porto rehabitar a cidade
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Porto: [Re]Habitar a CidadeObsolescncia urbana e a readaptao habitacional cidade contempornea
Dissertao de Mestrado Integrado em ArquitecturaApresentada ao Departamento de Arquitectura da FCTUC em Setembro de 2013Sob a orientao do Professor Doutor Nuno GrandeTiago Antero de Sousa e Silva
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Porto: [Re]Habitar a CidadeObsolescncia urbana e a readaptao habitacional cidade contempornea
-
Agradecimentos
Ao Professor Doutor Nuno Grande pela orientao, pelo apoio e incentivo, e prin-
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A todas as pessoas do dARQ pela formao acadmica e pessoal ao longo destes %$%567
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minha famlia, em especial aos meus pais e minha irm, pelo apoio constante
Por ltimo, um especial agradecimento Av Emlia, por ter sido a minha segun-
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-
Introduo
Industrializao e Urbanizao!%.%
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Ilha Casa Palacete
Consideraes Finais
Fontes de Imagens
NDICE
21
23
3759
69
7189
107
127
131135139143
149
203
217
231
159179
191
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Introduo
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desta realidade, foi crescendo ao longo do meu percurso acadmico um interesse gradual )L
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partir de uma interveno plstica com 1200 tijolos no logradouro de um Palacete obsoleto, $%)\%)-
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A proposta surge em forma de muros que acentuam o sinuoso percurso ao longo do 5%%X%%)%
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1 Integrado num frum criativo priveligiado do ArqOut 2012, o GET SET FESTIVAL 2012, com o tema decadent )%k7BJ%%YwxZ=%%)YZ@Y==y&)@
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Introduo | 11
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actividades que ocuparam o edifcio durante dois meses, numa tentativa bem sucedida %%
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um entendimento de alguns pressupostos basilares para a readaptao funcional destas es-
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histrica, social e arquitectnica, tanto do desenvolvimento do territrio, como da trindade ))~%5X
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Introduo | 13
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caram-se para outras paragens, arrastando muita populao com elas, o que resultou numa %))%%%
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rentes escalas que a interveno no patrimnio abrange, a comear na cidade, e a acabar no
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A identidade de uma cidade normalmente representada pelas marcas fsicas do
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mo tempo transformativa, pois essa a realidade de um organismo evolutivo como a ci-%L;%
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No terceiro captulo, procura-se aplicar os pressupostos tericos levantados ante-*%V%(%
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-
14 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
Introduo | 15
eventualmente acontecer no futuro, uma espcie de plano estratgico genrico de interven-
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Torna-se tambm fundamental, adequar dimensional e infraestruturalmente estes 9%V$%%;%L%X*
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Certamente que este estudo no abrange todas as vertentes envolvidas na realidade x %5 $% 4%V L 9
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Em Habitao Popular na cidade oitocentista As ilhas do Porto%8X)^)%;%.%$%.
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de Nelson Mota, A Arquitectura do Quotidiano Pblico e Privado no Espao Domstico da Burguesia Portuense no Final do Sculo XIX, centra-se na habitao burguesa do Por-to, e foi uma base importante para a compreenso da morfologia e tipologia da Casa e do )%
foi tambm preponderante o estudo de Francisco Barata Fernandes, A Transformao e Permanncia da Habitao Portuense As Formas da Casa nas Formas da Cidade=-vro , de Jorge Ricardo Pinto, foi essencial para
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das problemticas levantadas, tem uma fundamentao forte em alguns autores, nomea-damente na obra de Aldo Rossi, A Arquitectura da Cidade=););)%
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em Da Organizao do Espao, ou Nuno Portas em A Cidade como arquitectura: apon-tamentos de mtodo e crtica%$%9)WX)5;^X)A Alegoria do
-
16 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
Introduo | 17
de Franoise Choay, e How Buildings Learn: What happens after theyre built, ?B( L%L
essencial a dissertao de mestrado de Jos Malh Salgueiro, CoHousing CoWorking V-cios e virtudes dos espaos de vida e trabalho em comunidade'-sionamento das propostas, foram importantes os estudos de Nuno Portas e Joo Branco )&)9> &>@ww
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Para alm das diferentes obras consultadas para os diferentes temas subjacentes ao objectivo da dissertao, foram essenciais as conversas com o antroplogo Fernando Matos !%9!
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$%Vin loco, com mltiplas visitas a diferentes edifcios habitacionais do sculo .%V($%9
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posio crtica perante as polticas de reabilitao urbana actuais, em particular da Socie-!))?!
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pensamos que muitas das suas estratgias se afastam desse propsito devido a uma falta de %%%)
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mentos e agregados familiares mais pequenos em viver nos centros urbanos, numa lgica
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18 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
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Assim, abordagem proposta contrasta com a simplicidade do seu objectivo, uma V$%;L*9
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convencionalidade da proposta e a perspectiva urbana e colectiva em que est assente, 5%%WX5+)*%)$%-
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-
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-
Industrializao e Urbanizao
A indstria, fonte de todo o mal e de todo o bem, torna-se a verdadeira protago-nista da transformao da cidade72
2 ROSSI, Aldo A Arquitectura da CidadeYx
-
22 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
Fx
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-
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A indstria foi um dos principais marcos da histria portuense a partir do sculo .%$%9%
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menor e uma importncia secundria, mas j com uma grande capacidade comercial e uma $%%
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num processo de crescimento econmico, em grande parte, devido ao comrcio do vinho do Porto para pases do norte da Europa, como a Esccia, a Flandres, mas principalmente
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6Os velhos muros medievais, erguidos no sculo XIV por ordem de D. Afonso IV, eram agora muito restritos para uma cidade em avano galopante, tanto na sua dimenso
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por grandes propriedades, que eram normalmente quintas de famlias aristocrticas abasta-das, ou da igreja, como o caso da quinta do Prado, que se tornaria posteriormente, e at 4;!%
3 PINTO, Jorge Ricardo Yx
-
24 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
Fz~(J@}@x
-
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Assim, o derrube progressivo da muralha acontece na segunda metade do sculo /...$%%%X%)X-
da e Melo, ento Presidente da junta de Obras Pblicas, custa de uma relao profcua com o cnsul britnico, e tambm arquitecto John Whitehead4, levou a cabo um plano %)5$%%X)V 9-
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O Porto assumia j nesta poca uma dimenso internacional, importando muitas W%*5;L9$%9-
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26 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F|k&X
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para uma arquitectura 6
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riais industriais, especialmente o ferro, o ao e o vidro, contriburam para uma nova viso %%
Perante os avanos tcnicos e tecnolgicos alcanados, passa-se a encarar as ci-\)
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As ideias e pensamentos inovadores a que esta revoluo deu lugar, atravs dos avanos no campo da cincia e da tcnica, tornaram possveis novas ideologias, entre as quais uma )+)L
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cidade em todos os ramos de produo de bens. Instalou-se uma outra escala de vivncia7V%
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como, o aparecimento do transporte a carril de ferro (americano) e do cinema em primeiro %5%$%
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6 CHOAY, Franoise &&"@z|
7 TAVARES, Domingos '(")*+&/""Industrial@@
8 PINTO, Jorge Ricardo @@z
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-
28 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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aumento de grandes equipamentos, aumento da empregabilidade e prosperidade econmica,
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atrativa, em constante mutao, e que passava a ter a necessidade de integrar uma nova %
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em termos construtivos pouco (ou nada) tinham que ver com as tcnicas industriais, por $%*.
