quem é quem no paraná - indústria&comércio

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CURITIBA, TERA-FEIRA, 27 DE OUTUBRO DE 2009 | Ano XXXIII | Edição Especial | WWW.INDUSCOM.COM.BR

Agronegócios

Indústria

Cooperativas

Comércio

Exportação

Siderugia

Indústria ComércioDIÁRIO. MAIS QUE NOTÍCIAS. INTELIGÊNCIA. CONHECIMENTO.

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“Indústria”: mais queum jornal, uma escola

Quando cheguei ao Jornal Indústria & Comércio do Para-ná (I&C), em 1986, para dirigir sua redação, na TravessaItararé, 53, o que havia era uma grande expectativa de bomjornal. Sobravam idéias de vanguarda do seu dono, OdoneFortes Martins, uma usina de criatividade. Uma das propos-tas – depois implantada – era a do vídeo-texto, entregandono domicílio dos assinantes as notícias do mercado finan-ceiro nacional e mundial. Ele estava certo: estudos da USC/Califórnia davam aquela tecnologia como um dos cenáriosmais atraentes. Quem me confirma é um ex-aluno daquelauniversidade, o dono da Master Comunicação, Antônio Luizde Freitas.

Se aceitava o desafio de novas mídias, o jornal era, noentanto, uma lástima no essencial: não tinha arquivo nemlaboratório fotográfico e nem falar em serviços de agênciasde notícias. Telex? Nem sonhar. Havia duas linhas telefôni-cas para a redação, um carro para reportagem e muitas má-quinas datilográficas imprestáveis...

A competência de jornalistas como Maí Nascimento Men-donça, da equipe que para lá levei, fazia o jornal existir nodia seguinte: depois de traduzir páginas inteiras de uma re-vista americana com ofertas de importações e exportações,Maí sentava, com a maior dignidade, diante do televisor,pernas cruzadas e o inseparável cigarro na mão. Assim re-sumia as notícias, ouvindo o Jornal Nacional. Daquele traba-lho de “pedreira” saíam manchetes da primeira página. Foto-grafias, às vezes, eram tiradas da própria tela da tevê. Inter-net, incipiente, existia em outros mundos.

Francisco José de Abreu Duarte, o Chico, era o secretá-rio de Redação, linha-dura e com competência de coman-do; André Nishizaki era parte daquele exército de operáriosda notícia: estudante de propaganda, ele percorria – de ôni-bus ou a pé – as lojas e revendas de automóveis, parafazer uma média diária de preços do mercado de carros,caminhões e motos, novos e usados, um dos serviços doI&C. Gostou tanto que acabou estudando Jornalismo e serevelando um repórter de primeira, indo depois para o OEstado de São Paulo.

Havia profissionais consolidados, com ótimas fontes nasáreas em que o I&C dominava, como o mercado financeiro,em que, por exemplo, Mirian Gasparin transitava sem com-petidores; Martha Feldens foi o grande reforço vindo do RioGrande do Sul, em 1986 – uma jornalista pronta, emborajovem, que aceitava qualquer desafio. Ela seria depois, poranos, a substituta de Ruth Bolognese, na sucursal curitiba-na do Jornal do Brasil. Odailson Spada era o otimista incor-rigível, o adventista fidelíssimo ao sábado (a partir das 18hde sexta-feira) e um especialista, lato sensu, em mercadoagrícola. Conhecia as commoditties nas minúcias da amplalinguagem das bolsas de mercadorias e as entrelinhas dascooperativas agrícolas do Paraná. Havia Graça Gomes, Nil-son Pohl e Clécio Vargas de Oliveira, hoje jornalista-chefeda Globo em Minas. Kátia Kertzmann, Marisa Boroni Valério(hoje editora de Economia da Gazeta) e Tereza Bonatto Castroeram outras preciosidades gaúchas, amigas de Martha.Estes eram alguns dos jornalistas que foram formando oconceito de que trabalhar no I&C era “participar de uma grandeescola de jornalismo”. Escola que teria colaboradores espe-cializados em propaganda, como Carlos Cauby e Ney Alvesde Souza, este parte insubstituível da história da propagan-da paranaense; Marisa Sampaio em música clássica; eSouto Neto em artes plásticas.

Roberto Gaida, publicitário que se formou em grandes ve-ículos cariocas, por dois anos trouxe um faturamento publi-citário polpudamente impressionante.

Com o passar do anos, as “gepettos”, máquinas de com-posição, e o past-up foram banidos. Na nova sede, na Co-mendador Araújo, a partir de 1989 o I&C recomeçava moder-no, com a primeira redação totalmente informatizada deCuritiba. Dali consolidar-se-ia uma escola de jornalismo coma introdução de provas apertadíssimas para admissão dosjornalistas. Um vestibular que apontava nomes aptos a tra-balhar mundo afora, como aconteceu com Hilton Hida e AdhailFelix, que depois foram para os Estados Unidos, trabalhan-do no Wall Street Journal e outros veículos, e Rodrigo Ama-ral, mais tarde em Londres e Claudia Belfort, hoje diretorade Redação do JT, em São Paulo.

Se profissionais definitivos, como Celso Ferreira do Nas-cimento, Szyja Ber Lorber, Ayrton Luiz Baptista, AlexandreCastro e Carlos Alberto Pessoa dispensavam o “vestibular”,outros se lançaram no mercado a partir dos exames admis-sionais que pediam conhecimentos práticos e teóricos –estes para avaliar em que mundo o estudante vivia e suacapacidade crítica, essência da profissão.

