidente da Comissão por finda a presente
acareação, que iniciada às … horas e concluída às … horas, mandado lavrar
este Termo que, depois de lido e achado conforme, vai por todos os membros
da Comissão de Revisão Disciplinar assinado, bem como pelas testemunhas,
Revisionado e seu representante legal ou Curador e comigo (nome, graduação
e RG) servindo de Escrivão, que o escrevi.
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
251
(Continuação do Termo de Acareação de … de … de … fls. 02)
….............................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
….............................................................................................
Nome, posto ou graduação e RG da Testemunha
….............................................................................................
Nome, posto ou graduação e RG da Testemunha
….............................................................................................
Nome, posto ou graduação e RG do Revisionado
….............................................................................................
Nome e Inscrição na OAB do representante legal ou nome, posto ou graduação
e RG do Curador
….............................................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
252
Modelo 17
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
RAZÕES DE DEFESA
Senhores Membros da Comissão de Revisão Disciplinar,
... (nome, graduação e RG), Revisionado perante a Comissão de Revisão
Disciplinar nomeada pela Portaria ... nº ..., de ... de ... de ... , e tendo em vista
os atos e fatos que lhe são imputados no Libelo Acusatório, recebido a .... /...
/..., vem tempestivamente, oferecer suas razões de defesa pelos motivos que
adiante se seguem:
Com referência ao item “a” do libelo acusatório, (desenvolvimento das
razões que entender de direito, se possível com a apresentação de provas que
justifiquem as alegações).
Com referência ao item “b”, o Revisionado (o mesmo procedimento do item
“a”, e assim por diante ).
Face ao exposto, o Revisionado se declara (inocente ou culpado, no todo
ou em parte, devendo ser a afirmação demonstrada de forma ordenada, clara e
minuciosa) devendo, pois, serem seus argumentos reconhecidos pela
Comissão de Revisão Disciplinar.
Protesta provar o alegado através das testemunhas (listar o nome,
qualificação e endereço completos de cada uma delas - apresentando, no caso
de militares, os respectivos postos, graduações, RG e Organizações Militares
onde servem); bem como mediante o resultado de Processo a que respondeu,
em ... de ... de ... perante ao Juízo ou Tribunal (civil ou militar), requerendo,
para tanto, que seja oficiado à (Auditoria, CJM, Juízo da Vara Criminal, etc.); no
253
(Continuação das Razões de Defesa de (nome do Revisionado) fls..2)
sentido da solicitação das provas (acórdãos, sentenças, diligências, laudos,
etc.)
Local e data,
............................................................................
Nome, graduação e RG do Revisionado
254
Modelo 18
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
Ofício nº............... Local e Data
Do: Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar
Ao: (Autoridade que determinou A Comissão)
Assunto: Prorrogação de Prazo da Comissão (Solicita)
A Comissão de Revisão Disciplinar, nomeada pela Portaria ... nº ..., de ...
de ... de ..., vem nos termos do Art. 14, Parágrafo único, do Anexo III do Código
de Ética e Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº ____, de
____ de ____ de 2014, solicitar a V.Sª que seja prorrogado por 20 (vinte) dias o
prazo para a conclusão dos trabalhos, tendo em vista a necessidade de serem
procedidas diligências e demais atos de excepcional importância à completa
apuração dos fatos imputados ao Revisionado (nome, graduação e RG).
.................................................................................................
Nome , posto e RG do Presidente
255
Modelo 18 A
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
RELATÓRIO
1. Objetivo
A Presente Comissão de Revisão Disciplinar foi nomeada pelo
Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro /
Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
/ pelo comandante, chefe, coordenador ou diretor do (citar a Organização ou
órgão), mediante a Portaria ... nº ... de ... de ... de ..., tendo em vista julgamento
a ser submetido o (nome, graduação e RG do Revisionado) considerado como
(declinar os fatos imputados na Portaria).
2. Diligências Realizadas
Reuniu-se a Comissão de Revisão Disciplinar nesta (Organização Militar
ou outro local designado para funcionamento da Comissão), por convocação
do Sr. Presidente, presentes o Revisionado e seu representante legal ou
Curador, tendo sido procedida a leitura e a situação dos documentos que
constituíram o Ato de nomeação da Comissão. Pelo Despacho de fls.. ___ foi
determinado o seguinte (descrever as providências determinadas no
despacho), as quais foram cumpridas às fls.. ___ e constam da Ata da 1ª
Sessão da Comissão, de fls.. ___.
Cumprindo os ditames legais, A Comissão assegurou ao Revisionado a
ampla defesa, fornecendo-lhe o Libelo Acusatório, conforme consta das fls..
___; enviando a convocação para seu comparecimento, acompanhado de seu
256
(Continuação do Relatório do CRD, de ....... , de ........... de, ........ .fls.. 02)
representante legal ou Curador, a todas as sessões da Comissão, à exceção
da sessão secreta de deliberação; fornecendo-lhe, sempre que solicitado,
cópias dos Autos; facultando-lhe a formulação de perguntas às testemunhas e
ao Acusador, bem como solicitar a produção de provas e realização de
diligências pela Comissão; e concedendo-lhe o prazo de 05 (cinco) dias, após o
interrogatório ou após a produção da última prova do procedimento, para
fossem oferecidas suas razões de defesa.
Assim foi que a Comissão deferiu, a produção das provas de fls.. ___ ,
___, ___ e ___, solicitadas pelo Revisionado, bem como as diligências de fls..
___. ___, ___, e ___, tendo sido indeferidas as solicitações constantes das
Atas de fls.. ___, ___ e ___ (mencionar todas as solicitações de provas e
diligências deferidas e indeferidas).
