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1COLÉGIO ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVAENSINO FUNDAMENTAL,
MÉDIO E PROFISSIONAL Rua Carlos Sbaraini – 1789 São Francisco II - Toledo - Paraná
Fone: (0xx) 45 – 3277-9427 CEP: 85.911-200 e-mail – tooayrtonsenna@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
TOLEDO
2017
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SUMÁRIO
01 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE.........................................302 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE Biologia...................................1703 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS...............................2904 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA.............3605 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ENSINO RELIGIOSO.......................................4706 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA.............................5207 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA....................................6108 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA..........................6609 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA ………………… 7410 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INGLÊS..................................91
11 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ESPANHOL .........................10312 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LÍNGUA PORTUGUESA................................11313 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA....................13514 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA …………………14515 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA …………. 149
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01 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A área de Arte visa destacar os aspectos essenciais da criação e percepção
estética dos alunos e o modo de tratar a apropriação de conteúdos imprescindíveis para a
cultura do cidadão contemporâneo. A oportunidade de aprendizagem de arte, dentro e
fora da escola, mobilizam a expressão e comunicação pessoal e ampliam a formação do
estudante como cidadão, principalmente por intensificar as relações dos indivíduos tanto
com seu mundo interior como com o seu exterior.
Produzindo trabalhos artísticos e conhecendo essa produção nas outras culturas, o
aluno poderá compreender a diversidade de valores que orientam tanto seu modo de
pensar como o de agir na sociedade. Trata-se de criar um campo de sentidos para a
valorização do que lhe é próprio e favorecer o entendimento da riqueza e diversidade da
imaginação humana. Além disso, os alunos tornar-se-ão capazes de perceber sua
realidade cotidiana mais vivamente, reconhecendo e decodificando formas, sons, gestos,
movimentos que estão a sua volta.
O ensino da Arte, fundamentado no conhecimento estético, amplia os
conhecimentos e experiências do aluno e o aproxima das diversas representações
artísticas do universo cultural historicamente constituído pela humanidade.
Para isso o ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a
finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais
objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta.
Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento
e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o
pensamento crítico.
Por isso, desde o início as discussões coletivas para a elaboração desta proposta
curricular pautaram-se em um diálogo entre a realidade de sala de aula e o conhecimento
no campo das teorias críticas de Arte e de educação.
Entretanto, diante da complexidade da tarefa de definir a arte, considerou-se a
necessidade de abordá-la a partir dos campos conceituais que historicamente têm
produzido estudos sobre ela, quais sejam: o conhecimento estético relacionado à
apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo. Historicamente
originado na Filosofia, o conhecimento estético constitui um processo de reflexão a
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respeito do fenômeno artístico e da sensibilidade humana, em consonância com os
diferentes momentos históricos e formações sociais em que se manifestam.
Pode-se buscar contribuições nos campos da Sociologia e da Psicologia para que
o conhecimento estético seja melhor compreendido em relação às representações
artísticas;o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e
da criação, toma em consideração o artista no processo da criação das obras desde suas
raízes históricas e sociais, as condições concretas que subsidiam a produção, o saber
científico e o nível técnico alcançado na experiência com materiais; bem como o modo de
disponibilizar a obra ao público, incluindo as características desse público e as formas de
contato com ele, próprias da época da criação e divulgação das obras, nas diversas áreas
como artes visuais, dança, música e teatro. (DCE, 2008, p.52/53)
Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em Arte
se efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada nas representações
artísticas. Apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são
interdependentes e articulados entre si, abrangendo todos os aspectos do conhecimento
em Arte.
A compreensão das criações artísticas e das posições existentes na teoria estética
requer que sejam situadas no âmbito histórico, social e político, científico e cultural em
que vieram à luz, pois é nesse contexto amplo que se encontram os nexos explicativos de
tais posições e criações; só assim é possível estabelecer um conhecimento crítico, radical
(pelas raízes) e significativo sobre elas. Fora de tal contexto, todo e qualquer
conhecimento se esvazia de significado e se transforma em simples justaposição de
dados, fatos, datas e eventos desconexos. A área da Arte não tem uma lógica interna
restrita a si mesma, o que indica não ser a Arte auto-explicável. Pelo contrário: tudo o que
acontece no seu âmbito próprio está intimamente vinculado ao tempo histórico, à
organização da produção e da sociedade em que ocorre, como também é fruto das
conquistas humanas de toda a história anterior, nos diversos campos: do fazer e do criar,
do saber e do pensar, do sentir e do perceber, do agir e do relacionar-se (PEIXOTO,
2007. Excerto de texto inédito cedido pela autora).
JUSTIFICATIVA
A arte constantemente abre portas para um caminho onde o impossível não existe.
Trabalhar a arte dá possibilidades de improvisar, transformar, ir além da superficialidade,
entrelaçar os conhecimentos, em suma, entrar no terreno criativo da condição humana.
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Esta manifestação dinâmica confere às artes uma importância que vai além de
disciplina no currículo escolar, pois é produto íntimo da formação humana. O sujeito
percebe a sensibilidade da humanidade quando tem a arte como algo significativo em sua
educação.
Parte integrante da civilização, a arte é presente quando ainda não se fazia uso da
linguagem textual. Nas cavernas, nas edificações, nos templos, nas pinturas, nas
esculturas, haverá sempre de representar uma linguagem universal, catalogando
períodos, culturas e manifestações.
Segundo Leminski (1997, p.78), as pessoas sem imaginação estão sempre
querendo que a arte sirva para alguma coisa. Servir. Prestar. [...] Dar lucro. Não enxergam
que a arte [...] é a única chance que o homem tem de vivenciar a experiência de um
mundo da liberdade, além da necessidade. Pois por meio da arte o homem pode
conseguir apreender a realidade, não só para suportá-la, mas, principalmente, para
transformação, ou seja, para humanizar e, dialeticamente, humanizar.
Considera-se que a disciplina de Arte deve proporcionar acesso ao conhecimento
sistematizado em arte, relacionando seu caráter histórico e social, fundamental no
trabalho com alunos, para que compreendam as relações sociais em que interagem e
possam tomar conhecimento e distinguir as diversas linguagens artísticas. Oferece a
oportunidade de definir "cultura erudita' e "cultura popular" afirmando a importância de
cada uma delas em seu contexto histórico/social. Que o fio condutor do ensino da arte
seja a Linguagem e a Cultura sendo valorizada a diversidade cultural manifestada pelas
linguagens: Visual, Dança, Música e Teatro.
OBJETIVOS
Compreender que a arte é a conquista de significação do que se faz e do que os
outros fazem no contexto artístico e da sensibilidade estética desenvolvida na percepção
no contato com o fenômeno artístico, objeto e produto da cultura ao longo da história
humana e conjunto organizado de relações. Realizar produções artísticas, individuais e
coletivas nas diferentes linguagens das artes; Analisar, refletir e compreender os
diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações sociais, culturais
e históricas; Apreciar produtos de arte em suas várias linguagens, desenvolvendo a
fruição; Conhecer, analisar, refletir e compreender critérios culturalmente construídos e
embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico e sociológico,
antropológico, semiológico, científico e tecnológico; Experimentar as atividades de
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expressão corporal na oralidade, nos sons, rítmos e audição; Identificar os significados
expressivos e comunicativos das formas; Experimentar e ler os elementos básicos das
linguagens, suas articulações apresentadas nas diferentes culturas; Observar,
experimentar e reconhecer a leitura das formas visuais em diferentes linguagens de
comunicação de imagens: fotografia, cartaz, televisão, vídeos, história em quadrinhos,
computadores, desenho industrial, desenho animado, publicidade, revista, livros infantis,
etc.
Na perspectiva de proporcionar uma educação compatível com uma sociedade
democrática, multicultural e pluri étnica, contemplamos ao longo do ano letivo, juntamente
com os demais conteúdos específicos da Disciplina, os conteúdos relativos aos desafios
educacionais contemporâneos: Educação Ambiental; Enfrentando à Violência na Escola;
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Fiscal; Brigada de Emergência;
Educação do Campo; Educação das Relações Étnicorraciais; Ensino da História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena; Paraná Alfabetizado (Jovem, Adulto ou Idoso);
Relações de Gênero, Diversidade de Orientação Sexual, assuntos diretamente
relacionados às experiências possíveis no cotidiano escolar.
Tais desafios trazem as inquietudes humanas, as relações sociais, econômicas,
políticas e culturais, levando-nos a avaliar os enfrentamentos que devemos fazer, visto
que essas questões e discussões são importantes para formação de cidadãos críticos e
ativos na sociedade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ENSINO FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS
6º Ano
Área Música
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Ritmo; melodia; Escalas: diatônica; Pentatônica; Cromática;
improvisação
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Greco-Romana; Oriental; Ocidental; Africana
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Área Artes Visuais
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Ponto; Linha; Textura; Forma; Superfície; Volume; Cor; Luz.
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Bidimensional; Figurativa; Geométrica, simetria; Técnicas: Pintura,
escultura, arquitetura…; Gêneros: cenas da mitologia…
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Arte Greco- Romana; Arte Africana; Arte Oriental; Arte Pré-histórica
Área Teatro
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação;
Espaço.
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Enredo, roteiro; Espaço Cênico, adereços; Técnicas: jogos teatrais,
teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara….Gênero: Tragédia,
Comédia e Circo.
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Greco-Romana; Teatro Oriental; Teatro Medieval; Renascimento
Área Dança
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Movimento Corporal; Tempo; Espaço
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Kinesfera; Eixo; Ponto de Apoio; Movimentos articulares; Fluxo (livre
e interrompido); Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo); Deslocamento (di -
reto e indireto); Dimensões (pequeno e grande);Técnica: Improvisação; Gênero: Circular
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Pré-Hstória; Greco-Romana; Renascimento; Dança Clássica
7º Ano
Área Musica
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade
Conteúdos Estruturantes: Composição
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Conteúdos Básicos: Ritmo; Melodia; Escalas; Gêneros: folclórico,indígena, popular e étni-
co; Técnicas: vocal, instrumental e mista; Improvisação.
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Música popular e étnica (ocidental e oriental)
Área Artes Visuais
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Ponto; Linha; Forma; Textura; Superfície; Volume; Cor; Luz.
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Proporção; Tridimensional; Figura e fundo; Abstrata; Perspectiva;
Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura….Gêneros: Paisagem, retrato, nature-
za morta….
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Arte Indígena; Arte Popular; Brasileira e Paranaense; Renascimento;
Barroco.
Área Teatro
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação;
Espaço.
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Representação; Leitura dramática; Cenografia.; Técnicas: jogos tea-
trais, mímica, improvisação, formas animadas….Gêneros: Rua e arena; Caracterização.
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Comédia dell’ arte; Teatro Popular; Brasileiro e Paranaense; Teatro;
Africano.
Área Dança
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Movimento Corporal; Tempo; Espaço
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Ponto de Apoio; Rotação; Coreografia; Salto e queda; Peso (leve e
pesado); Fluxo (livre, interrompido e conduzido); Lento, rápido e moderado; Níveis (alto,
médio e baixo); Formação; Direção; Gênero: Folclórica, popular e étnica.
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
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Conteúdos Básicos: Dança Popular; Brasileira; Paranaense; Africana; Indígena.
8º Ano
Área Musica
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Ritmo; Melodia; Harmonia; Tonal, modal e a fusão de ambos.;
Técnicas: vocal, instrumental e mista.
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Indústria Cultural; Eletrônica; Minimalista; Rap, Rock, Tecno.
Área Artes Visuais
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Linha; Forma; Textura; Superfície; Volume; Cor; Luz.
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Semelhanças; Contrastes; Ritmo Visual; Estilização; Deformação;
Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista….
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Indústria Cultural; Arte no Séc. XX; Arte Contemporânea.
Área Teatro
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação; Espaço.
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Representação no Cinema e Mídias; Texto dramático; Maquiagem;
Sonoplastia; Roteiro; Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica….
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Indústria Cultural; Realismo; Expressionismo; Cinema Novo.
Área Dança
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Movimento Corporal; Tempo; Espaço.
Conteúdos Estruturantes: Composição
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Conteúdos Básicos: Giro; Rolamento; Saltos; Aceleração e desaceleração; Direções
(frente, atrás, direita e esquerda); Improvisação; Coreografia; Sonoplastia; Gênero: Indús-
tria Cultural e espetáculo.
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Hip Hop; Musicais; Expressionismo; Indústria Cultural; Dança Moder-
na.
9º Ano
Área Música
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade.
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Ritmo; Melodia; Harmonia; Técnicas: vocal, instrumental e mista; Gê-
neros: popular, folclórico e étnico.
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Música Engajada; Música Popular Brasileira; Música Contemporâ-
nea.
Área Artes Visuais
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Linha; Forma; Textura; Superfície; Volume; Cor; Luz
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Bidimensional; Tridimensional; Figura-fundo; Ritmo Visual; Técnica:
Pintura, grafite, performance; Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano…;
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Realismo; Vanguardas; Muralismo e Arte Latino-Americana; Hip Hop.
Área Teatro
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação;
Espaço
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Técnicas: Monólogo; jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum…;
Dramaturgia; Cenografia; Sonoplastia; Iluminação; Figurino.
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
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Conteúdos Básicos: Teatro Engajado; Teatro do Oprimido; Teatro Pobre; Teatro do Absur-
do; Vanguardas.
Área Dança
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Movimento; Corporal; Tempo; Espaço
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Kinesfera; Ponto de Apoio; Peso; Fluxo; Quedas; Saltos; Giros; Rola-
mentos; Extensão (perto e longe); Coreografia; Deslocamento; Gênero: Performance e
moderna.
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Vanguardas Dança Moderna; Dança Contemporânea.
ENSINO MÉDIO
Área Música
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Ritmo; Melodia; Harmonia; Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos.
Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop. Técnicas: vocal, instrumental,
eletrônica, informática e mista improvisação.
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Música Popular Brasileira; Paranaense; Popular; Industrial cultural;
Engajada; Vanguarda; Ocidental; Oriental; Africana; Latino-Americana.
Área Artes Visuais
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Ponto; Linha; Forma; Textura; Superfície; Volume; Cor; Luz
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Bidimensional; Tridimensional; Figura e fundo; Figurativo; Abstrato;
Perspectiva; Semelhanças; Contrastes; Ritmo visual; Simetria; Deformação; Estilização;
Técnicas: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e
esculturas, arquitetura, história em quadrinhos. Gêneros: paisagem, natureza-morta, ce-
nas do cotidiano, histórica, religiosa, cenas da mitologia.
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Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Arte ocidental; Arte oriental; Arte Africana; Arte brasileira; Arte para-
naense; Arte popular; Arte de vanguarda; Indústria cultural; Arte contemporânea; Arte La-
tino-Americana.
Área Teatro
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação;
Espaço
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, tea-
tro-fórum, roteiro, encenação e leitura dramática; Gêneros: tragédia, comédia, drama e
épico; Dramaturgia; Representação nas mídias; Caracterização, cenografia, sonoplastia,
figurino e iluminação; Direção; Produção.
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Teatro Greco-Romano; Teatro Medieval; Teatro Brasileiro; Teatro Pa-
ranaense; Teatro Popular; Indústria Cultural; Teatro Engajado; Teatro Dialético; Teatro Es-
sencial; Teatro do Oprimido; Teatro Pobre; Teatro de Vanguarda; Teatro Renascentista;
Teatro Latino-Americano; Teatro Realista; Teatro Simbolista.
Área Dança
Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais
Conteúdos Básicos: Movimento; Corporal; Tempo; Espaço
Conteúdos Estruturantes: Composição
Conteúdos Básicos: Kinesfera; Fluxo; Peso; Eixo; Salto e Queda; Giro; Rolamentos; Movi-
mentos articulares; Lento, rápido e moderado; Aceleração e desaceleração; Níveis; Dinâ-
mica; Aceleração; Ponto de apoio; Salto e queda; Rotação; Formação; Deslocamento; Di-
reções; Planos; Improvisação; Coreografia; Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étni-
ca, folclórica, populares e salão.
Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos: Pré-histórica; Greco-Romana; Medieval; Renascimento; Dança
Clássica; Dança Popular; Brasileira; Paranaense; Africana; Indígena; Hip Hop; Indústria
Cultural; Danças Modernas; Vanguardas; Dança Contemporânea.
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Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
METODOLOGIA
Conforme DCE 2008, nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos
conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o
conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos
da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,
como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de
conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte,
três momentos da organização pedagógica:
•Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos
•Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra
de arte
•Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe
uma obra de arte
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três
simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o
aluno tenha vivenciado cada um deles.
Teorizar
Teorizar é a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição, em que a
racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre
arte.
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Tal conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos
estruturantes elementos formais, composição, movimentos e períodos, abordados nas
Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três
momentos da metodologia são trabalhados.
É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos
alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade.
Também é importante que discuta como as manifestações artísticas podem
produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma obra.
Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter provisório do
conhecimento em arte, em função da mudança de valores culturais que pode ocorrer
através do tempo nas diferentes sociedades e modos de produção.
Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda
a obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e
do trabalho de sujeitos, histórica e socialmente datados.
Sentir e perceber
No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro,
Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção
artística. Trata-se de envolver a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da
cultura em uma dimensão estética.
A percepção e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente pelos
sentidos. De fato, a fruição e a percepção serão superficiais ou mais aprofundadas
conforme as experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida.
Ressalta-se ainda que a humanização dos objetos e dos sentidos se faz pela
apropriação do conhecimento sistematizado em arte, tanto pela percepção quanto pelo
trabalho artístico.
Trabalho Artístico
A prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da
imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para desenvolver
essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma
abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se
familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos.
Essa abordagem metodológica é essencial no processo pedagógico em Arte. Os
três aspectos metodológicos abordados nesta Diretriz – teorizar, sentir e perceber e
trabalho artístico – são importantes porque sendo interdependentes, permitem que as
aulas sejam planejadas com recursos e encaminhamentos específicos.
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O encaminhamento entretanto, interessa que o aluno realize trabalhos referentes
ao sentir e perceber, ao teorizar e ao trabalho artístico.
Recursos Didáticos e tecnológicos
Durante o ano letivo serão utilizados os seguintes recursos: Livro Didático Público
de Arte, livros do acervo da Biblioteca da Escola, revistas jornais, TVmultimídia,
Laboratório de Informática, visitas a exposições e apreciação de teatros e danças no
Teatro Municipal. Organização de eventos na escola para oportunizar o trabalho artístico
dos alunos.
AVALIAÇÃO
De acordo com as DCE de Arte para de se obter uma avaliação efetiva individual e
do grupo, são necessários vários instrumentos de verificação tais como: trabalhos
artísticos individuais e em grupo; pesquisas bibliográfica e de campo; debates em forma
de seminários e simpósios; provas teóricas e práticas; registros em forma de relatórios,
gráficos, portfólio, audiovisual e outros.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o
planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às
seguintes expectativas de aprendizagem: A compreensão dos elementos que estruturam
e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea; A produção de
trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social; A
apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e
mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nesta PPC é
diagnóstica e processual. “É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar
as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática
pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem,
do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos” (DCE,
2008, p.81).
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
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Recuperação
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de educação.Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras para aEducação Básica da Rede Estadual de Educação do Paraná. Arte. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP:
Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
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02 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
JUSTIFICATIVA
A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo e fenômeno Vida. A
preocupação com descrição dos seres vivos e os fenômenos naturais levou o homem a
diferentes concepções de Vida, de mundo e de seu papel enquanto parte deste mundo.
Essa preocupação humana representa a necessidade de garantir sua sobrevivência.
As mudanças impostas pelo modelo capitalista resultam no desenvolvimento de
tecnologias e produtos de consumo principalmente biotecnológicos, além da produção de
lixo e produtos assim o conhecimento biológico é atualmente um dos principais
protagonistas das mudanças, tanto no nível de geração de produtos quanto no
comportamento ético e de consumo da sociedade. Logo, o ensino de biologia na
educação básica, enquanto componente curricular, precisa contribuir para questões entre
os jovens e adultos passem a enxergar o planeta com um olhar diferenciado, buscando
cuidar de si mesmo e preservar sua biodiversidade. E que também possa entender essas
e outras tecnologias e seu impacto na vida humana e nos ecossistemas. A biologia
desempenha papel essencial na formação do cidadão consciente, que além de fazer
funcionar o mundo produtivo sejam capazes de repensar e transformar essa realidade.
A Biologia fez grandes processos no século XIX, com a proposição da Teoria
Celular, afirmando que todas as coisas vivas, animais e vegetais eram compostos por
células e com aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida. Neste mesmo século,
a Biologia começou a ser vista como utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na
medicina, na agricultura e em outras áreas.
Com o desenvolvimento da Genética Molecular, o potencial de inovação
biotecnológico se desenvolve e o pensamento biológico evolutivo sofre mudança sem
virtude da manipulação genética. Essas mudanças geram conflitos filosóficos, científicos e
sociais, e põe em discussão o fenômeno Vida.
O ensino de biologia no ensino médio deve propiciar aos alunos o domínio dos
fundamentos das técnicas diversificadas, utilizando no processo de reprodução e não o
mero adestramento de técnicas produtivas. Esta concepção está a exigir medidas a curto,
médio e longo prazo, voltados ao suprimento e apoio á Rede Estadual de Ensino, visando
propiciar meios para que ela cumpra suas funções e atinja planamente os seus objetivos,
incluindo medidas de avaliação da atual política educacional, como também, das
estratégias utilizadas para viabilização das práticas pedagógicas.
18
A Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e com
outras áreas de conhecimento e deve priorizar o desenvolvimento de conceitos
cientificamente produzidos e propiciar uma reflexão constante sobre as mudanças de tais
conceitos em decorrência de questões emergentes. Portanto a mesma não pode ser
considerada um saber neutro, mas um conjunto de fatos científicos socialmente
produzidos numa sociedade historicamente determinada. A escola, sem perder de vista a
formação humanista, deve adaptar-se a estes avanços, formando cidadãos com
capacidade de reflexão e ação e que através de uma visão crítica, possam de novos
conhecimentos, colaborando desta maneira para a melhoria da qualidade de vida da
sociedade como um todo.
Assim, num ambiente cada vez mais permeado pela ciência e tecnologia,
entendemos que cabe a escola capacitar o indivíduo para questionar estes avanços da
ciência e da tecnologia, avaliando as consequências da sua utilização para o homem e
para o meio ambiente. Para tanto, é necessário que o professore adote metodologias de
ensino que leve a formação do pensamento crítico e faz-se necessário também o
compromisso do profissional com a sociedade. A escola, do ensinar ciências, deve
preparar o cidadão para que este possa questionar. Como melhoria do processo ensino-
aprendizagem não deve der entendida apenas a melhoria das notas e a redução das
provações. Estas devem ser consequências das evoluções do processo de ensinar e a
aprender.
Embora o conhecimento tenha sempre sido um fator chave da participação social,
hoje, mais do que nunca, o conhecimento biológico e a visão científica são condições
necessárias para a prática de uma cidadania reflexiva e consciente. Uma
responsabilidade e um compromisso dos quais certamente as escolas e os professores
não podem abrir mão.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Para cada ciência existe um código para interpretar os fenômenos que são
propostos para explicar, a partir da utilização de conceitos e métodos relacionados a cada
ciência. O objeto de estudo da biologia é o fenômeno da vida e toda sua diversidade de
manifestações.
Valorizar a construção histórica dos conhecimentos biológicos, articulados à cultura
científica, socialmente relevante para a formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico,
consolidado por meio de um trabalho efetivo em que o professor reconhece a
19
necessidade de superar concepções pedagógicas antes utilizadas, ao mesmo tempo em
que compartilha com os alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da
compreensão do fenômeno VIDA.
Objetivos específicos da Biologia
Reconhecer a importância do estudo da Biologia como forma de compreender
melhor o mundo que nos cerca.
Valorizar a aplicação do método científico no estudo dos fenômenos biológicos.
Desenvolver a capacidade de aprender a aprender como forma de aprimorar seus
conhecimentos na disciplina.
Aplicar os conhecimentos e hábitos adquiridos no estudo da Biologia em sua vida
para preservar a saúde, com consequente melhoria da qualidade de vida.
Analisar as implicações sócio-políticas, culturais e econômicas do desenvolvimento
científico e tecnológico, seus alcances e suas limitações.