De 1989 a 1998 dá-se a grande arrancada. O I&C dava-se ao luxo de ter um tradutor multilíngue de inglês, espa-nhol, francês, italiano, latim, alemão e japonês. Era o pa-dre – então fora do ministério sacerdotal – Píer Paulo Be-llucco, que havia missionado por onze anos em Tóquio,entre outras andanças. Espirituoso e integrado com os jo-vens (ele tinha uns 45 anos), cada dia revelava uma faceta.Com ele ouvimos pela primeira vez uma aula sobre a doen-ça da vaca louca, cuja apresentação, numa tradução feitapara o I&C, nos deixara perplexos. Noutro dia, ele recebiacomitiva de deputados e empresários japoneses falando etraduzindo com desenvoltura o idioma em que celebraramilhares de missas.

As aulas a que me referi eram obrigação implantada noI&C, aos sábados; às vezes no Senac, outras em hotéiscomo o Betânia, em Colombo. Delas não ficavam isentosnem profissionais maduros, repórteres políticos muito espe-ciais, como o já falecido Liones Rocha.

Das aulas não participava, naturalmente, o nosso colabo-rador mais precioso, que, pela amizade que nos unia, con-segui levar ao jornal, o Jamil Snege. Ele seria, depois, oprelecionador de uma das aulas magnas daquela escola que,sem verbas, e vencendo carências de toda sorte, compro-metia-se a entregar gente de primeira, aperfeiçoada, para osmeios de comunicação social. O que fazia o jornal ganharposição única na área de economia e finanças no estado.Uma referência.

Aroldo Murá G. Haygert é jornalista, professor do GrupoEducacional Uninter, presidente do Instituto Ciência e Fé ecomentarista da Rádio Banda-B, de Curitiba.

AROLDO MURÁ G. HAYGERT

Publicando a manchete so-bre a vinda da Volvo ao Paranáo Jornal Indústria & Comér-cio começava a circular sua pri-meira edição no Estado. No dia2 setembro de 1976 os para-naenses ganhavam uma novafonte de informações – pági-nas de opinião, noticiário local,nacional e internacional, turis-mo, cultura e principalmenteuma das melhores coberturasde economia chegavam aos lei-tores de uma forma original,consciente e responsável. O“I&C” vinha, assim, supriruma ausência na imprensa pa-ranaense que era de ter umveículo especializado em as-suntos econômicos.

Conforme lembra o empre-sário Odone Fortes Martins,

Na década de 70, anos doura-dos da economia, materializava-se um projeto editorial inovador.Precisamente em 2 de setembrode 1976. Era o começo da saga dojornal Indústria & Comércio.Olhando para o passado, 33 anosdepois, vejo-me no dia 2 de janei-ro de 1976, orientando meu con-tador a dar forma jurídica a umaempresa jornalística.

O mesmo era meu amigo deinfância e colega de sala de aula.Escutou a orientação e comen-tou: “contador eu sei que você é.Estudante de direito e empresá-rio do ramo editorial, também.Mas agora você de jornalista?Conhece esse ramo? Suas parti-cularidades? Tem noção do tama-nho do investimento? E as má-quinas? Quantas pessoas irãotrabalhar?” E ainda fez um derra-deiro comentário. “Quantos arti-gos você já publicou na impren-sa? Conhece jornal por dentro?”

Eram questionamentos ade-quados, feitos por um quase ir-mão. Eu não tinha todas as res-postas. Era um sonho. Um proje-to. Uma idéia-força. Meu princi-pal componente era a determina-ção. Aos 33 anos já me conside-rava maduro e preparado. Olhan-do os jovens de hoje, dessa mes-ma idade, confesso que eu era umjovem ousado para a época.

Não sabia o meu amigo que eutinha lido, não sei bem onde, queos sonhos, as idéias, os projetossó se materializam se houver ação.E, naquele momento, eu era todoação. Encerrei a conversa, com oseguinte comentário: “neste ano,não sei precisar o dia, nem o mês,mas ainda neste ano, o jornal, como nome de Indústria & Comércio,estará nas bancas e nas empresas.Cumpra as minhas determinações,eu vou fazer a minha parte. Assimnasceu o Indústria & Comércio.

Agreguei ao projeto pessoas,não foram poucas. Alguns acredi-taram, outros não. Recordo de umjornalista que trabalhava na Gaze-ta do Povo. Fazia assessoria paraa minha empresa. Discuti com elea idéia de um jornal de economia,finanças e negócios, no Paraná.Ótimo, disse-me. Grande idéia. Di-versas vezes me reuni com ele.Você pode comandar a redação?Perguntei-lhe. Ótimo, disse-me,novamente. Então vou deixar umaquota do capital pra você, de 20%da nova empresa. Eu banco a tuaparte. E novamente ele foi firme,comentando o seu Ótimo! Instruío contador sobre a composiçãoacionária e telefonei ao parceiro.Está tudo pronto. Traga seus da-dos e venha assinar o contrato so-cial. Estou indo, disse-me.

Na verdade só vim reencon-trá-lo anos depois. O jornalista emquestão, que vivia o dia-a-dia daimprensa sabia que não era tarefafácil surgir do nada um jornal diá-rio, com independência, inteligên-cia, com textos e informações con-fiáveis, com máquinas de impres-são e toda a infra-estrutura pesa-da que um jornal requer. E, acimade tudo com ética e na busca cons-tante da verdade, sem submissãoaos poderosos do dia e sem ver-bas governamentais.

Ele sabia que isso era impos-sível. Eu não. Meu projeto eratudo isso. Meu ponto forte era avisão empresarial do negócio jor-nalístico.

Foi assim que enfrentei os pri-meiros anos. Tive valorosos com-panheiros em todas as áreas. Nojornalismo tive uma inteligênciabrilhante, um pensador chamado

Retrospectiva1 ) Em outubro de l975,Odone Fortes Martinsintensifica pesquisa paradefinir o segmento do jornalque pretendia lançar.

