protocolo de medicaÇÃo segura - … · pop nº 74 - medicação via nasogástrica/enteral, pop...
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PROTOCOLO DE MEDICAÇÃO SEGURA
(Em construção)
Protocolo de medicação segura elaborado como instrumento de padronização dos processos da cadeia medicamentosa para promoção de um ambiente seguro aos clientes internados nesta instituição.
Campo Grande – MS Agosto de 2018
ELABORAÇÃO
Comitê de Medicação Segura:
Márcia Baroni - gerente ... farmácia
Dilmara Monteiro - coordenadora .... farmácia
Rozilene C. F. Garcia - enfa. Gerencia de Segurança Assistencial e Gestão de Riscos (GSAGR)
Fernanda A. Lima Gomes - gerente GSAGR
Bianca Barros – Técnica de enfermagem da GSAGR
Outros autores futuros
APROVAÇÃO
Núcleo de Segurança do Paciente – NSP:
Luiza Alves de Oliveira - Diretora Técnica Assistencial ___________________________
Rosania.. Maria Basegio __________________________
José Júlio Saraiva Gonçalves ___________________________
Lucienne Gamarra - diretora de enfermagem ___________________________
Nívea Lorea Torres Balista – coordenadora de enfermagem ___________________________
APRESENTAÇÃO
A padronização de processos de trabalho em todas as etapas: prescrição, separação e
distribuição, preparo e administração de medicamentos é necessária para melhor garantia da
segurança do paciente frente aos riscos que todos os paciente estão expostos quando recebem
medicações em ambientes hospitalares.
Os profissionais envolvidos na cadeia medicamentosa devem realizar cada etapa do
processo observando atentamente todos os riscos a eventos adversos possíveis, conhecidos
pelos estudos estatísticos e por meio do conhecimento dos eventos adversos ocorridos nesta
instituição, para que as atitudes preventivas sejam efetivadas continuamente.
Vários fatores envolvem a utilização e a segurança de um medicamento, desde a
prescrição, administração, aquisição, armazenamento, dispensação, até a adesão do paciente ao
tratamento (BRASIL, 2012).
Para Carvalho e Cassiani (2002), se os medicamentos forem administrados erroneamente
podem afetar os pacientes e suas conseqüências podem causar danos ou serem fatais. Os erros
de medicação podem ser classificados em erros de prescrição, erros de dispensação e erros de
administração (BRASIL, 2012).
Para os erros de dispensação, no Hospital Universitário do Paraná, entre 2006 a 2010,
Rissato (2012), apontou que os erros mais comuns foram: omissão de medicamento prescrito
(23%); dispensação de medicamento não-prescrito (14,8%); medicamento dispensado na
ausência de informação ou contendo informação duvidosa ou ilegível (14,8%); concentração
incorreta (9,8%); horário incorreto (9,8%) e medicamento incorreto (6,6%).
Segundo Bohomol (2007), a notificação dos erros de medicação é um instrumento
importante para o gerenciamento da qualidade da assistência e segurança do paciente.
Este protocolo deverá ser elaborado em consonância com o Protocolo de Segurança na
Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos, da ANVISA e considerar os eventos
adversos, incidentes e quase erros, já ocorridos nesta instituição.
ERROS DE MEDICAÇÃO
Os erros de medicação podem ser classificados em (BRASIL, 2012):
Erros de prescrição: é definido como um erro de decisão
ou de redação, não intencional, que pode reduzir a probabilidade
de o tratamento ser efetivo ou aumentar o risco de lesão no
paciente.
Erros de dispensação: são os que estão mais relacionados com as atividades da farmácia
hospitalar e englobam os erros de conteúdo (medicamento errado; concentração errada; forma
farmacêutica errada; medicamento com desvio de qualidade; dispensação de medicamento
prescrito sem horário, quantidade, concentração ou forma farmacêutica), rotulagem (podem gerar
dúvidas no momento da dispensação e/ou administração) e documentação (ausência ou registro
incorreto da dispensação de medicamentos controlados, falta de data na prescrição, falta de
assinatura do prescritor ou do dispensador) (Brasil, 2012 apud ANACLETO, 2010).
Erros de administração: é qualquer desvio no preparo e
administração de medicamentos mediante prescrição médica, não
observância dos protocolos e procedimentos operacionais padrão do
hospital ou das instruções técnicas do fabricante do produto.
