pós-graduação em direito penal e processual penal · modanez, 20 anos, e de ter ferido felipe...

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LEGALE

Excludentes de Ilicitude

Legítima Defesa

Excludentes de Ilicitudelegítima defesa

A legítima defesa é um contra-ataque, uma reação, motivada por uma ação.

É necessário analisar a ação e a reação

Excludentes de Ilicitudelegítima defesa

PACOTE ANTICRIME

(Lei 13.964/19)

Excludentes de Ilicitudelegítima defesa

“Art. 25......................

Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes.”

REPORTAGEM: caso Thales Schoedl

26/11/2008 - 17h15

Por 23 a 0, TJ-SP absolve promotor Thales Schoedl por morte em Bertioga

Rosanne D'AgostinoDo UOL NotíciasEm São Paulo

Por unanimidade, 23 votos a zero, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu nesta quarta-feira (26) absolver o promotor

Thales Ferri Schoedl por legítima defesa da acusação de homicídio contra um jovem que teria provocado sua namorada na saída de um luau na Riviera de São Lourenço, em Bertioga, em dezembro de 2004. Após cerca de três horas de julgamento, desembargadores concluíram que depois de ter sido perseguido por

seis jovens, Schoedl atirou para se defender da agressão. O pleno também considerou que o excesso de tiros, 12 no total, justifica-se porque vários deles foram de advertência para afastar o perigo.

"Houve uma distorção da imprensa, isso é revoltante", disse o desembargador Ivan Sartori. O desembargador Carlos Mathias Coltro

citou o caso Escola Base para defender que houve pré-julgamento do réu na divulgação de informações sobre o crime. Schoedl deixou a sessão chorando e não falou com a imprensa. No momento do anúncio da absolvição, as pessoas que acompanhavam o promotor gritaram em comemoração.

Ainda cabe recurso contra a decisão. O advogado Pedro Lazarini anunciou que irá entrar com recurso no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e no STF (Supremo Tribunal Federal) para anular o julgamento. "Esta decisão de hoje é uma rejeição ao controle externo e fortalece o Supremo a tomar outra decisão contra o controle externo, mas isso não será

empecilho para recorrermos, acreditamos na justiça", disse. Segundo o advogado, o julgamento não deveria ter sido realizado hoje porque o cargo do promotor é mantido apenas por uma liminar no STF.Schoedl foi julgado com foro especial por 25 desembargadores da Corte, graças à liminar concedida pelo ministro Carlos Alberto Menezes

Direito, do STF, no dia 7 de outubro, que o reconduziu ao cargo. Sem a decisão, o promotor iria a júri popular. O STF ainda não julgou o mérito da questão. O julgamento desta quarta só aconteceu após uma hora de discussão quando, por um voto (12 a 11), a maioria entendeu que a Corte é o juízo competente para julgar um promotor.

O promotor havia sido exonerado do Ministério Público pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), que decretou seu não vitaliciamento, ou seja, sua expulsão dos quadros da instituição. O Supremo entendeu que o conselho não é competente para exonerá-lo, manteve Schoedl afastado das funções, mas recebendo proventos de um cargo

vitalício de substituto -cerca de R$ 18 mil.

MAIS SOBRE O JULGAMENTO

Julgamento pelo Tribunal de JustiçaNesta quarta, o relator do caso, desembargador Barreto Fonseca, apresentou voto pela absolvição do réu reconhecendo a tese de

legítima defesa. "Schoedl só fez os disparos porque era necessário, ele era bem menor do que as vítimas e apesar do número de tiros (12) não se pode dizer que houve uso imponderado da arma. Assim estou absolvendo o réu", afirmou o relator.Antes do voto, o advogado Rodrigo Marzagão afirmou que Schoedl deu tiros de

advertência para afastar os jovens que corriam atrás dele na saída do luau, mas eles disseram que a arma era de brinquedo. O promotor então teria corrido e guardado a arma, mas foi perseguido até que, sem outra alternativa, "para cessar a agressão, efetuou os disparos". O Ministério Público refutou a tese de legítima defesa do promotor. O assistente de

acusação, Pedro Lazarini, disse que testemunhas comprovam que o comportamento de Schoedl mudou depois que ele tornou-se promotor, que ele era briguento e vivia arrumando confusão por causa da namorada. "Esta moça põe fogo no Thales", teria dito uma testemunha.O casoSchoedl é acusado de

matar Diego Mendes Modanez, 20 anos, e de ter ferido Felipe Siqueira Cunha de Souza, 21 anos, após uma discussão na saída de um luau na Riviera de São Lourenço, em Bertioga, no dia 30 de dezembro de 2004.