2 ) 2 de janeiro de l976,constitui a empresa Editora ,com o nome de JornalIndústria & Comércio doParaná Ltda

3 ) Em fevereiro de l976,inicia a compra da máquinasdo parque gráfico

4 ) Março de l976, contra osprimeiros jornalistas eequipe completar e adequa-ção do espaço físico , na ruaLamenha Lins, 71

5 ) 2 de setembro de l976,inicia circulação do I&C emformato tablóide

6 ) Agosto de l977, passa acircular em formato standart

7 ) Em l978 o “I&C” apresentaíndices de crescimento

8 ) l982 mudança paraTravessa It araré 52, ondeinstala a rotativa e centralizaas operações

9 ) 1988 na T ravessa Itararéfica o parque gráfico,enquanto que a administra-ção redação e departamentocomercial ficam centraliza-dos na rua ComendadorAraújo, 126

10) 1989 tem início o progra-ma “Bom Dia no I&C”, assegundas-feiras, comhasteamento de bandeira,execução de hino nacional

11) l990 adquire rotativa paraimpressão em cor e interio-rização do jornal

12) 1995 comemoração dos20 anos do I&C com festivi-dade apresentada por JôSoares e circulação históricacom 600 páginas e entregade prêmios NotáveisPersonalidade do Paraná eGrande Empresas do Paraná

13) 1996 Odone FortesMartins é condecorado, peloGoverno da Argentina, com aOrdem de Maio, em Grau deCavaleiro

14) 2002 mudança da sedepara rua Imaculada Concei-ção, 181 onde estão centrali-zados parque gráfico,administração, circulação eredação

15) 2003 aprimoramento dowww.induscom.com.br

16) 2004 descentralizaçãoda Direção, DepartamentoComercial e ProjetosEspeciais, para a RuaPresidente Farias, 533

17) 2005, O I&C volta apublicar Rankings queavaliam os setores econômi-cos do Paraná. Como 100Maiores Contribuintes doICMS, Ranking das SAs, PerfilEmpresarial, entre outros.

18) 2009, a empresa passapor uma reestruturação comreforma Ficando comambiente moderno eacessível.

Há 33 anos monitorando odesenvolvimento do Paraná

em março de 1976, era forma-da a primeira equipe de jorna-listas contratada, dando inícioao jornal que levaria ao leitorum conteúdo diferenciado.“Era uma equipe de peso quedeu início a um veiculo total-mente voltado a economia nummomento crítico da conjuntu-ra política do País naquela épo-ca. Ou seja, era ousadia mes-mo”, lembra Odone.

E assim foram contratadosos primeiros profissionais,como Fábio Campana, Elza Do-makoski, Paulo Roberto Marins(prêmio Esso de jornalismo,pelo então jornal Diário do Para-ná), o editor -chefe Valmor Mar-celino e o diagramador Renam”.Posteriormente incorporou-se àredação destacados jornalistas,

tais como Aroldo Murá, DavidCampos, Jaime Lechinski, Ber-nardo Bitencourt, Airton Baptis-ta, Aderbal Fortes, Carlos AlbertoPessoa, Celso Nascimento, Mi-rian Gasparn, Marta Feldens, en-tre outros.

O I&C , ao longo de suahistória, formou profissionaisespecializados em economia epolítica, que mais tarde ocupa-ram e ocupam postos estraté-gicos na mídia.

Na época em que foi lan-çado, já existia em Curitiba só-lidos veículos de comunicaçãocom seus mercados já bem de-finidos e competitivos.

“Porém não era dada a de-vida atenção aos fatos econô-micos e foi nesta lacuna, le-vando em conta analise e pes-

quisas, que o Jornal Indústria& Comércio começou a dife-renciar: Destacava empresári-os e empresas onde, seus ne-gócios, suas opiniões, passa-ram a virar notícia. Resgatar aimportância do empresariadona vida do Estado era seu prin-cipal compromisso”, explicapresidente do I&C.

O jovem empresário FortesMartins com 34 anos na épo-ca, também de família de em-preendedores, desde 75 consi-derava viável a implantação deum jornal com característicasvoltadas para os acontecimen-tos econômicos. Esse tempofoi essencial para que o jornaltivesse sempre uma trajetóriaascendente de circulação e cre-dibilidade dos leitores.

Walmor Marcelino, meu primeiroeditor-chefe. Trouxe, com ele, ou-tros nomes ilustres do jornalismoparanaense. Como Fábio Campa-na, Benedito Pires, Jacques Bran-dt, Ênio Malheiros e outras deze-nas de nomes.

Em pleno regime militar meusjornalistas eram todos de esquer-da. Nunca me preocupei ou ques-tionei sobre isso. Meu foco erafazer um bom jornal. Que fosseaceito pelos leitores. Que as in-formações fossem claras, verda-deiras e que atendessem os an-seios do nosso público leitor. De-corrido algum tempo, todas asmanhãs, antes das seis horas,chegava em nossa gráfica, o car-ro da Polícia Federal para levardois exemplares.

Meu gerente da noite disse:“chefe, nosso jornal está, cadadia, mais importante. A PF pediupara levar mais quatro exempla-res, para outros órgãos do gover-no federal.” Mais alguns mesesse passaram quando, um dia, nãolevaram o jornal e sim 30% danossa redação, para responder ainquérito. Era o meu paradoxo. Umjornal voltado para um públicocom tendência de direita, feito porjornalistas de esquerda. Antes daideologia, eram éticos. Foram osmeus professores. Me ensinarammuito. Sou grato a essas pesso-as. Deixo de nominá-los, um a um,para não fazer exclusões, que se-ria fruto do esquecimento.

Os anos passaram rápido. Ogoverno de José Richa incorpo-rou, em seus quadros de assesso-ria, boa parte desses valorososcompanheiros de esquerda. Nosanos 80 um novo grupo de profis-sionais ingressou no Indústria &Comércio. Uma mulher talentosa,chamada Maí Nascimento, JaimeLechinski, Júlio Zaruch e, por últi-mo, o professor Aroldo H. Murá.Com eles o Indústria & Comérciovirou uma escola de jornalismo.Mais de duas centenas de jorna-listas deram seus primeiros pas-sos em nossa redação.

