produção, distribuição e consumo alimentar

Post on 11-Aug-2015

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Produção, Distribuição e Consumo Alimentar no Espaço Urbano no Brasil e no Mundo.

Equipe:• Poliana• Sergio• Vinicius

Fome

• O mundo produz diariamente comida em quantidade suficiente para alimentar toda a população do planeta, no entantoa fome mata uma pessoa a cada 3,5 segundos no mundo por não ter acesso a ela.

• Segundo o Relatório Mundial Sobre a Fome 2006 da ONU, estima-se que existam hoje 854 milhões de pessoas subnutridas no mundo. O documento revela que 300 milhões de crianças passam fome no mundo e 25 mil pessoas morrem por dia de má nutrição ou doenças associadas ao problema.

• Índices nacionais de consumo alimentar (IBGE) apontam uma elevada ingestão de açúcar, gordura e sal pela população, além de um baixo consumo de frutas, legumes e hortaliças. A obesidade vem crescendo mais rapidamente na faixa mais pobre da população.

• O Brasil é um dos principais produtores de alimentos do planeta. O país desperdiça anualmente R$12 bilhões em alimentos que poderiam alimentar 30 milhões de pessoas carentes.

O que agricultura urbana?

• Agricultura Urbana (AU) é a agricultura

praticada no interior (agricultura intra-

urbana) ou na periferia (agricultura peri-

urbana) de uma localidade ou cidade com o

objetivo de cultivar e distribuir uma

diversidade de produtos alimentares.

• A agricultura urbana é realizada, geralmente, em pequenas áreas e destina-se sobretudo a uma produção para utilização e consumo próprio ou para a venda em pequena escala, em mercados locais.

• Pratica-se principalmente em quintais, em terraços ou pátios, ou ainda em hortas urbanas – espaços comunitários ou espaços públicos não urbanizados.

A agricultura urbana contribui para a segurança alimentar pois:• Permite aumentar a quantidade de bens

alimentares disponibilizados aos cidadãos que habitam nas cidades;

• Permite a disponibilização de produtos frescos - como legumes, fruta ou carne – aos consumidores urbanos.

Em termos de ecologia urbana, este tipo de agricultura tem como vantagens:–promover a biodiversidade e a

implementação de mais espaços verdes nas cidades, com todas as vantagens que lhe estão associadas;–Utilização racional de espaços; –Farmácia caseira;–Escoamento de águas das chuvas e

diminuição da temperatura;–Fácil acessibilidade dos consumidores e etc.

• O mapa ao lado mostra em verde as regiões que produzem alimentos consumidos mais diretamente por seres humanos, em laranja as regiões que produzem a mesma quantidade de alimentação humana e animal, e em vermelho as terras que são usadas principalmente para produzir ração animal.

Distribuição

• As cidades requerem vastas extensões de terra para sua subsistência e necessitam importar grandes quantidades de alimento de outras regiões produtoras, criando enorme problema de dependência externa, aliado ao fato de que, atualmente, a maior parte da população não tem condições de pagar pelo alimento importado.

• Além dos custos do fornecimento de alimento produzido em áreas distantes, o impacto ambiental resultante dessa importação, que inclui a energia requerida para a produção, processamento e transporte, é pouco discutido.

• Em termos de distribuição de alimentos, a agricultura urbana é apoiada pela comunidade e desenvolve um sistema inovador de ligação entre o produtor urbano e o consumidor.

• São criadas opções de mercado, desenvolvendo-se uma produção artesanal vinculada à demanda da comunidade e consumidores.

• Muitas vezes, as comunidades de produtores atingem um nível elevado de conhecimento e de recursos a ponto de processarem seus próprios produtos, criando também cooperativas e agroindústrias.

Feiras urbanas de alimentos

Alimentos agroindustrializados

Agricultura Urbana

Internacional

Agricultura urbana em Cuba

• Durante os últimos quinze anos, Cuba desenvolveu um dos exemplos mais bem-sucedidos de agricultura urbana no mundo.

• Havana, a capital de Cuba, com uma população de mais de dois milhões de pessoas, tem protagonizado um papel proeminente, se não dominante, na evolução e na revolução deste tipo de agricultura.

