pratica simulada ii
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Prtica Simulada II - Direito do Trabalho - Teoria e
Casos Concretos
Prtica Simulada II Direito do Trabalho Teoria e Casos Concretos
Fonte: Universidade Estcio de S
SEMANA 1 :
A Petio Inicial
1. Conceito A petio inicial,instrumento de demanda, pea escrita, ou reduzida a termo, na qual o autor formula o
pedido de tutela jurisdicional ao Estado-juiz, provocando-o para que realize o pronunciamento acerca do direito no
caso concreto.
2. Requisitos A petio inicial prevista no artigo 840 da CLT. Entretanto, por no exaurir o tema, aplica-sesubsidiariamente o disposto no artigo 319 do Novo Cdigo de Processo Civil, por fora da expressa meno do
artigo 769 da CLT. Assim sendo, so requisitos da petio inicial:
2.1. Endereamento :(artigo 319, inciso I do NCPC) O Juzo a que dirigida. Neste ponto deve-se lembrar o disposto no
artigo 651 da CLT, cumulado com o disposto no artigo 114 da CRFB, visando recordar a competncia da justia laboral.
Obs.: O endereamento deve ser assim redigido: EXCELENTSSIMO DOUTOR JUIZ DA ______ VARA DO
TRABALHO DE ___________________
2.2. Qualificao das partes: (artigo 319, inciso II do NCPC e artigo 840, 1, da CLT) a qualificao das partes no
processo do trabalho (reclamante e reclamado), deve ser realizada com a insero do nome completo de cada parte, estadocivil, nacionalidade, profisso, nome dos ascendentes, data de nascimento, nmero de identidade, nmero de CPF, nmero
do PIS, nmero da CTPS, endereo completo com CEP, no caso de ser pessoa fsica, em sendo pessoa jurdica (reclamada),
dever constar o nome (firma ou denominao) o nmero do CNPJ e o endereo de sua sede, sendo desnecessria a
indicao dos nomes dos scios.
Obs.: A qualificao das partes um texto eminentemente descritivo, no qual se faz uma descrio civil do autor, no caso
reclamante, e do ru, no caso reclamado.
Obs.2: A ttulo de exemplo, a qualificao das partes deve assim ser redigida: A, nacionalidade, estado civil, profisso,
nome dos ascendentes, data de nascimento, nmero da identidade, nmero do CPF, nmero e srie da CTPS, nmero do
PIS, endereo completo com o Cep, por seu advogado infra-assinado, vem, presena de Vossa Excelncia, propor a
presente pelo rito (ordinrio, sumrio ou sumarssimo), em face de NOME DA EMPRESA, pessoa jurdica de
direito___(pblico ou privado)___, inscrita no CNPJ sob o n (nmero do CNPJ), com sede sito (endereo), pelos fatos e
fundamentos que passa a expor: Obs.3: Caso o Reclamante no disponha de informaes que permitam a notificao do
Reclamado, dever o juiz colaborar com aquele na obteno dessas informaes, conforme dispe o artigo 319, 1, do
Novo Cdigo de Processo Civil. Trata-se de regra inerente colaborao judicial no processo civil, que deve ser aplicada ao
Processo Trabalhista dada a sua principiologia. Obs.4: O tipo de procedimento a ser adotado ser aquele que se amoldar ao
caso levandose em considerao as peculiaridades dos procedimentos comuns ordinrio, sumrio (at dois salrios mnimos)
e sumarissmo (at 40 salrios mnimos).
2.3. Os fatos e fundamentos jurdicos do pedido:o inciso III do artigo 319 do Novo Cdigo de Processo Civil, afirma que
incumbe ao Reclamante deduzir os fatos e os fundamentos jurdicos de seus pedidos, ou seja, a causa de pedir (Elemento
objetivo da demanda) prxima e remota. Importante destacar que o Processo do Trabalho, pela peculiaridade do princpio do
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ius postulandi, admite que o obreiro deduza a sua pretenso sem a apresentao dos fundamentos jurdicos, na medida em
que o mesmo no os conhece. Destaque-se, tambm, que o processo civil brasileiro, desde o vestusto cdigo de processo de
1939, adotou a teoria da substanciao, de tal forma que pouco interessa a natureza do direito afirmado em juzo, toda e
qualquer petio deve trazer a narrao dos fatos da causa de forma a convencer e dar subsdios ao correto julgamento da
lide. Note-se que h a necessidade de clareza, preciso e conciso na petio inicial. No importa que a petio inicial tenha
apenas uma ou duas folhas. O importante que a pea processual seja bem redigida, tendo causa de pedir e pedidos, de
modo que a parte contraria e, tambm, o juiz possam compreender o que est sendo postulado pelo autor. A petio tem um
silogismo. A premissa menor representada pelos fatos. Os fundamentos de direito so a premissa maior. A concluso opedido. Observe-se, por fim, que para melhor estudar o inciso III do artigo 319 do NCPC, deve-se decomp-lo em dois, a
saber:
2.3.1. Dos Fatos: a narrativa dos fatos na petio inicial um texto eminentemente narrativo, qualificado como valorado, no
qual devem ser observadas algumas regras para a sua elaborao. A primeira delas a redao realizada sempre na terceira
pessoa do singular ou plural (a depender se h ou no litisconsrcio ativo e/ou passivo). A segunda diz respeito aos verbos,
que sero predominantemente no tempo pretrito (passado), pois os fatos j ocorreram. A terceira diz respeito, justamente,
ordem cronolgica na narrao de tais fatos, pois a compreenso de fatos depende diretamente de uma ordem cronolgica
linear de sua elaborao. A quarta, e ltima regra, a adequao e seleo correta dos fatos para o apoio tese escolhida, ou
seja, por ser uma narrativa valorada deve o narrador escolher os fatos que melhor corroboram com sua tese, narrando-os de
forma a iniciar o convencimento a partir da simples narrao.
Obs.: Antes de iniciar a narrativa dos fatos na petio inicial, por fora do disposto no artigo 625 da CLT, deve o aluno
indicar se antes da promoo da reclamao trabalhista houve ou no tentativa de conciliao realizada em CCP`s institudas
pela empresa e/ou sindicatos. A ttulo de exemplo, o pargrafo pode ser assim redigido: O reclamante no se submeteu
Comisso de Conciliao Prvia em razo das liminares conferidas em ADINS (ADINs 2139 e 2160-5), que faz prevalecer
o artigo 5, inciso XXXV da Constituio Federal da Repblica Federativa do Brasil, garantindo assim, o acesso justia.
Obs.2: Caso seja necessrio, deve ser requerida a gratuidade de justia antes da narrao dos fatos, nos termos da Lei n
1.060 de 1950, devendo, inclusive, constar do rol de documentos que instruem a inicial a meno declarao de
hipossuficincia assinada pelo obreiro economicamente necessitado. ttulo de exemplo, o pargrafo de requerimento da
Gratuidade de Justia pode ser assim redigido: Inicialmente afirma o reclamante, nos termos do artigo 2 da Lei n 1.060 de
1950 combinado com o artigo 790, 3 da CLT, no possuir condies de arcar com o pagamento de custas e honorrios
advocatcios sem prejuzo de seu prprio sustento ou de sua famlia, razo pela qual faz jus ao benefcio da Gratuidade de
Justia.
2.3.2. Dos Fundamentos jurdicos do pedido: os fundamentos jurdicos do pedido um texto redigido sobre a forma
dissertativa-argumentativa, na qual o argumentador deve se ater tese a ser defendida. Neste ponto vale lembrar os
ensinamentos de Miguel Reale, o qual j dizia ser o direito a cumulao/entrelaamento de FATO, VALOR e NORMA.Assim, o texto argumentativo a ser produzido deve apresentar os fundamentos com base nos fatos narrados, nas normas
pertinentes e aplicveis ao caso concreto e aos valores queridos pelo ordenamento jurdico.
Obs.: deve ser recordado o conhecimento acumulado nas matrias de portugus jurdico, em especial, os adquiridos com a
matria Teoria e Prtica da Argumentao Jurdica, na qual foi possvel averiguar os principais tipos de argumentos
constantes nas Argumentaes jurdicas.
Obs.2: h que se ter em mente que os fundamentos jurdicos do pedido materializam, tambm, o chamado nexo entre o fato
e o efeito jurdico, ou seja, que o fato gera, por via de consequncia, luz de uma ordem normativa, determinado efeito
jurdico (silogismo jurdico). Assim sendo, os fundamentos jurdicos devem apresentar de forma clara quais os efeitos que,com base nos fatos, o ordenamento jurdico de forma prvia comina. Exemplo: Adicional por horas extras.
2.4. O pedido com suas especificaes:(inciso IV do artigo 319 do NCPC) o pedido a parte textual caracterizada como
do tipo injuntivo, no qual se fazem, clara e precisamente, os pedidos da tutela jurisdicional ao Estado-Juiz. Por certo, os
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pedidos no processo civil vinculam a atuao do magistrado, sendo este um dos limites objetivos da lide, reflexo do
princpio da congruncia ou da adstrio. Entretanto, deve ser recordado que no mbito adjetivo laboral, o princpio da
congruncia sofre atenuao em decorrncia do princpio da extra-petio, o qual autoriza ao Estado-juiz conceder tutela
diferente da requerida, tal como ocorre, v.g., no artigo 496 da CLT. A par dos comentrios anteriores, o pedido (elemento
objetivo da lide) deve ser redigido de forma clara e precisa, delimitando o que se quer com a reclamao trabalhista. Neste
sentido, vale lembrar que o pedido identificado pela Doutrina como mediato e imediato, este a tutela jurisdicional
pretendida, ou seja, pela classificao trinria, poder ser declaratrio, condenatrio ou constitutivo. Por sua vez, quele diz
respeito ao bem jurdico pretendido, ou seja, aos valores, bens, ou qualquer outra pretenso de direito material.
Obs.: O pedido deve ser certo e determinado, salvo nas hipteses autorizativas insculpidas no artigo 324, 1, do NCPC.
Mas deve ser lembrado que certeza e determinao no importam na liquidez do pedido, pois este pode ser ilquido, salvo
nas hipteses de procedimento sumarssimo, pois nesse o pedido deve ser lquido (art. 852- B), sob pena de extino do
processo sem julgamento do mrito (art. 852 B, CLT). Obs.2: O pedido, ainda, pode ser cumulado, ou seja, havendo
diversas causas de pedir (fatos e fundamentos) haver diversos pedidos. No que concerne cumulao deve-se lembrar que
a cumulao pode ser prpria ou imprpria, a primeira pode ser desvelada sobre a forma de cumulao simples ou sucessiva.