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30 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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Assim, o Porto industrial crescia, somando gente e casas ao seu territrio todos os 6O Porto atraa gente, muita gente, pelo emprego que detinha, pela vanguarda que ostentava e pelo crescimento industrial forte e comrcio vivo11?%%'9%;%%
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de 32 mil habitantes12=(^X
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num decreto assinado por Costa Cabral, pouco antes da chegada da indstria ao Porto13, %^;%V;%9
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Nesta altura, a cidade encontrava-se num desenvolvimento industrial acelerado, %
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11 PINTO, Jorge Ricardo @xx
12 ibidem, @xY
13 ibidem, @}
14 ibidem, @Z|
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32 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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unidades fabris, e consequentemente da procura de emprego, foi apenas natural o processo *X%$%)%)'9
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e Cedofeita que lhe eram superiores em nmeros absolutos, aquando do primeiro censo "23;23;
-
34 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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que envolviam o ncleo da cidade, onde naturalmente se inclui a habitao, no fosse esta )%)?%%L)*
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-
36 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
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Habitao Oitocentista
A possibilidade de o espao domstico assumir o papel de metonmia do mundo em que vivemos, consagra-o como um objecto de estudo privilegiado717
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urbana, a habitao surge como tema central, pois ela no seu vasto conjunto que constitui )!6A cidade sempre foi amplamente caracterizada pela residncia. Pode-se dizer que no existem ou no existiram cidades em que o aspecto residencial no estivesse presente.18
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17 MOTA, Nelson A Arquitectura do Quotidiano Pblico e Privado no Espao Domstico da Burguesia Portuense do Final do Sculo XIX@w
18 ROSSI, Aldo A Arquitectura da Cidadew
@w FERNANDES, Francisco Barata A Transformao e Permanncia da Habitao Portuense As Formas da Casa nas Formas da CidadeZ
-
38 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F@|4
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Em Portugal, na era industrial, o Porto que se encontra num processo de transfor-mao rpido, assumindo-se como metrpole de vanguarda na segunda metade do sculo .%)%
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da urbe, foram-se naturalmente acentuando as discrepncias culturais e as assimetrias nas 9
V
-
tal, sendo que, para o ocidente deslocava-se a alta burguesia aristocrata, onde se incluam os hspedes ingleses, e para oriente, instalavam-se as indstrias e os capitalistas retor-(%
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20 Mesmo dentro
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de habitantes operrios sem grandes posses, possui ao mesmo tempo um conjunto signi-) torna-viagemG2, assim como de algumas famlias
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Citando Aldo Rossi, A forma dos lotes de uma cidade, a sua formao, a sua evoluo, "#!#"
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Ou seja, as diferentes apropria-X
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40 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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altos (geralmente industriais) consideramos, em conjugao com outros factores, trs ).
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em maior nmero na cidade, e porque, em larga medida, o seu modelo tipolgico est con-+V9;)%
que estiveram na sua origem de forma directa, mas tambm na origem dos outros dois mo-%V$%*L
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Para alm disto, a consolidao da malha da cidade desenvolveu-se com base num fraccionamento da propriedade privada, que assenta fundamentalmente num tipo de lote estreito no contacto com o arruamento e comprido no sentido do interior do quarteiro25.
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4LX?%6o avano precoce da cidade para fora de muralhas com uma expanso feita com base na habitao individual, manifesta-se na adopo de uma mtrica de diviso da propriedade que recupera as caractersticas dos lotes da cidade medieval, principalmente as dos quarteires mais regulares cota baixa, com frentes estreitas e um desenvolvimento em profundidade726 = % V
23 MOTA, Nelson A Arquitectura do Quotidiano Pblico e Privado no Espao Domstico da Burguesia Portuense do Final do Sculo XIX@
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42 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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XX6As novas urbanizaes tenderam a desenvolver-se ao longo e na proximidade imediata destas linhas de expanso o que resultou em bolsas de terreno no construdo entre as ruas principais, posteriormente ocupadas por habitao de baixa qualidade727
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partida uma ocupao do territrio com edifcios unifamiliares em lotes estreitos e compri-9
5%-
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os privados devido venda de terrenos baldios pela administrao da Fazenda Real28Ou seja, apesar de o plano Almadino desenhar lotes com base nos medievais (estreitos e XL5$%)X
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Numa primeira fase, num perodo iluminista portuense, os edifcios que se cons-troem nestes loteamentos vo servir para alojar a mdia burguesia que se transfere do U
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com as actividades mercantis ou com a pequena indstria domstica7Yw Apesar do edifcio ser maior, tal como o modelo medieval, possua no piso trreo o espao para uma loja ou
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44 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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iluminista e liberal, resultam da "!(("KU""%
30
Contudo, em ambos os perodos, est presente a essncia do modelo tipolgico $%%%)%)=%4)X%
estreita e alta31unifamiliar, que segue os dimensionamentos do lote, com as principais %%V%$%
-
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uma frente de rua, e um logradouro nas traseiras, conjugando o melhor da cidade e do cam-%$%%
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se encontra dentro do quarteiro, que teve na sua origem a necessidade de alojamento para %L)$%%V
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migrou em massa dos meios rurais para a cidade em busca de emprego e consequentemente %;&)%
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32
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6Desta forma, os burgueses remediados aproveitavam o imenso logradouro nas traseiras da sua casa para obterem mais rendimento mensal, que podia ser interessante, pela multiplicao de rendas baixas, por famlias alojadas em ca-"#K%
33 Para alm disso, sen-
30 ibidem}x
31 ibidem}x
32 PINTO, Jorge Ricardo }Y
33 ibidem@Y
-
46 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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-
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trabalhadores no mesmo espao, tal como a vantagem de os poderem controlar constan-
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dimenso e forma dos lotes estreitos e muito compridos deu origem ao tipo usual das ilhas: uma srie de pequenas casas construdas lado a lado ao longo dos muros de cada lote, deixando um estreito corredor lateral para acesso. A juno de diferentes parcelas de terreno tornou possvel o desenvolvimento de modelos mais elaborados de ilhas, nos quais "(U
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34%
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2,
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suem apenas um piso, embora em alguns casos possuam dois, com uma escada interior, ou %%?%) %
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das principais caractersticas das Ilhas, e provavelmente a mais interessante, a relao de %V$%)
%
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esse espao seja usufrudo como espao de convvio, o que cria laos de familiaridade entre
Assim, formou-se e proliferou um modelo de habitao de necessidade, uma ar-$%%$%*%9.;$%%
34 8>.>.!%
-
48 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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regra por capitalistas, industriais e grandes comerciantes, muitas vezes com anterior pas-""""("(
qualidade, incluindo varandas imponentes, elaborado trabalho artstico em interpretaes !(Z(
"Z$0%/"(-
U23;5!!?"#"
at ento desconhecida no Porto736
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37, apareceu
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e abastada, uma classe burguesa a maioria emigrantes regressados do Brasil que assu-%
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be das muralhas Fernandinas, principalmente porque o preo dos terrenos se encontrava )X$%)>%
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compraram-se grandes terrenos que se transformaram em lugares para as fbricas da era %*)%%%
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base no seu poderio econmico, contrariamente a outros tempos, onde era essencialmente
35 PINTO, Jorge Ricardo @zz
36 PINTO, Jorge Ricardo @Y}@Yw
37 MOTA, Nelson A Arquitectura do Quotidiano Pblico e Privado no Espao Domstico da Burguesia Portuense do Final do Sculo XIX}x
-
50 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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Fxx@ FxzY
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-
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LX%)\$%4%W%*%%%
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de referncias que muitas vezes no era veiculado por nenhum critrio artstico associado ao autor do projecto, mas ao gosto da encomenda738 So edifcios que diferem tambm na %V%%%)V
%%V^%
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lao, que na casa se encontra ao longo de uma das paredes de meao, a ser um corredor $%%)%%
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)%%
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da e simtrica, com um ncleo central de distribuio, quase sempre enobrecido por uma $%V6)7
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38 MOTA, Nelson A Arquitectura do Quotidiano Pblico e Privado no Espao Domstico da Burguesia Portuense do Final do Sculo XIXwY
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Situa-se normalmente no 1 andar, de forma a estar numa posio superior relativamente rua, o que proporciona melhores %
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52 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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6~76Esta soluo prope a partida de diferentes raios de um ponto central, em que a via estruturante , em regra, axial e os arruamentos laterais mantm relaes de simetria com o eixo, terminando o ponto de es-coamento das vias numa nica praa e, na sua forma perfeita, num nico ponto.%
?&LV%!%"=X
%%YZ$%
@|%$%
as Casas mais nobres tal como os grandes Palacetes dos burgueses abastados se implanta-X
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quente ao funcionamento da estao de Campanh, que foi em larga medida responsvel
40 PINTO, Jorge Ricardo w@
41 ibidemwYwx
-
54 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
Fx!^.
