procedimentos de segurança dentro dos itens controlados pelo
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
PAULO MARCELO HASS
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA DENTRO DOS ITENS
CONTROLADOS PELO PBQP-H
IMPLANTADOS EM UMA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL
ITENS 01 AO 10
PONTA GROSSA
2012
PAULO MARCELO HASS
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA DENTRO DOS ITENS
CONTROLADOS PELO PBQP-H
IMPLANTADOS EM UMA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL
ITENS 01 AO 10
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
parte dos requisitos para obtenção do título de
Especialista em Engenharia de Segurança do
Trabalho, à Universidade Estadual de Ponta Grossa,
Curso de Especialização em Engenharia de
Segurança do Trabalho.
Orientador: Prof. Dr. Carlos Luciano Sant’Ana Vargas
PONTA GROSSA
2012
RESUMO
Em um mercado cada vez mais exigente e competitivo, as construtoras vêm
buscando melhorar seus processos construtivos visando diminuir seus custos,
eliminar desperdícios, melhorar resultados operacionais em termos de ganhos de
produtividade e lucratividade. A implantação de um programa de qualidade requer
recursos humanos, materiais e financeiros. Por meio deles, é possível detectar
falhas e desperdícios no processo produtivo. Para tanto, as empresas contam com o
Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat. Este estudo tem como
objetivo apresentar os métodos utilizados para a execução dos serviços de mão de
obra e os procedimentos de segurança normatizados a serem seguidos. Para tal
serão apresentadas as fichas de verificação de serviços, elaboradas em função das
diretrizes preventivas de segurança descritas na NR 18, pertinentes aos
procedimentos de serviços controlados pelo Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade do Habitat (PBQP-H), itens 01 ao 10.
Palavras-Chave: PBQP-H, Segurança, Qualidade, Construção Civil.
SUMÁRIO
I LISTA DE QUADROS.............................................................................. 5
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 6
2 NORMA REGULAMENTADORA E PROGRAMA DE QUALIDADE....... 8
2.1 NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção................................................................................................
8
2.2 Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat
PBQP – H.................................................................................................
12
3 METODOLOGIA....................................................................................... 18
4 IMPLANTAÇÃO DO PBQP-H.................................................................. 19
5 DESCRIÇÃO E MÉTODO DE SEGURANÇA DOS SERVIÇOS
CONTROLADOS .....................................................................................
22
5.1 Compactação de Aterro ........................................................................... 22
5.2 Locação de Obra ..................................................................................... 24
5.3 Execução de Fundação ........................................................................... 25
5.4 Execução de Fôrmas ............................................................................... 27
5.5 Montagem de Armadura .......................................................................... 29
5.6 Concretagem de Peça Estrutural ............................................................. 32
5.7 Execução de Alvenaria Estrutural ............................................................ 37
5.8 Execução de Alvenaria Não Estrutural e de Divisória Leve .................... 40
5.9 Execução de Revestimento Interno de Área Seca .................................. 40
5.10 Execução de Revestimento Interno de Área Úmida ................................ 43
6 CONCLUSÃO ......................................................................................... 46
REFERÊNCIAS ...................................................................................... 47
APÊNDICE – Formulários ..................................................................... 48
5
LISTA DE QUADROS
QUADRO 01 - Compactação de aterro, riscos gerais de acidentes e seu controle.. 23
QUADRO 02 - Locação de obra, riscos gerais de acidentes e seu controle............. 25
QUADRO 03 - Execução de fundação, riscos gerais de acidentes e seu controle... 26
QUADRO 04 - Execução de fôrmas, riscos gerais de acidentes e seu controle....... 29
QUADRO 05 - Montagem de armadura, riscos gerais de acidentes e seu controle.. 31
QUADRO 06 - Concretagem de peça estrutural, riscos gerais de acidentes e seu controle..............................................................................................
36
QUADRO 07 - Execução de alvenaria estrutural, riscos gerais de acidentes e seu controle.................................................................................................
39
QUADRO 09 - Execução de alvenaria não estrutural e de divisória leve, riscos gerais de acidentes e seu controle.......................................................
42
QUADRO 10 - Execução de revestimento interno de área seca, riscos gerais de acidentes e seu controle......................................................................
45
6
1 - INTRODUÇÃO
A indústria da construção exerce um papel fundamental na economia do
país. Considerando os aspectos de segurança no trabalho, este setor encontra-se
como um dos mais deficitários, levando a altos índices de acidentes.
Nesse contexto, percebe-se a necessidade de criar e adaptar novas formas
de gerenciamento para a saúde e segurança no trabalho, de modo que as empresas
construtoras garantam sua sobrevivência em um mercado cada vez mais
competitivo, melhorando a qualidade de seus produtos e objetivando cumprir seu
papel socialmente responsável.
O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção (PCMAT), regulamentado por meio da NR 18, estabelece condições e
diretrizes de Segurança no Trabalho para obras e atividades relativas à construção
civil, porém vem sendo apresentado pelas empresas como forma de cumprimento da
legislação e não como forma de um programa de gestão de segurança ocupacional
para o controle de riscos ambientais de trabalho.
Pesquisadores apontam as principais falhas do PCMAT:
a) é considerado como uma atividade extra a gerentes, já que não é
ligado a atividades de gerenciamento da produção. A NR- 18 não requer sua
integração a outros planos, com exceção do planejamento do canteiro;
b) é normalmente elaborado por profissionais externos, que não trabalham
diretamente para a empresa, não envolvendo o sistema de produção e os
trabalhadores;
c) normalmente não é um plano detalhado; é produzido no começo da
fase de execução não sendo atualizado conforme a necessidade da produção;
d) raramente é feito o controle formal de implementação de PCMAT; e
e) enfatiza proteções físicas, negligenciando as ações gerenciais
necessárias para alcançar um ambiente de trabalho seguro.
Em função do exposto anteriormente, este trabalho apresenta uma proposta
de atrelar das diretrizes preventivas de segurança descritas na NR 18, pertinentes à
segurança do trabalho, aos procedimentos de serviços controlados utilizados no
processo de gestão de qualidade do Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade do Habitat (PBQP-H), em uma empresa de construção civil.
Desta forma, são apresentados os métodos utilizados para a execução dos
serviços de mão-de-obra, atendendo aos itens de 01 a 10 do PBQP-H, os
7
procedimentos de segurança normatizados pela NR-18, os riscos gerais de
acidentes e os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e os EPCs
(Equipamentos de Proteção Coletivas) a serem utilizados de acordo com a atividade
ou trabalho a ser executado.
No Capítulo 2, ―NORMA REGULAMENTADORA‖, é dada sequência ao
trabalho, apresentando as Disposições Gerais da Norma NR-18, e o ―PROGRAMA
BRASILEIRO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DO HABITAT‖, são mostrados o
conceito do programa, os objetivos, as aplicações, os benefícios e os serviços de
execução controlados.
No Capítulo 3, ―METODOLOGIA‖, apresenta-se a metodologia de coleta de
dados utilizada para elaboração do trabalho.
No Capítulo 4, ―IMPLANTAÇÃO DO PBQP-H‖, é feita a analise da
implantação do sistema de gestão da qualidade, abordando-se os motivos que
levaram a empresa a buscar a certificação.
No Capítulo 5, ―DESCRIÇÃO E MÉTODOS DE SEGURANÇA DOS
SERVIÇOS CONTROLADOS‖, são apresentados os métodos utilizados para a
execução dos serviços de mão de obra e os procedimentos de segurança
normatizados a serem seguidos para atender aos itens 1 a 10 do PBQP-H.
No Apêndice, são apresentadas as Fichas de Verificação de Serviços (FVS)
contendo os procedimentos de execução dos serviços controlados, os métodos de
segurança e os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) a serem utilizados nos
itens 01 a 10 dos serviços controlados.
8
2 – NORMA REGULAMENTADORA E PROGRAMA DE QUALIDADE
2.1 NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção
A Norma Regulamentadora 18 (NR 18), cujo título é ―Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção‖, estabelece diretrizes de ordem
administrativa, de planejamento e organização, com o objetivo de adotar
procedimentos de aspecto preventivo relacionados às condições de trabalho na
construção civil. A NR-18 tem sua existência jurídica assegurada, em nível de
legislação ordinária, através do inciso I do artigo 200 da CLT:
―Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições complementares às
normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada
atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre medidas de prevenção de
acidentes e os equipamentos de proteção individual em obras de construção,
demolição ou reparos.‖ Os comandos constantes da Norma Regulamentadora NR -
18 não se dirigem exclusivamente aos empregadores cujo objeto social é a
construção civil e que, portanto, enquadram-se nos Códigos de Atividade Específica
constantes do Quadro I da Norma Regulamentadora NR 4. As obrigações se
estendem aos empregadores que realizem atividades ou serviços de demolição,
reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de qualquer número de
pavimentos ou tipo de construção, de urbanização e paisagismo,
independentemente de seu objeto social. (BRASIL, 1977)
Após a alteração da Norma Regulamentadora 18 – NR-18 publicada em
Julho de 1995, passou-se a observar com senso mais crítico e sentiu-se que as
condições e o meio ambiente de trabalho vêm se apresentando consideravelmente
modificados, e para melhor, porém atingindo um patamar ainda aquém do
satisfatório. A NR-18 instituiu os Anexos I e II, com o objetivo de reunir dados para
traçar um panorama estatístico do setor da Construção Civil, frequentemente citado
como campeão de acidentes do trabalho, com mortes e lesões incapacitantes.
O Anexo I fornece dados sobre o acidente e o acidentado, e que são
fundamentais para os estudos que levarão às ações de prevenção, tanto do governo
quanto do empregado e do empregador. Ações nesse sentido diminuem os gastos,
9
principalmente a longo prazo, evitam desperdícios e possibilitam maior
produtividade.
O Anexo II da NR-18 é um formulário que precisa ser preenchido por todas
as empresas que se classificam nas atividades da indústria da construção, inclusive
aquelas sem mão de obra própria.
A primeira modificação da NR-18 se deu em 1983, tornando-a mais ampla. A
última grande reformulação ocorreu em 1995, quando a norma sofreu uma grande
evolução qualitativa, destacando-se principalmente a sua elaboração no formato
tripartite. Ao caráter tripartite somou-se a decisão de que todas as exigências fossem
aprovadas de forma consensual, resolvendo-se, através de concessões das partes,
eventuais impasses.
