potencial do milho grão nas novas condições de mercado · preço do milho €/ton (preços...

VI Congresso Nacional do Milho Lisboa 20 de Fevereiro 2008

João Coimbra

Potencial do milho grão nas novas condições de mercado

http://milhoamarelo.blogspot.com/

Sumário

4- Conclusões

1- As mudanças no mercado

2- Alterações á conta de cultura

3- Racionalização dos custos a produtividade e os novos investimentos

© João Coimbra 2008

© João Coimbra 2008

AlimentaçãoAnimal

UtilizaçõesIndustriais

Alimentaçãohumana

Source : ONIGCMilho em Milhões de toneladas (mundo)© João Coimbra 2008

Evolução da quantidade de cereais colocados na Intervenção(2005 a 2007)

07-04-05

18-05-06

29-09-05

29-09-05

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000

16.000.000

06-01-2005 06-04-2005 06-07-2005 06-10-2005 06-01-2006 06-04-2006 06-07-2006 06-10-2006 06-01-2007 06-04-2007

(ton.)

Cevada 1.214.200 1.683.513 1.096.324 1.041.487 681.320 1.096.929 1.452.831 1.166.113 416.790 322.563 17.662 0 0

Milho 127.315 1.077.961 2.425.137 2.576.802 2.554.293 4.436.589 5.543.553 4.747.770 3.393.842 3.082.695 2.210.390 1.229.150 608.494

Trigo mole 677.288 2.981.918 6.067.705 8.342.020 7.484.546 6.763.197 6.096.042 3.099.351 745.062 383.422 170.852 134.252 113.084

Total 4.847.030 8.194.523 11.897.312 14.269.294 12.728.213 13.843.597 14.194.935 9.470.969 4.642.925 3.873.093 2.438.209 1.433.403 721.578

06-01-05 07-04-05 30-06-05 29-09-05 08-12-05 23-03-06 18-05-06 07-12-06 19-04-07 10-05-07 05-07-07 16-08-07 23-09-07

© João Coimbra 2008

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

Jul-02Jun-03

Jan-04Mar-04

Mai-04Ago-04

Mai-05Abr-06

Abr-07Set-07

Custo do frete

© João Coimbra 2008

© João Coimbra 2008

O interesse dos Especuladores

© João Coimbra 2008

Fonte: DB Global Markets Research; FMI; Bloomberg. 11 Janeiro 2008

0% Petróleo

56% Cobre

63% Chumbo

68% Ouro

101% Níquel

128% Tin

129% Trigo

145% Alumínio

156% Zinco

174% Milho

240% Soja

375% Algodão

439% Prata

474% Cacau

816% Café

1510% Açúcar

Subida para máximo histórico (termos reais)

© João Coimbra 2008

Fonte: DB Global Markets Research. 11 Janeiro 2008; valores em USD

Junho 2009 34% 6,27 4,67 Milho

Março 2009 43% 13,30 9,32 Trigo

Outubro 2008 69% 21,10 12,49 Soja

Junho 2012 104% 1,40 0,69 Algodão

Fevereiro 2012 165% 0,30 0,11 Açúcar

Data de pico Valorização potencial Preço objectivo Preço actual

© João Coimbra 2008

Preço do milho €/ton(preços constantes)

220 220 230

185160 170 165 170

155 145 135 140 142 140 140153

130143

160

220

62

5961

55 55

4937

32 25 19 196 7

7

5

34

34 34 40 4040

40

40

0

50

100

150

200

250

300

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Cereal Cofinanciada A.Superficie

+ 38 %

© João Coimbra 2008

Preço do milho corrigido da desvalorização da moeda (€/ton)

531476

445

319

254 251 232 230204 188 169 173 171 158 153 162

136 150 164220

108

94 9078 75

6548

40 31 2321 7 8

8

5

4443 42 48

4543 42

41

0

100

200

300

400

500

600

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Cereal Cofinanciada Aj.Superficie

© João Coimbra 2008

Preço do milho vs Área semeada

174

114

10094

181

154165

163236

220

198 200

173

220

167154

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 20070

50

100

150

200

250

Milho Grão (1000 ha) Preço (€/ton)

(1000 ha) (€/ton.)

