porto itapoá - logzbr.com.br · brasil portos e ativos logísticos, são geridos pela brz...
Post on 13-Feb-2019
215 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Porto Itapoá
CARTA DO CHAIRMAN
CARTA DO PRESIDENTE
A LOGZ
EMPRESAS INVESTIDAS
19 Porto Itapoá
24 TESC
28 WRC
32 TGSC
O PLANEJAMENTO
04
06
08
18
36
CARTA DO CHAIRMAN
4 Relatório Anual 2013
CARTA DO CHAIRMAN
O SISTEMA LOGÍSTICO BRASILEIRO DEMANDA MELHORIAS
e inovações imediatas.
A projeção da economia brasileira no mercado internacional
e a consequente irradiação de efeitos positivos no nível de
atividade e do bem estar social da sociedade em nosso país
são dependentes de uma completa transformação dos siste-
mas de movimentação, armazenamento, coleta e distribuição
de cargas no território nacional e no exterior.
Há quatro anos, a LOGZ investe no setor e projeta seu cres-
cimento na sua capacidade de atendimento a estes desafios.
O sucesso no mercado de mercadorias de alto valor agre-
gado, cargas unitizadas movimentadas em seus terminais
em Itapoá e São Francisco do Sul será certamente replica-
do no mercado de cargas a granel, alimentícias e minérios.
A nova saída Norte para as cargas a granel, as estações de
armazenamento e transferência de cargas no interior, a mon-
tagem de um sistema de transporte hidroviário e um terminal
marítimo na Amazônia consolidará a presença da LOGZ nes-
te mercado, propiciando aos produtores uma solução inde-
pendente e segura para o escoamento de seus produtos.
Novas oportunidades estão sendo exploradas no Norte e
Nordeste para a operação portuária de cargas unitizadas
e a granel, descentralizando os investimentos e aproveitan-
do a tendência de movimentação para o norte do país.
A LOGZ está atenta a estas alternativas e participa ativa-
mente na consolidação da política de investimentos privados
no sistema logístico no Brasil, que se tornou mais viável pela
nova regulamentação do setor.
O crescimento da LOGZ e sua abrangência em âmbito na-
cional são metas permanentes do seu corpo diretivo e de
seus colaboradores.
Confiantes na evolução dos negócios, nos empenhamos
em carrear recursos aos novos empreendimentos, disponi-
bilizando nossa competência e experiência adquiridas nos
projetos de sucesso.
Nelson Luiz Carlini
Chairman
O CRESCIMENTO DA LOGZ
E SUA ABRANGÊNCIA EM
ÂMBITO NACIONAL SÃO
METAS PERMANENTES DO SEU
CORPO DIRETIVO E DE SEUS
COLABORADORES.
LOGZ - Carta do Presidente 5
CARTA DO PRESIDENTE
6 Relatório Anual 2013
CARTA DO PRESIDENTE
O ANO DE 2013 FOI DE MUITOS AVANÇOS E CONQUISTAS
para a LOGZ Logística Brasil S.A. Por isso, temos orgulho
em compartilhar um registro das nossas ações e das quatro
empresas que compõem o nosso portfólio ao longo desse
relatório: Terminal Santa Catarina (TESC), WRC Operado-
res Portuários (WRC), Terminal de Granéis de Santa Catari-
na (TGSC) e o Porto Itapoá.
Um ano de consolidação e de números importantes alcan-
çados em nossas investidas, obtidos através da soma de
esforços que visam construir um legado positivo para os
nossos stakeholders.
O objetivo da LOGZ é se fortalecer cada vez mais, aumen-
tando seu valor e sua capacidade de prospectar novos in-
vestimentos. Além dos recursos dos nossos acionistas, os
quais viabilizaram os investimentos realizados até agora,
incluindo a entrada no novo empreendimento em Parana-
guá, buscamos a expansão de nossas atividades através de
recursos próprios gerados pelo nosso portfólio. Para isso,
acreditamos em uma equipe extremamente qualificada e
contamos com a expertise dos Conselheiros de Adminis-
tração e diretores, tanto da LOGZ como das investidas,
para fortalecer nossa governança corporativa.