-
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8);V%(X%.-
%?/5
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6o desenvolvimento da tipologia residencial ilha, numa rua que no seu longo e recto tramo sudeste tem apenas uma pequena viela de ligao rua Gomes Freire, alber-"""
vertente de marginalidade. Emergiu, sobretudo por isto, uma leitura de unidade interna mas de fractura com o resto da cidade, potenciada pelo desenho urbano da rua fechada e dos lotes compridos que alimentaram a produo de ilhas e a construo do maior arqui-plago do Porto.42
%;%.%
%$%%V
\W^L$%=
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-
56 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
.%V)V|
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-
58 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
Fx}&%%(
-
.%V)V|w
Decadncia urbana
E cresce, cresce sempre, porque para a cidade parar morrer. E porque cresce em ritmo quase louco, no mais possvel impor um sistema de relaes coerente entre os seus espaos organizados e ela constitui assim mais uma soma de espaos do que um todo estruturado, que se misturam e confundem funes, em que a desordem soberana. E por efeito desta incontrolada rapidez de crescimento, enormes extenses da cidade sofrem um processo de delapidao e o que hoje era espao vivo pode ser amanh espao morto, o que ainda hoje era ordem pode amanh ser desordem.
-
60 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
Fz@%(%
FzZ%(@}wY
Fxw%(@}xY
-
.%V)V@
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urbano tendo como principal causa a destruio da estrutura fundamental da cidade me-dieval que era baseada na absoluta identidade do local de trabalho com a habitao no mesmo edifcio46$%
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%X-so da superfcie urbana, principalmente devido ao derrube da muralha Fernandina e aos ;%/...%%%
;)9
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devido ao aparecimento dos primeiros meios de trabalho colectivo levando separao (1!"#
47%9*X%%
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)6O trabalho e a sua localizao desempenham na escolha da habitao um "(%^("-
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No Porto, este processo foi sentido muito em particular sobre o tecido industrial ;%.%'*X%
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9;X%(=L-
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melhorias na acessibilidade rodoviria e ferroviria, bem como a separao entre a gesto e
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6Enquanto este movimento periferizador fazia com que, com cada vez maior evidncia, as grandes unidades fabris preferissem afastar-se do ("#!?(1#(
46 ROSSI, Aldo A Arquitectura da CidadeYx
47 ibidemYx
48 ibidemYx
-
62 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
FzYV%%=@wx(
-
.%V)Vx
iniciavam um processo de acelerada runa.%*
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lidade de uma cidade e tambm a residncia de uma boa parte da sua classe rica/mdia e popular51 >) )X &) ^
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-
64 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
Fzx))
Fzz"L))
-
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52
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particularmente na que teve como funo principal o habitar, e que, essencialmente atra-;*$%9%;%
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multiplicando os casos de Ilhas, Casas e Palacetes que se tornaram obsoletos, tal como a V
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secundria, que se situava no norte do pas, muito longe da grande metrpole inglesa, Lon-
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4L % X ' *X ?% 5
referidas, juntamente com outras no menos verdadeiras, produziram um esprito de ini-ciativa, de inovao, resultante de capital acumulado, que fundamentalmente e irreversi-("M#2445(
inovao.53 No entanto, o mesmo processo industrial que moldou o desenvolvimento ter-
);V%5%
;%5'%^%)
do centro urbano por parte das pessoas, principalmente as de uma classe com mdios e altos
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52 ibidem@}
53 HALL, Peter Cities in Civilizationxz
-
66 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
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sobretudo, tm na sua histria um crescimento territorial e econmico baseado fundamen-
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No Porto, a deslocao populacional e a desadequao funcional dos edifcios re-%
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55*$%%%
-
Fz|>5)
-
Obsolescncia e Readaptao
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54 =?8X
-
70 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
Fz)(
Fz)(
-
Obsolescncia e Readaptao | 71
Objecto, Modelo e Cidade
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o industrial no Porto?55
* )4 * % WX
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Naturalmente, essencial entender a importncia que os edifcios residenciais )*%)4
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Contudo, a importncia do edifcio como objecto, apenas um dos factores relevantes para
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8$%9
$%.
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assente em trs modelos de arquitectura que se foram mais ou menos repetindo, apenas 9$% V 4%
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55 TAVARES, Domingos - '("+/""Industrial, @@w
-
72 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
Fzw.)(
Fz}.)(
-
Obsolescncia e Readaptao | 73
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diferentes partes|O edifcio numa escala mais pequena, como o objecto arquitectnico singular que
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mas principalmente ao tipo, o que contrariamente ao objecto, permite a sua transportao %%8^%%)5%-
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58$%%V
do edifcio precisa de se adaptar s necessidades sociais e urbanas, tambm o projecto $%%V%)$%
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1%"
que, no obstante cada transformao, sempre se imps ao sentimento e razo, como princpio da arquitectura e da cidade60
56 PORTAS, Nuno Os Tempos das Formas. Vol. I: A cidade feita e refeita@|}57 ROSSI, Aldo A Arquitectura da Cidade@
58 ibidem,|x
|w PORTAS, Nuno A cidade como arquitectura: apontamentos de mtodo e crtica|
60 ROSSI, Aldo A Arquitectura da Cidade||
-
74 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F|Z.$%L9+@zZZ
F|@$%L9+@zZZ
F|Y$%L9+@zZZ
-
Obsolescncia e Readaptao | 75
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de ocupao do territrio em massa que torna um modelo arquitectnico mais ou menos
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V%^%6No estaro os nossos valores crticos ainda amarrados aura da obra singular, no vendo a aura do objecto colectivo na era da sociedade generalizada?61
;%.%*)$%%-
V
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tocam-se em vrios aspectos, o que torna a relao entre eles um tema to pertinente como
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A arquitectura uma disciplina contnua no tempo e, como quase todos os modelos $%9*W%*
^V
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$%L;+%))
em banda com um corredor de distribuio e apenas uma frente das Back-to-back houses .+$%.8X
universalidade da arquitectura enquanto disciplina cujo conhecimento se transfere e trans-$%
V
$% W%*X
$%)%%4%
%%-
o feita por materiais e pessoas locais, e a sua implantao sujeita a condicionantes muito 94
L9%;
Deste modo, estando modelos diferentes sujeitos a condicionantes em comum,
61 PORTAS, Nuno A cidade como arquitectura: apontamentos de mtodo e crtica||
-
76 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F|x)
(
F||)9
F|z/
-
Obsolescncia e Readaptao | 77
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para a vida do peixe62
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%6Quando pensamos nas formas que o homem tem criado ao longo da 01>%%%@("(-
rentes de formas que o homem criou63&5-*)%%
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Assim, embora sejam formas muito distintas de habitar, tinham em ltima anlise o mesmo
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mesma memria colectiva, que ainda mais reforada pela partilha da mesma posio de
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viso global desta trindade, temos o lugar;mesma constituio e pendentes, de serem construdos com as mesmas tcnicas e materiais 9 X
% X
9X=.%^V
VL%
V%
)4LX9;X
X%.
