relações interpessoais 4
Post on 11-Jun-2015
26.835 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Relações Interpessoais
PSICOLOGIA 2010/2011
Jorge Barbosa, 2010
Factores que Influenciam as Relações Interpessoais • O Contexto de Vida
• O Papel Desempenhado
• O Interlocutor
• O tipo de relações que as pessoas estabelecem dependem dos meios em que elas se estabelecem: família, escola, grupo de amigos, etc.
Contexto de Vida
• Contexto Familiar: • Os indivíduos, ligados por
laços familiares, tendem a falar de si, das suas vivências pessoais, do quotidiano, das suas expectativas e apoiam-se mutuamente.
• Os estudantes, por exemplo, falam da sua aprendizagem, do seu sucesso/insucesso, da sua relação com os professores e com os restantes colegas
Contexto de Vida
• Grupo de Amigos: • Os conteúdos da relação
interpessoal incidem, essencialmente, sobre os valores, as crenças e as necessidades de cada um.
• É um espaço onde é possível a relação entre pessoas com o mesmo nível etário e com características comuns.
Contexto de Vida
• Contexto da Escola, do Trabalho: • Os conteúdos da relação
interpessoal são muito influenciados pelas condições, pelo ritmo e pelas tarefas a realizar.
• É um espaço onde é possível fazer aquisições de novas competências académicas e relacionais.
Papel Desempenhado
• Cada Pessoa desempenha mais do que um Papel: • O professor, no contexto
escolar, desempenha um papel específico que exige uma relação com os alunos no sistema de aprendizagem.
• Como professor, ele deverá ser um orientador do saber dos seus alunos;
• Mas, além de professor, ele desempenha, noutros contextos, outros papéis: entre os seus colegas, na família, ele actua de forma diferente
Papel Desempenhado
• Cada Pessoa desempenha mais do que um Papel: • O aluno, no contexto escolar,
desempenha um papel que exige uma relação específica com os adultos e com os colegas.
• Como aluno, ele deverá seguir as orientações dos professores e ser correcto nas relações com os adultos e colegas.
• Mas, além de aluno, ele desempenha, noutros contextos, outros papéis: entre os seus colegas, na família, ele actua como amigo, filho, vizinho... Etc.
O Interlocutor
A pessoa com quem se estabelece a relação é outro factor que determina o conteúdo da relação interpessoal:
A relação que um adulto mantém com uma criança não pode ser do mesmo =po da que mantém com um
adolescente.
A relação que um aluno mantém com o seu
professor não pode ser do mesmo =po da que
mantém com os colegas ou com os pais
ou vizinhos.
Níveis de Relações Interpessoais
Nível 0: O indivíduo não tem em conta os diferentes pontos
de vista.
O seu raciocínio tende a estabelecer:
Estratégias impulsivas e 4sicas de
confronto, ou
De fuga à situação conflituosa
A agressão é uma estratégia caracterísAca de quem não tem capacidade para negociar o seu ponto de vista com o do outro. Revela imaturidade nas relações interpessoais.
Níveis de Relações Interpessoais
Nível 1: O indivíduo reconhece a diferença entre o seu ponto de vista e o ponto de vista do outro.
Não tendo noção global das duas perspec=vas, u=liza estratégias
de sen=do único:
Estratégias de passividade
Estratégias de Conformismo
A pessoa torna-‐se passiva e acomoda-‐se como se a sua presença e intervenção não interessasse.
Níveis de Relações Interpessoais
Nível 2: O indivíduo reconhece a diferença entre o seu ponto de vista e o ponto de vista do outro.
Coloca-‐se numa posição de confiança nas suas capacidades e acredita que pode modificar a opinião do outro:
Consegue raciocinar a parAr da perspecAva do
outro
UAliza estratégias de persuasão,
para convencer o outro
Níveis de Relações Interpessoais
Nível 3: O indivíduo reconhece que existem estratégias para
resolver os problemas.
Tem em consideração os pontos de vista próprio e o do
outro:
Envolve-‐se em compromissos e negociações
Procura desenvolver
objecAvos comuns
Esta a=tude exige a sua afirmação e apresentação dos seus objec=vos, colaborando para o desenvolvimento de objec=vos comuns.