A partir de nossa atuação, em conjunto com nossas inves-
tidas e diversos parceiros, esperamos ter contribuído de
forma efetiva para o setor portuário, a cadeia logística bra-
sileira e o desenvolvimento do nosso país, que nos levarão
à geração de melhores resultados.
Durval Soledade
Diretor-Presidente
O OBJETIVO DA LOGZ É SE
FORTALECER CADA VEZ
MAIS, AUMENTANDO SEU
VALOR E SUA CAPACIDADE
DE PROSPECTAR NOVOS
INVESTIMENTOS.
LOGZ - Carta do Presidente 7
A LOGZ
8 Relatório Anual 2013
A LOGZ
CRIADA EM JANEIRO DE 2010, A LOGZ LOGÍSTICA BRASIL S.A.
tem o desafio de se consolidar como uma das principais gestoras
de ativos do setor portuário e da cadeia logística brasileira. Sen-
do uma holding operacional com investimentos em ativos do se-
tor portuário, com foco no desenvolvimento de sistemas logísticos
integrados, a LOGZ tem como objetivo oferecer soluções para o
escoamento dos crescentes volumes comercializados internamente
e com o exterior.
A LOGZ tem participação em quatro empresas do setor portuário
no estado de Santa Catarina, onde já assumiu um papel relevante
na logística da região e atua em parceria com importantes grupos
de empresários locais e empresas de grande porte. Localizados no
norte de Santa Catarina, o Terminal Santa Catarina (TESC), WRC,
Terminal de Granéis de Santa Catarina (TGSC), o Porto Itapoá, além
do novo empreendimento em Paranaguá, no Paraná, compõem o
portfólio da LOGZ.
JOINVILLE
PORTO ITAPOÁ
TGSC
WRC
TESC
Baía da Babitonga
Araquari
Balneário Barra do Sul
Itapoá
São Francisco do Sul
Localização das Empresas Investidas
9LOGZ - A LOGZ
A nova Lei dos Portos (Lei nº 12.815/13), o crescimento acelerado das
atividades de comércio exterior e os gargalos estruturais do setor
proporcionam oportunidades de investimento com alto potencial de
criação de valor. Diante deste cenário e, com o objetivo de manter
seus planos de expansão, que inclui o crescimento orgânico das in-
vestidas, e consolidar sua posição, em 2012, foi aprovada a consti-
tuição de um novo fundo de investimentos em participação (Brasil
Portos FIP), gerido pela BRZ Investimentos e que investirá exclusiva-
mente por meio da LOGZ. Em 2013, o valor comprometido por este
novo fundo alcançou R$ 900 milhões.
Os acionistas da LOGZ, Fundo de Investimento em Participações Lo-
gística Brasil, o Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergen-
tes Empreendedor Brasil e o Fundo de Investimento em Participações
Brasil Portos e Ativos Logísticos, são geridos pela BRZ Investimentos
Ltda., empresa pertencente ao Grupo GP Investimentos.
ESTRUTURA SOCIETÁRIA
EmpreendedorBrasil FMIEE
Gerido por:
LogísticaBrasil FIP
Gerido por:
BrasilPortos FIP
Gerido por:
10 Relatório Anual 2013
ÁREA DE ATUAÇÃO
A LOGZ ATUA EM SETORES RELACIONADOS À LOGÍSTICA PORTUÁRIA
e sua integração com os demais modais, interligando portos, terminais
multimodais e armazenagem interior, marcando presença nos princi-
pais corredores de cargas agrícolas e de produtos industrializados do
país. Com isto, os principais setores de atuação são:
Serviços portuários – terminais de contêineres, múltiplo uso e granéis
responsáveis pelo armazenamento e movimentação de cargas.
Armazenagem – armazenamento de produtos para clientes e eventual
prestação de serviços de valor agregado, como gestão de estoque,
etiquetagem e embalagem.
Integração logística – atuação em toda a logística para empresas que
queiram terceirizar suas operações.
MISSÃO E VISÃO
Missão – gerir os ativos que compõem nosso portfólio com forte atua-
ção nas empresas investidas e buscar novas oportunidades de negócio
que tragam sinergias de forma a maximizar o retorno aos acionistas.
Visão – ser a empresa que melhor gere ativos do setor portuário e da
cadeia logística no Brasil.