A cumulao prpria simples aquela que se d quando, com base em diversas causas de pedir, se realizam diversos
pedidos, um para cada causa de pedir, exemplo, condenao ao pagamento das verbas correspondentes s horas extras e ao
descanso semanal remunerado no pagos ao obreiro. J a cumulao prpria sucessiva, aquela que ocorre quando h
diversas causas de pedir e diversos pedidos, mas o deferimento de um a causa lgica para o deferimento dos demais, por
exemplo, a condenao s horas extras e, por via de consequncia, os reflexos das horas extras nas verbas rescisrias. Por
fim, a cumulao de pedidos ser dita imprpria quando for desvelada sobre a forma de pedidos alternativos ou subsidirios.
Se d a cumulao imprpria na forma alternativa quando o reclamante, com base em uma nica causa de pedir, requer o
acolhimento de um de dois pedidos, ou seja, quando o Reclamante requer, por exemplo, nas aes que visem o cumprimento
de obrigao de fazer, a realizao do ato ou fato pelo reclamado ou o valor correspondente s perdas e danos. Por seu turno
ocorrer acumulao impropria por subsidiariedade quando o Reclamante, com base em uma causa de pedir, realizar dois ou
mais pedidos, a ela vinculados, mas com ordem de preferencia, ou seja, quando o reclamante deduzir mais de um pedido
sempre com intuito do acolhimento do antecedente e somente na sua impossibilidade, seja acolhido o posterior. Exemplo:primeiro pedido seja condenada a reclamada imediata reintegrao do autor nos quadros de funcionrios. Segundo
pedido ? em no sendo acolhido o primeiro, seja condenada a reclamada ao pagamento das verbas correspondentes
dispensa imotivada. Obs.3: Ainda sobre os pedidos cumpre destacar que em caso de pedido de antecipao de tutela (tutela
de urgncia de natureza satisfativa), este dever ser o primeiro item do pedido, sendo necessria a prvia fundamentao, na
causa de pedir, dos motivos de sua necessidade, com nfase na prova inequvoca que convena o juiz da verossimilhana
das alegaes, com base no disposto no art. 300 c/c art. 303, ambos do Novo Cdigo de Processo Civil. Ressalte-se,
entretanto, que h a necessidade da demonstrao do dano reverso, ou seja, que a medida antecipatria determinada possa
ser revertida ou indenizada, no causando maior dano a parte que a suporta do que a que requer.
2.5. Do Valor da Causa:(inciso V, do artigo 319 do NCPC) a toda causa deve ser atribudo um valor, mesmo nas causas
meramente declaratrias, onde o valor em tese seria inestimvel, deve ser atribudo um valor determinado.
Obs.: obrigatria a incluso na petio inicial de um valor causa, isto porque o valor define se a demanda ser submetida
ao procedimento comum (ordinrio), sumarssimo (para as causas cujo valor seja de at 40 salrios mnimos),ou sumrio
(para as causa que no ultrapassem o valor correspondente dois salrios mnimos).
Obs.2: nas causas submetidas ao procedimento sumrio o valor da causa corresponder, via de regra, ao somatrio dos
pedidos quando forem sob a forma de cumulao prpria, conforme determina o artigo 852-B, inciso I da CLT. Obs.3: Para
a determinao do valor da causa deve ser considerado o disposto nos artigos 291 e 292 do NCPC.
2.6. Das Provas: (inciso VI, do artigo 319 do NCPC) toda a matria ftica deve ser comprovada, assim como,
excepcionalmente, as direito objetivo e positivo municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinrio, conforme o disposto
nos artigo 373 e 376 do Cdigo de Processo Civil.
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Obs.: A prova no regramento do NCPC direito da parte, sendo admissvel todos os meios legais bem como os moralmente
legtimos, ainda que no tipificados na lei.
Obs.2: O regramento de provas no NCPC traz importante instrumento instrutrio aplicvel ao processo do trabalho no artigo
370, pois garante a possibilidade da determinao de ofcio de provas, o que um poder de instruo processual do Juiz.
Outro ponto de interesse, o disposto no artigo 371 do NCPC, o qual determina a livre apreciao da prova para a formao
do convencimento racional e fundamentado do magistrado, o que, igualmente, inteiramente aplicvel ao processo do
trabalho.
Obs.3: nus da Prova, o novo Cdigo de Processo Civil, em seu artigo 373, inovando e atendendo os clamores da doutrina e
da j consolidada jurisprudncia ptria, adotou a teoria da carga dinmica do nus probatrio, em franca oposio a teoria
adotada pelo CPC de 1973 (carga esttica), o que aproximou o NCPC CLT, justamente no que tange dinmica
processual.
2.7. O Requerimento de Notificao do Reclamado: diferentemente do que ocorre no processo civil, todas as
comunicaes dos atos processuais operam sobre a rubrica de notificao, ou seja, no h a diferena entre citao e
intimao, todas sero processadas e formalizadas sobre a rubrica de notificao. Este o ltimo pedido a ser realizado, em
outras palavras, apos a realizao de todos os pedidos deve o Reclamante inserir o requerimento de notificao doReclamado, para comparecimento em audincia de conciliao (princpio conciliatrio) a ser designada pelo juzo, sob pena
de revelia e, tambm, para deduzir a sua defesa. Exemplo do requerimento de notificao: determinar a notificao da
reclamada, para comparecer a audincia a ser designada por este r. Juzo, oportunidade em que dever oferecer contestao a
presente, sob pena de revelia e confisso da matria de fato, esperando ao final ver julgados procedentes os pedidos
formulados nesta ao.
Obs.: O NCPC no elenca mais no rol dos incisos do artigo 319, o pedido de realizao da citao do Ru, tal como ocorria
com o artigo 282 do CPC de 1973, fato que o pedido de citao ainda requisito da petio inicial, decorrendo dos 246 e
seguintes do NCPC. 3. Aspectos formais da petio inicial A petio inicial tem por finalidade precpua veicular, com
absoluta clareza, a pretenso do Autor tutela jurisdicional. Tal objetivo requer alguns cuidados formais que garantam aeficcia da pea como veculo informativo e formador do livre convencimento motivado do julgador. Seguem alguns
parmetros formais para a elaborao da petio inicial: margem direita de 2cm margem esquerda de 4cm fonte, no
mnimo, 12 espao de entrelinha 1,5 recuo nas primeiras linhas dos pargrafos alinhamento justificado
Exemplo: JIZO OU TRIBUNAL A QUE DIRIGIDA (ESPAAMENTO DE 10 LINHAS) QUALIFICAO DO
RECLAMANTE , vem, por seu advogado, com escritrio na , para fins do artigo 106, I do Cdigo de Processo Civil,
propor a presente NOME DA AO pelo rito comum, em face de QUALIFICAO DA RECLAMADA, pelos fatos e
fundamentos que se seguem:
I- DA GRATUIDADE DE JUSTIA Pedido de gratuidade se houver.
II DA COMISSO DE CONCILIAO PRVIA Indicao se houve ou no tentativa de conciliao (vide observao
dos fatos)
III DOS FATOS Parte narrativa onde deve constar os fatos que ensejam a demanda. Pode ser realizado por tpicos que
constem as informaes relevantes do caso concreto, tais como: reconhecimento do vinculo empregatcio nulidade da
relao de trabalho anotao do contrato de trabalho na CTPS fatos atinentes a parcelas de natureza salarial fatos
relacionados jornada de trabalho FGTS parcelas indenizatrias
IV DOS FUNDAMENTOS Em consonncias aos tpicos levantados nos fatos deve-se fundamentar a pretenso doReclamante, com base nos argumentos mais pertinentes e relevantes, tais como o de autoridade, que se utiliza de OJ`s,
smulas, dispositivos legais dentre outros.
V DO PEDIDO: Diante do exposto, requer:
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1. seja deferido o pedido de Gratuidade de Justia pleiteada no prembulo desta exordial
2. Os pedidos referentes s causas de pedir e dos fundamentos apresentados, de acordo com a natureza do provimento
jurisdicional, ou seja, declaratrio, condenatrio ou constitutivo.
3. determinar a notificao da reclamada, para comparecer a audincia a ser designada por este r. Juzo, oportunidade
em que dever oferecer contestao a presente, sob pena de revelia e confisso da matria de fato, esperando ao
final ver julgados procedentes os pedidos formulados nesta ao
VI DAS PROVAS Indica como provas a serem produzidas as de carter documental, testemunhal e depoimento pessoal dorepresentante legal da Reclamada, sob pena de confisso, na amplitude do artigo 369 do Cdigo de Processo Civil. DO
VALOR DA CAUSA: D-se presente o valor de R$ Nestes Termos, P. deferimento. Local e data. Nome do Advogado
OAB n
SEMANA 2:
Descrio Na presente data, compareceu em seu escritrio a Sra. Gislaine da Silva, brasileira, viva, portadora da cdula de
identidade n 123456-9 e da CTPS n 12345, srie 111-RJ, inscrita no CPF/MF sob o n 444.333.222-11, residente e
domiciliada na Rua dos desempregados, n 12, Bairro Afastado, Rio de Janeiro, oportunidade em que lhe narrou o seguinte
caso: Sou manicure a mais de 30 anos, e em 1997, comecei a trabalhar no salo da Gertrudez, tendo como horrio de
trabalho de segunda sexta-feira, das 8h s 17h, e como salrio a quantia correspondente a um salrio mnimo. Porm, em2007, fui mandada embora sem nenhum aviso, apesar de sempre ter trabalhado, nunca ter tirado frias e sequer ter
recebido qualquer valor do dito 13 salrio.? Acrescentou, ainda: Doutor(a), eu no sou de ficar botando ningum na
justia, no. Mas trabalhei durante anos e fui dispensada sem qualquer motivo e, o pior, nunca assinaram a minha carteira
, estou indignada.? Ao final da consulta, a Sra. Gislaine deixou como documentos a cpia de sua identidade, CPF, CTPS e
comprovante de residncia, assim como o contrato social do salo da Gertrudez, onde foi possvel perceber que a empresa
opera, hoje, sob a denominao de Salo Sempre Bela EIRLI, inscrita no CNPJ sob o n 33.011.555/0001-00, tendo como
principal estabelecimento a Rua dos Prazeres, n 1, loja A, Ipanema, Rio de Janeiro. Diante dos fatos apresentados e sabendo
que foi elaborada a procurao e o contrato de honorrios, elabore a medida processual adequada aos interesses de sua
cliente.