Estilos nas Relações Interpessoais
• OS ESTILOS MAIS FREQUENTES SÃO: – Agressivo – Passivo – Manipulador
– Asser=vo
Estilo Agressivo
O Agressivo procura:
Dominar os outros
Valorizar-‐se à custa dos outros
Ignorar e desvalorizar o que os outros fazem
Estilo Agressivo
Comportamentos Agressivos nas Relações Hierárquicas:
Em posição dominante: autoritarismo, frieza,
menosprezo, intolerância
Em posição subordinada: contestação sistemá=ca,
hos=lidade “a priori” contra tudo o que vem de cima.
Estilo Passivo O Passivo:
Sente-‐se bloqueado e paralisado quando lhe apresentam um problema
para resolver;
Tem medo de avançar e de decidir porque receia a decepção;
Tem medo de importunar os outros;
Deixa que os outros abusem dele;
Tende a fundir-‐se com o grupo, por medo: chama a isto realismo e
adaptação
Estilo Passivo Consequências da
Passividade:
Desenvolve ressen=mentos e rancores;
Estabelece uma má comunicação com os outros;
U=liza mal a sua energia vital;
Perde o respeito por si próprio;
Sofre
Estilo Manipulador O Manipulador:
Considera-‐se hábil nas relações interpessoais;
Dificilmente aceita a informação directa;
Apresenta-‐se como um intermediário indispensável;
Raramente se assume como responsável pelas situações;
Age muito frequentemente por interpostas pessoas
Estilo Manipulador
Comportamentos Típicos:
Apresenta uma relação tác=ca com os outros;
Tende a desvalorizar o outro através de frases que pretende humorís=cas;
Exagera e caricatura algumas partes da informação emi=da pelos outros;
Repete a informação desfigurada e manipula-‐a
Estilo Manipulador Comportamentos
Típicos:
U=liza a simulação como instrumento.
Nega factos e inventa histórias para mostrar que não tem
responsabilidade nas coisas;
Fala por meias palavras: é especialista em rumores;
É mais hábil em criar conflitos do que em reduzir as tensões
Estilo Manipulador Comportamentos
Típicos:
Tira par=do do sistema (das leis e das regras), e adapta-‐o aos seus
interesses.
Oferece os seus talentos em presença de públicos diiceis.
Faz chantagem moral: explora as tradições, convicções e os escrúpulos
de cada um
Apresenta-‐se sempre cheio de boas intenções.
Estilo Assertivo ou Auto-Afirmativo
Asser=vidade:
Está à vontade na relação face a face.
É verdadeiro consigo mesmo e com os outros, não dissimulando os seus
sen=mentos.
Coloca as coisas muito claramente às outras pessoas
Procura compromissos realistas, em caso de desacordo.
Estilo Assertivo ou Auto-Afirmativo
Asser=vidade:
Negoceia na base de interesses mútuos e não mediante ameaças.
Não deixa que o pisem, mas também não pisa os outros.
Estabelece com os outros uma relação fundada na confiança e não na dominação ou no calculismo.
Estilo Assertivo ou Auto-Afirmativo
A Asser=vidade é ú=l nos seguintes casos:
Quando é preciso dizer qualquer coisa de desagradável a alguém.
Quando se pretende pedir qualquer coisa de invulgar.
Quando é necessário dizer não àquilo que alguém pede.
Estilo Assertivo ou Auto-Afirmativo
A Asser=vidade é ú=l nos seguintes casos:
Quando se é cri=cado.
Quando se pretende desmascarar uma manipulação.
Estilo Assertivo ou Auto-Afirmativo
O Não-‐AsserAvo Diz: O AsserAvo Diz:
Estás sempre a interromper o meu trabalho
Eu gostaria de realizar o meu trabalho sem interrupção. Pode ser?
Tu és um traidor Eu sen=-‐me traído na confiança que =nha em =.
És um incompetente Há tarefas em relação à tua função que tens de aprender para seres mais competente.
Só um idiota como tu é que apresenta essa solução
Como chegaste a essa conclusão? Quais as consequências dessa solução?
Não percebes nada do que te digo Eu vou clarificar melhor o meu pensamento e a minha ideia.
Es=los de Relações Interpessoais
Cada pessoa adopta diferentes esAlos em diferentes situações.