VALORES
Pessoas – procuramos manter nossos colaboradores sempre motivados
e comprometidos com os objetivos da empresa, reconhecendo-os e re-
compensando-os por seus resultados, dedicação e talento.
Ética – agimos com transparência e integridade nos relacionamentos e
na condução de nossos negócios.
Responsabilidade – atuamos com diligência e próatividade para iden-
tificar e antecipar situações e necessidades futuras agindo com res-
ponsabilidade, eficiência, eficácia e agilidade.
Sustentabilidade – visamos contribuir para o equilíbrio econômico,
social e ambiental, adotando práticas que demonstram respeito e
preocupação com as comunidades em que atuamos.
11LOGZ - A LOGZ
DIFERENCIAIS LOGZ
Empresa com Foco de Investimento Definido
Investimentos direcionados a terminais portuários, retroáreas e
áreas de armazenagem existentes ou greenfields para a composi-
ção de um portfólio integrado de ativos portuários.
Capacidade Diferenciada de Crescimento via Investimento no Setor
Portuário
Forte capacidade de captação de recursos com equipe especializa-
da na identificação de novas oportunidades em parceria com a BRZ
Investimentos.
Oportunidades para Ganhos de Escala e Diversificação
Múltiplo uso e granéis possibilitam a diversificação das receitas da
empresa, ganhos de escala, implementação de melhores práticas de
gestão. Foco no setor portuário e de armazenagem dadas às altas
margens de EBITDA e previsibilidade de receitas destas empresas,
permitindo a distribuição de dividendos recorrentes aos acionistas.
Relacionamento com Agentes Econômicos Públicos e Privados
A LOGZ atua ativamente no setor portuário, tanto por meio por
meio das principais associações do setor como pela sua participa-
ção em diversos seminários, palestras e congressos. Em 2013, foram
mais de 10 agendas no segmento, também como palestrantes, em
eventos como Maritime Trade Summit, Intermodal e Port Finance
International. Todas essas ações reforçam o papel do time da LOGZ
(Conselho de Administração e diretores) como referência no setor
portuário, inclusive como fonte em matérias para veículos com cir-
culação nacional, como o Valor Econômico, Estado de São Paulo
e Folha de São Paulo, e mídias específicas, como Guia Marítimo e
Portos e Navios.
Investimentos para Melhoria da Infraestrutura Logística Brasileira
Investimento na modernização e ampliação dos terminais do port-
fólio e busca de novos territórios de atuação, apresentando novas
soluções em logística no mercado de portos no Brasil.
12 Relatório Anual 2013
Gestão Experiente com Foco em Investimento e Desenvolvimento
de Novos Negócios
Equipe de gestores com comprovada experiência e atuações com-
plementares no ciclo de investimento e desinvestimento, gerencia-
mento de operações logísticas, além de amplo conhecimento e rela-
cionamento no setor; desenvolvimento da área de novos negócios;
capacidade de estruturação e captação (dívida e equity) para fechar
negociações e adquirir projetos antecipadamente.
GOVERNANÇA
A administração da LOGZ é composta por profissionais altamente
qualificados e com experiência em diversos setores como portuário,
financeiro, private equity, jurídico e governança corporativa. A equi-
pe multidisciplinar é composta por profissionais competentes e com
excelente formação acadêmica. A soma dessas competências forma
um time de alto desempenho, que segue as melhores práticas de
governança corporativa, garante, no dia a dia, o acompanhamento
efetivo das investidas, a otimização de estrutura de capital, identifi-
cação, avaliação e aquisição de novos projetos, além da captura de
sinergias entre os projetos existentes.
Porto de São Francisco do Sul
13LOGZ - A LOGZ
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
NELSON LUIZ CARLINI | Presidente do Conselho de Administração e
Conselheiro Independente
Possui extensa experiência no setor de construção naval, navegação,
logística e terminais portuários. Foi Diretor Comercial do Estaleiro Ve-
rolme, Presidente da Companhia de Navegação Flumar, Diretor Supe-
rintendente da Wilson, Sons Brasil, CEO da Companhia de Navegação
Francesa CMA-CGM, Presidente da Docenave, sócio e membro do Con-
selho da CSOA - Aeroporto de Cabo Frio. Graduado em Engenharia
Naval pela USP com pós-graduação em Administração pela PUC-SP.