%%%$%-
vam classes sociais muito diferentes, mistura essa que se perdeu, e que, mais do que nunca, V
62 TVORA, Fernando Da Organizao do Espao, YY63 ibidem, Yx
-
78 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F|')V%(
-
=)*!w
Aldo Rossi entende o valor do lugar como a relao singular e no entanto uni-versal, que existe entre uma certa situao local e as construes a localizadas64>;%V^\(
XX%
5')9
%
V%%L@ZZZ
2, encontramos progra-
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(()%
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espaos comerciais e de servios, tal como fcil acesso s redes de transporte pblico, com %
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-
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uma imagem global, que mesmo estando num constante processo de mutao, possui des-%;;+%5%$%
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Considerando este conjunto de modelos arquitectnicos, torna-se importante re-W)%
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8L6"U
"U("-
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em sentido inverso como hoje parece claro65#
9tambm o planeamento do patrimnio deveria seguir estratgias gerais que ajudassem sua
64 ROSSI, Aldo A Arquitectura da Cidade@|@
65 TVORA, Fernando Da Organizao do Espao, |Y
-
80 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F|%%)xZ)@wz
-
Obsolescncia e Readaptao | 81
V$%%
Neste caso, ganha particular importncia a posio poltica por parte dos arqui-tectos relativamente cidade, no fossem os elementos que a constituem sinais de uma 9657657$%
++%)=?&?
Ambulatrio Local) um marco dessa comunho entre arquitectura (e no s) e uma in-
5>
%%%@wz;%
do ministro da Administrao Interna e do secretrio de Estado da Habitao e Urbanismo, %)4+%$%-
4%L
66 Neste sentido, trabalhou-se com base numa actua-
o forte em bairros degradados, construindo novas casas e infraestruturas, sempre com o suporte das brigadas SAAL, que eram constitudas por tcnicos de vrias especialidades,
$%%%%$%9-
vam o perodo revolucionrio do 25 de Abril, numa tentativa de combater as desigualdades %
%^V
X*
)9
% %4 V ?&
?%9;(L 6por um lado, a U!8""("
""Z/7
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seja, a da expanso perifrica e industrial do sculo XIX, entretanto consolidada por fun-#!"("
quarteiro: frente de rua, representativa e burguesa; e o interior, preenchido em pente com "#!!"
condies de habitabilidade67;
%%-quitectos formados pela Escola Superior de Belas Artes, que continha um esprito analtico 59%)%
X
5$%
;%WX;
$%%V%%X
66 BANDEIRINHA, Jos Antnio - BANDEIRINHA, Jos Antnio - Falemos de Casas: Entre o Norte e o Sul, |w
67 BANDEIRINHA, Antnio Jos ^7&&"&GJ&!"264
-
82 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F|}>$%?V)?/5
F|w.%)?/5
-
Obsolescncia e Readaptao | 83
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?Vcontribuiu para o programa com dois projectos no Porto: o Bairro da (%)?/5
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projectos, parte desta tipologia operria como modelo de expresso de uma regra68 rea-+X*$%%?&
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Estes nmeros mostram a urgncia de implementar medidas %)V%'
Para a pessoa comum, um edifcio no , em primeiro lugar, um objecto, antes
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A Forma segue o Financiamento70 %%* % ;
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)%
68 ibidemYzw
w !.(>.!=^ RIBEIRO, Joo Mendes - Aces Patrimoniais arq|a: Arquitectura e Arte/}Y}xY}70 (!?B
-
84 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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-
Obsolescncia e Readaptao | 85
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possvel, mas demasiado condicionado e especialmente dispendioso, quer para recuperar
5$%%%%%%
71
Muitos trabalham de forma positiva mas isoladamente, sem estabelecer parcerias, limitan-
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%%)$%)
^9
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Neste sentido, o arquitecto assume um papel poltico importante, nem que seja V%)9XV"
Choay, a determinao de um presidente de cmara, de um inspector dos monumentos #!
ainda mudar o destino de um monumento ou de uma cidade772 A reabilitao urbana im-WX9
%$%%8-
quitecto mais que o agente criativo, mais que apenas um dos intervenientes do processo )=$%
V9
espao, mas das polticas de interveno, visto que um tcnico com uma formao mul-
)L%
Portas, uma soluo possvel para o repovoamento urbano, apostar num modelo de \!Z(8!"!>#
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estar interessados em tirar partido da mudana positiva das condies de suporte, como as acessibilidades ou os incentivos reabilitao, desde que o contexto poltico crie na ("7
73
>
;%
)%)?!$%%V%L
%L
/?!
do Porto), pretende precisamente desenvolver e promover estratgias, no s a nvel fsi-);9%%
%;
9
71 PORTAS, Nuno Os Tempos das Formas. Vol. I: A cidade feita e refeita@}72 CHOAY, Franoise &&"YY}
73 PORTAS, Nuno Os Tempos das Formas. Vol. I: A cidade feita e refeita@}w
-
86 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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-
Obsolescncia e Readaptao | 87
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74 No entanto, os principais focos de ateno na interveno tm sido os
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%5)*;
')^ ; ) ; W% )L
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centro urbano, o que deforma o princpio tipolgico da cidade, que precisamente o que V;L%%%%)?!y
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%X
(%
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67%
67V%)
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Assim, a questo da escala da interveno, seja na forma de ver ou de agir sobre
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%%.
;%%8^-
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X%
conjunto de edifcios que partilham a mesma histria, o mesmo local, mas acima de tudo,
$%9> $% %
uma vontade poltica, permitem que haja uma resposta colectiva e planeada, que aumenta a ))L%)%)
Sendo um edifcio uma parte de um todo como pode ser perfeita a parte, se o
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4J
Ora, para actuar sobre um todo necessrio perceber os seus constituintes, a sua \%9%%
74
-
88 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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-
=)*!}w
Identidade e Adaptabilidade
%/!"(
crculos e distncias no espao como formas mediante as quais representamos o ritmo e os passos do tempo musical , tambm na concepo urbanstica preciso medir o tempo sobre o espao.4;
A cidade est em constante mutao, pois os seus componentes tambm o esto, sejam as ruas, os jardins, as praas, os edifcios, ou todo o tipo de estrutura construda e 5%X^
%
^5-
bre o j construdo, uma compreenso total do antes, para que o que vem depois no seja %9
%
%^%^)
-
%);%))
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\V
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6&&$#((%&
$"R0$"(#%\
44
%^ ^ X
^
76 SOL-MORALES, Manuel, citado por Francisco Barata Fernandes SOL-MORALES, Manuel, citado por Francisco Barata Fernandesver FERNANDES, Francisco Barata - Transformao e Permanncia da Habitao Portuense As Formas da Casa nas Formas da CidadeY}
(>)
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^Aces Patrimoniais arq|a: Arquitectura e Arte/}Y}xx@
-
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F|!%
-
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Aldo Rossi, a relao da colectividade com o lugar e com a ideia deste, que nos ajuda a !!(""
da cidade que a forma desta individualidade78 A cidade o lugar da memria, a esfera onde se processaram todos os momentos e acontecimentos que criaram essa memria que ))%);)$%$%-
$%%%)%%
%%)\
No caso da habitao em particular, a responsabilidade redobrada, pois ela o WX%%)
representa ento uma ocupao prpria de uma poca prspera economicamente, com um
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F}.!%?/5
F!%?/5
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Dum excessivo individualismo dos mais dotados tem resultado no nosso tempo uma excessiva e perigosa individualizao de formas e um ar demasiado pessoal no modo %) 1 >%%%@ "(0
das formas que criamos pois que entre o gnio, abundante na nossa poca e ignorado em tantas pocas passadas, e o homem comum se estabeleceu uma barreira por vezes intransponvel780
)%
$%% 9
construdo, de maneira a poder desenvolver estratgias de interveno, no s no sentido $% $% % X
9LV)$%
%
$% > .
