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Departamento de Serviço Social
Primeira infância no Brasil urbano. Análise das políticas públicas voltadas à
promoção do direito ao desenvolvimento integral de crianças de 0 a 6 anos1
Aluna: Thamara Silva Maia
Orientadora: Irene Rizzini
Introdução
A primeira infância compreende o período de idade entre zero e seis anos. Os
primeiros anos de vida são considerados fundamentais para o desenvolvimento humano,
compreendendo as estruturas física e psíquica e as habilidades sociais.
O Brasil é considerado avançado em seu arcabouço jurídico no tocante à infância,
entretanto, a implementação de políticas e ações com foco sobre a primeira infância constituiu
ainda um desafio. Este projeto tem como proposta priorizar as crianças que nascem em
condições de alta vulnerabilidade social e a busca por melhores oportunidades para o seu
desenvolvimento integral. Tem como base o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) [2],
lei que preconiza uma série de direitos para que toda a criança tenha direito ao
“desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade” (ECA, Art. 3º).
Esta pesquisa tem como objetivo geral a análise dos processos de construção e
implementação de políticas públicas com foco sobre a criança na Primeira Infância no Brasil,
sobretudo no que tange a promoção de seus direitos. A pesquisa vem sendo desenvolvida em
parceria com o CIESPI, Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância, em
convênio com a PUC-Rio.
Primeira fase da pesquisa
1 Pesquisa coordenada pela professora Irene Rizzini do departamento de Serviço Social da PUC-Rio e diretora
do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância, em convênio com a PUC-Rio (CIESPI/PUC-
Rio). Integram a equipe de pesquisa do projeto no CIESPI Cristina Laclette Porto, professora do curso de
especialização em Educação Infantil da PUC-Rio e do curso normal superior do Instituto Superior de Educação
Pró-Saber (ISEPS); Vicente Barros, professor do Departamento de Design da PUC-Rio e Nathercia Lacerda, da
equipe do CIESPI/PUC-Rio.
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A primeira parte da pesquisa (2013-2016) incluiu um levantamento e análise da
produção acadêmica nacional sobre temas relacionados à Primeira Infância nas principais
bases de dados bibliográficos existentes (SCIELO e CAPES), no período de 2004 a 2013. A
análise da literatura nacional incluiu uma discussão sobre os principais temas de pesquisa
sobre os direitos de crianças de zero a seis anos, referenciada nas leis e diretrizes de políticas
sobre a primeira infância (RIZZINI, PORTO E TERRA, 2014).
A equipe estabeleceu os seguintes procedimentos metodológicos a serem seguidos
para levantar a produção acadêmica sobre crianças de zero a seis anos no Brasil no período de
2004 a 2013: (1) Definição de palavras-chave; (2) Escolha das bases de dados a serem
acessadas para o levantamento de produção acadêmica; (3) Levantamento de produção
acadêmica; (4) Estabelecimento de critérios e organização da produção acadêmica. Estes
procedimentos estão agora sendo aplicados no levantamento em curso junto ao portal da
CAPES.
Partiu-se dos eixos que constam no Plano Municipal Primeira Infância
(CMDCA/PMPI, nº1.042/2013) [3]: Saúde; Educação infantil; Cultura e Esporte/lazer;
Cidade/espaço urbano; Prevenção às violências contra crianças para identificar palavras-chave
que permitissem chegar aos artigos, já que o termo “primeira infância” é relativamente novo.
Assim, criou-se uma lista contendo diversas palavras-chave para direcionar a busca de artigos
que contemplassem crianças de zero a seis anos.
Todos os resumos dos textos encontrados por meio das palavras-chave utilizadas
foram lidos. Nesse processo, foram contabilizados 1.437 textos, sendo sua maioria artigos.
Após uma criteriosa seleção, chegou-se ao número de 1.179 textos, que foram classificados
em três categorias: (1) primeira infância – zero a seis anos; (2) infância – inclui também
primeira infância; (3) infância - sem definição de faixa etária.
Após essa sistematização, os textos foram organizados estatisticamente por ano,
periódico, instituição, local e área de conhecimento. A análise foi feita com base nas
publicações que se incluem na primeira categoria, totalizando 758 textos.
Principais resultados
Apesar do número expressivo de crianças na Primeira Infância no país, são poucos os
campos de conhecimento que se dedicam a compreender os contextos que as cercam e os
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fatores que influenciam seu desenvolvimento integral. Se comparado a publicações dedicadas
a outras faixas etárias, o número de artigos e textos disponíveis no site SciELO é reduzido.