Estado de “Coma” ?

© João Coimbra 2008

Evolução das áreas de Milho - TOTAL NACIONAL2000 a 2007

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

Milho Grão Milho Silagem TotalFonte: IFAP (*dados provisórios)

Áre

a (h

a)

-2 %

© João Coimbra 2008

Evolução das áreas de Milho - Ribatejo e Oeste2000 a 2007

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

Milho Grão Milho Silagem Total Milho

Fonte: IFAP (*dados provisórios)

Áre

as (h

a)

+ 6 %

© João Coimbra 2008

Evolução das áreas de Milho - Alentejo2000 a 2007

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

Fonte: IFAP (*dados provisórios)

Áre

as (h

a)

2000 19.912 1.050 20.962

2001 30.168 1.425 31.593

2002 27.581 1.644 29.225

2003 30.109 2.157 32.266

2004 25.205 2.458 27.663

2005 9.194 2.207 11.401

2006 8.463 2.593 11.056

2007* 13.485 2.927 16.412

Dif.2006-2007 5.022 334 5.356

% 59% 13% 48%

Milho Grão Milho Silagem Total Milho

+ 59 %

© João Coimbra 2008

2- Conta de cultura

2.1 - Conta de cultura 2007

2.3 - Previsão dos custos de 2008

2.4 - Folha de cálculo 2007, 2008, simulador investimentos

2.2 - Alterações bruscas nalguns custos

2.5 - Página na internet (www.anpromis.pt)

AnoOPERAÇÃO 2006 2007 %

Gradagem 90 96 7Subsolador-Chixel 70 70 0Adubação 30 35 17Sementeira 40 40 0Monda química 60 60 0Sacha mecânica 25 28 12Covas 25 28 12Factura de electricidade anual € 212 216 2Manutenção anual do sistemas de rega € 220 220 0Amortização do equipamento de rega € 0 0Diversos 0 0Debulha €/ha 90 90 0Secagem 202 216 7Transporte 86 101 17Total dos custos em maquinas 1150 1200 4Sementes 180 182 1Adubos 261 300 15Herbicida+Insecticida 100 110 10Total dos custos em produtos 541 592 9Total das despesas com a cultura 1691 1792 6

0 0RECEITAS 2211 2861 29SUBSIDIO/KG 98 26 -73RECEITA BRUTA 2308 2887 25MARGEM BRUTA 617 1095 77

Custo total da cultura (ton.) 9,53 8,07

2006-2007

© João Coimbra 2008

3-Alterações na conta de cultura

Adubos

Gasóleo Mecanização

Aumentosde custo

© João Coimbra 2008

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

2005 2006 2007 Fev.2008

+17 %Preço do gasóleo (cent./litro)

Aumentos entre ano 2006 e Fevereiro 2008

© João Coimbra 2008

0

100

200

300

400

500

600

700

Cloreto Potásio 13-13-20 Sulfato Potásio 18-46-0 32 N Sulfazoto Nitromagnésio27

20062007Fev.2008

Aumentos entre ano 2006 e Fevereiro 2008

+72%+84%

+86%+110%

+54%

+50%

+48%

© João Coimbra 2008

2006-2008OPERAÇÃO 2006 2007 Fev.2008 %

Gradagem 90 96 105 17Lavoura 0 0 0Subsolador-Chixel 70 70 80 14Adubação 30 35 36 20Sementeira 40 40 43 8Monda química 60 60 69 15Sacha mecânica 25 28 28 12Covas 25 28 28 12Factura de electricidade anual € 212 216 220 4Manutenção anual do sistemas de rega € 220 220 228 4Amortização do equipamento de rega € 0 0 0Diversos 0 0 0Debulha €/ha 90 90 100 11Secagem 202 216 245 21Transporte 86 101 108 25Total dos custos em maquinas 1150 1200 1290 12Sementes 180 182 192 7Adubos 261 300 480 84Herbicida+Insecticida 100 110 130 30Total dos custos em produtos 541 592 802 48Total das despesas com a cultura 1691 1792 2102 24