O órgão responsável pela verificação do cumprimento das Normas
Regulamentadoras é o Ministério do Trabalho e Emprego, através de médicos,
enfermeiros, engenheiros e técnicos lotados nas Delegacias Regionais de Trabalho
de todo o país. A ação antigamente era basicamente punitiva. Nos últimos anos a
atuação do TEN (Termo de Notificação) está centralizada na orientação, antes de
serem aplicadas as ações punitivas.
Se a empresa não corrige as irregularidades dentro dos prazos estipulados
no Termo de Notificação, ela é atuada pela infração e fica obrigada ao pagamento
de uma multa. Além disso, via de regra, o número de agentes de inspeção é
insuficiente para a demanda. De acordo com o Art. 156 da CLT, compete
especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição:
(BRASIL, 1977);
I. promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e
medicina do trabalho;
II. adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições
deste Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho,
se façam necessárias;
III. impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas
constantes deste Capítulo, nos termos do art. 201.
As mudanças frequentes das atividades desenvolvidas durante as várias
etapas da construção obrigam a fiscalizações periódicas, em curtos intervalos de
tempo, pois são comuns as modificações dos riscos. Isto tem causado algumas
dificuldades à fiscalização de Segurança e Medicina do Trabalho nas atividades de
10
construção. A inflação e a falta de preparo do trabalhador contribuíram para a
alteração do sistema até então vigente.
O acidente de trabalho passou a ser, por determinação constitucional, mais
um benefício previdenciário, além de ser mantida a responsabilidade indenizatória e
criminal do empregador. Adotou-se o risco social, passando o INSS a ser o órgão
autárquico encarregado do pagamento dos benefícios e auxílios acidentários. Em
função disso, maiores benefícios ocorreram para os empregados vitimados, que
passam a ter reabilitação profissional e assistência médica com maior elasticidade,
recebendo menos, porém por um período mais prolongado. Existe enorme legião de
inválidos, cadastrados junto à Previdência Social, além de quantidades
preocupantes de acidentes causadores de lesões súbitas e violentas, identificáveis
de imediato, como se constata em quedas de trabalhadores na construção civil, pelo
não cumprimento das normas de segurança das empresas de modo geral, em razão
da ineficácia e inoperância da fiscalização.
A NR-18, (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção), trata de todos os aspectos relacionados com os trabalhos executados
em serviços de construção civil. No entanto, como costuma suceder com as normas
e regulamentos de caráter exaustivo ou genérico, alguns aspectos são tratados com
pouca profundidade, equivocadamente, ou mesmo deixados completamente de lado.
O enfoque que a NR-18 dá ao problema da proteção contra quedas de altura se
resume à medida de proteção coletiva. Na área prevencionista a neutralização de
risco de acidentes se dá pela reformulação de um processo, pela adoção de EPC’s e
em último lugar pelo uso de EPI’s.
Lima Jr. (1995) lista uma série de novidades no novo texto da NR-18, entre
as quais se podem destacar as seguintes, em termos de avanços para a melhoria
das condições de segurança e saúde do trabalhador:
a) a introdução do PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção), visando formalizar as medidas de segurança
que devem ser implantadas no canteiro de obras;
b) a criação do CPN (Comitê Permanente Nacional) e do CPR (Comitê
Permanente Regional), com o intuito de avaliar e alterar a norma. a composição
destes comitês é feita através de grupos tripartite e paritários;
c) os RTP (Regulamentos Técnicos de Procedimentos), que têm o objetivo
de mostrar meios de como alguns itens da NR-18 podem ser implantados; estes
11
procedimentos não são de cumprimento obrigatório, podendo ser encarados como
sugestões;
d) estabelecimento de parâmetros mínimos para as áreas de vivência
(refeitórios, vestiários, alojamentos, instalações sanitárias, cozinhas, lavanderias e
áreas de lazer), a fim de que sejam garantidas condições mínimas de higiene e
segurança nesses locais;
e) exigência de treinamento em segurança, admissional e periódico;
f) desde 07/07/99 é obrigatória a instalação de elevador de passageiros em
obras com doze ou mais pavimentos, ou em obras com oito ou mais pavimentos cujo
canteiro possua pelo menos trinta trabalhadores.
A NR-18 é parte integrante de um conjunto mais amplo de iniciativas no
sentido de preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores, devendo estar
articulada com o disposto nas demais normas regulamentadoras.
12
2.2 - PROGRAMA BRASILEIRO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE NO
HABITAT (PBQP – H)
A construção civil recebeu um grande impulso com a criação do Programa
Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H), nos anos 1990. O
programa visa apoiar o esforço brasileiro de modernização, por meio da melhoria da
qualidade, do aumento da produtividade e da redução de custos na construção
habitacional.
O setor da construção civil, em parceria com o governo federal, busca
agrupar as experiências bem sucedidas na área da qualidade da construção civil, de
forma a trazer benefícios para empresas, governos e consumidores. Busca
proporcionar ganhos de eficiência, por meio de um conjunto de ações para a
qualificação de empresas de serviços e obras, produção de materiais e
componentes em conformidade com as normas técnicas, formação e requalificação
de recursos humanos, aperfeiçoamento da normalização técnica e melhoria da
qualidade de laboratórios (Ministério das Cidades/ PBQP-H, 2011).
Para entender para que serve o Programa Brasileiro de Qualidade e
Produtividade no Habitat (PBQP-H), é preciso entender a situação em que se
encontra a construção civil no Brasil. Para isto (Romano, 2003) descreve em seu
artigo que:
―O setor da construção civil no Brasil, apresenta algumas características que prejudicam sua evolução: baixa produtividade; ocorrência de graves problemas de qualidade de produtos intermediários e finais da cadeia produtiva, que geram elevados custos de correções e manutenção pós entrega; desestímulo ao uso mais intensivo de componentes industrializados devido à alta incidência de impostos; falta de conhecimento do mercado consumidor, no que se refere às necessidades do consumidor; e falta de capacitação técnica dos agentes da cadeia produtiva nas novas técnicas gerenciais‖.
Por isto também o país tem, historicamente, no setor de construção,
comparado com outros setores industriais, uma baixa evolução tecnológica, com
altos índices de desperdício de material e mão de obra, acarretando a baixa da
produtividade.
Com vista em todas estas situações, no ano de 1998 foi realizado o projeto
estratégico da indústria no Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade
(PBQP) lançado em 1990, o PBQP-H. O PBQP-H foi instituído em 18 de dezembro
13
de 1998, pelo Ministério do Planejamento e Orçamento. No ano de 2000 o PBQP-H
foi ampliado, passando a fazer parte do Plano Plurianual Avança Brasil (PPA) e
englobando as áreas de Saneamento, Infraestrutura e Transportes Urbanos. Assim,
o "H" do programa passou de "Habitação" para "Habitat", conceito mais amplo e que
reflete a nova área de atuação.
O programa visa desenvolver uma estrutura em que os recursos
tecnológicos são ferramentas de apoio à gestão. Esta modernização gerará a
oportunidade para que as empresas consigam o aumento da competitividade
apoiada na redução de desperdícios, melhor formação dos profissionais, adequação
às normas técnicas, além do acesso a projetos, materiais e componentes de melhor
qualidade. Possibilita ainda que a empresa se adapte às disposições do Código de
Defesa do Consumidor, evitando as penalidades previstas para empresas e
fornecedores que coloquem no mercado produtos em não conformidade com as
normas brasileiras.
―[...] envolver um conjunto de ações, entre as quais se destacam: avaliação da conformidade de empresas de serviços e obras, melhoria da qualidade de materiais, formação e requalificação de mão de obra, normalização técnica, capacitação de laboratórios, avaliação de tecnologias inovadoras, informação ao consumidor e promoção da comunicação entre os setores envolvidos. Dessa forma, espera-se o aumento da competitividade no setor, a melhoria da qualidade de produtos e serviços, a redução de custos e a otimização do uso dos recursos públicos.‖
(Ministério das Cidades/ PBQP-H, 2011).
Para melhor entendimento, a figura a seguir demonstra como o
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H) funciona:
Arranjo institucional
Fonte: Ministério das Cidades/ PBQP-H, 2008.
14
O objetivo geral do programa é organizar o setor da construção civil
melhorando a qualidade do habitat e a modernização dos processos construtivos,
elevando os patamares da qualidade e produtividade da construção civil, por meio
da criação e implantação de mecanismos de modernização tecnológica e gerencial.
Estão estabelecidos 10 objetivos específicos:
1 - universalizar o acesso à moradia, ampliando o estoque de moradias e
melhorando as existentes;
2 - fomentar o desenvolvimento e a implantação de instrumentos e
mecanismos de garantia da qualidade de projetos e obras;
3 - fomentar a garantia da qualidade de materiais, componentes e sistemas
construtivos;
4 - combater a não conformidade técnica intencional de materiais,
componentes e sistemas construtivos;
5 - estruturar e animar a criação de programas específicos visando à
formação e requalificação de mão de obra em todos os níveis;
6 - promover o aperfeiçoamento da estrutura de elaboração e difusão de
normas técnicas, códigos de práticas e códigos de edificações;
7 - coletar e disponibilizar informações do setor e do Programa;
8 - apoiar a introdução de inovações tecnológicas;
9 - promover a melhoria da qualidade de gestão nas diversas formas de
projetos e obras habitacionais;
10 - promover a articulação internacional com ênfase no Conesul.
(Ministério das cidades/ PBQP-H, 2011).
“A atuação governamental na área da qualidade da construção civil deixa de ser,
com o PBQP-H, uma ação impositiva ou normativa.O setor público passa a ter um
papel de indução, mobilização e sensibilização da cadeia produtiva, atuando em
parceria com o setor, entidades representativas, e agentes de fomento e
normalização. Em lugar de soluções impostas, tem-se buscado, com esse processo,
estabelecer metas e ações consensuadas pelas partes envolvidas, baseadas em um
diagnóstico conjunto feito pelo governo e o setor privado. Essa gestão
compartilhada tem potencializado a capacidade de resposta do programa na
implementação do desenvolvimento sustentável do habitat urbano.” (Ministério das Cidades/ PBQP-H, 2011).
Para ter uma visão geral de como as diversas organizações podem
participar tem-se: (Ministério das Cidades/ PBQP-H, 2011).