DURVAL JOSÉ SOLEDADE SANTOS | Vice Presidente do Conselho e
Diretor-Presidente
Exerceu as funções de Diretor Jurídico e Executivo do BNDES Partici-
pações - BNDESPAR, Diretor na Comissão de Valores Mobiliários, mem-
bro dos Conselhos de Administração do IBMEC, BOVESPA, SOMA, MBB
e ABRASCA e membro do Comitê de Finanças da ANBID. Bacharel em
Direito pela UFF-RJ com pós-graduação em Direito Empresarial pela
UCM, pós-graduação em Economia do Desenvolvimento pela PUC- RJ
e MBA Executivo pela COPPE/UFRJ. Atualmente é membro dos Con-
selhos de Administração da ETH Bioenergia e da LBR – Lácteos Brasil.
NÉLIO HENRIQUE LIMA | Conselheiro Independente
Exerceu as funções de Superintendente Executivo do BB na área de Ne-
gócios com o Governo, Diretor de Administração e Participações, além
de Conselheiro Deliberativo na PREVI e Diretor da DTVM S.A. Foi mem-
bro do CCEx e do Conselho Curador do FGE no MF. Conselheiro Fiscal
na SBCE e na La Fonte Participações, além de conselheiro de Adminis-
tração na Seara, Tupy, Kepler Weber e Embraer. Advogado pela Facul-
dade de Ciências Jurídicas do Rio de Janeiro, especializado em Direito
Civil e pós-graduado em Direito Empresarial pela FGV. Possui MBA Al-
tos Executivos pela COPPEAD/UFRJ e especialização em Banking pela
University of Texas e pela De Paul University. Atualmente, é membro do
Conselho de Administração da Paranapanema S.A.
GABRIEL STOLIAR | Conselheiro Independente
Foi CFO e Diretor Executivo de Planejamento e Novos Negócios da
Vale, Diretor Executivo da BNDES Participações-BNDESPAR e mem-
14 Relatório Anual 2013
bro dos Conselhos de Administração da Light, Usiminas, Cia Siderúrgica
Nacional, Cia Siderúrgica de Tubarão, CAEMI e da Bolsa de Valores do
Rio de Janeiro, entre outros. Engenheiro de Produção pela UFRJ com
pós-graduação em Engenharia da Produção pela COPPE/UFRJ. Atual-
mente é membro do Conselho de Administração da MRS Logística, Pre-
sidente do Conselho de Administração da Tupy S.A. e Sócio-Gestor da
Studio Investimentos Adm. de Recursos Ltda.
ANTÔNIO MAURANO | Conselheiro
Funcionário de carreira do Banco do Brasil desde 1977, é Vice-Presidente
de Negócios de Atacado, já tendo ocupado o cargo de Diretor Comer-
cial. Adicionalmente, é membro dos Conselhos da BB Leasing, BB Banco
de Investimentos, BB Gestão de Recursos, BB Securities, BB Previdên-
cia, Fundo de Pensão do BB, Banco Patagônia e Neoenergia. É formado
em Direito com especialização em Comércio Exterior e Negócios Inter-
nacionais, além de possuir MBA em Formação para Altos Executivos.
No Banco do Brasil exerceu, entre outros cargos, o de Superintendente
Regional na Superintendência de Varejo e Governo de São Paulo, Supe-
rintendente Comercial IV e Gerente Executivo na Diretoria de Cartões.
NELSON ROZENTAL | Conselheiro
Sócio-executivo da GP Investimentos e Presidente do Conselho de
Administração da BRZ Investimentos, sendo responsável pelo desen-
volvimento e estruturação de projetos de longo prazo. Dentre suas
experiências, destacam-se sua atuação como Diretor Executivo do
BNDES Participações - BNDESPAR e como conselheiro de diversas
entidades, como o Brazilian Equity Partners Fund, Brazil Private Equity
Mutual Fund, Bahia Sul Celulose, Light, Telemar, Bolsa de Valores do
Rio de Janeiro, Iochpe Maxion e IBMEC. Graduado em Engenharia pela
UFRJ, com mestrado em Administração de Empresas pela COPPEAD/
UFRJ, concluiu o programa Owner/President Management Program
pela Harvard Business School.
