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Projeto Pedaggico de Curso
ODONTOLOGIA
Autores
Alexandre Vicente Garcia Suarez
Cristiane Gomes Barceleiro
Daniela Chaves Coelho Pires
Eveline Andrade Guedes
Gilberto Ferreira da Silva Jnior
Mey Lie Tan Maia de Holanda Cavalcante
Monique da Costa Sandin Bartole
Equipe Revisora
Agustn Miguel Rodrigues de Lima
Antnio Carlos Vieira Filho
Carlos Guilherme Correa
Celso Oliveira de Sousa
Claudia Aparecida de Oliveira Vicente
Cludia Maria Barboza
Dayanne Cristina Mendes Ferreira Tomaz
Edson Flora
Eulmar Marques Heringer
Ftima Cristina Natal de Freitas
Equipe Revisora
Giovanni Augusto Castanheira Polignano
Ingrid Tavares Cardoso
Joo Wesley Babinski
Jos Francisco Ribeiro Braga
Jos Luiz Nogueira
Leandro Jorge Fernandes
Mariana Beatriz Arcuri
Paulo Cesar da Fonseca Coelho
Sabrina Rocha Ribeiro
Simone Guida Babinski
Simone Soares Marques de Paiva
Wayne Jos Batista Cordeiro
Formatao
Grasiela Cardinot da Silva
Liliane Soares Custdio
Natasha Soares de Oliveira
Thamara Nogueira Vivas Sacilotti
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
MANTENEDORA: FUNDAO EDUCACIONAL SERRA DOS RGOS - FESO
CONSELHO DIRETOR
Presidente
Antonio Luiz da Silva Laginestra
Vice-Presidente
Jorge de Oliveira Spinelli
Secretrio
Hermnio Gomes de Mello
Vogais
Jorge Farah
Kival Simo Arbex
Luiz Fernando da Silva
Paulo Cezar Wiertz Cordeiro
CONSELHO CURADOR
Presidente
Ariovaldo Antonio de Azevedo
Alexandre Fernandes de Marins
Jos Luiz da Rosa Ponte
Luiz Roberto Veiga Corra de Figueiredo
Wilson Jos Fernando Vianna Pedrosa
DIREO GERAL
Luis Eduardo Possidente Tostes
F977 Fundao Educacional Serra dos rgos.
Centro Universitrio Serra dos rgos.
Projeto pedaggico de curso Odontologia: PPC/2016/ Fundao Educacional
Serra dos rgos. Programa de Capacitao do UNIFESO. --- Terespolis:
UNIFESO, 2016.
102f.
1-Fundao Educacional Serra dos rgos. 2- Centro Universitrio Serra dos
rgos. 3- Projeto pedaggico de curso. I. Fundao Educacional Serra dos
rgos. II. Centro Universitrio Serra dos rgos. III. Ttulo.
CDD 378.007
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
MANTIDA: CENTRO UNIVERSITRIO SERRA DOS RGOS - UNIFESO
CHANCELARIA
Antonio Luiz da Silva Laginestra
REITORIA
Vernica Santos Albuquerque
PR-REITORIA ACADMICA
Jos Feres Abido Miranda
CENTRO DE CINCIAS HUMANAS E SOCIAIS CCHS CENTRO DE CINCIAS DA SADE - CCS CENTRO DE CINCIAS E TECNOLOGIA - CCT
Ana Maria Gomes de Almeida Mariana Beatriz Arcuri Elaine Maria Paiva de Andrade
Curso de Graduao em Administrao Curso de Graduao em Cincias Biolgicas Curso de Graduao em Cincia da Computao
Jucimar Andr Secchin Carlos Alfredo Franco Cardoso Laion Luiz Fachini Manfroi
Curso de Graduao em Cincias Contbeis Curso de Graduao em Enfermagem Curso de Graduao em Engenharia Ambiental e Sanitria
Jucimar Andr Secchin Selma Vaz Vidal Vivian Telles Paim
Curso de Graduao em Direito Curso de Graduao em Farmcia Curso de Graduao em Engenharia de Produo
Leonardo Figueiredo Barbosa Valter Luiz da Conceio Gonalves Vivian Telles Paim
Curso de Graduao em Pedagogia Curso de Graduao em Fisioterapia Curso de Graduao em Engenharia Civil
Maria Terezinha Espinosa de Oliveira Andra Serra Granio Heleno da Costa Miranda
Curso de Graduao em Medicina
Manoel Antnio Gonalves Pombo
Curso de Graduao em Medicina Veterinria
Andr Vianna Martins
Curso de Graduao em Odontologia
Monique da Costa Sandin Bartole
DIRETORIA DE PS-GRADUAO, PESQUISA E EXTENSO
Edenise da Silva Antas
DIRETORIA DE ADMINISTRAO
Solange Soares Diaz Horta
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO
Michele Mendes Hiath Silva
RGOS SUPLEMENTARES
CENTRO EDUCACIONAL SERRA DOS RGOS CESO
Roberta Franco de Moura Monteiro
CLNICA-ESCOLA DE FISIOTERAPIA
Alba Barros Souza Fernandes
CLNICA-ESCOLA DE MEDICINA VETERINRIA
Priscila Tucunduva
CLNICA-ESCOLA DE ODONTOLOGIA PROF. LAUCYR PIRES DOMINGUES
Leonardo Possidente Tostes
HOSPITAL DAS CLNICAS DE TERESPOLIS COSTANTINO OTTAVIANO HCTCO
Rosane Rodrigues Costa
APRESENTAO
O projeto pedaggico de curso (PPC) um documento norteador tanto da formao quanto do
cotidiano da prtica pedaggica, o qual explicita o seu vnculo com o projeto pedaggico institucional
(PPI) no sentido de guardar coerncia com a proposta filosfico-educacional da instituio de ensino.
No UNIFESO, os coordenadores de cursos de graduao constroem/reconstroem e atualizam os PPC
contando com a colaborao de seus Colegiados e/ou Ncleos Docentes Estruturantes (NDE). Alm
disso, este texto precisa ser revisitado periodicamente por conta de provveis mudanas que podem
ser de ordem burocrtica ou de ordem circunstancial. Esta socializao da discusso enriquece o
processo medida que h uma reflexo acerca da importncia deste documento, o qual reflete o
retrato do curso, mesmo porque essencial contemplar a realidade da formao profissional, o
prprio mercado de trabalho, em consonncia com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN).
O processo sistemtico de acompanhamento e avaliao dos projetos pedaggicos dos cursos de
graduao no UNIFESO definido pelo Programa de Autoavaliao Institucional PAAI e os critrios
so elencados conforme demandas estabelecidas pelo MEC e pela instituio.
A partir das especificidades e a anlise individualizada do estgio de desenvolvimento de cada PPC
dos diferentes Centros de Cincias e cursos, torna-se possvel constituir uma agenda de trabalho
bastante ampla e diversificada que oscila entre pequenas reestruturaes em determinados cursos at
ampla reviso de todo o PPC em outros e, em casos de mudanas estruturais, realizada a conexo
com o planejamento estratgico institucional, fazendo com que este documento tambm seja um
importante instrumento de gesto acadmica.
SUMRIO
APRESENTAO INSTITUCIONAL ................................................................................................................................................................. 7
1. CONSIDERAES DE NATUREZA HISTRICA E CONTEXTO EDUCACIONAL ............................................................................. 8
1.1. Criao da Mantenedora ............................................................................................................................................................................. 8
1.2 Trajetria e Processo de Expanso ............................................................................................................................................................... 9
2. CONTEXTOS SOCIOECONMICOS E AMBIENTAIS DA REGIO ..................................................................................................... 15
3.CONTEXTO EDUCACIONAL ........................................................................................................................................................................ 17
3.1.Regime de Ingresso no Curso ................................................................................................................................................................ 18
3.2.O Curso de Graduao em Odontologia no UNIFESO Insero e Justificativa ................................................................................ 18
4. PRESSUPOSTOS TERICOS DO CURRCULO ........................................................................................................................................ 23
4.1. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduao em Odontologia ............................................................................. 23
4.2. Diretrizes do Projeto Poltico Pedaggico Institucional do UNIFESO ................................................................................................ 24
4.3. Eixos Estruturantes do Currculo ......................................................................................................................................................... 25
4.3.1. Eixo Semiologia do Sujeito e da Coletividade .............................................................................................................................. 26
4.3.2. Eixo tica e Humanismo .............................................................................................................................................................. 26
4.3.3. Eixo Construo e Produo do Conhecimento ........................................................................................................................... 27
4.3.4. Eixo Poltica e Gesto em Sade ................................................................................................................................................. 28
4.4. Currculo do Curso de Odontologia ..................................................................................................................................................... 29
4.5. Papel dos Estudantes............................................................................................................................................................................ 30
4.6. Objetivos do Curso ............................................................................................................................................................................... 30
4.7. Perfil do Egresso .................................................................................................................................................................................. 31
4.8. Organizao Curricular ....................................................................................................................................................................... 32
4.9. Competncias Desenvolvidas no Curso de Odontologia ...................................................................................................................... 40
5. ACESSIBILIDADE PEDAGGICA E NAS COMUNICAES ................................................................................................................ 43
6. METODOLOGIA E CENRIOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM ........................................................................................................... 44
6.1. As Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem................................................................................................................................ 44
6.1.1. A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) .......................................................................................................................... 44
6.1.2. A Problematizao ....................................................................................................................................................................... 45
7. ATIVIDADES COMPLEMENTARES ........................................................................................................................................................... 61
8. TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO (TCC) .................................................................................................................................... 62
9. APOIO DISCENTE .......................................................................................................................................................................................... 64
10. NCLEO DE APOIO PSICOPEDAGGICO E ACESSIBILIDADE (NAPPA) ...................................................................................... 65
11. OUVIDORIA ................................................................................................................................................................................................... 68
12. PROGRAMA PET SADE ............................................................................................................................................................................ 69
13. PROGRAMA DE ESTGIO DE MONITORIA .......................................................................................................................................... 70
14. TECNOLOGIAS DE INFORMAO E COMUNICAO (TICS) NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM .......................... 71
15. AVALIAO DOS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM ..................................................................................................... 73
16. CORPO DOCENTE........................................................................................................................................................................................ 83
17. INFRAESTRUTURA ..................................................................................................................................................................................... 89
18. CONSTRUO E PRODUO DO CONHECIMENTO.......................................................................................................................... 96
REFERNCIAS .................................................................................................................................................................................................... 98
ANEXOS ...............................................................................................................................................................................................................102
Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia | UNIFESO 2016
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APRESENTAO INSTITUCIONAL
Dados da Mantenedora: Fundao Educacional Serra dos rgos (FESO)
Entidade de personalidade jurdica de direito privado e sem fins lucrativos instituda pelo Decreto-Lei Municipal
n 2 de 20 de janeiro de 1966, reconhecida de Utilidade Pblica Municipal pelo Decreto-Lei n 1.356 de 27 de
junho de 1991, reconhecida de Utilidade Pblica Estadual pelo Decreto-Lei n 98 de 05 de setembro de 1969 e
reconhecida como Utilidade Pblica Federal pelo Decreto-Lei n 88.747 de 23 de setembro de 1983.