15
• fabricantes de materiais e componentes: atuam por meio de um Programa
Setorial de Qualidade (PSQ), que é elaborado, operacionalizado e acompanhado de
comum acordo pelo setor público e privado;
• empresas de serviços e obras: atuam por meio da participação no SiQ -
Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras, além do Acordo Setorial,
em que são definidos os prazos e metas para a qualificação das empresas em cada
unidade da Federação;
• setor público: atuam por meio de Termo de Adesão e Acordo Setorial
firmado entre os agentes da cadeia produtiva e o PBQP-Habitat, prevendo o
desenvolvimento de ações que integram o Programa;
• agentes financiadores e de fomento: pela participação em projetos que
busquem utilizar o poder de compra como indutor da melhoria da qualidade e
aumento da produtividade do setor da construção civil;
• agentes de fiscalização e de direito econômico: pela promoção da isonomia
competitiva do setor por meio de ações de combate à produção que não obedeça às
normas técnicas existentes e de estímulo à ampla divulgação e respeito ao Código
de Defesa do Consumidor.
A estruturação do PBQP-H foi baseada em projetos, a partir de um modelo
matricial. Cada projeto corresponde a um conjunto de ações que contribui
diretamente para o desenvolvimento do Programa, e busca solucionar um problema
específico na área da qualidade da construção civil. Alguns dos projetos são
considerados propulsores, enquanto outros foram inseridos como apoio, porém
todos têm uma função específica no processo, e se relacionam direta ou
indiretamente.
Cada projeto é desenvolvido pelo Governo Federal em conjunto com
especialistas, entidades do setor, consultores e setor privado, e tem um responsável
denominado Gerente do Projeto. Contam ainda com o apoio de um técnico da
Coordenação Geral e do GAT (Grupo de Assessoramento Técnico), que faz o papel
de facilitador do processo e é o responsável pela compatibilização das ações entre
projetos (Ministério das Cidades/ PBQP-H, 2011).
De acordo com o MINISTÉRIO DAS CIDADES - Secretaria Nacional de
Habitação (SNH), durante a implantação de um projeto ou de um programa de
qualidade surgirão algumas dificuldades nas etapas que o compõem. Cada serviço
16
dentro da filosofia do PBQP-H deve ser controlado em todas as suas fases, a fim de
padronizar os procedimentos de execução de todas as etapas construtivas.
Tem-se como serviços a serem controlados para atingir o nível mais elevado
de certificação:
Serviços preliminares:
1. Compactação de aterro;
2. Locação de obra.
Fundações:
3. Execução de fundação.
Estrutura:
4. Execução de fôrma;
5. Montagem de armadura;
6. Concretagem de peça estrutural;
7. Execução de alvenaria estrutural.
Vedações verticais:
8. Execução de alvenaria não estrutural e de divisória leve;
9. Execução de revestimento interno de área seca, incluindo produção de
argamassa em obra, quando aplicável;
10. Execução de revestimento interno de área úmida;
11. Execução de revestimento externo.
Vedações horizontais:
12. Execução de contrapiso;
13. Execução de revestimento de piso interno de área seca;
14. Execução de revestimento de piso interno de área úmida;
15. Execução de revestimento de piso externo;
16. Execução de forro;
17. Execução de impermeabilização;
18. Execução de cobertura em telhado (estrutura e telhamento).
17
Esquadrias:
19. Colocação de batente e porta;
20. Colocação de janela.
Pintura:
21. Execução de pintura interna;
22. Execução de pintura externa.
Sistemas prediais:
23. Execução de instalação elétrica;
24. Execução de instalação hidrossanitária;
25. Colocação de bancada, louça e metal sanitário.
18
3 - METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do trabalho, utilizou-se um trabalho de campo, com
coleta de dados tendo como ferramenta um check list de verificações, elaborados a
partir da norma que regulamenta as condições e o meio ambiente do trabalho na
indústria da construção, além de entrevistas realizadas com profissionais no canteiro
de obras.
A elaboração da lista de verificações a ser aplicada no canteiro de obras teve
como objetivo principal listar, da maneira mais abrangente possível, os itens da
norma NR 18 que se aplicam a cada procedimento verificado em relação aos
serviços controlados pelo PBQP-H.
Para tal, foram realizadas inspeções dos serviços em fases consideradas
críticas para o prosseguimento das etapas de produção. Essas inspeções auxiliaram
na elaboração da Descrição dos Serviços Controlados, FVS – Fichas de Verificação
de Serviços e descrição dos Itens de Segurança, nas quais são registrados os
resultados da inspeção, de modo a possibilitar a identificação da liberação ou não do
serviço para dar prosseguimento da etapa seguinte.
Com base nesses dados, procurou-se apresentar os procedimentos de
maneira clara e objetiva, abordando principalmente as características julgadas mais
importantes para a execução dos serviços e para a inspeção dos itens de
segurança. Buscando que tenham um caráter prático, porém, desenvolvidos com
base na NR 18.
Para que esse trabalho alcance o intuito de praticidade, desenvolveu-se um
sistema de documentos, com o qual se reduz ao mínimo a quantidade de
documentos impressos utilizados na obra. A descrição dos serviços controlados
encontra-se em forma eletrônica, disponível para consulta dos profissionais. A forma
de documentos impressos resume-se às Fichas de Verificação de Serviços (FVS),
com a grande maioria das informações necessárias para execução do procedimento
e verificação dos itens de segurança. Essas fichas deverão ser impressas e
disponibilizadas ao responsável por sua utilização, e posteriormente serão
transformadas em registros.
Isto permitirá a alimentação efetiva do sistema da qualidade e a composição
do arquivo da qualidade da obra, além de possibilitar um rastreamento caso ocorram
patologias construtivas.
19
4 - IMPLANTAÇÃO DO PBQP-H
Neste capitulo são apresentados os reflexos da implantação do sistema de
gestão da qualidade, abordando-se os motivos que levaram a empresa a buscar a
certificação, bem como os benefícios proporcionados à empresa.
4.1 Caracterização da empresa
O estudo de caso foi realizado numa empresa do ramo de construção civil,
localizada em Ponta Grossa, estado do Paraná, aqui denominada de Empresa X.
A Empresa X foi fundada em 2002, e no inicio prestava serviços de
saneamento. Com o tempo foi se aperfeiçoando, e atualmente sua principal
atividade é a construção de residências para o programa Minha Casa Minha Vida
(PMCMV), sempre buscando a qualidade dos empreendimentos.
A empresa possui em seu quadro cerca de 25 colaboradores, sendo 22
trabalhando na obra e 3 no escritório da empresa.
A estrutura organizacional da Empresa X pode ser constatada pelo
organograma a seguir. na Figura 3:
Organograma da Empresa X
Fonte: Setor de Qualidade da Empresa X
Comercial Engenharia Administrativo
Projetos
Obras
Financeiro
R. H. Venda de
imóveis
Compras
Direção
20
Dentro do setor de obras, há o encarregado geral, que é a pessoa
responsável por supervisionar as atividades especificas de determinada função.
Como exemplo dessa função tem-se que, para executar a parte inicial de uma obra
são necessários carpinteiros, e a orientação de como fazer o serviço será feita pelo
mestre dos carpinteiros. Caso ocorra alguma falha, ele será o responsável e saberá
quem executou o serviço devido ao planejamento da obra.
As atividades desempenhadas na obra são realizadas pelas seguintes
funções além dos mestres: carpinteiros, pedreiros, serventes de obras (auxiliares),
pintores, eletricistas, armadores, encanadores.
A empresa terceiriza o serviço de venda dos imóveis através de contrato de
intermediação de imóveis firmado com a imobiliária de sua escolha, seguindo os
critérios de qualificação e avaliação de fornecedores.
A imobiliária contratada é responsável pelo estande de vendas, apresentação
do imóvel ao cliente utilizando os recursos disponíveis que apresentem o produto
que está sendo comercializado.
A imobiliária é responsável pela coleta de informações cadastrais do cliente e
em caso de aprovação e concretização da venda, pela elaboração do recibo de sinal
e promessa de compra e posteriormente pela elaboração do compromisso de
compra e venda.
Modificações solicitadas posteriormente à compra deverão ser submetidas à
análise crítica pelo setor de obras, que informará ao cliente sobre a possibilidade de
executar ou não a solicitação, bem como os custos adicionais e a necessidade de
um aditivo contratual. Com o aceite do cliente, a área administrativa formaliza as
alterações contratuais.
O setor de finanças possui funcionários que exercem atividades de
pagamento a fornecedores e recebimentos dos imóveis vendidos.
Para executar a contabilidade a empresa dispõe de serviços terceirizados de
uma empresa de contabilidade e auditoria para prestar assessoria, a qual fica
responsável pela movimentação do setor.
4.2 Situação da empresa antes do Programa de Qualidade
Desde a fundação da Empresa X, as funções de tomada de decisão, como
administrar, comprar, organizar e gerenciar, eram realizadas pelo sócio
21
administrador. Não havia controles formais, informatizados ou documentados; todos
os procedimentos eram realizados de maneira informal e confiava-se sempre na
visão dessa pessoa.
A empresa não possuía controle de materiais aplicados e projetos, o que por
vezes ocasionava desperdícios e retrabalho, pois não se tinha conhecimento da
última versão do projeto para a obra.
Assim, alterações realizadas no projeto poderiam não ser repassadas para a
obra de maneira eficiente; muitas vezes executava-se o serviço e logo se verificava
que havia uma versão atualizada do projeto.
O setor de compras sempre foi de responsabilidade do sócio administrador
da empresa. Após algum tempo contratou-se um estagiário para executar compras
menores e orçamentos de forma documentada. Ficou então a cargo do sócio diretor
a negociação final e o fechamento do pedido, embora continuasse um processo não
informatizado e sem controle adequado de estoques.
4.3 Implantação do Programa de Qualidade
A Empresa X aderiu ao PBQP-H — Programa Brasileiro de Qualidade e
Produtividade no Habitat, no final do ano de 2011, contando com a consultoria da
instituição SEBRAE - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, em
empresas do ramo de construção civil, com a finalidade de conduzir e implantar as
ações advindas desse Programa.