RICARDO PROPHETA | Conselheiro
Formado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da USP,
ingressou na GP Investimentos em 2002, onde iniciou como analista, e
depois associado dos fundos de private equity. Desde 2006 dedica-se
exclusivamente à BRZ Investimentos como Sócio-Diretor, atuando na
área de longo prazo com foco na estruturação de fundos com parti-
cipações minoritárias em empresas, setores de infraestrutura, logísti-
ca, agronegócios. Foi Consultor da Booz Allen & Hamilton do Brasil e
15LOGZ - A LOGZ
integrou os conselhos de companhias como Equatorial Energia, iG e
Lupatech. Atualmente, é membro do Conselho de Administração da
ALL América Latina Logística, Magnesita e Poit Energia.
RONALDO HIRATA | Conselheiro
Ingressou na GP Investimentos em 2002. Desde 2006 dedica-se à
BRZ Investimentos. No início, atuou como advogado responsável pelo
Departamento Jurídico. No final de 2010, assumiu as funções admi-
nistrativas e a gestão dos funcionários das áreas de TI, Jurídico, Con-
troladoria, Risco e Compliance. Integra, como membro suplente, os
Conselhos de Administração das empresas Amata e Elog. É bacharel
em Direito pela PUC-SP.
DIRETORIA EXECUTIVA
DURVAL JOSÉ SOLEDADE SANTOS | Diretor-Presidente
(anteriomente qualificado)
MARCELO DE SOUZA MUNIZ | Diretor Corporativo
Possui experiência de 26 anos no conglomerado Banco do Brasil, dos
quais 10 anos na Diretoria de Participações da PREVI, onde atuou no
gerenciamento e acompanhamento do desempenho das empresas in-
vestidas pela PREVI dos setores de alimentos, bebidas, financeiro, ae-
ronáutico, entretenimento e infraestrutura. Participou ativamente da es-
truturação e implementação do projeto Novo Mercado das empresas
Embraer e Perdigão. Sócio Diretor da M&M Consultores com foco em
Governança Corporativa. Atuou ainda como membro de Conselhos de
Administração e Fiscal de companhias abertas como Marisol, Celesc,
Mangels, Perdigão, Ambev, Invepar e Monark. Bacharel em Direito com
pós-graduação em Gestão Empresarial pela FGV- RJ.
ROBERTO LOPES | Diretor de Operações
Administrador de Empresas com experiência de mais de 20 anos no se-
tor portuário, tendo atuado como Diretor Operacional no TESC, Diretor
Comercial no Grupo Libra, Diretor Geral da Libra Terminais Santos, Dire-
tor Comercial da Libra Terminais Rio e Diretor de Operações no Terminal
Vila Velha (TVV).
16 Relatório Anual 2013
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
ORGANOGRAMA
DIRETOR-PRESIDENTE
DIRETOR CORPORATIVO
DIRETOR DE OPERAÇÕES
GERENTE JURÍDICO
GERENTE FINANCEIRO
ESTAGIÁRIOESTAGIÁRIO
ANALISTA SÊNIOR
ANALISTA SÊNIOR
ANALISTA SÊNIOR
ANALISTA PLENO
ANALISTA PLENO
ANALISTA JÚNIOR
ASSISTENTEADM.
17LOGZ - A LOGZ
18 Relatório Anual 2013
PORTO ITAPOÁ
AS OPERAÇÕES DO PORTO ITAPOÁ TIVERAM INÍCIO EM JUNHO
de 2011. Dedicado à movimentação de contêineres, o terminal tor-
nou-se uma referência em qualidade e eficiência. Em menos de três
anos de operação, já é considerado um dos mais ágeis do mundo
em seu segmento.
Os números confirmam o sucesso das operações. Desde 2011, 1.146
navios já atracaram no Porto Itapoá, sendo 583 embarcações ape-
nas em 2013, índice elevado para o pouco tempo de atuação. A car-
teira de clientes chega a 800 empresas, que contam com 14 servi-
ços marítimos para todo o mundo. Quanto à produtividade, a média
é de 72 movimentos por hora (MPH), já tendo alcançado o nível de
130 MPH em algumas operações.
A localização do Porto Itapoá é um diferencial estratégico. Às mar-
gens da Baía da Babitonga, no norte de Santa Catarina, é favoreci-
do pelas condições naturais da região. Seu berço, com 630 metros
de comprimento, tem 16 metros de calado natural, um dos maiores
da América do Sul, e está equipado com quatro portêineres Super-
Post-Panamax. Todas essas características fazem com que o Porto
Itapoá seja um dos poucos terminais com condições para receber
os maiores navios em operação na costa leste da América do Sul.