Espcie Societria: Fundao de Direito Privado sem Fins Lucrativos
CNPJ: 32.190.092/0001-06
Endereo: Av. Alberto Torres, 111 bairro: Alto
Cidade: Terespolis UF: Rio de Janeiro
CEP: 25964-004
Telefone: (21) 2641-7000
Endereo eletrnico: http://www.unifeso.edu.br/
Diretor Geral da FESO: Dr. Lus Eduardo Possidente Tostes
E-mail: dirger@feso.edu.br
Dados da Mantida: Centro Universitrio Serra dos rgos (UNIFESO)
Ato de credenciamento: Decreto n. 5773/2006, art. 10, pargrafo 7 (Portaria n. 1698 de 13/10/2006 do
Ministrio da Educao), publicado no Dirio Oficial da Unio seo I, n. 198 de 16/10/2006.
Endereo: Av. Alberto Torres, 111 bairro: Alto
Cidade: Terespolis UF: Rio de Janeiro
CEP: 25964-004
Reitora do UNIFESO: Professora Dra. Vernica Santos Albuquerque
Email: reitoria@unifeso.edu.br
Centro de Cincias da Sade (CCS)
Diretora: Professora Dra. Mariana Beatriz Arcuri
Email: ccs@unifeso.edu.br
Telefone:(21) 2641-7045
http://www.unifeso.edu.br/mailto:dirger@feso.edu.brmailto:reitoria@unifeso.edu.#brmailto:ccs@unifeso.edu.br
Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia | UNIFESO 2016
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1. CONSIDERAES DE NATUREZA HISTRICA E
CONTEXTO EDUCACIONAL
A Fundao Educacional Serra dos rgos (FESO), sediada em Terespolis, foi criada em 20 de janeiro de
1966, por um grupo de pessoas, setores e instituies da comunidade. Atualmente constituda por trs campi:
Campus Sede, Campus FESO/PR-ARTE e o Campus Quinta do Paraso.
Sua histria fruto do trabalho de um grupo de idealistas que, integrados vida poltica e social do municpio
de Terespolis, preocupavam-se com o seu desenvolvimento e com o fortalecimento do sistema educacional.
Para atingir tal objetivo, a FESO foi criada como fundao de direito privado sem fins lucrativos pelo Decreto
Municipal n. 2/66, passando a ser reconhecida como de Utilidade Pblica Municipal trs anos depois, pelo
Decreto Municipal n. 98/69 e de Utilidade Pblica Federal em 1983, pelo Decreto n 88.747/83.
Embora a ideia inicial fosse atender demanda do ensino mdio, tal fato no aconteceu. Sob uma conjuntura de
forte demanda por vagas em Cursos de Medicina, sem a possibilidade de ser atendida pelas instituies da poca,
a FESO implantou sua primeira unidade voltada para o ensino superior, representada pela Faculdade de
Medicina de Terespolis (FMT), criada em 1970.
Objetivando oferecer um campo propcio para as atividades prticas dos seus alunos, a FESO firmou convnio
com a Prefeitura Municipal de Terespolis, em 1972, para cesso do ento Hospital Municipal, que passou a
ser o Hospital das Clnicas de Terespolis, hoje denominado Hospital das Clnicas de Terespolis Costantino
Ottaviano (HCTCO), certificado pelo Ministrio da Educao e Cultura (MEC) e pelo Ministrio da Sade (MS)
como hospital de ensino. Comeou, assim, um movimento de estreitar as relaes com a comunidade atravs
da prestao de servios na rea da sade, especialmente, aos beneficirios do antigo Instituto Nacional de
Assistncia Mdica e Previdncia Social (INAMPS).
Frente demanda e necessidade de criao de novas especialidades, o HCT expandiu no decorrer do tempo.
Foram construdas uma unidade de emergncia, novas enfermarias e ambulatrios, bem como foram adquiridos
novos equipamentos de diagnstico e tratamento, em coerncia com a evoluo tcnica e tecnolgica do Setor
Sade. Em 1995, com o crescimento dos planos privados de sade, o HCT inaugurou um pavilho prprio para
Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia | UNIFESO 2016
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o atendimento aos usurios cobertos por esses convnios. Desde sua inaugurao, o hospital tem destinado pelo
menos 80% da sua capacidade instalada ao atendimento dos usurios do Sistema nico de Sade (SUS).
Atenta s necessidades da comunidade de Terespolis e dos municpios circunvizinhos na rea do Ensino
Superior, a FESO ampliou seu foco de ateno, em 1975, com a criao das Faculdades de Administrao e de
Cincias Contbeis (FACCE), expandindo a oferta educacional para a rea de cincias humanas e sociais. Em
1985 implantou-se a Faculdade de Enfermagem de Terespolis (FET).
No ano de 1982, fiel filosofia institucional de atendimento s demandas comunitrias e sua vocao original,
a Fundao criou o Centro Educacional Serra dos rgos (CESO), para atender educao infantil, ao ensino
fundamental e ao ensino mdio.
Em 1983, foi criada uma Unidade Bsica de Sade junto comunidade da Beira-Linha, com o objetivo de
desenvolver aes de ateno primria sade, bem como servir de cenrio da aprendizagem para os estudantes
dos Cursos de Medicina e de Enfermagem. Ao mesmo tempo em que ocorria o crescimento da instituio,
aperfeioou-se internamente o processo pedaggico e acadmico. Em 1989, a FESO estruturou o Ncleo de
Apoio Psicopedaggico (NAPP), para atender, em princpio, s necessidades oriundas do processo de ensino-
aprendizagem do Curso de Medicina, depois estendendo-se a todos os cursos da IES. A partir de 2015 o NAPP
foi reestruturado e agora desenvolve novos estudos e programas, passando a ser o NAPPA (Ncleo de Apoio
Psicopedaggico e Acessibilidade), que se refere demanda de acessibilidade/incluso das pessoas com
necessidades especiais que ingressam no ensino superior.
medida que a instituio foi crescendo, observou-se certa desarticulao entre as vrias unidades mantidas
pela Fundao, devido ao fato de estar, at ento, sob a condio de Faculdades Isoladas. Encaminhou-se
processo ao MEC para transformao dos Cursos da FESO em Faculdades Unificadas, recebendo autorizao
em 1994. Assim, as normas acadmicas e o processo de gesto foram unificados, gerando maior agilidade e
eficincia acadmico-administrativa. Investir na mudana do modelo gestor, menos centralizado, mais flexvel
e participativo foi a sada encontrada para alavancar e consolidar este novo momento institucional.
Tal unificao gerou a necessidade de ordenar as aes voltadas para a ps-graduao e a extenso, at ento
desenvolvidas no mbito de cada faculdade isoladamente, ocasionando a criao, ainda em 1994, do Ncleo de
Ps-Graduao, Pesquisa e Extenso (NPPE), com trs funes definidas poca: 1) promover cursos de
Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia | UNIFESO 2016
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especializao e aperfeioamento para as comunidades interna e externa; 2) iniciar uma poltica de pesquisa e
3) viabilizar a atividade de extenso.
Neste mesmo ano, considerando o rpido desenvolvimento da informtica e suas crescentes aplicaes na
sociedade, foi implantado o Curso de Tecnologia em Processamento de Dados, transformado em Curso de
Cincia da Computao em 2006, aps avaliao realizada pelo MEC.
Em decorrncia do aumento da expectativa de vida das pessoas, bem como da necessidade de criar espaos de
insero social dos idosos na cidade de Terespolis, a FESO implantou, em 1996, um programa de extenso
intitulado Universidade da Terceira Idade (UNIVERTI), com os objetivos de: promover e aprimorar o
conhecimento atravs de cursos, palestras e seminrios nas diversas reas e oferecer atividades artsticas e
sociais.
No ano seguinte, indo ao encontro das preocupaes de ampliar sua presena no contexto sociocultural de
Terespolis, a FESO acatou a proposta da Fundao Theodor Heuberger Pr-Arte, cujo objetivo era fomentar
atividades artsticas e de incentivo cultura, e que, naquele momento, apresentava srias dificuldades
financeiras. A FESO incorporou o prdio ao seu patrimnio e assumiu os compromissos financeiros da
Fundao, bem como o de manter suas atividades originais. A partir de ento, a FESO instituiu o Ncleo Cultural
FESO/Pr-Arte, hoje, Centro Cultural FESO/Pr-Arte.
Em 1997, tambm foi adquirida a Fazenda Quinta do Paraso, com cerca de um milho de metros quadrados,
localizada estrategicamente prxima ao HCTCO e ao eixo rodovirio, formado pelas estradas Rio-Bahia e
Terespolis-Friburgo. Essa aquisio garantiu um espao adequado para a construo de um novo campus,
visando sustentao da expanso institucional. Atualmente, encontram-se instalados os cursos de Medicina
Veterinria, Fisioterapia, Farmcia, Pedagogia e Cincias Biolgicas, alm das Clnicas Escola de Fisioterapia
e Medicina Veterinria.
Consagrando o interesse institucional de ampliar a oferta educacional e cultural na cidade de Terespolis, foi
criado o Curso de Pedagogia em 1998. O objetivo foi o de atender s demandas locais e regionais de qualificao
dos profissionais vinculados s redes pblicas e privada de ensino, dos egressos dos cursos de formao de
professores, bem como do ensino mdio e equivalente.
Ainda em 1998, implantou-se o Programa de Sade da Famlia (PSF), como parte de um projeto municipal, que
atingiu, alm da Unidade da Beira-Linha, outras oito Unidades de Sade administradas pelo poder pblico local,
com orientao tcnica da FESO.
Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia | UNIFESO 2016
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Em 1999, a FESO foi credenciada, pelo Ministrio da Sade, como Plo de Capacitao, Formao e Educao
Permanente das Equipes Bsicas do PSF da Regio Serrana do Estado do Rio de Janeiro. Vale dizer que a
criao do Plo representou uma sensvel insero regional da FESO, na medida em que a maioria dos
municpios serranos teve suas equipes do PSF capacitadas pela Instituio.
Visando integrao e articulao dos cursos de graduao em reas afins, foram criados, em 1999, o Centro
de Cincias Biomdicas (CCBM), atual Centro de Cincias da Sade (CCS) e o Centro de Cincias Humanas e
Sociais (CCHS). No mesmo perodo, agregaram-se aos seus respectivos Centros os novos Cursos de
Odontologia e de Direito. No ano seguinte foram criados os Curso de Medicina Veterinria e Odontologia.
Todos esses Cursos foram implantados em funo da necessidade de responder diversificao de oferta e
captao de recursos que a instituio demandava. Em 2001, foi implantado o Curso de Fisioterapia, que
encerrou o ciclo de expanso pretendido, segundo o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) de 2003-
2007.
No ano de 2001, foi criada a Clnica Escola de Odontologia, possibilitando a prtica diria dos estudantes deste
curso, oferecendo ateno sade bucal nas reas de Clnica Geral, Estomatologia, Dentstica, Periodontia,
Endodontia, Prteses Dentrias, Ortodontia e Cirurgia promovendo aes de promoo e proteo especficas.
Em 2002, foi criada a Clnica Veterinria, setor de fundamental importncia para o desenvolvimento
profissional dos estudantes, alm de propiciar ateno sade animal como mais uma rea de integrao da
FESO com a comunidade. Essa Clnica funciona tambm como um espao de controle das zoonoses, importante
ao na rea de Vigilncia em Sade do municpio. Nesse mesmo ano, foi criado o Ncleo de Prtica Jurdica
do Curso de Direito, representando outro espao de integrao com a comunidade, atravs de atendimento
realizado em escritrio-modelo, em benefcio da populao menos favorecida.
Em 2004, instalou-se a Clnica de Fisioterapia, prestando servios comunidade, fortalecendo e incrementando
o servio de sade local.
Orientado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, em 2005, o Curso de Medicina iniciou seu processo de
mudana com o apoio dos Ministrios da Educao e da Sade, assim como da Organizao Pan-Americana de
Sade, por intermdio do Programa de Incentivo s Mudanas Curriculares nos Cursos de Medicina
(PROMED), (re)significado na Instituio como Projeto EducAo. Esse projeto delineou perfis e propostas de
ao dentro de uma concepo de modelo de formao e de ateno sade em que os estudantes, os docentes
e a sociedade so sujeitos ativos no processo ensino-aprendizagem, num contexto de integrao entre ensino,
trabalho e cidadania.
Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia | UNIFESO 2016
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Entendendo a necessidade de ampliar o movimento de mudana para outros cursos da sade e com o objetivo
de integrar as aes, o Ministrio da Sade, por intermdio da Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao
na Sade (SGTES), em conjunto com a Secretaria de Educao Superior do Ministrio da Educao
(SESu/MEC), conduziu o processo de elaborao do Programa Nacional de Reorientao da Formao
Profissional em Sade (Pr-Sade). O UNIFESO teve seu projeto novamente aprovado, naquele momento, para
os cursos de Medicina, Enfermagem e Odontologia.
Frente s aes concretizadas pela FESO nos quarenta anos de existncia, revelaram-se as condies de
transformao das Faculdades Unificadas em Centro Universitrio, que foi reconhecido oficialmente em 2006,
recebendo o nome de Centro Universitrio Serra dos rgos (UNIFESO).
Em 2008, mais um curso de graduao na rea da sade foi implantado o Curso de Graduao em Farmcia.
Tambm nesse ano, o curso de Cincia da Computao foi deslocado do CCHS para o novo Centro de Cincias
e Tecnologia (CCT). Em 2009, quatro novos cursos iniciam suas atividades: Cincias Biolgicas modalidade
Licenciatura e modalidade Bacharelado (CCS), Engenharia de Produo, Engenharia Ambiental e Sanitria e
Licenciatura em Matemtica ligado ao CCT.
Na vocao do UNIFESO como instituio educacional de impacto regional e por sua interao junto
comunidade, outros projetos so desenvolvidos de modo a promover a interao multi e transdisciplinar como
a Sala Verde, Observatrio de Terespolis e o PLAMC.
A Sala Verde um espao do Centro Universitrio Serra dos rgos dedicado ao desenvolvimento de atividades
de carter educacional voltadas temtica ambiental. Localizada no Campus Quinta do Paraso, tem como
misso popularizar o acesso informao sobre o meio ambiente e funcionar como um espao de discusso,
vivncia e atualizao de atividades que possam contribuir para a formao de novos paradigmas de vida e
sustentabilidade ambiental.
Com a chancela da Secretaria de Articulao Institucional e Cidadania Ambiental SAIC do Ministrio do
Meio Ambiente, por meio do Departamento de Educao Ambiental, a Sala Verde UNIFESO, projeto ligado
Diretoria de Ps-Graduao, Pesquisa e Extenso, tem como objetivo orientar e conscientizar a sociedade
teresopolitana sobre as vrias faces da Educao Ambiental de modo a mudar os hbitos, conceitos e atitudes
em relao ao meio ambiente. Prope-se como um catalisador de discusso, vivncia e atualizao de atividades
(projetos, eventos, cursos) que possam contribuir para a formao de novos paradigmas de vida e
sustentabilidade ambiental.
Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia | UNIFESO 2016
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Coerente com o Programa de Sustentabilidade Ambiental previsto no Plano de Desenvolvimento Institucional
2013-2017, visa, ainda, aperfeioar as condies de sustentabilidade ambiental no UNIFESO, contribuindo para
o enfrentamento de desequilbrios ambientais presentes na regio em sistemtica articulao com as demais
regies. Apresenta uma proposta de natureza multi e interdisciplinar, o desenvolvimento de suas atividades
feito a partir da integrao das reas acadmica e administrativa, bem como do trabalho em conjunto de gestores,
professores, estudantes e funcionrios, alm de diversos parceiros.
Nesse sentido, o curso de Odontologia em busca da ampliao da lgica de insero do profissional de sade e
preocupado em desenvolver a conscincia e atuao considerando o meio ambiente, faz uma proposta e
estabelece um novo olhar sobre a Biossegurana, Segurana do Paciente e Meio Ambiente da Clnica Escola de
Odontologia (projeto em implementao, vide anexo 01).
O Observatrio de Terespolis foi constitudo no sentido de oportunizar a organizao e sistematizao de
pesquisas desenvolvidas na Instituio em suas diferentes reas de atuao, alm de ser um espao disseminador
de anlises e ideias inovadoras. Tem por objetivo criar um centro de estudos sobre Terespolis com foco nas
reas de conhecimentos que envolvem os cursos de graduao e ps-graduao do UNIFESO. O Observatrio
est diretamente ligado Diretoria de Ps Graduao, Pesquisa e Extenso (DPPE) e pesquisas em andamento
e ou j desenvolvidas sobre o municpio de Terespolis esto divulgadas no endereo:
http://www.unifeso.edu.br/observatorio/index.php.
O Programa de Literatura, Artes, Memria e Cinema (PLAMC), do Centro de Cincias da Sade (CCS),
iniciado em 2015, visa integrar aspectos culturais s atividades acadmicas. Tem, como principais objetivos,
divulgar tais aspectos culturais, relativos s Cincias da Sade, bem como incentivar e divulgar a produo
literria e artstica de estudantes, funcionrios e professores do Centro. Alm disso, busca desenvolver
atividades para a obteno, guarda e apresentao de itens (documentos, fotografias, moblia, equipamentos e
outros), que vo contar a Histria dos cursos do CCS. Tambm, atravs de produes cinematogrficas de curta
e longa metragens, trar, discusso, aspectos relativos s atividades desenvolvidas pelos componentes de cada
rea, no mbito do CCS. Tem, ainda, como objetivo, aplicar as atividades culturais citadas como elementos que
ajudam na formao cultural, intelectual e na humanizao dos processos educacionais e profissionais, com
atividades programadas nas reas da Literatura, Artes, Memria e Cinema (vide anexo 2).
A Mantenedora tambm abriga no Campus Sede o Centro Educacional Serra dos rgos (CESO) que oferece
ensino desde o maternal ao ensino mdio, usufruindo de todas as instalaes ofertadas aos estudantes.
http://www.unifeso.edu.br/observatorio/index.php
Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia | UNIFESO 2016
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Hoje, alm dos cursos do CCS, o UNIFESO tambm oferece os cursos de Administrao, Cincias Contbeis,
Direito, Pedagogia e Tecnologia em Negcios Imobilirios, estando relacionados ao Centro de Cincias
Humanas e Sociais (CCHS), e, ainda, Cincias da Computao, Engenharia Ambiental e Sanitria, Engenharia
Civil, Engenharia de Produo e Tecnologia em Geoprocessamento diretamente relacionados ao Centro de
Cincias Tecnolgicas (CCT).
Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia | UNIFESO 2016
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2. CONTEXTOS SOCIOECONMICOS E AMBIENTAIS DA
REGIO
No mbito do Estado do Rio de Janeiro, o UNIFESO localiza-se na Regio Serrana Fluminense no municpio
de Terespolis, conhecido por suas reas verdes de Mata Atlntica e por seu clima agradvel (em mdia, 19oC),
com espaos territoriais protegidos, como o Parque Nacional Serra dos rgos, o Parque Estadual dos Trs
Picos e o Parque Municipal Natural Montanhas. Podemos perceber diversas vocaes distintas nessa mesma
regio: de um lado temos atividades industriais e tursticas; de outro, uma importante produo de
hortifrutigranjeiros (FUNDAO CEPERJ, 2014), os pilares de sustentao de sua base econmica. Possui
importante rede de estradas vicinais que possibilitam o escoamento de sua produo. Neste contexto, a
mantenedora do UNIFESO a segunda empresa em arrecadao do municpio. A Regio Serrana que congrega,
ainda, outros 13 municpios do Estado do Rio de Janeiro.