Antes de iniciar a implantação do Programa de Qualidade na empresa, foi
realizado um diagnóstico, para avaliar a situação da mesma com relação à
qualidade. Este diagnóstico foi efetuado por um questionário aplicado à empresa
pelos consultores do SEBRAE, composto por perguntas direcionadas aos tipos de
controle adotados pela empresa nos seus processos produtivos e administrativos
como forma de garantir um produto final de qualidade.
Os fatores que mais contribuíram para a implantação do programa na
empresa foram:
a) exigência da Caixa Econômica Federal para realização de financiamentos,
tanto da parte da empresa quanto do cliente;
b) necessidade de melhoria nos processos administrativos e operacionais;
c) redução dos custos e desperdícios.
22
5 - DESCRIÇÃO E MÉTODO DE SEGURANÇA DOS SERVIÇOS CONTROLADOS
Nesse capítulo serão apresentados os métodos utilizados para a execução
dos serviços de mão de obra e os procedimentos de segurança normatizados a
serem seguidos para atender aos itens 1 a 10 do PBQP-H (Manual da Qualidade,
Empresa X, 2011).
5.1 COMPACTAÇÃO DE ATERRO
5.1.1 - Condições para início da execução do serviço
As superfícies a serem aterradas deverão ser previamente limpas, cuidando-
se para que nelas não haja nenhum tipo de vegetação, madeira ou qualquer outro
tipo de entulho.
5.1.2 - Execuções de aterro
Os trabalhos de aterro e reaterro terão de ser executados com material
escolhido - areia ou terra (nunca turfa nem argila orgânica) – isento de materiais
orgânicos, pedras ou entulhos.
O lançamento do aterro será executado em camadas sucessivas, com
espessura de no máximo 30 cm, devidamente molhadas e apiloadas, manual ou
mecanicamente, a fim de serem evitadas fendas, trincas e desníveis em virtude do
recalque nas camadas aterradas.
Na eventualidade de ser encontrado na área algum poço ou fossa sanitária
em desuso, deverá ser providenciado o seu preenchimento com terra limpa. No caso
de fossa séptica, deverão ser removidos todos os despejos orgânicos eventualmente
existentes antes do lançamento da terra.
Escalonar ou zonear praças de trabalho, em partes onde as três etapas do
trabalho de aterro não se atrapalhem: enquanto em uma praça é feito o
descarregamento de material, em outra está sendo espalhado na espessura prevista
para compactação e outra está sendo compactada.
Durante a execução do aterro as beiradas devem ser mantidas mais altas, o
que aumenta a segurança, as quais podem ser rapidamente removidas com tratores
e motoniveladoras.
Os trajetos dos equipamentos de transporte sobre o aterro devem permitir
uma descarga segura e boa compactação, com o mínimo de resistência ao
23
rolamento, que poderia provocar a paralisação de uma unidade transportadora.
Assim, esses trajetos devem ser continuamente reajustados de modo a nunca
passarem por uma praça de compactação ou espalhamento, por exemplo.
Compactar a camada nas proximidades dos elementos rígidos, tais como:
blocos, pilares e vigas, utilizando o socador manual.
5.1.3 - Riscos gerais de acidentes e seu controle
ATIVIDADES E OPERAÇÕES
PRINCIPAIS RISCOS
EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Remoção de vegetação arbustiva, com ferramentas manuais
Ataque de animais peçonhentos e ferimentos por ferramenta de limpeza
Retirar ou escorar solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza, quando for constatado comprometimento de sua estabilidade
Usar luvas de raspa de couro, botas cano longo
Escavação manual ou com máquina
Risco de desabamento.
Quedas em nível e em diferença de nível
Inalação de poeiras
Ruído
Usar capacete, bota de borracha com solado antiderrapante
Abafador de ruído, para o operador da máquina, se necessário
Máscara contra poeiras, quando houver excesso de poeira.
Pranchões (escorados horizontalmente se necessário em talude superiores a 1,20m)
Escadas de saída de emergência. Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas adjacentes devem ser escoradas
O material retirado deve ficar a distância superior à metade da profundidade, medida a partir da borda do talude.
Choques e atropelamentos de pessoas na obra provocados por máquinas
Risco de atropelamento
Risco de soterramento
Quedas em nível e em diferença de nível
Usar capacete, bota de borracha com solado antiderrapante
Abafador de ruído, para o operador da máquina, se necessário óculos de proteção para melhorar a visibilidade do operador
Dirigir com atenção e preventivamente evitando as manobras perigosas
Sinalizar os locais de trabalho com placas indicativas e de advertência e orientar os motoristas
Somente deve ser permitido o acesso à obra de terraplanagem de pessoas autorizadas
Partes móveis de máquinas e equipamentos de movimentação de terra devem ser protegidos do contato de pessoas
O operador de máquinas não deve carregar terra ou material, de maneira que impeça a sua visibilidade
Realizar, periodicamente manutenção preventiva e corretiva nas máquinas.
QUADRO 01 – Compactação de aterro, riscos gerais de acidentes e seu controle Fonte: Manual da Qualidade Empresa X
24
5.2 LOCAÇÃO DE OBRA
5.2.1 - Condições para início da Execução do Serviço
O terreno deve estar limpo e arrasado até as cotas definidas para execução
das fundações.
5.2.2 - Execução da Locação
Definir a referência do nível (RN) da obra e a referência pela qual será feita a
locação da obra, que poderá ser uma lateral alinhada do terreno ou um ponto locado
por topografia.
Executar o gabarito, que consiste em um polígono com os lados que
envolvem a obra. Além da garantia de esquadro, seus lados devem ser alinhados e
nivelados. Quando o terreno apresentar um caimento elevado, o gabarito poderá ser
feito em degraus, mas sempre em perfeito nível, esquadro e alinhamento.
O gabarito deve ser materializado com a fixação de pontaletes no solo,
faceando sempre o mesmo lado da linha de náilon, e espaçado no máximo 2 m um
do outro. Na face interna dos pontaletes pregar tábuas de 15 cm. Na parte superior
do gabarito travar o mesmo com tábuas de 10 ou 15 cm para locação dos eixos.
Verificar o esquadro de todos os cantos por triangulação com medidas de 3 m,4 m,e
5 m ou seus múltiplos maiores possíveis. Travar o gabarito com mãos francesas e
prever contraventamento em alguns pontos estratégicos, a fim de assegurar a
perfeita imobilidade do conjunto. Pintar o gabarito com tinta PVA na cor branca.
Abaixo dos eixos principais deve-se gravar um testemunho em concreto com
uma barra de ferro tipo ―U‖ de 12,5 mm ou superior.
Usar uma tabela para marcação com as coordenadas dos pilares em relação
aos eixos. Marcar o gabarito de acordo com a tabela, a partir dos eixos, utilizando
trena metálica, esquadro e lápis de carpinteiro. Nos eixos marcados fixar dois pregos
de 13 x 15 ou 15 x 15. Conferir o esquadro, o alinhamento e o nível do gabarito.
Pintar o nome dos pilares correspondentes aos seus eixos, utilizando tinta esmalte
sintético colorido ou giz de cera vermelho.
Esticar o arame ou linha de náilon pelos dois eixos do elemento estrutural a
ser locado. O cruzamento destes definirá a posição do elemento estrutural no
terreno. Para elementos com seção circular, descer um prumo pelo centro do
elemento.
25
5.2.3 - Riscos gerais de acidentes e seu controle
ATIVIDADES E OPERAÇÕES
PRINCIPAIS RISCOS EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Cravação de estacas (equipamento: golpe de martelo)
Risco de contusões, traumas e lesões
Utilizar óculos de proteção, luvas de raspa, botinas de segurança
Utilizar as Luvas, bem como, os demais EPI(s)
Estacas
Risco de ferimentos com as estacas ou arranques desprotegidos
Equipamentos rotineiros de proteção individual
Proteger as pontas das estacas e vergalhões (arranques)
Abertura de valas Risco de soterramento
Utilizar pranchões escorados horizontalmente
QUADRO 02 – Locação de obras, riscos gerais de acidentes e seu controle Fonte: Manual da Qualidade Empresa X
5.3 EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES
5.3.1 - Condições para início do serviço
O gabarito da obra deve estar pronto, totalmente conferido e as passagens
para pessoas e equipamentos executadas.
Escavação pronta até a cota do solo de apoio.
A armadura e forma da fundação que será escavada deverão estar prontas.
5.3.2 - Execução
5.3.2.1 - Fundações diretas por sapatas e blocos
Aprovado o solo de apoio sob cada sapata ou bloco, será previamente
lançada uma camada de base de concreto não estrutural (magro) com 100 mm de
espessura mínima, não sendo aceitável um lastro de pedra britada.
Na confecção do concreto estrutural utilizar o PES para locação, montagem
de armaduras e concretagem com concreto usinado.
Antes da concretagem da fundação serão conferidos rigorosamente seus
eixos e dimensões. Especial atenção deve ser dada às fundações próximas de
poços de elevadores, para que não haja interferência nos mesmos.
Alguns cuidados específicos são importantes para evitar danos durante a
execução, como por exemplo: evitar afofar ou encharcar o terreno de apoio das
26
sapatas; garantir o adequado apiloamento e/ou agulhamento com brita do solo na
base de apoio sempre que se tratar de solos arenosos fofos ou argilosos porosos.
Evitar desbarrancamentos laterais, contaminação do concreto com o solo e
garantir boas condições de cura do concreto.
5.3.2.2 - Fundações profundas por tubulões
Aprovado o solo de apoio na base do tubulão, a concretagem é feita
diretamente contra o solo, sem a presença de fôrmas.
É necessário um especial cuidado no lançamento e adensamento do
concreto para evitar a ocorrência de desbarrancamentos das paredes da escavação,
sob o risco de ocorrer contaminação do concreto fresco pelo solo desbarrancado.
No restante o controle de obra será feito pelo PES referente à locação,
montagem de armaduras e concretagem com concreto usinado.
Antes da concretagem serão conferidos rigorosamente seus eixos,
dimensões e a verticalidade do tubulão.
Para tubulões revestidos com camisas de concreto armado ou de aço, é
necessário realizar outro PES ou contratar empresas especializadas.
Fundações profundas por estacas não são realizadas por esta construtora.
