registros em terras de fronteiras, margens de rio e terras devolutas

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FAIXA DE FRONTEIRA

O QUE É FAIXA DE FRONTEIRA?

É uma linha imaginária constituída por uma faixa interna de terras, que se estende de 0 a 150 Km, paralelamente à linha divisória terrestre do território nacional com outros países e desde 1955 (Lei 2.597/55) identifica-se fisicamente com a zona de segurança nacional.

PARA QUE SERVE?

• Serve para materializar o antigo objetivo de exteriorização da posse do Estado Brasileiro em relação aos países confrontantes.

• Serve para especificar a dominialidade pública federal das terras indispensáveis à defesa do território nacional (segurança nacional).

• Serve para eleger áreas essenciais ao desenvolvimento econômico.

FAIXAS DE FRONTEIRA AO LONGO DO TEMPO

• 66 Km – Lei nº 601/1850 – Império

- Constituição da República de 1891

• 100 Km – Constituição Federal de 1934

• 150 Km – Constituição Federal de 1937

- Constituição Federal de 1946

- Constituição Federal de 1967 e Emenda nº 01/69

- Constituição Federal de 1988

O QUE É RATIFICAÇÃO DOMINIAL?

Trata-se de um instrumento jurídico de que se serviu o legislador ordinário para confirmar o domínio federal sobre a faixa fronteiriça e ao mesmo tempo proteger a posse exercida pelo possuidor de boa-fé.

Alguns diplomas legais pertinentes:

• Lei nº 4.947/66 – fixa normas de Direito Agrário (autorização p/ ratificar);

• Lei nº 6.634/79 – dispõe sobre faixa fronteiriça e concessão de terras públicas;

• Decreto-lei nº 1.414/75 – processo de ratificação das terras de faixa fronteiriça;

•Lei nº 9.871/99 – estabelece prazo p/ ratificar as concessões feitas pelos Estados-membros.

QUEM PODE SER SUJEITO DA RATIFICAÇÃO?

Os detentores de titulação estadual ilegítima, fruto da indevida atuação dos estados-membros na faixa de fronteira.

POR QUE RATIFICAR?

Porque é necessário confirmar ou convalidar as:• Titulações feitas pelos Estados-membros em terras de

domínio da UNIÃO (titulação a non domino);• Titulações feitas pelos Estados-membros sem o

consentimento prévio do CDN - Conselho de Defesa Nacional.

