redes sociais novos comportamentos

Post on 03-Dec-2014

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Redes Sociais

@fabriciosantori

Entre, por favor

Para entender redes...

Apenas observe

Observe

Observe mais um pouco

Continue observando...

Uma árvore bem gorjeada!

“Uma árvore bem gorjeadaem poucos segundos

passa a fazer partedos pássaros que a gorjeiam”

Manoel de Barros

Hummm...

Hummm...

Então?

Entendeu agora o que é rede?

E agora?

Heim?

Ahhh!...

Ups! Foi longe demais?

Vamos tentar outro caminho

Você sabe o que é uma rede neural?

Então você já entendeu tudo!

Mas o que são redes sociais?

Será que redes sociais são essascarinhas nos sites de relacionamento?

Será?

Ou será que...

As redes sociaissão as sociedades

sociedades-em-rede estão emergindo

Redes mais distribuídas do que centralizadas surgem por toda parte

O mundo todo está em rede

Pois é...

Não apenas um mundo

Mundos em rede

Mundos em rede

Muitos mundos em rede (no plural)

Highly Connected Worlds

Mas muitas pessoas nãoentenderam tais evidências

Nossas instituiçõesnão são redes...

O que fazer?

Ninguém pode entender os múltiplos mundos sociais em

rede que estão se configurando se não

entender o que é rede!

Para entender o que é rede:

1 - Descentralização ≠ Distribuição

2 - Participação ≠ Interação

3 - Site da Rede ≠ Rede

Descentralização ≠ Distribuição

1

“On distributed communications” (1964)

Para entender a diferença entre

descentralização e distribuição

O diagrama original de Paul Baran

A conectividade acompanha a distribuição

A interatividade acompanha a conectividade

2

Participação ≠ Interação

Entendendo a fenomenologia da

interação

Clustering

Swarming

Cloning

Crunching

A primeira grande descoberta:Tudo que interage clusteriza

Tudo clusteriza independentemente do conteúdo, em função dos graus de distribuição e conectividade (ou interatividade) da rede social.

1

A primeira grande descoberta:Tudo que interage clusteriza

Ao articular uma organização em rede distribuída não é necessário pré-determinar quais serão os departamentos, aquelas caixinhas desenhadas nos organogramas. Estando claro, para os interagentes, qual é o propósito da iniciativa, basta deixar as forças do aglomeramento atuarem.

1

A segunda grande descoberta:Tudo que interage pode enxamear

Swarming (ou swarm behavior) e suas variantes como herding e shoaling, não acontecem somente com insetos, formigas, abelhas, pássaros, quadrúpedes e peixes. Em termos genéricos esses movimentos coletivos (também chamados de flocking) ocorrem quando um grande número de entidades self-propelled interagem. 

2

Shoaling

Flocking

A segunda grande descoberta:Tudo que interage pode enxamear

Algum tipo de inteligência coletiva (swarm intelligence) está sempre envolvida nestes movimentos. Isso também ocorre com humanos, quando multidões se aglomeram (clustering) e “evoluem” sincronizadamente sem qualquer condução exercida por algum líder; ou quando muitas pessoas enxameiam e provocam grandes mobilizações sem convocação ou coordenação centralizada.

2

Swarming

Madri 2004

Cairo (Praça Tahrir) 2011

Madri (novamente) 2011

A terceira grande descoberta:Imitação é uma forma de interação

Como pessoas – gholas sociais – todos somos clones, na medida em que somos culturalmente formados como réplicas variantes (embora únicas) de configurações das redes sociais onde estamos emaranhados.

3

Jaume Plensa, Barcelona

A terceira grande descoberta:A imitação é uma clonagem

O termo clone deriva da palavra grega klónos, usada para designar "tronco” ou “ramo", referindo-se ao processo pelo qual uma nova planta pode ser criada a partir de um galho. Mas é isso mesmo. A nova planta imita a velha. A vida imita a vida. A convivência imita a convivência. A pessoa imita o social.

3

A terceira grande descoberta:A imitação é uma clonagem

Sem imitação não poderia haver ordem emergente nas sociedades humanas ou em qualquer coletivo de seres capazes de interagir. Sem imitação os cupins não conseguiriam construir seus cupinzeiros. Sem imitação, os pássaros não voariam em bando, configurando formas geométricas tão surpreendentes e fazendo aquelas evoluções fantásticas.