Mas tem tendência para manter um
perfil dominante que combina os
diferentes es=los.
Pode ser, por exemplo, mais manipulador e, em algumas situações, ser agressivo e, menos frequentemente, passivo.
Es=los de Relações Interpessoais
É legí=mo que o indivíduo queira mudar e melhorar o
seu perfil de relações interpessoais
Para isso, tem de admi=r que a mudança no seu
comportamento é possível e que a mudança trará
bene4cios para si e para as suas relações
É preciso compreender que:
1. A estrutura pessoal não é imutável;
2. O Indivíduo tem capacidade para aprender novos comportamentos e para se adaptar a novas situações
Actividade
• Atribua o Es=lo de Relações Interpessoais adequado a cada enunciado:
“Só há este filme interessante; é o que vamos ver”
ENUNCIADO ESTILO
Agressivo
“Vou ver qualquer filme; decide tu; eu não sei muito bem escolher”
Passivo
Actividade
• Atribua o Es=lo de Relações Interpessoais adequado a cada enunciado:
“Não tenho bem a certeza se quero ir ao cinema”
ENUNCIADO ESTILO
Manipulador
“O filme X interessa-‐me. E a =?” Auto Afirma=vo
Conflitos Interpessoais
Os conflitos interpessoais surgem, de um modo geral, pelas seguintes razões:
Diferenças Individuais;
Limitações de Recursos;
Diferenciação de Papéis.
Diferenças Individuais
• As diferenças de idades, sexos, a=tudes, crenças, valores e experiências contribuem para que as pessoas vejam e interpretem as situações de maneiras diferentes
Diferenças Individuais
• Pais e filhos, velhos e novos, professores e alunos, homens e mulheres criam situações onde existe divergência de pontos de vista.
• Em situações onde a diferença individual é importante, as situações de conflito são inevitáveis.
Limitações dos Recursos
• Nenhuma organização, escola, grupo ou família possui todos os recursos de que necessita para sa=sfazer todas as necessidades individuais.
• A justa par=lha destes recursos por todos os indivíduos é diicil.
Limitações dos Recursos
• A compe=ção surge porque o sistema (escola, família, etc.) possui recursos limitados.
• Mesmo que se decida fazer uma par=lha equita=va, surgem sempre divergências, porque há pessoas que se consideram sempre prejudicadas.
Diferenciação de Papéis
• Os conflitos interpessoais podem também surgir da dificuldade em determinar quem pode dar ordens a outro.
• Se a autoridade de uma pessoa não é aceite pelo outro, surge o conflito.
O Conflito numa Organização – A Escola • Numa escola trabalham e vivem pessoas que estão integradas em níveis diferentes, consoante as sua tarefas: – Alunos – Professores – Funcionários – Director de Escola – Director de Turma, etc.
O Conflito numa Organização – A Escola
As diferenças de níveis numa Escola são tanto mais
problemá=cas
Quanto mais distantes estão uns dos outros;
Menos informação é par=lhada entre
eles. As perspec=vas das pessoas que estão em diferentes níveis não são comuns, o que se apresenta como fonte potencial de conflito.
O Conflito numa Organização – A Escola
As pessoas têm concepções e comportamentos divergentes e exprimem-‐nos no seu dia a dia, na Escola.
• Numa escola, existem pessoas: rapazes, raparigas, homens e mulheres, que nem sempre consideram a escola como um simples local de trabalho ou de estudo.
O Conflito numa Organização – A Escola
As pessoas têm concepções e comportamentos divergentes e exprimem-‐nos no seu dia a dia, na Escola.
Os conflitos funcionais são inevitáveis:
Os diferentes elementos que cons=tuem a Escola
têm interesses, necessidades e pontos de
vista diferentes.
O Conflito numa Organização – A Escola
Os conflitos funcionais são inevitáveis:
O Poder está distribuído em proporções desiguais;
A responsabilidade e a autoridade são
diferentes, consoante as funções.
O Conflito numa Organização – A Escola
As pessoas são sensíveis à forma como são
tratadas pelos outros:
Do seu nível funcional; De nível superior.
O Conflito numa Organização – A Escola
Os conflitos são muito úteis quando:
Impedem a estagnação;
Servem para es=mular novas
ideias.