• A expressão "agricultura urbana em Cuba" tem um significado algo diferente, simultaneamente mais e menos restritivo do que pode parecer à primeira vista. É mais inclusiva, visto que ocupa extensões mais amplas, franjas urbanas e terrenos suburbanos.

• Por exemplo, toda a área cultivada da província Cidade de Havana está ocupada com agricultura urbana.

• A definição inclui terreno que é muito mais rural que urbano – alguns dos municípios da cidade nas partes leste e sudoeste têm densidades populacionais relativamente baixas, cerca de 2300 a 3500 pessoas por milha quadrada, contra 50 000 a 100 000 pessoas por milha quadrada nas partes mais densamente povoadas.

• Como resultado, mais de 35 000 hectares de terra estão a ser utilizados com agricultura urbana em Havana.

Agricultura urbana em Havana: análise geral 

• Havana tem apenas 3 por cento da terra utilizada na agricultura urbana e 0,4 por cento de todo o terreno agrícola em Cuba, cerca de 20 por cento da população da ilha, mas apenas 0,67 por cento da sua área total.

• Sendo a província mais densamente urbanizada de Cuba, a sua área de terreno agrícola é uma percentagem mais pequena do terreno agrícola total em Cuba do que o é a sua área total em relação à área total do país.

• Mas, na medida em que todo o seu terreno agrícola é considerado urbano, é bastante maior em termos de percentagem de todo o terreno agrícola urbano.

• Porém, com a importância que, no pós-anos 1990, foi dada à produção utilizando recursos locais para o consumo local (daí o lema da agricultura urbana: Produção do bairro, pelo bairro, para o bairro), Havana teve que lutar, ficando para trás em relação a outras províncias.

• Por exemplo, só recentemente é que atingiu o nível de referência da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) dos 300g diários per capita de fornecimento de vegetais à sua população.

• Já em 2001, a sua produção diária de vegetais per capita era de 171g, consideravelmente abaixo do índice da FAO, bem como abaixo do nível da seguinte cidade que produzia menos vegetais per capita, Santiago de Cuba, com 415g. A razão é medianamente óbvia.

• Tendo Cuba como um todo um pouco mais de um décimo de hectare de terreno agrícola urbano por pessoa, esse número desce para menos de uma ducentésima parte de um hectare em Havana.

• O terreno para cultivo continua a ser mais limitado. De 33 mil hectares ocupados com a agricultura, apenas 10 500 servem para cultivos varios (incluindo raízes de vegetais, grãos, vegetais e citrinos e outros frutos). 

• No entanto, tal como ocorreu no resto do país, Havana conseguiu aumentar a sua produção de vegetais muito rapidamente.

• Os dados da Tabela a seguir correspondem a um crescimento anual de 38 por cento durante os oito anos considerados.

Tabela 1: Produção anual de vegetais em HavanaAno Milhares de toneladas

1997 20,71998 49,91999 62,62000 120,12001 132,22002 188,62003 253,82004 264,92005 272

Fonte: http://resistir.info/cuba/koont_agric_urb.html

Consumo Alimentar

Consumo alimentar no Brasil e no Mundo• Um estudo realizado pela consultoria

internacional McKinsey deu números ao que pode ser a ampliação do consumo brasileiro ao longo da década que vai até 2020.

• Neste período de dez anos, os gastos das famílias no país devem crescer em termos reais quase 40%. Em moeda constante, isso significa aumento de R$ 1,3 trilhão, para alcançar R$ 3,5 trilhões em 2020.

O Brasil deverá ser, então, o quinto mercado consumidor do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão e Alemanha.

Emergência no Nordeste

• Além de se distribuir mais pela pirâmide das cidades, o crescimento tende a se difundir geograficamente.

• O destaque continua a ser a emergência do Nordeste, a segunda região mais povoada no país, com 54 milhões de habitantes. No seu interior, onde vivem 20 milhões de pessoas, o avanço do consumo ocorre ao ritmo de 11% ao ano.

• Cidades como Juazeiro do Norte (CE) e Paulista (PE) são exemplos de uma nova potência. Pernambuco, aliás, sobressai como o estado em que o crescimento será mais forte: a previsão é que o consumo local triplique ao longo do período de 2010 a 2020. 

Obrigado!

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