povos pre colombianos

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Resumo para 7º ano

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POVOS PRÉ-COLOMBIANOS: MAIAS, INCAS E ASTECAS

Prof. Natania Nogueira

nogueira.natania@gmail.com

A CIVILIZAÇÃO MAIA

• A civilização Maia, muito provavelmente, foi a mais antiga das civilizações pré-colombianas, embora jamais tenha atingido o nível urbano e imperial dos Astecas e Incas. 

• Os maias ocuparam a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (sul do atual México), entre os séculos IV a.C e IX a.C.

A organização social dos maias

• A sociedade maia contava em cada cidade-estado com uma autoridade máxima, de caráter hereditário, dita halach-uinic ou "homem de verdade“.

• O halach-uinic designava os chefes de cada aldeia (bataboob), que desempenhavam funções civis, militares e religiosas. 

• A suprema autoridade militar (nacom) era eleita a cada três anos.

• A nobreza maia incluía todos esses dignitários, além dos sacerdotes, guerreiros e comerciantes.

• A classe sacerdotal era muito poderosa, pois detinha o saber relativo à evolução das estações e ao movimento dos astros, de importância fundamental para a vida econômica maia, baseada na agricultura.

• Os artesãos e camponeses constituíam a classe inferior (ah chembal uinicoob) e, além de se dedicarem ao trabalho agrícola e à construção de obras públicas, pagavam impostos às autoridades civis e religiosas.

• Na base da pirâmide social estava a classe escrava (pentacoob), integrada por prisioneiros de guerra ou infratores do direito comum, obrigados ao trabalho forçado até expiarem seus crimes.

A economia e cultura maia

• A base da economia era a agricultura praticada nas milpas, unidades de produção agrária.

• Praticavam a caça,  pesca e criavam animais para a alimentação. Desconheciam no entanto a tração animal, o arado e a roda.

• Tiveram ainda muita importância na civilização maia a produção de cerâmica, a cestaria, a tecelagem e a arte lapidária.

• No campo intelectual, historiadores chegaram a comparar os maias aos gregos, em termos de importância cultural. 

• Os sacerdotes, detentores do saber, eram responsáveis pela organização do calendário, pela interpretação da vontade dos deuses por meio de seus conhecimentos dos astros e da matemática.

• Foram seus conhecimentos de aritmética que lhe permitiram fazer cálculos astronômicos de notável exatidão, inventando o conceito de abstração matemática.

O desenvolvimento da escrita

• Desenvolveram um sistema de escrita hieroglífica, um calendário e uma astronomia altamente sofisticados.

• Sabiam fazer papel a partir da casca de fícus e com ele produziam livros.

A religião dos maias

• Os maias viveram em um universo mágico, governado por uma multidão de deuses. Os mais importantes eram: o Sol, a Lua e Itzamná, o dragão celeste venerado pelos sacerdotes e pelos nobres. No entanto, o povo preferia os deuses mais próximos de sua vida cotidiana.

• Os maias acreditavam que era preciso sacrificar seres humanos para garantir a sobrevivência, tanto dos deuses como das pessoas. Isso enviaria energia humana até os deuses e, em troca, eles próprios seriam recompensados com o poder divino.

• Em geral costumavam sacrificar prisioneiros, escravos e crianças.

As pirâmides Maias

• Os maias foram os maiores construtores de pirâmides do mundo antigo.

• Os egípcios contruíram menos de 100, os maias contruíram milhares. Cada cidade e aldeia maia tinha sua própria pirâmide.

• As pirâmides eram usadas para cerimônias religiosas e para o estudo dos astros.

A CIVILIZAÇÃO ASTECA

• Os astecas estabeleceram-se onde hoje é a Cidade do México, às margens do lado Texcoco, em meados do século XIV, quando foi fundada a capital de todo o império, chamada de Tenochtitlán.

• A civilização expandiu-se até o meio do território mexicano ao norte, e ao sul chegou a fazer fronteira com os Maias.

• O império durou até o século XVI, quando a chegada do conquistador Hernán Cortés e centenas de soldados espanhóis dizimaram grande parte da população a partir de 1519.

• A civilização asteca derivou do povo tolteca e do povo chichimeca, entre outras tribos anteriores.

Tenochtitlán: a capital dos astecas

• Conta a lenda que os astecas receberam uma revelação do deus Huitzilopochtli, que dizia que a cidade deveria ser construída no local onde o povo encontrasse uma águia devorando uma serpente em cima de um cacto.

• Assim, os astecas iniciaram sua viagem para o sul até vizualizarem esta cena descrita por Huitzilopochtli às margens do lago Texcoco.

A organização social dos astecas

• Havia o imperador, que também era o chefe do exército.

• Abaixo dele a sociedade era hierarquizada: sacerdotes e chefes militares compunham a elite da sociedade, seguidos pelos comerciantes e artesãos.

• Mais abaixo estavam os camponeses e os trabalhadores urbanos.

• Exceto a elite, todos astecas pagavam tributos ao imperador e podiam ser convocados a qualquer momento para trabalhos públicos.

• Os artesãos e comerciantes também exerciam um papel importante na sociedade.

• Havia também uma pequena classe de escravos: inimigos capturados em batalhas e que não eram mortos, mas serviam à administração militar e também auxiliavam nas obras públicas.