Em virtude da relevância das diligências e da impossibilidade deste
Comissão encerrar seus trabalhos dentro do prazo normal, foi solicitada, de
forma tempestiva, sua prorrogação (ofício de fls.. ___), o que foi deferido (ofício
de fls.......), nos termos do artigo 14, Parágrafo único, do Anexo III do Código de
Ética e Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (Lei nº _____ , de
_____ de ____ de 2014).
Esses atos foram consignados na Ata da 2º Sessão da Comissão (fls..
___) e expediente de fls.. ___.
Pelo despacho de fls.. ___, foi designada a 3ª Sessão da Comissão para
a tomada de depoimentos das testemunhas do Revisionado, conforme Ata de
fls.. ___ e depoimentos de fls.. ___.
A Comissão Deliberou proceder a acareação (dizer entre quais
depoentes) em razão de pontos divergentes que mereceram esclarecimentos
257
(Continuação do Relatório do CJ / Port....nº ... , de ..., de ... , de ... , ..fls.. 03)
para a apuração da verdade e decisão do processo, tendo sido designados dia
e hora mediante as intimações de fls.. ___.
Às fls.. ___ e ___ constam a Ata e o Termo de Acareação e, às fls.. ___,
as respostas enviadas à Comissão mediante Ofício.
A Comissão deliberou encaminhar o Revisionado a Inspeção de saúde
para fins de Julgamento, conforme ofício de fls. ___.
Encontrando-se o Processo pronto para julgamento, cumpridos todos os
Atos com fiel observância da lei, a Comissão designou dia e hora para a
Sessão Secreta, a fim de deliberar sobre o presente RELATÓRIO.
A Ata da 5ª Sessão, de fls.. ___ registra a sessão de deliberação.
3. Análise das Provas Apuradas
A Portaria de Nomeação da Comissão veio acompanhada dos seguintes
elementos documentais (mencionar um a um com um breve resumo de cada).
Depuseram as seguintes testemunhas, a saber (nome, completo), às
fls.. ___; (nome completo), às fls.. ___ .
Foi procedida a acareação entre as testemunhas (nome completo) e
(nome completo), conforme Termo de fls.. ___ .
Do conjunto de elementos (prova documental e testemunhal) juntada no
presente processo , conclui-se que (apresentar a conclusão sobre o conjunto
de provas e sua relação com os fatos ou atos imputados ao Revisionado).
258
(Continuação do Relatório do CJ / Port....nº ... , de ..., de ... , de ... , ..fls.. 04)
Para a defesa foram juntados os documentos de fls.. ___.(mencionar um
a um com um breve resumo de cada e estabelecendo sua relação com os fatos
ou atos atribuídos ao Revisionado).
Do exame das provas apresentadas pelo Revisionado e do conjunto de
elementos (prova documental e testemunhal) verifica-se que (concluir,
elaborando uma sequência lógica e cronológica dos fatos ou estabelecendo a
relação entre o conjunto probatório e as imputações contidas no Libelo
Acusatório).
A acusação que pesa contra o Revisionado, estratificada no Libelo
Acusatório, encerra as seguintes infrações: (listar todas detalhadamente,
estabelecendo, de forma clara, inequívoca e individualizada a participação do
Revisionado nos fatos ou suas ações, ao longo do tempo, que resultaram nas
imputações que lhe foram feitas)
4. Conclusão
Em face do acima exposto e que dos Autos consta e, ainda,
Considerando...........................................................
Considerando...........................................................
Considerando...........................................................
Considerando...........................................................
RESOLVE a Comissão de Revisão Disciplinar, por unanimidade (ou
maioria de votos), devendo, nesta última hipótese, ser complementado com a
apresentação do voto vencido, sob a forma "contra o voto de (nome, posto, RG
e função na Comissão), JULGAR o Revisionado (se o Revisionado é ou não
culpado da acusação constante do Libelo Acusatório ou se está, ou não,
incapaz de permanecer na ativa, consoante as letras "a" e "b", do Art. 30 do
Anexo III do Código de Ética e Disciplina do Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº
259
(Continuação do Relatório do CRD Port. Nº ... , de ..., de ... , de ... , ..fls.. 05)
____, de ____, de 2014), o Revisionado, (nome, graduação e RG)
determinando que seja o presente processo encaminhado ao (autoridade que
determinou a Comissão de Revisão Disciplinar mediante a Portaria de
Nomeação), para os fins de direito.
Local e data.
.............................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
.............................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
..........................................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
260
Modelo 18 B
(substituir somente o trecho abaixo do Relatório)
RESOLVE a Comissão de Revisão Disciplinar, por unanimidade (ou maioria
de votos), devendo, nesta última hipótese, ser complementado com a
apresentação do voto vencido, sob a forma "contra o voto de (nome, posto, RG
e função na Comissão), JULGAR (se o Revisionado é ou não culpado da
acusação que lhe foi feita no Libelo Acusatório e que será transcrita neste
ponto) consoante as letras “a" e “b” do § 1º art. 30 do Anexo III do Código de
Ética e Disciplina do Estado do Rio de Janeiro (Lei nº ____, de ____, de ____
de 2014), o Revisionado (nome, graduação e RG), determinando que seja o
presente processo encaminhado ao (autoridade que determinou a Comissão de
Revisão Disciplinar mediante a Portaria de Nomeação), para os fins de direito.
Local e data.
.......................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente da Comissão
........................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
.......................................................................................
Nome, posto e RG do Escrivão
261
Modelo 18 C
(substituir somente o trecho abaixo do Relatório)
RESOLVE a Comissão de Revisão Disciplinar, por unanimidade (ou maioria
de votos), devendo, nesta última hipótese, ser complementado com a
apresentação do voto vencido, sob a forma "contra o voto de (nome, posto, RG
e função na Comissão), JULGAR se está ou não incapaz de permanecer na
ativa em decorrência da imputação que lhe foi feita no Libelo Acusatório,
consoante as letras "a" e "b", do §1º, do Art. 30, do Anexo III do Código de Ética
e Disciplina do Estado do Rio de Janeiro (Lei nº ____, de ____ de ____, de
2014), o Revisionado (nome, posto e RG), determinando que seja o presente
CRD encaminhado ao (autoridade que determinou a Comissão de Revisão
Disciplinar mediante a Portaria de Nomeação), para os fins de direito.