BAREIRAS NO PROCESSO DA CADEIA MEDICAMENTOSA
TEORIA DO QUEIJO SUIÇO
Segundo essa teoria , que faz uma analogia ao queijo suiço, para que um erro aconteça, diversas
barreiras precisam ser quebradas e os erros alinhados ( ou buracos do queijo).
Observando o processo na cadeia de medicação em consonância com a teoria do queijo
suíço, fica mais evidente a participação dos profissionais e pacientes, sendo barreiras contra erros
representados em cada fatia do queijo.
A participação do paciente torna-se imprescindível como última barreira de defesa contra
falhas na etapa da administração do medicamento. Tal barreira é efetiva quando o profissional da
enfermagem verbaliza o nome de cada medicamento ao paciente e/ou acompanhante antes de
administrar cada medicação. Esta simples ação permite que o paciente, que sabe o nome da
medicação que usa, possa intervir em caso de erro do profissional em levar ao paciente uma
medicação que possivelmente possa estar trocada por engano, evitando a administração da
medicação errada.
Quando um evento adverso medicamentoso ocorre as etapas do processo de medicação
são consideras para investigação das falhas encontradas para tomada de medidas com a criação
de novas barreiras e/ou correção das barreiras já existentes.
PRESCRIÇÃO DE MEDICAÇÃO
PROCESSOS DE PRESCRIÇÃO - MÉDICOS
Aqui deverá conter:
Barreiras de processos e eletrônicas para os erros conforme o protocolo medicação segura
PROCESSOS DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS - FARMÁCIA
Barreiras para evitar os erros
Barreiras de processos e eletrônicas para os erros conforme o protocolo medicação segura
TEMPO DE EFICACIA DA MEDICAÇÃO DEPOIS DE DILUÍDA
Tempo e infusão dos antibióticos Este pode fica em ANEXO? uma tabela?
Tempo entre o preparo até a administração da medicação para garantir a eficácia
farmacológica (importante não preparar medicação 4 horas antes da administração)
CUIDADOS COM MEDICAÇÃO DE ALTA VIGILÂNCIA NAS UNIDADES
Conceito de medicação de alta vigilância....................
Lista das medicações de alta vigilância em ANEXO
Nos setores de internação, postos de enfermagem da emergência como PAM, salas de
procedimentos da endoscopia, hemodiálise, quimioterapia... para evitar erros fatais deve-se evitar
sobras de medicações....devolução diária das sobras de medicações de pacientes que tiveram
alta, óbito, ou suspensão da medicação, conferência do carro de emergência periodicamente para
retirada de medicações vencidas, e controle de quantidade de medicações.
Auditorias para segurança medicamentosa são realizadas mensalmente .....
Sobras de medicamento:
ESTOQUE DE MEDICAMENTOS NAS UNIDADES
CARRO DE EMERGÊNCIA
Com o sistema eletrônico de controle dos fármacos funcionando, será possível o
farmacêutico gerenciar a validade dos medicamentos contidos no carro de emergência. A troca
dos medicamentos antes do vencimento é possível através do sistema Sol MV, pelo farmacêutico,
conforme o seguinte fluxo de troca de medicamentos do carro de emergência:
1. A farmácia realiza a troca dos medicamentos no sistema Sol MV.
2. Imprime a lista de medicamentos que devem ser trocados e entrega para um
funcionário da farmácia que irá se deslocar á unidade que esta o carro de
emergência e solicita ao enfermeiro do plantão que abra o carro e realize a troca
dos medicamentos. É realizada com dupla checagem. Ambos assinam o impresso
de troca.
PREPARO DE MEDICAMENTOS PELA FARMÁCIA DA QUIMIOTERAPIA
Barreiras para eventos
PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PELA ENFERMAGEM
Frente ás notificações de incidentes, quase erros e eventos adversos com medicamentos
notificados nesta instituição informa-se que os fatores contribuintes encontrados nas
investigações dos quase erros, incidente e/ou eventos adversos com medicamentos foram:
Nos nove 09 certos das medicações contidas no Protocolo de Medicação Segura ANVISA
foram acrescidas de algumas informações consideradas necessárias como barreiras para novos
erros. Sendo construído o quadro abaixo com as etapas do processo de preparo e administração
dos medicamentos pela enfermagem.