dimensional e funcionalmente desajustados s necessidades contemporneas, e sendo ao mesmo tempo a base de uma parte considervel da morfologia da cidade, na readaptao $%%X%%X
)$%%Acreditar, pois, que um plano, 01K""(("-
!"$("M"$""
"%\
32
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9V
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80 TVORA, Fernando Da Organizao do Espao, Y|81 ROSSI, Aldo A Arquitectura da Cidade@zz
-
wz
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FZ59Casa da Msica
Fw59Torre Eiffel
-
=)*!w|
$% ; $% L $%5)
funo do novo espao uma questo fundamental, reforando uma nova concepo de encarar o patrimnio UZ!
privilegiando sequncias de espaos pblicos e stios mais ou menos heterogneos mas #"(%
82
% ^ % 5 V*^
%%6colocar no corpo das velhas construes, um implante regenerador.3= Isto implica uma readaptao mini-%L5
;$%%-
ciona como uma renovao temporria e imediata da cidade, e que, embora seja a imagem 9+%$%$%
V);%%
V-
)$%X%)%
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%%?9%%
+95
A adaptabilidade dos edifcios , ento, um dos factores principais a ter em conta $%%%%V%%
$%$%-
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4%%%$%%9$%%%-
XX
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da Msica, ou at no campo da habitao, a casa Mil de Gaudi e a Villa Savoye de Le )%%)4
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%L>%
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%%5)-
%)%$%%
no pode estagnar, necessita de evoluir com o tempo e consequentemente adaptar-se nova $%;%9$%%-
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82 PORTAS, Nuno Os Tempos das Formas. Vol. I: A cidade feita e refeita@x83 CHOAY, Franoise &&"YxY
-
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F@/; FY/;
-
=)*!w
9);%%9
Mendes Ribeiro, Cabe ao arquitecto ter a sensibilidade para, atravs do conhecimento da
01U(-
cados e utilidades ao existente, sem o destruir ou anular784
Desde os primeiros desenhos at sua demolio, os edifcios so adaptados e %%%%)L-
%$%%;
%;=5V
;L;6A ideia "RU7
85 A sua transformao ento uma inevitabilidade e uma natural
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particularidades formais baseadas no locus em que se insere, importa a sua distribuio
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84 RIBEIRO, Joo Mendes - RIBEIRO, Joo Mendes - Aces Patrimoniais arq|a: Arquitectura e Arte/}Y}xY}85 (!?B
-
w}
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Fz);%/...
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)%
-
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unidades celulares agregadas podiam ser de qualquer comprimento, mas a largura estava %%
86 O mesmo
acontece no Porto, em que as estruturas dos pisos so de vigas de madeira transversalmente ao lote, condicionando a sua largura e permitindo maior liberdade no comprimento e na %=%5$%W%%)%9-
)%%V%V$%
laterais eram paredes partilhadas com outros edifcios, tanto no Porto como em Amester-^%%5
67)LX%V%%V%
)%V^%%%%%%VV$%
;%)X
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5
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X-
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+$%
V
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5V$%);;%%-
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5)X%%%
paredes de alvenaria de tijolo, cobrindo-se sempre na fachada por outra camada, desta V4)%
87
%VX%9-
viso dos terrenos por lotes iguais, com caractersticas semelhantes, que atribuem ci-%%V%) (% 6Em
&"""$-
posta por poucos elementos, frequentemente repetitiva, e organizada segundo as mes-mas regras de composio88 %V5 so construdos tendo em conta %=
%
$%%%5
Todavia, apesar de Amesterdo ser uma cidade tecnicamente avanada, e estando ao longo do tempo na vanguarda dos diferentes estilos arquitectnicos, nunca ignorou o %%5%V%L%^
%^%5+X*\(-
86 BUCH, Joseph &#}
#"23352665@@
87 ibidem@Y
88 HUET, Bernard - Amsterdam: an architectural lessonY|
-
100 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F|()(^?)%}
F!)%)(
(%4
-
Obsolescncia e Readaptao | 101
nard Huet sobre o que acontece em Amesterdo, aqui, a arquitectura no intervm para
Z(!!( "
?"("!K
geral dada pela forma urbana7}w>*%);$%%))(^?)%V
%4;%
*}=%-
%9V%
de Amesterdo, criando numa escala maior uma ordem que segue determinados valores L;
4
5
$%
%$%V%^%
V%)
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Contudo, a adaptao em Amesterdo no passa apenas pelas ideias, mas tambm, 958
%
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4
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X
$%%%
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Apesar de ser uma cidade de uma escala diferente, a presena do mesmo ADN
9+)-
5$%
X!
O tipo, , por conseguinte, constante e apresenta-se com caracteres de necessidade; mas, ainda que determinados, reagem dialecticamente com a tcnica, com as funes, com o
""(("7
wZ
Logo,
V
%%%L^%-
%%X
5
}w ibidem, Y|
wZ ROSSI, Aldo A Arquitectura da Cidade|z
-
102 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F85%%5%?%)%%%X
%
-
Obsolescncia e Readaptao | 103
9
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%%5^
%L%%%-
%
$%;-
$%%%
-
104 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F}Z.%)
Fw.%)
F}.%.)
