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relatório de pratica de ecologia

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Universidade Federal do Paraná

CONDIÇÕES AMBIENTAIS E RECURSOS

Ana Luiza Slapnig Martins

Antonio Alcir da Silva Arruda

Leticia Oliveira da Silva

Marcella Carvalho Casagrande

Nícolas Felipe

Relatório apresentado à disciplina de Ecologia

básica BB048, UFPR, ministrada pela

professora Viviane da Silva, como quesito

básico à conclusão da disciplina.

Curitiba, Outubro/2015

1. INTRODUÇÃO

2. MATERIAL E MÉTODOS

3. RESULTADOS

4. DISCUSSÃO

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. INTRODUÇÃO

No meio ambiente, diversas condições influenciam a adaptabilidade dos seres vivos a

um determinado lugar. Se ele se desenvolve melhor em ambientes mais quentes ou mais frios,

na presença de algum poluente ou em situações extremas (deserto). Os recursos também

influenciam o desenvolvimento das espécies, que muitas vezes mudam seus hábitos para se

adaptar a falta de algum recurso essencial como, por exemplo, a escassez de água. Porém,

diferentemente das condições, os recursos são consumidos ou apenas utilizados pelos seres

vivos.

O conjunto destes dois fatores define o Hábitat, o qual é o local onde cada organismo

vive e que contém as características adequadas para seu pleno desenvolvimento. Sendo

assim, considerando a combinação desses fatores favoráveis a sua reprodução e ao seu

desenvolvimento, em determinado local, o nicho ecológico ( não seria a função do organismo

no seu habitat?? ) será o conjunto de todas as necessidades e tolerâncias deste organismo.

As diversas condições ambientais possíveis de se encontrar determinam a maneira com

que os organismos lidam com essas condições e atribui o sucesso ou não de sua espécie em

determinado local com suas características. Avaliando algumas das condições, podemos citar a

umidade, luminosidade, substrato, entre outras.

Com base na luminosidade, a radiação solar é uma condição determinante para a vida

dos seres vivos. A luz é muito importante nas plantas pois representa a fonte de energia para a

produção de seu alimento, por meio da fotossíntese. Esse é um processo fundamental para a

sobrevivência dos mesmos. Além disso, a radiação solar, interagindo com a atmosfera e a

superfície terrestre, interfere em outros fatores físicos como temperatura, umidade e

pluviosidade de uma região.

Já a umidade baseia-se na quantidade de vapor de água presente na atmosfera. Isto

caracteriza se o ar é seco ou úmido e ela varia de acordo com os dias. Quanto mais vapor de

água a atmosfera possuir, mais umidade terá e assim, favorecerá a ocorrência de chuvas.

Agora, quando a umidade é baixa, a probabilidade de chuva é menor. Cada ser necessita de

determinada quantidade de água para sobreviver e pode desenvolver determinadas

adaptações à quantidade de água disponível na região onde vive, como foi dito previamente.

Cada solo possui diferentes quantidades de constituintes, sendo assim, os mesmo são

diferentes de local para local. Eles diferem na porosidade, permeabilidade e nos seus

nutrientes, como sais minerais, matéria orgânica e quantidade de água. Em relação a esses

últimos, a qualidade dos solos é avaliada de acordo com a quantidade de nutrientes

disponíveis, o que torna um solo fértil ou não fértil.

Ao observarmos os indivíduos em campo, nota-se como foi a sua adaptabilidade ao

longo do processo evolutivo e como esta adaptação varia de acordo com cada ambiente em

que a espécie ocorre. Ela varia de organismo para organismo, dada as variações

momentâneas de algum recurso.

Neste relatório será abordada as hipóteses de adaptabilidade de uma determinada

espécie escolhida numa pequena área de preservação da UFPR, as condições climáticas em

que ela se encontrava no dia da observação, e todas as suas características.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi realizado em uma área de

preservação da UFPR, próximo ao campus SEPT,

dentro do Centro politécnico –Campus III,

chamada Mata Viva. Segue a baixo as

coordenadas geográficas da prática realizada no

dia 07 de outubro de 2015 as 14:00h.

Latitude: 25°27’15.8154"S.

Longitude: 49°14’7."O.

Altitude em relação ao nível do mar: 917m.

FIGURA 1 – localização do ambiente de estudo Mata Viva - UFPR

Utilizamos um termo higrômetro para a medição da temperatura em graus Celsius e

para a umidade relativa do ar em %. Um luxímero também foi utilizado para medir a

luminosidade, obtendo os valores em fotocandle/fotocandelas.

Foram feitas três medições dentro da área de preservação, posicionando os aparelhos

em diferentes locais e alturas (ao nível do solo, 1 m do solo, 1 metro do solo sob um arbusto),

em locais mais sombreados e 2 medições em uma área com maior incidência solar (ao nível do

solo, 1 m do solo). Cada medição teve um intervalo de 30 minutos para a percepção da

mudança dos dados.

Enquanto esperávamos o intervalo entre uma medição e outra, cavamos um buraco

para analisarmos as suas características de acordo com vários aspectos. Além disso,

escolhemos um organismo foco para descrever suas características em relação ao meio. O

organismo escolhido como objetivo para esse trabalho foi a framboesa selvagem, que pertence

a família das eucoditiledôneas. Depois sentamos e discutimos os dados para a interpretação

dos resultados que serão apresentados a seguir.