5.3.3 - Riscos gerais de acidentes e seu controle
ATIVIDADES E OPERAÇÕES
PRINCIPAIS RISCOS EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Cravação de estacas (equipamento: golpe de martelo por gravidade)
Risco de estouro da estaca, podendo atingir aos trabalhadores
Ruído por impacto
Utilizar abafador de ruídos, luvas de raspa, botinas de segurança
Cuidado com cabos elétricos aéreos, evitar contato com o braço da máquina. Devem ficar no tambor do cabo do pilão, seis voltas. O operador do equipamento deve ser
qualificado
Arranques
Risco de ferimentos (eventuais cortes por ferro) com as esperas ou arranques desprotegidos
Equipamentos rotineiros de proteção individual
Proteger as pontas dos vergalhões (arranques)
Abertura de valas Risco de soterramento Utilizar pranchões
escorados horizontalmente
QUADRO 03 – Execução de fundações, riscos gerais de acidentes e seu controle Fonte: Manual da Qualidade Empresa X
27
5.4 EXECUÇÃO DE FÔRMAS
5.4.1 - Condições para inicio da fabricação das fôrmas
Central de fôrmas montada, com todos os equipamentos instalados.
5.4.2 - Fabricação de Fôrmas
Medir todas as peças. Cortar e estruturar os painéis procurando fazer o
máximo aproveitamento no corte.
Identificar os painéis com a numeração prevista no projeto, em local visível.
Eventuais furos nos painéis devem ser executados preferencialmente da face interna
da forma em direção à face externa, com broca de aço rápido para madeira.
Estocar os painéis em área limpa, arejada e protegida da ação do sol e da
chuva. A estocagem deve ser feita sobre pontaletes de madeira deitados. Também é
importante a separação e a organização dos painéis de pilares, vigas e lajes, de
maneira a facilitar o início da montagem.
Os topos de chapas devem ser selados com tinta à base de borracha clorada
ou esmalte sintético, tão logo as peças sejam serradas na bancada.
Atentar para o corte das peças observando as dimensões do projeto.
Manter a central de produção constantemente limpa e organizada,
removendo as sobras de material e verificando o funcionamento e a conservação de
ferramentas e equipamentos.
5.4.3 - Execução da Montagem das Fôrmas
Marcar os eixos de referência e fazer a locação dos gastalhos no dia seguinte
à concretagem. A locação dos gastalhos e eixos principais deve ser liberada pelo
engenheiro da obra, em conjunto com o mestre.
Montar os painéis dos pilares, fazendo seu fechamento com utilização das
barras de ancoragem. Após o fechamento, prumar os pilares utilizando cantoneiras
metálicas ou prumador metálico. Transferir o nível de referência para os pilares
localizando-o a uma altura entre 1,00 m a 1,70 m.
28
Colocar o fundo das vigas apoiados em escoras metálicas reguláveis
utilizando-se do nível de referência localizado nos pilares. Logo após fazer o
fechamento das laterais das vigas.
Colocar e montar as escoras e as longarinas da laje. Utilizar o nível de
referência localizado nos pilares. Colocar os barroteamentos transversais às
longarinas para receber os compensados. Para lajes dos subsolos e térreo pode-se
dispensar os compensados. Conferir o nivelamento das fôrmas com linha de náilon
ou nível alemão colocados na parte inferior da fôrma.
Alinhar e travar as laterais das vigas com barras de ancoragem.
Verificar o esquadro da laje através de medidas diagonais. Passar
desmoldante em toda superfície da fôrma. Fixar na fôrma de laje os gabaritos de
furação elétrica e hidráulica.
5.4.4 - Procedimento para desforma
A desforma começa pelos pilares, soltando-se as barras de ancoragem
através das chaves de boca ou estrela.
Retirar os painéis, desprendendo-os por intermédio de cunhas. Manusear as
peças com cuidado para não danificar as fôrmas.
Painéis de maiores dimensões e principalmente pilares de canto podem ser
preservados amarrando-os com cordas para evitar eventuais choques ou quedas.
Retirar as mangueiras para reaproveitamento posterior (quando possível).
Em seguida, desformar as laterais das vigas soltando as barras de
ancoragem.
As escoras que apóiam o fundo da viga permanecerão para servirem de re-
escoramento e somente serão retiradas 7 dias após a concretagem da laje superior
(tempo mínimo de desforma)
Retirar as escoras e barroteamento da laje afrouxando as escoras para retirar
as longarinas, os compensados e as formas plásticas.
Podem ser usados também andaimes para retirada das fôrmas plásticas.
Não é permitido o uso de ferramentas metálicas na retirada das fôrmas
plásticas.
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5.4.5 - Riscos gerais de acidentes e seu controle
ATIVIDADES E OPERAÇÕES
PRINCIPAIS RISCOS EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Confecção das fôrmas
Contusões nas mãos (martelo), cortes severos nas mãos, partículas nos olhos, barulho pela serra circular (100dB(A))
Protetor facial ou óculos de segurança, abafador de ruído. Não confeccionar cunhas com madeiras menores de 30 cm
Proteções no disco da serra, proteções frontal e posterior da mesa, extintor do tipo PQS .
Montagem das fôrmas
Quando da montagem dos pilares ou vigas externas (periferia de laje), existe o risco de quedas em diferença de nível assim como, quando do lançamento de fundos de viga a partir da cabeça dos pilares
Cinto de Segurança tipo paraquedista
Plataforma de proteção em balanço, na 2º laje (fixa) e posteriormente de três em três lajes (móvel)
Para a montagem de pilares externos engatar o cinto de segurança no grampo de segurança
Desmontagem das fôrmas
Ao realizar a desforma pelos pilares, soltando-se os tensores, existe o risco de quedas em nível e diferença de nível, assim como a queda de objetos para dentro e fora dos limites do empreendimento.
Risco de ferimentos por pregos das madeiras
Contusões nas mãos Detritos nos olhos
Utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, botina de segurança, luvas de raspa de couro, óculos de segurança
Manter o local organizado e livre de entulhos
Retirar ou rebater pregos das madeiras da desfôrma
Plataforma de proteção fixa em balanço na 2º laje (fixa) e posteriormente de três em três lajes (móvel)
QUADRO 04 – Execução de fôrmas, riscos gerais de acidentes e seu controle Fonte: Manual da Qualidade Empresa X
5.5 MONTAGEM DE ARMADURA
5.5.1 - Condições para início do serviço:
Os gabaritos devem estar executados.
5.5.2 - Corte e dobra
Montar, no início da obra, uma bancada de armador principal, constituída por
pranchões de madeira apoiados sobre cavaletes e provida dos equipamentos
necessários à preparação de armadura.
30
Cortar os fios e as barras de aço na bancada, seguindo as orientações e
dimensões constantes no projeto de armação.
De modo a racionalizar esse serviço e minimizar as perdas de material, deve
existir um plano de corte previamente elaborado, principalmente no caso de barras
com diâmetro acima de 10 mm.
Dobrar as pontas em ―L‖ ou em forma de gancho, sempre de acordo com as
orientações e dimensões do projeto.
Observar ainda, para efeito de corte, os transpasses e arranques mínimos em
vigas e pilares, que devem ser seguidos conforme projeto.
Transportar as peças até o local de aplicação, procurando posicioná-las nos
seus devidos lugares.
Peças grandes ou pesadas podem ser montadas em duas ou mais etapas.
5.5.3 – Montagem de armaduras de pilares e vigas
Posicionar as barras das pontas, colocando todos os estribos, fixando
somente os das extremidades.
Em seguida posicionar as demais barras e amarrá-las aos estribos.
Conferir os espaçamentos e o número de barras longitudinais e estribos.
Posicionar na fôrma as peças já montadas, evitando ao máximo choque na
armadura com os painéis, de modo a prolongar sua vida útil.
Colocar um estribo no topo das armaduras dos pilares e outro na altura da
laje, garantindo a posição das barras longitudinais.
Obs: Garantir sempre o acesso do vibrador em regiões com
congestionamento de ferragens, verificando a posição e a distância entre as barras.
Verificar se o cobrimento mínimo das armaduras está suficiente,
principalmente no cruzamento entre pilares e vigas.
5.5.4 - Montagem de armaduras de laje
Posicionar as barras da armadura principal. Em seguida, posicionar as barras
da armadura secundária. Amarrar os nós alternadamente. Posicionar as barras da
armadura negativa, amarrando-as à armadura das vigas.
Utilizar espaçadores, de modo a garantir o recobrimento mínimo do concreto
sobre a armadura.
31
Havendo balanços ou pontos em que a armadura negativa é notoriamente
importante, deve-se ter atenção redobrada quanto ao posicionamento de
caranguejos e calços.
Também é necessário cuidar para que o contorno dos furos das instalações
seja reforçado.
5.5.5 - Liberação do Serviço
Após o término do serviço de montagem, o engenheiro ou mestre da obra
deve conferir os seguintes pontos:
Se a montagem de pilares, vigas e lajes obedecem rigorosamente ao projeto
no que se refere a bitolas, número de barras, espaçamentos, cobrimentos mínimos e
posicionamento da armadura de lajes.
A correta amarração dos estribos, principalmente em vigas junto às barras
longitudinais inferiores.
A liberação do serviço deve ser feita somente pelo engenheiro ou mestre da
obra.
5.5.6 - Riscos gerais de acidentes e seu controle
ATIVIDADES E OPERAÇÕES
PRINCIPAIS RISCOS EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Confecção e montagem: Armação de ferro disco de corte lixadeira para concreto
Ferimento nas mãos Detritos nos olhos
poeiras Quedas em nível Ruído
Luvas de raspa, máscara contra poeiras, óculos ampla visão
Protetor auricular
Proteções no policorte, coifa e partes móveis
Deve ficar instalado a policorte sob cobertura
Transporte: da bancada ao local de montagem ou colocação definitiva
Problemas de postura, principalmente quando há transporte nos ombros das armaduras prontas
Ombreiras, luvas de raspa, botina (preferencialmente com ponta de aço)
Montagem na Laje trabalhos em periferia de laje com altura superior a 2 metros do nível do solo
Queda em diferença de nível
Cinto de segurança tipo paraquedista
QUADRO 05 – Montagem de armaduras, riscos gerais de acidentes e seu controle Fonte: Manual da Qualidade Empresa X
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5.6 CONCRETAGEM DE PEÇA ESTRUTURAL
5.6.1 - Condições para início do serviço
O concreto do pavimento inferior deve estar liberado, a fim de assegurar que
o carregamento da nova concretagem não comprometa a estrutura subjacente,
atentando-se para o reescoramento dos pavimentos inferiores.