0 0 0RECEITAS 2211 2861 2861 29SUBSIDIO/KG 98 26 0 -100RECEITA BRUTA 2308 2887 2861 24MARGEM BRUTA 617 1095 759 23

Ano

© João Coimbra 2008

Valores em € /ha

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

Total dos custos emmaquinas

Adubos Total dos custos emprodutos

Total das despesas com acultura

RECEITA BRUTA MARGEM BRUTA

2006 2007 2008

Previsões (milho a 220 €/ton)© João Coimbra 2008

Resultados em margens brutas (€/ha)

Preço Preço Produção (ton.) milho €/ton. Custo (ton.) 10 11 12 13 14 15 16

150 14,0 -602 -452 -302 -152 -2 148 298160 13,1 -502 -342 -182 -22 138 298 458170 12,4 -402 -232 -62 108 278 448 618180 11,7 -302 -122 58 238 418 598 778190 11,1 -202 -12 178 368 558 748 938200 10,5 -102 98 298 498 698 898 1098210 10,0 -2 208 418 628 838 1048 1258220 9,6 98 318 538 758 978 1198 1418230 9,1 198 428 658 888 1118 1348 1578240 8,8 298 538 778 1018 1258 1498 1738250 8,4 398 648 898 1148 1398 1648 1898260 8,1 498 758 1018 1278 1538 1798 2058

© João Coimbra 2008

Investimentos

Aumentar as produtividades e mantê-lasReduzir o gasto de energiaReduzir os “input´s”Melhorar a eficiência em todo o processo produtivo

Na exploração Nos prestadores de serviçoNas estruturas de comercialização

3 - Investimentos no novo PRODER

Objectivo

Não deixar morrer o tecido económico e social no interior

© João Coimbra 2008

4,2 litro de gasóleo em máquinas4,31 litros de gasóleo no secador460 m3 água18 Kg de azoto87 kw de electricidade 11 km de deslocações percorridas2,77 horas de mão de obra

Por cada tonelada de milho produzida à saída da exploração

Investimentos na Exploração

Desafio da eficiência

Utilizámos

Ano 2006© João Coimbra 2008

Quais são as limitações da nossa exploração?

© João Coimbra 2008

3 - Renovação de sistemas obsoletos e passagem para novos sistemas de rega automatizados, controlados remotamente

2 - Passagem da rega de gravidade para rega de aspersão

1- Drenagem

Produzir mais com menos energia

© João Coimbra 2008

Produção de Milho (Kg/ha)

02000400060008000

1000012000140001600018000

1989 1990 1991 1992 1995 1996 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Rega porGravidade

Pivot linear não automatizado

Drenagem integralPivot semicircular automatizado

Necessidade de drenagem e automatização

Caso pratico

© João Coimbra 2008

Custos da Drenagem

© João Coimbra 2008

© João Coimbra 2008

© João Coimbra 2008

Produzir mais com menos energia4 - Equipamentos de apoio à gestão de rega

Estações meteorológicas Sondas de humidade

Controlo remoto de equipamentos Software de registo de dados

© João Coimbra 2008

5 - Equipamentos de aplicação de adubo e pulverizadores

- Utilização de GPS para apoio à condução do tractor

- Equipamentos com debito proporcional ao avanço

- Distribuidores com calibração continua

Distribuição rigorosa

Produzir mais com menos adubo e fitofarmacos

© João Coimbra 2008

Redução em 10% no erro de distribuição do adubo a lanço (300€/ha x 10% = 30€/ha) (80 ha x 30€ =2400€)

Valor suficiente para comprar um GPS (2300 €)

Objectivo do investimento

Exemplo

© João Coimbra 2008

6 - Diminuir a mecanização Baixar a idade média do parque de máquinas Tractores e alfaias mais eficientes

Produzir mais com menos energia

Cuidar da estructura do solo para melhor formação das raízes

© João Coimbra 2008

Reduzir ao mínimo as máquinas

Evitar passagens desnecessárias

Utilizar alfaias combinadas

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Idade em:

Baixar a idade média do parque de maquinas

AnoCompra 2008 2014

Ceifeira 2001 7 13Secador 1988 20 26Secador 1990 18 24Tractor 1968 40 46Tractor 1968 40 46Tractor 1986 22 28Tractor 1983 25 31Tractor 1989 19 25Tractor 1987 21 27Tractor 1988 20 26Tractor 1988 20 26Tractor 1988 20 26Tractor 1988 20 26Tractor 1990 18 24

Média 22,1 28,1

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Programa Renova (Espanha)

Objectivo fazer baixar a idade média de 20 para 15 o parque de maquinas espanhol

Financiamento de 80€/(cv) equivalente 15-20% valor do tractor novoSem burocracias e ainda majorado para jovens agricultores

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7- Aumentar a formação e qualificação dos trabalhadores e dos empresários

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Novos equipamentos Rega

Instalação de um pivotde 25 ha

Pivot 34000€Electrobomba 30 cv 6000Tubagem 5500Electrificação 5000Total 50500€

Drenagem

Drenagem integral (25 ha )com tubo perfurado(malha 10 metros, tubo não revestido)

47500€

Exemplo de investimento :

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Analise de investimentosAno Parcela Área (ha)

2008 EXEMPLO 25

Unidade Custo/Uni.Gradagem 3 35Subsolador-Chisel-Lavoura 1 80Adubação 2 18Sementeira 1 43Monda química 3 23Sacha mecânica 1 28Covas 1 28Sementes (nº de doses de 80000) 1 192Adubo €/ha 490Herbicida+Insecticida 130Factura de electricidade anual € 5500Manutenção anual do sistemas de rega € 3000Investimentos necessários € 98000Debulha €/ha 100Secagem (preço da tabela de secagem €/ton.) 17Transporte ( €/ton. Milho verde) 7,5Diversos 1 0Venda do Milho (€/ton. Milho seco) 220Produção de Milho em verde (ton.) 14,4Índice de conversão (tabela do secador) 0,903Produção em seco (ton.) 13,0Pagamentos Compl. Prod. Cult. Arvenses (€/ton.) 0

© João Coimbra 2008

Nº de anos para pagar o investimentoPreço Produção (ton.)

milho €/ton. 10 11 12 13 14 15 16150 -7,9 -11,4 -20,2 -89,5 36,9 15,3 9,7160 -10,0 -16,8 -53,1 45,5 15,9 9,7 6,9170 -13,3 -31,7 84,8 18,1 10,2 7,0 5,4180 -20,2 -284,1 23,6 11,3 7,4 5,6 4,4190 -41,8 40,7 13,7 8,2 5,9 4,6 3,7200 632,3 19,0 9,7 6,5 4,9 3,9 3,2210 36,9 12,4 7,4 5,3 4,1 3,4 2,9220 19,0 9,2 6,1 4,5 3,6 3,0 2,6230 12,8 7,3 5,1 3,9 3,2 2,7 2,3240 9,7 6,1 4,4 3,5 2,9 2,4 2,1250 7,7 5,2 3,9 3,1 2,6 2,2 2,0260 6,5 4,5 3,5 2,8 2,4 2,1 1,8

© João Coimbra 2008

25-30 m2 de painéis são suficientespara regar um hectare

Fotovoltaica

Eólica

Biogás - Biomassa

Em breve teremos que ser autónomos em energia

© João Coimbra 2008

4 - Conclusões 4.1 Os novos preços dos cereais são estruturais

4.2 Os custos da conta de cultura aumentaram 500 €/ha. É necessário aumentar a produtividade e mantê-la

4.4 O investimento em armazenagem é imprescindível para uma boa comercialização

4.3 O investimento na modernização é fundamental para aumentar a competitividade económica e ambiental

4.5 Para novas áreas de milho é necessário o apoio ao investimento, colocando verbas suficientes para o regadio no novo PRODER

4.6 A competitividade do milho passa pelo aumento da eficiência energética

Muito Obrigado© João Coimbra 2008