Ao lado de Petrpolis e Nova Friburgo, Terespolis integra a regio tambm conhecida como a Serra Imperial,
devido s caractersticas histricas e culturais da presena e impacto da famlia real nessa regio. A partir de
2011, a regio foi impactada aps os deslizamentos e eventos associados ocorridos aps intensas chuvas de
janeiro daquele ano. A economia loco regional foi afetada diretamente, bem como a oferta e demanda de mo
de obra, sendo acentuadas as questes e demandas ambientais seu principal bioma, a Mata Atlntica, ficou
comprometido e sociais decorrentes desse fato (FUNDAO CEPERJ, 2014).
De acordo com o IBGE (2010), a extenso territorial de Terespolis de 770,601 km2 e apresenta uma
populao estimada de 163.746 habitantes; possui um ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) municipal de
0,730. No tocante da sade municipal, o municpio tem 48 estabelecimentos de sade integrantes ao Sistema
nico de Sade (SUS). O UNIFESO integra parte desses estabelecimentos atravs da produo de cuidado
mediante ao ensino e a assistncia por meio de seu hospital-escola, o Hospital das Clnicas Costantino
Ottavianno (HCTCO), principal prestador de servios do SUS na regio. Alm disso, conta com o atendimento
populao loco regional em suas clnicas-escolas de Fisioterapia, Odontologia e Medicina Veterinria.
Os esforos em restabelecer de modo conjunto com os municpios vizinhos toda a potncia regional, em
especial, o UNIFESO contribui para a organizao econmica, poltico-social, educacional e cultural da cidade,
desde a educao bsica at o ensino de ps-graduao, fomentando atividades culturais em seus diversos
mbitos atravs do Centro Cultural FESO/Pr-Arte.
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Assim, oferece, ao longo dos anos, profissionais qualificados ao mercado de trabalho nas diversas reas do
conhecimento, quais sejam, cincias da sade, cincias humanas e sociais e cincias exatas, refletido na misso
institucional que busca promover a educao, a cincia e a cultura, constituindo-se em um plo de
desenvolvimento regional de forma a contribuir para a construo de uma sociedade justa solidria e tica
(ESTATUTO UNIFESO, 2006).
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3. CONTEXTO EDUCACIONAL
Mantida: Centro Universitrio Serra dos rgos UNIFESO
Nome do Curso: Curso de Graduao em Odontologia
Modalidade do Curso: Presencial
Turno: Integral
Endereo de Funcionamento do Curso: Avenida Alberto Torres, 111, Alto Terespolis Rio de Janeiro. CEP: 25.964-004 RJ
Telefone: (21) 2641-7036
Coordenao do Curso: Professora Monique da Costa Sandin Bartole
Email da Coordenao do Curso: coordcursoodontologia@unifeso.edu.br
Coordenao da Clnica Escola: Professor Leonardo Possidente Tostes
Email da Coordenao da Clnica Escola: clinica.odonto@unifeso.edu.br
Tempos de Integralizao: Semestral mnimo 08 (oito) semestres / mximo 12 (doze) semestres
Anual mnimo 05 (cinco) anos / mximo 08 anos
Nmero de Vagas Autorizadas: Semestral 80 vagas
Anual 80 vagas
Carga Horria Total do Curso: Semestral 4.800 horas
Anual 4.800 horas (2013) / 4.936 horas (2016)
Estgios Supervisionados: Semestral 960 horas
Anual 960 horas (2013) / 1.016 horas (2016)
Atividades Complementares: Semestral 240 horas
Anual 200 horas (2013) / 144 horas (2016)
ATOS LEGAIS
Ato de Criao: Resoluo CAS 20/99
Autorizao: Portaria MEC1.853 de 27/12/1999D.O.U. 31/12/1999
Reconhecimento: Portaria MEC1.115, de 05/04/2005D.O.U. 06/04/2005
Renovao de Reconhecimento: Portaria 775, de 07/11/2008 D.O.U. 10/11/2008
Portaria MEC/SERES 819/2014
Implantao do Regime de Matrcula
(anual): Parecer CEPE 42/12 e Resoluo CAS 39/12
ENADE: 2 (2013)
Conceito Preliminar do Curso: 3 (2013)
mailto:coordcursoodontologia@unifeso.edu.brmailto:clinica.odonto@unifeso.edu.br
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3.1.Regime de Ingresso no Curso
Atualmente, o ingresso ao Curso de Graduao em Odontologia do UNIFESO ocorre atravs de seleo
vestibular anual ou por meio da avaliao da nota alcanada na redao realizada no Exame Nacional do Ensino
Mdio (ENEM) ou atravs do Programa Universidade para Todos (PROUNI).
Outras modalidades de ingresso so:
1. A transferncia de outra Instituio de Ensino Superior, mediante anlise do Histrico Escolar e
Ementas Curriculares do curso de origem;
2. Mudana de Curso dentro da prpria Instituio, sem a necessidade do Processo Seletivo (Vestibular);
3. Por meio de reabertura de matrcula do estudante que havia deixado de frequentar o curso (por
abandono, trancamento, etc.) e que venha a solicitar formalmente a sua readmisso como estudante
regular.
3.2.O Curso de Graduao em Odontologia no UNIFESO Insero e Justificativa
O Curso de Odontologia era um antigo anseio da comunidade acadmica da FESO, tendo ocorrido ainda,
inclusive, em vrias administraes a tentativa de sua instalao. Em maio de 1997, por convite do ento Diretor
Acadmico, professor Alvimar Delgado, os cirurgies dentistas e professores universitrios Laucyr Pires
Domingues e Miguel Haroldo Guida, com a assessoria do Professor Arthur Santa Rosa, elaboraram o projeto
para criao do Curso de Odontologia. Entregue Direo da FESO, representada pelo ento Presidente do
Conselho Diretor, senhor Costantino Ottaviano, e Direo das Faculdades Unificadas Serra dos rgos, tendo
como Diretor Geral o Professor Luis Eduardo Possidente Tostes, em outubro de 1997, j em novembro desse
mesmo ano, foi iniciado o processo de autorizao do MEC.
Em janeiro de 1998, o projeto recebeu uma avaliao positiva da Comisso de Especialistas em Odontologia.
Em junho de 1998, estando desativada a Comisso Nacional de Sade, o projeto foi avaliado pela Comisso
Interministerial e ento encaminhado para o Conselho Nacional de Educao, cujo relator deu prosseguimento,
recomendando a visita da Comisso Verificadora. Tal visita ocorreu em agosto de 1999.
A comisso, composta pelas professoras Ellen Oletto e Efignia Ferreira e Ferreira (UFMG), aprovou o projeto
para a abertura do Curso de Odontologia e, novamente o processo retorna ao Conselho Nacional de Educao,
sendo aprovado em Sesso Plenria do dia 06/12/99, assinado o decreto pelo Excelentssimo Ministro da
Educao Paulo Renato de Souza em 27/12/99 e publicado em Dirio Oficial da Unio em, 31/12/99 e, no ano
seguinte, no primeiro semestre, inaugurado o Curso de Odontologia, tendo o prof. Laucyr Pires Domingues
como o primeiro coordenador.
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Com o advento da necessidade de modificar a formao em sade, um grupo de docentes do Curso de Graduao
em Odontologia do UNIFESO iniciou, em 2006, um movimento de sensibilizao docente para transformao
curricular. As discusses focaram a realidade de uma formao com privilgio para a especializao, para o uso
intensivo de tecnologia e para os procedimentos de alto custo, enquanto acumulavam-se as necessidades bsicas
de sade da grande parte da populao brasileira. Na pauta estavam algumas das questes apontadas por
Rodrigues e Reis (2002), tais quais: 1) a excessiva carga terica e informativa em contraposio escassez de
atividades prticas formadoras; 2) a nfase no carter curativo em detrimento da preveno; 3) a falta de
integrao entre o ensino bsico e o profissionalizante; 4) a formao de profissionais cada vez mais
especializados e despreparados para uma ateno generalista; 5) a constatao do despreparo pedaggico de
grande parte dos docentes, mesmo dentre os mais titulados; 6) o predomnio das aulas expositivas e
demonstrativas que apenas repassam conhecimentos e no levam os estudantes reconstruo dos mesmos,
invalidando o verdadeiro processo de aprendizagem; e 7) o ensino fragmentado em inmeras disciplinas, que
tantas vezes induz precocemente formao profissional especializada.
Com o xito do Promed e o avano do programa Pr-Sade, no primeiro semestre de 2007, o curso de
Odontologia iniciou a operacionalizao da mudana curricular com transformaes efetivas no primeiro
perodo, enquanto o curso de Medicina avanava para o quarto perodo do novo currculo.
Nos trs cursos, Enfermagem, Medicina e Odontologia, os quais o currculo era baseado em disciplinas e grades
curriculares, foram substitudos por um modelo integrado de atividades curriculares, composto por mdulos
(tutorial e de prtica profissional). A pedagogia da transmisso, amplamente utilizada no formato curricular
anterior, das metodologias tradicionais de ensino aprendizagem, foi substituda por metodologias ativas de
aprendizagem, e, nesse novo contexto, prope-se que os estudantes passem a atuar no mundo do trabalho desde
o primeiro perodo/ano.
Para dar seguimento ao processo de mudana nos trs cursos que implantaram o currculo integrado, foi
institudo o Ncleo Docente Estruturante (NDE), que naquele momento, sendo formado por comisses
compostas por docentes vinculados gesto do processo de mudana dos cursos de graduao envolvidos, sendo
esse Ncleo completamente reformulado, em 2007, com a resoluo do MEC, no tocante de suas aes.
Alm do NDE, foi implantado o Comit Local de Acompanhamento do Pr-Sade, que envolve representaes
da gesto municipal de sade e do UNIFESO, dos docentes, dos discentes, dos profissionais de sade da rede
local e membros do Conselho Municipal de Sade. Tal comit objetivou democratizar as relaes entre
universidade, servios de sade e comunidade, alm de promover o acompanhamento do processo de mudana
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curricular e nos servios de sade, visando considerar as diretrizes e princpios do Sistema nico de Sade
SUS.
A construo coletiva de um novo currculo ganhou maior objetividade em 2007, quando o movimento de
reflexo e de sensibilizao docente e discente se intensificou e surgiu a proposta de um Projeto Pedaggico do
Curso baseado nos pressupostos do currculo integrado e orientado por competncias. Sua efetiva implantao
aconteceu no primeiro semestre de 2007, com subsdio do Programa Nacional de Reorientao da Formao
Profissional em Sade (Pr-Sade).