Aprofundar-se nos conteúdos que conduzam ao processo de educação em saúde,
pessoal e ambiental.
Ampliar os conhecimentos biológicos frente às últimas descobertas científicas;
Reconhecer a relevância dos conhecimentos relativos às Ciências Biológicas nos
avanços biotecnológicos.
Desenvolver hábitos de trabalho em equipe e responsabilidade na realização de
tarefas.
Desenvolver a capacidade de lidar com materiais de laboratório e Objetivos Gerais
da Biologia
Desenvolver uma ética científica.
Reconhecer a relevância dos conhecimentos relativos às Ciências Biológicas nos
avanços biotecnológicos.
Desenvolver hábitos de trabalho em equipe e responsabilidade na realização de
tarefas.
Desenvolver a capacidade de lidar com materiais de laboratório e computadores.
Desenvolver a integração: convergência de esforços, criatividade, senso crítico e
participação.
Permitir aos educandos momentos de reflexão, despertando a curiosidade dos
mesmos para o conteúdo que vem a seguir.
Identificar o conhecimento cientifico como resultado de gerações de homens e
20
mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do mundo, valorizando-os
como instrumento para o exercício da cidadania.
Desenvolver hábitos de qualidade de vida concebendo saúde pessoal, social e
ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser conservados, preservados e
potencializados.
Identificar os elementos do ambiente, percebendo-os como parte dos processos de
relações e transformações.
Compreender a tecnologia como recurso para resolver as necessidades humanas
diferenciando o uso correto e úteis daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e do
ser humano.
Conhecer os processos de classificação dos seres vivos.
Compreender o funcionamento dos organismos dos diversos Reinos.
Caracterizar os principais sistemas orgânicos.
Reconhecer o processo evolutivo como o agente da biodiversidade.
Relacionar a origem da vida na Terra com as relações de parentesco entre os seres
vivos.
Compreender o funcionamento do organismo humano.
CONTEÚDOS
ENSINO MÉDIO
1° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Organização dos Seres Vivos Sistemas Biológicos: Anatomia, morfologia e fisiologia;
Mecanismos Biológicos Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
Biodiversidade Teorias evolutivas; Transmissão das características
hereditárias;Manipulação Genética Dinâmica dos ecossistemas:
relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente;
Organismos geneticamente modificados.
21
2° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSOrganização dos seres vivos Classificação dos seres vivos:
Critérios taxonômicos e filogenéticos; Sistemas biológicos: Anatomia,
morfologia e fisiologia animal e vegetal;
Mecanismos biológicos Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
Biodiversidade Teorias evolutivas;Transmissão das características hereditárias;
3° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSOrganização dos seres vivos Classificação dos seres vivos:
Critérios taxonômicos e filogenéticos; Sistemas biológicos: Anatomia,
morfologia e fisiologia animal e vegetal;
Mecanismos biológicos Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
Biodiversidade Teorias evolutivas;Transmissão das características hereditárias;
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os desafios SÓCIO EDUCACIONAIS/
CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
22
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Compreender o fenômeno VIDA e suas relações por meio de uma análise científica
em transformação constante é fundamental na disciplina, pois pelo seu caráter provisório
é possível reavaliar os seus resultados, repensar e mudar conceitos e teorias elaborados
em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.
Por apresentar uma expansão em seus conteúdos no decorrer dos tempos a
Biologia contribuiu para o caráter enciclopédico assumido pela prática pedagógica,
inclusive pela falta de critérios de seleção que permitissem ao professor decidir o que era
fundamental e o que era acessório, sendo que este caráter enciclopédico somou-se a
questão do tempo escolar, obviamente insuficiente para abranger um currículo tão
extenso, o que justifica uma prática histórica, apenas para divulgar os resultados da
ciência.
Se, por um lado, os conteúdos se tornavam históricos e enciclopédicos, por outro,
não se abria mão do conhecimento científico que garantia o objeto de estudo da Biologia.
Estas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia firmam-se na relação dos
conteúdos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento, propiciando reflexão
constante sobre as mudanças conceituais em decorrência de questões emergentes.
Os quatro paradigmas metodológicos do conhecimento biológico “o descritivo, o
mecanicista, o evolutivo e o da manipulação genética” representam um marco conceitual
na construção do pensamento biológico identificado historicamente, onde de cada marco
define-se um conteúdo estruturante e destacam-se metodologias de pesquisa utilizadas, à
época, para compreender o fenômeno VIDA, e cuja preocupação está em estabelecer
critérios para seleção de conhecimentos desta disciplina a serem abordados no decorrer
do ensino médio.
A construção a partir da prática do professor, trazendo os conteúdos de volta para
os currículos escolares numa perspectiva diferenciada, em que se retome a história da
produção do conhecimento científico e da disciplina escolar e seus determinantes
políticos, sociais e ideológicos.
A proposição dos conteúdos estruturantes na disciplina de Biologia sugere a
possibilidade de selecionar conteúdos específicos que farão parte da proposta curricular
23
da escola, igualmente importante, é relacionar os diversos conhecimentos.
De outro lado, a atividade experimental, como resolução de problemas ou de
hipóteses, pode trazer uma concepção de ciência diferente, como interpretação da
realidade, de maneira que as teorias e hipóteses são consideradas explicações
provisórias. Nesse caso, estabelece-se maior contato do aluno com o experimento e com
a atitude científica.
Outra estratégia capaz de integrar conhecimentos veiculados a uma concepção
relativa ao ser humano e o ambiente com novas elaborações em pesquisa é o estudo do
meio, que pode ocorrer em parques, praças, terrenos baldios, praias, bosques, rios,
zoológicos, hortas, mercados, aterros sanitários, fábricas, etc.
Os jogos didáticos contribuem para gerar desafios, conforme Moura (1994), o jogo
é considerado uma estratégia impregnada de conteúdos culturais a serem veiculados na
escola. Ele detém conteúdos com finalidade de desenvolver habilidades de resolução de
problemas, o que representa a oportunidade de traçar planos de ações para atingir
determinados objetivos.
A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e africana, bem
como, sobre a cultura indígena, poderá ser desenvolvida por meio de análises que
envolvam a constituição genética da população brasileira. Os conteúdos específicos a
serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos conteúdos estruturantes quanto
aos conteúdos básicos da disciplina de forma contextualizada, favorecendo a
compreensão da diversidade biológica e cultural.
Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, prevenção ao uso de
indevido de drogas segue a Lei 16212 de 17 de agosto de 2009, no âmbito das escolas
públicas estadual, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que
requer uma abordagem desprovida de preconceitos e discriminações, bem como ser
fundamentada teoricamente, por meio de conhecimentos científicos.
Em relação á sexualidade humana orientar os educandos que a prevenção é
maneira mais barata de garantir a qualidade de vida. Quanto ao trabalho envolvendo a
educação ambiental, em concordância com a Lei n. 9.795/99 Dec.4201/02; que institui a
Política Nacional de Educação Ambiental deverá ser uma prática educativa integrada,
contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos sendo necessário
que o professor contextualize esta abordagem em relação aos conteúdos estruturantes,
de tal forma que os conteúdos específicos sobre as questões ambientais não sejam
trabalhados isoladamente na disciplina de Biologia.
24
INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
A função essencial da avaliação é medir a capacidade e o aproveitamento do
aluno, destinando-o à promoção e seleção classificatória de cunho autoritário.
A superação deste senso comum implica em estudos, pesquisas e análises de resultados
que permitam a elaboração de programas de formação continuada para os professores
envolvidos no processo ensino-aprendizagem, a fim de possibilitar a elaboração de uma
concepção de avaliação adequada à realidade escolar da qual participa.
Muitos professores mantêm-se crédulos ao sistema de avaliação classificatório por
acreditar ser este a garantia de um ensino de qualidade que resguarde um saber
competente dos alunos (HOFFMANN, 2003).
Quando a concepção de avaliação é, tão somente classificatória pautada em
critérios que visam medir o aproveitamento, identifica-se erros, dificuldades de
aprendizagem, porém, não se sabe o que fazer com as informações levantadas e os
professores acabam por não se preocuparem em “auxiliar o aluno a resolver suas
dificuldades ou a avançar no seu conhecimento” (HOFFMANN, 2003, p. 121).
Nestas Diretrizes, ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam
uma abordagem crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em
que se perceba o processo cognitivo contínuo, inacabado, portanto, em construção, onde
a avaliação seja um momento do processo ensino aprendizagem que abandone a idéia de
que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do processo, pois o
aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constitui importantes elementos para avaliar
o processo de mediação desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno. A
ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá observação e investigação
visando à melhoria da qualidade do ensino.
25
Este processo deve procurar atender aos critérios para a verificação do rendimento
escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera a avaliação como um processo
“contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos”.
Para que a aprendizagem efetivamente ocorra deve haver a compreensão de
significados relacionando-os às experiências anteriores e vivências dos alunos, permitindo
a formulação de problemas que incentivem o aprender mais, o estabelecimento de
relações entre fatos, objetos, acontecimentos, noções e conceitos, desencadeando
mudanças e contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes situações.
Assim, sendo a aprendizagem significativa, critérios avaliativos decorrerão de objetivos
claros a cerca de conteúdos que são efetivamente relevantes dentro de cada disciplina, “a
partir dos mínimos necessários para que cada um possa participar democraticamente da
vida social” (Luckesi,1984).
Serão utilizados como critérios avaliativos os itens citados abaixo, de acordo com o
perfil de cada série:
• Atividade de leitura
A avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos
conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do
texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a
discussão, bem como a ampliação de conhecimento. Como critério de avaliação, o aluno
deverá compreender as ideias presentes no texto e interagindo por meio de
questionamentos, concordâncias ou discordâncias. Ao falar sobre o texto, o educando
deverá expressar suas ideias com clareza e sistematizar o conhecimento de forma
adequada, estabelecendo relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
• Projeto de Pesquisa Bibliográfica
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se
pretende. O aluno deverá identificar a situação e o contexto com clareza de seu projeto de
pesquisa bibliográfica, de forma objetiva, delimitando o foco da pesquisa, buscando
soluções e referenciando o conteúdo da mesma adequadamente.
• Produção de Texto
A atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e
interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao
que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. O educando
deverá produzir texto expressando ideias claras com argumentos consistentes,
estabelecendo assim relações entre as partes do texto, relação entre a tese e os
argumentos elaborados para sustentá-lo.
26
• Palestra/Apresentação Oral
A atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua
compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor
suas ideias. Portanto o educando deverá em sua apresentação mostrar uma sequência
lógica com clareza e argumentos.
• Atividades Experimentais
Estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar
hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o
erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. O aluno ao realizar um experimento
deverá saber usar adequadamente e de forma conveniente os materiais e instrumento
necessário, diagnosticando as hipóteses e os passos a ser seguidos, compreendendo o
fenômeno experimentado;
• Projeto de Pesquisa de Campo
Essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de
informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a
construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. A princípio, o
aluno ao proceder sua pesquisa de campo deverá registrar as informações, no local,
organizando-se e examinando os dados coletados, conforme orientações e conhecimento
construído, demonstrando sua capacidade de análise dos dados coletados e de síntese.
• O Relatório
É um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no
aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi
realizado e a reconstrução de seu conhecimento, que deve apresentar introdução,
metodologia e materiais, análise e considerações finais.
No relatório o aluno deverá apresentar quais dados ou informações foram
coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais
resultados podem-se extrair deles.
• Seminário
Oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma
discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo
fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto
com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Sendo assim o aluno terá que
demonstrar consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas,
apresentando compreensão do conteúdo abordado.
• Debate
27
Possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja
turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a
participação de todos. O discente deverá respeitar respeita os pensamentos divergentes
que ultrapassa os limites das suas posições pessoais e explicita racionalmente os
conceitos e valores que fundamentam a sua posição.
• Atividades a partir de recursos Audiovisuais
O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que
seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia
não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade
diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo caberá ao professor.
Cabe ao aluno compreender e interpretar a linguagem utilizada, articulando o
conceito/conteúdo/tema discutidos nas aulas.
• Trabalho em grupo
Desenvolve dinâmica com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos
alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita
a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento.
• Questões discursivas
Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o
conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor
avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a
exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão
discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que
possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do
conhecimento.
• Questões objetivas
Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma
questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um
vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi
solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar
um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada
para cada série com vistas a não cometer injustiças. O aluno realizará leitura
compreensiva do enunciado, demonstrando apropriação de alguns aspectos definidos do
conteúdo, utilizados de conhecimentos adquiridos.
28
Referências Bibliográficas
LAURENCE, J; Biologia. Volume único, ed. Nova Geração. 2007.
LINHARES, Sérgio, GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia.
MOURA, M.O. A séria busca no jogo: do lúdico na matemática. A Educação Matemática em Revista. n. 3, Blumenau, 1994.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba: Seed/DEB-PR, 2008.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
29
03 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
JUSTIFICATIVA
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída,
que influência e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e
políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998).
Nesse sentido, refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma
construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num
determinado contexto histórico, num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural,
religioso, ético e político, evitando creditar seus resultados a supostos “cientistas geniais”.
“[...] para concretizar este discurso sobre a Ciência [...] é necessário e imprescindível
determiná-la no tempo e no contexto das realizações humanas, que também são
historicamente determinadas” (RAMOS, 2003, p.16).
Por isso, conceituar ciência exige cuidado epistemológico, pois para conhecer a
real natureza da ciência faz-se necessário investigar a história da construção do
conhecimento científico (KNELLER, 1980).
A história da Ciência está relacionada e integrada aos processos que constituem a
própria história da sociedade humana. Todas as diferentes visões de mundo e suas
teorias correspondem a diferentes abordagens do fenômeno científico, da produção
científica e do que é ser cientista. Hoje vários significados são aceitos para o termo
Ciência. Vendo assim, pode se considerar a ciência sob duas concepções: uma
dogmática, neutra, infalível, pronta e acabada, histórica e que não admite críticas; outra
como processo de construção humana, que convive com a dúvida, é falível e intencional
e, utiliza se de métodos numa constante busca por explicações dos fenômenos naturais:
físicos, químicos, biológicos, geológicos, dentre outros.
E desde que o homem começou a se interessar por fenômenos à sua volta e
aprender com eles, a ciência já estava presente, mesmo sem se apresentar com o caráter
sistematizador do conhecimento como por exemplo, quando o homem, atritando alguns
galhos secos, conseguiu produzir fogo, foi provavelmente sua primeira intervenção
significativa na natureza, uma aplicação prática de suas leis: o atrito gera calor, o calor
produz fogo.
O conhecimento humano foi se ampliando de tal maneira que muitas ciências
foram surgindo para o estudo da natureza, como a química, que procura não só conhecer
a matéria que nos rodeia, como também criar novos compostos e novas substâncias; a
Biologia, que estuda a vida; a Geologia, que procura conhecer a Terra; a Astronomia, que
30
estuda o Universo; a Ecologia, que estuda as relações dos seres vivos com o meio
ambiente; e como não podia deixar de ser todas essas ciências se baseiam direta ou
indiretamente na Física, cujo campo de ação é todo o Universo, das estrelas e galáxias
onde as dimensões são incrivelmente grandes, às partículas elementares da matéria,
onde as dimensões são incrivelmente pequenas. Tudo que pode ser percebido, medido e
estudado é objeto de estudo das CIÊNCIAS.
Como toda construção humana, o conhecimento científico está em permanente
transformação: as afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser aceitas como
completas e definitivas. Pautado nessa concepção, o processo de ensino e de
aprendizagem de Ciências valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência,
o questionamento das certezas e incertezas, superando o tratamento curricular dos
conteúdos por eles mesmos, priorizando se a sua função social.
A Ciência, além de um acervo de conhecimentos, continuamente confirmados,
retificados e, por vezes, completamente superados, também constitui um modo de pensar,
de chegar à conclusões coerentes a partir de premissas, de questionar preconceitos, de
estimular o equilíbrio entre nossas ideias e as já estabelecidas. A leitura e análise crítica,
dessa realidade social, possibilita um novo encaminhamento pedagógico à medida em
que propõe a partir desta realidade como um todo para a especificidade teórico-prática da
sala. de aula. O referencial de partida do processo de ensino e de aprendizagem, nesta
perspectiva, "não será a escola, nem a sala de aula, mas a realidade social" (Gasperim,
2003 p.3-4).
A Ciência deu ao homem um poder tão grande de intervir na natureza que hoje ele
pode até destruí-la e destruir a si próprio. Assim, aumentou os conhecimentos sobre o
próprio corpo e sobre os outros seres; descobriu remédios extraindo substâncias de
raízes e folhas; fabricou tecidos utilizando peles de animais e fibras vegetais; encontrou
combustíveis e riquezas minerais pesquisando o solo; dominou os ares observando o vôo
dos pássaros; e, estudando os movimentos da Lua, colocou em órbita da Terra satélites
de comunicações.
Esse relacionamento entre o homem e a natureza constitui o objeto da Ciência. É
um relacionamento complexo, que, por isso, se realiza através dos diversos ramos em
que a Ciência se divide: a biologia, a ecologia, a física, a química, etc.
Diante disso, o objetivo da nossa proposta do ensino de ciências é expressar
claramente as necessidades históricas que levaram o homem a compreender e apropriar
das leis que movimentam, produzem e regem os fenômenos naturais para criar diferentes
processos e técnicas de trabalho que respondem pelo desenvolvimento da humanidade e
31
que seja um instrumento a serviço do homem. E o homem somos todos nós.
Dessa forma, conforme LOPES (1999), o ensino de Ciências deixa de ser encarado
como mera transmissão de conceitos científicos, para ser compreendido como processo
de formação de conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções
alternativas dos estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica. Espera-se uma
superação do que o estudante já possui de conhecimentos alternativos, rompendo com
obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de estabelecer relações
conceituais, interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar uma linguagem que permita
comunicar se com o outro e que possa fazer da aprendizagem dos conceitos científicos
algo significativo no seu cotidiano.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino de Ciências
(2008), esta disciplina tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta
da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o
conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade.
Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza,
resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria,
movimento, força, campo, energia e vida.
CONTEÚDOS
6º ANOS
Conteúdos Estruturantes: Astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e
biodiversidade.
Conteúdos Básicos: Universo, sistema solar, movimentos terrestres, movimentos
celestes e astros. Constituição da matéria. Níveis de organização celular. Formas de
energia, conversão de energia e transmissão de energia. Organização dos seres vivos,
ecossistema e evolução dos seres vivos.
7º ANOS
Conteúdos Estruturantes: Astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e
biodiversidade.
Conteúdos Básicos: Astros, movimentos terrestres e movimentos celestes. Constituição
da matéria. Célula, morfologia e fisiologia dos seres vivos. Formas de energia e
transmissão de energia. Origem da vida, organização dos seres vivos e sistemática.
8º ANOS
32
Conteúdos Estruturantes: Astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e
biodiversidade.
Conteúdos Básicos: Origem e evolução do Universo. Constituição da matéria. Célula,
morfologia e fisiologia dos seres vivos. Formas de energia. Evolução dos seres vivos.
9º ANOS
Conteúdos Estruturantes: Astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e
biodiversidade.
Conteúdos Básicos: Astros e gravitação universal. Propriedade da matéria. Morfologia e
fisiologia dos seres vivos e mecanismos de herança genética. Formas de energia e
conservação de energia. Interações ecológicas.
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO DE CIÊNCIAS
Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade,
como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com
os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma
atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica,
política e cultural;
Identificar relações entre conhecimento cientifico, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender
a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo
33
sobre riscos e benefícios das práticas científico tecnológicas;
Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de
elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e
atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
Saber utilizar conceitos básicos, associados a energia, matéria, transformação,
espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta,
comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e
informações;
Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a
construção coletiva do conhecimento.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Propõe-se com essa PPC uma prática pedagógica que leve a integração de
conceitos científicos valorizando um pluralismo metodológico. Para que isto se efetive é
importante que o professor tenha uma autonomia para fazer uso de diferentes
abordagens, estratégias e recursos, resultando em uma rede de interações sociais entre
estudantes, professores e o conhecimento científico escolar.
Os conteúdos a serem desenvolvidos serão organizados tendo em vista a DCE de
Ciências o projeto político pedagógico da escola, a realidade local e regional, a análise
dos livros didáticos e o tempo disponível hora/aula semanal. Os conteúdos específicos
serão estudados a partir das relações entre os conteúdos estruturantes e básicos.
A utilização de estratégias que estabeleçam relações interdisciplinares e
contextuais envolvendo conceitos de outras disciplinas e questões tecnológicas, sociais,
culturais, éticas e políticas, se faz necessário no processo ensino-aprendizagem com o
uso de:
Recursos pedagógicos e tecnológicos que enriquecem a prática docente
como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revistas em
quadrinhos, música, quadro de giz, mapas, globo, modelos didáticos, TV
multimídia, computadores e kit de Biologia, Jogos didáticos, filmes (de ficção
de acordo com o conteúdo ministrado), documentários entre outros.
Recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de
34
relações, gráficos, tabelas, infográficos entre outros.
Espaços de pertinência pedagógica como: laboratórios, exposições de
ciências, seminários, palestras e debates.
Confecção de cartazes, painéis e Murais;
Visitas às universidades, feiras, museus, parques ecológicos, aquário
municipal, entre outros;
Relatórios e ou questões avaliativas após um filme, visita ou experiências;
Durante o desenvolvimento das práticas pedagógicas serão valorizados alguns
elementos: abordagem problematizador, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a
pesquisa, a leitura científica, atividade em grupo, a observação, atividade experimental,
entre outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
A avaliação é um elemento do processo ensino e aprendizagem que deve ser
considerado em direta associação com os demais. Informa ao professor o que foi
aprendido pelo estudante; informa ao estudante quais são seus avanços, dificuldades e
possibilidades; encaminha
o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa e, desse modo,
orienta o ajuste de sua intervenção pedagógica para que o estudante aprenda.
Ainda, a avaliação do processo pedagógico é feita numa interação diária do
professor com a classe e em procedimentos que permitem verificar em que medida os
alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados, de forma contínua, cumulativa,
permanente, diagnóstica e construtivista.
Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, a avaliação se
35
inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a se
evidenciar durante toda a situação escolar. Assim, o que constitui a avaliação ao final de
um período de trabalho é o resultado tanto de um acompanhamento contínuo e
sistemático pelo professor como de momentos específicos de formalização, ou seja, a
demonstração de que as metas de formação de cada etapa foram alcançadas.
A avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos estudantes
com relação à aprendizagem não só de conceitos, mas também de procedimentos e
atitudes. Dessa forma é fundamental que se utilizem diversos instrumentos e situações
para poder avaliar diferentes aprendizagens.
Em Ciências, também são muitas as formas de avaliação possíveis: individual e
coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado, a
observação sistemática durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos estudantes, as
respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, de pesquisas, de filmes, de
experimentos, os desenhos de observações, por outro lado, as atividades específicas de
avaliação, como comunicações de pesquisa, participação em debates, relatórios e ou
questões: de leitura, de experimentos, de visitas, de filmes e ainda, provas dissertativas
ou de múltipla escolha.
REFERÊNCIAS
CANTO, Eduardo Leite do. Coleção de Ciências, Ciências Naturais: Aprendendo com
o cotidiano. 3ª ed. São Paulo, Moderna, 2009.
CARVALHO, Ana M. Pessoa. Ensino de Ciências: Unindo a Pesquisa e a Prática. São
Paulo, Thomson, 2006.
GOWDAK, Demétrio, Neide S. de Matos, Valmir de França. Ciências O Universo e o
Homem. 5ª série. São Paulo: FTD, 1994.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Ciências. Curitiba:
SEED/DEB, 2008..
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de
Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA.
Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
36
04 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
JUSTIFICATIVA
A escola e a Educação Física devem ser vistas como uma prática primordial para
o desenvolvimento do individuo num ambiente humano, cultural e social. Sendo assim, a
Educação Física se justifica na escola com o propósito de desenvolver a consciência
sobre a experiência humana e a autonomia, por meio de práticas corporais.
As aulas de Educação Física não devem exclusivamente possibilitar o
desenvolvimento motor, mesmo porque, não é aceitável o fato de que somente duas ou
três aulas semanais sejam suficientes para essa potencialização.