Lidar com os Conflitos – Evitar Conflitos • As pessoas evitam, frequentemente, os conflitos e tudo o que é potencialmente conflituoso na esperança de que a situação de conflito desapareça.
Lidar com os Conflitos – Evitar Conflitos • Maneiras de Evitar o Conflito: – Suprimi-‐lo, abandonando as situações de conflito:
• Abandonar a Escola; • Deixando-‐se dormir; • Fugindo de casa.
– Refugiar-‐se no trabalho, como forma de fugir a uma situação embaraçosa
Lidar com os Conflitos – Evitar Conflitos • Maneiras de Evitar o Conflito: – Acomodar-‐se, evitando os conflitos, afirmando que está tudo bem.
– Mudar de assunto, sempre que o conflito é focado;
– Não levar nada a sério e u=lizar a farsa, distraindo os outros.
Lidar com os Conflitos – Enfrentar o Conflito • GANHAR-‐PERDER:
– Uma das partes, sendo mais forte do que a outra, exerce a sua autoridade para remover o conflito.
– Recorre-‐se sobretudo aos ataques pessoais.
A estratégia de “Ganhar-‐Perder” é mais comum nas situações de director/empregado, pai/filho, professor/aluno
Lidar com os Conflitos – Enfrentar o Conflito • PERDER-‐PERDER:
– Perante duas alterna=vas em confronto, inventa-‐se uma terceira para que ninguém fique a ganhar.
Esta estratégia implica que as partes em conflito se empenhem mais em impedir que a outra ganhe, do que em encontrar uma solução.
Lidar com os Conflitos – Enfrentar o Conflito • GANHAR-‐GANHAR:
– O conflito é considerado como um problema a resolver e não uma batalha a ganhar;
– As partes envolvidas confrontam os pontos de vista
– As partes são frontais e empenham-‐se em superar o problema
Lidar com os Conflitos – Enfrentar o Conflito Eva/Ema: • A Eva e a Ema queriam a mesma laranja. Só havia uma laranja. O conflito estava eminente. A Eva era mais forte e dominadora. Queria a laranja independentemente do interesse da irmã.
• Se o interesse dela se sobrepusesse, estaríamos perante a estratégia Ganhar-‐Perder
Lidar com os Conflitos – Enfrentar o Conflito Eva/Ema:
• Se se pusessem a chorar e a mãe lhes re=rasse a laranja, e elas ficassem sem ela estaríamos perante uma estratégia Perder-‐Perder
Lidar com os Conflitos – Enfrentar o Conflito Eva/Ema: • Mas as duas sentaram-‐se e perguntaram uma à outra para que queriam a laranja. A Eva disse que para raspar a casca e colocar no bolo. A Ema disse que para fazer sumo.
• A mesma laranja respondeu às necessidades das duas irmãs. Estamos perante uma estratégia Ganhar-‐Ganhar
Lidar com os Conflitos – Competências
Diagnos=car a Natureza do Conflito:
Se o problema nos afecta realmente
Se as causas do problema resultam de divergências ao nível de:
Valores e interesses Factos ou situações
Se a outra parte tem uma estratégia
ganhador-‐perdedor
Lidar com os Conflitos – Competências
Envolver-‐se no Confronto:
Dizer Concretamente
O que a outra pessoa fez ou disse Como isso o afectou
Dizer o que gostaria que a outra pessoa fizesse.
Lidar com os Conflitos – Competências
Escutar Ac=vamente: Prestar atenção a:
Conteúdo da mensagem
Sen=mentos e emoções do
outro.
Índices não verbais
Contexto
Lidar com os Conflitos – Resolver o Problema
Considerar os argumentos de defesa de cada uma das soluções
Apresentar argumentos com toda a abertura
Discu=r e Analisar todos os Argumentos
Seleccionar a solução que sa=sfaça os
interesses das partes
Actividade
• Seleccione, para cada enunciado, a estratégia usada (evitamento, acomodação, dominação, colaboração)
O Artur tudo faz para não encontrar o director de turma porque sabe que ele tem algo para lhe dizer que não é nada agradável.