SEMANA 3:
Descrio (XII EXAME DE ORDEM Prova Prtico-profissional Adaptado) Sntese da entrevista feita com Bruno Silva,
brasileiro, solteiro, CTPS 0010, Identidade 0011, CPF 0012 e PIS 0013, filho de Valmor Silva e Helena Silva, nascido em
20.02.1990, domiciliado na Rua Oliveiras, 150, Cuiab, CEP 20000-000: que foi admitido h exatos trs anos pela empresa
Central de Legumes Ltda., situada na Rua das Accias, 58, Cuiab, CEP 20000-010, e dispensado sem justa causa h exato
um ms, quando recebeu corretamente as verbas da extino contratual que teve a CTPS assinada e exercia a funo de
empacotador, recebendo por ltimo o salrio de R$ 1.300,00 por ms que sua tarefa consistia em empacotar congelados de
legumes numa mquina adquirida para tal fim. H exato um ano sofreu acidente do trabalho na referida mquina, quando
sua mo ficou presa no interior do equipamento, ficando afastado pelo INSS e recebendo auxlio doena acidentrio at por
exatos seis meses a contar do incidente, quando retornou ao servio. No acidente, sofreu trauma na mo esquerda e se
submeteu a tratamento mdico e psicolgico, gastando com os profissionais R$ 2.500,00 entre honorrios profissionais e
medicamentos, tendo levado consigo os recibos. Do acidente no resultou nenhuma deformidade permanente ou mesmo
danos de natureza esttica. A CIPA da empresa, convocada quando da ocorrncia do acidente, verificou que a mquina
havia sido alterada pela empresa, que retirou um dos componentes de segurana para que ela trabalhasse com maior rapidez
e, assim, aumentasse a produtividade. Bruno costumava fazer digitao de trabalhos de concluso de curso para
universitrios, ganhando em mdia R$200,00 por ms, mas no perodo em que esteve afastado pelo INSS no teve condiofsica de realizar esta atividade, que voltou a fazer to logo retornou ao emprego. Analisando cuidadosamente o relato feito
pelo trabalhador, apresente a pea pertinente melhor defesa, em juzo, dos interesses dele, sem criar dados ou fatos no
informados.
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SEMANA 4:
Descrio Felisberto Magnanimo dos Santos, brasileiro, casado, filho de Felisbento dos Santos e Albertina Magnanimo,
portador da carteira de identidade n 123456-9, expedida pelo DETRAN/SP, e da CTPS n 123456, srie 125-RJ, inscrito no
CPF/MF sob o n 123.456.789-11, residente e domiciliado sito rua dos mortos, n 121, CEP 20.000-000, Resende, Rio de
Janeiro, foi admitido h exatos dois anos, seis meses e vinte e dois dias, pela empresa Bom Caminho S.A., inscrita no
CNPJ/MF sob o n 33.000.556/0001-00, com sede na rua dos montadores de veculos, s/n, Porto Real, Rio de Janeiro, CEP
22.000-111, para exercer a funo de auxiliar administrativo I, percebendo o salrio mensal no valor de R$ 3.000,00. A
jornada de trabalho contratada foi de 44 horas semanais, sendo 8 (oito) horas de segunda sexta-feira e de 04 (quatro) horas
aos sbados. Por certo, no curso do contrato de trabalho, devidamente anotado na CTPS, Felisberto teve recolhido
corretamente o seu FGTS, contribuio prvidenciria e, ainda, percebeu dirias de viagens nunca excedentes 50% de seu
salrio mensal, assim como, eventualmente, as horas extras que realizava. Contudo, hoje, Felisberto sofreu um mau sbito,
vindo a falecer no translado de sua residncia fbrica. Com o falecimento do funcionrio, a empresa Bom Caminho S.A.
entra em contato com seu escritrio solicitando os servios advocatcios, informando que gostaria de efetuar o pagamento
das verbas rescisrias do funcionrio. A empresa, ainda, informou que o funcionrio nunca gozou frias na empresa, bem
como o mesmo era casado com Magdalena Mortcia dos Santos, portadora da cdula de identidade n 121121121, expedidapelo DETRAN/RJ e inscrita no CPF/MF sob o n 125.154.178-97, e que o casal no possua filhos, estando os ascendentes
do de cujus j falecidos. Diante do caso narrado, elabore a pea processual cabvel ao caso concreto, que voc, como
advogado da reclamada, proporia em juzo, descriminando todas as parcelas e os fundamentos pertinentes.
SEMANA 5:
Descrio VALERSON PORRADA, brasileiro, solteiro, bancrio, portador da CTPS 123456, srie 123, residente na Rua do
cemitrio, n 13, Cuiab, Mato Grosso, prestou servios desde de 10.01.2000 para o Banco Afortunado S.A., com sedelocalizada na Rua do Dinheiro Fcil, n 171, Centro, Cuiab-MT. Em 05.10.2014 foi eleito dirigente sindical de sua
categoria profissional, sem contudo se afastar de suas funes no Banco Afortunado S.A. Ocorre que, em 24.06.2015,
durante o perodo de greve dos bancrios, Valerson, inconformado com seu superior hierrquico, que no aderiu a greve
deflagrada, acabou agredindo-o com socos e pontaps, alm do fato de que invadiu a agncia bancria, depredando o
patrimnio da empresa. O fato foi presenciado por vrios colegas de trabalho e registrada a ocorrncia na Delegacia de
Polcia do bairro, com instaurao de inqurito policial. Diante do ocorrido, na qualidade de advogado contratado pelo
Banco Afortunado, elabore a medida judicial cabvel necessria para a dispensa por justa causa de Valerson.
SEMANA 6:
Descrio:1.Defesa do Reclamado Aspectos Gerais Inicialmente, cabe destacar que a defesa do reclamado, no mbito do
processo do trabalho, ser apresentada em audincia, aps a tentativa de conciliao frustrada. A defesa do acusado poder
ser realizada de forma oral ou escrita, sendo mais comum a apresentao da pea de defesa na forma escrita. Contudo, a
CLT primou pela forma oral dos atos processuais, de tal forma que no tratou dos requisitos fundamentais para a elaborao
da contestao. Diante de tal motivo, deve-se buscar os requisitos constantes no CPC, diploma que possui aplicao
subsidiria no processo do trabalho, consoante o disposto no artigo 769 da CLT. Desta maneira, nos termos do Cdigo de
Processo Civil de 1973, poder o reclamado apresentar como espcies de defesa: contestao, reconveno e exceo.
1.1. Principais princpios:
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Ampla Defesa e Contraditrio corolrio do principio do devido processo legal, a ampla defesa e o contraditrio so
princpios constitucionais do processo assegurados pelo artigo 5, inciso LV da Constituio Federal, mas pode ser definido
tambm pela expresso audiatur et altera pars, que significa: oua-se tambm a outra parte?. O princpio da ampla defesa e
do contraditrio possuem base no dever delegado ao Estado de facultar ao acusado a possibilidade de efetuar a mais
completa defesa quanto imputao que lhe foi realizada. As condies mnimas para a convivncia em uma sociedade
democrtica so pautadas atravs dos direitos e garantias fundamentais. Estes so meios de proteo dos Direitos
individuais, bem como mecanismos para que haja sempre alternativas processuais adequadas para essa finalidade. No s a
Constituio da Repblica, mas tambm a Conveno Americana sobre os Direitos Humanos, chamada de Pacto de So Josda Costa Rica, aprovada pelo Congresso Nacional, atravs do Decreto Legislativo n 27, de 26/5/1992, garante o
contraditrio.
Diz o art. 8: Art. 8 Garantias Judiciais Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um
prazo razovel, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na
apurao de qualquer acusao penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigaes de
natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. Por tudo isso, o princpio da ampla defesa e do contraditrio
refletem o dever de possibilitar ao Reclamado todos os meios de defesa e instrumentos processuais hbeis para a garantia
efetiva de um contraditrio. Princpio da Concentrao o Eventualidade toda a matria de defesa deve ser apresentada
em uma nica oportunidade processual, sob pena de precluso, ou seja, deve o Reclamado, em sua pea de bloqueio, alegar
todas as matrias de fato e de direito que pretende impugnar, inclusive, indicando clara e precisamente, quais so os motivos
pelos quais no concorda com a pretenso autoral, impugnando especificamente cada uma das causas de pedir e consequente
pedidos, realizados pelo Reclamante. Nesse sentido, aps a apresentao da contestao somente ser lcito ao Reclamado
deduzir novas alegaes se relativas a direito superveniente, competir ao juiz conhecer delas de ofcio ou por expressa
autorizao legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e juzo, conforme o disposto no artigo 303 do CPC. O NCPC,
a seu turno, mantem tal limite no artigo 342:
Art. 342. Depois da contestao, s lcito ao ru deduzir novas alegaes quando: I relativas a direito ou a fato
superveniente II competir ao juiz conhecer delas de ofcio III por expressa autorizao legal, puderem ser formuladasem qualquer tempo e grau de jurisdio. Princpio do nus da Impugnao Especfica ou Especificada decorrente do
principio da concentrao ou da eventualidade, o princpio em comento importa no dever de o Reclamado impugnar, em sua
defesa, cada fato citado pelo autor que auxiliou para o surgimento do direito pleiteado. Essa forma de defesa muito
importante, pois a lei determina que os fatos no rebatidos pelo ru so considerados verdadeiros, conforme o disposto no
artigo 302 do CPC:
Art. 302. Cabe tambm ao ru manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petio inicial. Presumem-se
verdadeiros os fatos no impugnados, salvo: I se no for admissvel, a seu respeito, a confisso II se a petio inicial no
estiver acompanhada do instrumento pblico que a lei considerar da substncia do ato III se estiverem em contradio
com a defesa, considerada em seu conjunto. O NCPC, a seu turno, manteve a mesma determinao no artigo 341: Art. 341.Incumbe tambm ao ru manifestar-se precisamente sobre as alegaes de fato constantes da petio inicial, presumindo-se
verdadeiras as no impugnadas, salvo se: I no for admissvel, a seu respeito, a confisso II a petio inicial no estiver
acompanhada de instrumento que a lei considerar da substncia do ato III estiverem em contradio com a defesa,
considerada em seu conjunto. Pargrafo nico. O nus da impugnao especificada dos fatos no se aplica ao defensor
pblico, ao advogado dativo e ao curador especial.