-
Obsolescncia e Readaptao | 105
)$%
, readaptar continuar, reabilitar um edifcio prevendo um novo uso, um novo programa $%+\X*%)
-
106 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
Obsolescncia e Readaptao | 107
Reprogramao Urbana
&"(!Z"%)"
depende do bom senso, mas tambm de uma sensibilidade inscrita na longa durao das tradies urbanas e dos comportamentos patrimoniais7wz
Para alm de todas as condicionantes que h num projecto para uma construo de V)^%;^X*%V$%9-
9=X67V-
V)$%L
$%$%$%
L)
)%)
>);
4
nova ocupao uma etapa inicial importante nesse processo, a programao de um edifcio \!% ) $%%V
%V%%%4
No de estranhar a pouca relevncia que normalmente atribuda ao programa $%%%V$%%)%V;$%
$%-
;;%5
5%4%
dados quantitativos, quase como uma lista de requisitos numricos que condiciona certas 4%
^ V
%)% WX)$%
%54L)8;
wz CHOAY, Franoise &&"Yx
-
108 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
=)*!@Zw
obras novas, tanto mais, para projectos de reabilitao, onde o programa precisamente %4
%);
-
mao de um espao a primeira aco, que condiciona qualquer outra opo de projecto
O programa de design no determina uma forma esttica, mas restringe o n-mero de formas possveis ao estipular o nvel de performance operacional que deve satisfazer7w|
=%%4
como ferramenta que aparece na forma de uma lista de requisitos, antecipando os espaos 5%%-
mente e urbanisticamente, ser bem sucedidas se os requisitos inicialmente apresentados so $%+?%
$%V$%%$%9$%-
WX)+%-
\$%%=;$%V
X%V^V$%$%4
$%9-
%%5+%
refere Nuno Portas, Passando de programas defeituosos, aos quais falta uma reviso da
##?-
!"(""!Z("
0w
Portas considera o programa uma sntese j arquitectnica, uma sntese que orga-("!"7
w
Ou seja, um %V
%%6ideias de ambiente e relaes de funes7$%$%V$%%$%Nuno Portas considera de meta-programa, que consiste basicamente num operador inter-;$%V
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w| PORTAS, Nuno A cidade como arquitectura: apontamentos de mtodo e crticaxx
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w ibidemxZ
-
110 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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-
Obsolescncia e Readaptao | 111
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S a partir da poca ps-moderna comeam a aparecer pressupostos de readaptao do %$%LX&%?%-
van A Forma segue a funo75%9$%%)4
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em diferentes tempos Funo reforma a forma, perpetuamente7ww
Situamo-nos ento numa lgica diferente, onde o programa encarado ou pelo
-
112 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
Obsolescncia e Readaptao | 113
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mais que uma mera reaco a um determinado programa7101
O resultado arquitectnico ento uma consequncia a um programa, uma ideia de
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suporte poltico, que coloque a cidade em primeiro plano e se consiga sobrepor a interesses )L$%
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Le Corbusier escreve na carta de Atenas: ^"!!-lises rigorosas feitas por especialistas. Prev as fases no tempo e no espao. Congrega ""("
espirituais7103 Subentende-se j uma manifestao de defesa das capacidades do arquitecto e das tarefas que lhe devem competir, pois sendo criador da forma, o nico que a conse-%%V$%V
O programa como pr-projecto, como primeiro trabalho de proposta, assume-se %%)%
5%V
um bom funcionamento dos edifcios ajuda a criar um bom funcionamento da cidade que
101 KOOLHAAS, Rem - Amsterdam: an architectural lesson@@@
102 CANNAV, Paola "&%(G55;}~GGGYZ103 LE CORBUSIER &/&26=G%24
-
114 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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-
Obsolescncia e Readaptao | 115
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do ncleo consolidado da cidade, possuindo uma grande variedade de equipamentos p-)%9$%V
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-
116 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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-
Obsolescncia e Readaptao | 117
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da arquitectura tm de ser entendidas segundo esta realidade multifacetada que j se entra-%$%^4%9
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O conceito de CoHousing tem a sua origem na Dinamarca nos anos 70, e espalha-^>%%}ZwZ^>-
dos Unidos e no Canad, onde visto pelo mercado imobilirio como um crescente fen-%
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no Brad Neuberg105, e refere-se partilha de um espao por pessoas sem relao aparente, $%%)4%
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5X(%"J&k%5@wxw
Estes dois conceitos emergentes consistem em formas de ocupao que procuram um equilbrio entre o privado e o social, uma forma de comunidade intencional onde um grupo de pessoas possui dependncias privadas mas onde tambm partilha um conjunto de espaos comuns e destinados socializao entre os mesmos7106 No fundo, tratam-se
104 SALGUEIRO, Jos Malh CoHousing CoWorking Vcios e virtudes dos espaos de vida e trabalho em comuni-%"&(%Y
105 ibidem,Yz
106 ibidem,xY
-
118 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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nos Palacetes e nas Casas parece ser uma boa opo, de forma a no destruir espaos for-
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No fundo, estas formas de ocupao adaptam-se s necessidades actuais ao mesmo tempo $%5
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grande escada que possui na entrada para vencer a diferena de cotas), que j se readaptou
-
120 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
Casa: Rua do Bonjardim
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-
Obsolescncia e Readaptao | 121
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mente pelo prprio proprietrio, que construtor civil, e que posteriormente arrendou as )%
Actualmente, funciona como uma pequena residncia que ocupa
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inclusivamente alguns estudantes de Erasmus, e segundo o senhorio, tem gente em lista de )
107
semelhana da Ilha da escada ); !% (4 % V V % ( $%&'( )
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interiores, os estudantes podem usufruir de um logradouro nas traseiras, que tem um %
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familiaridade e entreajuda que muito positivo para os estudantes, e permite-lhes habitar no centro da cidade108
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arquitecto Nuno Valentim, e que aloja hoje uma comunidade de sacerdotes e estudantes de
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-
122 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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Obsolescncia e Readaptao | 123
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mais tarde ou mais cedo desadequao, torna-se importante repensar a forma de o pen-%%$%%$%%%
arquitecturas de valor histrico que se pretende preservar (como , ou deveria ser, o caso da trindade habitacional deste estudo), o programa que se projecta raramente o ltimo, 9'V$%%$%
+%%V%%6Onde um plano baseado na previso, a estratgia desenhada para responder a condies de mudana imprevisveis7110
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Assim, quanto mais um meta-programa busca o arqutipo do sentido e necessidades de espao, se liberta do detalhe contingente para se aproximar de invariantes, se expressa em "0Z#!
!!"(!"17
111 Uma interveno pouco profunda e muito
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-
124 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
Obsolescncia e Readaptao | 125
Assim, no ser vivel conceber-se um processo de reprogramao de modelos $%9)
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nhada?