Para cada via de administração de medicamentos a enfermagem elaborou, em 2015, um
Procedimento Operacional Padrão, objetivando padronizar cada procedimento para melhor
prevenir erros no preparo e administração. Desta forma, devem ser consultados os POPs
específicos referente a estes procedimentos, como:
POP Nº 69 - Medicação via ocular,
POP Nº 70 - Medicação via auricular,
POP Nº 71 - Medicação via nasal,
POP Nº 72 - Medicação via oral,
POP Nº 73 - Medicação via sublingual,
POP Nº 74 - Medicação via nasogástrica/enteral,
POP Nº 75 - Medicação via retal,
POP Nº 76 - Medicação via vaginal,
POP Nº 77 - Medicação via cutânea,
POP Nº 78 - Medicação via subcutânea,
POP Nº 79 - Medicação via intramuscular,
POP Nº 80 - Medicação via endovenosa,
POP Nº 81 - Medicação via intradérmica
Etap
as
Descrição do Processo valor
Pa
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X P
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1. Conferir o nome identificado no prontuário
do paciente com a prescrição do dia..
2. Apresentar-se ao paciente com cortesia e
verbalizar seu nome e função.
3. Conferir se o nome que consta na pulseira
do paciente e/ou na ficha de cabeceira condiz
com o nome do paciente: perguntando-lhe o
nome completo e/ou nome social e nome da mãe
ou data de nascimento.
4. Argumentar a possibilidade de alergia do
paciente a algum medicamento.
5. Caso o paciente apresente baixo nível de
consciência, impossibilitando-o de confirmar o
nome completo, a equipe assistencial deverá
conferir o nome do paciente descrito na
prescrição com a pulseira de identificação.
1- Permite verificar possíveis
falhas de prescrição de
outro paciente no
prontuário.
2 e 3 – permite o paciente
conhecer o técnico de
enfermagem e abertura de
diálogo.
4- previne reação alérgica.
Me
dic
am
en
to C
ert
o
6. Conferir se o nome do medicamento esta
condizente com a prescrição e nome do
paciente antes de separar os materiais
para preparo.
7. Identificar as medicações em rótulo de
medicação padronizado pela instituição,
preenchendo todos os espaços: Nome
completo do paciente, data, medicações,
Via de administração, dose, tempo de
duração da infusão e etc.
6 – Evita pegar prontuário de
outro paciente deixado, por
engano, na prancheta do seu
paciente.
7 – Previne administrar
medicação na via e no
paciente errado. Ajuda a
controlar o tempo de infusão.
Informa o paciente sobre qual
medicação esta usando.
Via
ce
rta
8. Identificar a via de administração prescrita.
9. Verificar se a via de administração
prescrita é a via tecnicamente recomendada para
administrar determinado medicamento
10. Avaliar a compatibilidade do medicamento
com os produtos para a saúde utilizados para sua
administração (seringas, cateteres, sondas,
equipos, e outros).
11. Identificar no paciente qual a conexão
correta para a via de administração prescrita em
caso de administração por sonda nasogástrica,
nasoentérica ou via parenteral.
12. Verificar se o diluente (tipo e volume) foi
prescrito e se a velocidade de infusão foi
estabelecida, analisando sua compatibilidade
com a via de administração e com o
medicamento em caso de administração de por
via endovenosa.
13. Lavar as mãos antes do preparo e
administração do medicamento.
14. Realizar a antissepsia do local da
aplicação para administração de medicamentos
por via parenteral.
15. Em caso de via venosa, checar
rigorosamente o retorno venoso. Administrar,
com seringa de 10 ml, solução fisiológica para
lavar o acesso (flushing) antes de administrar
medicação. Avaliar se não existe possibilidade de
extravasamento, pois grande parte das drogas
são vesicantes e ou irritantes.
16. Repetir o flushing entre a administração
das medicações.
17. Administrar medicamento somente pela via
prescrita (dúvidas de legibilidade da prescrição
diretamente com o prescritor).
11 – Evita administrar
medicação via oral na via
endovenosa!
13 - Evita a contaminação
dos utensílios com bactérias
resistentes da unidade e do
quarto do paciente.