1.2. Espcies de Defesa do Reclamado: pode ser dar atravs da apresentao de Contestao, Reconveno e Exceo,
conforme o disposto no artigo 297 do atual CPC: Art. 297. O ru poder oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petio
escrita, dirigida ao juiz da causa, contestao, exceo e reconveno. Entretanto, no se pode olvidar que o NCPC prev
como modalidades de defesa do Ru somente a contestao e a Reconveno, mas sendo essa ltima ofertada no corpo da
contestao, conforme o disposto nos artigos 335 e 343 do NCPC: Art. 335. O ru poder oferecer contestao, por petio,
no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial ser a data: I da audincia de conciliao ou de mediao, ou da ltima
sesso de conciliao, quando qualquer parte no comparecer ou, comparecendo, no houver autocomposio II do
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protocolo do pedido de cancelamento da audincia de conciliao ou de mediao apresentado pelo ru, quando ocorrer a
hiptese do art. 334, 4o, inciso I III prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citao, nos demais
casos. 1o No caso de litisconsrcio passivo, ocorrendo a hiptese do art. 334, 6o, o termo inicial previsto no inciso II
ser, para cada um dos rus, a data de apresentao de seu respectivo pedido de cancelamento da audincia. 2o Quando
ocorrer a hiptese do art. 334, 4o, inciso II, havendo litisconsrcio passivo e o autor desistir da ao em relao a ru ainda
no citado, o prazo para resposta correr da data de intimao da deciso que homologar a desistncia. Art. 343. Na
contestao, lcito ao ru propor reconveno para manifestar pretenso prpria, conexa com a ao principal ou com o
fundamento da defesa. 1o Proposta a reconveno, o autor ser intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentarresposta no prazo de 15 (quinze) dias. 2o A desistncia da ao ou a ocorrncia de causa extintiva que impea o exame de
seu mrito no obsta ao prosseguimento do processo quanto reconveno. 3o A reconveno pode ser proposta contra o
autor e terceiro. 4o A reconveno pode ser proposta pelo ru em litisconsrcio com terceiro. 5o Se o autor for substituto
processual, o reconvinte dever afirmar ser titular de direito em face do substitudo, e a reconveno dever ser proposta em
face do autor, tambm na qualidade de substituto processual. 6o O ru pode propor reconveno independentemente de
oferecer contestao. Assim sendo, pelo principio da celeridade e da instrumentalidade das formas, que vigoram no mbito
processual laboral, no se pode deixar de anotar que as mudanas concernentes celeridade e simplicidade processual,
promovidas pelo NCPC, sero integralmente adotadas na justia do trabalho. Desta maneira, no que tange especificamente
defesa do Reclamado, em que pese a parca doutrina existente, vez que se trata de um recente cdigo de processo civil, sepode entender que integralmente aplicvel, por fora do 769 da CLT, o disposto nos artigos acima mencionados, de tal
forma que as espcies de defesa do Reclamado, no mbito do processo do trabalho, sero somente a contestao e a
reconveno. A par dessas colocaes iniciais, passa-se ao estudo de cada espcie de defesa no atual CPC, a saber:
1.2.1. Contestao A contestao , sem dvida, a principal espcie de defesa do Ru, especialmente pelo fato de ser a
nica modalidade de resposta processual que tem o condo de evitar a figura da revelia. na contestao que o Reclamado
ir exercer o seu direito constitucional ampla defesa e ao contraditrio, insurgindo-se contra a pretenso do Reclamante,
impugnando especificamente todos os fatos por aquele deduzidos. Por certo, a contestao envolver todas as matrias de
defesa do Reclamado, quer sejam de ndole processual, quer sejam de ndole material.
1.2.2. Reconveno A reconveno modalidade de resposta do ru, concernente no a uma defesa, mas sim a uma
manifestao de ataque contra o autor (SARAIVA, 2014, pg. 315) A reconveno constitui verdadeiro contra-ataque do
reclamado em face do reclamante, dentro do mesmo processo, tendo natureza jurdica de ao autnoma proposta pelo
reclamado em face do reclamante. Para que seja possvel reconvir devem ser preenchidos alguns requisitos: Competncia
do juzo para o conhecimento da reconveno Compatibilidade do procedimento Pendncia do processo principal
Existncia de conexo entre a reconveno e ao principal A reconveno no NCPC tratada no artigo 343: Art. 343. Na
contestao, lcito ao ru propor reconveno para manifestar pretenso prpria, conexa com a ao principal ou com o
fundamento da defesa. 1o Proposta a reconveno, o autor ser intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar
resposta no prazo de 15 (quinze) dias. 2o A desistncia da ao ou a ocorrncia de causa extintiva que impea o exame de
seu mrito no obsta ao prosseguimento do processo quanto reconveno. 3o A reconveno pode ser proposta contra o
autor e terceiro. 4o A reconveno pode ser proposta pelo ru em litisconsrcio com terceiro. 5o Se o autor for substituto
processual, o reconvinte dever afirmar ser titular de direito em face do substitudo, e a reconveno dever ser proposta em
face do autor, tambm na qualidade de substituto processual. 6o O ru pode propor reconveno independentemente de
oferecer contestao. Dessa forma, a reconveno, no NCPC, deixa de ser apresentada em uma pea autnoma e passa a
integrar o bojo da contestao. Contudo, muito embora integre a contestao, a reconveno continua tendo a natureza
jurdica de ao autnoma, devendo preencher os mesmos requisitos e ser proposta no mesmo prazo para a apresentao da
contestao.
1.2.3. ExceoA exceo espcie de defesa do reclamado que objetiva resolver determinada questo pendente, sem operara extino do feito com ou sem a resoluo do mrito. Desta forma, objetiva, em verdade, atacar a imparcialidade do
magistrado ou a incompetncia do juzo (incompetncia relativa), conforme o disposto no artigo 304 do CPC. A exceo
apresentada em pea autnoma dirigida ao juzo da causa e deve preencher todos os requisitos da petio inicial. O NCPC,
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aproximando-se do que j ocorre na seara trabalhista, extinguiu a apresentao da pea de exceo de incompetncia
relativa, tratando-a como preliminar de contestao, tal como j admitia grande parte da doutrina processual trabalhista.
Assim sendo, a exceo de incompetncia relativa dever ser apresentada como preliminar de contestao (defesa
processual), a teor do artigo 337, inciso II, do NCPC: Art. 337. Incumbe ao ru, antes de discutir o mrito, alegar: () II
incompetncia absoluta e relativa J quanto exceo de impedimento ou suspeio (artigo 801 da CLT), que era
processada por meio de pea autnoma, dever passar a ser processada na forma do artigo 146 do NCPC: NCPC Art. 146.
No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegar o impedimento ou a suspeio, em petio
especfica dirigida ao juiz do processo, na qual indicar o fundamento da recusa, podendo instru-la com documentos em quese fundar a alegao e com rol de testemunhas. 1o Se reconhecer o impedimento ou a suspeio ao receber a petio, o
juiz ordenar imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrrio, determinar a autuao em apartado
da petio e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar suas razes, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas,
se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal. 2o Distribudo o incidente, o relator dever declarar os seus
efeitos, sendo que, se o incidente for recebido: I sem efeito suspensivo, o processo voltar a correr II com efeito
suspensivo, o processo permanecer suspenso at o julgamento do incidente. 3o Enquanto no for declarado o efeito em
que recebido o incidente ou quando este for recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgncia ser requerida ao
substituto legal. 4o Verificando que a alegao de impedimento ou de suspeio improcedente, o tribunal rejeit-la-.
5o Acolhida a alegao, tratando-se de impedimento ou de manifesta suspeio, o tribunal condenar o juiz nas custas eremeter os autos ao seu substituto legal, podendo o juiz recorrer da deciso. 6o Reconhecido o impedimento ou a
suspeio, o tribunal fixar o momento a partir do qual o juiz no poderia ter atuado. 7o O tribunal decretar a nulidade
dos atos do juiz, se praticados quando j presente o motivo de impedimento ou de suspeio. Ou seja, por meio de simples
petio dirigida ao juzo da causa poder ser alegada a suspeio ou impedimento, cabendo ao magistrado, se entender
procedente, remeter os autos ao juiz tabelar ou, no entendendo procedente, determinar a atuao em apartado da petio,
apresentado suas razoes e remetendo ao tribunal a que vinculado, para que este decida acerca do incidente.
2. Da ContestaoComo dito, a contestao , sem dvida, a principal espcie de defesa do Ru, especialmente pelo
fato de ser a nica modalidade de resposta processual que tem o condo de evitar a figura da revelia. Cumpre ao
Reclamado deduzir todas as matrias de defesa, impugnando especificamente cada um dos fatos apresentados peloReclamante, sob pena de confisso. Assim sendo a contestao, como pea de defesa, dever apresentar toda e
qualquer matria afeta defesa dos interesses do Reclamado, podendo estas ser de duas ordens:
2.1. Defesa ProcessualA defesa processual realizada na contestao, constitui-se em verdadeira defesa indireta realizada
pelo Reclamado, pois destina-se s questes de ordem processual sem alcanar o mrito da lide. As defesas processuais so
tambm conhecidas como preliminares de contestao e podem ser classificadas como peremptrias ou dilatrias, a
depender se extinguem o processo ou se suspendem/dilatam o curso do processo, respectivamente. As defesas processuais
encontram-se estabelecidas no artigo 301 do CPC: Art. 301. Compete-lhe, porm, antes de discutir o mrito, alegar: I
inexistncia ou nulidade da citao II incompetncia absoluta III inpcia da petio inicial IV perempo V
litispendncia Vl coisa julgada VII conexo Vlll incapacidade da parte, defeito de representao ou falta de
autorizao IX conveno de arbitragem X carncia de ao Xl falta de cauo ou de outra prestao, que a lei exige
como preliminar A seu turno, o NCPC as prev no artigo 337: Art. 337. Incumbe ao ru, antes de discutir o mrito, alegar: I
inexistncia ou nulidade da citao II incompetncia absoluta e relativa III incorreo do valor da causa IV inpcia
da petio inicial V perempo VI litispendncia VII coisa julgada VIII conexo IX incapacidade da parte,
defeito de representao ou falta de autorizao X conveno de arbitragem XI ausncia de legitimidade ou de
interesse processual XII falta de cauo ou de outra prestao que a lei exige como preliminar XIII indevida concesso
do benefcio de gratuidade de justia. As inovaes mais sensveis verificadas no NCPC, dizem respeito, justamente,
possibilidade de alegao da incompetncia relativa, no bojo das preliminares de contestao e a impugnao ao benefcio
da Gratuidade de Justia, que era processado em autos apartados, conforme o disposto na Lei n 1.060 de 1950. Contudo importante destacar que as preliminares (defesas processuais) previstas nos incisos V, X e XII , do artigo 337 do NCPC
(Artigo 301, V, IX e XI do CPC/73), no so aplicveis ao processo do trabalho, no que tange aos dissdios individuais.