LIMITES DA RATIFICAÇÃO NA FAIXA FRONTEIRIÇA

Art. 2º da Instrução Normativa nº 27-A

1. Dentro de 66 Km – 2.000 ha – Só União (Estados: passível de ratificação)

2. De 66 Km a 150 Km – 2.000 ha – Estados, com anuência do CSN

3. Fora de 150 Km – 10.000 ha - Estado

EC 10 de 09.11.1.964

a

L. 4.947 de 06.04.1.966

1. Dentro de 66 Km – 2.000 ha – Só União (Estados: passível de ratificação)

2. De 66 Km a 150 Km – 2.000 ha – Estados, com anuência do CSN

3. Fora de 150 Km – 10.000 ha - Estado

DL. 1.164 de 18.03.1939

a

EC 10 de 09.11.1.964

1. Dentro de 66 Km – 10.000 ha – Só União (Estados: passível de ratificação)

2. De 66 Km a 150 Km – 10.000 ha – Estados, com anuência do CSN

3. Fora de 150 Km – 10.000 ha - Estado

CF de 16.07.1.934

a

DL. 1.164 de 18.03.1.939

1. Dentro de 66 Km – 13.068 ha – Só União (Estados: passível de ratificação)

2. Fora de 66 Km – LIVRE - Estado

CF de 24.01.1.891

a

CF de 16.07.1.934

MAPA DO BRASIL COM A LINHA DA FAIXA DE FRONTEIRA EM CADA ESTADO DA FEDERAÇÃO

PRSC

RS

MS

MT

AM

AC

RR

RO

AP

PA

541.259.871,0127.967.948,0TOTAL

QUANTIDADE EM HECTARES

28.174.853,814.085.869,4RS

9.534.618,11.466.375,3SC

19.931.485,05.547.761,8PR

35.712.496,214.431.832,7MS

90.335.790,811.221.281,6MT

23.757.616,71.250.504,4RO

15.258.138,815.154.899,8AC

157.074.568,032.795.079,5AM

22.429.898,015.835.913,7RR

124.768.951,59.180.373,8PA

14.281.458,56.998.062,0AP

Área total do Estado-membro em haÁrea em haEstados

FAIXA DE FRONTEIRA DE 0 A 150 Km – Por Estados-membro

570TOTAL BRASIL

69TOTAL DE MUNICÍPIO DA REGIÃO CENTRO-OESTE

TOTAIS DE MUNICÍPIOS POR REGIÃO / UNIDADE DA FEDERAÇÃO

2551.Mato Grosso

4450.Mato Grosso do Sul

Região Centro-Oeste

403TOTAL DE MUNICÍPIO DA REGIÃO SUL

18243. Rio Grande do Sul

8242. Santa Catarina

13941.Paraná

Região Sul

98TOTAL DE MUNICÍPIO DA REGIÃO NORTE

816. Amapá

515. Pará

1514. Roraima

2113. Amazonas

2212. Acre

2711.Rondônia

Região Norte

QUADRO COMPARATIVO ENTRE IN 42/2000 e a IN 27-A/2006

Instrução Normativa nº 27-A/2006Instrução Normativa nº 42/2000

Exigiu GUT de 80% e GEE de 100%.

Fixou os índices de exploração do imóvel rural em 50%.

Alterou a IN 42/2000 para adapta-la à legislação federal e à Constituição.

Estabeleceu diretrizes para ratificação de terras públicas na faixa fronteiriça.

Recentemente foi publicada a IN/48/2008, estabelecendo o cumprimento da função social como condicionante da ratificação: para as pequenas propriedades rurais foi dispensada tal condição.

Procedimento de RATIFICAÇÃO: previsto na Lei nº 4.947/66, que subordina as alienações e as concessões a serem ratificadas aos objetivos do Estatuto da Terra ( Lei nº 4.504/64).

RATIFICAÇÃO E FUNÇÃO SOCIAL

Lei nº 4.504/64:

“Art. 2º: É assegurada a todos a oportunidade de acesso à propriedade da terra, condicionada, pela sua função social, na forma prevista nesta lei”.

§ 2º. “É dever do Poder Público:

a) (...);

b) zelar para que a propriedade da terra desempenhe sua função social, (...)”.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL – 1988:

“Art. 186: A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

I – aproveitamento racional e adequado;

II – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;

III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;

IV – exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores”.

LEI 8.629/93 – QUE REGULAMENTA A REFORMA AGRÁRIA:

“Art. 6º: Considera-se propriedade produtiva aquela que, explorada econômica e racionalmente, atinge, simultaneamente, graus de utilização da terra e de eficiência na exploração, segundo índices fixados pelo órgão federal competente.

§ 1º - O grau de utilização da terra, para efeito do caput deste artigo, deverá ser igual ou superior a 80% (oitenta por cento), calculado pela relação percentual entre a área efetivamente utilizada e a área aproveitável total do imóvel.

§ 2º - O grau de eficiência na exploração da terra deverá ser igual ou superior a 100% (cem por cento), (...)”.

TUPASSI

TOLEDO

CASCAVEL

TERRENO PIQUIRI(APELAÇÃO CIVEL 9621)

(APELAÇÃO CIVEL 9621)TERRENO CATANDUVAS

TERRENO LOPEI

APELAÇÃO CIVEL 9621-1

DESAPROPRIAÇÃO – 95.501.0671-3 ACP – 94.501.0015-5DECLARATORIA – 2003.70.04.005971-9RECLAMAÇÃO - 2540

TOLEDO

TUPASSI

CASCAVEL

T - 6325 - CRI/CASCAVEL

T - 8326 - CRI/CASCAVEL

T - 6328 - CRI/CASCAVEL

T - 6324 - CRI/CASCAVEL

T - 6327 - CRI/CASCAVEL

T - 6330 - CRI/CASCAVEL

T - 6329 - CRI/CASCAVEL T - 6331 - CRI/CASCAVEL

T - 8798 - CRI/TOLEDO

T - 8791 - CRI/TOLEDO

T - 8794 - CRI/TOLEDO

T - 8796 - CRI/TOLEDO

T - 5800 - CRI/TOLEDO

REGISTROS IMOBILIARIOS DESAPROPRIADOS, OBJETO DA AÇÃO DECLARATORIA E DA RECLAMAÇÃO

DESAPROPRIAÇÃO – 95.501.0671-3 ACP – 94.501.0015-5DECLARATORIA – 2003.70.04.005971-9RECLAMAÇÃO - 2540

IMOVEL ESPIGÃO AZUL(DEC. DESAP. 81.124/77)TOLEDO

TUPASSI

CASCAVEL

AREAS TITULADAS PELO INCRA APÓS A DESAPROPRIAÇÃO

DESAPROPRIAÇÃO – 95.501.0671-3 ACP – 94.501.0015-5DECLARATORIA – 2003.70.04.005971-9RECLAMAÇÃO - 2540

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