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V
-
Aplicao e Sistematizao
dados de programa no so independentes das solues de arrumao relativa ou organizao do espao que se encarem, ou seja, das inter-relaes e articulaes, e estas variam por seu turno com as culturas e formas de habitar, no redutveis a modelos nicos7112
112 PORTAS, Nuno Funes e Exigncias de reas da HabitaoY
-
128 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
?V@Yw
Embora o objecto de estudo deste trabalho seja em ltima anlise o edifcio e a %$%X
$%LL%)
%$%L%)4%%\>)%%-
^\%V%5)-
tao na forma e na ocupao da cidade, ao valor do elemento como parte integrante de %$%%+
edifcios decorrente da constante mutao arquitectnica e social da cidade, e ao papel do 4%$%%V
%
No entanto, arquitectura tambm desenho, colocar em prtica conceitos e ideias, ;%5L)%)&
importantes temas levantados nos captulos anteriores so no fundo os pressupostos gerais inerentes aos objectivos do trabalho, de forma a criar uma espcie de linha orientadora que %4% =%4
)%
legado, tirando partido das suas potencialidades espaciais e locais, tal como resolvendo as %)*
8L5%\%V
um espao obsoleto, e como essa nova funo se assume como primeira aco projectual
-
130 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
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Casos de Estudo
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cional oitocentista abordada neste trabalho, escolhemos trs edifcios concretos um para
-
132 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
Fw&V%
.castanho o Palacete
-
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Assim, os trs casos escolhidos situam-se num raio de distncia inferior a 300 metros, em dois arruamentos que se intersectam e que tiveram um papel importante na 9%(!%?/5
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histria da cidade (em contiguidade com a Rua do Herosmo), a ligao mais importante '+V>
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corremos aos Livros de Plantas de Casas (LPC) do Arquivo Histrico da Cidade do Por-
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licenciamentos urbansticos, a obrigatoriedade da apresentao de documentaoL%4
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Relativamente ao objecto propriamente dito, procurou-se escolher casos que re-W9=%4
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134 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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136 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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138 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F@ZY&V
F@Zx$%9
-
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Casa
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e portanto, a eleio de um caso que se enquadrasse nas caractersticas tipolgicas siste-V%;5%L%
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A Casa escolhida como caso de estudo situa-se na Avenida Rodrigues de Freitas, !%?&LV
%%+\
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Trata-se de uma construo burguesa tpica da poca liberal, com uma composio de fachada tripartida, ocupando um lote estreito e comprido, de acordo com o plano de lote-
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possui de um dos lados da fachada traseira, um pequeno corpo adjacente por piso para as >X);%%X$%%V
$%;)%%)ZX);
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$%%')%%
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Este tipo de edifcio possui frequentemente vrios elementos ornamentais que %4;8
%;
altos (como d para perceber no corte longitudinal), portas e janelas trabalhadas, e escadas
-
140 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F@Zz/X
-
?V@z@
como elementos escultricos, so tudo elementos normalmente presentes na Casa burgue-na Casa burgue-sa, e que obrigam necessariamente a um grande cuidado, de forma a que se consiga reutili-V%%
V;X
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Casas portuenses:
A readaptao destes edifcios parece ser a estratgia a seguir. As casas bur-guesas, so inclusive construes com uma grande capacidade de se adaptar. As casas
R0U(#Z%^Z!(
a solues muito simples e genricas para se adaptarem sucessivamente, s diferentes condies7114
114 PORTAS, Nuno - Falemos de Casas: Entre o Norte e o Sul, @Y
-
142 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F@Z|&V
F@Z$%9
-
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Palacete
As Casas e os Palacetes, so construdos originalmente para o burgus oitocentista ^%L
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8$%$%);V6767-
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$%V9>X%-
termdias onde se torna difcil distinguir se estamos a lidar com um Palacete pequeno ou %%))-
rando a habitao burguesa estreita e alta, normalmente de duas frentes, que ocupa um lote %%%$%+%
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disso, por que nos permitiu um maior enfoque no estudo do edifcio escolhido, que por si 9;4L)X$%
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-
144 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F@Z/X
-
?V@z|
Faculdade de Belas Artes), o Palacete escolhido possui apenas trs frentes, encontrando-se %%
%%V%9
%$%
O Palacete escolhido como caso de estudo situa-se na Avenida Rodrigues de Frei-
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5$%
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%%@}w|>@wZ;\%'
grande alterao na habitao: a transformao de um telhado de quatro guas num piso em estilo Mansard115
Trata-se de um Palacete neoclssico, de estilo ingls que, embora seja imponente, apresenta fachadas sbrias, com alguns apontamentos ornamentais nos vos essencialmen-
!%"%%
a porta de entrada no piso 0, trs janelas de sacada no piso 1 que partilham uma varanda, e
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%%$%-
+%=V^
%$%foyer no %)%
)=foyer possui uma grande escadaria, que cria uma promenadeL-
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$%;
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Este edifcio estruturado em trs pisos, sendo o do meio o piano nobile, que tem X%))> $%
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5LL%^%
quartos, e por isso mesmo apenas acessvel por uma escada secundria que percorre todos $%%%)
Como vemos, um edifcio simples mas com enormes condicionantes, o que obri-%)%X-
115 Tipo de construo de cobertura tornada famosa por Franois Mansart, e que consiste num piso com cobertura de L%%)%4>)%%
)%L%^%
-
146 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F@Z}/foyer interior
-
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k%%
X)
5$%
ser preservadas e que condicionam uma interveno, e por isso mesmo, sero todas tidas %L
Actualmente o edifcio encontra-se em bom estado de conservao, sendo parte %=%!4%=!=5
obsolescncia dos Palacetes no de perto semelhante ao das Casas, principalmente pela $%$%X);%%V
5$%4%+%
%*;L
;L;
9%%
%)
-
148 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
?V@zw
Ensaio de solues
Na reabilitao de um edifcio cuja funo original se tornou obsoleta, interessa-^)%%%>-
%4%$%%%
quando necessitam de ser reforadas ou restaurados, respectivamente, tenta-se respeitar a 5$%%V$%
%
edifcio uma sobreposio harmoniosa de momentos construdos, qualquer transformao, %%%)%5
%5
%%%$%
WX5%%;^X*%-
tas, $"!"1
funcional prematura adaptando-se, por folga inicial e concepo apropriada a mais de uma gerao de habitantes1164%%X%%$%%L$%$%
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Exigncias Infraestruturais
$% % ) %) 5
;%;^X*
+X*%%L=$%
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116 PORTAS, Nuno A Funes e Exigncias de reas de Habitao
-
150 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F@Zw?%%%^!)="%)
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152 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F@@Y%L'L(YZZY
F@@@%L'5%@ww
-
?V@|x
%*>%L)%&)-
9>&>@ww6Funes e Exigncias de reas da Habitao7$%%X*+
5);L$%L
$%
4%)
para a habitao, como para cada diviso, as reas e regras de articulao para um bom fun-
%%*%YZZY%-
%%L)();
&>>)^;;
'L)4
-
154 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
F@@x>%)%
-
?V@||
mas as relaes que contm e o seu funcionamento interno em condies de simplicidade que uma representao exacta e total no permitiria.@@w
Assim, grande parte da proposta apresentada atravs de plantas de cores, que uti-V$%)$%
%$%V)%-
vestigao que teve como objectivo o estudo das cores da habitao burguesa portuense, da qual resultaram algumas paletes de cores dominantes em fachadas, portas, aros ou janelas 5
120
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Para alm disto, as trs primeiras cores so ainda associadas a cada um dos mode-)=;+.+
Estrutura das Propostas
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buio de espaos originalmente pensados como unifamiliares para espaos plurifamiliares
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@@w PORTAS, Nuno A cidade como arquitectura: apontamentos de mtodo e crticazZ
120 B'(&!*YY
-
156 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
?V@|
)))L%
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equilibrar este modelo atravs da redistribuio das pessoas pela aglutinao de espaos ou ;%)))
;V%%
$%*%
*%L=
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J
%)$%*>)
sejam em separado, o contedo programtico pode ser hbrido, misturando o CoHousing
J
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)%)%%wZ@Z
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-
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4
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duas clulas de habitao originais, e uma soluo mista CoHousing T1 + T0, que agrega
*;%!+
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$%L
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L+@YZZ=%;
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estes dois momentos esto dividos em duas folhas, na Casa, devido sua menor dimenso,
L%V%
.X%%%;.Y-
X%%^%
%%;^X*
-
Ensaios - Ilha
-
Ensaios - Casa
-
Ensaios - Palacete
-
Consideraes Finais
Peter Hall, numa interveno que tinha como tpico o processo de transformao >J&}Z%4
5$%
para mudarmos o mundo, essencial que o compreendamos primeiro7121 Esta simples mensagem que parece quase bvia, no entanto o princpio fundamental para uma inter-%% ;^X ;
$%L)
;%%
%^
%)W)
%)$%$%
=)$%^%-
%%
)* ) X-
~ 9 % %-
V;%
121 !
-
204 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
"YZ|
transformao e desenvolvimento urbano, associados a uma velocidade inerente a toda %X%)%;%.%
;*$%9$%
sociedade, que possua, desde os mais precrios operrios, aos burgueses comerciantes, at )%)%5
.