As fôrmas devem estar executadas e limpas, com desmoldante aplicados e
eixos verificados.
Os pés dos pilares devem estar tamponados entre a fôrma e o gastalho, para
evitar o escorrimento da nata proveniente da concretagem.
As armaduras precisam estar posicionadas e conferidas, com espaçadores
instalados.
As proteções de periferia devem ser instaladas no perímetro da área a ser
concretada, de modo a garantir a segurança dos empregados da obra.
Todos os equipamentos e a equipe de trabalho devem estar dimensionados,
considerando tempo de ciclo do transporte horizontal inferior e superior, e do
transporte vertical.
O posicionamento, a quantidade e a altura das mestras devem ser
verificados.
O controle tecnológico deve ser programado, prevendo-se um moldador para
a obra.
As instalações elétricas e os equipamentos devem ser testados antes do
inicio da concretagem.
Os gabaritos e as furação para instalações devem ser conferidos.
Os ganchos para fixação posterior de bandejas de proteção e amarração de
torres de guincho, grua e/ou tubulação de concreto devem ser colocados.
Os eletrodutos devem estar posicionados e amarrados à armadura positiva
da laje.
5.6.2 - Transporte de concreto
A – Com guincho e gericas
- O uso de gericas requer alguns cuidados importantes:
- É preciso molhá-las antes da concretagem e lavá-las ao término do serviço,
mantendo-as constantemente limpas para evitar acúmulo de concreto ou argamassa
aderida.
33
- O eixo das rodas deve ser engraxado semanalmente.
- Não se deve colocar peso em excesso sobre as gericas.
- Nunca descer em queda livre e evitar freadas bruscas.
- Engraxar roldanas e trilhos da torre e verificar o estado do freio
periodicamente.
- Prever correntes e cadeados para impedir o uso do guincho em horários
inadequados ou sem a presença do guincheiro qualificado.
- Acompanhar semanalmente a manutenção preventiva do equipamento,
anotando as ocorrências.
- Também é indispensável a observação de todas as exigências da NR 18 no
tocante à guinchos.
- Atentar para o travamento adequado das gericas ou dos carrinhos de mão
dentro da cabine do guincho durante o transporte vertical.
B – Com grua
- Delimitar e sinalizar a área sob a movimentação da carga, não permitindo a
circulação ou permanência de pessoas nessa região.
- Molhar a caçamba antes da concretagem e lava – lá ao término do serviço,
mantendo-a constantemente limpa para evitar acúmulo de concreto ou argamassa
aderida.
- Acompanhar semanalmente a manutenção preventiva, anotando as
ocorrências.
- Também é indispensável à observação de todas as exigências da NR 18
quanto a gruas.
C – Por bombeamento
Assegurar que o diâmetro interno do tubo seja maior que o triplo do diâmetro
máximo do agregado graúdo.
Posicionar os caminhos para locomoção de pessoas sobre a laje.
Lubrificar a tubulação com argamassa fluida ou nata de cimento.
Alocar dois ou quatro homens para segurar a extremidade da tubulação.
D – Por meio de caminhão – lança
Assegurar que a lança atinja todos os pontos de concretagem;
Que as redes públicas de eletricidade e telefonia permitam a mobilidade
segura da lança e que a tubulação do caminhão se encontre devidamente lubrificada
com argamassa.
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Um homem seja suficiente para segurar a extremidade da tubulação.
5.6.3 - Lançamento do concreto
Molhar as fôrmas abundantemente antes da concretagem, a fim de impedir
que as peças sofram qualquer tipo de contaminação durante a concretagem,
provocada por sujeira ou pela queda de materiais.
Eliminar os principais focos (barro dos pés dos operários, deslizamento de
terra, queda de entulhos de pavimentos superiores, entre outros).
Prever uma equipe de apoio, composta por: um armador para manutenção
das armaduras, um eletricista para verificação da integridade das tubulações e
caixas elétricas, um carpinteiro por frente de concretagem, trabalhando sob as
fôrmas, verificando a sua integridade.
Lançar o concreto tomando o cuidado de não formar grandes acúmulos de
material em um ponto isolado da fôrma.
Atentar também para o fato de que o concreto deve ser lançado logo após o
batimento, não sendo permitido um intervalo superior a uma hora entre o fim da
mistura e o lançamento, respeitando-se sempre o limite de duas horas e trinta
minutos entre a saída do caminhão da usina e o lançamento. O mesmo é válido em
interrupções envolvendo concreto já lançado e adensado e concreto novo. Havendo
necessidade de um intervalo maior, deve-se especificar um aditivo retardador de
pega, tomando-se os devidos cuidados que esse material exigir.
Espalhar o concreto com auxílio de pás e enxadas.
No caso de pilares, deve-se lançar imediatamente antes da concretagem uma
camada de argamassa de cimento e areia com traço 1:3, em quantidade suficiente
para impregnar a fôrma e a armadura, garantindo um pequeno colchão de
argamassa no pé do pilar.
Para lajes, sarrafear o concreto com uma régua de alumínio tomando o nível
das mestras como referência. Quando necessário, o desempeno deve ser feito com
madeira, atentando-se para o acabamento junto à interferências e gabaritos.
Obs: Em caso de chuva intensa, interromper imediatamente a concretagem e
proteger o trecho já concretado com lona plástica.
35
5.6.4 - Adensamento do concreto
Introduzir e retirar a agulha lentamente (o vibrador deve penetrar no concreto
por si só), de modo que a cavidade formada se feche naturalmente. Em geral 15
segundos são suficientes para adensar a área em que a agulha está imersa. Não é
aconselhável produzir uma vibração além da necessária, pois a permanência
excessiva do vibrador imerso poderá causar segregação do concreto. Várias
incisões, mais próximas e por menos tempo, produzem melhores resultados.
Para o correto adensamento do concreto dos pilares, ou de outras peças de
grande altura, a espessura da camada de vibração deverá ser aproximadamente
igual a três quartos do comprimento da agulha, de modo que esta penetre na
camada imediatamente inferior, homogeneizando a peça.
Evitar o contato da agulha do vibrador com as fôrmas.
Não vibrar o concreto pela armadura, bem como não desligar o vibrador
enquanto ele estiver imerso no concreto.
No que diz respeito aos equipamentos são recomendados os seguintes
cuidados:
- não puxar o motor pelo mangote ou pelo cabo elétrico;
- não usar o vibrador como alavanca, martelo ou para transportar o concreto;
- não lubrificar internamente a agulha do vibrador;
- dar especial atenção ao isolamento dos cabos e dos motores, à ligação dos
vibradores em tomadas específicas e aterradas.
- terminando o trabalho, limpar os materiais e equipamentos em local que não
interfira na qualidade das peças concretadas.
5.6.5 - Cura do Concreto
Iniciar a cura úmida, tão logo a superfície permita (secagem ao tato).
Manter a aspersão de água por um período de três dias consecutivos, em
intervalos de tempo suficiente para que a superfície da peça permaneça úmida.
Evitar o trânsito de pessoas ou impactos fortes sobre as peças recém –
concretadas, pelo menos nas primeiras 12 horas.
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5.6.6 - Riscos gerais de acidentes e seu controle
ATIVIDADES E OPERAÇÕES
PRINCIPAIS RISCOS EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Concretagem geral, ponta do mangote, adensamento do . concreto
Queda em diferença de nível, estouro do mangote, respingos do concreto, queda e choque elétrico
Ruído
Cinto de segurança, bota de borracha, óculos ou protetor facial, sobrecalça de PVC
Protetor auricular
Guarda-corpo, plataforma de proteção em balanço, na 2º laje (fixa) e depois de três em três lajes (móveis)
Grampo de segurança deve ser colocado próximo aos arranques de periferia
A fiação elétrica deve estar devidamente isolada
Concretagem em periferia de laje e recebimento de gericas na mesa do guincho de carga
Quedas em diferença de nível e em nível. Queda no poço do elevador
Impacto da mesa de elevador em parte do corpo de trabalhador imprudente
Cinto de segurança e os demais necessários
Supervisionar a equipe de carga e descarga do guincho, para evitar que coloquem a cabeça dentro da torre do elevador
Guarda-corpo, plataforma de proteção em balanço, na 2º laje (fixa) posteriormente de três em três lajes (móveis)
Operações de bombeamento, e manobra da betoneira (na rua)
Risco de atropelamento, durante as operações de estacionamento, descarga e saída doa betoneira
O operário que irá dirigir as operações para o estacionamento utilizará colete com pintura refletiva
A testada da rua será sinalizada por meio de cones, fita zebrada e cavaletes.
Atenção redobrada com terceiros.
As áreas de acesso desde a descarga do concreto até o guincho estarão desobstruídas e regularizadas
Transporte de concreto por guincho de carga e gericas
Queda em diferença de nível (principalmente ao poço do elevador).
Queda em nível
A equipe de descarga (retirada das gericas da mesa do guincho) deverá utilizar cinto de segurança, quando estiverem próximos ao ponto de descarga.
QUADRO 06 – Concretagem de peça estrutural, riscos gerais de acidentes e seu controle Fonte: Manual da Qualidade Empresa X
37
5.7 EXECUÇÃO DE ALVENARIA ESTRUTURAL
5.7.1 - Condições para início da execução da alvenaria
A região que for receber a primeira fiada deverá estar limpa e varrida, as
guias metálicas e todos os materiais e ferramentas necessários também deverão
estar limpos e próximos do local.
5.7.2 - Chapisco no encontro da alvenaria com a estrutura
As faces da estrutura em contato com a alvenaria deverão receber chapisco
(1:3) rolado com argamassa de cimento e areia, aditivada com resina PVA (cola
branca).
TRAÇO DO CHAPISCO ROLADO: 1 saco de cimento, 3 carrinhos de areia, 1
litro de cola e 9 litros de água. (aprox.)
Iniciar o preparo da base removendo sujeiras, tais como materiais
pulverulentos, graxas, óleos, desmoldante, fungos, musgos e eflorescências.
Molhar as superfícies antes da aplicação do chapisco.
Cobrir a base, de forma que sua textura final resulte numa superfície rugosa,
aderente, resistente e contínua.
Remisturar a argamassa constantemente para evitar a decantação da areia.
5.7.3 - Marcação.