O Indústria & Comércio, em1985, já era um jornal consistente.Influente. E tornou-se importante.O projeto empresarial avançou.Crescemos. Chegamos aos anos90. Éramos uma força da imprensado Paraná. Tínhamos acompanha-do, registrado e analisado todosos planos econômicos. Do cruza-do, de Sarney e Funaro, Bresser,Maílson da Nóbrega e toda a pa-nacéia do governo Collor. Ficamosexperientes em planos econômi-cos, em inflação, em moedas refe-rencias. Em títulos públicos e over-night. Quando, em 1994, veio o Pla-no Real, estudei-o detalhadamen-te. Tinha conhecimento de planos.Entendi a lógica. Minha equipe eeu projetamos cenários.

Partimos para consolidar umprojeto de uma grande empresajornalística do Paraná, com pre-sença no Brasil. Já éramos, então,uma empresa média-grande, com980 funcionários, no Paraná e San-ta Catarina. Com escritório em SãoPaulo e correspondente em Brasí-lia. Iniciamos, em 16 de janeiro de1995, o diário Indústria & Comér-cio de Santa Catarina. Excelentesnomes do jornalismo integravamnossa equipe. Era uma força ex-pressiva.

Mais de 70 pessoas e um exér-cito na área comercial, integradoem 25 sucursais nas principais ci-dades do Paraná e Santa Catarinae, ainda, através de uma frota pró-pria de carros podíamos chegar empontos extremos como Guairá, Xa-

pecó e Crisciúma, antes das 8 ho-ras da manhã. Investimos pesada-mente em análises e indicadoresdo agrobussines, com objetivo deregular, pela informação, as deci-sões de compra e venda de como-dities. Um projeto de envergadu-ra. O tempo nos tornou excelentesna cobertura política, economia, fi-nanças e negócios. Éramos a refe-rência da mídia nessas áreas.

E em outras tantas. Criativos,inovadores, atuantes e participa-tivos. Estávamos em nosso melhormomento. Já havíamos vencidoinúmeros obstáculos nos primei-ros 19 anos. A consolidação doprojeto, que tinha iniciado em 1976,estava caminhando para se con-solidar. Tínhamos, ainda, pontosfracos. A dependência de recursosdo sistema financeiro era um de-les. Entusiasmo não faltava. Tra-balho também não. As equipes tra-balhavam 24 horas.

Estamos no final do mês demarço de 1995. O Banco Central,face à quebra do México, faz umaação defensiva para segurar a de-manda interna de produtos e ser-viços e impedir o acesso de recur-sos das empresas no sistema fi-nanceiro. O Real tinha reduzido astaxas de juros, na ponta tomado-ra, a 1.80 ao mês, com prazos de 6meses, pós-fixado.

Dois Gustavos, o Loyolla e oFranco, jogaram no sistema empre-sarial uma bomba de efeito devas-tador. Um compulsório compostode nitroglicerina pura, 50% sobreas aplicações financeiras, tantopelas empresas quanto pelos par-ticulares e de 50% de compulsóriosobre os recursos tomados e a se-rem tomados pelas empresas jun-to ao sistema financeiro.

No dia 2 de abril de 1995, astaxas para tomadores de recursospassaram a 22% ao mês. Contratosó por 30 dias. E a cada renova-ção, um pagamento mínimo de 30%do capital anteriormente tomado,com juros pré-fixados, nesse perí-odo. Feriram de morte milhares deempresas no país, que estavamembaladas com o crescimento dosprimeiros 9 meses do Plano Real.E, naturalmente, tinham no Siste-ma Financeiro um suporte para assuas atividades.

Os que tiveram velocidadepara se adaptar aos novos cenári-os escaparam ilesos. Outros tan-tos quebraram. Reduziram suasatividades. Nós não fomos exce-ção. Estávamos grande. E na nos-sa atividade não é possível, danoite para o dia, desmontar estru-turas, fazer enxugamentos, aban-donar projetos, retirar-se de terri-tórios já conquistados. E, o piorde tudo, afastar pessoas, as quais,por estilo da direção, foram esti-muladas a sonhar juntos.

Como dizer, a cada uma delas,que o sonho acabou? Em cadadispensa, um sofrimento. Em cadaterritório abandonado, em que nosretiramos, um lamento. O tempo éo senhor da razão.

Estamos em 2009. Comemoran-do nossos 33 anos. Modestamen-te. Porém, aqueles que continua-ram conosco, como assinantes,leitores, anunciantes e nossoscompanheiros de trabalho, têm aminha melhor gratidão. O sonhonão acabou! Estamos vivos. Con-tinuamos trabalhando firme. Só otempo vai mostrar a força do nos-so ânimo!

Odone Fortes MartinsFundador do jornal

Indústria & Comércioofm@induscom.com.br

Registro de Nascimento

HisHisHisHisHistttttóóóóóriariariariaria Curitiba, 27 de outubro de 2009

Indústria&Comércio 02

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MMMMMererererercccccadoadoadoadoadoCuritiba, 27 de outubro de 2009

Indústria&Comércio 03

A Líder Equipamentospara Panificação, com sedeem São José dos Pinhais, re-gião metropolitana de Curiti-ba, traz consigo 48 anos deexperiência no segmento dafabricação e comercializaçãode equipamentos para pani-ficação.

Comandada por FlávioMoura, um dos rostos maisconhecidos da panificaçãobrasileira, se apresenta aomercado com um novo con-ceito de industrialização, re-volucionário neste segmentono Brasil, com uma estruturaenxuta, baseado na inteligên-cia e conceitos modernos demanufatura.

Flávio Moura, diretor daLíder , detentor do TroféuPonto de Encontro, que pre-mia profissionais que se des-tacaram no relacionamentocom o setor supermercadis-ta, enfatiza que estamos en-trando em uma nova era daadministração, em um pro-cesso de mudança cul turalna qual a terceirização sejaaplicada de forma estratégi-ca e não como um mal ne-cessário.