Tabela 1 – Número de textos por ano de publicação referente à Primeira Infância (2004 a
2013)
ANO DE PUBLICAÇÃO NÚMERO DE TEXTOS
2004 54
2005 56
2006 59
2007 77
2008 66
2009 94
2010 95
2011 88
2012 81
2013 88
Total 758
Fonte: Plataforma SciELO. Levantamento CIESPI/PUC-Rio, 2014.
No que diz respeito a estudos voltados exclusivamente para a faixa etária de 0 a 6
anos, observou-se, que, a partir de 2009, em comparação ao ano de 2004, houve um aumento
significativo de publicações. É provável que esse aumento esteja relacionado a diversos
acontecimentos. Explicitaremos alguns deles a seguir.
Recorte regional
De acordo com a tabela 2, o Sudeste é expressivamente a região brasileira onde mais
se publicou estudos que envolvem a Primeira Infância.
Tabela 2 – Produção acadêmica por local referente à Primeira Infância (2004 a 2013)
ESTADO NÚMERO DE TEXTOS
São Paulo 356
Departamento de Serviço Social
Rio de Janeiro 132
Rio Grande do Sul 68
Distrito Federal 66
Minas Gerais 38
Paraná 34
Pernambuco 26
Rio Grande do Norte 21
Santa Catarina 14
Total 758 Fonte: Plataforma SciELO. Levantamento CIESPI/PUC-Rio, 2014.
O levantamento na Plataforma SciELO, indicou que São Paulo é o local que mais tem
publicado sobre a Primeira Infância, seguido do Rio de Janeiro. Foram encontrados,
respectivamente, 351 e 126 textos. A diferença entre os dois é, portanto, de 225 textos. O Rio
Grande do Sul e o Distrito Federal, com 68 e 61 artigos, são o terceiro e o quarto estados onde
mais publicações foram identificadas.
Essa diferença é significativa e expõe uma clara divisão entre os estados brasileiros.
São Paulo é o estado com maior número populacional do país e, em 2010, segundo o IBGE2,
tinha 41.262.199 habitantes. Minas Gerais tinha nessa ocasião 19.597.330 habitantes e o Rio
de Janeiro, 15.989.929 habitantes. Estes são os três estados mais habitados do Brasil.
Áreas de conhecimento
Para fins deste levantamento, as áreas de conhecimento foram divididas conforme
tabela da CAPES: Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências de Saúde e
Linguística. A tabela 4 mostra a concentração de publicações de acordo com estas áreas,
indicando a prevalência da área de Ciências Humanas, seguida da área de Ciências da Saúde.
Número de publicações por área de conhecimento referente à Primeira Infância (2004-
2013)
Área de conhecimento Número de publicações
Ciências Humanas 398
Ciências da Saúde 354
Ciências Sociais Aplicadas 5
2 Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/estadosat/>. Acesso em: jul. 2015.
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Linguística 1
Total 758
Fonte: Plataforma SciELO. Levantamento CIESPI/PUC-Rio, 2014.
Atividades desenvolvidas no estágio
Minhas atividades nesta primeira parte da pesquisa foram voltadas a leituras e
fichamentos da literatura, dando continuidade ao trabalho anterior. Pois quando iniciei na
pesquisa, a mesma já estava parcialmente encaminhada, precisando apenas ser concluída.
Segunda fase da pesquisa
Contrastes: a criança e a cidade e o tema da Participação Infantil
A segunda fase da pesquisa, de 2016 até o presente, elegeu um dos temas apontados na
análise como foco principal para aprofundamento. Dentre os temas encontrados no
levantamento, que lidam com a Primeira Infância, achamos importante trabalhar o tema sobre
Participação Infantil.
Para pesquisar o tema, como estagiária, junto à equipe do CIESPI/PUC-Rio, tive a
oportunidade de participar de dois tipos de atividade: leitura da bibliografia sobre o tema e
uma experiência piloto com crianças em uma escola com foco sobre metodologias de escuta
da criança, chamada Contrastes. Além disso, participei das reuniões de equipe do CIESPI,
interagindo com pesquisadores envolvidos em outros projetos de pesquisa e com profissionais
de diferentes áreas do conhecimento.