Transferir os eixos principais do edifício para o pavimento de trabalho.
Transferir o nível de referência para pavimento.
Varrer a poeira e molhar levemente a base.
Assentar os tijolos de marcação utilizando os eixos de referência e medidas
do projeto executivo e com a mesma argamassa da alvenaria.
Os tijolos de marcação devem ficar nivelados e alinhados.
Os tijolos de marcação devem ser executados em toda a área do pavimento,
para sanar duvidas quanto às dimensões estabelecidas no projeto.
Levar em consideração o alinhamento e o prumo da marcação.
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5.7.4 - Taliscamento
Taliscar a fiada de marcação a partir do eixo de referência definindo a
espessura final do reboco; considerar a largura dos batentes e locais
impermeabilizados.
Espessura mínima do reboco de 5 mm.
Deve ser utilizado para execução o prumo, esquadro, linha.
5.7.5 - Ancoragem da alvenaria nos pilares periféricos
OPÇÃO 1: TELA METÁLICA
Galgar a alvenaria e fixar telas de ancoragem a cada 2 ou 3 fiadas de tijolos.
Observar para que o pino de fixação fique rente à dobra da tela e no nível da
camada de argamassa de assentamento/ancoragem.
A tela deve estar dobrada num ângulo de aproximadamente 90º.
OPÇÃO 2: FERRO CABELO
Devem ser deixados fixados na estrutura de concreto ferro de ancoragem na
bitola de 4,2 mm a 6,3 mm, devidamente grauteados com produto à base epóxi, a
cada 2 ou 3 fiadas de tijolos
5.7.6 - Alvenaria
Iniciar os serviços pelas paredes periféricas (segurança);
Posicionar a guia metálica nos extremos das paredes como referência da
altura das fiadas e prumo.
A alvenaria devem estar com juntas em amarração.
Deixar juntas da última fiada (encontro com viga ou laje) sem preencher (de 2
a 3 cm), a serem preenchidas com argamassa nas faces interna e externa.
Retirar as rebarbas de massa.
Deixar as juntas de argamassa uniforme.
Todas as paredes externas deverão ser fixadas provisoriamente com pontos
de argamassa de assentamento (pelo menos um ponto a cada 1,5 m), até a
execução da junta de fixação no fundo da viga.
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5.7.7 - Preenchimento de juntas verticais
As juntas verticais nos encontros das paredes com os pilares deverão ser
bem preenchidas com argamassa; observar para que fiquem no mínimo com 1 cm
de espessura.
As juntas verticais devem ser preenchidas nos seguintes casos:
Fiadas de marcação (recomendado).
Blocos em contato com pilares e a junta vertical seguinte.
Paredes externas e paredes que dividem apartamentos.
5.7.8 - Aberturas
Nos vãos de portas, janelas e caixas de ar condicionado, manter as
medidas definidas no projeto.
Instalar vergas e contravergas (janelas e caixas de ar condicionado) e vergas
(portas) utilizando o nível de referência do pavimento.
Fazer com que a verga e a contraverga ultrapassem no mínimo 20 cm para
cada lado do vão da abertura onde esta sendo instalada.
5.7.9 - Riscos gerais de acidentes e seu controle
ATIVIDADES E OPERAÇÕES
PRINCIPAIS RISCOS EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Preparo de massa Queima de cal
Irritações para os olhos Óculos de proteção
Marcação de alvenaria de vedação
Risco de ferimento por pregos.
Risco de queda em diferença de nível (ao realizar a vedação de periferia),
Queda de materiais sobre membros inferiores durante o transporte dos tijolos
Assegurar a limpeza do andar (remover gastalhos, pregos da estrutura, aços de amarração de pilares e vigas, poeiras e materiais soltos)
Realizar o transporte dos blocos (tijolos) de forma segura
Utilizar botina de segurança
Cinto de segurança tipo paraquedista em periferia de laje
Plataforma de proteção inferior
Tela de proteção entre as plataformas
Assentamento dos blocos (tijolos)
Queda das paredes levantadas recém concluídas.
Pode acontecer reação alérgica dermatológica pelo uso da massa
Luvas de látex
As paredes levantadas devem ser fixadas firmemente por meio de cunhas ou bisnaga.
QUADRO 07 – Execução de alvenaria estrutural, riscos gerais de acidentes e seu controle Fonte: Manual da Qualidade Empresa X
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5.8 EXECUÇÃO DE ALVENARIA NÃO ESTRUTURAL E DIVISÓRIA LEVE
5.8.1 – Idem 5.7 (pág 37 à 39)
Segue todos os procedimentos relativos à execução de alvenaria
estrutural.
5.9 EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO INTERNO DE ÁREA SECA, INCLUINDO
PRODUÇÃO DE ARGAMASSA EM OBRA, QUANDO APLICÁVEL
5.9.1 - Condições para início do serviço
Todas as alvenarias devem estar concluídas e fixadas internamente.
Os batentes devem estar chumbados ou com referencial do vão definido.
As tubulações elétricas devem estar executadas.
As tubulações hidráulicas e sanitárias podem ser executadas antes ou depois
da execução do revestimento.
5.9.2 - Chapisco
Iniciar o preparo da base removendo sujeiras, tais como materiais
pulverulentos, graxas e óleos. Remover também irregularidades metálicas, tais como
pregos, fios e barras de tirantes de fôrma.
Chapiscar as superfícies de concreto, utilizando chapisco rolado.
5.9.3 - Taliscamento
As taliscas devem ser de cacos de azulejos, assentadas com a mesma
argamassa que será utilizada para execução do revestimento.
Atentar para que sempre estejam previstas taliscas próximas das bordas das
paredes, bem como qualquer outro detalhe de acabamento (quinas, vãos de portas
ou janelas, frisos ou molduras)
O espaçamento entre taliscas não deve ser superior a 1,80 m em ambas as
direções.
Proceder a colocação das taliscas a partir dos eixos principais da estrutura.
Transferir o plano definido por estas taliscas para o restante do ambiente.
41
5.9.4 - Aplicação
Proteger todas as caixas de luz das instalações elétricas, pontos hidráulicos e
demais aberturas que necessitem deste cuidado.
Preparar a argamassa com cimento, cal, areia e aditivos, com traço
previamente determinado em função das características desejáveis para esta
argamassa.
Aplicar a argamassa de revestimento em chapadas vigorosas, respeitando o
limite da espessura definido pelas taliscas.
Espalhar e comprimir fortemente a camada de argamassa com a colher de
pedreiro.
Caso a espessura final do revestimento seja superior a 3 cm, encher a
parede por etapas, com intervalos de cerca de 2 horas entre as camadas.
Recolher o excesso da argamassa depositada sobre o piso, enquanto se
aguarda o ponto de sarrafear a argamassa sobre as taliscas fazendo as mestras no
sentido vertical.
Sarrafear a argamassa com uma régua de alumínio apoiada sobre as
mestras, de baixo para cima, até que atinja uma superfície cheia e homogênea.
5.9.5 - Acabamento
Aplicar o desempeno, seguido de espuma ou feltro.
Desempeno para aplicação de revestimentos com espessura maior que 5
mm, como cerâmica, por exemplo, não é necessário o uso da espuma ou feltro.
É necessário ainda limpar constantemente a área de trabalho, evitando que
restos de argamassa aderidos formem incrustações que prejudiquem o acabamento
final.
Nota 1 – Recomendações sobre o chapisco.
Chapisco rolado - Juntar cimento e areia média na proporção 1:3. Juntar
adesivo, PVA e água na proporção 1:9. Misturar a parte líquida com a parte sólida
até obter uma consistência de sopa. Aplicar o chapisco rolado com um rolo para
textura. Misturar a argamassa constantemente para evitar a decantação da areia.
Sobre superfícies de concreto, o chapisco deve cobrir totalmente a base, de
forma que sua textura final resulte numa película rigorosa, aderente, resistente e
contínua. Nesse caso, a base não deve ser umedecida. Sobre superfícies de
alvenaria, o chapisco deve cobrir a base, de maneira que sua textura final resulte
42
numa película rugosa, aderente, resistente, mas não contínua e irregular. A base
deve ser umedecida quando apresentar elevada capacidade de absorção de água.
Nota 2 – Ponto de sarrafeamento
O sarrafeamento não pode ser feito imediatamente após a chapagem da
argamassa. Deve-se aguardar o ponto de sarrafeamento que decorre das condições
climáticas, da condição de absorção da base e das próprias características da
argamassa. Na prática, para avaliar o ponto de sarrafeamento deve-se pressionar a
argamassa com os dedos. O ponto ideal é quando os dedos penetram na camada,
permanecendo praticamente limpos, porém deformando levemente a superfície.
5.9.6 - Riscos gerais de acidentes e seu controle
ATIVIDADES E OPERAÇÕES
PRINCIPAIS RISCOS EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Colocação de prumadas externas
Quedas em diferença de nível
Utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, engatado a corda auxiliar
As periferias das lajes devem estar adequadamente protegidas
Emboço interno e externo, serviços gerais de contrapisos
Irritações dermatológicas
Quedas em diferença de nível e em nível
Utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, engatado a corda auxiliar
Aberturas nos pisos devem ter proteção provisória
Montagem de balancim
Queda em diferença de nível
Ferimentos nas mãos pelo cabo de aço
Utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, engatado a corda auxiliar
Utilizar luvas de raspa de couro
Manter as áreas abaixo dos balancins devidamente isoladas e protegidas
Trabalhos na fachada com balancim
Queda em diferença de nível
Utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, engatado a corda auxiliar
Manter as áreas abaixo dos balancins devidamente isoladas e protegidas
QUADRO 09 – Execução de revestimento interno de área seca, incluindo produção de argamassa em obra, riscos gerais de acidentes e seu controle Fonte: Manual da Qualidade Empresa X
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5.10 REVESTIMENTO INTERNO DE ÁREA ÚMIDA
5.10.1 - Condições para início do Serviço
Os revestimentos com argamassa e contrapisos dos ambientes devem estar
concluídos há pelo menos 14 dias.
Os contramarcos devem estar chumbados, enquanto os batentes, se não
estiverem chumbados, devem estar ao menos com suas referências definidas.
As instalações elétricas e hidráulicas devem estar concluídas.
A cerâmica deve ser conferida de acordo com o lote (tonalidade e dimensão),
garantindo-se que seja suficiente para executar o serviço.