%V
%%%-
$%%%%*)4
%)%^%%)>%-
^*%;L%$%*9%
estruturas fsicas que funcionam como agente mnemnico, ativando a ligao s heranas
%)
%;;%55
Desta forma, a arquitectura com valor patrimonial comea a adquirir um valor nem sempre V%V
que est ali a base da identidade, e que apenas com esse suporte se pode seguir em frente %
;5%L
%);;%%V
L67#/!$/#7
122
%)%9%%
%%VL
$%%)%%)*
L % % ;^X*
Analisando a trindade habitacional oitocentista, podemos observar que cada modelo cons-
%L%995
9%\)9$%X
$%%X$%%;*$%%-
sidencial encontra-se precisamente na ideia de conjunto, com o modelo a ser tanto mais $%
%V=$%%
)%$%%%$%
)%^
V-
L8;9)-
122 TVORA, Fernando, em PORTAS, Nuno A cidade como arquitectura: apontamentos de mtodo e crtica@Z
-
206 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
"YZ
4
%^);%%)
.8LV6caminhemos, sim, do geral para o particular mas que o estudo do geral no invalide o estudo do particular, pois que um no pode viver sem o ("0"U!!#
destes extremos, aparentemente opostos mas realmente complementares7123-te segundo esta metodologia que segue esta dissertao, analisando o particular para propor ^9%
Num primeiro momento, numa perspectiva urbana do problema, procura-se es-tabelecer estratgias de readaptao funcional, que devem estar assentes em polticas de reabilitao que permitam combater a fora da especulao imobiliria, colocando os inte-X%;5%
995%
L%
)
$%45%=%4
^%-
%%%4%+X*
\=%^V
%%V%%%)
Apesar do carcter idiossincrtico de cada modelo habitacional oitocentista, a par-
6%7\
$%L4%
*;
propostos devem ser sensveis aceitao social, tornando-se passveis de ser bem sucedi-WX5$%$%9
vo contra uma cidade fragmentada, e promovem uma maior mescla social, o que sem-8^L)')^
)9)%X5)
que uma camada mais jovem da populao estudantes e jovens trabalhadores se integra com sucesso neste tipo de edifcio, vivendo ou trabalhando maioritariamente numa lgica %LL
%
J%-
^%5%;%X
WX5%%$%%%
123 TVORA, Fernando Da Organizao do Espao, @w
-
208 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
"YZw
Num segundo momento, numa perspectiva mais operativa, de interveno no ob-4
%^;X
L
$%)4$%%L;
)4
)4
$%$%%9)%
X%%V^$%$%;5
que est por detrs da sua forma, o ncleo duro invisvel de qualquer lgica construtiva de %6
"U(!"
$"("
(""%124
%
)%-
mtica, de acordo com as novas necessidades de ocupao, que nos parecem econmica e L%%>
X*%%$%%-
55))
%%%%5
;)%) ;-
%5+;%V
?!))?!$%%V%5
67 % 9 V
%)%%X$%-
bilidade dos pressupostos programticos defendidos, bem como, a possibilidade de uma V^5%%$%L
%VL5
%V5
())*9-
%)4
$%
Neste sentido, a escolha de casos de estudo reais tem o propsito de dissecar a carapa-7)
9%$%%)%9$%4%
perspectiva urbana e social vivel, pode, em princpio, ser aplicada a qualquer edifcio que
124 PORTAS, Nuno A cidade como arquitectura: apontamentos de mtodo e crtica@|z
-
210 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
-
"Y@@
$%
*$%9X%
%VV%9%^X*%%-
% 9 V %
%;9%)8%-
%%%L5)
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-
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X
$%*L
$%%%%\V8L-
vora, o espao organizado pelo homem condicionado na sua organizao mas, uma vez organizado, passa a ser condicionante de organizaes futuras7125
L%WX))*%)
%)%*$%;X
>%^
$%%
%%$%
das propostas o reabitar do tecido urbano consolidado portuense, e com isso promover %9V
;%
L
X;*
?4 . -
$%
%%L
total de 1063 m2 para uma famlia, a Ilha possui 788 m2 de rea total, subdivididos por 26 ;%)%4Y5.
V%
Yw
2 de
L'5$%)X-
125 TVORA, Fernando Da Organizao do Espao, Y@
-
212 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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214 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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como um instrumento em benefcio dos outros homens, da sociedade a que pertence7(Fernando Tvora, em Da Organizao do Espaoz
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216 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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&/>?"^Os Brasileiros Emigrao e Retorno no Porto Oitocentis-ta.
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^ Mquinas Urbanas A adaptao funcional dos grandes equipamentos em obsolescncia)-
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(>.!.9;^O Processo SAAL e a Arquitectura no 25 de Abril de 1974.)YZZzz}.?(w}^wY^}Zz^^
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218 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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(^A century of Architecture in the Netherlands 1880\1990!
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!/&=5"^Reconverses A adaptabilidade de edifcios histricos a novos usos
"&%$%%!>?%^6Patrimnio, renovao e desenvolvimento7
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=?8L ^Reabilitao do Antigo como obra Nova Tvora em Guimares
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">!>?"(^Transformao e Permanncia da Habitao Por-tuense - As Formas da Casa nas Formas da Cidade
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~>?8=(;>!>&%^Evaluando la Habitabilidad Bsica Una Propuesta
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220 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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para Proyectos de CooperacinYZ@Y.?(w}^}z^}x@w^|^
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&^A Boa Forma da Cidade&)>ZYZ@Zzz.?(w}^wY^zz^@xxZ^x
=8>.!=;8^Reconverso de edifcios industriais (para ha-bitao). O fenmenos dos lofts
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222 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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>!&.^Casa do Conto Histria 1 + Casa do Conto Histria 2&)V(
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PIMENTA, Manuel As ilhas do Porto: estudo socioeconmico
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=!8?%^;;YZZwZ.?(w}wYzw@ZYZ}
=!8?%^Os Tempos das Formas. Vol. I: A cidade feita e refeita~%
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!=?!%~^A Casa Unifamiliar Burguesa na Arquitectura Portugue-"%"%&&
Porto: Dissertao em Doutoramento apresentada Faculdade de Arquitectura da Univer-
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224 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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Reabilitao de Edifcios do Centro Histrico do Porto Guia de Termos de Referncia >;^)
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!.(>.!=(^Projectar para o Presente e Futuro os conceitos de "@JK"X
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!=?%(^Reutilizao social do patrimnio industrial Central do Freixo e o vale de Campanh
"&%$%%>=^Reconverso e musealizao de espaos industriais: actas do Colquio de Museologia Industrial
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?!=^ Falemos de casas: entre o Norte e o Sul = Lets talk about houses: between North and South&)YZ@Zxzx.?(w}w}wx@ZZZ
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226 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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8/=!"^Da Organizao do Espao
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8>.>.!%^Habitao Popular na cidade oitocentista As ilhas do Porto&)"%%~%)J.8@ww
Artigos e Peridicos
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228 | Porto: [Re]Habitar a Cidade
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Internet
~>(V"LV^Shaping the futures for industrial cities in decay: Ur-ban planning and memory retrieval
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=!!>.&%5%^Sobre a Interveno no Patrimnio em Portugal uma Ques-to de Identidade
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=8.=!>? ;/ ! ^ Desindustrializao, terciarizao e reestruturao territorial O caso do Porto
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&&^Manchester, the First Industrial City@Z^@}xZ
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Local Architecture goes to DetroitYZZw
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Fontes de Imagens | 233
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Fontes de Imagens | 235
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^Ensaio de uma Ilha: um estudo sobre a habitao social contempornea@Fig. 59
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Fontes de Imagens | 237
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