INVESTIMENTO “Fizemos altos investi-

mentos em pesquisa e desen-volvimento de produtos e,montamos os protótipos aqui

Começa hoje (22), no HotelTulip Inn, em Curitiba, o En-contro Estadual do Cooperjo-vem, com a participação pre-vista de 160 pessoas, entre co-ordenadores, professores e de-mais profissionais envolvidoscom o Cooperjovem nas coo-perativas paranaenses. Na aber-tura também estará presente acoordenadora nacional do pro-

A Copacol (CooperativaAgroindustrial Consolata), comsede em Cafelândia, é a melhorempresa do agronegócio doBrasil em aves e suínos e estáentre as 500 maiores empresasdo País, sendo que entre as 100maiores empresas da RegiãoSul do País se apresenta na 62ªcolocação, conforme pesquisarealizada pela Revista Exame -Edição Melhores e Maiores2009, que empregou critériosde avaliação levando em con-sideração resultados obtidosem termos de crescimento,rentabilidade, saúde financeira,participação de mercado e pro-dutividade.

O fortalecimento dos asso-ciados no campo é uma dasmarcas da Copacol. A diversi-ficação das propriedades refle-te o pioneirismo da Copacol,que deu início em 1982 ao pro-

IOF: Setor produtivo recebe bemtaxação de aplicações estrangeiras

Se foi criticada por agen-tes de mercado, a decisão dogoverno de taxar investimen-tos estrangeiros no mercadofinanceiro foi bem recebidapor representantes do setorprodutivo. Desde de ontem(21/10), as aplicações de ca-pital externo em ações e ren-da fixa pagam 2% de IOF naentrada.

A Federação das Indústriasdo Estado de São Paulo (Fi-esp) aprovou a medida, consi-derando que ela contribui paraevitar a especulação financeirae a sobrevalorização do real. "Amedida é importante, primeiro,

porque mostra que o governoagiu, contrariando a visão deque cabe apenas ao mercadoestabelecer a taxa de câmbio ", disse, em nota, o presidenteda entidade, Paulo Skaf . "Além disso, a iniciativa reduzo rendimento do capital de cur-to prazo, desestimulando a es-peculação e incentivando a pro-dução e geração de emprego noBrasil. "

CNIPara a Confederação Naci-

onal da Indústria (CNI), a ini-ciativa é positiva ao sinalizaruma ação do governo em prol

dos exportadores. "O governo,que tem um raio de manobraefetivamente pequeno sobre ocâmbio, tinha de fazer algumacoisa, dar um sinal ao merca-do de que está disposto a evi-tar um agravamento do proces-so de valorização do real, quevem penalizando fortemente osetor exportador brasileiro" ,avaliou o presidente da entida-de, Armando Monteiro Neto.Em nota, ele argumenta que oreal valorizado tem impactos decurto prazo - a perda de com-petitividade - e de longo prazo- o desestímulo ao investimen-to produtivo.

Copacol, eleita em 2009, a melhorempresa do agronegócio em aves e suínos

jeto denominado Complexo In-tegrado Avícola e que hoje re-presenta 60% do faturamentoda Cooperativa.

A Copacol conta com 865associados integrados nessaatividade e abate mais de 300mil aves ao dia, sendo que 60%dessa produção é comercializa-da no mercado interno e 40%atende consumidores de maisde 30 países.

Os investimentos tecnoló-gicos da Copacol no proces-so de incubação dos ovos, as-sistência técnica avançada aosassociados no campo, abate,industrialização e comerciali-zação dos produtos, aliado àscertificações ISO 9001, BRC– Produtos Alimentícios eAPPCC/HACCP – Análise dePerigos e Pontos Críticos deControle, certificam a Copa-col não apenas como uma in-

dústria apta a produzir alimen-tos, mas como uma empresaespecializada e segura paraatender demandas do mundointeiro.

Através da CooperativaCentral Frimesa, a Copacoltambém investe na suinocultu-ra e com base na integração de130 associados, entrega 7 milsuínos ao mês à Frimesa. Apartir do próximo ano, com aconstrução de uma nova UPL(Unidade de Produção de Lei-tões) em Formosa do Oeste,serão entregues 12 mil suínosao mês.

Além das áreas destacadasacima, a Copacol também atuanas atividades de agricultura,bovinocultura de leite, piscicul-tura e supermercadista. Hoje,com mais de 4.500 associadose mais de 6.500 colaboradores,a Cooperativa tem em seu pla-

nejamento estratégico as basespara continuar crescendo.

Consciente de seu papel naconstrução de um presente ede um futuro melhor para to-dos, lançou em 2009 o seunovo Propósito Estratégico,Copacol GPS 2.5.25, com ameta de alcançar R$ 2 bilhõesde faturamento, 5% de renta-bilidade e atingir 25 mil parti-cipantes em programas de de-senvolvimento até o ano de2013, quando a Cooperativacompletará 50 anos.

O objetivo da Copacol é re-forçar a profissionalização dosassociados e colaboradores,levar mais qualidade de vida àspessoas através da geração deemprego e renda, melhorar oatendimento aos clientes e con-tribuir com o desenvolvimentoregional, através de um cres-cimento integrado.

CooperJovem deve reunir 160 participantesgrama, Andréa Sayar, que inte-gra a equipe da gerência deapoio ao desenvolvimento emgestão do Sistema OCB (Orga-nização das Cooperativas Bra-sileiras). O evento é promovidopelo Sistema Ocepar/Sescoop/PR, com o propósito de forta-lecer o programa e o cooperati-vismo, proporcionando a inte-gração entre os participantes e

o intercâmbio de experiências.Palestras sobre cooperativismoe meio ambiente, trabalhos emgrupo, apresentação cultural eavaliação de atividades realiza-das em 2009 fazem parte daprogramação. O encontro ter-mina amanhã (23), com um al-moço de encerramento.