A impermeabilização de pisos deve estar executada.
Os ralos devem estar protegidos para evitar eventuais entupimentos.
5.10.2 – Execução de revestimentos cerâmicos
Preparar a superfície removendo a poeira, partículas soltas e resíduos.
Verificar o esquadro e as dimensões do ambiente para definição da
espessura das juntas, considerando o mínimo possível de recortes.
Eventuais irregularidades que não possam ser absorvidas pelas juntas devem
ser corrigidas.
Verificar se foram deixados os rebaixos previstos no projeto em relação a
outros pisos, além dos caimentos para ralos ou canaletas, nunca inferiores a 0,5%.
As juntas estruturais no concreto devem ser mantidas no piso cerâmico e
preenchidas com mástique elástico.
Após a verificação do esquadro do ambiente e um estudo sobre o melhor
aproveitamento das peças, esticar uma linha de náilon nos dois sentidos do
ambiente, demarcando a primeira fiada a ser assentada.
As linhas de náilon servirão de referência para as demais fiadas, que devem
ser assentadas no alinhamento e no esquadro em relação às duas primeiras fiadas.
Preparar a argamassa colante, obedecendo às orientações do fabricante
contidas na embalagem do produto.
A quantidade a ser preparada deve ser suficiente para um período de
trabalho de duas ou três horas, em função da produtividade do assentador, sendo
recomendável que se misture sempre um número inteiro de sacos, não
ultrapassando o tempo máximo recomendado pelo fabricante.
44
Deixar a argamassa descansar por cerca de 15 minutos e misturar
novamente para iniciar o assentamento.
Durante a execução do revestimento não se adiciona água à argamassa.
Aplicar a argamassa comprimindo-a contra o substrato com o lado liso da
desempenadeira, passando em seguida o lado dentado, formando cordões e aplicar
no tardoz da peça.
Utilizar uma desempenadeira, verificando continuamente o seu estado de
conservação, de forma a evitar o uso de desempenadeiras com dentes gastos.
A quantidade de argamassa espalhada por vez será suficiente para não secar
até a aplicação da cerâmica. Em geral, não é recomendável espalhar argamassa em
área superior a 1,0 m².
Assentar as peças sobre a argamassa recém-aplicada, atentando para o
espaçamento entre elas, o nivelamento e o alinhamento do piso.
As peças devem ser assentadas antes que se inicie a formação de uma
película esbranquiçada sobre os cordões, indicando o fim do tempo de abertura da
argamassa, que é o momento a partir do qual a aderência fica prejudicada.
Não é necessário molhar o substrato para aplicar a argamassa colante. O
umedecimento só é recomendado no caso de revestimentos executados sob sol
intenso, ou sujeitos a muito vento e baixa umidade relativa do ar.
As peças cerâmicas também não devem ser molhadas ou mesmo
umedecidas para aplicação com argamassa colante, a menos que haja uma
recomendação do fabricante nesse sentido.
Caso apresentem o tardoz recoberto por uma camada de pó, esta deve ser
removida com um pano seco.
Se forem lavadas com água, as peças somente devem ser utilizadas após
secagem completa.
O ajuste de posicionamento e a fixação das peças podem ser realizados por
meio de pequenas batidas com um martelo de borracha.
O posicionamento também pode ser garantido com o uso de espaçadores
plásticos. Nesse caso, o ambiente deve estar em perfeito esquadro, uma vez que
eventuais correções obtidas pela variação das dimensões das juntas, ou devido à
sua distorção, podem ser prejudicadas.
Os cortes das peças devem ser devidamente estudados e executados antes
da aplicação da argamassa colante. Devem ser feitos com equipamentos
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adequados, como serra elétrica com disco adiamantado, riscador e furadeira
manuais com vídea, permitindo arremates perfeitos com o cobrimento dos cortes
pelas canoplas de instalações hidráulicas, dos espelhos das caixas de instalações
elétricas ou outros itens de acabamento.
O rejunte deve ser executado após um período mínimo de 72 horas do
assentamento, procedendo da seguinte maneira:
- Limpar as juntas com uma escova ou vassoura de piaçaba de modo a
eliminar toda a sujeira, como poeira e restos de argamassa colante.
5.10.3 - Riscos gerais de acidentes e seu controle
ATIVIDADES E OPERAÇÕES
PRINCIPAIS RISCOS EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Serviços de regularização de superfícies
Inalação de poeiras, principalmente pelo lixamento de superfícies
Dermatites e conjuntivites
Queda em nível e diferença de nível
Utilizar máscara contra poeiras
Utilizar luvas impermeáveis Contra quedas utilizar
bancada de trabalho adequado
O poço do elevador deve estar adequadamente fechado
Instalação das peças cerâmicas
Cortes nas mãos. Queda de material
sobre o corpo Ruído em excesso
Contusões Esforço Físico
Botas de segurança Protetor auricular Óculos para proteção Luvas
Proteção nas serras mármores
Posto de trabalho
Risco Ergonômico Trabalho em altura Ruídos Aerodispersóides
sólidos Esforço físico Alergias Irritação das
Conjuntivas Entorses e fraturas
Usar capacete Botas de segurança Protetor auricular Óculos para proteção Luvas
-----
Impermeabilização
Queimaduras pelo GLP Intoxicação, via
respiratória, principalmente em locais confinados
Incêndio e explosão do GLP
Cortes
Prestar muita atenção ao uso do bico de fogo
Utilizar luvas de raspa Utilizar máscara respiratória, principalmente em locais confinados
Ter sempre por perto Extintor de incêndio
Para evitar cortes pelos estiletes, utilizar luvas
Os locais confinados devem possuir ventilação e exaustores
Trabalhar sempre em duplas
QUADRO 10 – Execução de revestimento interno de área úmida Fonte: Manual da Qualidade Empresa X
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6 - CONCLUSÃO
É possível concluir que com o surgimento de novas tecnologias e a exigência
dos clientes por produtos de melhor qualidade a preços compatíveis, as empresas
devem buscar melhorias nos seus processos produtivos para atender as
necessidades dos seus clientes, garantindo assim sua sobrevivência num mercado
altamente competitivo.
No início, a principal dificuldade encontrada é a quebra de paradigmas
definidos como regras de comportamento, as quais criam barreiras às mudanças por
conservadorismo, principalmente dos operários mais acomodados, que não
entendem os avanços como um benefício às suas tarefas. O programa de qualidade
é visto pelos funcionários como aumento da quantidade de papel dentro da
empresa, ou seja, mais burocracia nos processos produtivos e administrativos.
Assim a empresa percebeu que deveria mudar o modo de repassar as informações,
já que a princípio as mesmas eram impostas aos operários.
A implantação das FVS (Fichas de Verificação de Serviço) auxilia no
processo de conscientização dos trabalhadores para os riscos envolvidos durante as
diversas etapas da obra, reduzindo acidentes e doenças ocupacionais, aumentando
a produtividade, a satisfação e a qualidade de vida profissional do trabalhador.
Fazendo uma avaliação do processo de implantação do PBQP-H e do
sistema de gerenciamento para a Saúde e Segurança no Trabalho proposto pelo
trabalho, o qual ainda está em andamento, a Empresa X afirma que os investimentos
realizados no início são grandes e o retorno é de forma evolutiva. Somente após a
implementação de grande parte dos requisitos das normas é que se consegue
desenvolver o potencial das pessoas e atender dentro do possível o padrão de
qualidade e segurança desejável.
.
47
REFERÊNCIAS
AMBROZEWICZ, PAULO HENRIQUE LAPORTE. Metodologia para capacitação e implementação de sistema de gestão da qualidade em escala nacional para profissionais e construtoras baseado no PBQP-H e em educação à distância. 2003. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção)- Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis. BRASIL, Ministério das cidades. Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat. Disponível em: < http://www.cidades.gov.br/pbqp-h/pbqp_apresentacao.php >, Acesso em: 27.fev.2012. BRASIL. Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Publicada no DOU, 23 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Título II da CLT, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho. Manuais de Legislação – Segurança e Medicina do Trabalho, Ed. Atlas, São Paulo, 67ª EQUIPE ATLAS. Segurança e Medicina do Trabalho - Manuais de Legislação - 67ª Ed. Editora Atlas, 2011 FERREIRA, Edson Nunes; Rosas, Juarez Spinardi. Revisão dos Itens de Segurança do Trabalho dentro dos Procedimento de Execução Controlados pelo PBQP-H – Itens de 13 a 25 . UEPG. Ponta Grossa - PR. 2004. Disponível em: <www.uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC%2044.doc >, Acesso em 12. dez . 2011. KUNDE, WILSON GUNTHER. Assessoria e Consultoria em Programas de Qualidade e Implantação do PBQP-H. Consultoria Empresa X, credenciado pelo SEBRAE/PR. (Out à Dez 2011). LIMA JR., J.M. Legislação sobre segurança e saúde no trabalho na indústria da construção. In: CONGRESSO NACIONAL SOBRE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, 2º, 1995, Rio de Janeiro, RJ. Anais... Rio de Janeiro: FUNDACENTRO, 1995. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. Disponível em: < http://www3.mte.gov.br/seg_sau/default.asp>, Acesso em: 12.mar.2012. MANUAL DA QUALIDADE. Programas de Qualidade e Implantação do PBQP-H na Empresa X. Documentos para obtenção do PBQP-H. QUEVEDO, Luiz Augusto Plens; OLIVEIRA JR, Paulo Roberto. Revisão dos Itens de Segurança do Trabalho dentro dos Procedimento de Execução Controlados pelo PBQP-H – Itens 01 de 1 a 12. UEPG. Ponta Grossa - PR. 2004. Disponível em: <www.uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC%2043.doc>, Acesso em 12. dez . 2011. ROMANO, BRUNO BESSAUNE. Programas de Qualidade na Construção Civil do Brasil: Uma análise sob a Ótica da Teoria Institucional. 2003. Dissertação (Mestrado em Administração). Programa de Pós-Graduação em Administração, UFES, Espírito Santo.
Serviço Social da Indústria – SESI. Gerência de Segurança e Saúde no Trabalho – GSST. Manual de segurança e saúde no trabalho: Indústria da Construção Civil – Edificações. São Paulo : SESI, 2008. (Manuais, 7).
48
APÊNDICE – FICHAS DE VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS
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