primeiro ensaios da educação no brasil
Post on 05-Jun-2015
2.961 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Contexto do descobrimento do Brasil
Início do Capitalismo Comercial na Europa Expulsão dos mouros da Península Ibérica Formação dos Estados Nacionais Absolutismo monárquico Fortalecimento da burguesia mercantil e
financeira Política Mercantilista Grandes navegações Reforma e contra-reforma
Primeiros habitantes: a vida em Pindorama
Sociedade sem classes Pequeno desenvolvimento técnico:
inexistência de excedentes Trocas rituais Educação indígena: convívio
grupal Respeito à memória dos ancestrais Para os invasores: apenas
“bárbaros” a serem explorados e escravizados
Etapas da colonização no Brasil
Primeiro momento: desinteresse pela novas terras
Expedições de exploração – 1501, 1503
Expedições guarda-costas – 1516 – 1528
Estabelecimento de feitorias Expedições colonização - 1530 Capitanias hereditárias – 1532 Governo Geral – 1548
Pau-brasil
Povoamento do Brasil Necessário para garantir a
defesa e valorização do território
Solução: agricultura comercial
Economia da Colônia:
complementar à metropolitana Pacto colonial Cana de açúcar Plantation Mão de obra escrava
Modelo Agrário-exportador dependente
Mineração: nova alternativa de riquezas no Século XVIII Deslocamento da empreitada
colonial da costa para o interior Processo de urbanização Estabelecimento de vínculos entre
as áreas baiana, fluminense, pernambucana e paulista
Aumento do preço da mão de obra escrava
Aumento das possibilidades de alforria
Desenvolvimento de camadas médias e de um mercado interno
Mineração: nova alternativa de riquezas e acirramento das contradições internas Contradições internas (colonos x índios; colonos x missionários; senhores x escravos; consumidores x monopolizadores;
senhores de terras x comerciantes) Movimentos nativistas (Guerra dos
emboabas, Guerra dos Mascates, Revolta de Beckman)
Com a mineração, desencadeia-se contradições que possibilitam os movimentos de insurreição contra o poder luso
Movimentos separatistas: Inconfidência mineira – 1789; Conjuração Baiana – 1798
Tiradentes
Crise na Metrópole Pacto ibérico (1580-1640) Decadência econômica: perda do domínio do comércio
com a Ásia, redução do império ultramarino a algumas posses na África e ao Brasil
Portugal – não supera a etapa do capitalismo mercantil para o industrial
Processo de industrialização de Portugal é sufocado Tratado de Methuen (1703) Dependência da Inglaterra Necessidade de tirar o maior proveito da Colônia Rigor nas leis e na fiscalização 1785- proibição de qualquer indústria no Brasil Descontentamento da classe dominante colonial
Contexto externo
Independência dos Estados Unidos (1776) Revolução Francesa (1789)
Tomada da Bastilha
Transferência da corte portuguesa para o Brasil - 1808 Invasão napoleônica - 1807 Brasil – sede do reino Abertura dos portos Elevação do Brasil a Reino
Unido a Portugal e Algarves Modelo-Agrário-Comercial-
Exportador dependente Processo de Modernização Mudanças significativas no
município da corte
Retorno da família real a Portugal (1821) e a Proclamação da Independência (1822)
Congresso de Viena (1815) Portugueses exigem a volta do soberano Crescem os confrontos entre lusitanos e brasileiros Exigências da corte: volta de D. Pedro; extinção da
regência, obediência das províncias a Portugal e não mais ao Rio de Janeiro, extinção dos tribunais do Rio de Janeiro: Dia do Fico
Proclamação da Independência
Grito do Ipiranga
Educação no Brasil Colônia
Objetivo da metrópole: lucro por meio da exploração das riquezas naturais
Educação - objetivo de contribuir nesse processo por meio da conversão dos nativos à fé professada pelos dominadores
Primeiro momento: “Soldados de Deus em Terras Selvagens”
Instituição do Governo Geral – 1549 Chegada do primeiro governador Tomé
de Sousa, em Salvador, acompanhado por quatro padres e dois irmãos jesuítas chefiados por Manoel da Nóbrega
Missão: difundir a fé católica Objetivos: conversão dos indígenas, por
meio da catequese e instrução A ação da Companhia de Jesus
assegura a hegemonia espiritual sobre a colônia
Conquista pela persuasãoPadre Anchieta
Fases do trabalho educativo dos jesuítas