Local e data.
.......................................................................................
Nome, posto e RG do Presidente
........................................................................................
Nome, posto e RG do Interrogante e Relator
.......................................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
262
Modelo 19
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
TERMO DE ENCERRAMENTO E REMESSA
Aos .... dias do mês de ... do ano de ..., nesta (Organização Militar ou
outro local designado para o funcionamento da Comissão ), encerro o presente
processo e delo faço remessa ao (autoridade que determinou a Comissão de
Revisão Disciplinar mediante a Portaria de Nomeação) do que, para constar,
lavrei o presente Termo. Eu, (rubrica do Escrivão), (nome, graduação e RG),
servindo de Escrivão, o escrevi e assino.
..........................................................................................
Nome, graduação e RG do Escrivão
263
Modelo 20
SECRETARIA DE ESTADO DE …..........................................
POLÍCIA MILITAR OU CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
(Organização Militar onde tiver lugar o funcionamento da Comissão)
OFÍCIO DE REMESSA
Ofício nº Local e Data
Do: (nome e posto), Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar
Ao: (Autoridade que determinou a instauração do CRD)
Assunto: Remessa de Processo (Faz)
Anexo: 01 (um)Processo ref. a CRD com ____ folhas.
Remeto a V. Sª., para os fins de direito, na forma do Art. 32, do Anexo III
do Código de Ética e Disciplina do Estado do Rio de Janeiro (Lei nº ____, de
____, de 2014, o processo relativo à Comissão de Revisão Disciplinar a que foi
submetido o (nome, graduação e RG do Revisionado), do (a) (Organização
Militar a que pertence).
........................................................................................
(nome, posto e RG)
Presidente da Comissão
264
Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 19 de março de 2014
FLAVIO BOLSONARO
Deputado Estadual
Presidente da Comissão Especial
WAGNER MONTES
Deputado Estadual
Vice-Presidente da Comissão Especial
IRANILDO CAMPOS
Deputado Estadual
Relator da Comissão Especial
JUSTIFICATIVA
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Constitui-se, a presente proposta de “Código de Ética e Disciplina dos
Militares do Estado do Rio de Janeiro”, no resultado final dos trabalhos da
Comissão Especial para Elaborar Propostas de Novos Regulamentos
Disciplinares para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Rio de Janeiro.
A Comissão Especial, que contou com especial atenção e apoio do
Presidente da ALERJ, ao longo de toda sua duração realizou reuniões de
trabalho que contaram com a participação de representantes das corporações
militares estaduais; de oficiais e praças, ativos e inativos; bem como de
associações representativas e intensa participação mediante a internet.
265
Tal amplitude de debates permitiu a percepção e interpretação dos
anseios da tropa e, também, das preocupações e necessidades institucionais -
o que resultou na elaboração da presente proposta de Código, que incorpora
diversas das expectativas de mudanças percebidas, sem prejuízo aos
verdadeiros valores da caserna.
Obviamente, pretende o presente diploma contemplar inovações que, à
primeira vista, poderiam representar riscos à disciplina militar. Tal preocupação,
entretanto, o leitor atento e capaz de superar paradigmas estabelecidos mais
em virtude do costume e tradições que em face de sua coerência com o
inexorável caminhar do tempo, saberá afastar.
De fato, mudanças são necessárias e, mesmo, inarredáveis, seja em
face da evolução social e política e, mais especificamente, pelo
estabelecimento de uma sociedade globalizada pela informação e ávida por
discutir todos e qualquer tema. Não promover mudanças equivalerá a arriscar,
perigosamente, a ruptura total com valores e tradições importantes mediante a
abertura de espaço para aventuras surgidas da percepção do grande
descompasso entre uma legislação antiquada e injusta e novos valores. Não
evoluir dará argumento ao equivocado entendimento de que seja mais
adequada uma mudança radical que o aperfeiçoamento gradual daquilo que,
de fato, merece ser cuidado, mantido e aperfeiçoado.
Para a compreensão do tema, deve ser lembrado que os regulamentos
disciplinares em vigor na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Rio de Janeiro, os quais sofreram tentativas de modificações
decorrentes dos Decretos de números 31.739 de 28 de agosto de 2002 e
32.327, de 05 de dezembro de 2002, são excessivamente rigorosos - podendo
exemplificar a afirmação o fato de que, mediante os mesmos, a aplicação de
pena de prisão e detenção por cometimento de transgressões disciplinares é
comum.
A apontar o anacronismo de sanções disciplinares restritivas da
liberdade, basta observar que a própria legislação penal brasileira tem buscado
266
meios de evitar ao máximo a privação de liberdade de pessoas que cometem
crimes de menor potencial ofensivo, sendo aplicadas penas alternativas, que
representam um meio de produzir o efeito esperado, ou seja, prevenir a
reincidência criminal. Tem prevalecido, na esfera penal, o entendimento de que
as prisões devem ser utilizadas para criminosos que realmente venham causar
um dano à sociedade.
Assim, em uma época em que os legisladores elaboram leis para que a
aplicação de penas de privação de liberdade para crimes comuns apenas
sejam exercidas em situações extremas, na direção oposta, seguem os
regulamentos disciplinares ensejando a aplicação de penas privativas liberdade
dos militares em face do simples cometimento de faltas disciplinares
corriqueiras, como deixar de prestar continência a superior ou apresentar-se
com uniforme sujo.