Selecionamos diversos textos que lidam diretamente com o tema, a fim de
entendermos mais sobre o assunto e assim darmos prosseguimento no nosso projeto. A
questão da participação infantil torna-se alvo de discussões e estudos sistemáticos a partir da
ratificação da Convenção dos Direitos da Criança (NAÇÕES UNIDAS, 1989), e, no Brasil, a
partir da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990). O direito à
participação se desdobra em vários outros aspectos, como o direito a se expressar livremente,
demandando respeito às vozes e pontos de vista infanto-juvenis.
Após um período de estudo sobre o tema, a equipe vem se dedicando a testar
diferentes metodologias, tendo em vista a criação de estratégia que possamos estimular a
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participação da criança no processo de construção social, bem como para contribuir para o
desenvolvimento integral e para a promoção e defesa dos seus direitos.
Contrastes – a escuta da criança:
Nessa experiência temos participado de diversas atividades no campo de pesquisa.
Uma delas, da qual tenho participado ativamente, acontece em escola pública situada na
Gávea, que atende um grande número de crianças moradoras da Rocinha. Nesse projeto piloto
tenho participado de oficinas direcionadas a percepção das crianças sobre cidade do Rio de
Janeiro, incluindo os lugares que frequentam, que desejam frequentar e os que não gostam de
frequentar.
No final dessas oficinas (totalizando três; uma por semana), realizamos uma exposição
em uma biblioteca, juntamente com a professora da turma. Atualmente desenvolvemos esta
metodologia também em uma escola situada no Jardim Botânico com crianças de 4 aos 6 anos
de idade. Porém nesta escola ao invés de trabalharmos com apenas uma turma durante um
mês, trabalhamos cada semana com uma turma para que pudéssemos aplicar a metodologia
em todas as turmas da escola, que são no total de 4 turmas de tempo integral.
De acordo com a proposta da equipe de pesquisa3, essas iniciativas, que favorecem a
participação infantil e reconhecem as crianças como seres inteiros, curiosos e capazes de
pensar, desenhar e agir de forma plena no seu cotidiano, podem servir como suporte para a
elaboração e implementação de políticas públicas para a infância, direito previsto no Estatuto
da Criança e do Adolescente (1990).
Escuta e participação infantil no contexto da escola
De acordo com Porto e Rizzini (2017), a escola mostra-se como um espaço de
convivência importante, onde a prática do diálogo e do debate deve ser permanente. No
entanto, nem sempre as crianças encontram oportunidades adequadas para expressarem o que
pensam nas instituições que as atendem. Via de regra, são os adultos que costumam
3 Estas reflexões têm como fonte o artigo Olhares das Crianças sobre suas Cidades: Reflexões sobre Aportes
Metodológicos para Projetos de Pesquisa, apresentado por Irene Rizzini e Cristina Laclette Porto, na
Universidade de São Paulo, em seminário internacional sobre Estudos da Infância, realizado em março de 2017.
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interpretar e traduzir as experiências infantis, pois a eles vem sendo conferida a autoridade de
dizer e prescrever o que a criança precisa.
Essa pesquisa se propõe a não apenas observar uma prática, mas construir uma
metodologia para favorecer a escuta das crianças, mas não apenas delas.
Como afirmam as autoras:
Isso requer que os sujeitos interajam, socializem o que pensam, o que sabem,
para juntos conhecerem o que antes não sabiam. Dentro desta concepção de
pesquisa, a ética é construída a cada momento. O desafio colocado é evidenciar
o que está presente nessas relações que convida ao diálogo e o que, ao
contrário, produz o monólogo. Para tal, o ato de observar exige que estejamos
por inteiro e demanda atenção, escuta, presença e reflexão. É na socialização
das observações de cada um, que iniciamos um diálogo interno, alimentado
pela linguagem do outro (PORTO e RIZZINI, 2017, p.5).
Na pesquisa, foram utilizados os seguintes instrumentos metodológicos: a observação; o
registro reflexivo sobre a prática e a teoria; a avaliação dos encaminhamentos e o
planejamento das ações subsequentes. O registro escrito foi um dos recursos básicos. E foram
várias as produções dessa escrita que foram tomadas como fonte desta pesquisa: memória das
reuniões; planejamentos; troca de mensagens por e-mail, caderno de campo, etc.
Segundo os coordenadores da pesquisa:
Nossa expectativa era, com este trabalho era que o resultado dessa
interação revelaria subjetividades, aspectos diversos das culturas nas
quais estão inseridos, gerando uma narrativa própria sobre a infância e a
cidade.