O promotor alega que as vítimas mexeram com sua namorada. Cercado, não teve alternativa, a não ser atirar. Teriam sido 12 disparos, que mataram o então jogador de

basquete Diego Mendes e feriram gravemente o amigo.A exoneração do promotor do cargo foi objeto de análise do Ministério Público por duas vezes. Na primeira, a última instância da instituição decidiu expulsá-lo, o que o levaria a júri popular. Schoedl obteve liminar no TJ-SP que anulou todo o processo. Na nova etapa,

o Órgão Especial do MP-SP decidiu, por 16 votos a 15, manter a decisão do Conselho Superior da instituição que já havia garantido o vitaliciamento.Contra esse entendimento, o então procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho, apresentou recurso ao CNMP, que o exonerou novamente. O conselho

concluiu que o promotor não deveria estar armado naquele local. Assim, a defesa recorreu ao Supremo, e obteve liminar para a recondução.A permanência vitalícia no cargo de promotor é concedida a partir do segundo ano de exercício. Schoedl era promotor de Justiça substituto havia um ano e três meses em Iguape (litoral paulista), quando ocorreu o crime.

fim

Excludentes de Ilicitude

Estrito Cumprimento

do Dever Legal

Excludentes de Ilicitudeestrito cumprimento do dever legal

Age em estrito cumprimento do dever legal o agente público, que age impulsionado pela lei.

Excludentes de Ilicitudeestrito cumprimento do dever legal

Age em estrito cumprimento do dever legal o agente público, que age impulsionado pela lei.

A lei determina que o agente faça e ele faz e, se prejudicar alguém, não será responsabilizado

Excludentes de Ilicitudeestrito cumprimento do dever legal

Atenção: se o agente público exagerar, poderá ser punido por abuso de autoridade

Exercício Regular do

Direito

Todo aquele que detém um direito pode exercê-lo de duas maneiras: regularmente e irregularmente

Exemplos de direitos exercidos regularmente e irregularmente:

- Médico;

- Esportista;

- Ofendículos;

- etc

Se houver excesso doloso, em regra teremos uma atenuante genérica (art. 65, III, “c”, CP)

Se houver excesso culposo (erro na avaliação) teremos erro de tipo ou de proibição, podendo o agente ser punido a título de culpa ou ter a pena diminuída de 1/6 a 1/3

Culpabilidade

Culpabilidade

Culpabilidade é sinônimo de responsabilidade.

Culpabilidade

Culpabilidade é sinônimo de responsabilidade.

Em direito penal, cada um receberá uma pena na medida da sua culpabilidade.

Culpabilidade

Foi muito responsável

Receberá uma pena alta

Culpabilidade

Foi muito responsável

Foi pouco responsável

Receberá uma pena alta

Receberá uma pena baixa

Culpabilidade

Foi muito responsável

Foi pouco responsável

Não foi nada responsável

Receberá uma pena alta

Receberá uma pena baixa

Não receberá pena

Culpabilidade

nulla poena sine culpa

(não há pena sem culpa)

CulpabilidadeElementos

• A culpabilidade temtrês elementos e sefaltar um desseselementos estaráafastada aculpabilidade.

CulpabilidadeElementos

• São elementos daculpabilidade:

CulpabilidadeElementos

• São elementos daculpabilidade:

- Capacidade de discernimento (imputabilidade);

CulpabilidadeElementos

• São elementos daculpabilidade:

- Capacidade de discernimento (imputabilidade);

- PotencialConsciência daIlicitude;

CulpabilidadeElementos

• São elementos daculpabilidade:

- Capacidade de discernimento (imputabilidade);

- PotencialConsciência daIlicitude;

- Exigibilidade deconduta diversa

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