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2.2. Defesa de MritoQuanto ao mrito a contestao poder apresentar duas espcies de defesa:
2.2.1. Defesa de Mrito Indiretas As defesas de mrito indiretas, tambm denominadas ?excees substanciais? so
aquelas em que o Reclamado reconhece o fato constitutivo do direito, mas alega um fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do Reclamante. Fato Impeditivo so aqueles que provocam a ineficcia dos fatos alegados pela outra
parte. Fato Modificativo so aqueles que modificam ou alteram os fatos alegados pela outra parte, tais como pagamento
parcial, compensao, dentre outros. Fato Extintivo so aqueles que extinguem as obrigaes pretendidas pela outra parte,
podendo ocorrer pela prescrio, decadncia, pagamento, renncia ou mesmo transao.
2.2.2. Defesa de Mrito DiretaA defesa direta de mrito ocorre com a negao dos fatos constitutivos, ou seja, negam-se
os fatos que constituem o direito do Reclamante, devendo tal negao ser acompanhada das provas dos fatos negados. 2.3.
Requisitos Essenciais -Aspectos Formais Tal como ocorre com a petio inicial, a contestao realizada de forma escrita
dever preencher os requisitos constantes no artigo 335 a 342 do NCPC. Dessa forma, sob a tica dos aspectos de forma, a
contestao dever conter:
2.3.1. Endereamento ao Juzo Competente A contestao, diferentemente do que ocorre com a petio inicial, ser
endereada ao juzo que determinou a notificao do Reclamado, ou seja, ser endereada ao juzo onde a ao foi
distribuda. Exemplo: Notificao realizada pelo juzo da 5 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, o endereamento serassim realizado: EXCELENTSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5 VARA DO TRABALHO DO RIO DE
JANEIRO 2.3.2. Identificao do Processo Alm do endereamento ao juzo onde foi distribuda a demanda, a contestao
dever conter o nmero de registro do processo junto ao rgo jurisdicional, ou seja, aps o endereamento ao juzo
competente deve o Reclamado indicar a que processo se refere quela contestao.
Exemplo: EXCELENTSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5 VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO
(5 linhas) Processo n XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
2.3.3. Qualificao das PartesTal como ocorre com a petio inicial, deve-se qualificar as partes do processo, indicando,
como primeira, a parte que est peticionando, ou seja, o reclamado e, aps, a parte contra a quem dirigida as alegaes, ouseja, o Reclamante. Exemplo: ABCDE, pessoa jurdica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n__________, com sede
na rua________, n_______, CEP________, (cidade), (estado), vem, presena de Vossa Excelncia, por seu advogado
infra-assinado, com endereo profissional sito ____________, tempestivamente, apresentar sua CONTESTAO s
alegaes formuladas por XYZKW, j qualificado nos autos da (identificar o nome da demanda), pelas relevantes razes de
fato e de direito que passa a expor:
2.3.4. Das PreliminaresAntes de adentrar ao mrito da reclamao trabalhista deve o Reclamado abordar todas as questes
de ordem processual, denominadas de preliminares. O atual CPC, aplicvel subsidiariamente ao processo do trabalho, por
fora do artigo 769 da CLT, as descreve no artigo 301. Por sua vez, o NCPC as prev no artigo 337, in verbis: Art. 337.
Incumbe ao ru, antes de discutir o mrito, alegar: I inexistncia ou nulidade da citao II incompetncia absoluta erelativa III incorreo do valor da causa IV inpcia da petio inicial V perempo VI litispendncia VII coisa
julgada VIII conexo IX incapacidade da parte, defeito de representao ou falta de autorizao X conveno de
arbitragem XI ausncia de legitimidade ou de interesse processual XII falta de cauo ou de outra prestao que a lei
exige como preliminar XIII indevida concesso do benefcio de gratuidade de justia. Todas as hipteses devem ser
analisadas pormenorizadamente, em tpicos separados. Lembrando que os requerimentos ao final da pea de bloqueio tero
por base, tambm, cada uma das preliminares elencadas, considerando, inclusive, se peremptrias (geram a extino do feito
sem a resoluo do mrito) ou dilatrias (geram a suspenso ou dilao do processo).
2.3.5 Defesas de Mrito IndiretasAps a realizao da defesa processual, deve o ru elencar as prejudiciais de mrito
que geram a extino do feito com a resoluo do mrito, tais como a Prescrio, a Decadncia e a Compensao,
observado, no ltimo caso, o disposto no artigo 767 da CLT, Smula 18 do TST e artigo 477, 5, da CLT. Todas as defesas
de mrito indireta devem ser realizadas em tpicos, pois geraro requerimento de extino do feito com resoluo do mrito.
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2.3.6 Defesas de Mrito DiretasUltrapassadas as preliminares e as prejudiciais de mrito, incumbe ao Reclamado, na
forma do artigo 336 do NCPC, alegar toda e qualquer matria ftica e de direito pela qual impugna os fatos invocados na
reclamao trabalhista, ponderando as razoes que se fundam a sua insurgncia. Importante destacar que o ordenamento
jurdico veda a realizao de contestao pela negatria geral, cabendo ao ru impugnar de forma clara e precisa cada um
dos fatos que ensejam a reclamao trabalhista.
2.3.7- Dos RequerimentosAps terem sido deduzidas toas as impugnaes, deve a contestao apontar os requerimentos
seguindo a ordem na qual foram apresentados, ou seja, primeiro os requerimentos decorrentes das preliminares, aps osrequerimentos decorrentes das defesas de mrito indiretas e, por fim, os requerimentos decorrentes das defesas de mrito
diretas, em um verdadeiro silogismo. Exemplo: Isto posto requer a Vossa Excelncia:
1. o acolhimento da preliminar de incompetncia absoluta, remetendo-se os autos ao Juzo competente, ou seja, para
uma das Varas ________
2. o acolhimento da preliminar de conexo com remessa ao juzo prevento da __________________
3. o acolhimento da preliminar de __________ extinguindo-se o processo sem julgamento do mrito nos termos do
art. 485, ___ do NCPC (ex. ausncia de submisso da comisso de conciliao prvia, inpcia, inexistncia de
liquidez nos pedidos em reclamao trabalhista movida pelo rito sumarssimo) 4. seja reconhecida / pronunciada
a decadncia extinguindo-se o processo com resoluo do mrito nos termos do art. 487, II do NCPC 5. sejaacolhido o pedido de compensao ou reteno, conforme as razes narradas nesta pea de bloqueio 6. vencidas as
preliminares e a prejudicial, que no mrito seja julgado improcedente o pedido autoral
2.3.8 Do Requerimento de ProvasTal como ocorre com a petio inicial, deve o reclamado, ao final de sua contestao,
apresentar as provas que pretende produzir. Exemplo: Indica como provas a serem produzidas as de carter documental,
testemunhal, pericial e depoimento pessoal na amplitude do artigo 369 do Cdigo de Processo Civil. H que se lembrar que
no processo do trabalho, pelo principio da celeridade e da concentrao de atos, sendo a audincia una, dever o Reclamado
indicar as testemunhas e as levar audincia, independentemente de intimao. Outrossim, os documentos devem ser
apresentados junto contestao, assim como os quesitos para a realizao da percia, caso seja deferida pelo magistrado.
2.3.9 Parte AutenticativaExemplo: Local, data Nome do Advogado OAB n
SEMANA 7:
Descrio XI EXAME DE ORDEM Adaptado Contratado pela empresa Clnica das Amendoeiras, em razo de uma
reclamao trabalhista proposta em 12.12.2014 pela empregada Jussara Pclis (nmero 1146- 63.2014.5.18.0002, 2 Vara do
Trabalho de Goinia), o advogado analisa a petio inicial, que contm os seguintes dados e pedidos: que a empregada foi
admitida em 18.11.2000 e dispensada sem justa causa em 15.07.2013 mediante aviso prvio trabalhado que a homologao
da ruptura aconteceu em 10.09.2013 que havia uma norma interna garantindo ao empregado com mais de 10 anos de
servio o direito a receber um relgio folheado a ouro do empregador, o que no foi observado que a exempregada cumpria
jornada de 2 a 6 feira das 15h s 19h sem intervalo que recebia participao nos lucros (PL) 1 vez a cada semestre, mas ela
no era integrada para fim algum. A autora postula o pagamento da multa do Art. 477 da CLT porque a homologao
ocorreu a destempo condenao em obrigao de fazer materializada na entrega de um relgio folheado a ouro hora extra
pela ausncia de pausa alimentar integrao da PL nas verbas salariais, FGTS e aquelas devidas pela ruptura, com o
pagamento das diferenas correlatas. A empresa entrega ao advogado cpia do recibo de depsito das verbas resilitrias na
conta da trabalhadora ocorrido em 14.08.2013 e cpia dos regulamentos internos vigentes ao longo do tempo, em que existia
previso de concesso do relgio folheado a ouro, mas em fevereiro de 2000, foi substitudo por um novo regulamento, que
previu a entrega de uma foto do empregado com sua equipe. Analisando cuidadosamente a narrativa feita pela empresa e a
documentao por ela fornecida, apresente a pea pertinente defesa, em juzo, dos interesses dela, sem criar dados ou fatos
no informados.
SEMANA 8:
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Descrio V EXAME DE ORDEM UNIFICADO Adaptado Joaquim Ferreira, assistido por advogado particular, ajuizou
reclamao trabalhista, pelo rito ordinrio, em face da empresa Parque dos Brinquedos Ltda. (RT n 0001524-
15.2015.5.04.0035), em 7/06/2015, alegando que foi admitido em 3/2/2011, para trabalhar na linha de produo de
brinquedos na sede da empresa localizada no Municpio de Florianpolis-SC, com salrio de R$ 2.000,00 (dois mil reais)
mensais e horrio de trabalho das 8 s 17 horas, de segunda-feira a sbado, com 1 (uma) hora de intervalo intrajornada.