É imprescindível que o professor de Educação Física acredite que o conjunto de
posturas e movimentos corporais é constituído de valores representativos de uma
determinada sociedade, portanto, atuar no corpo, implica atuar na sociedade, na qual este
corpo está inserido. Encaminhando essa discussão para o micro espaço social que é a
escola e especificamente, o espaço das aulas de Educação Física, salienta-se que,
atualmente, propõe-se como objeto de estudo para a Educação Física na escola a
denominada cultura corporal. Por cultura corporal compreende-se todo um acervo de
práticas corporais que ao longo do tempo o homem vem criando e modificando, conforme
suas necessidades. E para discutir e pôr em prática na escola as diversas formas em que
a cultura corporal se apresenta até o presente momento (os jogos, as ginásticas, as
danças, as lutas e os esportes), é necessário discutir alguns pressupostos. Uma primeira
afirmação que soa óbvia, é que a Educação Física escolar deve partir do acervo cultural
dos alunos, porque os movimentos corporais que eles possuem, extrapolam a influência
da escola, são culturais, portanto, têm significados específicos para diferentes grupos
sociais. O professor necessita então, iniciar sua ação pedagógica partindo do acervo de
conhecimentos e habilidades de seus alunos e ampliá-los.
Outra discussão sobre as práticas corporais na escola remete a questões relativas
às práticas esportivas. São práticas determinadas culturalmente, que podem fazer parte
de um programa de Educação Física, enriquecendo, assim, o acervo cultural dos alunos.
Entretanto, a aprendizagem dos gestos esportivos não deve se limitar aos movimentos
padronizados ensinados pelo professor, mas devem contemplar a experiência dos alunos
e incentivar a sua criatividade e capacidade de exploração. Esta posição não é contrária à
utilização das práticas esportivas nas aulas de Educação Física. Questiona-se tão
37
somente que os movimentos esportivos não podem se tornar uma camisa de força que
impeça os alunos de expressarem outros movimentos, frutos de histórias de vidas
diferentes e de especificidades culturais diferentes.
Salienta-se ainda que, trabalhar com práticas corporais nas aulas de Educação
Física, vai muito além de simplesmente ensinar as regras e técnicas próprias de cada
tema da cultura corporal. É necessário acima de tudo, contextualizar essa prática à
realidade a qual ela se encontra. Antes de tudo, há que se acreditar em possibilidades de
mudanças. Para isto, é essencial querer, sentir que é necessário fazer algo, enquanto
educador e ser humano. É possível cada um fazer a sua parte e para tanto, é essencial
modificar paradigmas quanto aos objetivos da Educação Física e a função do professor
de Educação Física.
CONTEÚDOS
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais e necessários
para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. O acesso a
esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e
imprescindível para sua formação.
ENSINO FUNDAMENTAL
6ºano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosESPORTE Coletivos e IndividuaisJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativosDANÇA Danças Folclóricas
Danças criativasGINÁSTICA Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geralLUTAS Lutas de aproximação
CapoeiraDESENVOLVIMENTO CORPORAL E
CONSTRUÇÃO DA SAÚDE
Benefícios da atividade física – nível I
NutriçãoAlimentação
38
Obesidade;
Alimentação e atividade física
Higiene corporal após a atividade física
Conhecimentos sobre o corpo:
transformações que ocorrem na puberdade
e adolescência.
Frequência cardíaca
Álcool, cigarro e drogas: malefícios, dependência e tratamento – nível I.
7º ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosESPORTE Coletivos e
IndividuaisJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativosDANÇA Danças Folclóricas
Danças criativas
Danças CircularesGINÁSTICA Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geralLUTAS Lutas de aproximação
CapoeiraDESENVOLVIMENTO CORPORAL E
CONSTRUÇÃO DA SAÚDE
Benefícios da atividade física – nível II
Avaliação física e calculo do IMC
Alimentação e atividade física
Higiene corporal após a atividade física
Conhecimentos sobre o corpo:
transformações que ocorrem na puberdade
e adolescência.
Freqüência cardíaca
Freqüência cardíaca máxima.
Álcool, cigarro e drogas: malefícios,
dependência e tratamento – nível II
39
Educação Ambiental
8º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosESPORTE ColetivosJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos e brincadeiras populares
Jogos Dramáticos
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativosDANÇA Danças criativas
Danças CircularesGINÁSTICA Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geralLUTAS Lutas com Instrumento mediador
CapoeiraDESENVOLVIMENTO CORPORAL E
CONSTRUÇÃO DA SAÚDE
Benefícios da tividade física – nível III
Avaliação física e calculo do IMC.
Alimentação e atividade física
Primeiros socorros na Educação Física e
no dia-a-dia.
Conhecimentos sobre o corpo:
transformações que ocorrem na puberdade
e adolescência.
Freqüência cardíaca
Freqüência cardíaca máxima.
Álcool, cigarro e drogas: malefícios,
dependência e tratamento – nível III
História e cultura afro-brasileira, áfrica e
indígenas
9º ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosESPORTE ColetivosJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos Dramáticos
Jogos de tabuleiro
40
Jogos cooperativosJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos Dramáticos
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativosDANÇA Danças criativas
Danças CircularesGINÁSTICA Ginástica rítmica
Ginástica geralLUTAS Lutas com Instrumento mediador
CapoeiraDESENVOLVIMENTO CORPORAL E
CONSTRUÇÃO DA SAÚDE
Benefícios da atividade física – nível IV
Avaliação física e calculo do IMC.
Alimentação e atividade física: valores
calóricos dos alimentos, queima calórica
dos exercícios e diferenças entre alimento
light e diet.
Os riscos da atividade física eventual.
Primeiros socorros na Educação Física e
no dia-a-dia.
O esqueleto e o sistema ósseo: postura e
coluna vertebral.
Álcool, cigarro e drogas: malefícios,
dependência e tratamento – nível IV.
Doenças crônico-degenerativas: diabetes,
hipertensão e colesterol.
Educação Fiscal
Direito das crianças e adolescentesTênis de mesa
ENSINO MÉDIO
Conteúdos
Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosESPORTE Coletivos
IndividuaisJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos Dramáticos
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
41
DANÇA Danças Folclóricas
Danças de SalãoGINÁSTICA Ginástica Artística e Olímpica
Ginástica de condicionamento físico
Ginástica GeralLUTAS Lutas com Aproximação
Lutas que mantém a distancia
Lutas com instrumento mediador
CapoeiraDESENVOLVIMENTO CORPORAL E
CONSTRUÇÃO DA SAÚDE
Benefícios da atividade física – nível V.
Alimentação e atividade física: valores
calóricos dos alimentos, queima calórica
dos exercícios e diferenças entre alimento
light e diet.
Os riscos da atividade física eventual.
Primeiros socorros na Educação Física e
no dia-a-dia.
Estrutura corporal: ossos, articulações e
músculos (desenvolver o geral e dar ênfase
na coluna vertebral)
Álcool, cigarro e drogas: malefícios,
dependência e tratamento – nível V.
Doenças crônico-degenerativas: diabetes,
hipertensão e colesterol.
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais;
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
42
METODOLOGIA
Considerando que o objeto de ensino e de estudo da Educação Física, é a
Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, dança,
ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função social de
contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo,
adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas
corporais.
É responsabilidade do professor de Educação Física de organizar e sistematizar
o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o diálogo
com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de investigação e de
pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de
conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas
reflexões.
Este mesmo conteúdo deve ser discutido com o aluno, levando em conta o
momento político, histórico, econômico e social em que os fatos são inseridos.
Os conteúdos devem ser trabalhados de forma crescente, com aumento da
complexidade. Os mesmos conteúdos propostos no Ensino Fundamental podem ser
discutidos no Ensino Médio. Devemos ressaltar sempre que o eixo central da construção
do conhecimento deve passar pela abordagem teórico-prático, e não somente por uma
das vias. Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante jogo, o professor do Ensino Fundamental
pode apresentar aos seus alunos diversas modalidades de jogo, com suas regras mais
elementares, as possibilidades de apropriação e recriação, conforme a cultura local.
Pode, ainda, discutir em que o jogo se diferencia do esporte, principalmente quanto à
liberdade do uso de regras. Já o professor do Ensino Médio, ao trabalhar com o mesmo
Conteúdo Estruturante, pode inserir questões envolvendo as diversas dimensões sociais
em jogos que requeiram maior capacidade de abstração por parte do aluno.
Para que as aulas ocorram com sucesso de acordo com o que foi explicado a
acima, partido do fácil para o difícil, torna-se necessário a abordagem teórica e prática
dos conteúdos. As aulas teóricas serão a partir da utilização de textos, exposições orais,
pesquisas bibliográficas, pesquisas on-line em sites oficias e pesquisas abertas (não
oficiais) e discussões em sala com o que foi pesquisado, trazendo para a prática o que foi
visto na teoria. Nas aulas práticas, os estudantes terão explicações, orientações,
demonstrações, correções de gestos motores e técnicos, jogos cooperativos, jogos pré-
desportivos, jogos desportivos e participação em eventos esportivos internos e externos à
43
escola.
Diferentes Recursos Tecnológicos serão utilizados, tanto em aulas teóricas quanto
práticas, tais como: aparelho multimídia, aparelho de som, DVD, retroprojetor, quadro de
giz, laboratório de informática, computadores, televisão, máquina fotográfica digital,
gravador, artigos, salas de leitura e quadra de esportes.
AVALIAÇÃO
Tradicionalmente, a avaliação em Educação Física tem priorizado os aspectos
quantitativos de mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos, destrezas
motoras e qualidades físicas, visando principalmente à seleção e à classificação dos
alunos.
Os professores, historicamente, praticam a verificação e não a avaliação,
sobretudo porque a aferição da aprendizagem escolar tem sido feita, na maioria das
vezes, para classificar os alunos em aprovados e reprovados. Chega-se à conclusão de
que, mesmo havendo ocasiões em que se deem oportunidades para os alunos se
recuperarem, a preocupação recai em rever os conteúdos programáticos para recuperar a
nota (LUCKESI, 1995).
A Educação Física, a partir da referência positivista e da esportivização, procurou
distinguir os melhores, mais habilidosos, daqueles piores, que não apresentavam a
habilidade esperada, tudo isso considerando o entendimento do professor sobre o que
seria certo ou errado. Essa concepção chegou ao ápice quando alguns professores de
Educação Física se apropriaram de testes padronizados para selecionar estudantes das
escolas públicas para comporem um grupo de “atletas”. Nessa perspectiva, a avaliação
era, e por muitas vezes continua a ser, aplicada como verificação físico-motora do
rendimento dos alunos-atletas.
Com as transformações ocorridas no campo das teorizações em Educação e
Educação Física, principalmente a partir dos anos 80 e 90, a função da avaliação
começou a ganhar novos contornos, sendo profundamente criticadas as metodologias
que priorizam testes, materiais e sistemas com critérios e objetivos classificatórios e
seletivos. Esses estudos têm conduzido os professores à reflexão e ao aprofundamento,
buscando novas formas de compreensão dos seus significados no contexto escolar.
A partir de novo referencial teórico e das discussões desenvolvidas, temos que ter
critérios, ferramentas e estratégias que reflitam a avaliação no contexto escolar. O
objetivo é favorecer maior coerência entre a concepção defendida e as práticas
44
avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem.
Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a
avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que
permeie o conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse
processo.
A avaliação deve estar vinculada ao projeto político-pedagógico da escola, de
acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo docente. Com efeito, os
critérios para a avaliação devem ser estabelecidos tais como:
• Comprometimento e envolvimento no desenvolvimento da disciplina,
entendimento, assimilação e compreensão dos conteúdos propostos, assiduidade,
responsabilidade, recriação de jogos e regras, resolução de problemas teóricos e práticos,
sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo, propondo
soluções para as divergências; apropriação dos conhecimentos trabalhados e execução
das atividades solicitadas, estabelecer as características e especificidades de cada
atividade ou modalidade esportiva; reconhecer as diferenciações em relação as regras
básicas das modalidades esportivas, participando nas atividades práticas ou realizando
relatórios.
Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo
contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96, em que o
professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas
corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.
A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,
constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas
durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão
revisar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico,
com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e
ainda superem as dificuldades constatadas.
Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-se
de outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates ( em
sala de acordo com o assunto abordado, levantar questões para serem discutidas em
mesa redonda), júri-simulado (dinâmica utilizada para levantar questões a serem
discutidas sobre algum conteúdo, geralmente utilizadas em assuntos relacionados a
preconceito, drogas etc.; é utilizado em forma de tribunal mesmo, um é o juiz outro o réu e
assim por diante), (re)criação de jogos, pesquisa em grupos, entre outros, em que os
estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas.
45
Outra sugestão é a organização e a realização de festivais e jogos escolares, cuja
finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se aplicam numa
situação real de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia dos
alunos.
As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação das aulas
de Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e
classificar os alunos em melhores ou piores; aprovados e reprovados; mas que sirva,
também, como referência para redimensionar sua ação pedagógica. A recuperação de
todo o processo avaliativo se dará de forma contínua às aulas, proporcionando uma
retomada de conteúdos que não foram totalmente absorvidos pelos educandos, podendo
ser de forma teórica, prática ou unindo as duas coisas (teórico-prática). Trabalhos,
seminários, avaliações, mini aulas (práticas e teóricas) , etc.
Os professores precisam ter clareza de que a avaliação não deve ser pensada à
parte do processo de ensino/aprendizado da escola. Deve, sim, avançar dialogando com
as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas, compreendendo esse
processo como algo contínuo, permanente e cumulativo.
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de avaliações teóricas
e práticas e 30% por meio de atividades diversificadas como tarefas, trabalhos,
participações nas atividades extra-classe e projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. MEC. CURY, Carlos Roberto
Jamil.
DCEs, Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008. Secretaria de Estado da
Educação do Paraná.
46
LUCKESI, Cipriano. Avaliação e Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Educação Física. Curitiba:
SEED/DEB, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de
Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA.
Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
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05 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ENSINO RELIGIOSO
JUSTIFICATIVA
O conhecimento religioso é entendido como um patrimônio por estar presente no
desenvolvimento histórico da humanidade. Legalmente, é instituído como disciplina
escolar a fim de promover a oportunidade aos educandos de se tornarem capazes de
entender os movimentos específicos das diversas culturas, e para que o elemento
religioso colabore na constituição do sujeito. Sob tal perspectiva, o Ensino Religioso é
uma disciplina que contribui para o desenvolvimento humano, além de possibilitar o
respeito e a compreensão de que a nossa sociedade é.
A Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois,
constituíram-se historicamente na inter-relação dos aspectos culturais, sociais,
econômicos e políticos. Em virtude disso, a disciplina de Ensino Religioso na escola
fundamental deve orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as expressões e
organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do
conhecimento.
No Brasil, a atuação de alguns segmentos sociais/culturais vem consolidando o
reconhecimento da diversidade religiosa e demandando da escola o trabalho pedagógico
com o conhecimento sobre essa diversidade, frutos das raízes culturais brasileiras.
Nesse sentido, um dos grandes desafios da escola e da disciplina de Ensino
Religioso é efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do preconceito
religioso, como também, desprender-se do seu histórico confessional catequético, para a
construção e consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa. Um Ensino
Religioso de caráter doutrinário, como ocorreu no Brasil Colônia e no Brasil Império,
estimula concepções de mundo excludentes e atitudes de desrespeito às diferenças.
A religião como religação se desdobra, por sua vez, em três vertentes,
apresentadas como “vínculo produzido por um sentimento de dependência, que pode
inclusive alcançar um estado de ‘temor’ (ou até ‘terror’) e fascínio; como intuição de certos
valores considerados supremos: os valores de santidade; como reconhecimento racional
de uma relação fundamental entre a pessoa e a divindade.
A disciplina de Ensino Religioso pretende buscar relações de conteúdos que
possam traçar caminhos para atingir o objeto e compreender qual é o papel da disciplina
como parte do sistema escolar e distinguir-se da natureza catequética. Para tanto, parte-
se da necessidade de o aluno compreender a maneira pela qual se dá a manifestação
48
religiosa. Três são os conteúdos estruturantes definidos para que se atinja tal
compreensão: Paisagem religiosa refere-se à materialidade fenomênica do sagrado, a
qual é apreendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do sagrado e sua
concretude, os espaços sagrados.
Universo Simbólico Religioso- é a apreensão conceitual através da razão, pela qual
concebe-se o sagrado pelos seus predicados e reconhece-se a sua lógica simbólica.
Sendo assim, é entendido como sistema simbólico e projeção cultural. Texto sagrado - é a
tradição e a natureza do sagrado enquanto fenômeno. Neste sentido é reconhecido
através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e dos Mitos.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O pleno domínio: da leitura, da escrita e do cálculo; a compreensão do ambiente
natural e social, do sistema político; da tecnologia, da arte e dos valores em que se
fundamenta a sociedade; o fortalecimento; dos vínculos familiares, dos laços de
solidariedade e de respeito à diversidade cultural e religiosa em que se assenta a vida
social; de promover a oportunidade aos educandos de se tornarem capazes de entender
os movimentos específicos das diversas culturas, e para que o elemento religioso
colabore na constituição do sujeito.
CONTEÚDOS
Conteúdos estruturantes
Paisagem Religiosa; Universo Simbólico Religioso; Textos Sagrados
Conteúdos básicos de ensino religioso para o 6º ano
Organizações religiosas; Textos Sagrados orais; Lugares Sagrados escritos;
Símbolos Religiosos.
Conteúdos básicos de ensino religioso para o 7º ano
Temporalidade Sagrada; Festas Religiosas; Ritos; Vida e Morte
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
49
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
METODOLOGIA
Os Conteúdos Básicos devem ser tratados sob a ótica dos três Conteúdos
Estruturantes.
A metodologia será fundamentada, através do diálogo, não priorizando uma ou
outra religião, mas buscando a contextualização de tais práticas e sua relação com as
demais, buscando frisar que a diversidade religiosa compreende o direito e respeito a
todos. É vedada toda e qualquer forma de proselitismo e doutrinação, entendendo que os
conteúdos do Ensino Religioso devem ser trabalhados enquanto conhecimento da
diversidade sócio-político e cultural. A linguagem utilizada deve ser a científica e não a
religiosa, a fim de superar as tradicionais aulas de religião
As ferramentas de multimídia serão de extrema importância para ilustração e
facilitação da compreensão das questões discutidas, proporcionando ao aluno uma forma
dinâmica de aprendizagem. Nesse sentido, vídeos ilustrativos de práticas religiosas,
documentários que explicam algumas noções confusas dentro do senso comum, e
mesmo trechos de filmes e imagens que sirva para quebrar preconceitos, serão
observados com frequência.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
50
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
Longe de priorizar a avaliação como “devolução do ensinado” ao professor, esta
deve ter um caráter formativo, ou seja, valorizar e considerar o crescimento do aluno ao
longo do processo. Sob este enfoque, temos a avaliação como constante retomada do
processo, onde juntos, professor e aluno, possam ter consciência e clareza da direção
que estão tomando durante o processo ensino-aprendizagem.
A avaliação contínua, fazendo da observação seu principal instrumento e nela
diretamente envolvendo o aluno, leva mais em conta as interações desenvolvidas e
reguladas do que a correção. O avaliador se empenha em regular as interações
desenvolvidas e reguladas do que a correção. O avaliador se empenha em regular as
interações em sala de aula para corrigir rotas de percurso, utilizando um vasto repertório
de técnicas sociais. Isso significa que o professor deve aconselhar, coordenar, dirigir,
liderar, encorajar, animar, estimular, partilhar, escutar, respeitar e compreender o aluno.
Para a avaliação serão utilizados procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos
alunos entre si.
O resultado da avaliação proporciona dados que permitam a reflexão sobre a ação
pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Na avaliação do aluno são considerados os resultados obtidos durante todo o
período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar,
tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o período letivo,
pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, por
este estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada
à apuração da sua frequência. Assim espera-se que o aluno:
· Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;
· Desenvolva uma cultura de Respeito à diversidade religiosa e cultural;
· Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada
grupo social.
51
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Ensino Religioso. Curitiba:
SEED/DEB, 2008.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
52
06 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
JUSTIFICATIVA
O ensino da filosofia no ensino médio deve, juntamente com as outras
disciplinas, contribuir para o pleno desenvolvimento do estudante, tanto em seu preparo
para o exercício da cidadania como em sua qualificação para o mundo do trabalho, de
acordo com a LDB. Sendo assim, a necessidade da filosofia no Ensino Médio é algo
evidente, devendo doravante ser contemplada pelo requisito da obrigatoriedade.
Segundo Maria Lúcia de Arruda Aranha, o ensino da filosofia tem por objetivo
possibilitar a reflexão crítica sobre a realidade que nos cerca. Para que essa reflexão seja
efetuada, é necessário interpretamos O mundo não-verbal e verbal em que vivemos e
emitirmos juízos dentro desse mundo.
Pensando nesta perspectiva, se pode afirmar que o Ensino da filosofia no
ensino Médio é condição elementar e prévia para que possa contribuir para o pleno
desenvolvimento de educando, tanto em seu preparo para o exercício da cidadania como
em sua qualificação para o trabalho.
Desta forma, este pensamento é um tanto recente, o que realmente a consolida
é o Art. 36 da LDB 9.394/96 diz que: “serão incluídas a filosofia e a sociologia como
disciplinas obrigatórias em todas as séries do Ensino Médio”. Logo, se observa que este
espaço reconquistado pela filosofia é destinado à construção de uma Escola democrática,
solidária e competente por meio de inclusão de jovens e adolescentes no mundo da
cultura da arte e do trabalho, pelo desenvolvimento de valores, atitudes e sentido de
justiça, buscando restabelecer a ordem social que vem desfalecendo já que a mesma é
respaldada nas instituições sociais, a saber: Família, Escola, Estado e religião.
Na atual polêmica mundial e brasileira acerca dos possíveis sentidos dos valores
éticos e políticos, a filosofia tem um espaço a ocupar e uma rica contribuição a dar. A
filosofia gira basicamente em torno de problemas e conceitos criados no decorrer de sua
longa história, os quais por sua vez devidamente utilizados geram discussões
promissoras e criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações.
O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e cria
explicações. Criando explicações, cria pensamentos. Na criação do pensamento está
presente tanto o mito como a racionalidade. Esse fato não pode deixar de ser
considerado, pois é a partir dele que o homem desenvolve ideias, inventa sistemas,
53
elabora leis, códigos, práticas. A compreensão histórica de como surgiu o pensamento
racional e conceitual, entre os gregos, foi decisivo no desenvolvimento da cultura da
civilização ocidental. Entender a conquista da autonomia da racionalidade diante do mito
marca o advento de uma etapa fundamental do pensamento e do desenvolvimento de
todas as concepções cientificas produzidas ao longo da história.
A teoria do conhecimento ocupa-se de forma sistemática com a origem, a essência
e a certeza do conhecimento humano. Aborda basicamente questões como estas: quanto
ao critério da verdade - "o que permite reconhecer o verdadeiro?" Quanto ao âmbito do
conhecimento: “abrange ele a totalidade do real ou se restringe ao sujeito que conhece?”
Quanto á origem do conhecimento – “qual é a fonte do conhecimento?”.
Além de evidenciar para o estudante os limites do conhecimento, a teoria do
conhecimento possibilita-lhe perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua
elaboração e assim retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções
relativas ao seu tempo.
A ética é o estudo dos fundamentos da ação humana, a relação entre o sujeito e a
norma, a ética possibilita análise critica para atribuição de valores, possibilita o
desenvolvimento de valores, mas pode também ser o espaço de transgressão, quanto a
valores impostos pela sociedade se configuram como instrumento de repressão, violência
e injustiça.
A Filosofia política busca discutir as relações de poder e compreender os
mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos, problematizar
conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade e liberdade
dentre outros.
A Filosofia da ciência é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos
resultados das diversas ciências. Vivemos um momento de triunfo da ciência, do genoma,
da transgenia, da clonagem, que são apresentados de forma cristalizada e definitiva,
indicando que fazemos parte de uma civilização que elabora sob medida as condições
ideais de nossa existência numa perspectiva técno-científica. A filosofia da ciência serve
como ferramenta capaz de questionar tal visão.