A economia asteca

• Como a região do lago Texcoco na época era um grande brejo, os astecas superaram as dificuldades de plantio na região com um sistema chamado de chinampas. Uma esteira era colocada sobre as áreas alagadas, e a fértil lama do brejo servia para adubar as plantações.

• Plantavam muito milho, tabaco, feijão, abóbora, tomate e pimenta, além do cacau, que era a base de uma bebida conhecida como xocoatl, que foi a precursora do famoso chocolate. As sementes de cacau também eram utilizadas como moeda de troca

A religião e cultura dos astecas

• Eram politeístas, adorando diversas divindades que, por vez tomavam formas humanas ou de fenômenos da natureza. Tinham o costume de realizar sacrifícios humanos para aplacar a ira dos deuses ou aumentar a produção agrícola. Acreditavam que o sangue humano deveria ser oferecido ao Sol, para que o mundo não parasse.

• Apesar de apresentarem características religiosas normalmente classificadas como bárbaras, os astecas eram bem desenvolvidos cientificamente para a época. Tinham um calendário próprio e relativo conhecimento astronômico. Sua escrita era pictória, formada por desenhos que representavam a fala.

• Na medicina - exercida pelos sacerdotes - apresentavam relativo conhecimento da anatomia humana e sabiam do efeito de diversas plantas usadas para cura.

• Havia também o estudo específico de determinada doença, o que leva a crer que os sacerdotes eram especialistas em curar certas doenças.

A CIVILIZAÇÃO INCA

• O Império Inca teve início por volta do ano 1200, e teve sua existência como um Estado-nação até o ano 1533, quando os espanhóis comandados por Francisco Pizarro conquistaram Cuzco, a capital, e executaram o imperador Atahualpa.

• A máxima extensão do império incluiu terras onde hoje encontram-se os países do Chile, Peru, Bolívia e Equador. Como uma sociedade essencialmente agrícola, os incas desenvolveram um modo de plantio em degraus, aproveitando ao máximo o relevo acidentado das montanhas para a irrigação.

A sociedade e a organização econômica

• A organização econômica era bem semelhante ao conhecido modo de produção asiático, onde as pessoas pagavam tributos ao Estado, ou então trabalhavam alguns meses do ano para auxiliar nas obras públicas.

• Entre as classes sociais, além do imperador - que era conhecido como O Inca - existiam os nobres, a maioria membros da família real, líderes militares e líderes religiosos, os governadores das províncias e suas famílias e os camponeses, que eram a maioria da população e pagavam a maioria dos tributos ao Inca.

• A base da produção agrícola dos incas era o ayllu, que era uma comunidade formada por pessoas que acreditavam na descendência única, ou seja, cada ayllu era reconhecida como uma grande família. 

• Eram chefiados pelo kuraca, que distribuía as terras e controlava o trabalho dos camponeses.

• As principais culturas vegetais eram as batatas (semilha), batatas doce (batatas), milho, pimentas, algodão, tomates, amendoim, mandioca, e um grão conhecido como quinua.

A religião dos incas

• Acreditavam existir forças do bem e do mal, ou seja, havia a dualidade no culto inca. O sol e as chuvas eram consideradas coisas boas, forças positivas, deuses bons, pois faziam bem ao homem, e a seca, a guerra ou as tempestades, eram consideradas forças do mal.

• Construíram diversos templos dedicados ao deus sol, e o mais importante - e grandioso - era o Templo do Sol em Cuzco, que tinha uma circunferência de 360 metros.

• Realizavam sacrifícios humanos e de animais dedicados aos deuses, para agradecer uma boa colheita, para aplacar a ira de determinado deus ou simplesmente sacrificavam os vencidos nas batalhas para comemorar a vitória e como tributo à dominação.

• Os sacerdotes eram chamados de huillca-humu, e profetizavam boas ou más colheitas, guerras ou disputas internas.

• Os incas ainda acreditavam nos huacas, que eram os lugares naturais sagrados, como os rios, montanhas, lagos e rochas onde viviam as divindades, e eram frequentes os sacrifícios - principalmente de animais - e oferendas feitas pelos líderes espirituais para se comunicar com as divindades nestes locais.

A arquitetura Inca

• A maior contribuição dos incas foi no campo arquitetônico. Não apenas em seus grandiosos templos, mas também suas cidades, estradas e plantações. Os degraus auxiliavam na irrigação do terreno e aproveitavam o máximo o relevo da montanha.

• Machu Pichu foi construída no topo de uma montanha, e as pedras utilizadas na construção das casas e nos degraus utilizados para o plantio foram levadas para lá lentamente, em um processo que demorou cerca de 100 anos para finalizar.

Os incas tinham uma capacidade de cortar as pedras e colocá-las de forma a encaixar perfeitamente.

Os quipos

• Quipo era um instrumento utilizado para comunicação, mas também como registro contábil e como registros mnemotécnicos entre os incas.

• Eram feitos da união de cordões que podem ser coloridos ou não,e poderia ter enfeites, como por exemplo ossos e penas, onde cada nó que se dava em cada cordão significava uma mensagem distinta. Cada cordão poderia ter um ou mais nós, ou nenhum nó, ou um nó na ponta, um nó na base, enfim, tudo era comunicado e transportado rapidamente ao imperador Inca no centro do império, Cuzco.

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