Esclarece, contudo, que, logo aps a sua admisso, foi transferido, de forma definitiva, para a filial da reclamada situada no
Municpio de Porto Alegre-RS e que jamais recebeu qualquer pagamento a ttulo de adicional de transferncia. Diz que, em
razo da insuficincia de transporte pblico regular no trajeto de sua residncia para o local de trabalho e vice-versa, aempresa lhe fornecia conduo, no lhe pagando as horas in itinere, nem promovendo a integrao do valor correspondente
a essa utilidade no seu salrio, para todos os efeitos legais. Salienta, ainda, que no gozou as frias relativas ao perodo
aquisitivo 2011/2012, apesar de ter permanecido em licena remunerada por 33 (trinta e trs) dias no curso desse mesmo
perodo. Por fim, aduz que, poca de sua dispensa imotivada, era o Presidente da Comisso Interna de Preveno de
Acidentes CIPA instituda pela empresa, sendo beneficirio de garantia provisria de emprego. A extino do contrato de
trabalho ocorreu em 03/03/2013. Diante do acima exposto, postula: a) o pagamento do adicional de transferncia e dos
reflexos no aviso prvio, nas frias, nos dcimos terceiros salrios, nos depsitos do FGTS e na indenizao compensatria
de 40% (quarenta por cento) b) o pagamento das horas in itinere e dos reflexos no aviso prvio, nas frias, nos dcimos
terceiros salrios, nos depsitos do FGTS e na indenizao compensatria de 40% (quarenta por cento) c) o pagamento dasdiferenas decorrentes da integrao no salrio dos valores correspondentes ao fornecimento de transporte e dos reflexos no
aviso prvio, nas frias, nos dcimos terceiros salrios, nos depsitos do FGTS e na indenizao compensatria de 40%
(quarenta por cento) d)o pagamento, em dobro, das frias relativas ao perodo aquisitivo 2011/2012 e) a reintegrao no
emprego, em razo da garantia provisria de emprego conferida ao empregado membro da Comisso Interna de Preveno
de Acidente CIPA, ou o pagamento de indenizao substitutiva e f) o pagamento de honorrios advocatcios.
Considerando que a reclamao trabalhista foi distribuda 35 Vara do Trabalho de Porto Alegre-RS, redija, na condio de
advogado(a) contratado(a) pela reclamada, a pea processual adequada, a fim de atender aos interesses de seu cliente.
SEMANA 9:
Descrio VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Adaptado Refrigerao Nacional, empresa de pequeno porte, contrata
os servios de um advogado em virtude de uma reclamao trabalhista movida pelo ex-empregado Srgio Feres, ajuizada em
12.04.2015 e que tramita perante a 90 Vara do Trabalho de Campinas (nmero 1598-73.2015.5.15.0090), na qual o
trabalhador alega e requer, em sntese: que desde a admisso, ocorrida em 20.03.2009, sofria revista ntima na sua bolsa,
feita separadamente e em sala reservada, que entende ser ilegal porque violada a sua intimidade. Requer o pagamento de
indenizao por dano moral de R$ 50.000,00. que uma vez o Sr. Mrio, seu antigo chefe, pessoa meticulosa e sistemtica,
advertiu verbalmente o trabalhador, na frente dos demais colegas, porque ele havia deixado a blusa para fora da cala, em
desacordo com a norma interna empresarial, conhecida por todos. Efetivamente houve esquecimento por parte de SrgioFeres, como reconheceu na petio inicial, mas entende que o chefe no poderia agir publicamente dessa forma, o que
caracteriza assdio moral e exige reparao. Requer o pagamento de indenizao pelo dano moral sofrido na razo de outros
R$ 50.000,00. que no ms de novembro de 2010 afastou-se da empresa por 30 dias em razo de doena, oportunidade na
qual recebeu benefcio do INSS (auxlio-doena previdencirio, espcie B-31). Contudo, nesse perodo no recebeu ticket
refeio nem vale transporte, o que considera irregular. Persegue, assim, ambos os ttulos no lapso em questo. que a
empresa sempre pagou os salrios no dia 2 do ms seguinte ao vencido, mas a partir de abril de 2012, unilateralmente,
passou a quit-los no dia 5 do ms seguinte, em alterao reputada malfica ao empregado. Requer, em virtude disso, a
nulidade da novao objetiva e o pagamento de juros e correo monetria entre os dias 2 e 5 de cada ms, no interregno de
abril de 2012 em diante. Considerando que todos os fatos apontados pelo trabalhador so verdadeiros, apresente a peapertinente defesa dos interesses da empresa, sem criar dados ou fatos no informados.
SEMANA 10: Descrio RECURSOS
1.1. Conceito: a provocao do reexame de determinada deciso pela autoridade hierarquicamente superior, em regra, ou
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pela prpria autoridade prolatora da deciso, objetivando a reforma ou modificao do julgado, ou seja, o remdio
processual concedido s partes ou terceiro, objetivando que a deciso judicial impugnada seja submetida a novo julgamento.
Obs: Recursos so assim chamados os que se podem exercitar dentro do processo em que surgiu a deciso impugnada
diferem das aes impugnativas autnomas, cujo exerccio, em regra, pressupe a irrecorribilidade da deciso, ou seja, o seu
trnsito em julgado (ex.,ao rescisria).
1.2. Princpios:podem ser elencados os seguintes princpios recursais:
1. a) Duplo Grau de Jurisdio:A CRFB no o prev, mas diversos autores o posicionam como um corolrio do
devido processo legal, do contraditrio e da ampla defesa (artigo 5, LV, da CRFB)
2. b) Unirrecorribilidade: s existe um recurso cabbel para cada deciso, ou seja, s se admite um recurso para
vergastar a deciso.
3. c) Fungibilidade:permite-se o aproveitamento de recurso erroneamente nominado, como se fosse o que deveria
ser interposto, atendendo-se ao principio da finalidade ou simplicidade do processo. Porm h que se advertir que
para a aplicao do principio em comento se deve verificar a existncia de trs fatores cumulativos: i) inexistir erro
grosseiro ii) tem que haver dvida plausvel quanto ao recurso cabvel iii)o recurso erroneamente interposto deve
obedecer o prazo do recurso cabvel.
4. d) Voluntariedade:os recursos, em regra, so voluntrios encerrando manifestao do principio dispositivo.5. e) Princpio da proibio da reformatio in pejus: vedado ao tribunal, no julgamento de um recurso, proferir
deciso mais desfavorvel ao recorrente, do que aquela recorrida
6. f) Irrecorribilidade das decises interlocutrias: as decises interlocutrias so irrecorrveis, somente se
permitindo a apreciao de seu merecimento em recurso da deciso definitiva, artigo 893, 1, da CLT.
7. g) Taxatividade: S admissvel recurso que a lei preveja, ou seja, s cabe recurso que esteja devidamente
previsto em lei, com a sua hiptese de cabimento.
1.3. Juzo de admissibilidade: verificao das condies impostas pela lei para que se possa apreciar o contedo da
postulao. Com o resultado positivo, o recurso admissvel. Quando o rgo a que compete julgar o recurso o declara
inadmissvel, diz-se que ele no conhece do recurso. O juzo de admissibilidade preliminar ao de mrito.
1.3.1. Requisitos de admissibilidade: Os Juzos de admissibilidade podem ser classificados como:
1. a) Intrnsecos ou subjetivos: confundem-se com as condies da ao e os pressupostos processuais, mas
adequando-os aos recursos, assim, pode se dizer que so pressupostos intrnsecos Legitimidade, Interesse e
inexistncia de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer
2. b) Extrnsecos ou objetivos: so aqueles que dizem respeito aos aspectos de forma dos recursos, tais como
tempestividade, preparo, regularidade formal, cabimento, regularidade de representao.
1.4. Juzo de Mrito: aps a preliminar da admissibilidade, cumpre apreciar a matria impugnada para acolh-la, casofundada, ou rejeit-la, caso infundada. O objeto do juzo de mrito o prprio contedo da impugnao deciso recorrida.
Pode ocorrer error in iudicando =>> reforma da deciso em razo da m apreciao da questo de direito ou da questo de
fato, ou de ambas. Pode ocorrer error in procedendo =>> invalidao da deciso por vcio de atividade
1.5. Efeitos:podem ser destacados os seguintes efeitos dos recursos:
1. a) Devolutivo: os recursos, ordinariamente, so dotados apenas de efeito devolutivo, e este nos indica que a
matria impugnada devolvida ao conhecimento do rgo jurisdicional.
2. b) Suspensivo:No processo laboral, em regra, os recursos no so dotados de efeito suspensivo, esse efeito impede
a produo de todo e qualquer efeito da sentena at o julgamento do recurso, por exemplo, artigo 1012 do NCPC3. c) Translativo:Em relao s questes de ordem pblica, as quais devem ser conhecidas de oficio, no se opera a
precluso, podendo o juiz ou tribunal decidir tais questes ainda que no constem das razes recursais ou das
contrarrazes, gerando o denominado efeito translativo dos recursos, conforme o disposto no artigo 1.013, 1, do
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NCPC
4. d) Obstativo:Todo recurso impede a formao da coisa julgada, obstando-a a partir da sua interposio.
5. e) Substitutivo:o Julgamento realizado pelo rgo de superior instncia, sempre que abordar o mrito, substituir
a deciso recorrida, conforme o disposto no artigo 1008 do NCPC 1.6. Teoria da Causa Madura ? importante
destaque deve ser dado acerca da possibilidade de aplicao da chamada teoria da causa madura no mbito laboral.
Tal teoria est prevista no artigo 513, 3 do CPC e ser prevista no artigo 1.013, 3 do NCPC, desde de sua insero duas
correntes doutrinrias se formaram acerca dos pressupostos para a sua aplicao. A primeira sustenta que devem sercumulados os fatores previstos no artigo 513, 3 do atual CPC, ou seja, a causa deve versar sobre matria exclusivamente
de direito e deve estar em condies de imediato julgamento. A segunda a seu turno, entendia que se a causa versasse sobre
matria de direito ou estivesse em condies de imediato julgamento, poderia ser aplicada a teoria da causa madura. Parece
que o NCPC se posicionou em consonncia ao segundo entendimento, admitindo o julgamento quando a causa j estiver em
condies para tal, seno outra a leitura do artigo 1.013, 3, do NCPC: Art. 1.013. A apelao devolver ao tribunal o
conhecimento da matria impugnada. 3 o Se o processo estiver em condies de imediato julgamento, o tribunal deve
decidir desde logo o mrito quando: I reformar sentena fundada no art. 485 II decretar a nulidade da sentena por no
ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir III constatar a omisso no exame de um dos pedidos,
hiptese em que poder julg-lo IV decretar a nulidade de sentena por falta de fundamentao.