Com papel transparente colocado em cima das fotografias originais da Exposição
Contrastes, apenas a silhueta das crianças retratadas foi decalcada. Assim, como se pode
visualizar abaixo, as fotografias foram transformadas em desenhos, com o objetivo de
proporcionar a criação-recriação de diferentes realidades vivenciadas pelas crianças nos
espaços em que habitam e transitam. Foram fornecidos aos alunos giz de ceira, lápis de cor e
canetinhas para que pudessem colorir e dar forma as silhuetas. Estes desenhos abaixo foram
produzidos por alunos do 6º ano, com idades entre 11 e 12 anos.
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E ao final, quando todos terminaram suas produções, foram convidados a falar sobre o
que fizeram e a dar um título para o desenho. Muitos alunos retrataram seus desejos, através
do desenho, de conhecer lugares turísticos da Cidade do Rio de Janeiro. Já outras crianças
preferiram retratar sua realidade, como por exemplo as dificuldades que enfrentam ao ir de
casa para a escola ou até mesmo os lugares em que brincam como são e como gostariam que
fossem. Esta primeira turma produziu até mesmo uma cartilha para o Prefeito reivindicando
seus direitos e acrescentando alguns. Nesta mesma cartilha eles reclamavam do preço da
passagem, do feijão e até mesmo da merenda da escola, etc.
Desenhos produzidos através das silhuetas:
Fonte: Acervo Projeto Contrastes. CIESPI/PUC-Rio, 2017.
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Outras imagens que serviram de estrutura para as silhuetas:
Fonte: Acervo Projeto Contrastes. CIESPI/PUC-Rio, 2017.
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Desenhos produzidos pela turma através das silhuetas:
Fonte: Acervo Projeto Contrastes. CIESPI/PUC-Rio, 2017.
Apartir desta primeira experiência, temos realizado outras oficinas, sendo elas na
mesma escola e também em uma escola do Jardim Botânico, Julia Kubitschek. No presente, a
equipe está também contatando outras escolas para que possamos ouvir outras crianças de
outras localidades e vermos como esta metodologia se encaixa em cada uma delas.
É importante lembrar que esta é uma metodologia pode e deve ser modificada segundo
a idade das crianças, e que também dependerá dos projetos realizados pela escola. Como por
exemplo nesta primeira turma a professora da sala de Leitura já tinha uma exposição marcada
com as crianças em uma biblioteca da localidade, e a proposta inicial, feita pela professora,
era de que as crianças criassem um poema para esta exposição. Como nosso projeto estava
trabalhando a cidade do Rio de Janeiro, juntamos o poema com a proposta da professora e
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pedimos as crianças que criassem um poema falandoda cidade em que moram, e por fim os
poemas foram expostos junto com os desenhos das crianças.
Desafios da pesquisa: dificuldades encontradas
Uma das preocupações iniciais era de encontrarmos terreno propício não só para
usarmos o espaço para a realização das oficinas, mas também para compartilhar com as
crianças e com os adultos as descobertas sobre suas formas próprias de ler e interpretar as
fotografias. A ideia não era apenas colher essas impressões, mas desenvolver uma prática que
favorecesse o envolvimento da escola com essa escuta e ao mesmo tempo favorecesse a
criação de elos entre pesquisadores, professores e crianças. Assim, a principal dificuldade foi
de encontrarmos uma escola que tivesse disponibilidade em sua agenda para que as oficinas
fossem aplicadas, e mais do que isso que a direção da escola e os professores embarcassem
conosco nessa proposta, pois precisaríamos da ajuda deles para que as oficinas fossem
realizadas, primeiramente pelo intuito deste trabalho de criar uma metodologia que
envolvesse todos estes agentes, e, em segundo lugar, eles seriam nossa ponte com as crianças.
Atividades desenvolvidas no estágio:
Minhas atividades realizadas no estágio, foram concentradas em leituras e fichamentos
sobre o tema Primeira Infância, mais especificamente a participação infantil. Logo após ter
propriedade sobre o tema, começamos a pensar em como poderíamos promover atividades
que fizesse com que essa participação fosse ativa, e com isso, surgiu a ideia das oficinas nas
escolas. Nestas oficinas ficaram em minha responsabilidade: observar as falas das crianças e
anota-las, e registrar, através de fotografia, suas ações para que tivéssemos um suporte de
memória. Além disso, quando necessário, poderia intervir em alguma brincadeira ou fala para
fins reflexivos.