Sobre o direito à liberdade, conhecido como direito de 1ª geração,
merece ser destacado que este deve ser resguardado contra abusos de quem
exerce o poder. Para reforçar tal entendimento, importante citar Celso de Mello
(1995) apud Alexandre de Moraes (2010 ): “enquanto os direitos de primeira
geração (direitos civis e políticos) – que compreendem as liberdades clássicas,
negativas ou formais – realçam o princípio da liberdade e os direitos de
segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) – que se identificam
com as liberdades positivas, reais ou concretas – acentuam o princípio da
igualdade, os direitos de terceira geração, que materializam poderes de
titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais,
consagram o princípio da solidariedade e constituem um momento importante
no processo de desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos direitos
humanos caracterizados enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela
nota de uma essencial inexauribilidade” (MELLO apud MORAES, 2010, 31)
Os princípios de primeira geração asseguram a liberdade a todos os
cidadãos, afinal, o artigo 5º, caput, da Constituição Federal afirma que todos
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos
267
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, dentre outros direitos, o
direito à liberdade.
No Estado Democrático, a liberdade não é só um direito, ela é tomada
como uma regra que só pode ser restringida em última hipótese. A Constituição
Federal prevê que a prisão de qualquer pessoa só pode ocorrer quando em
flagrante delito ou mediante ordem judicial. Entretanto, a mesma Carta abre
uma exceção, qual seja, a prisão por cometimento de transgressão disciplinar
militar. Tal dispositivo encontra-se prescrito no artigo 5º, inciso LXI. Mediante o
mesmo, o militar poderá ter sua liberdade privada por ato administrativo.
Tendo em vista a compreensão do tema por aqueles que desconhecem
o assunto, vale deixar claro que não se deve confundir a transgressão
disciplinar militar com o crime, militar ou comum, por serem delitos jurídicos
distintos e, em especial, ante ao aspecto meramente administrativo da
transgressão. Afinal, a ofensa disciplinar consiste na inobservância de critérios
de comportamento exigidos particularmente de determinado grupo, e cuja
definição não atinge a esfera penalmente protegida.
Assim, "o crime militar consiste na infração penal prevista na lei penal
militar que lesiona bens ou interesses vinculados à destinação constitucional
das instituições militares, às suas atribuições legais, ao seu funcionamento, à
sua própria existência, no aspecto particular da disciplina, da hierarquia, da
proteção à autoridade militar e ao serviço militar" (CÉLIO LOBÃO, 2006, p. 56).
Por sua vez, a transgressão disciplinar é assim definida nos Art. 13 e 14
do regulamento disciplinar atualmente em vigor na PMERJ:
"Art. 13. Transgressão disciplinar é qualquer violação dos Princípios da ética,
dos deveres e das obrigações Policiais Militares, na sua manifestação
elementar e simples, e qualquer ação ou omissão contrárias aos preceitos
estatuídos em Leis, Regulamentos, Normas ou Disposições, desde que não
constituam crime.
Art. 14 - São transgressões disciplinares:
268
I - Todas as ações ou omissões contrárias à Disciplina Policial Militar,
especificadas no Anexo I do presente Regulamento;
II - Todas as ações, omissões ou atos, não especificados na relação de
transgressões do Anexo citado, que afetem a honra pessoal, o Pundonor
Policial Militar, o decoro da classe ou o sentimento do dever e outras
prescrições contidas no Estatuto dos Policiais Militares, Leis e Regulamentos,
bem como os praticados contra regras e ordens de serviço estabelecidas por
Autoridades competentes".
No regulamento disciplinar em vigor no CBMERJ encontra-se igualmente
a transgressão disciplinar definida em artigos de mesmo número, sendo sua
redação:
"Art. 13 - Transgressão disciplinar é qualquer violação dos princípios da
ética, dos deveres e das obrigações de bombeiro-militar, na sua manifestação
elementar simples e qualquer omissão ou ação contrária aos preceitos
estatuídos em leis, regulamentos, normas ou disposições, desde que não
constituam crime.
Art. 14 - São transgressões disciplinares:
1 - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina de bombeiro-
militar especificadas no Anexo I do presente Regulamento;
2 - todas as ações, omissões ou atos, não especificados na relação de
transgressões do Anexo citado, que afetem a honra pessoal, o pundonor do
bombeiro-militar, o decoro da classe ou sentimento do dever e outras
prescrições contidas no Estatuto dos Bombeiros-Militares, leis e regulamentos,
bem como aquelas praticadas contra regras e ordens de serviço estabelecidas
por autoridade competente".
De fato e muito apropriadamente, a hierarquia e a disciplina são as
bases das instituições militares, seja nas Forças Armadas, seja nas Polícias
Militares. Aliás, desconhecer ou negar a importância da hierarquia e da
disciplina em qualquer instituição que se pretenda perene, estável e capaz de
suportar crises, seria negar os fundamentos que permitiram o surgimento, a
expansão e o desenvolvimento do Império e da cultura Romanos e da Igreja
Católica. Trazido o assunto ao período atual, não há como imaginar qualquer
269
instituição ou empresa que não possua hierarquia e disciplina - embora, em
cada estrutura específica, tais conceitos se apresentem sob determinada
roupagem, mais ou menos evidente. Nos regimes socialistas ou comunistas,
cujos adeptos, enquanto na fase de tentativa de rompimento da ordem social
visando a tomada do poder, mais defendem a democracia e a liberdade, a
questão da hierarquia e da disciplina é conduzida de forma extremamente
grave e radical. Se há dúvidas, bastam viagens à Cuba, Coréia do Norte ou
China.
De qualquer modo, prosseguindo no raciocínio relativo ao exemplo da
prisão administrativa disciplinar, certamente a privação de liberdade por
cometimento de transgressão disciplinar, não se mostra como a melhor
maneira, ou mais coerente, para a manutenção da disciplina e a harmonia
entre os membros das corporações militares estaduais.
