prado sensibilidade demais martha medeiros

Post on 04-Jul-2015

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Na hora de listar as qualidades que a gente quer encontrar nas pessoas com quem iremos nos relacionar vida afora, está lá a

indefectível "sensibilidade". A gente quer que o patrão seja

sensível e não um grosso. A gente quer que nosso(a)

amigo(a) seja sensível e não um trator. A gente quer - e como quer! - que

nossa(o) namorada(o) seja sensível e não um brucutu.

Encontrar sensibilidade nos outros é meio-caminho andado para o entendimento.

E sermos, nós mesmos, sensíveis, também é um filtro

bem-vindo, é a sensibilidade que permite nossa comoção diante de um quadro, de uma música,

de um amor que nos arrebata ou de uma perda irreversível.

Mas admito que sinto uma certa inveja daquelas pessoas que são sensíveis mas não se

tornam vítimas da própria emoção.

Porque sensibilidade demais esgota a gente.

Tem horas em que o filtro não filtra coisa nenhuma: permite

que a gente seja atingido profundamente por coisas que mereceriam menos entrega.

Cultivamos mágoas por coisas que nos aconteceram 15 anos atrás, remoemos culpas que já foram mais que perdoadas e

esquecidas, temos nosso sistema nervoso totalmente abalado

porque alguém compreendeu mal nossas palavras, sofremos por questões insolúveis, sofremos,

sofremos, e sofrer dá uma senhora consistência à nossa

vida, mas como cansa.

Às vezes me farto dos ideais que persigo e que, por serem ideais,

nunca se concretizarão plenamente.

A vida é defeituosa, imprevisível, nada é exatamente como a gente

gostaria que fosse - e sensibilidade é algo que faz a gente aceitar isso e ser feliz do mesmo jeito. Já sensibilidade demais dá

nos nervos e fatiga à toa. Uma certa frieza nos faz andar mais rápido,

não nos retém.

Como se mede, se pesa, se percebe a

sensibilidade suficiente e a sensibilidade

excessiva?

No quanto ela joga a nosso favor ou

contra.

Sensibilidade suficiente refina você, lhe dá um foco na vida. Já a sensibilidade

excessiva faz de você protagonista de um

dramalhão mexicano.

Temos escolha?

Não se escolhe, é o que se é.

Os que são sensíveis na medida aproveitam a vida sem duras

cobranças internas. Já a turma dos excessivos pega canetas,

câmeras, pincéis, sapatilhas, instrumentos, e transforma o

excesso em arte. Ou faz besteiras. Cada um encontra onde colocar

sua sensibilidade, uns com leveza, outros com fartão de si mesmos.

Os únicos que seguem não entendendo nada são os

insensíveis.

CRÉDITO

Autor do slide: Prado Slides

E-mail: jprado_amador@yahoo.com.br

http://www.argonet.eti.br

Autora do texto: Martha Medeiros

Imagens: Internet/Cadê

Música:

Rossano - Ti Voglio Tanto Bene

Respeite o Autor.

Não retire e nem modifique os créditos!

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