Primeira fase: plano de estudos de Manoel da Nóbrega
Esbarra em resistência no seio da ordem religiosa
Constituições da Companhia de Jesus (1556) – concentração dos esforços na educação dos filhos do colonos e dos futuros padres
Segunda fase: inspirada nos Princípios da Ratio Studiorum
Primeiro momento – colonização/exploração: conversão e instrução indígena
Segundo momento – povoamento: educação focada no elementos da cultura européia, para oferecer um brilho cultural à elite colonial
Plano Nóbrega X Ratio Studiorum
1. Aprendizado do português
2. Doutrina cristã
3. Escola de ler e escrever (tradicionalmente oferecido no interior das famílias)
4. Música instrumental ou Canto orfeônico
5. Gramática latina ou aprendizado profissional e agrícola
6. Viagem à Europa
1. Curso de Humanidades (estudos menores – quatro séries de gramática, uma de humanidades e uma de retórica)
2. Curso de Filosofia
3. Curso de Teologia
4. Viagem à Europa
Marcada pela intensa rigidez na maneira de pensar e interpretar a realidade
Especial atenção ao preparo de seus professores
Importância social dos religiosos: única força capaz de influir no domínio do senhor de engenho
De 1549 a 1759: dezessete colégios e seminários, um colégio e um recolhimento feminino, vinte e cinco residências e trinta e seis missões
Educação Jesuítica
Fase pombalina da educação colonial
Marquês de Pombal primeiro ministro de D. José I : esforço para recuperar a economia através da concentração do poder real
Expulsão do jesuítas - 1759 Motivos apontados: empecilho
na conservação da unidade cristã e da sociedade civil: educava o cristão para a Companhia e não para os interesses do país
Marquês de Pombal
Período Pombalino (1750 – 1777)
Despotismo esclarecido Instituição do Estado Laico Poder público estatal – agente responsável pela definição
de rumos no campo educacional: oficialização do ensino Criação da Mesa Censória, encarregada dos negócios da
educação – 1768 Criação das Escolas Menores – 1772 Cobrança do “Subsídio literário” (taxas sobre a carne, o
sal, a aguardente, o vinagre e outros), criado em 1772 e extinto em 1835 - imposto único destinado à manutenção do ensino primário e secundário
Período Pombalino Nomeação dos primeiros professores régios – 1760: um
para o Grão Pará, dois para Pernambuco Alvará de novembro de 1772 – autoriza o funcionamento
de 15 aulas de gramática latina, 3 de línguas gregas, 6 de retórica e 3 de filosofia racional (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas gerais, Pernambuco, Maranhão)
Entre 1778 -1780 - indicação de mais doze professores (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerias, Olinda e Pará)
Aulas régias: pedagogicamente representaram um retrocesso
Criação de dois colégios: Seminário de Olinda (1798), em Pernambuco e o Colégio do Caraça (1820), dos padres lazaristas, em Minas Gerais
Transferência da família real
Modificação dos interesses com relação ao Brasil, que passa a se constituir como prioridade na agenda cultural portuguesa
Criação da imprensa régia (1818)
Jardim Botânico (1810) Museu Nacional (1818) Passam a circular os primeiro
jornais e revistas
Criação dos primeiros cursos superiores:
Academia Real de Marinha – 1808 Academia Real Militar – 1810 Cursos de Cirurgia na Bahia e no Rio de Janeiro - 1808 Curso de Anatomia no Rio de Janeiro Curso de Medicina, no Rio Escola de serralheiros, oficiais e espingardeiros, em Minas
Gerais – 1812 Cursos de economia (1808), de Agricultura (1814), de Botânica
(1817) Curso de Química, abrangendo química industrial e mineralogia
(1818) Curso de desenho técnico Aproximavam da estrutura de aulas (cadeiras) Tendências: organização isolada, preocupação
profissionalizante
Origem da estrutura do ensino imperial Composta de três níveis: primário, secundário e
superior Primário: instrumentalização técnica – ler e escrever
(criação de mais de 60 cadeiras de primeiras letras) Ensino secundário –permanece sob a forma de aulas
régias (criação de pelo menos 20 cadeiras de gramática latina), uma de matemática superior , em Pernambuco, uma de desenho e história, em Vila Rica; outra de retórica e filosofia em Paracatu, duas cadeiras de inglês e francês, no Rio
Enfoque humanista e propedêutico
top related