Durante o período em que o Brasil foi governado por presidentes de
origem militar, os militares estaduais, em especial as Polícias militares, foram
comandados por oficiais do Exército, mantido o regulamento disciplinar daquela
Instituição, para punir as transgressões disciplinares cometidas por policiais
militares.
É notório que o Regulamento Disciplinar do Exército foi elaborado para
nortear a conduta dos militares das Forças Armadas, os quais são formados e
treinados para uma situação de guerra, de combate ao inimigo e defesa da
soberania nacional. Destarte, tendo atribuições distintas, há de se considerar
que os regulamentos disciplinares dos militares federais e militares estaduais
devam ser diferenciados.
Até hoje, as Polícias Militares do Brasil, forças auxiliares do exercito,
conforme o artigo 144, parágrafo, 6º, da Constituição Federal, têm seus
regulamentos disciplinares baseados no Regulamento Disciplinar do Exército.
Entretanto, faz-se necessária uma análise sobre as atribuições de cada
Instituição, ou seja, das Forças Armadas e das Polícias Militares estaduais,
conforme a Constituição Federal de 1988.
270
Nesse sentido, vale reproduzir o texto do artigo 142, da Carta Magna,
que dispõe: "As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e
pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares,
organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema
do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos
poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem"
(BRASIL. Constituição Federal de 1988).
Reserva portanto a Constituição às Forças Armadas a responsabilidade
pela manutenção da segurança nacional, da soberania nacional, defesa da
Pátria e garantia dos poderes constitucionais.
Tais missões diferem daquelas reservadas às polícias e bombeiros
militares dos estados, cujas atribuições são definidas no artigo 144, parágrafo
6º, do mesmo Diploma Legal. Ali encontra-se prescrito que “às polícias militares
cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de
bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução
de atividades de defesa civil.
Em face de sua missão constitucional, os militares das Forças Armadas
recebem formação voltada para a guerra, em defesa da Pátria, com as
atividades em terra, mar ou ar. Já os militares estaduais têm suas funções
voltadas para a manutenção da lei e da ordem, zelar pela paz e tranquilidade
pública. Os bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei,
executam atividades de defesa civil.
Consoante suas atribuições, os militares das Forças Armadas têm sua
atividade voltada ao preparo, ao treinamento, via de regra sob estreita
supervisão da cadeia de comando. Seus recrutas e soldados ingressam
mediante a prestação do serviço militar obrigatório e, após um período de
serviço necessário à formação da reserva, são dispensados - o que enseja
permanente reciclagem e renovação deste grupo em particular. Não há, para tal
segmento, exceto no que concerne aos fuzileiros navais, perspectiva de
271
carreira profissional automática, sendo as únicas formas de estabilização na
profissão e de acesso às graduações superiores os concursos públicos
específicos. Nesse sentido, portanto, não há que falar em soldado ou cabo
profissional nas Forças Armadas, exceto, como já observado, no corpo de
fuzileiros navais. Nas Forças Armadas, cujo emprego em situação real,
normalmente se dá em grandes efetivos e de forma coordenada, há a
exigência de extremo grau de obediência às ordens e quase nenhum espaço,
na medida em que se desce aos graus hierárquicos inferiores, ao
questionamento ou reflexão sobre seu papel no cumprimento da missão.
Já nas corporações militares estaduais, a questão assume outra direção.
Em que pese as semelhanças, as diferenças não podem ser ignoradas. De
início, verifica-se que o soldado ingressa na corporação mediante concurso
público, com animus de fazer carreira e dela prover o sustento de sua família e
a educação de seus filhos. De outra sorte, se existem inúmeras ocasiões em
que seu emprego será mediante grupos, de maior ou menor número, que
também atuarão de modo coordenado e sob estreita supervisão, na maior parte
das ocasiões, em particular no caso da Polícia Militar, o serviço será prestado
de forma isolada, distante da supervisão. Não é necessário muito
conhecimento para compreender que Policiais, muitas vezes de baixa
gradação hierárquica e a centenas de quilômetros de qualquer supervisão
direta, se vêm, não raro, forçados à tomada de decisão e à reação contra
ameaças baseados, unicamente, no aprendizado e treinamento recebido em
seu, muitas vezes, distante curso de formação - sem qualquer possibilidade de
receber orientações ou ordens específicas.
Nesses casos, mais importante que saber cumprir ordens cegamente,
torna-se fundamental refletir, exercer a capacidade de discernimento ainda que
sob intensa ameaça, sob fogo mesmo - e sempre tendo como prioridade a
defesa da sociedade e seus cidadãos.
Os exemplos citados, referentes à pena restritiva de liberdade aplicada a
questão meramente disciplinar, bem como à discussão sobre algumas
diferenças entre as Forças Armadas e as corporações militares estaduais têm
272
por escopo, apenas, despertar a consciência daqueles que defendem, de forma
arraigada a manutenção dos atuais regulamentos como um corolário para que
permaneçam, Policiais e Bombeiros, na condição de militares. Ora, as grandes
semelhanças entre as instituições, o compromisso de dar a vida pelo
cumprimento da missão e a natureza de suas atribuições sempre deverão
justificar tal condição. Entretanto, sob pena da destruição do tecido
institucional, do acobertamento de abusos e desvios de conduta ou do estímulo
ao surgimento de segmentos distintos e antagônicos dentro das corporações,
há que mudar alguma coisa.
Constituem-se os regulamentos disciplinares de um conjunto de normas
que tem a finalidade de especificar e classificar as transgressões disciplinares
dos servidores de determinada instituição, especificando os deveres e valores
ético-profissionais a serem seguidos, estabelecendo a aplicação de penas
disciplinares, os recursos disciplinares e suas formas de interposição. Tal
ferramenta é indispensável, em especial, à uma instituição de natureza militar.