O porto ainda conta com outro diferencial estratégico. Enquanto
a maioria dos terminais brasileiros está localizada ou cercada por
áreas urbanas, o Porto Itapoá foi implantado em uma área com
enormes espaços para a expansão das atividades e capacidade
para atrair novos prestadores de serviço, de apoio ao terminal e a
seus clientes.
Devido ao extraordinário desempenho em três anos, o projeto de
expansão já teve início. A área atual, de cerca de 140 mil m2, e que
já atingiu a sua capacidade máxima de 500 mil TEU/ano, passará a
ter 450 mil m2. Com a ampliação, o terminal terá capacidade para
movimentar 2 milhões de TEU/ano.
... O PORTO ITAPOÁ
FOI IMPLANTADO
EM UMA ÁREA COM
ENORMES ESPAÇOS
PARA A EXPANSÃO
DAS ATIVIDADES
E CAPACIDADE
PARA ATRAIR NOVOS
PRESTADORES
DE SERVIÇO.
19LOGZ - Empresas Investidas
Porto Itapoá
20 Relatório Anual 2013
ESTRUTURA SOCIETÁRIA
PORTO ITAPOÁ EM 2013
Um ano de resultados positivos, com crescimento da movimentação,
recordes operacionais, projetos inovadores, ampliação da carteira de
clientes e aumento da visibilidade dos diferenciais competitivos do
terminal. Assim foi o ano de 2013 para o Porto Itapoá, que aumentou
em 70% a movimentação de contêineres1. Ao todo foram 294.267 con-
têineres, 76% a mais do que no ano anterior. A operação de contêineres
de importações também apresentou desempenho recorde, com au-
mento de 192% em relação a 2012, melhorando o mix de cargas.
A maior movimentação no terminal trouxe resultados financeiros im-
portantes. A receita líquida mais do que dobrou em relação ao ano
anterior e atingiu a marca de R$ 159 milhões. Com a renegociação da
dívida e sua expressiva redução, cerca de 40% dos juros, o desem-
penho financeiro foi impactado positivamente. Com o aumento da
receita e redução dos custos financeiros, houve melhora no resulta-
do da empresa, reduzindo o prejuízo em 56%, chegando a R$ 27,8
milhões após alcançar R$ 63,3 milhões em 2012.
Contêineres(Mil boxes)
2011 2012 2013
24
167
294
1 Fonte: ANTAQ
21LOGZ - Empresas Investidas
Customização de sucesso - Um dos diferenciais do Porto Itapoá é
a sua capacidade de customizar os serviços de acordo com as de-
mandas do cliente. O projeto BMW, que começou em outubro de
2013, trouxe inovação em solução logística e concentração de to-
das as importações da montadora no terminal, atestando a compe-
titividade do complexo portuário.
A solução encontrada, em parceria com seu principal cliente arma-
dor, foi acondicionar os veículos da BMW nos contêineres reefers
(refrigerados) nos quais o Brasil exporta alimentos. Como os con-
têineres voltavam vazios ao país, a ideia foi aproveitá-los para a
operação com a montadora, que já movimenta cerca de 1 mil con-
têineres/mês.
Em função do nível de serviço e flexibilidade operacional, empresas
que atuam em diferentes segmentos, como produtos do setor de
plásticos e derivados, peças de automóveis, químicos e eletrônicos,
utilizam o terminal para importação de suas cargas, com destaque
em 2013 para BMW, Down Quimica, Volkswagen, Asia Shipping,
Cooper Trading, Nordiscs Container Line e P&G.
Acesso móvel - Outra inovação foi a implantação do Porto Itapoá
Mobile, um aplicativo para smartphone ou tablet que permite aces-
sar informações do Porto Itapoá de qualquer lugar.