Evitamento
Actividade
• Seleccione, para cada enunciado, a estratégia usada (evitamento, acomodação, dominação, colaboração)
O Artur ouve o director de turma e diz claramente que não escreve o relatório sobre o seu comportamento, porque isso não tem nada a ver com ele.
Dominação
Actividade
• Seleccione, para cada enunciado, a estratégia usada (evitamento, acomodação, dominação, colaboração)
O Artur faz o relatório, pedido pelo director de turma, contrariado e enraivecido. Pede a um colega com quem não simpa=za para lhe emprestar a esferográfica.
Acomodação
Actividade
• Seleccione, para cada enunciado, a estratégia usada (evitamento, acomodação, dominação, colaboração)
O Artur pergunta ao director de turma o porquê da realização do relatório; tendo compreendido que a sua versão dos acontecimentos pode ser valorizada, combina com ele fazê-‐lo em casa e trazê-‐lo no dia seguinte de manhã.
Colabora=vo
Análise Transaccional – Eric Berne
• Transacção é a “Unidade das Relações Sociais”, segundo Eric Berne.
Análise Transaccional – Eric Berne
A análise transaccional é um utensílio de conhecimento que permite:
Compreender a estrutura pessoal
Iden=ficar dificuldades de relação
Dar eficácia à comunicação interpessoal.
Análise Transaccional – Eric Berne
Conceitos-‐Chave:
Estados do Eu
“Jogos Psicológicos
”
Palavras de Ordem.
Análise Transaccional – Eric Berne
Comunicação Transaccional: Cada Sujeito
faz algo (fala, sorri, olha...)
está consciente do
comportamento do outro
Tem consciência de que o outro tem consciência
de si
Constrói uma imagem do
outro.
Análise Transaccional – Eric Berne
Dois Níveis de Análise
Análise Estrutural – funcionamento da estrutura
pessoal do EU
Análise Funcional – refere-‐se às relações que se estabelecem.
Análise Transaccional – Eric Berne
Análise Estrutural
Estado Parental
Estado Adulto
Estado Criança
Os três Estados reflectem as experiências reais, vividas pelo sujeito ao longo do seu desenvolvimento
Análise Estrutural
Estado Parental Vida Aprendida
Noções de bem e de mal e
outros valores Preconceitos Tradições,etc
Reflecte a educação que se recebeu e que marcou a infância e a adolescência.
Estado Parental
• O período mais marcante desta realidade psicológica é o que decorre até aos 6 anos de idade.
• Nesta fase, a criança não interpreta os comportamentos em função das suas causas, intenções ou contextualizações
• Para ela, a realidade é tal e qual a vê.
Estado Parental
• O =po de relações que os Pais =veram com a criança, o apoio, as carícias, o medo, os gritos, etc., ficam registadas de forma muito ní=da.
Estado Parental
Uma das caracterís=cas desta realidade psicológica é a incoerência vivida e sen=da pela criança em relação aos Pais.
Os pais dizem que não se deve men=r, mas eles mentem; Afirmam que os mais velhos ou os mais fortes não devem bater nos mais novos e nos mais fracos, mas batem nos filhos...
Análise Estrutural Estado Adulto Vida Experimentada
Capacidade do Eu receber informações
Pensamento lógico e racional
Objec=vidade
É um estado que exige autonomia e independência: é a vida experimentada pelo sujeito.
Estado Adulto
• O sujeito começa a perceber a diferença entre: – A vida que o pai lhe ensinou;
– A vida como a sen=u e desejou
– A vida como ele a vê por si próprio
• Quando existe coerência entre o que os Pais lhe disseram e o que ele experimenta e vive, surge um estado coerente, de confirmação (para o bem e para o mal).
Análise Estrutural Estado Criança – Vida Emocional na Infância
Relacionamento infan=l com o mundo
Realidade essencialmente emo=va
Acontecimentos agradáveis e desagradáveis
É o estado emocional, que reflecte o modo como a criança, na primeira fase de desenvolvimento, se relaciona com o mundo.
Análise Transaccional
• A Análise Funcional consiste em subdividir os diferentes estados do EU, segundo as funções que desempenham e preenchem.