Entretanto, sua adoção não pode mais prever punições restritivas de
liberdade, no plano administrativo-disciplinar. Igualmente, não podem tais
regulamentos a aplicação de sanções ao servidor por contrair dívidas ou
assumir compromisso superior às suas possibilidades - sob o argumento de
que isso comprometa o bom nome da classe. Aplicar sanção privativa de
liberdade por tal motivo, então, constitui-se em afronta à Constituição Federal,
que estabelece que ninguém pode ter sua prisão decretada por dívidas.
Devem ser evitados, nos novos textos referentes a regulamentos
disciplinares, mecanismos de interpretação excessivamente subjetiva,
presentes nos atuais diplomas e que permitem a aplicação de sanções
disciplinares a condutas não definidas, citadas "em aberto".
Não se discute a essencialidade da punição, pois, esta deve existir para
se evitar a impunidade. Entretanto, aplicação de qualquer punição deve estar
em conformidade com os princípios constitucionais.
273
Abordando agora os reflexos de anos de regulamentos disciplinares
inadequados sobre o ambiente institucional, não há como ignorar que os
profissionais militares, em especial os praças, apesar de viverem sob um
regime baseado na hierarquia e na disciplina, já não aceitam seguir sendo
tratados como cidadãos de segunda categoria, devendo ter respeitados os
direitos e garantias assegurados pela Constituição Federal a todos os demais
brasileiros.
O professor Paulo Tadeu Rodrigues Rosa (2002), ensina que a "A prisão
administrativa não deve ser um instrumento de coação, mas uma medida
excepcional, devendo ser assegurado ao infrator todas as garantias
processuais, para que o cerceamento da liberdade, jus libertatis, possa ser
revisto pelo Poder Judiciário, que é o guardião dos direitos e garantias do
cidadão". (ROSA, 2002). Ainda segundo o Professor, "A prisão administrativa
não deve ser um instrumento de controle por parte dos administradores. A
possibilidade de prisão não melhora a qualidade do homem ou eventualmente
corrige os seus defeitos de formação. Existem outras penalidades que poderão
ser aplicadas sem que exista uma quebra de hierarquia e disciplina, o que
permite a reeducação do infrator".
Os militares estaduais, no Rio de Janeiro, estão submetidos a um
regulamento arcaico que lhes tira o direito à liberdade por situações banais,
colocando-os às margens dos demais cidadãos, negando-lhes o direito ao
princípio da dignidade humana, simplesmente pelo fato de serem militares. E,
aí, mais uma vez, o peso dos regulamentos recai, de forma muito mais
significativa, sobre os praças. Afinal, todos conhecem, por exemplo, os casos
de inúmeros oficiais, da ativa ou inativos, que com frequência, emitem opiniões,
de forma pública, sobre questões afetas às suas corporações - sem qualquer
reprimenda. Muito bem, tratando-se de um praça, o tratamento dado será bem
diferente.
É inegável que, dentro dos quartéis, policiais e bombeiros militares
convivem com uma cultura separatista e antidemocrática. Os praças não se
misturam com a sociedade civil e muito menos com os oficiais, seus
274
superiores. No dia-a-dia, sofrem com uma disciplina rígida, com ares de
autoritarismo. Um cidadão que escolheu entrar na Polícia Militar ou no Corpo
de Bombeiros Militar para servir à sociedade e não viver a margem da lei ou ser
privado da liberdade por faltas simples - enquanto o criminoso por ele preso em
flagrante, raras vezes permanecerá detido.
Em uma época em que se defende o valor e importância dos direitos
humanos, não é admissível que estes direitos não estejam presentes nos
quartéis. O que se vê, muitas vezes, são verdadeiras afrontas ao Princípio da
Dignidade Humana, vendo-se o militar estadual sujeito à pena de privação de
liberdade por motivos fúteis; sujeito a trabalhar, em face do regulamento
pesado, sob condições indignas e insalubres; impedido de emitir opinião sobre
temas que lhe afetam diretamente; impossibilitados de reivindicar direitos justos
e assegurados a todos os brasileiros; dentre outros absurdos.
Prevalecendo, como merece ocorrer, a compreensão sobre a
importância e necessidade da manutenção de normas disciplinares, sem as
quais as corporações militares não poderiam subsistir, mediante a promoção
das mudanças capazes de extirparem de seu conteúdos mecanismos
inconstitucionais ou incompatíveis com dignidade humana e a cidadania dos
militares estaduais, devem ser associadas a tais normas critérios e
procedimentos formais asseguradores da legalidade, transparência,
impessoalidade e da motivação na condução dos processos disciplinares.
Buscando a adequação dos atuais regulamentos disciplinares à
realidade moderna, chegou esta Comissão Especial ao texto final ora
apresentado, do qual serão apontadas, de forma sucinta, as principais
mudanças.
AS PRINCIPAIS MUDANÇAS INTRODUZIDAS
A primeira mudança dá-se na forma de criação do documento, antes
mediante Decreto e, agora, mediante Lei Estadual. Em face disso, surge outra
importante novidade, que consiste na reunião, em um mesmo documento, do
275
Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado do Rio de Janeiro e,
mediante seus anexos, das normas relativas a três Procedimentos
Administrativos Disciplinares, a saber, o Conselho de Justificação (Anexo I); o
Conselho de Disciplina (Anexo II); e a Comissão de Revisão Disciplinar (CRD).