A estética possibilita, ao estudante, compreender a apreensão da realidade pela
sensibilidade, perceber que o conhecimento não é apenas resultado da atividade
intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da fruição, que contribuem para a
constituição de sujeitos críticos e criativos.
54
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica, espaço de
criação e provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação,
da investigação e da criação de conceitos. O que se espera é que o estudante, ao tomar
contato com os problemas e textos filosóficos, possa pensar e argumentar criticamente e
que nesse processo crie e recrie para si os conceitos filosóficos. Essa ideia não deve ser
confundida com a criação de conceitos numa perspectiva acadêmica de alta
especialização, mas levar esses estudantes a experimentarem a atividade reflexiva de
compartilhamento do processo de construção de conceitos e valores, eminentemente
pessoal e subjetivado, mas que precisa ser suscitada, alimentada, sustentada, provocada
e instigada.
Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva dos estudantes,
de fazê-los pensar problemas com significado histórico e social, estudados e analisados
com textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que possam pensar o problema,
pesquisar, fazer relações e criar conceitos. Ir ao texto filosófico ou à história da Filosofia
não significa trabalhar numa perspectiva em que esses conteúdos passem a ser a única
preocupação do ensino de Filosofia. Eles serão importantes desde que atualizem o
problema filosófico a ser tratado com os estudantes
A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto propiciará o
entendimento das estruturas lógicas e argumentativas, o cuidado com a precisão dos
enunciados e com o encadeamento e clareza das ideias e a busca da superação do
caráter fragmentário do conhecimento. É preciso que o professor tenha uma ação
consciente e reflexiva, para não praticar uma leitura em que o texto seja um fim em si
mesmo. O domínio é necessário: o problema está no formalismo e no tecnicismo
estrutural da leitura do texto, tecnicismo esse que desconsidera, quando não descarta, a
necessidade não só da compreensão do contexto histórico, social e político da sua
produção, como também da sua própria leitura. Cabe ao professor de Filosofia tentar
pensar filosoficamente para, acima de tudo, conseguir construir espaços de
problematizarão, compartilhados com os estudantes, a fim de articular os problemas da
vida atual com as respostas e formulações da história da Filosofia e com a elaboração de
conceitos.
O trabalho realizado pelo professor poderá assegurar ao estudante a experiência
do “específico” da atividade filosófica. O exercício filosófico poderá manifestar-se ao
refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações, leituras filosóficas e
55
análises de textos, organiza debates, sugere pesquisas, sistematizações.
O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do
estudante com os problemas suscitados, na busca de soluções nos textos filosóficos por
meio da investigação, enfim, no trabalho em direção à criação de conceitos.
Portanto, o educador deve ter a clareza de que o ensino da filosofia deve levar o
educando a apreender a pensar refletidamente sobre questões práticas como as
situações-problema da realidade, numa perspectiva crítica reflexiva e transformadora, ou
seja, propiciar ao educando momentos onde o mesmo possa refletir sobre questões
filosóficas, isto é, oferecer critérios filosóficos para o aluno para que este possa julgar
realidade por meio da prática do questionamento filosófico e da construção de conceitos,
possibilitando-o a julgar por si mesmo, confrontar argumentações e respeitar a opinião
dos outros.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Entender o porquê do estudo da filosofia;
Refletir sobre os grandes temas filosóficos;
Desenvolver a capacidade de investigação e compreensão: aprender a perceber,
reconhecer, definir, distinguir, constatar, enfatizar, explicar;
Desenvolver a capacidade de comunicação e representação;
Apresentar textos filosóficos para que possam aprender conceitos básicos da
filosofia;
Elevar os alunos do nível do senso comum para o da reflexão mais profunda;
Aprender a pensar;
Relacionar seu conhecimento prévio com o sistematizado;
Interpretar textos filosóficos;
Analisar poesias, letras de músicas, artigos de jornais e revistas, apresentando o
cunho filosófico das mesmas;
Discutir os problemas sociais e seus principais efeitos para a sociedade;
Saber entender o que está por trás das falácias;
Proporcionar debates sobre acontecimentos atuais no campo da política, da moral,
da ciência, da arte, da estética, entre outros;
Desenvolver a capacidade de comunicação e representação;
Aprimorar o crescimento pessoal e interpessoal;
56
Desenvolver a compreensão ética e política da sua vivência no mundo;
Desenvolver a capacidade de encontrar sentido na(s) experiência(s);
Descobrir as relações parte-todo;
Desenvolver a pesquisa, a observação e a investigação;
Respeitar o outro e as regras estabelecidas;
Formar com os colegas a Comunidade de Aprendizagem Investigativa.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Mito e filosofia; Teoria do conhecimento; Ética; Filosofia política; Filosofia da ciência;
Estética.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE FILOSOFIA
MITO E FILOSOFIA: Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade
do Mito; O que é Filosofia?
TEORIA DO CONHECIMENTO: Possibilidade do conhecimento; As formas de
conhecimento; O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento e lógica
ÉTICA: Ética e Moral; Pluralidade Ética; Ética e violência; Razão desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
FILOSOFIA POLÍTICA:
Relações entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade política; Política e ideologia;
Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou participativa.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA: Concepções de Ciência; A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética.
ESTÉTICA: Natureza da arte; Filosofia e Arte; Categorias Estéticas – feio, belo, sublime,
trágico, cômico, grotesco, gosto e etc; Estética e sociedade.
Os conteúdos serão trabalhados por temas, na ordem a seguir:
1ª série: Mito, Filosofia e Teoria do Conhecimento;
2ª série: Ética e Filosofia Política;
3ª série: Filosofia da Ciência e Estética.
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
57
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
METODOLOGIA
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o
estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
A presença obrigatória da disciplina filosofia no currículo do Ensino Médio permite que
o conhecimento científico, frequentemente mais reconhecido pelo seu potencial produtivo,
possa também ser estudado em suma historicidade, trazendo a marca das dúvidas e dos
problemas que motivaram a sua produção e o seu avanço na sociedade. Contribuirá para
a ressignificação da experiência do Educando para afirmar sua singularidade e
problematizar seus valores, para sua leitura e olhar mais consistentes sobre a realidade,
sua a sua crítica e tomada de posição.
Destarte, se considera que as aulas apresentadas devem ser atrativas para o aluno,
pois se sabe que muitos afirmam que não gostam de filosofia. Para tanto, é necessário
que o Educador conduza suas aulas de forma que os educandos possam em primeiro
lugar gostar da disciplina. Portanto, as aulas além de expor os conteúdos sistematizados
precisam interligá-los com a realidade dos mesmos.
Desta forma, para que os objetivos possam ser atingidos a proposta é que as aulas
sejam dinâmicas e atrativas, com aulas expositivas com a participação dos alunos.
Precisa ser desenvolvido debate sobre temas pertinentes, seminários, fichamentos,
análise de poesias, músicas, filmes ou de imagens, entrevistas, leituras de textos
jornalísticos ou literários etc.
Sendo assim, o trabalho com os conteúdos estruturantes da filosofia e seus conteúdos
específicos se dará em quatro momentos, a saber:
- A sensibilização;
58
- A problematização;
- A Investigação;
- Criação de conceitos;
É com a sensibilização que se inicia o trabalho propriamente filosófico, em seguida dá-
se sequência com a problematização, investigação e finalmente, a criação de conceitos.
Sendo assim, o ensino de filosofia será permeado por atividades, tais como: leitura,
produção de textos, investigações individuais e coletivas, a fim de que organize e oriente
o debate filosófico, dando um caráter dinâmico e participativo.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
No processo ensino aprendizagem a avaliação é de forma contínua, sistemática e
integral. Observa-se o comportamento do aluno no domínio cognitivo, através de
diferentes técnicas e instrumentos. A avaliação deve estar ligada aos objetivos propostos
principalmente no que se refere à instigação do aluno, ao desafio do pensamento, suas
potencialidades empírico pragmáticas concretas em todos os âmbitos da ação humana e,
em sua capacidade ética de “manipular” os elementos possíveis à reflexão, no exercício
da cidadania autônoma. É parte integrante do processo ensino-aprendizagem tem função
diagnóstica, fornece instrumentos para ação reflexão do processo ensino-aprendizagem,
tanto para o professor como para o aluno.
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e
especializações, espera-se que o estudante possa compreender pensar e problematizar
os conteúdos básicos dos conteúdos, elaborando respostas aos problemas suscitados e
investigados.
59
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade
filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma
posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá
condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode
ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
Nesta perspectiva, o ensino de filosofia deverá ser um grande desafio, onde será
avaliada a capacidade do aluno em reformular questões de maneira organizada, construir
e tomar posições, interpretar as dimensões de cada texto, em criar conceitos: qual
conceito trabalhou e criou/recriou; qual discurso tinha antes; qual o discurso tem após a
reflexão.
Em suma, a avaliação servirá para diagnosticar as dificuldades dos educandos e
intervir no processo, para a reflexão tenha um maior aprofundamento. Sendo assim
alguns pontos devem ser observados, quais sejam:
- na disciplina avalia-se não apenas a assimilação dos conteúdos, mas, principal-
mente, a capacidade de argumentação que sustenta a tomada de posição;
- saber oportunizar momentos avaliativos diferenciados: avaliações de conteúdos,
de atitudes; de competências; de ações;
- avaliações devem servir para serem feitas correções de cursos e percursos, tanto
dos professores como dos alunos;
- avaliar é também uma oportunidade de aprendizado, tanto para o aluno, como
para o professor;
- deve-se levar em conta tanto o empenho como o desempenho do aluno avaliado;
- é preciso ter em conta uma dimensão de auto avaliação permanente, em todos os
níveis: do aluno, do professor, da instituição.
Da mesma forma, durante o processo de ensino e aprendizagem estará presente o
processo de avaliação permanente e diagnóstica, a fim de prever resultados e ações com
vistas ao bom desenvolvimento das atividades e ao alcance dos objetivos almejados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
APPEL, E. Filosofia nos Vestibulares e no Ensino Médio, Cadernos PET-Filosofia 2,Depto de Filosofia da UFPR, Curitiba, 1999.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Introdução à filosofia. 2ed. São Paulo: Moderna, 1993.
ARANHA, Arruda Maria Lúcia de e MARTINS, Pires Maria Helena. Filosofando
60
Introdução à Filosofia. 4ª Ed. – São Paulo: Moderna 2009
ARANHA, Arruda Maria Lúcia de e MARTINS, Pires Maria Helena. Temas de Filosofia, 2ªEd. – São Paulo: Moderna 1998.
ARENDT, Hannah. A condição humana. 8ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária,1997.
BENEVIDES, Maria Victória de Mesquita. A Cidadania Ativa. Referendo, plebiscito einiciativa popular. 3ed. São Paulo, Ática, 1998.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.394/96 – 24 de dez. 1996.Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1998.
CHAUÍ, Marilena. Introdução à História da Filosofia. Ed. Companhia das letras. SãoPaulo.
DANILO MARCONDES. Textos Básicos de Filosofia. Ed. Jorge Zahar Rio de Janeiro.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Filosofia Curitiba:
SEED/DEB, 2008.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/db.pdf
http://editorasophos.com.br (Roteiros Pedagógicos do SER).
61
07 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA
JUSTIFICATIVA
O aprendizado da Física contribui como parte de um conjunto mais amplo de
qualidades humanas, para a compreensão do mundo natural e transformado, para o
desenvolvimento de instrumentos, como sentido prático e analítico para a cidadania e a
vida profissional.
A Física também contribui para a formação de uma cultura científica efetiva,
permitindo ao individuo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais,
redimensionando sua relação com a natureza em transformação.
O grande desafio na atualidade é que a atividade científica seja vista como
atividade humana, com seus acertos, virtudes, falhas e limitações, possibilitando ao aluno
desenvolver suas próprias potencialidades e habilidades para exercer seu papel na
sociedade, compreender as etapas do método científico e estabelecer um diálogo com
temas do cotidiano que se articulam com outras áreas do conhecimento.
Portanto, o ensino da Física terá significado real quando a aprendizagem partir de
ideias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, privilegiando a
interdisciplinaridade e a visão não fragmentada da ciência, tornando-o articulado e
dinâmico.
OBJETIVOS GERAIS
A história da ciência tem mostrado que o desenvolvimento do conhecimento não
ocorre num espaço sociocultural vazio, mas é condicionado por fatores externos. O
ensino da Física, em particular, deve acompanhar o contesto do momento em que
vivemos.
O grande desafio na atualidade é que a atividade científica seja vista como
atividade humana, com seus acertos, virtudes, falhas e limitações. Não é objetivo da
Física apenas transmitir conhecimentos, mas também possibilitar a formação crítica,
valorizando desde a abordagem de conteúdos específicos até suas implicações
históricas. Isso ocorre quando o aluno consegue desenvolver suas próprias
potencialidades e habilidades para exercer seu papel na sociedade, compreender as
etapas do método científico e estabelecer um diálogo com temas do cotidiano que se
articulam com outras áreas do conhecimento.
62
O ensino da Física terá um significado real quando a aprendizagem partir de idéias
e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, possibilitando analisar o senso
comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência de vida. Portanto, os
fenômenos físicos devem ser apresentados de modo prático e vivencial, privilegiando a
interdisciplinaridade.
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Movimentos
Momentum e inércia
Conservação da Quantidade de movimento
(momentum)
Variação da quantidade de movimento =
Impulso
2ª Lei de Newton
3ª lei de Newton e condições de equilíbrio
Gravitação
Movimentos
Termodinâmica
Eletromagnetismo
Energia, Princípio da conservação da
Energia, trabalho e Potência
Termodinâmica
Lei zero da Termodinâmica,
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Eletromagnetismo
Carga, corrente elétrica, campo e ondas
eletromagnéticas, Forca eletromagnética,
Equações de Maxwell (Lei de Gauss para
eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de
Ampère, Lei de Gauss Magnética, Lei de
Faraday)
A natureza da luz e suas propriedades
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
63
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
METODOLOGIA
O encaminhamento metodológico está ancorado nos pressupostos pedagógicos da
contextualização e interdisciplinaridade.
Para que esta proposta se viabiliza de forma eficaz, faz-se necessário à
incorporação de aspectos da história da ciência, e particularmente, da Física e de forma
imprescindível das atividades de laboratório. A história da ciência e da Física possibilita a
compreensão da evolução dos conceitos físicos mediante estudos que contemplam
aspectos sociais, políticos e culturais de uma época. Além de mostrar que a produção da
ciência foi feita por pessoas comuns que foram desafiadas a compreender certos
fenômenos, levando às vezes, toda uma vida, destacando a contribuição de afro-
descendentes para o conhecimento científico e tecnológico universal.
Os conteúdos serão desenvolvidos utilizando-se dos recursos tecnológicos como:
Computador, vídeo, retro projetor, filmadora e máquina fotográfica para desenvolver
trabalhos;
Internet para pesquisa sobre conteúdos trabalhados, testes on-line, debates em
fóruns e atualização;
Os programas Word, PowerPoint, Excel serão utilizados para pesquisa, trabalhos
e organização de seminários, elaboração de planilhas, assim como a utilização da TV Pen
Drive;
Os softwares educativos servirão para pesquisa, trabalhos, debates, testes e
elaboração de aulas com uso de softwares de autoria;
Ao ministrar os conteúdos, o professor deverá levar em consideração as
características principais dos estudantes na aprendizagem de cada turma e em casos
especiais à característica individual;
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AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
A avaliação deve ser essencialmente formativa, continua e processual, vista como
um instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho do
professor. Diante disso, não podemos avaliar o aluno por uma simples prova escrita
limitando seus meios e estratégias de demonstrar o conhecimento. Nesta proposta em
que o aluno e frequentemente solicitado a participar e criar, uma prova não é suficiente
para sintetizar o que ele aprendeu pensou e viveu. Logo, é necessário repensar os
instrumentos de avaliação, bem como definir seus objetivos, que devem envolver mais
amplamente possível, todo o trabalho realizado. Nesse sentido, tanto o desempenho
cognitivo como as atitudes do aluno serão avaliados.
Pode-se afirmar que é elemento significativo do processo ensino-aprendizagem,
envolvendo a prática pedagógica do professor, o desempenho do aluno e os princípios
que norteiam o trabalho da unidade escolar, ou seja, a avaliação vai além de
simplesmente quantificar os resultados de um processo ao término de um período.
Cabe ao professor apresentar o conceito ou nota ao aluno, desde que
acompanhados de orientação sobre como pode e deve agir para aperfeiçoar seu
desempenho e progredir no aprendizado de Física.
Critérios de avaliação:
.Conhecer fontes de informações, sabendo interpretar noticias cientificas.
.Capacidade de aplicar os conhecimentos na resolução de problemas do cotidiano.
.Habilidade para pensar, analisar, generalizar e inferir.
.Conhecer e compreender conceitos e procedimentos apresentados.
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Instrumentos de avaliação:
.Prova escrita ao final de cada assunto e / ou de cada dois ou mais assuntos.
.Trabalhos em grupo ou individual, em sala de aula ou tema.
.Organização dos conteúdos no caderno, assim como as tarefas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.394/96 – 24 de dez. 1996.
CHIQUETTO, Marcos José. Aprendendo Física. Volume 1-2-3. São Paulo: EditoraScipione, l993.
MÁXIMO, Antônio ALVARENGA, Beatriz. Física, de olho no mundo do trabalho. VolumeÚnico. São Paulo: Editora Scipione, 2003.
PARANÁ, Djalma Nunes. Física para o Ensino Médio. São Paulo: Editora Ática, l999.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Física. Curitiba:SEED/DEB, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
SAMPAIO, José Luiz. Universo da Física. Vol. 1- 2 - 3. São Paulo: Editora Atual, 2005.
VÁRIOS AUTORES. Física – Ensino Médio. Volume Único – Curitiba: SEED-PR, 2006.
66
08 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
JUSTIFICATIVA
O ensino de Geografia deve levar o aluno a compreender de forma mais ampla a
realidade, contribuindo para a formação de um cidadão consciente das relações sócio-
espaciais de seu tempo, trabalhando os conceitos, os conflitos e as contradições sociais
econômicas, culturais e políticas que constituem o espaço geográfico.
Cabe à Geografia estudar as regiões-paisagens, descrevendo-as detalhadamente,
comparando-as até que todas as regiões-paisagens do planeta estejam identificadas,
tratando esse conceito a partir das determinações políticas e econômicas que formam e
definam a longevidade das regiões. O conceito de lugar é um dos mais ricos atualmente,
pois é onde a globalização acontece, nessa relação com o global, o lugar traz a discussão
dos conceitos de território, de natureza, de técnica, de política entre ouros, tão ricos e
necessários às analises mais amplas do espaço geográfico. Território é um conceito
ligado às relações de espaço e poder, é no território que ocorre a normalização das
ações, tanto globais quanto locais. A partir dessas considerações a Geografia deve
abordar as relações de poder que constituem territórios nas mais variadas escalas desde
as que delimitam os micros espaços urbanos, como os territórios do tráfico, da
prostituição ou da segregação sócio-econômica, até as globais.
O estudo dos conteúdos estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares de
Geografia para o Ensino Fundamental devem levar o aluno a pensar e agir criticamente,
buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo, preparando-o para
uma leitura crítica da produção social do espaço, negando a naturalidade dos fenômenos
que imprimem uma certa passividade aos indivíduos.
Dentro desse contexto é preciso que o professor empreenda uma educação que
contemple a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo
atual em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e
capitais é uma realidade.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Proporcionar ao aluno a compreensão do mundo em que vive; das relações entre
natureza/homem/trabalho; da sociedade, tornando-o crítico e parte integrante
/participante como agente de transformação; Contribuir para a formação integral do
67
aluno, para o exercício da cidadania, conduzindo a reflexão, a leitura de mundo e
suas transformações sociais, políticas e econômicas;
Possibilitar ao educando condições de se localizar no espaço em que vive e a partir
daí entender os problemas sociais, políticos e econômicos. Com este enfoque ter
um a visão geral do local para o global e através desse conhecimento levar a agir e
interagir com autonomia na sociedade e no espaço em que está inserido;
Permitir o entendimento do espaço geográfico enquanto totalidade-mundo, uma
vez que no atual período de globalização as escalas não se apresentam dispostas
lineares e independentes;
Oportunizar ao educando a possibilidade de situar-se na dinâmica das
transformações contemporâneas, fazendo que atue crítica e construtivamente no
contexto local como parte integrante do global;
Contribuir para o direcionamento do aluno enquanto cidadão, analisando a sua
realidade, porém, incitando o senso crítico, a criatividade e o raciocínio, mas
também direcionando para que o aluno tenha capacidade de ação no meio em que
vive;
Formar cidadãos pensantes que possam interagir no meio e em prol da sociedade;
Contribuir para o reconhecimento do espaço vivenciado pelo aluno como indivíduo
social e atuante, possibilitando a compreensão do mundo, da sua totalidade e da
capacidade de agente transformador social;
Proporcionar ao aluno a apropriação do conhecimento científico a serviço da
transformação e da justiça social;
Levar o aluno a reconhecer-se no tempo/espaço/lugar; entender, intervir,
compreender o mundo e sua dinâmica; contribuir no sentido de torná-lo crítico e
agente modificador;
Contribuir para que o aluno se oriente e se localize no tempo e no espaço;
Possibilitar reflexões que propiciem um cidadão crítico, participativo, consciente do
seu papel na transformação social, que tenha uma visão do mundo e seja capaz de
se posicional diante das contradições sociais;
Contribuir para o entendimento das inter-relações entre o homem/natureza e
homem/sociedade esclarecendo a importância destas para que o aluno entenda o
espaço de vivência e as contradições do mundo atual, destacando as atividades
que este deve tomar, tanto crítica, como ambiental, para que este mundo seja
melhor;
Levar o aluno a ter uma visão de como é o espaço em que ele vive, a socialização
68
com as pessoas e o espaço que ele ocupa;
Contribuir para a leitura do mundo através do entendimento do espaço geográfico.
Serve para o exercício da cidadania auxiliando o aluno a conhecer a realidade para
poder interferir nela.
CONTEÚDOS
Conteúdos Estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico,
Dimensão política do espaço geográfica
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
6º ANO
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
A formação, localização,exploração e utilização dos recursos naturais
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural
As diversas regionalizações do espaço geográfico
7º ANO
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro
As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores
estatísticos
Movimentos migratórios e suas motivações
69
O espaço rural e a modernização da agricultura
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização
A distribuição espacial das atividades produtivas, a(re)organização do espaço
geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e da informação.
8º ANO
As diversas regionalizações do espaço geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente
americano
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
O comércio em suas implicações socio-espaciais
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista
O espaço rural e a modernização da agricultura
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos
Os movimentos migratórios e suas motivações
As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural;
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
9º ANO
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção
O comércio mundial e as implicações socio-espaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos
As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
70
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração
territorial
ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIE
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
2ª SÉRIE
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
Revolução Técnico-científica
3ª SÉRIE
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações socio-espaciais
da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socio-espaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socio-espaciais do processo de mundialização.
71
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
METODOLOGIA
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Geografia serão abordados dentro
dos conteúdos específicos, visando:
Os conceitos fundamentais da Geografia – paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica.
Problematizar a ocupação do espaço e buscar através de documentos e perguntas,
respostas às suas indagações;
Entender a diversidade das experiências, políticas, sociais, econômicas e culturais
de cada espaço estudado;
Ampliar o universo de consultas para entender melhor diferentes contextos;
Instigar nos alunos a capacidade de questionar e criticar os conteúdos e
abordagens existentes nos temas estudados, de modo que constituam
gradativamente sua autonomia na busca do conhecimento;
Buscar em diferentes fontes, como livros, jornais atuais, filmes, charges,
documentário, etc.., as diferentes interpretações sobre um mesmo acontecimento;
Problematizar o que é dado como natural com vistas a contribuir para a
consciência de um mundo melhor.
72
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
O professor poderá usar diversos instrumentos avaliativos, tais como: avaliações
teóricas, apresentação de trabalhos ou seminários, pesquisas bibliográficas e on line,
trabalhos em grupo, grupo de discussões, grupo de estudos ou debates, elaboração de
cartazes folders banners, realização de tarefas escolares, participação em festivais,
gincanas e eventos do colégio.