3. RESULTADOS

3.1

Levando em consideração que o dia em que a aula prática foi realizada estava nublado,

podemos observar o seguinte fato. As variações de temperatura, tanto em diferentes alturas,

como entre o local sombreado e o local aberto, não foram tão contrastantes, variando somente

de 0,2 °C a 1,3 °C.

Os demais dados obtidos durante a aula serão expostos a seguir nas seguintes tabelas.

14:15h 14:45h

Temperatura

Umidade Luminosidade Temperatura Umidade Luminosidade

Ao nível do solo

21,3 °C 52% 19,47 x 20 21,8 51% 19,81 x 20

A 1m do solo 20,0 °C 51% 19,47 x 20 20,8 51% 19,81 x 20

Local aberto

FIGURA 2. Dados coletados no local aberto, sendo eles de temperatura, umidade e

luminosidade. Todos, em diferentes horários e alturas em relação ao solo.

Local de sombra

14:15h 14:45h

Temperatura Umidade Luminosidade Temperatura Umidade Luminosidade

Ao nível do solo

17,9 °C 51% 18,7 x 20 18,6 55% 18,5 x 20

A 1m do solo

18,3 °C 51% 18,7 x 20 17,3 57% 18,5 x 20

A 1m do solo sob um arbusto

18,1 °C 52% 18,7 x 20 17,3 55% 18,5 x 20

FIGURA 3. Dados coletados no local de sombra, sendo eles de temperatura, umidade e

luminosidade. Todos, em diferentes horários e alturas em relação ao solo, bem como sob um

arbusto.

3.2

Na segunda parte da aula, escolhemos um local para cavar o buraco e assim descrever

suas características e elementos pertencentes a ele. Utilizando uma pá de jardinagem,

cavamos o buraco até cerca de 35 cm, medidos com auxilio de uma trena.

A camada superficial foi caracterizada de acordo com a espessura, umidade e a

natureza dos detritos presentes, obtendo-se os seguintes resultados:

Espessura: aproximadamente 1 cm

Grau de umidade: 59%

Detritos: Material orgânico, folhas e restos de vegetais em decomposição.

Depois de removida a camada superficial e escavando verticalmente, observamos as

mudanças na coloração de acordo com a profundidade, textura, presença ou não de raízes,

umidade e material orgânico. A seguir, estão os resultados obtidos.

Profundidade: 35 cm.

Umidade: 60%.

Cor: ocre/marrom escuro. Sendo essa coloração contínua.

Detritos: raízes, material orgânico em decomposição.

Textura: Sedimentos finos com cheiro terroso característico.

3.3

Na terceira parte da aula, verificamos a interação do organismo escolhido pelo grupo

com o ambiente físico em que ele se encontrava. Esse organismo escolhido foi a framboesa

selvagem da família das eucoditiledôneas com cerca de 2m de altura. Ele é arbustivo,

ramificado desde a base com espinhos e acúleos como meio de defesa contra a herbivoría.

Observamos também que as folhas possuem em sua nervura central, pequenos espinhos.

FIGURA 4 – Framboesa Selvagem

FIGURA 5 – Framboesa selvagem

Como fruto, temos a framboesa de cor vermelha, a qual pudemos observar visivelmente

durante a aula prática no organismo escolhido. Essa fruta, quando madura se desprende

facilmente do receptáculo, mas quando há dificuldade de retirada, significa que ainda não está

pronta para ser colhida.

A framboesa selvagem foi caracterizada pela sua frequência, como uma planta de borda

da mata, a qual desenvolve-se de maneira agregada como mancha.

Pelo tempo que ficamos a observando durante a aula prática, percebemos que o agente

polinizado, ou pelo menos um deles, são as abelhas.

4. DISCUSSÃO

Os padrões globais de temperatura e precipitação que são componentes do clima, são

regidos pelo fator mais importante; a energia da radiação solar. È através dela que é definido a

variação global de clima, consequentemente é através dela que é possível os seres vivos

existirem e particularmente no que se refere as plantas; realizar a fotossintese, e com isso

garantir a sobrevivência dela e dos consumidores secundários que delas precisam para

garantir também a própria sobrevivencia. ( Ricklefs)

Também as caracteristicas topográficas e geológicas provocam variações locais no clima, se

não fossem essas variações os climas teriam uma conformidade global uniforme. A Altitude e

também as coordenadas geográficas (latitude e longitude) influenciam diretamente no clima

local, além de outros fatores como a maritimidade por exemplo, que podem fazer que a

vegetação litorãnea seja muito diferente da vegetação centro continental.

Considerando o fator clima maestrado pela irradiação solar e seus elementos componentes,

as plantas encontram seus hábitats ideais, ou que pelo menos ofereça recursos que permitam

a sua reprodução, crescimento e sobrevivência. A framboesa selvagem na mata viva da UFPR,

parece ter encontrado boas condições ambientais no referente as suas necessidades de

nutrientes e agente polinizador, temperatura e radiação solar adequada.

A Framboesa selvagem adaptou-se à mata viva formando manchas em sua borda, pois na

borda a iluminação solar, provém sua necessidade de realização da fotossintese, além dos

nutrientes necessários para seu crescimento, reprodução e sobrevivência. Nessa discussão,

podemos inferir que a framboesa se encontre na borda da mata pela radiação solar sem

competição e também por seu agente polinizador observado (abelha) ser um inseto que possui

preferência de busca de pólen em ambientes abertos e não sombreados.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- A Economia da natureza Robert E. Ricklefs – 2003 quinta edição – editora Guanabara

Koogan

-

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