2.Espcies de Recurso:no processo trabalhista existe a possibilidade de serem interpostos dez recursos, quais sejam:
2.1. Recurso Ordinrioprevisto na CLT, Art. 893 e 895 e Arts. 328 e 329 do Regimento Interno do Tribunal Superior do
Trabalho
2.2. Recurso de Revistaregulado na CLT, Arts. 893 e 896, na Lei n 7.701/88, Art. 5, a e Art. 331 do Regimento Interno
do Tribunal Superior do Trabalho.
2.3. Embargos de Declarao aplicado subsidiariamente ao processo trabalhista, sendo previsto no Cdigo de Processo
Civil, Art. 535e seguintes, e passar a constar 1.022 do NCPC 2.4. Embargos Infringentes previsto na CLT, Art. 893, na Lein 7.701/88, Art. 2, II, c e Art. 356 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho.
2.5. Agravo de Petiodelineado nos Arts. 893 e 897, a, 1 e 3 da CLT
2.6. Agravo de Instrumento regulado no Arts. 893 e 897, b, 2 e 4 da CLT e Instruo Normativa TST n 6 de
08/06/96 2.7. Agravo Regimentalprevisto na Lei n 7.701/88 Arts. 3 e 5 e nos Regimentos do Tribunal Superior (art. 338)
e Tribunais Regionais do Trabalho.
2.8. Recurso Extraordinrio Regulado na Constituio Federal no artigo 102, III. 2.9. Pedido de Reviso de Valor de
Alada criado pela Lei n 5.584/70, Art. 2.
2.10.Reclamao Correicionalmencionada no artigo 709 da CLT e gizada nos Arts. 682, XI e 709, II da CLT, no Art. 13,
do Regimento Interno da Corregedoria Geral da Justia do Trabalho e nos Regimentos dos Tribunais Regionais do Trabalho.
3. Do Recurso Ordinrio
3.1. Hiptese de cabimento e breves observaes O recurso Ordinrio tem cabimento para o Tribunal Regional contra
decises terminativas ou definitivas do feito, em processo de conhecimento, das Varas do trabalho. O recurso Ordinrio tem
semelhanas com a apelao no Processo Civil e se encontra previsto no artigo 895 da CLT: Art. 895 Cabe recurso
ordinrio para a instncia superior: (Vide Lei 5.584, de 1970) I das decises definitivas ou terminativas das Varas e Juzos,
no prazo de 8 (oito) dias II das decises definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de suacompetncia originria, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissdios individuais, quer nos dissdios coletivos. o recurso
clssico e de larga utilizao no cotidiano forense, pois visa impugnar as decises terminativas ou definitivas proferidas
pelos rgos de primeiro grau de jurisdio. O recorrente pode limitar o alcance da devolutividade, desde que indique
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expressamente os pontos que pretende recorrer, sendo ento recurso parcial, o que determina o trnsito em julgado do
restante da sentena. inexistente o Recurso Ordinrio interposto por preposto do empregador ou do substituto do
empregado, na audincia. No Dissdio Individual, o Juiz Presidente da Junta de Conciliao e Julgamento exerce o juzo de
admissibilidade, e, se negado seguimento, enseja a interposio do Agravo de Instrumento. Quando o recurso Ordinrio for
interposto de deciso de Regional, face a dissdio coletivo, ou ao rescisria, ou mandado de segurana devido a dissdio
coletivo, a competncia para julgar o recurso Ordinrio , em ltima Instncia, da Seo Especializada de dissdio Coletivo
do TST. Quando o recurso Ordinrio for interposto de deciso do Regional face dissdio individual de sua competncia
originria (ao rescisria e mandado de segurana), a competncia para julgar o Ordinrio , em ltima Instncia, da SeoEspecializada em Dissdios Individuais. Assim, o juiz Presidente do Regional exerce o juzo de admissibilidade a quo e o
Ministro Relator o juzo de admissibilidade ad quem. No Dissdio Individual o efeito em que o recurso Ordinrio
recebido ser sempre o devolutivo e no dissdio coletivo, conforme a observao feita anteriormente, o Art. 7, 2, da Lei
n 7.701/88, que prev a faculdade do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho emprestar efeito suspensivo a recurso
Ordinrio interposto de deciso proferida pela Seo Normativa dos Tribunais Regionais do Trabalho, que ter validade pelo
prazo improrrogvel de 120 dias, contados da publicao do Acrdo Art. 9, Lei n 7.701/88. Cabe reproduzir a
observao feita anteriormente. A Lei n 4.725/65, 3, Art. 6 concedia efeito suspensivo ao recurso Ordinrio em dissdio
coletivo. Posteriormente foi revogada pela Lei n 7.788/89, Art. 7, passando a viger que no mais caberia efeito suspensivo
ao recurso Ordinrio em dissdio coletivo. Mais tarde, o Art. 7 da Lei n 7.788/89 foi revogado pelo Artigo 14 da Lei n8.030/90.Contudo, face a impossibilidade de REPRISTINAO, o recurso Ordinrio em dissdio coletivo no teve
readquirido o seu efeito suspensivo. Interessante esclarecer que a Medida Provisria n 1.488 18, de 29/11/96, que dispe
sobre medidas complementares ao Plano Real e d outras providncias, e que vem sendo reeditada a cada ms, desde a
implantao do retrocitado plano, prev no Artigo 14 que o recurso interposto de deciso normativa da Justia do Trabalho
ter efeito suspensivo, na medida e extenso conferidas em despacho do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.
Assim, passa a viger a regra de que o recurso interposto de sentena normativa ter efeito suspensivo, alm do devolutivo.
3.2. PrazoO prazo para interposio de Recurso Ordinrio de 8 dias.
3.3. FormaA interposio dos recursos, via de regra, faz-se em uma nica pea processual, a qual poder dividida em duaspartes: Folha de Rosto ou Pea de Interposio ? endereada ao juiz prolator da deciso, que realizar o primeiro juzo de
admissibilidade e formar o contraditrio. Razes de Recurso ? endereada ao juzo que ir reexaminar o mrito do
recurso, tambm conhecido como juzo ad quem
3.3.1. Folho de Rosto ou Pea de Interposio:A pea de interposio dever conter os seguintes elementos:
3.3.1.1 Endereamento ao Juzo Competente A petio de interposio deve ser direcionada ao juzo prolator da
deciso, exemplo: EXCELENTSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5 VARA DO TRABALHO DO RIO DE
JANEIRO 3.3.1.2- Identificao do ProcessoAlm do endereamento ao juzo onde foi decidida em primeira instncia a
demanda, a pea de interposio dever conter o nmero de registro do processo junto ao rgo jurisdicional, ou seja, aps oendereamento ao juzo competente deve o Recorrente indicar a que processo se refere quela contestao. Exemplo:
EXCELENTSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5 VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (5 linhas)
Processo n XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
3.3.1.3. Identificao das PartesTal como ocorre com as peties deve se indicar quem est peticionando e contra quem
peticionado. Exemplo: Nome do recorrente, j qualificado nos autos em epgrafe, em que contende com (nome do
recorrido), vem, presena de Vossa Excelncia, por seu advogado infra-assinado, com endereo profissional sito
____________, 3.3.1.4. Indicao do tipo de recursoDeve-se indicar o fundamento do recurso e seu tipo, exemplo: Nome
do recorrente, j qualificado nos autos em epgrafe, em que contende com (nome do recorrido), vem, presena de Vossa
Excelncia, por seu advogado infraassinado, com endereo profissional sito ____________, tempestivamente, comfundamento na alena ?a? do artigo 895 da CLT, e inconformado com a sentena proferida, interpor RECURSO
ORDINRIO para o Egrgio Tribunal Regional da___Regio, de acordo com as razes anexas
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3.3.1.5. Indicao da presena de pressupostos extrnsecosDeve ser demonstrada a presena dos pressupostos extrnsecos
tais como preparo e tempestividade. Exemplo: Junta, neste ato, a guia DARF comprovando o recolhimento das custas
processuais e o comprovante do depsito recursal
3.3.1.6. Pedido de Remessa ao juzo ad quem Deve ser realizado o pedido de remessa ao rgo competente para a
apreciao do recurso, em seu mrito. Exemplo: Aps as formalidades de praxe, requer sejam os autos remetidos ao
Tribunal Regional do Trabalho da ___ Regio, para apreciao das anexas Razes.
3.3.1.7. Parte AutenticativaExemplo: Termos em que, P. e E. Deferimento. Local, data Nome do Advogado OAB n 3.3.2.
Razes de Recurso Nas razes de Recurso dever constar os seguintes elementos:
3.3.2.1. Endereamento ao Juzo ad quem As razes de Recurso so dirigidas ao rgo que ir examinar o recurso.
Exemplo: EGRGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ REGIO
3.3.2.2. Identificao das Partes e da OrigemExemplo: Recorrente: Nome do recorrente Recorrido: Nome do Recorrido
Processo n XXXXXXXXXX Origem: __Vara do Trabalho de __________
3.3.2.3. Razes Recursais Introdutrias Deve-se realizar uma breve introduo do inconformismo, dando incio s efetivas
razes do recorrente, sugere-se a seguinte redao: RAZES DE RECURSO ORDINRIO Emritos Julgadores, DoutoRelator No merece prosperar a deciso proferida pelo juzo a quo, na qual (copiar parte da deciso recorrida que
fundamenta a insatisfao)
3.3.2.4. Razes Recursais Propriamente ditas Aps o breve relato do porqu do recurso, deve-se lanar mo dos
fundamentos do recurso, tal como o faz quando da contestao ou mesmo da petio inicial, indicando as razes da reforma
ou anulao da sentena, a depender se o error foi em iudicando ou procedendo. OBS: como se pode constatar, o recurso
ordinrio tem por objetivo a reforma da sentena, no todo ou em parte. por isso, h que analisar com profundidade a prova
dos autos, ressaltando os pontos favorveis ao recorrente, inclusive utilizando-se de acrdos que abordem questes
semelhantes e, eventualmente, podendo citar, tambm, autores, assinalando as respectivas obras.