14 –Evita contaminar a
seringa e medicação com as
bactérias do biofilme
agregadas na entrada do
acesso venoso.
15 - Previne flebite perda do
acesso venoso.
16 – para prevenir a mistura
de medicamentos.
17 – evita administrar
medicação na via errada
devido erro na prescrição da
via de administração.
Ho
rári
o c
ert
o
18. Organizar local adequado para o preparo
de medicamentos, preferencialmente sem fontes
de distração.
19. Preparar o medicamento de modo a
garantir que a sua administração seja feita
sempre no horário correto.
20. A antecipação ou o atraso da
administração em relação ao horário predefinido
somente poderá ser feito com o consentimento
do enfermeiro e do prescritor, com justificativa
por escrito a assinado pelo enfermeiro e/ou
médico.
Do
se c
ert
a
21. Conferir atentamente a dose prescrita para
o medicamento
22. Conferir a velocidade de gotejamento, a
programação e o funcionamento das bombas de
infusão contínua em caso de medicamentos de
infusão contínua.
23. Verificar a unidade de medida utilizada na
prescrição, em caso de dúvida ou medidas
imprecisas (colher de chá, colher de sopa,
ampola), consultar o prescritor e solicitar a
prescrição de uma unidade de medida do sistema
métrico.
24. Realizar dupla checagem dos cálculos
para o preparo e programação de bomba para
administração de medicamentos potencialmente
perigosos ou de alta vigilância.
25. Cuidar para que não haja a administração
de medicamentos suspenso pelo médico.
26. Consultar o farmacêutico em caso de
dúvidas sobre os medicamentos prescritos.
27. Certificar-se de que a infusão programada
é a prescrita para aquele paciente.
28. Em casos de preparo de pacientes para
exames ou jejum, não administrar nem adiar a
administração de doses sem discutir conduta
com o prescritor.
29. Solicitar complementação do prescritor em
caso de orientações vagas, tais como “se
necessário”, “conforme ordem médica” ou “a
critério médico”, para possibilitar a administração.
30. Não deverão ser administrados
medicamentos em casos de prescrições vagas
como: “fazer se necessário”, “conforme ordem
médica” ou “a critério médico”.
31. Solicitar revisão por um colega sempre
que calcular doses para medicamentos
potencialmente perigosos ou medicamentos de
alta vigilância.
Reg
istr
o c
ert
o
32. Identificar a medicação no rótulo de
soluções.
33. Registrar no relatório a ação realizada de
administração do medicamento.
34. Checar o horário da administração do
medicamento no prontuário a cada dose.
35. Registrar com clareza todas as
ocorrências relacionadas aos medicamentos, tais
como adiamentos, cancelamentos,
desabastecimento, recusa do paciente e eventos
adversos.
36. Registrar adequadamente a omissão de
dose e comunicar ao enfermeiro.
37. Evitar, dentro do possível, interações
medicamento-medicamento e medicamento-
alimento quando realizar o aprazamento de
medicamentos.
38. Registrar corretamente a administração do
medicamento prescrito no prontuário do paciente,
certificando que foi administrado ao paciente e
evitando a duplicação da administração do
medicamento por outro profissional.
39. Os erros, quase erros, outros incidentes
e/ou eventos adversos deverão ser notificados no
Sistema Estratégico para investigação para
correções e oportunidades de melhorias.
40.
Açã
o c
ert
a
41. Esclarecer dúvidas sobre a razão da
indicação do medicamento, sua posologia ou
outra informação antes de administrá-lo ao
paciente junto ao prescritor.
42. Garantir ao paciente o direito de conhecer
o aspecto (cor e formato) dos medicamentos que
está recebendo, a frequência com que será
ministrado, bem como sua indicação.
43.
Fo
rma
ce
rta
44. Checar se o medicamento a ser
administrado possui a forma farmacêutica e via
administração prescrita
45. Checar se forma farmacêutica e a via de
administração prescritas estão apropriadas à
condição clínica do paciente.
46. Sanar as dúvidas relativas à forma
farmacêutica e a via de administração prescrita
junto ao enfermeiro, farmacêutico ou prescritor.
47. A farmácia deve disponibilizar o
medicamento em dose unitária ou informação
sobre diluição, preparo e administração de
medicamentos, caso seja necessário realizar a
trituração e suspensão do medicamento para
administração por sonda nasogástrica ou
nasoentérica.