O Programa Cooperjovemtem abrangência nacional e é

executado pelas unidades esta-duais do Sescoop (ServiçoNacional de Aprendizagem doCooperativismo) em parceriacom secretarias de educação,cooperativas e estabelecimen-tos de ensino. O público-alvosão os alunos do ensino fun-damental. A iniciativa visa in-serir o ensino do cooperativis-mo nas escolas.

Sistema Fecomércio

Sesc Senac PR

Em 2008, a Federação do Comércio do Paraná –Fecomércio/PR – completou 60 anos de existência,consolidando-se, ao longo desse período, como a re-presentante legítima das empresas do comércio debens, serviços e turismo do Estado. O setor terciárioé propulsor de mais da metade da renda nacionalrespondendo por 66% do PIB brasileiro. Também é oque mais emprega, atingindo a soma de 28 milhõesde postos de trabalho, – 1,65 milhão só no Paraná –, o que confirma sua crescente importância no pro-cesso de geração e distribuição de renda do país.

Criada em 19 de janeiro de 1948, a partir da reu-nião de cinco sindicatos empresariais – hoje são 59sindicatos associados – a Fecomércio é uma entida-de de grau superior, que entre outros objetivos e atri-buições, além de representar os interesses do co-mércio de bens, serviços e turismo através dos sindi-catos de cada setor, também administra o Sesc (Ser-viço Social do Comércio) e o Senac (Serviço Nacio-nal de Aprendizagem Comercial) no Paraná.

Inicialmente duas federações disputavam a repre-sentatividade do comércio de bens (atacado e varejo),serviços e turismo. A partir de 1998, porém, conscien-tes de que a divisão reduz o poder e a força perante asentidades governamentais, as duas entidades se unem,surgindo então a Federação do Comércio do Paraná,que nasce representando 51 sindicatos do Estado.Começou a se desenhar, então, a necessidade de umaatuação plenamente sistêmica entre a Fecomércio eseus braços de transformação social e educação pro-fissional, respectivamente, Sesc e Senac.

O Sesc PR atua nas áreas de educação, saúde,cultura, ação social, esporte e lazer, com várias ativi-dades em todas as 35 unidades e núcleos do Esta-do. Atende ao comerciário e sua família com cursospara todas as idades, educação infantil, para jovense adultos e recreação. Em suas unidades disponibili-za espaços como restaurantes, lanchonetes e tea-tros onde o comerciário encontra alimentação de qua-lidade e atrações culturais das mais variadas.

Já o Senac PR oferece cursos em diversas áreasdo conhecimento, voltados para o mundo profissio-nal, tanto para quem busca uma profissão, quantopara quem deseja ampliar suas qualificações. Pos-sui 34 Centros e Núcleos de Educação Profissional(CEP) em todo o Paraná que disponibilizam à comu-nidade ensino profissional de qualidade. Mais de 4milhões de profissionais já passaram por sua estru-tura, construindo uma história que se apóia na tradi-ção e na qualidade, e aponta para o futuro.

Dessa forma, agregando o aprendizado adquiridoem sua sólida trajetória à compreensão de seu pre-sente e da realidade externa, é implementado, no anode 2004, um novo paradigma de gestão, fundamenta-do na integração das três casas que compõem o Sis-tema. Por tudo isso é que o Sistema FecomércioSesc Senac Paraná celebra o alcance de excelentesresultados. Eles são o reflexo de uma grandiosa ca-minhada e revelam, sobretudo, seu compromisso como contínuo desenvolvimento dos segmentos do co-mércio de bens, serviços e turismo do Paraná.

Líder há 48 anos fomentasetor de panificação do PR

Lactec orienta sobreaplicação da Lei do Bem

mesmo, enviando para produ-ção de peças e componentes,para empresas parceiras, quesão altamente especializadosno ramo”, diz Moura.

A Líder começa suas ati-vidades com uma linha com-pleta de equipamentos, comofornos, modeladoras, cilin-dros, amassadeiras, fatiadei-ras, resfriadores de água, en-tre outros. Face acordo de in-tercâmbio tecnológica comgrupo europeu a empresa for-necerá ao mercado brasileiroo que existe de mais moder-no e atualizado no mercadomundial.

PARCEIROSTendo já como clientes as

redes Supermercados Condor,Supermercado Festival, Car-refour, Cia. Zaf fari, GrupoPão de Açúcar, Wall-Mart,dentre outros, Moura revelaque em pouco tempo quer le-var a empresa para a liderançano segmento de panificação.

Moura disse: “vamos ofe-recer aos nossos clientesequipamentos dotados com amais moderna tecnologia, de-sign revolucionário, com as-sistência técnica em todo paíscom preços atraentes e com-petitivos para atender do pe-queno ao grande investidor ecom a qualidade que a Líderjá traz de berço”.

O Instituto de Tecnologiapara o Desenvolvimento (Lac-tec) promoveu na última quar-ta-feira , o Seminário "Incen-tivos Fiscais para a Inovaçãonas Empresas - Lei do Bem:Benefícios e Aplicações". Oobjetivo é ampliar as relaçõesdo Instituto com as empresase estimular o investimento eminovação, usando a Lei 11.196,a chamada Lei do Bem. O se-minário reuniu cerca de 200empresários de vários estadosbrasileiros.

A Lei desonera tributaria-mente as empresas e a Lei deInovação favorece a coopera-ção da empresa com as uni-versidades em termos de trans-ferência de tecnologia, parce-ria e uso de instalações. Ado-tando a Lei do Bem, as médi-as e grandes empresas, queadotam o sistema de apuraçãode resultado pelo Lucro Reale que investem em inovaçãode produtos ou processos pro-dutivos, podem abater do im-posto de renda um percentualcorrespondente ao investi-mento feito nestas atividadesde inovação.