3.3.2.5. RequerimentosTal como ocorre em todas as peas processuais, deve-se, ao final, realizar o pedido daquilo que se
requer. No caso dos recursos a Reforma ou Invalidao da deciso. Exemplo: Diante de todo o exposto, requer a reforma do
julgado para. (pretenso do recurso)
3.3.2.6. Parte AutenticativaTermos em que, P. e E. Deferimento. Local, data Nome do Advogado OAB n
SEMANA 11:
Descrio Alegando dificuldades setoriais de mercado, a empresa Bom Caminho S.A., afixou comunicado no quadro de
avisos, no qual informou a reduo dos salrios de todos os empregados em 20%, situao que perdurou por 02 (dois) anos.
Aps tal perodo, demitiu nmero representativo de empregados, promovendo o pagamento das verbas rescisrias, tendo
como base o salrio j reduzido. Sentindo-se prejudicado, o ex-empregado Jse Bobo promoveu reclamatria perante a
Justia do Trabalho, postulando as diferenas salariais de todo o perodo da reduo, bem como a recomposio salarial para
que as diferenas das verbas rescisrias fossem pagas pelo maior salrio. A ao foi julgada improcedente em primeiro grau,
sob o fundamento de que, de fato, a crise que abalara aquele setor era pblica e notria, o que legitimara a ao empresarial
j narrada. Como advogado do ex-empregado, proponha a medida processual cabvel com a finalidade de reverter a deciso,
apresentado em suas razes os fundamentos legais e doutrinrios pertinentes ao tema.
SEMANA 12:
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Descrio Em face da sentena abaixo, voc, na qualidade de advogado do reclamante, dever interpor o recurso cabvel
para a instncia superior, informando acerca de preparo porventura efetuado. T VARA DO TRABALHO DE SO JOO
DE PDUA Processo n 644-44.2013.5.03.0015 procedimento sumarssimo AUTOR: RILDO JAIME RS: 1)
SOLUES EMPRESARIAIS LTDA. e 2) METALRGICA CRISTINA LTDA. Aos 17 dias do ms de fevereiro de 2011,
s 10 horas, na sala de audincias desta Vara do Trabalho, o Meritssimo Juiz proferiu, observadas as formalidades legais, a
seguinte S E N T E N A Dispensado o relatrio, a teor do disposto no artigo 852, I, in fine da CLT. FUNDAMENTAO
DA REVELIA E CONFISSO Malgrado a segunda r (tomadora dos servios) no ter comparecido em juzo, mesmo
citada por oficial de justia (mandado a fls. 10), entendo que no h espao para revelia nem confisso quanto matria defato porque a primeira reclamada, prestadora dos servios e ex-empregadora, contestou a demanda. Assim, utilidade alguma
haveria na aplicao da pena em tela, requerida pelo autor na ltima audincia. Rejeito. DA INPCIA ? O autor denuncia ter
sido admitido dois meses antes de ter a CTPS assinada, pretendendo assim a retificao no particular e pagamento dos
direitos atinentes ao perodo oficioso. Apesar de a ex-empregadora silenciar neste tpico, a tcnica processual no foi
respeitada pelo autor. que ele postulou apenas a retificao da CTPS e pagamento dos direitos, deixando de requerer a
declarao do vnculo empregatcio desse perodo, fator indispensvel para o sucesso da pretenso deduzida. Extingo o feito
sem resoluo do mrito em face deste pedido. DA PRESCRIO PARCIAL Apesar de no ter sido suscitada pela
primeira r, conheo de ofcio da prescrio parcial, conforme recente alterao legislativa, declarando inexigveis os
direitos anteriores a cinco anos do ajuizamento da ao. DAS HORAS EXTRAS O autor afirma que trabalhava de 2 a 6feira das 8h s 16h com intervalo de 15 minutos para refeio, postulando exclusivamente hora extra pela ausncia da pausa
de 1 hora. A instruo revelou que efetivamente a pausa alimentar era de 15 minutos, no s pelos depoimentos das
testemunhas do autor, mas tambm porque os controles no exibem a marcao da pausa alimentar, nem mesmo de forma
pr- assinalada. Contudo, uma vez que confessadamente houve fruio de 15 minutos, defiro 45 minutos de horas extras por
dia de trabalho, com adio de 40%, conforme previsto na conveno coletiva da categoria juntada os autos, mas sem
qualquer reflexo diante da natureza indenizatria da verba em questo. DA INSALUBRIDADE Este pedido fracassa porque
o autor postulou o seu pagamento em grau mximo, conforme exposto na pea inicial, mas a percia realizada comprovou
que o grau presente na unidade em que o reclamante trabalhava era mnimo e, mais que isso, que o agente agressor
detectado (iluminao) era diverso daquele indicado na petio inicial (rudo). Estando o juiz vinculado ao agente agressor
apontado pela parte e ao grau por ela estipulado, o deferimento da verba desejada implicaria julgamento extra petita, o que
no possvel. No procede. DA MULTA ARTIGO 477 da CLT O reclamante persegue a verba em exame ao argumento de
que a homologao da ruptura contratual sucedeu 25 dias aps a concesso do aviso prvio indenizado. Sem razo, todavia.
A r comprovou documentalmente que realizou o depsito das verbas resilitrias na conta do autor oito dias aps a
concesso do aviso, de modo que a demora na homologao da ruptura fato incontestado no causou qualquer prejuzo ao
trabalhador. No procede. ANOTAO DE DISPENSA NA CTPS O acionante deseja a retificao de sua CTPS no tocante
data da dispensa, para incluir o perodo do aviso prvio. O pedido est fadado ao insucesso, porquanto no caso em exame o
aviso prvio foi indenizado, ou seja, no houve prestao de servio no seu lapso. Logo, tal perodo no pode ser
considerado na anotao da carteira profissional. No procede. DO DANO MORAL O pedido de dano moral tem por
suporte a revista que o autor sofria. A primeira r explicou que a revista se limitava ao fato de os trabalhadores, na sada doexpediente, levantarem coletivamente a camisa at a altura do peito, o que no trazia qualquer constrangimento, mesmo
porque fiscalizados por pessoa do mesmo sexo. A empresa tem razo, pois, se os homens frequentam a praia ou mesmo
saem rua sem camisa, certamente no ser o fato de a levantarem um pouco na sada do servio que lhes ferir a dignidade
ou decoro. Ademais, a proibio de revista aplica-se apenas s mulheres, na forma do artigo 373-A, VI, da CLT. No houve
violao a qualquer aspecto da personalidade do autor. No procede. DOS HONORRIOS ADVOCATCIOS So
indevidos os honorrios porque, em que pese o reclamante estar assistido pelo sindicato de classe e encontrar-se atualmente
desempregado, o volume dos pedidos ora deferidos superar dois salrios mnimos, pelo que no se cogita pagamento da
verba honorria almejada pelo sindicato. DOS HONORRIOS PERICIAIS Em relao percia realizada, cujos honorrios
foram adiantados pelo autor, j constatei que, no mrito, razo no assistia ao demandante, mas, por outro lado, que haviaefetivamente um agente que agredia a sade do laborista. Desse modo, declaro que a sucumbncia pericial foi recproca e
determino que cada parte arque com metade dos honorrios. A metade devida ao reclamante dever a ele ser devolvida, sem
correo, adicionando-se seu valor na liquidao. JUROS E CORREO MONETRIA Na petio inicial o autor no
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7/26/2019 Pratica Simulada II
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requereu ambos os ttulos, pelo que no devero ser adicionados aos clculos de liquidao, j que a inicial fixa os contornos
da lide e da eventual condenao. RESPONSABILIDADE SEGUNDA R Na condio de tomadora dos servios do autor
durante todo o contrato de trabalho, e considerando que no houve fiscalizao do cumprimento das obrigaes contratuais
da prestadora, condeno a segunda r de forma subsidiria pelas obrigaes de dar, com arrimo na Smula 331 do TST.
Contudo, fixo que a execuo da segunda reclamada somente ter incio aps esgotamento da tentativa de execuo da
devedora principal (a primeira r) e de seus scios. Somente aps a desconsiderao da personalidade jurdica, sem xito na
captura de patrimnio, que a execuo poder ser direcionada contra a segunda demandada. Diante do exposto, julgo
procedentes em parte os pedidos, na forma da fundamentao, que integra este decisum. Custas de R$ 100,00 sobre R$5.000,00, pelas rs. Intimem-se.
SEMANA 13:
Descrio (A) promoveu RT contra (B) pleiteando horas extras e reflexos. (B) contestou o feito alegando que as partes
pactuaram individualmente acordo de compensao de jornada de trabalho e que, portanto, as horas extras seriam indevidas.
A deciso julgou a demanda procedente alertando que o artigo 59, 2, da CLT s admite o acordo de compensao atrabes
de norma coletiva, assim como o artigo 7, XIII, da CRFB. No se conformando, o reclamado interps Recurso Ordinrio eo TRT da 1 Regio julgou o recurso improvido, mantendo integralmente a deciso originria, destacando, ao final, que o
TST vem admitindo o acordo de compensao de maneira individual. Proponha a medida processual cabvel para a defesa
dos interesses do Reclamado
SEMANA 14:
Descrio OAB/RJ LEONARDO CASQUEIRA ingressou com reclamao trabalhista em face de seu antigo empregador,
Empresa Sol e Lua Ltda. requerendo a nulidade da dispensa e conseqente reintegrao no emprego por ser detentor de
estabilidade como dirigente sindical, atribuindo causa o valor de R$ 29.000,00, razo pela qual a mesma foi autuada no
procedimento ordinrio. O MM. Juzo da 5 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro julgou improcedente o seu pedido,
negando-lhe direito estabilidade provisria, como dirigente sindical, pois entendeu que o registro da candidatura ocorreu
no curso do aviso prvio. Inconformado o reclamante ingressou com recurso ordinrio sob o argumento de que seu registro
foi efetuado um dia antes do comunicado de dispensa, o que demonstra data anterior a concesso do aviso prvio. Alegou
nas razes do recurso violao a Lei, jurisprudncia e provas que comprovam as suas alegaes. O Tribunal Regional do
Trabalho negou provimento ao recurso ordinrio mantendo na integralidade a sentena primria por seus prprios
fundamentos. Sabedor de seu
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