Espera-se que o aluno forme e signifique os conceitos geográficos de lugar,
território, natureza, sociedades, natureza, região; identifique a configuração sócio-espacial
mundial por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens. Reconheça a
constituição dos blocos econômicos considerando a influência política e econômica na
regionalização mundial. Compreenda a atual configuração do espaço mundial em suas
implicações sociais, econômicas e políticas e entenda as relações entre países e regiões
no processo de mundialização.
Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e política
global, mas, também apresentam particularidades. Relacione as diferentes formas de
apropriação espacial com a diversidade cultural.
Compreenda como ocorreram os problemas sociais e as mudanças demográficas
geradas no processo de industrialização. Identifique os conflitos étnicos e separatistas e
suas consequências no espaço geográfico. Entenda a importância econômica, política e
cultural do comércio mundial.
Identifique as implicações socio-espaciais na atuação das organizações
econômicas internacionais. Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de
novos territórios nacionais.
Faça a leitura dos indicadores sociais e econômicos e compreenda a desigual
distribuição de renda.
73
Identifique a estrutura da população mundial e relacione com as políticas
demográficas adotadas nos diferentes espaços.
Reconheça as motivações dos fluxos migratórios mundiais.
Relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas atividades
produtivas.
Entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas.
Analise as transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego de
tecnologias de exploração e produção
Reconheça a importância estratégica dos recursos naturais para as atividades
produtivas.
Compreenda o processo de transformação dos recursos naturais em fontes de
energia.
Entenda a importâncias das redes de transporte e comunicação no
desenvolvimento das atividades produtivas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, M.C. de. Geografia ciência da sociedade. São Paulo Atlas, 1987.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de
Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Geografia. Curitiba:
SEED/DEB, 2008.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA.
Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
74
09 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
JUSTIFICATIVA
A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas fundamen-
tada por meio de um conhecimento constituído por interpretações históricas. Essas inter-
pretações são compostas por teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos his-
tóricos e propõem ações no presente e projetos de futuro. Já a finalidade do ensino de
História é a formação de um pensamento histórico a partir da produção do conhecimento.
Esse conhecimento é provisório, configurado pela consciência histórica dos sujeitos.
Trata-se de entender de modo crítico, os princípios que possibilitam a construção
da História como ciência de forma a interpretar as ações do passado para nortear as
relações futuras, considerando os seguintes aspectos:
- Entender a História como dever humano. O que norteará a análise das sociedades
humanas ao longo do tempo: será a percepção crítica da produção humana, que é
socialmente necessário e coletivamente construído através do social, político, e ideológico
das sociedades;
- Visualizar a História como produto da prática dos homens.
- Compreender a História como processo. Estudá-la em seu movimento contínuo, total e
plural, como continuidade e ruptura.
- Tento como seu objetivo os homens; como temas o cotidiano, imaginário e
mentalidades; como métodos a dialética das relações, abrangendo as ciências:
antropológica, econômica, sociologia e outras;
- Perceber as diferenças sociais, físicas, psíquica e étnica, como parte de uma sociedade
múltipla e complementar, valorizando a cidadania e o respeito mutuo, dentro da
diversidade social.
Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento histórico, o
professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio do trabalho com vestígios e
fontes históricas diversas; da fundamentação na historiografia; da problematização do
conteúdo; essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas pe-
los sujeitos.
Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham con-
dições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder
neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se
fazerem sujeitos da própria História
75
OBJETIVOS GERAIS
Conhecer a trajetória da democracia brasileira em seus avanços e retrocessos,
desde a República Velha até os dias de hoje;
Compreender as diferentes formas de luta dos mais diversos países e épocas para
a construção da cidadania;
Analisar as origens do surgimento do capitalismo e suas formas de dominação do
mundo moderno, estabelecendo os paralelos com os projetos socialistas;
Diagnosticar os meios de comunicação na difusão da dominação capitalista;
Destacar as contradições nas relações entre as grandes potências e os conflitos
mundiais, e a ascensão dos regimes totalitários na Europa (nazi-facismo e
stalinismo);
Conhecer as características gerais do mundo após a Segunda Guerra Mundial;
Problematizar a exploração do mundo capitalista;
Apresentar as possibilidades de um mundo socialista;
Discutir as qualidades e defeitos dos governos tidos como democráticos;
Destacar a passividade e neutralidade do povo no momento dos golpes dos
governos antes da Ditadura Militar;
Enfatizar o problema democrático desrespeitado após o Golpe de 64;
Destacar as lutas pela reconquista da democracia após a Ditadura;
Esclarecer como o povo pode ser manipulado mesmo após ter “redemocratizado” o
país;
Relacionar as explorações e arbitrariedades do mundo de hoje;
Destacar os direitos conquistados pelos trabalhadores e sua importância para os
dias atuais;
Identificar as descriminações e os direitos a cidadania das classes menos
favorecidas;
Conhecer a luta da história negra e os espaços conquistados e debater as
possibilidades futuras;
Debater a situação dos povos indígenas e o direito a cidadania destes em relação
ao país;
Problematizar a democracia do povo na atualidade;
Identificar as ações dos governos modernos;
Acionar a politização dos educandos de forma ativa e participativa na realidade
76
vivida por eles.
Compreender como o conhecimento histórico é construído, no sentido de identificar
elementos das fontes históricas, bem como a multiplicidade de olhares da
historiografia sobre o passado.
Compreender o conceito de trabalho e suas formas de organização nas diferentes
civilizações da Antiguidade.
Compreenda as relações de poder estabelecidas entre trabalhadores, guerreiros e
proprietários no contexto social medieval.
Entenda o processo de transição do trabalho servil para o assalariado no final do
período medieval.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
Conteúdos básicos de história para o 6º ano
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
A cultura local e a cultura comum
Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias
Dimensão econômico-social
Primeiros homens no território brasileiro, povos coletores e caçadores, natureza
representada na arte, nos mitos e nos ritos dos povos indignas.
Natureza e povos indígenas na invasão dos europeus, exploração econômica dos
recursos naturais, pelos colonizadores europeus, agricultura de subsistência
comercialização e a extração de riquezas naturais.
Uso da terra, diferentes formas de posse e propriedade da terra, locais de
povoamento e suas relações com o mar, rios e relevo.
Técnicas e instrumentos de transformações de elementos da natureza e matéria-
prima.
Dimensão cultural
A natureza, o corpo e a sexualidade humana sendo abordada de diversas
maneiras, discutindo o sexismo, a homofobia, a gravidez na adolescência, as
77
DSTS, a lei Maria da Penha e etc; os adornos, a natureza nas manifestações
artísticas brasileiras.
Paisagens naturais e urbanas, memória das paisagens, relações entre natureza e
cidade impacta social da destruição das matas, florestas e suas formas de vida,
natureza e economia do turismo.
Dimensão política
Primeiros povos no continente americano, povos coletores e caçadores, povos
ceramistas, pescadores e agrícolas, a criação de animais. Seus mitos, ritos,
religião, cultura, economia e artes.
Mitos de origem do mundo e do homem, a natureza nos mitos, religião, deuses,
valores, vida e morte, os ciclos naturais e suas relações econômicas.
Origem do homem na África.
Ocupação e transformação dos territórios.
Conteúdos básicos de história para o 7º ano
A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade em
diferentes tempos e espaço. Com uma análise sobre as questões ambientais,
mostrando para os educandos a importância da preservação do meio ambiente.
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade
Dimensão econômico-social
O trabalho entre os povos indígenas hoje, a divisão de trabalho em comunidades
indígenas específicas.
Escravização, trabalho e resistência indígena na sociedade colonial. Nesse
conteúdo temos a possibilidade de discutir um programa de enfrentamento à
violência contra criança e adolescente, que muitas vezes ocorrem dentro do próprio
ambiente familiar e praticada por pessoas muito próximas, colocando da
importância da denúncia para por fim a essas práticas, acabando com a
impunidade.
Tráfico de escravos e mercantilismo; a escravidão africana na agricultura de
exportação, mineração, produção de alimentos e nos espaços urbanos. Neste
conteúdo podemos desenvolver um projeto de educação tributária, pautado no
78
Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, com base no tema podemos discutir a
cobrança de todos os tipos de impostos, como: taxas, alíquotas, mercado
financeiro, bolsa de valores e outros; Lutas e resistência de escravos africanos;
trabalho livre no campo e na cidade após a abolição
O trabalho de mulheres e crianças na agricultura, na indústria e nos serviços
urbanos, nas atividades. Com ênfase na discussão do trabalho infantil, de acordo
com a L.F. Nº 11525/07. Pois o trabalho infantil é um dos principais motivos de
evasão e reprovação na educação brasileira e a garantia de cumprimento do Eca,
evita a pratica de qualquer tipo de violência e exploração contra nossas crianças e
adolescentes.
Relações de trabalho em diferentes momentos da História dos povos
americanos:
O trabalho entre os povos indígenas hoje; produção de alimentos e utensílios entre
populações indígenas em diferentes épocas.
O trabalho escravo na mineração, pecuária e monocultora colonial, comerciantes e
mercadores de escravos, escravidão indígena e africana na América colonial
A manufatura espanhola e inglesa: a industrialização, o artesanato, trabalhadores
das minas, e suas lutas sócias por melhores condições de trabalho.
Relações de trabalho em diferentes momentos na História de povos do mundo.
Dimensão cultural
Caçadores na África e na Europa; agricultores, sacerdotes, guerreiros e escribas e
escravos e no Oriente; artífices, comerciantes e navegadores na África e no
Oriente.
Servos, artesão e corporação de ofício na Europa, nobreza, clero, camponeses,
mercadores e banqueiros na Europa; navegadores e comerciantes coloniais.
Trabalho operário e trabalhadores dos serviços urbanos na Europa, trabalho das
mulheres e das crianças na indústria inglesa, abordando os direitos das crianças e
adolescentes.
Dimensão política
Lutas e organizações operárias.
Grandes proprietários, administradores coloniais, clérigos, agregados e
trabalhadores livres.
79
Conteúdos básicos de história para o 8º ano
O mundo do trabalho e os movimentos de resistência
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de direito
Dimensão econômico-social
A propriedade no presente e no passado.
Posse e propriedade;
A noção de propriedade;
Propriedade pública e propriedade coletiva;
Origem da propriedade da terra no Brasil;
Reforma agrária;
Terras dos Kaiwa;
Registro de terras;
Terras do Paranapanema;
M.S.T e U.D.R;
Terra e propriedade na Roma Antiga;
Monarquia, República e Império;
A propriedade da terra em Roma;
A sociedade romana;
As lutas pela reforma agrária em Roma;
Tibério e Caio Graco;
Feudalismo – A terra como privilegio;
Os povos Germânicos;
Os hunos;
Sistema de colonato entre os romanos;
A ocupação e exploração da terra entre os Germânicos;
A formação do feudalismo;
Dimensão cultural
Período da Idade Média;
Os carolíngios e o nascimento do feudalismo;
Suserana e Vassalagem.
80
Os que nasceram para Orar: o clero.
Os destinados a guerras.
Os que nasceram para guerrear.
Dimensão política
Conquista e preservação do território brasileiro pelos portugueses;
Administração política colonial: confronto entre europeus e indígenas, revoltas e
resistências de escravos;
Lutas pela independência política e processo político pela independência;
O Estado monárquico: guerras provinciais, lutas pelo fim da escravidão;
Lutas políticas na implantação da República: Canudos, Contestado e Cangaço;
O Estado novo e o Regime Militar pós-64: lutas operárias, lutas sociais rurais e
urbanas, lutas feministas, luta pela reforma agrária, movimentos populares e
estudantis, lutas dos povos indígenas pela preservação de seus territórios,
Movimentos de Consciência.
Constituição dos Estados Nacionais na América.
As colônias espanholas na América, subjugação das etnias e das culturas nativas,
constituição dos Estados Nacionais, ditaduras na América Latina, organizações e
política de integração econômica.
Colônias inglesas na América: o processo de constituição do Estado Nacional
norte-americano, elaboração dos ideais liberais, aproveitando o assunto para
discutir a prevenção e combate ao uso de drogas lícitas e ilícitas e republicanos.
Intervencionismo norte-americano na América Latina.
Revolução cubana e militarismo na América Latina. Processos de Constituição
dos Estados Nacionais na Europa
Expansão imperialista européia, Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa,
Segunda Guerra, Guerra Fria.
Expansão muçulmana, Imperialismo no Oriente Médio, confrontos entre palestinos
e israelenses, Guerra do Golfo.
Conteúdos básicos de história para o 9º ano
Relações de dominação e resistência: a formação do estado e das instituições
sociais.
A constituição das instituições sociais.
A formação do Estado.
81
Sujeitos, Guerras e revoluções
Dimensão política
Controle do Estado Brasileiro:
Estruturação da república;
República do Café com leite;
A busca pelo direito do voto;
A consolidação da república e as lutas pela democracia:
República Velha e a Revolução de 30;
Os governos democráticos;
Governo Vargas;
Governos populares e o Golpe de 64;
Ditadura militar;
O povo e a redemocratização
Eleições democráticas e os governos atuais;
Governo Lula e seus antecessores;
Dimensão econômico-social
A Expansão do Capitalismo:
Após o colonialismo vem o imperialismo;
Estruturação capitalista pelo mundo;
Os blocos de disputa pelo poder;
Socialismo e capitalismo: diferentes formas de poder;
A hegemonia dos EUA no mundo;
A exploração dos trabalhadores no mundo capitalista;
Lutas das classes inferiorizadas;
Lutas das classes inferiorizadas, negro e índio buscando seu espaço;
Lucro para poucos e trabalho para a maioria;
Mundo atual e a exploração do trabalho;
As revoluções e as lutas do povo pelos seus direitos;
A Evolução da Cidadania:
As lutas das diferentes classes sociais;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO MÉDIO
82
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A 1ª SÉRIE
TRABALHO ESCRAVO, SERVIL, ASSALARIADO E O TRABALHO LIVRE
O conceito de trabalho – livre e explorado
O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado
escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas
Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado
O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades
humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e
africanas
As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna de
Paris, os sovietes russos, associações húngaras, os círculos Bolivarianos.
O SURGIMENTO DAS SOCIEDADES HUMANAS
Primeiros homens no território brasileiro, povos coletores e caçadores, natureza
representada na arte, nos mitos e nos ritos dos povos indígenas, em comparação
com o homem Pré-histórico.
Uso da terra, diferentes formas de posse e propriedade da terra, locais de
povoamento e suas relações com o mar, rios e relevo.
Técnicas e instrumentos de transformações de elementos da natureza e matéria-
prima.
A natureza, o corpo, a sexualidade, e os adornos, a natureza nas manifestações
artísticas do povo da Pré-história.
As diferentes comunidades primitivas, estudo das sociedades coletoras, caçadoras
e os primeiros passos do homem agrícola.
Primeiros povos no continente americano, povos coletores e caçadores, povos
ceramitas, pescadores e agrícolas, a criação de animais. Seus mitos, ritos, religião,
cultura, economia e artes.
Mitos de origem do mundo e do homem, a natureza nos mitos, religião, deuses,
valores, vida e morte, os ciclos naturais e suas relações econômicas.
83
A evolução da sociedade humana com o surgimento da agricultura e da disputa
econômica por terras e produções.
Ocupação e transformação dos territórios.
AS SOCIEDADES DA ANTIGUIDADE:
As diferentes formas de organização das sociedades antigas.
A presença da religião na Antiguidade.
As guerras e os primeiros modos de escravidão humana.
Surgimento dos grandes impérios com a dominação dos povos.
AS SOCIEDADES AFRICANAS E ASIÁTICAS:
Como vivia o homem na África antes da vinda ao Brasil;
As sociedades asiáticas também têm história;
Quais foram os primeiros homens que chegaram no Brasil?
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A 2ª SÉRIE
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO
As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da
Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas.
Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas
sociedades ocidentais, africanas e orientais
Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo
A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços
DA ANTIGUIDADE A SOCIEDADE FEUDAL
A evolução das guerras de Conquista para a sociedade feudal, a presença do
clero, dos senhores, dos exércitos e dos camponeses.
A sujeição dos camponeses as estruturas feudais.
Os grandes impérios durante o feudalismo.
Feudalismo – A terra como privilegio;
Os povos Germânicos;
Os hunos;
Sistema de colonato entre os romanos;
84
A ocupação e exploração da terra entre os Germânicos;
A formação do feudalismo;
PERÍODO DA IDADE MÉDIA
Os carolíngios e o nascimento do feudalismo;
Suserania e Vassalagem.
Os que nasceram para Orar: o clero.
Os destinados a guerras.
Os que nasceram para guerrear. O trabalho entre os povos indígenas hoje, a
divisão de trabalho em comunidades indígenas específicas, contextualizando o
Brasil na Idade Média.
Caçadores na África e na Europa; agricultores, sacerdotes, guerreiros e escribas e
escravos e no Oriente; artífices, comerciantes e navegadores na África e no
Oriente.
Servos, artesão e corporação de ofício na Europa, nobreza, clero, camponeses,
mercadores e banqueiros na Europa; navegadores e comerciantes coloniais.
Trabalho operário e trabalhadores dos serviços urbanos na Europa, trabalho das
mulheres e das crianças na indústria inglesa.
Lutas e organizações operárias.
O BRASIL NO FIM DO FEUDALISMO:
Escravização, trabalho e Resistência indígena na sociedade colonial. Tráfico de
escravos e mercantilismo; a escravidão africana na agricultura de exportação,
mineração, produção de alimentos e nos espaços urbanos; Lutas e resistência de
escravos africanos; trabalho livre no campo e na cidade após a abolição. Utilizando
dos temas para abordar a educação fiscal, contextualizando de acordo com o
tempo histórico, questões ligadas a economia, crise, decadência, ciclos e etc; para
explicitar como ocorria a cobrança de impostos na Idade Média, relacionando com
os dias atuais.
Grandes proprietários, administradores coloniais, clérigos, agregados e
trabalhadores livres.
O trabalho de mulheres e crianças na agricultura, na indústria e nos serviços
urbanos, nas atividades.
Relações de trabalho em diferentes momentos da História dos povos americanos:
85
O trabalho entre os povos indígenas hoje; produção de alimentos e utensílios entre
populações indígenas em diferentes épocas.
O trabalho escravo na mineração, pecuária e monocultora colonial, comerciantes e
mercadores de escravos, escravidão indígena e africana na América colonial.
A manufatura espanhola e inglesa: a industrialização, o artesanato, trabalhadores
das minas, e suas lutas sócias por melhores condições de trabalho.
Relações de trabalho em diferentes momentos na História de povos do mundo.
BRASIL UM TERRITÓRIO EM DISPUTA:
Conquista e preservação do território brasileiro pelos portugueses;
Administração política colonial: confronto entre europeus e indígenas, revoltas e
resistências de escravos;
Lutas pela independência política e processo político pela independência;
O Estado monárquico: guerras provinciais, lutas pelo fim da escravidão;
Lutas políticas na implantação da República: Canudos, Contestado e Cangaço;
DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO POLÍTICO DO BRASIL:
A propriedade no presente e no passado;
Posse e propriedade;
A noção de propriedade;
Propriedade pública e propriedade coletiva;
Origem da propriedade da terra no Brasil;
Reforma agrária
Terras dos Kaiwa;
Registro de terras;
Terras do Paranapanema;
M.S.T e U.D.R;
Terra e propriedade na Roma Antiga;
Monarquia, República e Império;
Perceber a marginalização dos pobres da cidade e do campo associando ao
surgimento de canudos, contestado e Cangaço.
Analisar a luta desenvolvida pela sociedade civil para sua organização e suas
relações com o Estado;
86
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A 3ª SÉRIE
O ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER
Os Estados teocráticos
Os Estados na Antiguidade Clássica
O Estado e a Igreja medievais
A formação dos Estados Nacionais
As metrópoles europeias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão do
capitalismo
O Paraná no contexto da sua emancipação
O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo)
O nacionalismo nos Estados ocidentais
O populismo e as ditaduras na América Latina
Os sistemas capitalista e socialista
Estados da América Latina e o neoliberalismo
CONTROLE DO ESTADO BRASILEIRO:
Estruturação da república;
República do Café com leite;
As revoluções e as lutas do povo pelos seus direitos;
EVOLUÇÃO DA CIDADANIA:
As lutas das diferentes classes sociais;
A busca pelo direito do voto
A EXPANSÃO DO CAPITALISMO:
Após o colonialismo vem o imperialismo;
Estruturação capitalista pelo mundo;
Os blocos de disputa pelo poder;
Socialismo e capitalismo: diferentes formas de poder;
A hegemonia dos EUA no mundo;
A exploração dos trabalhadores no mundo capitalista;
Lutas das classes inferiorizadas;
Lucro para poucos e trabalho para a maioria;
87
A CONSOLIDAÇÃO DA REPÚBLICA E AS LUTAS PELA DEMOCRACIA:
República Velha e a Revolução de 30;
Os governos democráticos;
Governo Vargas;
Governos populares e o Golpe de 64;
Ditadura militar;
O povo e a redemocratização;
Lutas das classes inferiorizadas, negro e índio buscando seu espaço;
Eleições democráticas e os governos atuais;
Governo Lula e seus antecessores;
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
METODOLOGIA
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da
história local/Brasil para o mundo; deverão ser considerados os contextos relativos à
história local, da América Latina, da África e da Ásia; os conteúdos básicos pretendem
desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e
recorrências) e das periodizações; os conteúdos específicos devem estar articulados aos
conteúdos básicos e estruturantes; o confronto de interpretações historiográficas e
documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e
expressar-se por meio de narrativas históricas.
Para o Ensino Médio, a metodologia utilizada necessita estar adequada as
88
Diretrizes Curriculares relacionadas a História Temática. Desta forma, os conteúdos
básicos/temas históricos escolhidos para a execução do ensino devem estar articulados
aos conteúdos estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares Para Educação Básica.
Este é um desafio a ser superado quando estamos buscando ensinar toda a história da
humanidade. A partir disso, o professor tem a possibilidade de ampliar a percepção dos
estudantes com relação a um determinado contexto histórico, sua ação e relações de
distinção entre passado e presente. Na História Temática deve-se se constituir uma
problemática por meio da compreensão, na aula de história , das estruturas e das ações
humanas que constituíram os processos históricos do presente/passado. Portanto, ao
analisar e problematizar situações relacionadas as Relações de Trabalho, de Poder e
Culturais é possível interpretar e narrar o objeto de estudo da disciplina de história,
observando os recortes espaço/temporal e conceituais específicos, pautada na
historiografia de referência das Diretrizes. Os recursos didáticos e tecnológicos que
deverão ser utilizados em sala de aula poderão ser: imagens, livros, jornais, histórias em
quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas também podem ser
transformadas em documentos para servirem de material didático de muita importância na
constituição do documento histórico. Esta proposta da escolha dos temas é também
fundamentada em relações interdisciplinares considerando que na disciplina de História
corre a articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do
conhecimento. Assim, as narrativas, imagens, sons de outras disciplinas as devem ser
tratados como documentos a serem abordados historiograficamente.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
Na avaliação do aluno são considerados os resultados obtidos durante todo o
89
período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar,
tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o período letivo,
pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, por
este estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A promoção resulta da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à
apuração da sua frequência, conforme fórmula:
A avaliação será sempre de forma contínua, avaliando o aluno em seu todo, desde
o aprendizado, das atividades desenvolvidas em sala de aula, da participação no
desenvolvimento dos conteúdos, das atividades desenvolvidas extra classe, dos trabalhos
em grupo; considerando como ponto de avaliação todo o aprendizado do aluno. Haverá
também as avaliações específicas, não só para avaliar o aluno, mas também para avaliar
o desenvolvimento das aulas e a prática docente realizada em sala de aula.
Também faremos um trabalho de recuperação paralelamente com o
desenvolvimento do conteúdo, de modo que todo o grupo acompanhe a progressão das
atividades em sala de aula. Para que se possibilite o bom desenvolvimento de todo o
grupo, serão desenvolvidas atividades de sínteses, de apresentações, de debates, etc...
onde os alunos que não acompanharem o desenrolar e a progressão dos conteúdos,
tenham condição de recuperar e novamente se reintegrar no caminhar da disciplina.
Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula,
propiciando reflexões sobre a relação passado/presente.
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes
naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do
pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas
de narrar a história etc.