Caracterís=cas comportamentais em função do predomínio dos Estados
• Encoraja os outros: colabora;
• Gosta de fazer o trabalho dos outros
• Gosta de fixar regras e limites;
• Poderá ser autoritário;
• Baseia-‐se mais em opiniões
• Exige Obediência
Pai Crí=co Pai Alimentador
VIDA APRENDIDA
Caracterís=cas comportamentais em função do predomínio dos Estados
ADULTO
Toma decisões e resolve problemas através da
análise lógica dos factos
Conhece as Prioridades
É prá=co e objec=vo
VIDA EXPERIMENTADA
Caracterís=cas comportamentais em função do predomínio dos Estados
• Não aceita as normas e as regras
• Contesta a autoridade
• É curioso e ques=ona tudo
• É simpá=co, educado
• Respeita a autoridade
• É autên=co na expressão dos sen=mentos;
• É entusiasta • Não esconde as emoções
Criança Espontânea
Criança Adaptada
Criança rebelde
Criança Cria=va ou Pequeno Professor
VIDA SENTIDA
Tipos de Transacções
O que acontece quando um
Pai Adulto Criança
Encontra um
Pai Adulto Criança
Transacções Paralelas
P
C
A
As crianças de hoje são mal educadas
P
C
A
Não respeitam nada nem ninguém
Transacções Paralelas
P
C
A
O Que pensas desta solução? P
C
A
De acordo com os dados, é a mais indicada.
Transacções Paralelas
P
C
A Se não sais comigo, não te falo mais.
P
C
A E isso que me importa?
Transacções Paralelas
P
C
A
Não desperdices a tua mesada.
P
C
A Vou comprar o CD e guardo o resto.
Transacções Paralelas
P
C
A Ajuda-‐me a fazer este trabalho.
P
C
A
Nunca fazes nada sozinho
Transacções Ocultas (que lidam com vários Estados do EU)
P
C
A
Preciso de acabar este trabalho dentro de meia hora
P
C
A
Vou já ajudar-‐te
Podes dar-‐me uma ajudinha?
Não faz nada sem
mim
Transacções Ocultas (que lidam com vários Estados do EU)
P
C
A
Vem à reunião dos condóminos?
P
C
A
Vou já. É um preguiçoso
Pensa que não tenho mais para fazer
Transacções Tangenciais (cada interlocutor ignora o que o outro diz)
P
C
A
Quem o vai avaliar?
P
C
A
Onde está o
relatório?
Transacções Tangenciais (cada interlocutor ignora o que o outro diz)
P
C
A
Que horas são?
P
C
A O dia hoje nunca mais acaba...
Transacções Tangenciais (cada interlocutor ignora o que o outro diz)
P
C
A Ajuda-‐me neste trabalho.
P
C
A Queres ir logo ao cinema?
Transacções Cruzadas
P
C
A
Não gosto do que fizeste. Só fazes asneiras
P
C
A
Aprendi consigo, que é um incompetente
Transacções Cruzadas
P
C
A Não sei como se faz este trabalho...
P
C
A
Quais são as tuas dificuldades?
Transacções Cruzadas
P
C
A
Porque fazes tudo em cima da hora?
P
C
A
Dentro de dez minutos acabo o meu trabalho.
Ac=vidade
ESTÍMULO RESPOSTA
CRUZADA Não sei o que fazer, estou desesperado.
Se me ouvisses, nada disso teria acontecido
Iden=fique os =pos e o diagrama das transacções que se seguem
PARALELA Andas a deitar-‐te muito tarde. Devias ter mais cuidado com a saúde
Tu também andas muito cansado. O teu trabalho é esgotante.
Ac=vidade
ESTÍMULO RESPOSTA
PARALELA Vou buscar os documentos e analisá-‐los.
Eu tenho elementos que te podem ajudar a concluir o teu trabalho.
Iden=fique os =pos das transacções que se seguem
CRUZADA Detesto que me obriguem a fazer as coisas.
Ainda bem que não trabalho con=go, senão teríamos problemas.
Ac=vidade
ESTÍMULO RESPOSTA
TANGENCIAL Estou muito cansado. Nunca mais é fim de
semana.
Iden=fique os =pos das transacções que se seguem
PARALELA Que bom, amanhã é o meu dia livre.
Eu também não trabalho. E se fôssemos às compras?
Relações Interpessoais
PSICOLOGIA 2010/2011
Jorge Barbosa, 2010
top related