Na abertura do evento, odiretor superintendente doLactec, Luiz Malucelli Neto,afirmou que a proposta do se-minário é divulgar a Lei doBem, ainda desconhecida porboa parte dos empresários e

como a mesma é importantepara o investimento em ciên-cia e tecnologia. "Não se de-senvolve um País ou um esta-do sem um investimento pe-sado na ciência e tecnologiacom programas de informáti-ca e o Lactec está à disposi-ção da indústria brasileira".

De acordo com o coorde-nador geral de Serviços Tec-nológicos da Secretaria de De-senvolvimento Tecnológico eInovação do Ministério de Ci-ência e Tecnologia, ReinaldoDias Ferraz de Souza, é posi-tivo o balanço sobre a aplica-ção da Lei do Bem em todo opaís. "Em 2006, foram bene-ficiadas com a lei 130 empre-sas que aplicaram R$ 2 bilhõesem pesquisas. Isso resultounuma redução fiscal de R$200 milhões. Em 2007, foram300 empresas que investiramR$ 5,2 bilhões e obtiveramuma redução fiscal de R$ 800milhões", afirmou.

O balanço de 2008 aindanão foi fechado, mas cerca de500 empresas enviaram relató-rio mostrando que aplicaram aLei do Bem em programas.

Apesar de a Lei abrir umleque de oportunidades compouca burocracia e altamen-te viável, a mesma não é usa-da pela maioria das empre-sas, que desconhece seus be-nefícios.

Na região de CampoMourão, cooperadosprontos para semear a soja

O conjunto de trator e plan-tadeira riscando o solo na se-meadura da safra de verão, écena comum nos campos nes-ta época do ano. Sem perdertempo os produtores estão se-meando a safra de soja e ca-prichando neste trabalho, queé responsável por pelo menosa metade do sucesso da lavou-ra. Parece muito, mais são so-mente dois meses viáveis paraa implantação da cultura.

Para o cooperado UrsinoPereira, do Distrito de Piquiri-vai, em Campo Mourão, o tra-balho de semeadura da oleagi-nosa ainda não começou, mas

já está tudo pronto. Ele devecolocar as maquinas no cam-po a partir da próxima quinta-feira e garante que a expectati-va é das melhores. Pereira va-loriza a parceria com a Coamo,lembrando que o suporte querecebe da cooperativa dá maistranqüilidade para trabalhar.

O cooperado Wilson pereirade Godói, também de CampoMourão, segue a mesma filoso-fia, com adoção de alta tecnolo-gia e muito cuidado nos peque-nos detalhes. Ele revela que vaiplantar 70 alqueires de soja nes-te ano e quer colher média su-perior a 130 sacos por alqueire.

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CCCCCooooommmmmérérérérércio Excio Excio Excio Excio Exttttterioerioerioerioeriorrrrr Curitiba, 27 de outubro de 2009

Indústria&Comércio 04

As micro, pequenas e mé-dias empresas do Paraná têmuma posição privilegiada noranking nacional de exporta-ções. Segundo dados do Minis-tério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio (MDIC),em 2008, 1.51 1 empresas pa-ranaenses – entre micro, pe-quenas e médias – colocaramseus produtos no mercado in-ternacional.

No entanto, apesar de estarentre os estados que mais ex-portaram no ano passado, aparticipação das empresas des-ses portes, no comércio exte-rior , foi de apenas 6,5%, con-siderando o total nacional.

Não existem levantamentosoficiais que demonstrem o efe-tivo potencial de exportação dasempresas paranaenses. Especi-alistas da área, no entanto, ava-liam que muitos produtores eempresários não se inserem nocomércio exterior por acreditarque o envio de seus produtospara fora do País envolve umalogística complexa e cara.

A falta de informação clarasobre os procedimentos paraexportação pode ser , de fato,o maior empecilho. Uma pes-quisa realizada pelo Conselhode Comércio Exterior (Con-cex) da Associação Comercialdo Paraná (ACP) apontou queaproximadamente 70% do em-presariado paranaense não sabecomo exportar .

Foi para desmistificar esseconceito e ampliar a participa-ção das micro, pequenas emédias empresas no comérciointernacional que a Administra-ção dos Portos de Paranaguá eAntonina (Appa) buscou par-ceiros estratégicos para imple-

Programa que facilita a exportaçãoé levado ao empresariado do Paraná

mentar um programa de incen-tivo às exportações pelo modalmarítimo.

É o programa Porto Fácil,que está sendo apresentado àsentidades que representam osetor produtivo do Paraná paraque o maior número possívelde produtores e empresáriostenha acesso ao programa.

A diretoria de Desenvolvi-mento Empresarial da Appafará encontros com empresá-rios de todas as cidades-pólodo Estado, com a participaçãodas coordenadorias regionais daFederação das AssociaçõesComerciais, Industriais e Em-presarias do Paraná (Faciap) eentidades associadas.

No dia 22, foi a vez dos em-presários ligados à AssociaçãoComercial do Paraná (ACP)conhecerem o programa.

De acordo com o diretor deDesenvolvimento Empresarialda Appa, Luiz Alberto de PaulaCésar, a Faciap, por meio de

suas coordenadorias e do Ins-tituto de Planejamento e Pro-moção de Comércio Exterior(Ippex), dará todo suporte aosexportadores, oferecendo ca-pacitação e fazendo a emissãode certificados de origem, alémde prospecções de mercadoaos potenciais exportadores.

O programa Porto Fácil écoordenado por uma empresa-júnior, formada por especialis-tas em comércio exterior e aca-dêmicos de instituições parana-enses, que terão oportunidadede colocar em prática seus co-nhecimentos. Terá, ainda, aparceria da Agência de Fomen-to do Paraná, do Banco do Bra-sil, e do Terminal de Contêine-res de Paranaguá (TCP).

O PROGRAMAO Porto Fácil é um pro-

grama criado pela Adminis-tração dos Portos de Parana-guá e Antonina (Appa) e temcomo proposta principal cri-

ar alternativas para que pro-dutores e empresários pos-sam exportar pelo modal ma-rítimo de forma simplificada,meos burocracia, sem limitede peso e com baixo custo,uma vez que as tarifas paraas exportações, via transpor-te marítimo, chegam a ser50% inferiores em relação aosoutros modais.