48. R
es
po
sta
ce
rta d
a a
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o d
o m
ed
ica
me
nto
49. Observar cuidadosamente o paciente, para
identificar, quando possível, se o
medicamento teve o efeito desejado.
50. Registrar em prontuário e informar ao
prescritor, todos os efeitos diferentes (em
intensidade e forma) do esperado para o
medicamento.
51. Manter clara a comunicação com o
paciente e/ou cuidador.
52. Registrar todos os parâmetros de
monitorização adequados (sinais vitais, glicemia
capilar.).
53. Informar ao paciente e à família sobre
eventuais incidentes relacionados à terapia
medicamentosa, registrando-os em prontuário e
notificando-os no sistema estratégico para a
gerência de segurança assistencial e gestão de
risco e ao Núcleo de Segurança do Paciente para
possibilitar necessárias correções preventivas.
54.
A figura abaixo mostra o rótulo de Identificação das Soluções Medicações padronizado
pelo hospital para ser preenchido com todas as informações quanto o nome do paciente, número
de atendimento, local que esta acomodado, data da infusão, bem como o início e término previsto
da medicação. Estas informações são barreiras que previnem erros de medicação e de
identificação correta do paciente.
Utilizando o rótulo de identificação corretamente evita-se:
Medicação administrada no paciente errado;
Infusão de medicação muito rápido, que pode causar danos como flebite e/ou
alterações clínicas no paciente.
Infusão de medicação muito lenta que prejudica a eficácia do medicamento, como
por exemplo antibióticos que devem ser infundidos dentro do tempo determinado em
padronização para evitar redução da eficácia do antibiótico e exposição do paciente
a resistência bacteriana. Segundo literatura, caso o paciente receba infusão de
antibiótico por um período de tempo maior que o recomendado este poderá
apresentar infecção resistente que é um evento adverso gravíssimo.
OBSERVAÇÕES
O enfermeiro deve supervisionar o preparo e a administração de medicamentos realizados
por técnicos e auxiliares de enfermagem.
O técnico de enfermagem deve verificar as prescrições na passagem de plantão.
Cuidar para que não haja a administração de medicamentos que já foram suspensos pelo
médico – COMUNICAÇÃ EFETIVA.
Evitar, interações medicamento-medicamento e medicamento-alimento quando realizar o
aprazamento de medicamentos.
Adequar os horários de medicamento à rotina de uso estabelecida antes da internação.
Monitorar a temperatura da geladeira de medicamentos.
Organizar local adequado para o preparo de medicamentos, preferencialmente sem fontes
de distração.
Consultar o farmacêutico clínico em caso de dúvidas sobre os medicamentos prescritos.
Identificar todas as medicações preparadas com etiquetas impressas pelo sistema para
evitar falhas durante o processo de administração da medicação.
Evitar utilizar bandeja contendo diversos medicamentos para diferentes pacientes, no
momento da administração. Organizar uma bandeia de medicação para cada paciente.
Preparar as medicações imediatamente antes da administração.
Devolver à farmácia as sobras de medicamentos não administrados.
Manter registro adequado dos frascos de medicamentos preparados que serão
armazenados
(com data e horário da manipulação, concentração do medicamento, nome do responsável
pelo preparo e validade).
Informar ao paciente e à família sobre eventuais incidentes relacionados à terapia
medicamentosa, registrando-os em prontuário e notificando-os ao Núcleo de Segurança do
Paciente.
Em caso de o paciente ser alérgico a algum medicamento, anotar em ficha de cabeceira,
relatar no relatório de enfermagem, anotar em prontuário e comunicar imediatamente médico e
enfermeiro.
ACIDENTES OCUPACIONAIS COM MEDICAMENTOS
Todo agente quimioterápico só deve ser administrado por profissionais com treinamento
especializado para tal procedimento. Estes profissionais devem conhecer o funcionamento básico
das substâncias a serem administradas,
O profissional deve estar totalmente paramentado com goro, óculos, máscara, avental
completo do tipo cirúrgico e luvas conforme protocolo institucional de prevenção de acidentes
com quimioterápico, que prevê ações contingenciais em caso de derramamento deste
medicamento.