AÇÕES SOCIAIS
Em 2013, o Porto Itapoá investiu mais de R$ 200 mil em projetos
sociais, culturais e ambientais, desenvolvendo programas em con-
tribuição ao desenvolvimento sustentável, entre os quais:
• Projeto Mulheres Portuárias - Prêmio Ser Humano concedido pela
Associação Brasileira de Recursos Humanos de Santa Catarina
como uma das melhores práticas em RH. Inédito no Brasil, o pro-
grama foi lançado em agosto de 2012 com o intuito de inserir a
mão de obra feminina no segmento portuário, predominantemen-
te masculino, promovendo maior igualdade de oportunidades por
meio da qualificação profissional. Dessa forma, o Projeto Mulheres
Portuárias selecionou 50 mulheres moradoras de Itapoá e regiões
...ITAPOÁ MOBILE,
UM APLICATIVO
PARA SMARTPHONE
OU TABLET QUE
PERMITE ACESSAR
INFORMAÇÕES DO
PORTO ITAPOÁ DE
QUALQUER LUGAR.
R$ 200 MILINVESTIDOS
EM PROJETOS SOCIAIS CULTURAIS E AMBIENTAIS
22 Relatório Anual 2013
próximas, entre mais de 300 candidatas, e ofereceu treinamentos
nas áreas de documentação e gate, e operação de equipamentos.
O projeto teve 100% de aproveitamento, ou seja, todas as par-
ticipantes que iniciaram os treinamentos fizeram as aulas até a
conclusão. No Porto Itapoá, 26 mulheres foram contratadas até
o momento apenas como resultado desse projeto, sendo 16 ope-
radoras de veículo portuário e 10 assistentes de gate. Além do
terminal, outras duas empresas retroportuárias já contrataram
mulheres formadas pelo projeto: a Brasmar (da APM Terminals) e
ATM (Aliança Transporte Multimodal Ltda.). Os demais currículos
foram encaminhados para outras empresas que estão se instalan-
do nas proximidades do terminal.
• Programa Aprendiz Legal - O Porto Itapoá tem 17 aprendizes fa-
zendo parte da sua equipe de colaboradores, atuando em todas
as gerências da empresa. Esse trabalho realizado com os jovens
garantiu a manutenção do selo “Nossa Empresa Apoia a Apren-
dizagem”, desenvolvido pela Fundação Roberto Marinho para
valorizar a iniciativa das empresas brasileiras que participam da
rede social do Aprendiz Legal e acreditam que a aprendizagem
proporciona oportunidade para melhorar a qualidade de vida dos
jovens brasileiros. O Porto Itapoá também ocupa o 1º lugar em
duas importantes categorias: é o 1º porto e a 1ª empresa do esta-
do de Santa Catarina a receber o prêmio.
• Projeto Viveiros de Mudas - Com uma metodologia participativa
e com capacidade de multiplicação para outros municípios, tem
como objetivo recompor a vegetação nativa de Itapoá, mobili-
zando toda a comunidade local.
• Monitoramento Ambiental Voluntário “Praia Limpa e Segura” -
Mais uma ação de conservação ambiental da empresa, que mo-
nitora diariamente o aparecimento de animais como golfinhos,
botos e tartarugas marinhas em praias no entorno do terminal.
• Comissão Estadual de Resíduos Sólidos - Como parte das ações
em prol da sustentabilidade, o Porto Itapoá passou a integrar esse
espaço de incidência política com o objetivo de apontar linhas de
ação para a produção e consumo sustentáveis, redução de impac-
tos ambientais, geração de emprego e renda e educação ambiental.
23LOGZ - Empresas Investidas
17 APRENDIZES
NA EQUIPE DE COLABORADORES
TESC - TERMINAL PORTUÁRIO SANTA CATARINA
O TESC – TERMINAL PORTUÁRIO SANTA CATARINA É UM TERMINAL
arrendado no Porto de São Francisco do Sul, sendo um dos princi-
pais terminais portuários de múltiplo uso do Brasil. Com 67 mil m2
de área, realiza atividades voltadas à movimentação e armazena-
gem de cargas, com destaque para produtos siderúrgicos, granéis
sólidos, carga geral e contêineres.