Ao utilizar os serviços do“Porto Fácil”, o exportador re-cebe a assessoria de analistasespecializados em comércioexterior e acompanha onlinetodo o processo do envio dacarga até o porto de destino.Com a abertura para que pe-quenos e médios industriaispassem a exportar seus pro-dutos, a expectativa é que oprograma Porto Fácil estimu-le o aumento da produtivida-de e promova a criação denovos empregos, impulsio-nando o crescimento econô-mico da região.

PASSO A PASSODA EXPORTAÇÃOPELO PORTO FÁCIL

Antes de mais nada, épreciso ter definido o produto aser exportado e também ocomprador da mercadoria. Comisso, o potencial exportadordeve entrar em contato com oPorto de Paranaguá por meio dosite do programa Porto Fácil(www.portofacil.pr.gov.br).

Profissionais especializados,da empresa modelo formadapelas universidades parceirasno projeto, irão dar andamentoao processo de exportação.

O exportador deverá fazerum cadastro pelo site do PortoFácil com os dados da empresae do produto a ser exportado,bem como o comprador damercadoria.

No site, o exportador solicitaum orçamento para simular oscustos da sua exportação. Oexportador poderá enviar suacarga para qualquer porto dedestino e o custo varia deacordo com a modalidadeescolhida, assim como com ovalor do seguro, que serácobrado conforme o peso, ovolume da carga e o destino.

Estando de acordo com ovalor informado, o exportadorcontrata o serviço pela internet,imprime um boleto bancário, fazo pagamento e é dado início aoprocesso de exportação.

O empresário produz eembala o produto; escolhe atransportadora terrestre para oenvio da mercadoria até oarmazém alfandegado no Portode Paranaguá.

A Empresa Júnior do PortoFácil fica encarregada de fazer odesembaraço fiscal do produto;embalar a mercadoria nas caixasmodulares e colocá-las emcontêineres para seguir viagematé ao porto do país de destino.

Númerosdo comércioexteriorMICROEMPRESASO Paraná ocupou o 4º lugar noranking nacional de microem-presas exportadoras, em 2008.Foram 450 empresas desseporte, que movimentaram US$25.241.842,00. No Brasil, 5.054microempresas exportaramUS$ 267.259.637,00. O Portode Paranaguá respondeu porUS$ 9.448.995,00 do montantenacional.

PEQUENASO Paraná ocupou o 3º lugarentre os estados brasileiros nonúmero de pequenas empresasexportadoras, em 2008. Foram549 empresas desse porte,movimentando US$209.605.474,00. No Brasil,6.066 pequenas empresasfizeram negócios no mercadointernacional, movimentandoUS$ 2.042.103.284,00. Osembarques pelo Porto deParanaguá somaram US$123.802.563,00.

MÉDIASO Paraná ficou com a 2ºposição na participação demédias empresas no comércioexterior, atrás apenas de SãoPaulo. Foram 512 empresasdesse porte, que movimenta-ram US$ 1.026.779.328,00.No Brasil, 5.793 médiasempresas tiveram oportunida-des de export ar, movimentan-do US$ 8.899.874.800,00. Osdados por porto de embarquenão foram disponibilizadospelo MDIC nesse levantamento.

PRINCIPAIS DESTINOSEm um panorama nacional,micro, pequenas e médiasempresas exportam mais paraos Estados Unidos, seguido daArgentina. O destino dasexportações paranaenses émaior para a Argentina. Em2008, as exportações para opaís vizinho somaram US$1.541.600.920,00.

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Indústria&Comércio 05

Outubro é o mês que mar-ca as comemorações dos 35anos de história do CondorSuper Center . Consagradacomo uma das maiores redessupermercadistas do Brasil,seu fundador, Pedro JoanirZonta, começou em 1974 suatrajetória com 5 funcionáriosem um pequeno supermerca-do de 100 m², no bairro doPinheirinho. Através de mui-ta luta e dedicação transfor-mou o empreendimento emum gigante do setor, que em-prega mais de 6 mil funcio-nários, em 27 super e hiper-mercados espalhados em 10cidades do Estado e um fatu-ramento de R$1,196 bilhãoem 2008.

Para comemorar a data, aatriz Graziela Massafera vol-

ta em grande estilo para es-trelar a campanha com o

slogan: “AniversárioCondor. É mais que ani-versário, é show”, queiniciou no dia 24 de se-tembro e segue durante

todo o mês de outubro,com um verdadeiro show depromoções e ofertas.

Indicada pela pesquisa ProTeste como a rede mais ba-rata do Paraná, o Condormantém como estratégia su-perar a expectativa dos con-sumidores oferecendo osmelhores preços, qualidade evariedade. “O compromissodo Condor em oferecer umano inteiro de ofertas é a con-firmação do trabalho que re-alizamos por acreditarmos emum envolvimento de longoprazo com nossos clientes.Entendemos que essa é a me-

Condor comemora 35 anos decomprometimento com o PR

lhor forma de retribuí-los,além de ser um comprometi-mento que renovamos a todoo momento”, diz JeffersonFidelis de Oliveira, diretor co-mercial da rede.

Apontada como uma dasredes brasileiras que maiscresceu em 2008, o Condorpossui um plano de expansãobastante arrojado, com proje-ção de inaugurar no mínimo 2lojas por ano até 2014. Em2009, a rede está investindoR$ 80 milhões em inaugura-ções e reformulações de lojas.

“Somos genuinamenteparanaense e temosuma história de amorpelo Paraná, tudo queconquistamos foi commuito esforço eprocuramos sempreretribuir investindocada vez mais emnosso Estado”Pedro Joanir Zonta,presidente do Condor

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JORNAL

www.concursosbr.com.br

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