A construo do currculo representado por este Projeto Pedaggico se fortaleceu diante do objetivo do Pr-
Sade traduzido pelo
Incentivo s transformaes na formao, na gerao de conhecimentos e na
prestao de servios populao, para abordagem integral do processo de sade-
doena, de modo a oferecer sociedade profissionais habilitados para responder s
necessidades da populao brasileira e consolidao do Sistema nico de Sade
(SUS) (BRASIL, 2005).
Nesse contexto, o currculo do Curso de Odontologia do UNIFESO, articulado com as Diretrizes Curriculares
Nacionais (2002) e com o Projeto Poltico Pedaggico Institucional (2006), tem sua construo fundamentada
em quatorze pressupostos, a saber: 1) Formao de cirurgies-dentistas habilitados para responder s
necessidades da populao brasileira em especial populao loco regional; 2) Conformao e consolidao de
um novo modelo de ateno sade, alicerado na ampliao do modelo clnico e na incorporao do modelo
epidemiolgico; 3) Fortalecimento do modelo de ateno sade usurio-centrado; 4) Valorizao
equivalente e articulada dos determinantes biolgicos, psquicos, sociais e ecolgicos do processo sade-
doena; 5) Formao do profissional orientada por competncias; 6) Formao baseada nos quatros pilares da
educao aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser; 7) Organizao modular
com base no currculo integrado; 8) Desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem baseado na teoria
da aprendizagem significativa; 9) Metodologias ativas de ensino-aprendizagem baseadas em dimenses
problematizadoras; 10) Integrao Ensino, Trabalho e Cidadania sob a gide da educao permanente; 11)
Diversificao dos cenrios do processo de ensino-aprendizagem; 12) Investimento no trabalho em equipe e na
competncia coletiva; 13) Avaliao formativa; 14) Produo de conhecimentos segundo as necessidades do
SUS (ALBUQUERQUE et al., 2008).
Cabe ressaltar que os cursos vinculados ao Centro de Cincias da Sade esto sempre reunindo esforos na
discusso e reflexo sobre a mudana curricular. A proposta de mudana inclui a formao para o fortalecimento
do modelo de ateno sade no qual o foco fundamental o atendimento s necessidades do usurio. Para
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isto, o perfil esperado do profissional de sade compreende o compromisso com a universalidade, a equidade e
a integralidade do cuidado.
A ideia que a formao deve permitir o entendimento da necessidade de garantia do cuidado que as pessoas
demandam, em todas as suas dimenses, das atividades de promoo e preveno at aquelas que envolvem
servios com maior densidade tecnolgica. Enfim, o que se deseja uma formao que garanta o equilbrio
entre a excelncia tcnica e a relevncia social.
Destarte, no segundo semestre de 2008, foi inaugurada a Clnica Profissional com o objetivo de conceder aos
egressos de melhor desempenho acadmico um contrato de trabalho que dava a oportunidade de prestar
atendimento odontolgico e promoo de sade bucal de qualidade, estendendo a integrao de ensino, servio
com a comunidade e, com a possibilidade de aprimora o conhecimento adquirido no curso de graduao ao lado
do corpo docente.
Centrado na necessidade do usurio e com o propsito de ampliar a parceria entre a rede dos servios de sade
do municpio de Terespolis, o UNIFESO estabelece o Plano Operacional Anual (POA) do hospital-escola, em
busca da integrao da Secretaria de Sade e a instituio formadora, avana na consolidao desta parceria
atravs de acordos formais de cogesto da Ateno Bsica.
Compreendendo a importncia da mudana curricular e seu impacto na formao acadmica, em 2012, surge
uma nova proposta integrada para a participao da terceira edio do programa interministerial, o Pr-Sade
III, que visou consolidar os currculos dos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia, e intensificar o
movimento de integrao ensino, trabalho e cidadania dos demais cursos do Centro de Cincias da Sade (CCS):
Cincias Biolgicas, Fisioterapia e Medicina Veterinria atravs da educao pelo trabalho e, dessa forma,
integrar e fortalecer a parceria com a Secretaria de Sade do municpio.
A perspectiva do estabelecimento de linhas de cuidado pautadas na humanizao, no acolhimento,
estabelecimento de vnculo e a promoo da qualidade no atendimento aos usurios do sistema de sade em
suas necessidades, a tnica central do projeto Pr Sade III aprovado. Nesse sentido, coloca-se como um
potente direcionamento da organizao do Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia, em que a formao
pelo trabalho fomenta a valorizao do cuidado integral atravs das linhas de cuidado desenvolvidas na
formao do cirurgio dentista da atualidade.
Avanando no processo de aperfeioamento, devemos destacar o novo momento do curso de odontologia, no
qual, aps a consolidao do currculo baseado nas metodologias ativas, foi institudo, a partir de 2012/2013, o
Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia | UNIFESO 2016
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processo de anualizao e ampliao da grade para cinco anos, atendendo a Resoluo do Conselho Nacional
de Educao n 2, de 18 de junho de 2007 (artigo 2, inciso III).
Com o crescimento institucional e, por conseguinte, do curso, o tocante da Ps Graduao, observa o que
determina o PPPI (2006), em especial, na promoo de cursos de especializao e aperfeioamento para as
comunidades interna e externa, a viabilizao de atividades de extenso e suporte para iniciar uma poltica de
pesquisa, apresentando um carter indissocivel entre a pesquisa, o ensino e a extenso. Como expresso no,
todos os cursos de latu sensu tm por finalidade
Atender a demanda de pessoal de nvel superior por formao e capacitao em nvel
de ps-graduao lato sensu, atravs da promoo e do fomento de estudos
especializados, nas diversas reas de conhecimento desenvolvidas no UNIFESO,
contribuindo para a qualificao de profissionais, com vistas ao desenvolvimento
regional (PPPI, 2007).
Assim, o UNIFESO, atravs do ncleo de Odontologia, oferece cursos de extenso e ps-graduao desde 2003.
Em 2015, por demanda institucional, a reviso do Projeto Pedaggico do Curso de Graduao em Odontologia
foi primordial para apresentar a efetivao do currculo de matriz anualizada. Para tanto, a coordenao
disponibiliza ao corpo acadmico do curso a verso revisada pelo Ncleo Docente Estruturante (NDE) para a
revalidao do PPC de modo coletivo. Assim, professores e estudantes puderam apreciar e contribuir atravs de
sugestes e/ou crticas construtivas em busca de aprimoramento, inclusive no que tange s ementas.
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4. PRESSUPOSTOS TERICOS DO CURRCULO
A concepo do Projeto Pedaggico do Curso (PPC) de Graduao em Odontologia do UNIFESO , em
conformidade com o contexto apresentado, balizada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de
Graduao em Odontologia (BRASIL, 2002) e pelo Projeto Poltico-Pedaggico Institucional do Centro
Universitrio Serra dos rgos (UNIFESO, 2006).
4.1. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduao em Odontologia
A Resoluo CNE/CES n. 3 de 19/02/2002 institui as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o Curso
de Graduao em Odontologia. As DCN atendem a imperativos da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educao
Nacional, Lei n. 9.394/96, respeitando as atribuies dos rgos prprios do sistema de regulao do ensino
superior.
O Projeto Pedaggico do Curso de Graduao em Odontologia do UNIFESO se baseou no perfil do egresso
preconizado pelas DCN:
Dentista, com formao generalista, humanista, crtica e reflexiva, qualificado para
o exerccio da Odontologia em todos os nveis de ateno sade, com base no rigor
tcnico e cientfico. Capacitado ao exerccio de atividades referentes sade bucal da
populao, pautado em princpios ticos, legais e na compreenso da realidade social
cultural e econmica do seu meio dirigindo sua atuao para a transformao da
realidade em benefcio da sociedade (BRASIL, 2002).
As diretrizes foram tomadas como indicadoras de perspectivas e caminhos a serem perseguidos pelo Curso de
Odontologia do UNIFESO em consonncia com a sugesto de Pedro Demo, de que as DCN devem ser
compreendidas em sua amplitude, constituindo-se como orientadoras dos PPC, levando em conta a enorme
diversidade de contextos e potencialidades existentes no pas (DEMO, 1998).
A possibilidade de mudana na formao anunciada pelas DCN foi incorporada na construo deste PPC
especialmente no que se refere flexibilidade curricular, s metodologias ativas de aprendizagem,
interdisciplinaridade, prtica como base da construo do conhecimento, s oportunidades de conhecer e de
intervir e s novas modalidades de avaliao.
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4.2. Diretrizes do Projeto Poltico Pedaggico Institucional do UNIFESO
Um dos pressupostos que norteiam a construo do PPC de Odontologia o Projeto Poltico-Pedaggico
Institucional (PPPI). O atual debate poltico envolvendo os diferentes segmentos do UNIFESO tem buscado
assegurar o desenvolvimento institucional a partir dos pressupostos desse Projeto Institucional instrumento
elaborado pela comunidade acadmica cabendo destacar:
o A educao um processo de formao integral, integrada, integrante e integradora das pessoas e dos
grupos. Ela se faz na liberdade do ser humano. Nisto reside o fundamento da autonomia moral e intelectual,
que uma capacidade a ser exercida pelos atores do processo educacional, e seu desenvolvimento se d
em funo de uma prtica educativa, coerentemente com esta finalidade. A educao escolar ser vista na
amplitude de um processo que integra os nveis da educao bsica (educao infantil, ensino fundamental
e mdio) e a educao superior (ensino de graduao, sequencial e de ps-graduao).
o O estudante considerado, antes de tudo, como uma pessoa, autnoma e livre, na sua identidade
biopsicossocial, histrico-cultural, nas suas particularidades, interesses e necessidades, sujeito de um
processo de inter-relaes e de interaes histricas de humanizao, de personalizao, de socializao e
politizao, na construo do mundo.
o O profissional docente, como agente deste processo educativo, define-se em uma funo pedaggica e
andraggica de dilogo permanente em que importa que seja capaz de interrogar constantemente sua
prpria prtica, assim como orientar o estudante nesse sentido para que ambos reconstruam suas
concepes, sua maneira de olhar o mundo e seu engajamento nas prticas sociais, como cidados e como
profissionais.
o O processo de desenvolvimento da capacidade de aprender e do pensamento crtico se faz com o
aperfeioamento da comunicao interpessoal no uso das linguagens, como meio de constituio dos
conhecimentos e da formao de atitudes e valores. Assim se fixam as bases tcnicas da concepo do
currculo dos cursos e programas.