A próxima mudança surge na denominação do documento, que deixa de
ser apresentado como um "regulamento disciplinar" e passa constituir-se, nos
moldes do que ocorreu, inicialmente em Minas Gerais e tende a tornar-se uma
tendência, em um Código de Ética e Disciplina. A mudança pretende, mais que
representar simples questão de denominação, funcionar como uma sinalização
de que os aspectos contidos no documento possuem caráter estritamente
ligados à conduta ética e moral - fora, portanto, da esfera dos valores
coercitivamente impostos aos cidadãos pela lei. Equivale a dizer que consiste
em um conjunto de valores aceitos, não impostos, entendidos como
necessários ao funcionamento das instituições e que, portanto, devem ser
voluntariamente aceitos por aqueles que pretendem nela ingressar e
permanecer. Desse ponto surge, portanto, o caráter de obrigação de
acatamento do regramento disciplinar militar. Por serem voluntários, submetem-
se todos os militares a um mesmo conjunto de normas de conduta, do qual
poderão, nos limites legalmente estabelecidos, abrir mão mediante "baixa", latu
sensu, do serviço militar.
A seguir, logo no Art. 2º., o Código de Ética apresenta nova mudança em
relação aos regulamentos anteriores, na medida em que define sua
abrangência geral apenas aos militares da ativa, bem como aos da reserva
remunerada quando convocados ou designados para o serviço ativo.
Entretanto, logo a seguir, estabelece uma exceção, ao ao prever seu alcance
aos militares da reserva remunerada e aos reformados, nas estritas hipóteses
em que seja recomendável sua submissão a Conselho de Justificação ou
Conselho de Disciplina - ressalvando, entretanto, o direito dos inativos à
manutenção de seus proventos de inatividade e de assistência médica, ante
eventual demissão ou exclusão.
276
Ao tratar, de forma sucinta, dos Princípios e da Ética Militar, o Código
complementa os conceitos relacionados à honra pessoal, pundonor militar e
decoro da classe, bem como, mediante os demais mecanismos, reforça o papel
de maior responsabilidade do oficial no processo de construção do ambiente
ético e disciplinar da caserna.
Na abordagem da hierarquia e da disciplina, mantendo diversos dos
conceitos anteriormente constantes dos regulamentos disciplinares em vigor,
atua o novo documento no sentido de atribuir maior compromisso e
responsabilidade aos oficiais, em face de seu papel doutrinador e de sua
obrigação no sentido de, mediante o exemplo, orientar o comportamento dos
subordinados.
Mediante tal comprometimento, pretende o Código agravar o grau de
compromisso dos militares estaduais, mesmo daqueles de menor grau
hierárquico, para com o agir consciente, o respeito às leis e à dignidade da
pessoa humana, buscando a criação de mecanismos que permitam o não
cumprimento de ordens claramente ilegais, criminosas.
Nesse ponto busca o Código evidenciar a importância do respeito à
cidadania do profissional militar, com ênfase para aqueles situados nos níveis
hierárquicos inferiores, preocupando-se em humanizar o militar estadual e
conceder-lhe a dignidade esquecida pelos regulamentos ora em vigor.
Logo em seguida, mediante o Art. 17, surge outra importante mudança e
que, de certo modo, retorna à forma de entendimento presente nos
regulamentos anteriores sobre o tratamento a ser dispensado à prática
simultânea de crime e transgressão disciplinar. Não pretendendo o novo
diploma negar a independência das esferas administrativa e judicial, buscou o
novo texto assegurar, antes de tudo, a justiça e a harmonia na busca da
verdade . O novo procedimento, se adotado, permitirá o fim do açodamento na
adoção de medidas extremas, bem como uma resposta clara e firme à
sociedade no sentido de que as corporações militares sabem respeitar as leis e
277
os direitos e que caminharão, sempre, firmes no sentido da apuração dos fatos
e responsabilização de eventuais desvios de conduta ou faltas disciplinares -
sem entretanto promoverem a injustiça no âmbito de seus efetivos e suas
famílias.
Mediante o mesmo artigo, passam os militares estaduais a gozarem,
como todo cidadão, da presunção de inocência e a serem beneficiados por
toda e qualquer sentença absolutória - o que hoje não ocorre.
Prossegue o novo Código introduzindo pequenas mudanças, por
exemplo, nas questões referentes a prazos e na introdução da ampla defesa e
do contraditório na apuração de transgressões disciplinares, perfeitamente
compatíveis, na essência, com os regulamentos disciplinares em vigor.
Outra mudança, situa-se na positivação das transgressões disciplinares,
que passam a ser apresentadas como leves, médias ou graves e às quais
deverá amoldar-se, obrigatoriamente, a conduta do transgressor.
Desaparecem, assim, normas "em aberto" presentes dos regulamentos
anteriores, devendo as condutas serem discriminadas e individualizadas para
que ocorra a transgressão disciplinar.
Inova o Código ao estabelecer um "processo legal" exigível para a
aplicação das sanções disciplinares, com respeito à ampla defesa e ao
contraditório, bem como pelo estabelecimento de mecanismo de pontuação
que, ao final, têm por efeito reduzir a discricionariedade na aplicação das
sanções e em sua dosimetria.
No que se refere às sanções disciplinares, o Código elimina as sanções
de detenção e prisão, que são substituídas pela prestação de serviços. Pela
prestação de serviços, os transgressores não mais são tratados de forma
indigna e desumana, mediante flagrante desrespeito à sua cidadania, bem
como deixam os quartéis de viverem os constantes problemas relacionados à
designação de local adequado e digno aos presos e à sua fiscalização e
278
acompanhamento. Com a substituição, ganha também a sociedade, que passa
a contar com um número maior de policiais em serviço quando, prevalecendo
os atuais regulamentos, acaba por ver seus impostos desperdiçados com
policiais presos administrativamente e que nada produzem durante o período
de duração da sanção. Finalmente, deixam as punições de alcançar também
as famílias que, durante o período de duração da sanção, não mais se veriam
privadas das presenças dos militares punidos administrativamente.