Desde o começo do projeto, assumimos o trabalho de refletir sobre o que vivenciamos
e nomear o que foi aprendido em cada etapa. Para isso identificamos os instrumentos
metodológicos citados acima como imprescindíveis para a nossa observação.
É importante destacar que o registro escrito foi um dos recursos básicos em que toda a
equipe o utilizou, com isso tivemos várias produções dessa escrita tomadas como fonte desta
pesquisa: memória das reuniões; planejamentos; troca de mensagens por e-mail, caderno de
campo, etc.
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Após o fim de cada oficina planejamos conjuntamente as próximas oficinas e
compartilhamos o que cada componente da equipe tenha anotado, além de destacamos
também as falas que nos chamam mais atenção.
Considerações Finais
O material produzido nas oficinas será disponibilizado na página web do
CIESPI/PUC-Rio para que desse modo, as oficinas se transformem em projetos que possam
ser implementados em outras escolas e ambientes variados. Espera-se que o estudo seja fonte
para os debates referentes à infância, revelando múltiplos significados e fortalecendo o
processo de participação e escuta de crianças. O material fotográfico produzido será lançado
em exposição prevista para o mês de setembro de 2017.
Acredito que nossos objetivos iniciais estão sendo alcançados no decorrer das oficinas,
onde temos observado a visão diferenciada que as crianças possuem da cidade do Rio de
Janeiro. E mais do que isso suas reinvindicações e inquietações sobre a mesma.
Publicações da pesquisa:
A primeira parte da pesquisa resultou na seguinte publicação:
RIZZINI, Irene; PORTO, Cristina Laclette; TERRA, Carolina. A Criança na Primeira
Infância nas Pesquisas Brasileiras. Rio de Janeiro: CIESPI/PUC-Rio, 2014. Disponível em:
http://www.ciespi.org.br/images/arquivos/524/primeira_infancia.pdf.
A segunda parte da pesquisa foi apresentada em dois seminários (GRUPECI, Florianópolis,
Santa Catarina, em dezembro de 2016 e seminário internacional Estudos da infância, USP, em
março de 2017, por Irene Rizzini e Cristina Laclette Porto).
O seguinte artigo encontra-se no prelo:
PORTO, Cristina Laclette e RIZZINI, Irene. Olhares das Crianças sobre suas Cidades:
Reflexões sobre Aportes Metodológicos para Projetos de Pesquisa. São Paulo: USP,
seminário internacional Estudos da Infância, março de 2017.
Referências bibliográficas:
1 – CIESPI/PUC-Rio. Ambiente da Primeira Infância. Espaço Virtual com foco sobre a
Criança na Primeira Infância Rio de Janeiro: CIESPI/PUC-Rio, 2015.
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2- BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº8.069, 13 de julho de
1990.
3 – CONSELHO MUNICIPAL DO DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.
Plano Municipal pela Primeira Infância. Deliberação nº 1.042/2013, 11 de novembro de
2013.
4 - RIZZINI, Irene e RIZZINI, Irma. A institucionalização de crianças no Brasil. Percurso
histórico e desafios do presente. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2004.
288p.
5 - BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil. Brasília, DF, 16/7/1990, p.13.563.
6 – AÇÃO EDUCATIVA. A participação de crianças e adolescentes e os Planos de
Educação / Ação Educativa – São Paulo: Ação Educativa, 2013, 1ª edição.
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construindo significados em meio às práticas sociais. Paidéia (Ribeirão Preto) [online], v.
17, n. 38, p. 311-320, 2007. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/paideia/v17n38/v17n38a02.pdf. Acesso em: 02 de maio de 2017.
8- SARMENTO, Manuel Jacinto, Fernandes, Natália e Tomás, Catarina. Políticas Públicas e
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9- Rossetti-Ferreira, Maria Clotilde; Gonçalves de Almeida, Ivy; do Amaral osta, Nina Rosa;
de Almeida Guimarães, Lilian; Neísa Mariano, Fernanda; de Pauli Teixeira, Sueli Cristina;
Serrano, Solange Aparecida. Acolhimento de crianças e adolescentes em situações de
abandono, violência e rupturas Psicologia: Reflexão e Crítica, vol. 25, núm. 2, 2012, pp.
390-399 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre, Brasil
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