o A interdisciplinaridade didtica, decorrente da unidade e da integrao do objeto do saber, ser buscada
pela constante cooperao entre as reas do conhecimento e os campos de suas confluncias. Esta posio
epistemolgica supe um eixo integrador, o qual se constitui como um domnio de um projeto de
investigao pesquisa , de uma proposta de construo cientfica ensino de e um plano de
interveno, aplicao e transferncia extenso.
o A atividade investigativa e o exerccio da extenso, por serem fundamentais vida acadmica, esto
articulados e integrados indissociavelmente ao ensino. A prtica investigativa promover a formao do
cidado participativo e do profissional reflexivo que no apenas se utiliza do conhecimento e da tcnica,
mas recria e atualiza novas formas de domnio, apropriao e aplicao do saber cientfico para o bem
Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia | UNIFESO 2016
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comum da sociedade. Deste modo se formam os fundamentos da integrao entre as funes essenciais da
educao superior.
o O ensino em todos os seus nveis e graus haver de concretizar-se pela articulao entre teoria e prtica
profissionais, pela otimizao e flexibilizao dos currculos, pela qualificao e dedicao docente s
atividades acadmicas e pela busca da integrao entre os diversos cursos e programas.
o Sobre a educao bsica (educao infantil, ensino fundamental e mdio) se funda a expectativa da
consistncia de todo o processo educacional escolar. O ensino de graduao, por sua natureza, h de ser
generalista, pluralista e crtico, admitindo-se, todavia, especificidades nas formaes profissionais e
tcnicas, considerando-se que slidos conhecimentos fundamentais das diversas reas do saber embasam
o desenvolvimento das competncias do estudante. A formao de profissionais ps-graduados em
programas de ps-graduao lato sensu e stricto sensu, nas diferentes reas do conhecimento, precisa
atender s necessidades estratgicas da sociedade, no seu desenvolvimento econmico, social, poltico,
cultural e educacional.
o A eficincia, a eficcia e efetividade da educao e do ensino, em todos os seus nveis e graus, sua
relevncia, pertinncia e qualidade constituem-se em objeto de permanente avaliao institucional e de
desempenho, interna e externa, envolvendo a totalidade da organizao e suas partes integrantes.
o A produo cientfica far-se- no mbito das atividades de ensino, estruturadas de modo curricular nas
propostas poltico-pedaggicas de cada curso ou programa em projetos de disciplinas, de reas e de campos
temticos, articulados com o desenvolvimento da investigao cientfica de professores, estudantes e
tcnicos e com a prtica das atividades de extenso.
Alm disso, outras aes institucionais refletem-se diretamente no andamento do Curso de Odontologia, quais
sejam: iniciao cientfica, integrao ensino-trabalho-cidadania, programa de monitoria, estmulo
capacitao docente, atividades de extenso, colegiado de gesto e articulao com a ps-graduao lato sensu.
4.3. Eixos Estruturantes do Currculo
Quatro so os eixos que estruturam os currculos do curso de graduao em Odontologia do UNIFESO:
1) Semiologia do Sujeito e da Coletividade.
2) tica e Humanismo.
3) Construo e Produo do Conhecimento.
4) Poltica e Gesto em Sade.
O estabelecimento desses eixos comuns foi um avano para construo do Projeto Pedaggico do Curso de
Odontologia. O envolvimento dos professores, estudantes, profissionais de sade, gestores de servios, usurios
Projeto Pedaggico do Curso de Odontologia | UNIFESO 2016
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e outros atores tem sido fundamental para dar sentido prtico aos eixos propostos. Esse movimento vem
ganhando vida a partir da construo coletiva, que considera as propostas de cada eixo, na formulao de
problemas que sero processados no mdulo tutorial, na concepo dos planos de cuidado e de interveno nos
diversos cenrios de aprendizagem e de ateno sade e na construo e consolidao de uma proposta
integrada de avaliao (ALBUQUERQUE et al., 2007).
4.3.1. Eixo Semiologia do Sujeito e da Coletividade
Neste eixo a Semiologia entendida no apenas como tcnica de diagnstico e da observao de sinais e
sintomas de doenas, e sim em um sentido mais amplo, o qual incorpora essa dimenso cincia geral de todos
os signos: a vida dos signos no seio da vida social (JAPIASSU; MARCONDES, 1991), ou seja, a tcnica
vista, principalmente, como cuidado.
A denominaoSemiologia do Sujeito e da Coletividadefoi motivada pelos seguintes pressupostos:
o A construo do novo, valorizando a cultura, as relaes de trabalho, a poltica, os valores da
comunidade e o perfil epidemiolgico da populao envolvida. Na verdade, a construo de um novo
paradigma: o sujeito que necessita de ateno em sade e deve ser considerado em seus aspectos pessoais,
scio-culturais-ambientais e econmicos e visto enquanto ato social;
o Os processos de construo de autonomia dos sujeitos, que tm como fundamento o prprio modelo
pedaggico adotado;
o O deslocamento da nfase na doena, centrando a ateno no sujeito social concreto em que a doena
vista como algo inerente ao ciclo vital, e no o objeto de ateno primria, e sim o sujeito que adoece;
o O produzir conhecimento pautado nos padres ticos;
o O sustentar a integrao teoria-prtica como um exerccio de lgicas complementares;
o O aumentar a capacidade investigativa, a partir da articulao da graduao e ps-graduao com as
polticas de sade e educao vigentes.
A Semiologia do Sujeito e das Coletividades comea, ento, a perpassar toda a formao proposta pelo Curso
de Odontologia, articulando-se aos outros eixos gerais: tica e Humanismo, Construo e Produo do
Conhecimento e Polticas e Gesto em Sade.
4.3.2. Eixo tica e Humanismo
A proposta de humanizao do ensino em sade parte do princpio de que preciso desenvolver nos estudantes,
nos professores, nos servios e nas comunidades os valores essenciais formao da cidadania, possibilitando
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uma viso integral do processo sade/doena a partir de seus determinantes fsicos, biolgicos, psicolgicos,
socioeconmicos, ambientais, culturais e polticos.
Na problematizao da realidade, desenvolvemos nossa reflexo sobre tica como um ato de mediao que
valorize seus dois sentidos o individual e o coletivo. O primeiro referente ao indivduo, seus hbitos,
comportamentos, caractersticas e significado existencial; o segundo diz respeito ao ethos social, nossos
hbitos, tradies, nosso modo de viver em conjunto (TAYLOR, 1994).
Considerar o conceito de tica, como o estudo do comportamento moral dos seres humanos em sociedade,
compreende o conjunto de normas de comportamento e formas de vida atravs do quais os seres humanos
tendem a realizar o valor do bem. Inspira a coerncia entre os fins e os meios utilizados para alcan-los no
propsito de defender valores fundamentais como a vida, a dignidade humana e o respeito entre os homens.
tambm a capacidade humana de pensar as prprias finalidades de seu agir social.
Nesse sentido, a proposta que o currculo contemple a tica e o humanismo em todas as atividades de
ensino/aprendizagem. Os princpios de tica e biotica tambm so considerados na sensibilizao dos docentes
do Curso, visando um trabalho sistmico com nfase na formao humanstica.
Esse eixo concebido de forma interdisciplinar envolvendo diversas reas de formao afins. Um ponto de
grande importncia volt-lo tambm para a reestruturao/humanizao dos diversos cenrios de
ensino/aprendizagem. Convm salientar que, o trabalho com esse eixo ter como princpio a problematizao
da realidade. Para que isso se efetive, diferentes reas do conhecimento sero envolvidas, visando, tambm, a
intersetorialidade.
Assim, possvel relacionar o uso das tecnologias duras, leve-duras e leves (MERHY, 2005), como meio de
diagnstico e tratamento e no como um fim em si mesmo. A tica, a biotica e o humanismo propiciam ao
estudante uma viso sistmica da sua formao. Por ser um eixo fundamental, perpassa toda a construo da
identidade profissional.
4.3.3. Eixo Construo e Produo do Conhecimento
Tal eixo pressupe a interdisciplinaridade, a diversificao de cenrios e as metodologias de aprendizagem
centradas nos estudantes, com vistas no desenvolvimento de autonomia e na incorporao da ideia de educao
permanente como uma prtica contnua durante a formao.
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A proposta desenvolver o aprender a conhecer, defendido por Delors (2003), que indissocivel do aprender
a fazer. Considera-se, na constituio desse eixo o horizonte formativo como um processo atravs do qual a
aprendizagem se torna dinmica constitutiva pela vida afora. A formao entendida, ento, como processo.
No comea nem acaba, est sempre em andamento. uma dinmica profunda que vai alm do manejo de
informao (DEMO, 2006).
O eixo foi construdo a partir das seguintes diretrizes gerais:
o Remeter o objetivo geral da construo do conhecimento s necessidades de sade da populao,
evitando abordagens reducionistas ou utilitaristas;
o Produzir conhecimento pautado nos padres ticos;
o Sustentar a integrao teoria-prtica, como um exerccio de lgicas complementares;
o Aumentar a capacidade investigativa, a partir da integrao graduao e das diretrizes gerais das
polticas de sade e educao.
A finalidade de incorporar este eixo, do primeiro ao ltimo ano de formao, de potencializar o leque da
investigao que tenha como finalidade, imediata ou mediata, contribuir para a melhoria do estado de sade da
populao e para a busca da reduo das desigualdades sociais no cuidado sade.
Deste modo, reafirma-se o conceito institucional de que a construo e a produo do conhecimento devero
promover a formao do cidado participativo e do profissional reflexivo, que no apenas se utiliza do
conhecimento e da tcnica, mas recria e atualiza novas formas de domnio, apropriao e aplicao do saber
cientfico para o bem-estar da sociedade (UNIFESO, 2006).
4.3.4. Eixo Poltica e Gesto em Sade
A poltica e a gesto em sade integram o campo de ao social orientando para a melhoria das condies de
sade da populao e dos ambientes natural, social e do trabalho. Sua tarefa especfica em relao s outras
polticas pblicas da rea social consiste em organizar as funes pblicas governamentais para a promoo,
proteo e recuperao da sade individual e coletiva. A gesto social das polticas pblicas de sade tem como
uma de suas bases a formao de atores que afirmam a sade enquanto direito de cidadania, explcito na Carta
Constitucional.
A poltica de formao para a gesto pblica compreende a educao em sade que se realiza nos servios, no
encontro entre estudantes, profissionais e usurios. O sentido das aes volta-se para a promoo do bem viver
e para o encontro de saberes e prticas de sade, inseridas no cotidiano das relaes sociais.