Pretende-se perceber como os estudantes compreendem: a constituição histórica
do mundo do campo e do mundo da cidade; as relações entre o campo e a cidade;
conflitos e resistências; e produção cultural campo cidade. Os temas acima podem ser
abordados em seminários, relatórios, palestras, peças teatrais e apresentações culturais
variadas.
90
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARRUDA, José Jabson de. Toda a História (História Geral de Brasil). 8a Ed. São Paulo,Editora Ática, 1999.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.394/96 – 24 de dez. 1996.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História – Novo Ensino Médio. Segunda edição, EditoraÁtica, São Paulo, 2002.
HISTÓRIA Projeto Araribá. Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pelaEditora Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2006
História/vários autores – Curitiba: SEED-PR, 2006.
MOTA, Myrian Becho. História das cavernas ao 3º Milênio. Editora Moderna, 1998.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. História. Curitiba:SEED/DEB, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PAZINATO, Alceu Luiz. História Moderna e Contemporânea. 6a Ed., São Paulo, EditoraÁtica, 1997.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA.Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
SERACIOPI, Gislaine Campos Azevedo & Reinaldo. História.Volume único. 1ª ed, SãoPaulo, Ática, 2005.
VICENTINO, Cláudio. História Geral. 4a Ed., São Paulo, SP, Editora Scipicione. 1997.
91
10 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INGLÊS
JUSTIFICATIVA
Levando em conta que a língua é dinâmica, que produz sentidos marcados por
relações contextuais de poder e o discurso enquanto prática social, efetivado por meio
das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita, o ensino da
língua estrangeira justifica-se na medida que amplia as possibilidades de comunicação do
aluno; permite contato com a cultura e a civilização dos povos onde esse idioma é falado,
além de aumentar as perspectivas profissionais.
A língua Inglesa contribui para o processo educacional como um todo, indo além da
aquisição de um conjunto de habilidades linguísticas. Leva a uma nova percepção da
natureza da linguagem, aumenta a compreensão de como a linguagem funciona e
desenvolve uma maior consciência do funcionamento da própria língua materna. Dessa
forma, ao promover uma apreciação dos costumes e valores de outras culturas, contribui
para desenvolver a percepção da própria cultura através da compreensão de culturas
estrangeiras. O desenvolvimento da habilidade de entender/dizer o que outras pessoas,
em outros países diriam em determinadas situações leva a compreensão tanto das
culturas estrangeiras quanto da cultura materna. Essa compreensão inter-cultural
promove a aceitação das diferenças nas maneiras de expressão e do comportamento.
A aprendizagem da Língua Inglesa não é só um exercício intelectual de
aprendizagem de formas linguísticas em um código diferente, é assim uma experiência de
vida, pois amplia as possibilidades de se agir discursivamente no mundo. O papel
educacional da Língua Inglesa é o desenvolvimento integral do indivíduo, devendo seu
ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência de vida.
Dessa forma, pretende-se que o aluno desenvolva cada vez mais o senso crítico,
analisando as informações que recebe, trocando opiniões, comparando, discutindo,
somando experiências, fazendo assim uma ligação com o seu próprio mundo, permitindo
assim o seu próprio crescimento.
OBJETIVOS GERAIS
Identificar no universo que o cerca as línguas estrangeiras que cooperam nos
sistemas de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngüe
e compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas desempenham em
92
determinado momento histórico;
Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua
estrangeira, no que se refere a novas maneiras de se expressar e de ver o mundo,
refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as visões de seu próprio
mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de seu próprio papel
como cidadão de seu país e do mundo;
Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o acesso a
bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo;
Construir conhecimento sistêmico sobre a organização textual e sobre como e
quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os
conhecimentos da língua materna;
Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se fazem da
língua estrangeira que está aprendendo;
Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como
meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados;
Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações
diversas;
Aumentar o conhecimento sobre linguagem materna, por meio de comparações
com a língua estrangeira e vários níveis.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso como prática social pode-se identificar e organizar o campo de estudo
da Língua Inglesa na escola. Eles são os meios pelos quais se trabalha de uma forma
dinâmica, o discurso enquanto prática social e discursiva, isto é, os conteúdos (oralidade,
leitura e escrita).
Fazer com que os alunos percebam que através da Língua Inglesa há uma
interdiscursividade nas relações sociais e que para compreendê-la será necessário atingir
os níveis de organização linguística (fonética-fonológica, léxico-semântico e de sintaxe) e
para isso será explorado a compreensão oral ou escrita, verbal e não-verbal.
Em sala de aula usaremos textos para fazer com que o aluno aprenda da forma
mais fácil e agradável.
Os textos estudados geralmente estão adequados a faixa etária, realidade social e
nível educacional do aluno, e caso o texto não esteja coerente com a realidade dos
nossos alunos, faz-se adaptações, para aproximá-lo do entendimento do aluno,
93
ampliando assim, a sua visão de mundo.
Quanto ao foco principal da abordagem discursiva e analógica é a leitura crítica e a
interação dos sujeitos com os discursos embutidos em tipologias textuais diferentes
(gêneros textuais), os quais são selecionados pela sua riqueza linguística e discursiva.
São selecionados gêneros e conteúdos específicos, a partir do conteúdo
estruturante para trabalhar em sala de aula.
A língua Inglesa contemplará a história e cultura Afro-Brasileira e Africana e
indígena, privilegiando o reconhecimento e valorização de sua identidade, garantindo
seus direitos de cidadão, explorando principalmente os elementos que caracterizam essa
cultura.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE INGLÊS PARA O 6º ANO
Leitura
. Tema do texto;
· Interlocutor;
· Finalidade;
· Aceitabilidade do texto;
· Informatividade;
· Elementos composicionais do gênero;
· Léxico;
· Repetição proposital de palavras;
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.
Escrita
· Tema do texto;
· Interlocutor;
· Finalidade do texto;
· Informatividade;
· Elementos composicionais do gênero;
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.
Oralidade
· Tema do texto;
· Finalidade;
· Papel do locutor e interlocutor;
· Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...;
· Adequação do discurso ao gênero;
94
· Turnos de fala;
· Variações linguísticas;
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Sugestões de gêneros discursivos para o 6º ano: história em quadrinho, piada,
poemas, exposição oral (diálogos), comercial de TV, diário, quadrinhas, bilhetes, fotos,
horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz, lista de compras, avisos, música, etc.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE INGLÊS PARA O 7º ANO
Leitura
. Tema do texto;
· Interlocutor;
· Finalidade do texto;
· Informatividade;
· Situacionalidade;
· Informações explícitas
· Discurso direto e indireto;
· Elementos composicionais do gênero;
· Repetição proposital de palavras;
· Léxico;
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.
Escrita
· Tema do texto;
· Interlocutor;
· Finalidade do texto;
· Discurso direto e indireto;
· Elementos composicionais do gênero;
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.
Oralidade
· Tema do texto;
· Finalidade;
· Papel do locutor e interlocutor;
· Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
· Adequação do discurso ao gênero;
· Turnos de fala;
· Variações linguísticas;
95
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
Sugestões de gêneros para o 7º ano: entrevista, notícia, música, tiras, textos
midiáticos, propaganda, charges, provérbios, diário, cartoon, narrativa, música, etc.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE INGLÊS PARA O 8º ANO
Leitura
. Conteúdo temático;
· Interlocutor;
· Finalidade do texto;
· Aceitabilidade do texto;
· Informatividade;
· Situacionalidade;
· Intertextualidade;
· Vozes sociais presentes no texto;
· Elementos composicionais do gênero;
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.
· Semântica:
. Operadores argumentativos;
. Ambiguidade;
. Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
. Expressões que denotam ironia e humor no texto.
. Léxico.
Escrita
· Conteúdo temático;
· Interlocutor;
· Finalidade do texto;
· Informatividade;
· Situacionalidade;
· Intertextualidade;
· Vozes sociais presentes no texto;
· Elementos composicionais do gênero;
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.
· Semântica:
. Operadores argumentativos;
. Ambiguidade;
96
. Significado das palavras;
. Figuras de linguagem;
. Sentido conotativo e denotativo;
. Expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade
· Conteúdo temático;
· Finalidade;
· Aceitabilidade do texto;
· Informatividade;
· Papel do locutor e interlocutor;
· Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
· Adequação do discurso ao gênero;
· Turnos de fala;
· Variações linguísticas
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
· Elementos semânticos;
· Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Sugestões de Gêneros discursivos para a 8ºano: reportagem, slogan, sinopse de
filme, textos midiáticos, anúncio publicitário, outdoor, blog, etc.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE INGLÊS PARA O 9º ANO
Leitura
· Tema do texto
· Interlocutor
· Finalidade do texto
· Aceitabilidade do texto
· Informatividade
· Situacionalidade
· Intertextualidade
· Temporalidade
· Discurso direto e indireto
· Elementos composicionais do gênero;
· Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
97
· Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
· Polissemia
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.
· Léxico.
Escrita
· Tema do texto
· Interlocutor
. Finalidade do texto
· Aceitabilidade do texto
· Informatividade
· Situacionalidade
· Intertextualidade
· Temporalidade
· Discurso direto e indireto
· Elementos composicionais do gênero
· Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
· Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
· Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
· Polissemia
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.
· Processo de formação de palavras
· Concordância verbal/nominal
Oralidade
· Conteúdo temático
· Finalidade
· Aceitabilidade do texto
· Informatividade
· Papel do locutor e interlocutor
· Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas
. Adequação do discurso ao gênero
· Turnos de fala
· Variações linguísticas
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
. Semântica
· Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).
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· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito
Sugestões de gêneros discursivos para a 9° ano: reportagem oral e escrita, textos
midiáticos, histórias de humor, músicas, charges, entrevistas, depoimentos, narrativa,
imagens, etc.
Conteúdos Básicos de Inglês para a 1ª Série
Leitura
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
Linguagem não-verbal.
As particularidades do texto em registro formal e informal.
Finalidades do texto.
Estética do texto literário.
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Oralidade
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Finalidade do texto oral.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Texto.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Finalidade do texto oral.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos
Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Médio:
Crônica, lendas, contos, poemas, fábulas, biografias, classificados, notícias,
reportagem, entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo, textos midiáticos, palestra,
piadas, debates, folhetos, horóscopo, provérbios, charges, tiras, etc.
A diversidade de gêneros discursivos deve estar contemplada em todas as séries
do Ensino Fundamental e do Médio.
Ressalta-se que a diferença significativa entre as séries está no grau de
complexidade dos textos e de sua abordagem.
99
A partir do texto escolhido para desenvolver as práticas discursivas, define-se os
conteúdos específicos a serem estudados, norteados pelo gênero do texto.
A cultura Afro-brasileira e Africana e a Cultura Indígena deve ser contemplada em
diversos momentos, privilegiando o reconhecimento e valorização de sua identidade,
garantindo seus direitos de cidadão, explorando assim os elementos que caracterizam
essas culturas.
Conteúdos Básicos de Inglês para a 2ª Série
Leitura
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários,
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
Linguagem não-verbal.
As particularidades do texto em registro formal e informal.
Finalidades do texto.
Estética do texto literário.
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Oralidade
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Finalidade do texto oral.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Texto.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Finalidade do texto oral.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Conteúdos Básicos de Inglês para a 3ª Série
Leitura
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
Linguagem não-verbal.
As particularidades do texto em registro formal e informal.
100
Finalidades do texto.
Estética do texto literário.
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Oralidade
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Finalidade do texto oral.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Texto.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Finalidade do texto oral.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
METODOLOGIA
Os conteúdos trabalhados devem estabelecer sempre um vínculo com o mundo
fora da sala de aula, ou seja, devem objetivar a construção social do significado. O
trabalho com os conteúdos podem envolver:
Uso de revistas, jornais, livros, TV, vídeo, gravador, rádio, computador;
Produção de cartazes, demonstrando questões que envolvam a etnia, o comércio,
as relações afetivas, O mundo da informática, etc., e a influência da língua inglesa
na vida das pessoas fora da sala de aula;
101
Trabalhos de produção oral e escrita com pequenos e grandes grupos de alunos;
Análise e interpretação de diferentes tipos de gêneros;
Leitura e produção de diálogos entre os alunos;
Dramatização;
Uso do dicionário, livros e outros materiais que possam orientar nas questões que
se referem aos aspectos lexicais e semânticos e outros elementos gramaticais.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
A exploração das atividades discursivas se dá a partir dos gêneros textuais, possi-
bilitando o trabalho com elementos linguísticos de forma contextualizada. Portanto, não se
deve considerar os elementos gramaticais como ponto de partida para o trabalho didático
pedagógico, mas como parte integrante do trabalho com os gêneros
A avaliação contínua, fazendo da observação seu principal instrumento e nela
diretamente envolvendo o aluno, leva mais em conta as interações desenvolvidas e
reguladas do que a correção. O avaliador se empenha em regular as interações
desenvolvidas e reguladas do que a correção. O avaliador se empenha em regular as
interações em sala de aula para corrigir rotas de percurso, utilizando um vasto repertório
de técnicas sociais. Isso significa que o professor deve aconselhar, coordenar, dirigir,
liderar, encorajar, animar, estimular, partilhar, escutar, respeitar e compreender o aluno.
A avaliação deve ser feita sempre de forma contextualizada e considerando sua
relevância na construção do aluno como ser discurso em língua estrangeira. Poderá ser
feita através de:
Leitura e interpretação de textos
Participação nas aulas
102
Atividades em sala e para casa
Listening, reading, writing e speaking
Textos escritos e orais
Trabalhos individuais ou em grupo
Apresentação de trabalhos em sala de aula
Produção de frases e pequenos textos
Auto-avaliação
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAYNHAM, M. Literacy Practices: investigating literacy in social contexts. London:
Longgman, 1995.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.
_____ Estética da Criação Verbal, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1992.
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala
de aula. Parábola: São Paulo, 2004.
BORDIEU, P. A economia das trocas linguísticas. São Paulo: EDUSPSP, 1996. P. 54.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Língua EstrangeiraModerna. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
103
11 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ESPANHOL – CELEM (Centro de
Línguas Estrangeiras Modernas)
JUSTIFICATIVA
A Secretaria de Estado da Educação criou, oficialmente, os Centros de Línguas
Estrangeiras Modernas (CELEM), em 15 de agosto de 1986, como forma de valorizar o
plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história paranaense. Tal oferta tem sido
preservada pela SEED há mais de vinte anos. No ano de 2004, ampliou o número de
escolas que ofertam cursos do CELEM, estabeleceu parcerias para formação e
aprimoramento pedagógico dos professores e adquiriu livros de fundamentação teórica de
Língua Estrangeira para as escolas de todo o Estado.
O objeto de ensino da disciplina de língua estrangeira é a própria língua. A
necessidade de comunicação é o que justifica a existência da língua, ou seja, por meio da
interação verbal ela se concretiza, permitindo aos homens dizer e agir sobre o mundo,
constituindo-o e sendo constituídos por ele.
Considerando os grandes avanços tecnológicos em que as comunicações se
realizam de forma rápida, econômica e fiável entre pessoas situadas a grandes
distâncias, se faz necessário o conhecimento de várias línguas pelos indivíduos, não
somente a nível coloquial, mas também em campos específicos.
Viagens internacionais são cada vez mais frequentes. Filmes, músicas, programas
de televisão, Internet e muitos outros meios de comunicação nos levam a acreditar ser
mister o ensino de uma variedade cada vez maior de línguas estrangeiras. Em nossa
realidade, o oeste do Paraná, se faz necessário o conhecimento do idioma oficial do
Mercado Comum do Cone Sul MERCOSUL - a Língua Espanhola - para que estejamos
cada vez mais próximos da nossa própria realidade.
Aprender uma língua estrangeira amplia o universo cultural dos cidadãos
contribuindo com sua formação global em seus mais diversos aspectos, além de
enriquecer sua capacidade de observação e reflexão sobre nossa língua – o português –
bem como representa um meio de superação individual e de crescimento profissional e
social que favorece a inserção laboral. É também aprender a respeitar as diferenças
individuais e coletivas mediante o conhecimento de outras culturas e crenças.
OBJETIVO GERAL
104
Propiciar aos alunos oportunidades para que alcancem a competência
comunicativa (linguística, textual, discursiva e sociocultural) ampliando seu conhecimento
sobre outras culturas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conhecimento é o resultado da interação do homem com o seu meio. Partindo
desse pressuposto, deve-se proporcionar ao aluno condições e atividades que lhe
permitam:
Contribuir permanentemente no seu próprio conhecimento em um processo de
interação social;
Enfatizar sua relação com o meio, outras pessoas e suas diferentes linguagens,
inserindo-o no campo da produtividade e da cultura;
Trabalhar a língua como forma ou processo de integração, ampliando a visão de
mundo;
Comunicar com clareza o pensamento em situações rotineiras da mais simples às
mais complexas;
Ler textos em espanhol, possibilitando o acesso a bens culturais construídos em
outras partes do mundo;
Ler e compreender textos informativos, utilizando-os como meio de acesso ao
mundo do trabalho e dos estudos avançados;
Refletir sobre costumes e maneiras de agir das pessoas de outros países,
despertando a consciência crítica e valorizando a função social da língua;
Usar o idioma espanhol para elaboração de um discurso próprio que lhe permita
interagir com o mundo.
CONTEÚDOS
Conteúdos Estruturantes: Discurso como prática social Conteúdos Básicos – P1
Gêneros Priorizados no 1º Ano:
Cada um dos itens de trabalho em relação à oralidade, escrita e leitura serão
trabalhados em gêneros discursivos previamente selecionados, dentre os quais
destacamos: música, piada, bilhete (esfera cotidiana de circulação); fábulas, contos,
história de quadrinhos, poemas (esfera literária de circulação); anúncio classificados,
105
charge, cartum, entrevista, horóscopo (esfera jornalística de circulação), diálogo, cartazes
(esfera escolar de circulação); correio eletrônico – e-mail – mensagem de texto; telejornal,
telenovela, videoclipe (esfera midiática de circulação); entre outros.
Oralidade Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
Leitura
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Marcadores do discurso;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística.
Acentuação gráfica;
Ortografia.
Escrita
Tema do texto;
106
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção; Informatividade (informações necessárias para a
coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto;
Vozes verbais;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica
Conteúdos Básicos – P2
Gêneros priorizados no 2º ano
Cada um dos itens de trabalho em relação à oralidade, escrita e leitura serão
trabalhados em gêneros discursivos previamente selecionados, dentre os quais
destacamos: comunicado, curriculum vitae, ficha de inscrição, lista de compras (esfera
cotidiano de circulação); fábulas, crônica, contos (esfera literária de circulação); aula em
vídeo, ata de reunião, palestra, resenha (esfera escolar de circulação); artigo de opinião,
carta ao leitor, entrevista, reportagem (esfera da imprensa de circulação); músicas,
anúncio, propaganda (esfera publicitária de circulação); boletim de ocorrência, contrato,
lei, ofício (esfera jurídica de circulação); aula virtual, conversação chat, correio eletrônico
– e-mail – mensagem de texto (esfera midiática de circulação), entre outros.
Oralidade Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
107
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
Leitura
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Marcadores do discurso;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística.
Acentuação gráfica;
Ortografia.Escrita
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
108
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção; Informatividade (informações necessárias para a
coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto;
Vozes verbais;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
RECURSOS DIDÁTICOS
Livro didático público, revistas, dicionários, TV pendrive, cartazes, músicas, MPs –
objetos para dinâmicas... etc.
109
METODOLOGIA
Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde os
vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero
estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente
ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso,
a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar
com o texto, sem, no entanto, abandoná-la. (DCE/LEM, 2008, p. 68)
No estudo de cada gênero discursivo selecionado para o trabalho, propõe-se que
sejam trabalhados o conteúdo temático, o estilo linguístico e a construção composicional,
atrelando-os ao trabalho com a leitura, a oralidade e a escrita, abordando os seguintes
pontos:
Oralidade:
Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
Reflexão sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Contação de histórias de diferentes gêneros;
Leitura:
Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
Análises da referência textual;
Compreensão das partículas conectivas;
Trabalho, também, com gêneros discursivos não-verbais;
Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
Reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;
Escrita:
Práticas de produção textual e refacção a partir da delimitação do tema, do
interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, temporalidade e ideologia;
Uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
Utilização adequada das partículas conectivas;
Produções em diferentes gêneros;
Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos
110
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
O processo de avaliar não significa medir somente o aproveitamento escolar,
avaliar consiste em valorizar medidas, ajuizar o conhecimento e as habilidades do aluno,
considerando seus pontos culturais, a interpretação do conhecimento e o juízo critico do
aluno, quanto à realidade do que foi aprendido.
Os estudantes serão avaliados quanto à leitura, oralidade e esrita:
Oralidade
Pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;
Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual;
Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
Apresentação de ideias com clareza;
Compreensão de argumentos no discurso do outro;
Exposição objetiva de argumentos;
Organização da sequência da fala;
Respeito aos turnos de fala;
Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua
materna, etc.;
Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
Leitura
Realização de leitura compreensiva do texto;
111
Localização de informações explícitas e implícitas no texto;
Posicionamento argumentativo;
Ampliação do horizonte de expectativas;
Ampliação do léxico;
Percepção do ambiente no qual circula o gênero;
Identificação da ideia principal do texto;
Análise das intenções do autor;
Identificação do tema;
Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual;
Escrita
Expressão de ideias com clareza;
Elaboração de textos atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
à continuidade temática;
Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;
Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc;
Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, etc;
Emprego de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero
proposto.
BIBLIOGRAFIA
Souza, Jair de Oliveira. !Por supuesto!: Español para brasileños/Jair de Oliveira Souza-
São Paulo: FTD, 2003.
Livro didático público - Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês/ vários autores.
Curitiba: SEED – PR 2006.
112
ALZUETA DE BARTABURO, Maria Eulália; Español en acción: gramática condensada,
verbos: lista y modelos, vocabulário temático – São Paulo Hispania Editora, 1998.
PALOMINO, María Ángeles; Dual pretextos para hablar; Edelsa Grupo Didiscalia, S. A.,
Madrid 1ª edición 1998.
Larousse Diccionario de la Lengua Española Esencial – México DF: Larousse Planeta;
Editora Ultra, S.A, 1994.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Língua EstrangeiraModerna. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
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12 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LÍNGUA PORTUGUESA
JUSTIFICATIVA
No que concerne ao domínio do ensino de Língua Portuguesa e Literatura tanto no
Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, o fundamento teórico que subjaz como
orientação para a elaboração curricular são os postulados sociointeracionistas,
construídos a partir do teórico russo Mikhail Bakhtin. Segundo tais postulados, a língua
configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem através da interação.
Ela mesma, a língua, só se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que
interagem.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Da Educação Básica o ensino
aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos lingüísticos e
discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os discursos que os cercam e
terem condições de interagir com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua
seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se defrontam,
manifestando diferentes opiniões. Considera-se o processo dinâmico e histórico dos
agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, que ocorre nas
relações sociais, políticas, econômicas, culturais, etc., quanto dos sujeitos envolvidos
nesse processo.
Cabe à disciplina de Língua Portuguesa, tanto no Ensino Fundamental quanto no
Médio, o papel de promover práticas de oralidade e de letramento de forma integrada,
levando os alunos a identificar as relações entre oralidade e a escrita; relações de
independência, de dependência e de interdependência; também cabe a este componente
curricular desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas
diversificadas em que haja motivação e objetivo para ler textos de diferentes tipos e
gêneros e com diferentes funções, o mesmo para produzir textos para múltiplos
interlocutores, em situações e condições de produções diferentes; bem como desenvolver
as habilidades de produção e audição de textos orais conforme os interlocutores, os seus
objetivos, a natureza do assunto sobre o qual falam ou escrevem, o contexto. Enfim,
oportunizar as condições de produção dos textos tanto orais como escritos.
Os educandos devem ter momentos de reflexão sobre os textos que lêem,
escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de forma contextualizada, a análise linguística, as
características de cada tipo de texto, o efeito das condições de produção dos discursos na
construção de texto e de seu sentido; desenvolver as habilidades de interação oral e
114
escrita em função e a partir do grau de letramento que o aluno traz de seu grupo familiar e
cultural, uma vez que há uma grande diversidade nas práticas de oralidade e no grau de
letramento entre os grupos sociais a que os alunos pertencem, diversidade na natureza
das interações orais e na maior ou menor presença de práticas de leitura e de escrita no
cotidiano familiar e cultural dos alunos.