Ainda no que diz respeito às sanções disciplinares, fica estabelecido um
instrumento, de uso bastante criterioso e limitado, capaz de permitir aos
comandos, o enfrentamento de graves ofensas à disciplina, capazes de
prejuízo direto ao cumprimento,pelas Organizações Militares, de sua missão
policial militar: a medida cautelar disciplinar. Assim, mediante tal ferramenta,
poderão, apenas os comandantes (e sem delegação) determinarem a
permanência de militares em suas organizações e, se assim for necessário, em
local específico no interior das mesmas. Entretanto, por sua gravidade e
excepcionalidade, o mecanismo se reveste de uma série de restrições para
aplicação.
Outra inovação introduzida mediante o Código diz respeito ao tratamento
dado ao militar estadual em face do artigo 42 da Constituição e dos reflexos do
advento da Emenda Constitucional nº 18, que retira o termo “servidores” e
enseja posições doutrinarias divergentes, algumas considerando os militares
como servidores públicos e outras retirando os militares da categoria de
servidores públicos.
Assim é que, buscando evitar o tratamento injusto dedicado aos militares
estaduais em decorrência da questão, promove o novo diploma o entendimento
de que se encontra este grupo amparado, sob o aspecto administrativo-
disciplinar, pelos critérios de estabilidade previstos no Art. 41 da CF. Assim, é
estabelecido pelo novo diploma o período de 03 (três) anos de serviço como
limite máximo para que seja o militar estadual passível de submissão ao
licenciamento a bem da disciplina ou à Comissão de Revisão Disciplinar.
279
Ultrapassado, portanto, esse período, somente poderá o militar ser excluído
mediante Conselho de Disciplina.
Nos Artigos 45 e 47, ambos nos respectivos §§1º, são definidos os
direitos de oficiais e praças inativos relativos à manutenção de seus proventos
de inatividade e direitos à assistência médica ante às hipóteses de exclusão ou
demissão (exclusão ou perda do posto, patente ou graduação). Mediante os
dispositivos, os militares da reserva remunerada, reformados, bem como
aqueles que já tenham adquirido as condições de transferência para a reserva
remunerada ou tenham sido julgados, por junta de saúde, incapazes para
permanência no serviço ativo, quando excluídos, terão direito aos proventos de
inatividade, bem como de assistência médico-hospitalar, para si e seus
dependentes, caso sejam contribuintes para tal, nos mesmos moldes que os
militares inativos. O dispositivo revoga, ainda, expressamente, naquilo que
venha a contrariar o Código, o disposto nos Artigos 115 e 122 e seu parágrafo
único, da Lei Nº 443/81 e os Artigos 118 e 125 e seu parágrafo único, da Lei Nº
880/85.
Outra grande novidade presente no Código, consiste na atribuição de
comportamento ao oficial. Assim é que no Art. 78 do diploma estabelece que "O
comportamento militar consitui-se no conjunto de informações de ordem
profissional (...) que traduzem a conduta do oficial e da praça sob o ponto de
vista disciplinar.
Pretende a inovação extinguir, de vez, com o argumento de alguns no
sentido de que os regulamentos disciplinares tratam de modo desigual oficiais
e praças, estabelecendo figuras somente aplicáveis aos segundos. No
presente documento, buscou-se em todos os textos, o oposto de tal
entendimento. Afinal, mais deve ser cobrado daqueles situados nos mais
elevados níveis de decisão e responsabilidade.
Nas disposições gerais, uma vez mais introduz o Código nova mudança
ao definir que não poderá ser licenciado a bem da disciplina ou excluído militar
enquanto submetido a inquérito ou processo criminal, pelo mesmo fato, até
sentença com trânsito em julgado.
280
Ao tratar dos recursos, novo avanço é introduzido pelo novo diploma, na
medida em que, à exceção dos recursos contra a medida cautelar disciplinar,
todos os demais serão recebidos com efeito suspensivo.
No Art. 98, ao tratar da prescrição das transgressões, determina o novo
documento o maior prazo prescricional como sendo de dois anos, aplicável às
transgressões graves. Exatamente em virtude do prazo de prescrição das
transgressões disciplinares de natureza grave ser de 02 (dois) anos, durante os
Anexos, ao serem tratados dos prazos prescricionais para instauração e
funcionamento do Conselho de Justificação, Conselho de Disciplina e da
Comissão de Revisão Disciplinar, ficou definido idêntico prazo. Afinal, tratando-
se os Procedimentos Administrativos Disciplinares de procedimentos especiais
voltados à apuração de condutas disciplinares, não faz sentido que seu prazo
de prescrição ultrapasse o prazo de prescrição das próprias condutas. Significa
dizer, não há que ser instaurado PAD em virtude de transgressão já prescrita
ou, ante a instauração de PAD, caso a Administração Pública não logre sua
conclusão dentro do prazo de prescrição da transgressão, prescreverá o
procedimento.
Finalmente, mediante os Anexos I, II e III, são incorporados ao novo
diploma disciplinar, respectivamente, o Conselho de Justificação, o Conselho
de Disciplina e a Comissão de Revisão Disciplinar - ficando as corporações
militares livres para disciplinarem, no âmbito de suas organizações
administrativas de ensino militares de formação e pós-formação, sobre o
Conselho Escolar.
No que concerne aos Procedimentos Administrativos Disciplinares,
buscou a Comissão, sempre que possível, a manutenção dos procedimentos e
textos constantes da Lei 427/81, do Decreto 2.155/78, da Portaria PMERJ Nº
0407, de 10 de fevereiro de 2012 e da Resolução SEDEC Nº _______ de ____
de ______________ de __________.
281
Concluídos os trabalhos, resta à Comissão agradecer a todos aqueles
que, mediante sua presença, das sugestões apresentadas ou da discussão do
tema permitiram aos parlamentares melhor percepção sobre o objeto do
trabalho e sobre as mudanças necessárias à humanização dos regulamentos
disciplinares e capazes de assegurar a cidadania dos servidores militares –
sem que sejam perdidos de vista os princípios basilares da hierarquia e da
disciplina e os valores que caracterizam as instituições militares.
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