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29
Uma das maneiras de se abordar questes relacionadas gesto em sade pode ser amparada nos princpios da
educao permanente. Essa estratgia promove a condio indispensvel para uma pessoa ou uma organizao
decidir mudar ou incorporar novos elementos a sua prtica e aos seus conceitos, que o desconforto, a percepo
de que a maneira vigente de fazer ou de pensar insuficiente ou insatisfatria para dar conta dos desafios do
trabalho.
Considerando os pressupostos da educao permanente, os objetivos primordiais deste eixo compreendem:
o Desenvolvimento e a ampliao da capacidade dos estudantes para analisar a conjuntura poltica na rea
da sade;
o A produo de acessibilidade das comunicaes entre as pessoas e as instituies, alm do
gerenciamento de conflitos e de situaes de crise de forma estratgica;
o A ampliao da capacidade de tomada de deciso de forma coletiva e pactuada, garantindo
governabilidade e qualidade de gerncia para o planejamento em sade;
o A construo de competncia para desenvolvimento/articulao de estratgias e aes em sade, que
considerem a responsabilizao, a viabilidade poltico-econmica, potencialidades e vulnerabilidades, para
imprimir trajetrias descentralizadoras, criativas, transformadoras e acumuladoras de foras e aliados;
o O desenvolvimento de capacidade de estabelecer agenda estratgica no planejamento, implantao,
acompanhamento e avaliao dos projetos e das aes em sade.
Nesse sentido, espera-se que os profissionais em formao sejam capazes de utilizar indicadores de
processo e de resultado, considerando as diferentes perspectivas dos atores envolvidos nos projetos e aes
(BRASIL, 2005).
4.4. Currculo do Curso de Odontologia
Buscando a formao do Cirurgio-Dentista comprometido com as necessidades da populao brasileira, dotado
de viso holstica e integradora, frente aos cuidados essenciais nas dimenses individual, coletiva e planetria,
o currculo do Curso de Graduao em Odontologia do UNIFESO tem como pressuposto a integrao dos
seguintes mbitos (SANTOS, 2005; VENTURELLI, 2003):
o Os contedos tradicionalmente lecionados no ciclo bsico e no ciclo profissional;
o A teoria e a prtica, as quais so consideradas indissociveis;
o Os mundos do trabalho e da aprendizagem, a partir de uma estreita articulao entre servio e academia,
sob a gide da integrao ensino-trabalho-comunidade;
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30
o Da formao de cirurgio-dentista com a formao dos demais profissionais da rea da sade,
concorrendo para o a construo de competncias coletivas para os diferentes cursos e para a consolidao
de processos de integrao intercursos, priorizando o desenvolvimento da cooperao e do trabalho em
equipe.
o A possibilidade de aprendizagem integrada dos aspectos biolgicos, psicolgicos, socioculturais,
econmicos e ecolgicos no dia a dia das atividades acadmico-assistenciais visa incorporar os valores
ticos e humansticos ao conhecimento tcnico-cientfico, competncia necessria ao entendimento do
processo sade-doena do indivduo na sociedade onde est inserido.
Tais articulaes concorrem para a formao de um profissional capaz de atuar nos diferentes domnios da
ateno sade, em uma perspectiva de integralidade do cuidado.
4.5. Papel dos Estudantes
Em concordncia com a adoo das metodologias ativas de ensino-aprendizagem, espera-se do discente a
adoo de uma postura crtica e reflexiva em relao prpria formao, baseada nos seguintes elementos:
Atuao pautada nos princpios e valores da tica e da biotica, tendo em vista a relao com seus pares
profissionais de sade e com os usurios e seus familiares;
Interesse perene por aprender ao longo de toda a vida profissional , com autonomia e iniciativa
para a construo de novos saberes;
Busca pela compreenso dos processos relacionados ao adoecimento das pessoas, tendo em vista o
exerccio da profisso de cirurgio-dentista.
Desenvolvimento de trabalho em pequenos grupos, capacitando-se para desempenhar seu saber-fazer
na perspectiva do pertencimento equipe, com responsabilidade e respeito diversidade de pontos de vista;
Participao efetiva nos debates democrticos e nos processos decisrios que digam respeito aos
interesses da coletividade, especialmente no mbito da consolidao do SUS.
4.6. Objetivos do Curso
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, o modelo pedaggico do Curso de Odontologia do
UNIFESO tem como objetivo geral, a formao de cirurgio-dentista generalista, humanista, crtico e reflexivo,
para atuar em todos os nveis de ateno sade, com base no rigor tcnico e cientfico. Capacitado ao exerccio
de atividades referentes promoo de sade bucal da populao, pautado em princpios ticos, legais e na
compreenso da realidade social, cultural e econmica do seu meio, dirigindo sua atuao para a transformao
da realidade em benefcio da sociedade.
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31
Esse objetivo geral se caracteriza nos seguintes objetivos especficos:
o Desenvolver estratgias de articulao entre teoria e prtica, com base no estudo de situaes-problema,
de acordo com a proposta pedaggica adotada;
o Implementar a articulao de aes interdisciplinares, multiprofissionais e intersetoriais, em
atendimento s necessidades da formao profissional e a complexidade do mundo do trabalho;
o Capacitar o estudante para a autonomia e a criticidade na construo do conhecimento;
o Facilitar e estimular, desde o incio do curso, a aproximao do estudante com a realidade
socioeconmica da populao e suas implicaes no campo da sade;
o Permitir que o estudante seja capaz de intervir no processo sade-doena, reconhecendo os
determinantes biolgicos, psquicos, socioeconmicos, histricos, culturais, tnicos e ecolgicos
envolvidos;
o Promover a progressiva insero do estudante nos servios de sade do SUS e outros equipamentos
sociais, desde seu ingresso no curso;
o Contribuir para a formao de um profissional capaz de intervir na realidade em que se insere, de modo
tico, crtico e reflexivo no apoio ao movimento de sua transformao.
o Viabilizar que o estudante adquira elementos no mbito da teoria e da prxis para o exerccio da
Odontologia, tendo em vista os referenciais ticos, bioticos e humanistas.
4.7. Perfil do Egresso
O profissional a ser formado pelo curso de graduao em Odontologia do UNIFESO ser um cirurgio dentista
capaz de oferecer ateno integral e contnua aos problemas de sade bucal da populao, sintonizado com o
Sistema nico de Sade, compreendendo seu papel transformador em interao com os servios de sade e com
a comunidade, com base na responsabilidade, na capacidade de comunicao interpessoal e de modo a respeitar
culturas diferentes, que permita um agir de forma tica, investigativa, crtica e reflexiva.
Este profissional dever ter desenvolvido habilidades e competncias para compreenso e soluo de questes
de sade bucal considerando sua formao ampla e integradora dos conhecimentos biolgicos, tcnico-
cientficos e desenvolver aes de proteo, promoo, manuteno e reabilitao da sade em seu mais amplo
sentido, aliando os aspectos socioculturais e econmicos no contexto individual e coletivo.
Para a realizao de um acompanhamento do nosso egresso, a instituio conta Programa de Acompanhamento
do Egresso, desenvolvido pelo Ncleo de Apoio Psicopedaggico e Acessibilidade (NAPPA). O objetivo desse
programa viabilizar o desenvolvimento sistemtico de relacionamento com os egressos, de todos os cursos de
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graduao, reconhecendo a sua importncia na consolidao da imagem institucional, verificando o impacto do
desempenho do egresso no contexto social e de trabalho, assim como a potencialidade no fortalecimento da ps-
graduao institucional. Compem a articulao do estudante egresso e a Instituio rede social no endereo
https://www.facebook.com/egresso.unifeso e o blog Egresso UNIFESO que atravs da criao de um banco
de dados, oportuniza o permanente contato egresso/instituio, conhecer a insero dos profissionais formados
pelo UNIFESO no mercado de trabalho e criar um espao para dar visibilidade s publicaes acadmicas (vide
o endereo http://egressounifeso.blogspot.com.br).
4.8. Organizao Curricular
A mudana curricular trouxe modificaes importantes na organizao do curso, pois se prope a compreender,
intervir e acompanhar os ciclos vitais e a estimular a integrao dos conhecimentos. Este processo iniciou-se no
primeiro semestre de 2007 e se mantm em constante aperfeioamento, com a superao de um currculo
disciplinar pela criao de uma nova organizao curricular de carter sistmico, calcada em eixos estruturais
integradores. Em coerncia com o previamente apresentado, a proposta curricular rompeu com a estrutura
tradicional, fragmentada e estanque, avanando para uma organizao integrada, que privilegia as exigncias
do perfil do cirurgio-dentista que se pretende formar em consonncia com o proposto nas Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Odontologia e o PPPI do UNIFESO, conforme definido no
perfil do egresso.
Atendendo s Diretrizes Curriculares Nacionais estabelecidas pela Resoluo CNE/CES 3, de 19 de fevereiro
de 2002, as estrutura curricular do curso de Odontologia buscou ir ao encontro das necessidades de autonomia
e flexibilidade para a formao do estudante, visando sua participao em diversos cenrios de interesse
acadmico como a iniciao cientfica, projetos de monitoria, pesquisa e extenso e demais atividades
complementares, assim como s demandas individuais.
O currculo do Curso de Graduao em Odontologia se estabelece seguindo as linhas de cuidado e, ao longo
dos anos, desenvolve competncias que auxiliaro a formao profissional do estudante no e para o mundo do
trabalho, considerando o Sistema nico de Sade, bem como os equipamentos sociais nele inserido. Nesse
sentido, tendo como base o currculo desenvolvido atravs das metodologias ativas de ensino e aprendizagem,
o desenvolvimento desta proposta foi planejado considerando os graus de complexidade crescentes, ampliando
os saberes e colocando em prtica a espiral do conhecimento.
A matriz curricular do curso busca acompanhar a dinmica decorrente das demandas pedaggicas, sociais,
culturais e do mercado profissional, sendo alvo de constante debate e atualizao feitos pelo Ncleo Docente
Estruturante (NDE), sob a orientao da coordenao e posterior anlise e aprovao pelo Colegiado do curso.
https://www.facebook.com/egresso.unifeso%20%20%20e%20o%20blog%20%20http:/egressounifeso.blogspot.com.brhttps://www.facebook.com/egresso.unifeso%20%20%20e%20o%20blog%20%20http:/egressounifeso.blogspot.com.br
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As avaliaes realizadas, sejam elas de carter interno ou externo, surgem como importantes balizadoras para
esse processo de atualizao. Somado a essas avaliaes, destaca-se a adeso ao Pr-Sade I e III como
reordenadores do processo de formao profissional contextualizado realidade brasileira.