Prática da oralidade:
A linguagem oral, assim como na escrita, é aprendida no uso e na interação com
outras pessoas. Inicialmente, aprende-se a usar a linguagem oral no contexto familiar,
através de frequentes intervenções dos adultos. Diferentes situações sociais exigem
diferentes formas de comunicação oral. Há situações que pedem um discurso mais
elaborado - reuniões, encontros formais - e outras em que usam fala desse tipo ficaria
deslocada, como os encontros entre amigos, na família etc.
Devem ser propostas atividades diversas que desafiem o aluno a expressar-se
oralmente: conversas, entrevistas, debates, comentários e narrativas orais. O
desenvolvimento dessas atividades deve possibilitar progressos aos alunos nessa forma
de expressão. Então, o professor deve procurar observar se seus alunos conseguem
argumentar em defesa de suas ideias e se procuram adequar sua fala a diferentes
contextos.
Prática da leitura:
A aprendizagem da leitura é um processo que implica desde a diferenciação entre
escrita e outras formas de registro, como desenho, por exemplo, até a leitura
convencional. Todas as tentativas que o sujeito faz para atribuir sentido a um texto são
leituras. Nesse sentido, mesmo os alunos não alfabetizados são capazes de ler, apoiados
em ilustrações e outras marcas do texto, bem como em sua memória. Diante de um texto
desconhecido, por exemplo, o aluno é capaz de compor uma narrativa, apoiando-se nas
ilustrações e outros sinais. Nessas leituras, pode utilizar o discurso próprio da escrita ou
um discurso marcado pela oralidade. No primeiro caso, ao ler, ele usa expressões como
"era uma vez", "certo dia", "quando", "porque", "finalmente", "em seguida", e outras. Isso
só ocorre quando o aluno está familiarizado com esse tipo de discurso, pela escuta
frequente de leituras feitas por um leitor experiente (professor, familiares, amigos e
outros). No segundo caso, a leitura traz marcas que são típicas da oralidade: repetições
desnecessárias e expressões tais como "e aí", "daí" etc.; isso ocorre quando o aluno não
tem familiaridade com o discurso escrito.
Além disso, há muitos conhecimentos de leitura que não se restringem ao domínio
do código alfabético, como, por exemplo, ser capaz de distinguir diferentes tipos de textos
115
(narrativos, informativos, de convencimento, poéticos, instrucionais etc.) e diferentes
suportes textuais (livros, revistas, jornais, embalagens, bulas etc.). O aluno pode adquirir
esse conhecimento mesmo antes de estar alfabetizado: ouvindo leituras e sendo
estimulado a observar a "silhueta" dos textos, suas características gráficas. Aliás, esses
conhecimentos o ajudarão a dominar o código alfabético, pois levam a pensar sobre a
escrita.
Tais conhecimentos, aliados ao domínio do código alfabético, levam à leitura
convencional. No entanto, nunca é demais lembrar que ler convencionalmente não
significa simplesmente decodificar, mas sim atribuir sentido ao texto: "o leitor não
decodifica, ele percebe as palavras globalmente e adivinha muitas outras, guiado por seu
conhecimento prévio e por usar hipóteses de leitura" (KLEIMAN, 1989). Antes e durante a
leitura, o leitor faz antecipações (antecipa o que virá em seguida no texto) e inferências
(procura depreender o que não está explícito). Comentários prévios feitos por quem já leu
o texto, o título, o conhecimento das ideias e estilo do autor, as experiências de vida e as
experiências de leitura influem nas antecipações e inferências que o leitor faz. Durante e
após a leitura, o leitor confirma ou não as suas antecipações e inferências (checagem ou
verificação). As discussões e outras atividades feitas após a leitura do texto ajudam nesse
sentido. Ler com eficiência é, sobretudo, atingir determinados objetivos: por exemplo, ler
um texto instrucional e ser capaz de executar as instruções ali contidas (receita de um
bolo, montagem de um aparelho de som); extrair as informações quer um texto didático
(ou uma notícia) traz; rir de uma piada; emocionar-se com um poema ou com uma
narrativa.
Ao avaliar em processo, o professor deve ter em mente todos esses parâmetros,
para diagnosticar, e acompanhar a leitura de cada aluno.
Prática da escrita:
Avaliar o aluno quanto à aprendizagem da escrita não se restringe a verificar o
domínio que ele tem do sistema alfabético. Não se trata, portanto, de simplesmente
concluir se está alfabetizado ou não, se lê e escreve convencionalmente ou não. Há
muitos conhecimentos, igualmente importantes, que devem ser ensinados e avaliados
pela escola, como saber para que serve a escrita, utilizá-la como forma de registro,
identificar diferentes portadores e tipos de textos.
Outro aspecto importante é verificar se o aluno consegue atribuir sentido às suas
escritas, ainda que não convencionais. Esse sentido pode ser atribuído pelo aluno que
durante a produção (ou seja, há uma intenção), ou pode ser dado depois da produção, a
partir da pergunta do leitor (professor ou outro): “o que você escreveu aqui?”. Da mesma
116
forma que a leitura, esses textos produzidos com escritas não-convencionais podem
aproximar-se ou distanciar-se do discurso próprio da escrita.
A escrita não é uma transcrição da fala. No entanto, no processo de apropriação do
sistema alfabético, um passo fundamental é perceber a relação entre a fala e a escrita,
isto é, entre som e grafia.
Perceber a relação entre som e grafia é um marco muito importante no processo de
construção da escrita e nem sempre valorizado pelo professor, pois ao conquistá-lo, o
alfabetizando - embora tenha feito um grande progresso - ainda está longe da escrita
convencional. Essa conquista permite que o alfabetizando, com a intervenção do
professor, se aproxime da escrita convencional, tomando seus textos legíveis, ainda que
com muitos problemas de ortografia.
O domínio do sistema alfabético, ainda que seja um importante ponto de chegada,
não garante ao aluno a utilização da forma de discurso escrito na produção de textos.
Para isso, o aluno precisa estar familiarizado com as diferentes configurações textuais,
através de um trabalho sistemático de leitura e reflexão sobre textos lidos, de produção,
de reprodução e de reescrita de textos.
Finalmente, é preciso que o aprendiz seja capaz de selecionar o tipo de
organização textual mais apropriada para atingir os objetivos que tem em mente: dar
instruções além de comunicar-se com alguém que está longe, convencer, divertir,
emocionar, enredar, divulgar, reivindicar etc. Novamente, ao acompanhar cada aluno, o
professor leva em conta cada um desses aspectos, que constituem os marcos do
processo de aprendizagem.
Análise linguística:
Todas as atividades propostas no processo ensino - aprendizagem de Língua
Portuguesa, deve possibilitar reflexão sobre a língua. São atividades que desafiam os
alunos a produzirem a linguagem, o que lhes permite compreender como ela funciona.
Desenvolver uma prática de análise linguística significa refletir sobre a língua de
duas formas: uma, quando a reflexão está voltada para o uso: por exemplo, ao produzir,
revisar ou reescrever um texto, tem-se que decidir qual é a melhor forma de registrar as
ideias, ou organizar as informações, para que o texto fique claro, coerente, sem
repetições desnecessárias ou lacunas, sem erros de ortografia e pontuação, a fim de
atingir os objetivos para os quais está sendo escrito (atividades epilinguísticas); outra
forma de reflexão ocorre quando se faz classificações, ou referências a regras: “tal
palavra é um adjetivo”, “na frase, o verbo deve concordar com o sujeito”, “o verbo
transitivo exige complemento” etc. (atividades metalinguísticas).
117
Na verdade qualquer atividade de leitura e produção de texto leva a momentos de
reflexão sobre a língua (perceber como o texto de uma propaganda se organiza para ser
eficiente, por exemplo), mas a revisão e reescrita de textos constituem a essência da
prática de análise linguística: a busca de clareza, coerência e coesão textual, bem como a
paragrafação e pontuação corretas. Consideramos também atividades de análise
linguística aquelas que visam a compreensão do sistema alfabético de escrita, assim
como a questão gramatical, propriamente dita: concordância nominal e verbal, regência,
uso e colocação pronominal, ortografia etc. As atividades epilinguísticas gradualmente
contribuem para que o aluno vá se apropriando tanto das generalidades (regras) quanto
das particularidades da língua e construam as bases para as atividades metalinguísticas.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua,
busca:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção;
Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da
oralidade, da leitura e da escrita;
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.
Desenvolver estratégias de leitura: índices de previsibilidade, explicitação do
conteúdo implícito, levantamento de hipóteses, relações de causa e
consequência de temporalidade e espacialidade, transferência, síntese,
generalização, tradução de símbolos, relações entre forma e conteúdos, etc.
118
CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
(*) SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O 6º ANO: história em quadrinho,
piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, narrativa de enigma,
narrativa de aventura, dramatização, exposição oral, comercial para TV, causos, carta
pessoal, carta de solicitação, e-mail, receita, convite, autobiografia, cartaz, carta do leitor,
classificados, verbete, quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso,
horóscopo, regras de jogo, anedotas, entre outros.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Leitura
Identificação do tema
Interpretação textual, observando: conteúdo temática; interlocutores; fonte;
intertextualidade; informatividade; intencionalidade; marcas linguísticas.
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
Inferências
Oralidade
Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais; marcas
linguísticas.
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto
Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação
Particularidades de pronúncia de algumas palavras
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
Escrita
Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais; marcas
linguísticas.
Argumentação
Paragrafação
Clareza de ideias
Refacção textual
Análise linguística: perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade.
119
Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno
Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto.
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
Acentuação gráfica
Processo de formação de palavras
Gírias
7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
(*) SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O 7º ANO: entrevista (oral e
escrita), crônica de ficção, música, notícia, estatutos, narrativa mítica, tiras, propaganda,
exposição oral, mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos, álbum de família, literatura de
cordel, carta de reclamação, diário, carta ao leitor, instruções de uso, cartum, história em
quadrinhos, placas, pinturas, provérbios, entre outros.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Leitura
Interpretação textual, observando:
- conteúdo temático
- interlocutores
- fonte
- ideologia
- papéis sociais representados
- intertextualidade
- intencionalidade
- informatividade
- marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e
informal.
Texto verbal e não verbal
120
Oralidade
Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais; marcas
linguísticas.
Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,
repetições, pausas...)
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto
Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação
Particularidades de pronúncia de algumas palavras
Escrita
Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionai; marcas
linguísticas.
Linguagem formal/informal
Argumentação
Coerência e coesão textual
Organização das ideias/parágrafos
Finalidade do texto
Refacção textual
Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no
texto.
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto.
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen
Acentuação gráfica
Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais
A representação do sujeito no texto (expressivo/elíptico;
determinado/indeterminado; ativo/passivo)
Neologismo
Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese).
Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal
Linguagem digital
Semântica
121
Particularidades de grafias de algumas palavras
8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O 8º ANO: regimento, slogan,
telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de
terror, charge, narrativa de humor, crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio
publicitário, sinopse de filme, poema, biografia, narrativa de ficção científica, relato
pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, discurso de defesa e acusação, mesa
redonda, dissertação escolar, regulamentos, caricatura, escultura, entre outros.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Leitura
Interpretação textual, observando:
- conteúdo temático
- interlocutores
- fonte
- ideologia
- intencionalidade
- informatividade
- marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
As diferentes vozes sociais representadas no texto
Linguagem verbal, não verbal, midiático, infográficos, etc.
Relações dialógicas entre textos
Oralidade
Adequação ao gênero: conteúdo temática; elementos composicionais; marcas
linguísticas.
Coerência global do discurso oral
Variedades linguísticas
Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação; turnos de fala.
Particularidades dos textos orais
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
122
Finalidade do texto oral
Escrita
Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais; marcas
linguísticas.
Argumentação
Coerência e coesão textual
Paráfrase de textos
Paragrafação
Refacção textual
Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral
Conotação e denotação
A função das conjunções na conexão de sentido do texto
Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos...)
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
Acentuação gráfica
Figuras de linguagem
Procedimentos de concordância verbal e nominal
A elipse na sequência do texto
Estrangeirismos
As irregularidades e regularidades da conjugação verbal
A função do advérbio: modificador e circunstanciador
Complementação do verbo e de outras palavras
9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O 9º ANO: artigo de opinião, debate,
reportagem oral e escrita, manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica,
narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, música, charges, editorial,
curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembleia, agenda cultural, reality show,
123
novela fantástica, conferência, palestra, fotoblog, depoimento, imagens, instruções, entre
outros.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura
Interpretação textual, observando:
- conteúdo temático
- interlocutores
- fonte
- intencionalidade
- intertextualidade
- ideologia
- informatividade
- marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
Informações implícitas em textos
As vozes sociais presentes no texto
Estética do texto literário
Oralidade
Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais; marcas
linguísticas.
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto oral
Argumentação
Papel do locutor e do interlocutor: turnos de fala
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
Escrita
Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais; marcas
linguísticas.
Argumentação
Resumo de textos
Paragrafação
Paráfrase
Intertextualidade
Refacção textual
124
Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
Conotação e denotação
Coesão e coerência textual
Vícios de linguagem
Operadores argumentativos e os efeitos de sentido
Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que
diz, como: felizmente, comovedoramente...)
Semântica
Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
Acentuação gráfica
Estrangeirismos, neologismos, gírias
Procedimentos de concordância verbal e nominal
Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais
A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto
Coordenação e subordinação nas orações do texto
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE PARA O ENSINO MÉDIO: Discurso Como Prática Social
SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O ENSINO MÉDIO: textos
dramáticos, romance, novela fantástica, crônica, conto, poema, contos de fada
contemporâneo, fábulas, diários, testemunhos, biografia, debate regrado, artigos de
opinião, editorial, classificados, notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor,
carta ao leitor, carta de reclamação, tomada de notas, resumo, resenha, relatório
científico, dissertação escolar, seminário, conferência, palestra, pesquisa e defesa de
trabalho acadêmico, mesa redonda, instruções, regras em geral, leis, estatutos, lendas,
mitos, piadas, histórias de humor, tiras, cartum, charge, caricaturas, paródia,
propagandas, placas, outdoor, chats, e-mail, folder, blogs, fotoblog, orkut, fotos, pinturas,
esculturas, debate, depoimento, folhetos, mapas, croqui, explicação, horóscopo,
provérbios e outros.
125
1ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Cultura e linguagem
A linguagem e os signos
As funções da linguagem
Níveis de linguagem
Denotação e conotação
Figuras de linguagem
O gênero dramático
Os estilos artísticos
O Trovadorismo
Fernão Lopes
O cancioneiro geral
O teatro de Gil Vicente
O Renascimento ( panorama histórico)
O Classicismo em Portugal ( camões)
Brasil: literatura informativa e jesuítica
O Barroco
O Arcadismo em Portugal
O Arcadismo no Brasil
Noções de fonologia
Acentuação
Crase
Estrutura das palavras
Processo de formação de palavras
Processo de formação de palavras
Orientações ortográficas
2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Romantismo brasileiro ( prosa e poesia)
Realismo / naturalismo
Parnasianismo
126
Simbolismo
Revisão das classes gramaticais
Revisão das classes gramaticais (palavras invariáveis)
Revisão do gênero narrativo
Texto dissertativo
3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Pré-modernismo
A primeira geração modernista
A segunda geração modernista brasileira: poesia
A segunda geração modernista brasileira: prosa
A terceira geração modernista brasileira
Tendências contemporâneas
Frase, oração e período: termos essenciais da oração
Termos integrantes da oração
Termos acessórios da oração e vocativo.
Orações coordenadas
Oração subordinada adverbial
Oração subordinada substantiva
Oração subordinada adjetiva
Função sintática dos pronomes relativos
Concordância verbal
Concordância nominal
Regência verbal e nominal
Colocação pronominal
Sinais de pontuação
Revisão dos tipos de texto
Enfoque para a dissertação
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
127
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
METODOLOGIA
Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores
de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o amadurecimento do
domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes
compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de
vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a outras significações que
permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a autonomia em relação ao
pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social. Esse domínio
das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão
de mundo e tenha voz na sociedade.
Isso significa a compreensão crítica, pelos alunos, das cristalizações de verdade na
língua: o rótulo de erro atribuído às variantes que diferem da norma padrão; a excessiva
formatação em detrimento da originalidade; a irracionalidade atribuída aos discursos,
dependendo do local de onde são enunciados e, da mesma forma, o atributo de verdade
dado aos discursos que emanam dos locais de poder político, econômico ou acadêmico.
Entender criticamente essas cristalizações possibilitará aos educandos a compreensão do
poder configurado pelas diferentes práticas discursivo-sociais que se concretizam em
todas as instâncias das relações humanas.
Além disso, o aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura dos textos
que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto,
instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de
seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade
discursiva.
PRÁTICA DA ORALIDADE
Conforme DCE, p. 65, no dia-a-dia da maioria das pessoas, a fala é a prática
discursiva mais utilizada. Nesse sentido, as atividades orais precisam oferecer condições
128
ao aluno de falar com fluência em situações formais; adequar a linguagem conforme as
circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos
expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática
que supõe o falar e o ouvir. Ao contrário do que se julga, a prática oral realiza-se por meio
de operações linguísticas complexas, relacionadas a recursos expressivos como a
entonação.
Na prática da oralidade, as variantes linguísticas são reconhecidas como legítimas,
uma vez que são expressões de grupos sociais historicamente marginalizados em relação
à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta. Isso contraria o mito
de que a língua é uniforme e não deve variar conforme o contexto de interação, logo,
deve haver também padrões de uso da língua diferentes.
A variação, assim, aparece como uma coisa inevitavelmente normal. Ou seja,
existem variações linguísticas não porque as pessoas são ignorantes ou indisciplinadas;
existem, porque as línguas são fatos sociais, situados num tempo e num espaço
concretos, com funções definidas. E, como tais, são condicionados por esses fatores.
(BAGNO, 2007, p. 104, apud DCE, 2008, p. 65).
Cabe, entretanto, reconhecer que a norma padrão, além de variante de prestígio
social e de uso das classes dominantes, é fator de agregação social e cultural e, portanto,
é direito de todos os cidadãos, sendo função da escola possibilitar aos alunos o acesso a
essa norma.
O professor pode planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que,
gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar também a variedade linguística padrão e
entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais. É por meio do
aprimoramento linguístico que o aluno será capaz de transitar pelas diferentes esferas
sociais, usando adequadamente a linguagem tanto em suas relações cotidianas quanto
nas relações mais complexas – no dizer de Bakhtin (1992) – e que exigem maior
formalidade. Dessa forma, o aluno terá condições de se posicionar criticamente diante de
uma sociedade de classes, repleta de conflitos e contradições.
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de
trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos, como:
apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro);
depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu
convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias; declamação de
poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulados e outras atividades que
possibilitem o desenvolvimento da argumentação.
129
O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente. Isso significa que as
atividades propostas não podem ter como objetivo simplesmente ensinar o aluno a falar,
emitindo opiniões ou em conversas com os colegas de sala de aula. O que é necessário
avaliar, juntamente com o falante, por meio da reflexão sobre os usos da linguagem, é o
conteúdo de sua participação oral.
PRÁTICA DA ESCRITA
A concepção que norteia o ensino da língua é a sociointeracionista, em que se
privilegia a construção e a reconstrução verbal, a sociabilização dos conhecimentos,
considerando a relação dialógica e o contexto de produção.
Para essa prática deve-se priorizar o texto em sua diversidade, enfocando sua
especificidade, função, marcas linguísticas, sua organização, levando-se em conta a
presença do interlocutor, o uso efetivo da língua, o contexto histórico, visão de mundo e a
diversidade de gêneros discursivos.
O exercício da escrita, nas Diretrizes Curriculares, leva em conta a relação entre o
uso e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social
e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma
forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar,
instruir, etc.
Pensar que o domínio da escrita é inato ou uma dádiva restrita a um pequeno
número de sujeitos implica distanciá-la dos alunos. Quando a escrita é supervalorizada e
descontextualizada, torna-se mero exercício para preencher o tempo, reforçando a baixa
auto-estima linguística dos alunos, que acabam compreendendo a escrita como privilégio
de alguns. Tais valores afastam a linguagem escrita do universo de vida dos usuários,
como se ela fosse um processo à parte, externo aos falantes, que, nessa perspectiva, não
constroem a língua, mas aprendem o que os outros criaram.
O reconhecimento, pelo aluno, das relações de poder no discurso potencializa a
possibilidade de resistência a esses valores socioculturais.
O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz
a partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções,
interlocutor(es), dentre outros.
Segundo Antunes, as propostas de produção textual precisam corresponder àquilo
que, na verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm
uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES,
2003, p. 62-63). Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para
aprimorar a prática de escrita. A seguir, citam-se alguns;contudo, ressalta-se que os
130
gêneros escritos não se reduzem a esses exemplos: convite, bilhete, carta, cartaz, notícia,
editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios, resultados de pesquisa, resumos,
resenhas, solicitações, requerimentos, crônica, conto, poema, relatos de experiência,
receitas. Destaca-se, também, a importância de realizar atividades com os gêneros
digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de discussão, dentre outros,
experienciando usos efetivos da linguagem escrita na esfera digital.
PRÁTICA DA LEITURA
Na concepção de linguagem, assumida por esta PPC, em conformidade coma
DCE, p. 71, a leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto,
tem um papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura
pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa
estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua
vivência sócio-cultural.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais -
jornalística, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática,
literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as
linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas,
imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo
cotidiano, deve contemplar os multiletramentos. Possibilita tal liberdade de interpretação.
Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e
compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos
linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos
gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos
(intertextualidade).
Levar o aluno à percepção de que a Língua Portuguesa é o suporte para todas as
outras disciplinas e que o ato de falar e escrever é um ato interativo, uma vez que a
linguagem verbal é a linguagem mais usada na comunicação humana. Isso com
exercícios de percepção, trabalho constante com diferentes tipos de linguagem e pontes
com diferentes linguagens, diferentes textos, de gêneros literários e discursivos, textos
literários e não literários.
A gramática será estudada teoricamente, mas no prisma da linguística do texto,
principalmente. Ela servirá de instrumento para o uso da língua, como fonte de consulta,
para superar dúvidas sobre o uso da língua padrão.
O texto literário não é supérfluo, é essencial. É ele que oferece vários gêneros, a
capacidade transformadora, os valores humanos, engajamento, fazem pontes entre o
131
homem de ontem e o de hoje, é aberto à fruição, rico em todas as instâncias.
Desta forma, será trabalhado nas diversas modalidades e ligado às artes visuais.
Da mesma maneira, explorado em forma dramatizada, cenários e seminários, fazendo
uma leitura por trás do texto, objetivando a formação do leitor, oralidade e escrita.
Privilegiar a leitura e a produção de textos sejam eles curtos ou longos, científicos
ou literários, observando a riqueza que cada um apresenta depois de uma leitura
rizomática. A leitura poderá ser coletiva, em seminários ou individual.
A produção de textos se dará de várias formas: a partir de temas, conteúdos
trabalhados, figuras, palavras, trabalhos escritos, pesquisa. Estes poderão ser
reconstruídos quando não forem relativamente bem estruturados, sempre visando o
aprendizado.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa seja um processo de
aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo
do ano letivo, sendo formativa, contínua e cumulativa com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como
grande avanço em relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao
somativo ou classificatório.
Realizada geralmente ao final de um programa ou de um determinado período, a
avaliação somativa é usada para definir uma nota ou estabelecer um conceito.
Não se quer dizer com isso que ela deva ser excluída do sistema escolar, mas que
as duas formas de avaliação – a formativa e a somativa – servem para diferentes
132
finalidades. Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor deve
usar a observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada
conteúdo e/ou objetivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor
e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias
para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias,
numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são
diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor
verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele
mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao
defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de
textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas
televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado
esperado.
• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,
relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de
posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em
textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o
argumento principal, entre outros.
É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se
compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz
inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o
multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do texto,
seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. Não é demais lembrar que é
importante considerar as diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências
dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de expectativas. O professor pode
propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam
avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca
como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias
133
de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado
nos seus aspectos discursivotextuais, verificando: a adequação à proposta e ao gênero
solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de
argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos. Tal
como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o
rodeiam quanto de seu próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar,
por exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se
há necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos,
ideias ou conectivos.
• Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos os
seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os
elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma
prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no
interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da
linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos
causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo
uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas
entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc.). Uma vez entendidos estes
mecanismos, os alunos podem incluí-los em outras operações linguísticas, de
reestruturação do texto, inclusive.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e
refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o
aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada que
possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na
condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação
pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário
aprofundamento teórico.
Para que o trabalho com a língua se efetive na sala de aula, é imprescindível a
participação pró-ativa do professor. Engajado com as questões de seu tempo, tal
professor respeitará as diferenças e promoverá uma ação pedagógica de qualidade a
todos os alunos, tanto para derrubar mitos que sustentam o pensamento único, padrões
pré-estabelecidos e conceitos tradicionalmente aceitos, como para construir relações
sociais mais generosas e includentes.
134
Pensando a avaliação como processo de sentido dinâmico de crescimento e de
progresso, o educando será avaliado pelo conjunto de todas as atividades desenvolvidas
dentro da sala de aula ou fora dela, seja em grupos ou individualmente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR, Vera T. de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura: a formação do leitor –alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto. 1993.
ANDRADE, Carlos A. Um novo movimento no ensino da língua portuguesa. In:FAZENDA, Ivani (org.). A academia vai à escola. Campinas, SP: Papirus, 1995.
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: ParábolaEditorial, 2003.
AZEVEDO, Maria A. Para a construção de uma teoria crítica em alfabetizaçãoescolar. In: AZEVEDO, Maria A.; MARQUES, Maria L. (orgs.). Alfabetização hoje. SãoPaulo: Cortez, 1994.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Língua Portuguesa.Curitiba: SEED/DEB, 2008.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
135
13 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
JUSTIFICATIVA
A matemática é uma ferramenta essencial para o exercício de direitos e deveres
inerentes ao nosso mundo social e cultural, que exige do cidadão um conhecimento
matemático que o torne sujeito ativo, transformador e consciente de suas atitudes. Os
conteúdos de matemática a ser ensinado na escola compreendem os eixos temáticos:
números, operações, medidas, geometrias e tratamento da informação. Entretanto, estes
não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois é na inter-relação entre os conteúdos
de cada eixo e entre os eixos que as ideias matemáticas e o vocabulário matemático
ganham significado.
A Geometria desempenha um papel integrador entre os demais eixos, os
conhecimentos de aritmética, álgebra ou medidas não são suficientes para que o aluno
resolva todas as situações-problema, é preciso conhecer também a geometria.
Números e operações envolvem a leitura dos números, compará-los e ordená-los
são procedimentos indispensáveis para a compreensão do significado da notação
numérica. Ao se deparar com os números em diferentes contextos, o aluno deverá ser
desafiado a desenvolver o pensamento e a produzir conhecimentos a esse respeito.
Dessa forma, o trabalho com as operações: adição, subtração, multiplicação e divisão
devem ser feito principalmente através de situações-problema e, na medida do possível,
fazendo correlações com o cotidiano dos alunos.
Medidas: a ideia presente nesse tema é a de que medir é essencialmente
comparar. Essa ideia deve ser trabalhada em várias situações que envolvam esse
conhecimento.
Tratamento da Informação: na sociedade em que vivemos tudo o que se relaciona
à informação tem importância cada vez maior. Os estudos relativos às noções de
estatística, probabilidade e de análise combinatória constituem os conteúdos a serem
expostos neste eixo. Em outras palavras, é necessário que o aluno compreenda e
interprete as informações, ou seja, realize e analise, emita opiniões, tire conclusões,
perceba regularidades e compreenda o contexto científico-social inserida nelas.
Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda se encontre em
processo de construção, pode-se dizer que está centrado na prática pedagógica da
Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento matemático.
136
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A matemática tem valor instrumental e é utilizada como base nos diversos ramos
do conhecimento. Sendo assim, pode-se afirmar que os objetivos básicos da Educação
Matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de
conhecimento, de natureza científica, e a melhoria da qualidade do ensino e da
aprendizagem matemática, de natureza pragmática. Para Miguel e Miorim (2004,p.70) “ a
finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda e se
aproprie da própria Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,
procedimentos ,algoritmos, etc. Outra finalidade apontada pelos autores é fazer com que
o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de
natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do
cidadão.
Esta é a Educação Matemática proposta para Diretrizes Curriculares de
Matemática para a educação básica. Este campo de investigação prevê a formação de
um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais e, para isso,
é necessário que ele se aproprie de conhecimentos, dentre eles o matemático.
CONTEÚDOS
Conteúdos Estruturantes
Números e álgebra, grandezas e medidas, geometrias, funções e tratamento da
informação.
6º ano
Sistemas de numeração; Números naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e radiciação; Números fracionários; Números decimais. Medidas de comprimento; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de tempo; Medidas de ângulos; Sistema Monetário
137
Geometria Plana; Geometria Espacial Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem
7º ano
Números Inteiros; Números racionais; Equação e Inequação do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três simples ; Medidas de temperatura; Ângulos, Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias Não Euclidianas. Pesquisa Estatística; Média Aritmética; Moeda e mediana; Juros simples Números Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Potências; Monômios e Polinômios; Produtos Notáveis. Raízes de um número racional Representação decimal Cálculo algébrico Expressões literais Valor Numérico Operações com monômios Estudo dos polinômios Produtos notáveis Fatoração Fração Algébrica Equações de 1ºgrau Equações fracionárias Sistemas de equações
8º ano
Números racionais e Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Potências; Monômios e Polinômios; Produtos Notáveis Medida de comprimento; Medida de área; Medida de volume;
138
Medidas de ângulos Geometria Plana Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não- Euclidiana Gráfico e Informação; População e amostra Medida de comprimento; Medida de área; Medidas de ângulos. Números Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Potências; Monômios e Polinômios; Produtos Notáveis. Raízes de um número racional Representação decimal Cálculo algébrico Expressões literais Valor Numérico Operações com monômios Estudo dos polinômios Produtos notáveis Fatoração Fração Algébrica Equações de 1ºgrau Equações fracionárias Sistemas de equações Geometria Plana Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não-Euclidiana. Elementos de Geometria Estudo dos ângulos Polígonos Gráfico e Informação População e amostra.
9º ano
Números Reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações Biquadradas;
139
Regra de Três Composta Relações Métricas no Triângulo Retângulo; Trigonometria no Triângulo Retângulo; Noção intuitiva de Função Afim . Noção intuitiva de Função Quadrática Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometria Não-Euclidiana. Combinatória; Noções de Probabilidade; Estatística; Juros Composto. Números Reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações Biquadradas; Regra de Três Composta. Propriedades das potências Radiciação e suas propriedades Operações com radicais Equações do 2ºgrau Resolvendo problemas.
ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes
Números e álgebra, grandezas e medidas, geometrias, funções e tratamento da
informação.
Conteúdos básicos
1ª Série
Números reais; Números complexos; Sistemas lineares; Matrizes e Determinantes; Polinômios. Equações e Inequações
140
Exponenciais, Logarítmicas e Modulares. Conjuntos Numéricos Estudo das Funções ( quadrática , exponencial) Equações Exponenciais Progressões Aritméticas Progressões geométricas Estudo dos Logaritmos Matemática Financeira
2ª Série:
Medidas de Grandezas Vetoriais; Medidas de Informática; Medidas de Energia; Trigonometria. Estatística Matrizes Determinantes Sistemas Lineares Geometria Plana Geometria Analítica Geometria Espacial Função Afim; Função Quadrática; Função Polinomial; Função Exponencial; Função Logarítmica; Função Trigonométrica; Função Modular; Progressão Aritmética; Progressão Geométrica
3ª Série
Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias Não - Euclidiana Equações Algébrica Polinômios Números complexos Probabilidade Binômio de Newton Analise Combinatória; Binômio de Newton; Estudo das Probabilidades; Estatística;
141
Matemática Financeira
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
METODOLOGIA
Os conteúdos Básicos poderão ser abordados de forma articulada, que possibilitem
uma intercomunicação e complementação dos conceitos pertinentes à disciplina de
Matemática.
As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática
sugerem encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os conteúdos
propostos neste nível de ensino, e também ressalta a importância da utilização de
recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
De acordo com as DCEs os conteúdos propostos devem ser abordados por meio
de tendências metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática do-
cente, das quais destacam-se:
• Resolução de problemas
Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem oportunidade de aplicar
conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a ques-
tão proposta (DANTE, 2003). Isso torna as aulas mais dinâmicas e não restringe o ensino
de Matemática a modelos clássicos.
• Modelagem matemática
A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações
do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social,
procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. As-
142
sim sendo, “a modelagem Matemática consiste na arte de transformar problemas reais
com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem
do mundo real” (BASSANEZI, 2006, p. 16).
• Mídias tecnológicas
No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos infor-
máticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. Os
recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da In-
ternet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado for-
mas de resolução de problemas.
• Etnomatemática
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social
que produzem o conhecimento matemático. Leva em conta que não existe um único, mas
vários e distintos conhecimentos e todos são importantes. As manifestações matemáticas
são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas que
emergem dos ambientes culturais. Essa metodologia é uma importante fonte de investiga-
ção da Educação Matemática, por meio de um ensino que valoriza a história dos estudan-
tes pelo reconhecimento e respeito a suas raízes culturais:
• História da Matemática
É importante entender a história da Matemática no contexto da prática escolar para
que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da
humanidade. A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos
sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determina-
ram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época.
• Investigações matemáticas
Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um matemático, não
apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula con-
jecturas a respeito do que está investigando. Como são estabelecidas diferentes conjectu-
ras, os alunos precisam verificar qual é a mais adequada à questão investigada e, para
isso, devem realizar provas e refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e
com o professor.
Numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer seja
adquiridos em séries anteriores ou de forma intuitiva, estes conhecimentos e experiências
provenientes das vivências dos alunos, poderão ser aproveitados, aprofundados e
sistematizados, com objetivo de validar cientificamente, ampliando e generalizando-os.
143
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o
que exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada
trimestre de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
Mediante as investigações no campo da Educação Matemática, o educador tem a
possibilidade de refletir sobre sua ação docente e sobre a concepção de Matemática
como Ciência. A Matemática pode ser encarada sob dois aspectos diferentes; Pode-se
concebê-la como vem exposta nos livros didáticos, algo pronto e acabado, em que os
capítulos se encadeiam de forma linear, sequencial, sem contradições.
Outro aspecto é acompanhá-la no seu desenvolvimento sempre progressivo e
assistir à maneira como foi sendo elaborada, onde descobrem-se hesitações, dúvidas,
contradições, que só um longo trabalho de reflexão e apuramento consegue eliminar, para
que logo surjam outras hesitações, outras dúvidas, outras contradições.
O professor deve balizar sua ação docente, fundamentada numa ação reflexiva,
que concebe a Ciência Matemática, como uma atividade humana que se encontra em
construção.
A avaliação compreenderá as modalidades de avaliação diagnóstica, de avaliação
formativa e de avaliação somatória.
A avaliação visto como um diagnóstico contínuo e dinâmico torna-se um
instrumento fundamental para repensar os procedimentos e as estratégias de ensino.
Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação diversos
instrumentos tais como:
Avaliações formais escritas
Atividades em grupo
Atividades de pesquisa
Apresentação de trabalhos
A realização das atividades propostas
144
Os critérios avaliativos compreendem a análise de compreensão de conceitos pelos
alunos, o empenho nas tarefas propostas, a autonomia nas ações, a responsabilidade
com as atividades escolares o conhecimento a ser adquirido como:
O conhecimento e a compreensão de conceitos e procedimentos matemáticos;
Capacidade de resolver problemas matemáticos;
A capacidade de raciocinar matematicamente;
A capacidade de comunicar matematicamente;
Uma prática avaliativa em Educação Matemática, precisa de encaminhamentos
metodológicos que perpassem uma aula, que abram espaço para discussões e debates
dando significado ao conteúdo trabalhado.
Nesse contexto, é necessário desenvolver ideias e experiências que possibilitem
situações de avaliação para mapear o percurso de aprendizagem dos alunos, prevendo
questões para identificar a apropriação de conceitos.
REFEREÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.394/96 – 24 de dez. 1996. Giovanni, Castrucci; Giovanni Jr- A Conquista da Matemática – 5ª,6ª,7ªe8ª Séries - Ed. FTD.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Matemática. Curitiba:SEED/DEB, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
145
14 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA
JUSTIFICATIVA
A química pode ser um instrumento de formação humana que amplia os horizontes
culturais e a autonomia no exercício da cidadania, se o conhecimento químico for
promovido como um dos meios de interpretar o mundo e intervir na realidade, se for
apresentado como ciência, com seus conceitos, métodos e linguagens próprios, e como
construção histórica, relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos
da vida em sociedade.
O aprendizado de química no ensino médio deve possibilitar ao aluno a
compreensão tanto dos processos químicos entre si, quanto a construção e reconstrução
de conhecimentos científicos em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas
aplicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.
Historicamente, o conhecimento químico centrou-se em estudos de natureza
empírica sobre as transformações químicas e as propriedades de materiais e substâncias.
Os modelos explicativos foram gradualmente se desenvolvendo conforme a concepção de
cada época e, atualmente, o conhecimento científico em geral e o da química em
particular requerem o uso constante de modelos extremamente elaborados. Assim, em
consonância com a própria história do desenvolvimento dessa ciência, o objeto de estudo
da química é “Substâncias e Matérias”, sendo sustentado pela tríade: composição.
propriedades e transformações.
A aprendizagem da química, nessa perspectiva, enfatiza situações problemáticas
reais de forma crítica, permitindo ao aluno desenvolver capacidades como interpretar e
analisar dados, argumentar, tirar conclusões, avaliar e tomar decisões. Por exemplo: uma
discussão sobre combustíveis em sala de aula pode envolver cálculos termoquímicos que
permitem obter e comparar a energia fornecida na queima de uma dada quantidade de
combustível. Entretanto, é possível e recomendável que se dê uma abordagem mais
abrangente a esta questão, discutindo-se aspectos como a origem e o meio de obtenção
de combustíveis, sua disponibilidade na natureza, o custo da energia gerada, a
quantidade de poluentes atmosféricos produzidos na queima de cada um deles, os efeitos
desses poluentes sobre o ambiente e a saúde humana, os meios eficientes para
minimizá-los ou evitá-los, a responsabilidade individual e social envolvida em decisões
dessa natureza e a viabilidade de outras fontes de energia menos poluentes.
146
CONTEÚDOS
Conteúdo Estruturante: Matéria e sua natureza – Biogeoquímica – Química Sintética.
Conteúdos Básicos: Matéria – solução – velocidade das reações – equilíbrio químico –
ligação química – reações químicas – radioatividade – gases – funções químicas.
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos
estudantes, no qual se incluem as ideias pré-concebidas sobre o conhecimento da
Química, ou as concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito
científico. (DCE,p. 64, 2008)
Estudar química exige uma grande inter-relação, aluno, professor, material
pedagógico, experimentação e observação da realidade. A aprendizagem da química
passa por estas relações: professor com bom conhecimento dos conteúdos da química e
com facilidade para associar esses conhecimentos com a realidade, alunos com objetivos
claros e desejo de progresso científico.
O que a escola espera com a química é organizar todas as informações e
vivencias do aluno de acordo com certas nomenclaturas e leis que possam generalizar o
conhecimento da química. Por isso, o ensino aliará o uso prático do laboratório, leitura,
aulas teóricas de tal forma que a aprendizagem sirva para ampliar cada vez mais a
aplicação da teoria com a realidade.
De acordo com as DCE, espera-se que, no uso do laboratório, o professor
147
considere também os encaminhamentos realizados numa aula teórica. As atividades
experimentais, utilizando ou não o ambiente de laboratório escolar convencional, podem
ser o ponto de partida para a apreensão de conceitos e sua relação com as ideias a
serem discutidas em aula. Os estudantes, assim, estabelecem relações entre a teoria e a
prática e, ao mesmo tempo, expressam ao professor suas dúvidas. (DCE, p.66-67)
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, jogos didáticos, feiras e outros projetos propostos em
cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100%,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como
está se realizando o processo ensino e aprendizado, como tanto para o professor e a
equipe escolar conhecerem e analisarem os resultados de seu trabalho, como para o
aluno verificar seu desempenho. E não é simplesmente focalizar o aluno, seu
desempenho cognitivo e o acúmulo de conteúdos, para classifica-los em aprovados ou
reprovados.
Além disso, ela deve ser essencialmente formativa, redirecionado o processo
ensino aprendizado para sanar dificuldades, aperfeiçoando-a constantemente.
A ação avaliativa deve ser contínua e não circunstancial , reveladora de todo o
processo e não apenas de seu produto. Ele serve para constatar o que está sendo
construído e assimilado pelo aluno e o que está em via de construção.
A avaliação representa um diagnóstico global do processo vivido que servirá para
o planejamento e organização da próxima série. Todavia, pode ocorrer que o aluno não
consiga um desenvolvimento satisfatório em todas as dimensões da formação apropriada
aquela série, dificultando a interação a sua turma de referência. Esta situação de
148
reprovação deve ser considerada excepcional e de modo algum uma prática habitual.
Para que o aluno seja promovido ele deve ter claro os objetivos da disciplina e a
necessidade dos conhecimentos adquiridos na sua vida posterior ao período escolar. Ele
deve ser capaz de entender os conceitos e as transformações que ocorrem com os
materiais ao seu redor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Brasil, Secretaria de Educação média e tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais.Ensino Médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
Feltre, Ricardo. Fundamentos da Química.
Linguaroto, Maria e Teruko Y. Utimura. Química. Ed. F.T.D. SP. 1998
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Química. Curitiba:SEED/DEB, 2008.
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.
Química. Curso completo. ed. Moderna SP. 1995
Ramanoski & Joseph. Química, ed. Atual . 2003
REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017
Reis, Marta.Química Integral; ed. F.T.D. SP. 1993
Sardella, Antonio. Química . Volume Unico- ed> Atica SP. 2002
149
15 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
JUSTIFICATIVA
Segundo as DCE o objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as
relações que se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e
atingem as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência,
com o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a
sociedade capitalista, contudo, não existe uma única forma de interpretar a realidade e
esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor. (DCE,p.91,2088)
A disciplina de Sociologia deve servir especialmente para a proposição de
problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que
podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos
sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos
mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de
leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges, constitui importante elemento
para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a
construção coletiva dos novos saberes.
De acordo coma as DCE todo conhecimento é histórico e guarda um potencial de
mudança da realidade, quando se investe tempo e recursos na formação humanística e
crítica de um jovem, ele será um agente mais consciente do seu papel social, não apenas
com vistas à remuneração e status que possa auferir. Com certeza, conquistará a
condição de cidadão muito antes de se tornar adulto. E para a cidadania é importante que
ele se sinta um entre iguais e não apenas um entre outros com os quais não se identifica.
(DCE, p.94-95, 2008)
Propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos sociológicos, de maneira
que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações
históricas nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis
mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da
contemporânea, professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão
buscando fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais,
políticas e culturais, podendo alterar qualitativamente sua prática social.
Cabe à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de
maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo
150
trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
A sociologia tem por objetivo estudar e explicitar a permanência e as
transformações que ocorrem na sociedade capitalista do final do século XVIII; do século
XIX aos dias atuais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
CONTEÚDOS BÁSICOS
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento
social; Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber; O
desenvolvimento da Sociologia no Brasil.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS
Processo de Socialização; Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;
Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Cultura e Indústria Cultural
CONTEÚDOS BÁSICOS
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das
diferentes sociedades; Diversidade cultural; Identidade; Indústria cultural; Meios de
comunicação de massa; Sociedade de consumo; Indústria cultural no Brasil; Questões de
gênero; Culturas afro brasileiras e africanas; Culturas indígenas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Trabalho, Produção e Classes Sociais
151
CONTEÚDOS BÁSICOS
• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
• Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
• Globalização e Neoliberalismo;
• Relações de trabalho;
• Trabalho no Brasil
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Poder, Política e Ideologia
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
• Democracia, autoritarismo, totalitarismo
• Estado no Brasil;
• Conceitos de Poder;
• Conceitos de Ideologia;
• Conceitos de dominação e legitimidade;
• As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Direitos: civis, políticos e sociais;
• Direitos Humanos;
• Conceito de cidadania;
• Movimentos Sociais;
• Movimentos Sociais no Brasil;
• A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
• A questão das ONG’s.
Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:
História do Paraná (lei n° 13381/01)
Música (lei n° 11769/08)
Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente
152
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)
Prevenção ao Uso indevido de drogas
Sexualidade Humana
Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)
Educação Fiscal
Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)
Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)
METODOLOGIA
No ensino de Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a explicação,
a leitura e esclarecimentos dos significados e conceitos, da lógica dos textos (teóricos,
temáticos, literários), a análise, discussão, pesquisa de campo e bibliográfica ou outros.
O aluno do Ensino Médio deve ser considerado em sua especificidade etária e em
sua diversidade cultural, isto é, além de importantes aspectos como a linguagem,
interesses pessoais e profissionais e necessidades materiais, deve-se ter em vista as
peculiaridades da região em que a escola está inserida e a origem social do aluno, para
que os conteúdos trabalhados e a metodologia escolhida respondam as demandas desse
grupo social. Apreender a pensar a sociedade em que vivemos e consequentemente, agir
nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo em uma atitude ativa e participativa.
O Ensino de Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como
sujeito de seu aprendizado, e que este seja constantemente provocado a relacionar a
teoria com o vivido, a rever conhecimento e a reconstruir coletivamente novos saberes.
Os conteúdos da disciplina de Sociologia serão trabalhados de forma
contextualizada e interdisciplinar, tendo em vista a complexidade dos fenômenos sociais
existentes na atualidade, Os assuntos serão abordados através de diferentes recursos
como: leitura de livros, textos, artigos, jornais e revistas, analise critica de filmes,
documentários, músicas, propaganda de TV, Charges, tiras, pesquisa de campo e
recursos audiovisuais.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que
exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre
de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de
153
conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,
relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.
Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o
Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o
trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo
necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100%,
prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.
A avaliação no ensino da Sociologia deve perpassar todas as atividades
relacionadas à disciplina e ser pensada e elaborada de forma de forma transparente e
coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por
todos os envolvidos no processo pedagógico.
A Avaliação será um processo constante na prática da disciplina em que são
considerados vários aspectos da aprendizagem, mas ressaltamos que serão ministradas:
avaliações quantitativas, qualitativas individuais – que tragam o diagnóstico do
conhecimento dos alunos;
Trabalhos de pesquisa e exploração de conteúdos;
Relatórios;
Seminários e debates;
A soma das atividades e trabalhos acima descritos 30%
Provas formais de conhecimentos científicos 70%
A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática
social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e a
coerência na explicação das ideias, no texto oral ou escrito, são alguns aspectos a serem
verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar os problemas
sociais, iniciativa e autonomia para tomar atitudes a serem defendidas de forma criativa,
para rever práticas de acomodação e sair do senso comum, poderão ser adotadas como
ações avaliativas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Rubem. – Filosofia da Ciência. ARS Poética, São Paulo, 1996.
BERGER, Peter, LUCKMANN , Thomas. – Construção social da realidade: tratado desociologia do conhecimento.- Tradução de Floriano de Souza Fernandes. 20ª ed.Vozes, Petrópolis, RJ. 1985.
154
COLOMBO, Olírio Plínio. Pista para filosofar – temas de antropologia. Porto Alegre,Artmed, 2005.
GIDDENS, Antony.- Sociologia – 6 ª ed. Artmed, Porto Alegre, 2006.
GUARESCHI, Pedrinho. – A sociologia crítica – Alternativa de mudança, 55º edição.Porto alegre, 2004.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO – Sociologia – Vários autores. SEED – PR, Curitiba, 2006.
MARTINS, Carlos Benedito – O que é sociologia – Ed. Brasiliense, São Paulo, 2005.
MEKSENAS, Paulo. – Aprendendo sociologia – A paixão de conhecer a vida. 8ª ed.,Loyola , São Paulo, 2001.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. – Introdução à sociologia – 25ª ed. Ática, São Paulo,2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
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