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÕES COM PRESCRIÇÃO VERBAL
Somente administrar em casos de emergenciais com o médico presente em que o paciente
necessita de entubação endotraqueal e /ou em situações de parada cardiorrespiratórias....
Medicações prescritas se necessário a enfermagem so deverá administrar após certificar-
se que o médico reavaliou o paciente, pois o paciente pode sofrer alterações no seu estado
clínico que necessite de ajuste de dose e/ou outra medicação.
Em conformidade com a Resolução COFEN Nº 487/2015, que veda aos profissionais de
enfermagem o cumprimento da prescrição médica a distância e a execução da prescrição médica
fora da validade;
Este protocolo resolve:
1. È permitido o cumprimento da prescrição de medicamentos prescritos na situação
“Se necessário” S/N quando o enfermeiro tiver a ciência que o médico reavaliou o
paciente para a tomada desta decisão.
2. Fazem exceção ao item anterior quando os medicamentos prescritos forem sem risco
de alteração da clínica do paciente, como: antitérmicos, analgésicos,
PAPÉIS E RESPONSABILIDADES
A equipe médica tem o dever em padronizar as medicações a serem prescritas no sistema MV de
prontuário eletrônico .....
ANVISA, 2013: O processo da prescrição deve estar padronizado e com o respectivo procedimento
operacional padrão escrito, atualizado, validado, divulgado e disponível em local de fácil acesso; As
prescrições devem ser revisadas por farmacêutico antes de serem dispensadas;
Os artigos 37 e 114 do CEM vedam ao médico, respectivamente, prescrever tratamento ou
outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência
e impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nessas circunstâncias, fazê-lo
imediatamente após cessar o impedimento; Consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer
meio de comunicação de massa. Portanto, a prescrição por telefone não deve ser realizada, bem
como a indicação de tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente –
hipótese só admitida em casos de urgência/emergência inadiáveis. Cessado o impedimento,
deve-se examinar o paciente e prescrever a medicação, para miolo_prescrição médica.indd 51
12/01/2012 10:01:06 52 Conselho Federal de Medicina / Conselho Regional de Medicina do
Estado da Paraíba não incorrer em infração ao art. 37 do CEM. Ressaltese que as prescrições
devem sempre conter a data da emissão, para controle de sua validade.
A Farmácia do é a responsável pelos processos da cadeia de insumos farmacêuticos desde a
organização e gerenciamento, seleção e aquisição, estoque e armazenamento, prescrição e
transcrição, preparo e dispensação, administração e monitoramento seguro dos medicamentos
com o objetivo de garantir e prestar assistência integrada permanente ao paciente e à equipe
multidisciplinar envolvida em seu cuidado, objetivando o uso adequado, racional e seguro dos
medicamentos.
Segundo regulamentação n.º 585/2013, do Conselho Federal de Farmácia, o serviço de
Farmácia Clínica realiza comunicação adequada com a equipe de saúde para fornecer
informações sobre medicamentos, sendo assim, desenvolve programas de treinamento e
educação continuada de recursos humanos na área da saúde, realiza a gestão de processos e
projetos, por meio de ferramentas e indicadores de qualidade dos serviços clínicos prestados;
participa da elaboração, aplicação e atualização de formulários terapêuticos e protocolos clínicos
para a utilização de medicamentos e outras tecnologias em saúde; participar da elaboração de
protocolos de serviços e demais normativas que envolvam as atividades clínicas; Desenvolve
ações para prevenção, identificação e notificação de incidentes e queixas técnicas relacionados
aos medicamentos e a outras tecnologias em saúde;
O enfermeiro deve supervisionar o preparo e a administração de medicamentos realizados por
técnicos e auxiliares de enfermagem...
ESTRATÉGIAS DE MONITORAMENTO E INDICADORES GERAIS PARA O USO SEGURO DE
MEDICAMENTOS
O processo de uso dos medicamentos (prescrição, dispensação e administração) deve
estar devidamente descrito em procedimentos operacionais padrão, atualizados e divulgados para
os profissionais do estabelecimento de saúde. O estabelecimento de saúde deve possuir rotina
para transferência interna e externa de pacientes e que contemple a segurança no processo de
utilização dos medicamentos na transição do paciente. O estabelecimento de saúde deve
proporcionar aos profissionais de saúde, anualmente, educação permanente e treinamento em
uso seguro de medicamentos. O estabelecimento de saúde deve possuir política de incentivo à
melhoria da segurança do uso de medicamentos, centrado no trabalho em equipe, notificação e
ambiente não punitivo.