A matriz do currculo semestral foi reestruturada em 2012, considerando o disposto nas Diretrizes Curriculares
Nacionais (2002), o Manual de Especialidades Odontolgicas (BRASIL, 2008), discutida em Colegiado e com
a colaborao do professor Dr. Rafael Arouca Hfke Costa, poca, consultor do curso nesse processo. Assim
sendo, a presentamos o currculo pleno 2012/1 semestre:
Perodo CURRCULO PLENO 2012/1 semestre
1o
Mdulo Tutorial (AAD+Tutoria-Conferncia) .................220 h
Laboratrio Morfofuncional (LMF) .................................120 h
Laboratrio de Habilidades Odontolgicas (LHO) ............60 h
Laboratrio de Habilidades Integradas (LHI) ....................60 h
Integrao Ensino Trabalho Cidadania (IETC) ................ 140 h
2o
Mdulo Tutorial (AAD+Tutoria-Conferncia) ................220 h
Laboratrio Morfofuncional (LMF) ..................................60 h
Laboratrio de Habilidades Odontolgicas (LHO) ............60 h
Laboratrio de Habilidades (LH) .......................................60 h
Integrao Ensino Trabalho Cidadania (IETC) ................200 h
3o
Mdulo Tutorial (AAD+Tutoria-Conferncia) ................ 220 h
Laboratrio de Habilidades Odontolgicas (LHO) ..........240 h
Integrao Ensino Trabalho Cidadania (IETC) ................140 h
4o
Mdulo Tutorial (AAD+Tutoria-Conferncia) .................220 h
Laboratrio de Habilidades Odontolgicas (LHO) ...........240 h
Integrao Ensino Trabalho Cidadania (IETC) ................140 h
LIBRAS* ........................................................................... 60 h
5o
Mdulo Tutorial (AAD+Tutoria-Conferncia) ................. 220 h
Laboratrio de Habilidades Odontolgicas (LHO) ...........120 h
Integrao Ensino Trabalho Cidadania (IETC) ................ 260 h
LIBRAS* ........................................................................... 60 h
6o
Mdulo Tutorial (AAD+Tutoria-Conferncia) ................. 220 h
Laboratrio de Habilidades Odontolgicas (LHO) ...........120 h
Integrao Ensino Trabalho Cidadania (IETC) ..................60 h
Estgio Curricular Supervisionado ...................................200 h
LIBRAS* .......................................................................... 60 h
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Clnica Odontolgica Infantil* ......................................... 80 h
7o
Mdulo Tutorial (AAD+Tutoria-Conferncia) .................220 h
Estgio Curricular Supervisionado ...................................380 h
LIBRAS* .......................................................................... 60 h
Clnica Odontolgica Infantil* ......................................... 80 h
8o
Mdulo Tutorial (AAD+Tutoria-Conferncia) .................220 h
Estgio Curricular Supervisionado ....................................380 h
LIBRAS* ........................................................................... 60 h
Clnica Odontolgica Infantil* .......................................... 80 h
Clnica de Especialidades Cirrgicas Odontolgicas* ...... 60 h
Carga horria total do curso: 4.800 horas
*Mdulos de Aprendizagem Opcional
No que se refere ao currculo anualizado, a matriz apresenta uma inovao quanto ao desenvolvimento da
formao acadmica no curso de Odontologia e estabelece com maior clareza as linhas de cuidado, a integrao
e prtica odontolgica e a gesto em sade bucal ao longo dos cinco anos, com insero no mundo do trabalho
desde o primeiro ano, priorizando as necessidades dos usurios da rede de servio da sade. Assim,
apresentamos a matriz anualizada a seguir:
CURSO DE GRADUAO EM ODONTOLOGIA UNIFESO MATRIZ CURRICULAR 2013
ANO CENRIO CONTEDOS DESENVOLVIDOS CH TOTAL
1
Do Concepto
Adolescncia
Apresentao
ao Mundo do
Trabalho
Mdulo
Tutorial
Tutoria 240 h/ano
Conferncia 80 h/ano
AAD 80 h/ano
LMF
LMF Bioqumica/Micro e Imunologia/Biossegurana 120 h/ano
LMF Anatomia Humana 80 h/ano
LMF Histologia/Embriologia/Processos Normais e Patolgicos 120 h/ano
IETC I Concepto adolescncia/SUS/ Semiologia e Semiotcnica 120 h/ano
LHO Anatomia e Escultura Dentria/ Materiais Odontolgicos 120 h/ano
CH TOTAL DO 1 ANO 960 h/ano
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35
ANO CENRIO CONTEDOS DESENVOLVIDOS CH
TOTAL
2
A Vida Adulta
e o Trabalho
no Contexto da
Sade Bucal
Mdulo
Tutorial
Tutoria 240 h/ano
Conferncia 80 h/ano
AAD 80 h/ano
LMF LMF Bases Fisiofarmacolgicas / Teraputica Medicamentosa em
Odontologia 80 h/ano
LHO LHO Anestesiologia 80 h/ano
ILC
ILC Radiologia Odontolgica e Imaginologia 80 h/ano
ILC Dentstica 120 h/ano
ILC Diagnstico e Patologia Bucal 80 h/ano
IETC II Vida Adulta/Sade do Trabalhador/SUS 120 h/ano
CH TOTAL DO 2 ANO 960 h/ano
ANO CENRIO CONTEDOS DESENVOLVIDOS CH TOTAL
3
O Cuidado em
Sade Bucal e
o
Envelheciment
o Saudvel
Mdulo Tutorial
Tutoria 240 h/ano
Conferncia 80 h/ano
AAD 80 h/ano
ILC
Periodontia 120 h/ano
Endodontia 120 h/ano
Prtese Removvel 120 h/ano
Cirurgia Odontolgica e Introduo Implantodontia 120 h/ano
Ocluso Dentria e Disfuno Tmporomandibular 80 h/ano
IETC III Envelhecimento Saudvel/SUS 80 h/ano
Estgios
Supervisionados I Clnica Geral I 120 h/ano
CH TOTAL DO 3 ANO 1.160h/ano
ANO CENRIO CONTEDOS DESENVOLVIDOS CH TOTAL
4
Integrao e Prtica
Odontolgica
Mdulo Tutorial
Tutoria 240 h/ano
Conferncia 80 h/ano
AAD 80 h/ano
ILC III Prtese Fixa 120 h/ano
Ortodontia 80 h/ano
Estgios
Supervisionados II
Clnica Integrada ao SUS 120 h/ano
Clnica de Odontopediatria 120 h/ano
Clnica de Pacientes Especiais 120 h/ano
Clnica Geral II 120 h/ano
TCC I Desenvolvimento do Projeto 40 h/ano
CH TOTAL DO 4 ANO 1.120h/ano
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ANO CENRIO CONTEDOS DESENVOLVIDOS CH TOTAL
5
A Prtica
Clnica e Gesto
em Sade Bucal
Gesto e Mundo
do trabalho
Conferncias e Sesses Clnicas 80 h/ano
AAD 80 h/ano
Estgios
Supervisionados
III
Clnica Geral III 120 h/ano
Clnica Geral IV 120 h/ano
Clnica de Prticas Cirrgicas 120 h/ano
TCC II Concluso e apresentao TCC 80 h/ano
CH TOTAL DO 5 ANO 600 h/ano
QUADRO GERAL DISTRIBUIO DE CARGA HORRIA DO CURSO DE ODONTOLOGIA
CARGA HORRIA / ANO 1 2 3 4 5 TOTAL
MDULOS PRTICOS E TERICOS PARA
DESENVOLVIMENTO DAS COMPETNCIAS
ESSENCIAIS 960h 960h 1.040h 640h 240h 3.840h
ESTGIO SUPERVISIONADO - - 120h 480h 360h 960h
TOTAL 4.800h
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 200h
TOTAL + ATIVIDADES COMPLEMENTARES 5.000h
LIBRAS (OPTATIVA) 40h
TOTAL + LIBRAS 5.040h
LEGENDA:
AAD = Atividade Auto Dirigida
CH = Carga Horria
IETC = Integrao Ensino, Trabalho e Cidadania
ILC = Integrao Laboratrio e Clnica
LHO = Laboratrio de Habilidades Odontolgicas
LIBRAS = Linguagem Brasileira de Sinais (mdulo optativo que pode ser realizado em qualquer ano do curso)
LMF = Laboratrio Morfofuncional
TCC = Trabalho de Concluso de Curso
Em 2015, no sentido de estender o debate em torno da atualidade, diversidade e sustentabilidade e cidadania,
foi ampliada a matriz curricular em 80 horas anuais, na modalidade de ensino distncia (EAD), com o mdulo
em IETC (EAD) Cidadania, Diversidade e Sustentabilidade, no primeiro ano do curso, aprovado em
CEPE/CAS, para vigorar a partir de 2016.
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CURSO DE GRADUAO EM ODONTOLOGIA UNIFESO MATRIZ CURRICULAR 2016
ANO CENRIO CONTEDOS DESENVOLVIDOS CH TOTAL
1
Do Concepto
Adolescncia
Apresentao
ao Mundo do
Trabalho
Mdulo
Tutorial
Tutoria 240 h/ano
Conferncia 80 h/ano
AAD 80 h/ano
LMF
LMF Bioqumica/Microbiologia e Imunologia/Biossegurana 120 h/ano
LMF Anatomia Humana 80 h/ano
LMF Histologia/Embriologia 120 h/ano
IETC I IETC Concepto adolescncia/SUS 120 h/ano
Mdulo (EaD) Cidadania, Diversidade e Sustentabilidade 80 h/ano
LHO LHO Anatomia e Escultura Dentria/ Materiais Odontolgicos 120 h/ano
CH TOTAL DO 1 ANO 1.040 h/ano
ANO CENRIO CONTEDOS DESENVOLVIDOS CH TOTAL
2
A Vida Adulta e
o Trabalho no
Contexto da
Sade Bucal
Mdulo Tutorial
Tutoria 240 h/ano
Conferncia 80 h/ano
AAD 80 h/ano
LMF LMF Bases Fisiofarmacolgicas / Teraputica
Medicamentosa em
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