3

Cupinzeiro africano

A terceira grande descoberta:A imitação é uma clonagem

Quando tentamos orientar as pessoas sobre o quê – e como, e quando, e onde – elas devem aprender, nós é que estamos, na verdade, tentando replicar, reproduzir borgs: queremos seres que repetem. Quando deixamos as pessoas imitarem umas as outras, não replicamos; pelo contrário, ensejamos a formação de gholas sociais. Como seres humanos somos seres imitadores.

3

E os cupinzeiros humanos?

A terceira grande descoberta:A imitação é uma clonagem

Nada a ver com conteúdo. Nos mundos altamente conectados o cloning tende a auto-organizar boa parte das coisas que nos esforçamos por organizar inventando complicados processos e métodos de gestão. Mesmo porque tudo isso vira lixo na medida em que os mundos começam a se contrair sob efeito de crunching.

3

Empowerfulness

A quarta grande descoberta:Small is powerful

Essa talvez seja a mais surpreendente descoberta-fluzz de todos os tempos. Em outras palavras, isso quer dizer que o social reinventa o poder. No lugar do poder de mandar nos outros, surge o poder de encorajá-los (e encorajar-se): empowerment!

Sim, fluzz é empowerfulness.

4

A quarta grande descoberta:Small is powerful

Quando aumenta a interatividade é porque os graus de conectividade e distribuição da rede social aumentaram; ou, dizendo de outro modo, é porque os graus de separação diminuíram: o mundo social se contraiu (crunch). Os graus de separação não estão apenas diminuindo: eles estão despencando. Estamos sob o efeito desse amassamento (Small-World Phenomenon).

4

A quarta grande descoberta:Tudo que interage se aproxima

Nada a ver com conteúdo. Tudo que interage tende a se emaranhar mais e a se aproximar, diminuindo o tamanho social do mundo. Quanto menores os graus de separação do emaranhado em você vive como pessoa, mais empoderado por ele (por esse emaranhado) você será. Mais alternativas de futuro terá à sua disposição.

4

Site da rede ≠ Rede

3

Midias sociais ≠ Redes sociais

Existe rede social desdeque existe sociedade humana

O que está aumentandoagora é a interatividade

Por que Montezuma ≠ Gerônimo?

Como seria uma plataforma adequada para

redes sociais?

Não seria nada parecido com mídias sociais

“egonetizadas”, proprietárias e p-based

tipo Facebook e assemelhados (como o

Google+)

Plataformas egonetizadas deseducam seus “usuários” para

as redes sociais distribuídas

Plataformas egonetizadasEm vez de fluxo, “meu quadrado”

A pessoas tende a achar que a sua página é o seu espaço proprietário, a partir do qual ela vai interagir. Em vez de se jogar no fluxo, ela se aboleta no seu bunker (chamado de “Minha Página”). E é induzida a achar que ali pode colocar todas as “suas” coisas. E fica até ofendida quando alguém lhe lembra que o concurso de Miss Universo não tem muito a ver com astrofísica...

Plataformas proprietáriasEm vez de distribuição, centralização

São urdidas pelos trancadores de códigos. Ao construírem caixas-pretas para esconder seus algoritmos ou para montar seus alçapões de dados (Google ou Facebook), erigem pirâmides para proteger suas operações centralizadoras da rede social. Não é por acaso que essas plataformas desenhadas a partir de uma instância proprietária tentam disciplinar a interação.

Plataformas p-basedEm vez de interação, participação

Plataformas p-based (baseadas em participação) envolvem sempre algum tipo de escolha de preferências geradora de escassez. E suas funcionalidades estão voltadas ao arquivamento de passado (para aumentar o repositório ao qual somente seus proprietários têm pleno acesso, na medida em que só eles podem programá-las sem restrições).

Buraco negro

Será?

Qual é, no fundo, no fundo, o problema dessas plataformas egonetizadas, proprietárias e p-based?

Nada de controlar indivíduos

Um problema de concepçãoMidias sociais inadequadas ao netweaving

O que está por trás de tudo isso é a idéia de que o indivíduo é o átomo social, quando, na verdade, para ser social é preciso ser molécula. Redes sociais são redes de pessoas e pessoas são produtos de interação e não unidades anteriores à interação.

Pessoas interagindo livremente

Rede sociais não são ferramentasMidias sociais são ferramentas

Uma rede não é uma ferramenta – uma plataforma – e sim pessoas, conectadas horizontalmente, interagindo por iniciativa própria.

Na ausência de uma verdadeira rede social, qualquer plataforma interativa tende a ficar inativa.

http://escoladeredes.ning.com

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