GERENCIAMENTO DOS RISCOS DA CADEIA MEDICAMENTOSA
A identificação dos riscos é feita por meio de auditorias e também por meio das
investigações das causas dos eventos adversos com medicamentos.
Auditorias mensais para verificação de excesso de medicações são realizadas pelo serviço
de auditoria da Coordenação de Enfermagem periodicamente nas unidades de internação, de
pronto atendimento e de atendimento ao paciente como hemodiálise, quimioterapia, endoscopia,
com o checlist em ANEXO.
O setor Gerência de Segurança Assistencial e Gestão de Riscos, da Coordenação de
Enfermagem, realiza auditorias semanalmente nos leitos dos pacientes internados utilizando o
checklist, padronizado, em ANEXO, para verificação dos processos assistenciais em segurança
do paciente.
Os profissionais assistenciais e os gestores locais notificam os quase erros, incidentes e/ou
falhas na cadeia medicamentosa, e eventos adversos com medicamentos no sistema de
estratégico. A gerência de segurança assistencial e gestão de riscos recebe as ocorrências
notificadas no sistema estratégico e inicia o processo de investigação conforme protocolo
institucional.
Os erros de prescrição devem ser notificados ao Núcleo de Segurança do Paciente.
Monitoramento e indicadores para prescrição segura de medicamentos
ANVISA, 2013. PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS.
Monitoramento e indicadores para a dispensação segura A farmácia deve registrar e notificar erros de dispensação
ao Núcleo de Segurança do Paciente.
Monitoramento e indicador para a administração segura de medicamento
ANEXO I
Checklist de auditoria de enfermagem das unidades
ANEXO II
Check list de processos assistenciais no leito do paciente
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Nacional de Segurança do Paciente: protocolo de identificação do paciente. PROQUALIS. Maio de 2013. Disponível em <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2013/Mai/06/protocolos_CP_n6_2013.pdf> acesso em Agosto de 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. ANVISA. Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Disponível 2013, em:<http://www.hospitalsantalucinda.com.br/downloads/prot_meficamentos.pdf> BERWICK, D. M. et al. Melhorando a qualidade dos serviços médicos, hospitalares e da saúde. Trad. de José Carlos Barbosa dos Santos. São Paulo: Makron Books, 1994 CARVALHO, V. T. Erros na administração de medicamentos: análise dos relatados dos profissionais de enfermagem. Ribeirão Preto, 2000. 139f. Dissertação (Mestrado) – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.
Manual de orientações básicas para prescrição médica / Célia Maria Dias Madruga, Eurípedes Sebastião Mendonça
de Souza – 2ª ed. rev. ampl. Brasília: CRM-PB/CFM, 2011. Disponível em<
http://portal.cfm.org.br/images/stories/biblioteca/cartilhaprescrimed2012.pdf>, em 24/01/2018.
COFEN. Resolução Nº 487/2015. Disponível em< http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-
4872015_33939.html>, em 24/08/2017.
CFF. Resolução Nº 585/2013. Disponível
em<http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/585.pdf>, em 25/01/2018.
CARVALHO, V. T.; CASSIANI, S. H. Erros na medicação e conseqüências para profissionais de enfermagem e clientes:
um estudo exploratório. Revista LatinoAmericana de Enfermagem, São Paulo, 2002, v. 10, n. 4, p. 523-529. Disponível
em: . Acesso em: 17 dez. 2015.
BOHOMOL, E.;RAMOS, L. H. Erro de medicação: importância da notificação no gerenciamento da segurança do
paciente. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, 2007, v. 60, n.1. Disponível em: . Acesso em 10 dez. 2015.
OMS-ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE.A importância da Farmacovigilância. Monitorização da
segurança dos medicamentos. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. 48p. ISBN 85-
87943-34-0.Título original: The importance of phamacovigilance. Disponível em: . Acesso em: 30 nov.
2015.
OPITZ, S.P. Sistema de medicação: análise dos erros nos processos de preparo e administração de
medicamentos em um hospital de ensino. 2006. 190f. Tese (Doutorado em Enfermagem Fundamental) –
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006. Disponível
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