Em operação desde 2002, e com o contrato de arrendamento até
2021 (já em processo de renovação para mais 25 anos), está localiza-
do na Baía da Babitonga, na cidade de São Francisco do Sul, no lito-
ral norte de Santa Catarina. Atualmente, o terminal é responsável por
mais de 75% das operações de movimentação de carga de importa-
ção e cabotagem no Porto Organizado de São Francisco do Sul.
O terminal modernizou a sua estrutura com recentes investimen-
tos em ampliação, dragagem e aquisição de novos equipamentos,
visando a agilidade e a segurança na prestação de serviços. Com
as obras do Programa Nacional de Dragagem (PND), o calado do
Porto de São Francisco do Sul foi ampliado para 14 metros, um dos
mais profundos do Sudeste e do Sul do Brasil. Conta ainda com
dois berços de atracação, totalizando 648 metros de cais acostável,
além de equipamentos que proporcionam flexibilidade para receber
e atender até três navios simultaneamente, tanto de carga geral,
produtos siderúrgicos e cargas de projeto, quanto de contêineres e
de granéis de importação (fertilizantes, barrilha e trigo).
Os serviços são prestados diretamente pelo TESC aos armadores e
linhas marítimas ou aos seus agentes, compreendendo carga e des-
carga de contêineres ou carga geral dos navios atracados. Também
faz a armazenagem alfandegada de contêineres e carga geral (área
aberta ou armazém), fornecimento de energia e monitoramento de
contêineres refrigerados, unitização e desunitização de contêineres
de importação ou para exportação, além de inspeções por solicita-
ção dos órgãos fiscalizadores, pesagem e transporte de contêine-
res e carga geral.
Em 2012, o terminal deu início ao processo para renovação do seu
contrato de arrendamento por mais 25 anos, vencendo em 2046.
ATUALMENTE,
O TERMINAL É
RESPONSÁVEL POR
MAIS DE 75% DAS
OPERAÇÕES DE
MOVIMENTAÇÃO
DE CARGA DE
IMPORTAÇÃO E
CABOTAGEM NO
PORTO ORGANIZADO
DE SÃO FRANCISCO
DO SUL.
24 Relatório Anual 2013
2013 PARA O TESC
Ao longo dos últimos anos, os tipos de cargas movimentadas no
Porto de São Francisco do Sul sofreram alterações. A combinação
entre (i) migração de linhas de longo curso (contêineres), sendo
duas em 2013, para outros portos da região da Sul dedicados à mo-
vimentação de contêineres, (ii) filas de espera nos portos concor-
rentes para o atendimento de cargas não conteinerizadas e (iii) au-
mento da disponibilidade de berço em São Francisco do Sul, tanto
pela inauguração de mais um berço (berço 201), quanto pela dimi-
nuição do número de navios de contêineres, resultou no aumento
da atratividade do Porto no atendimento de cargas gerais e granéis
de importação.
A despeito da redução nas operações de contêineres, 2013 foi um
ano de destaque na movimentação de cargas não conteinerizadas
para o TESC, principalmente na movimentação de produtos side-
rúrgicos. O TESC bateu recorde na movimentação de embarcações
de bobinas de aço laminadas.
ESTRUTURA SOCIETÁRIA
INVESTIDORESREGIONAIS
PORTO NOVO S.A.NITYAM
25LOGZ - Empresas Investidas
TESC
Na movimentação de produtos siderúrgicos, o parceiro de mais de
uma década, o grupo ArcelorMittal, foi responsável por mais 90%
do volume movimentado no ano, chegando a atingir em um único
mês mais de 200 mil toneladas de carga em 19 navios e barcaças.
Já nas operações de cargas de projetos, o TESC recebeu peças para
a montagem da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III) da
Petrobras em Três Lagoas, MS, que será a maior fábrica de fertilizan-
tes nitrogenados do Brasil.
AÇÕES SOCIAIS
• Instituto Porta do Sol – Mantida totalmente pelo TESC, há cinco
anos a instituição oferece aulas gratuitas de violino, violão, viola
e violoncelo para 50 crianças e adolescentes entre sete e 15 anos
de quatro escolas municipais.
• Outubro rosa e novembro azul – Campanhas de prevenção e
diagnóstico precoce do câncer de mama e do câncer de prós-
tata foram adotadas pelos colaboradores do TESC. No mês de
outubro, todas as colaboradoras usaram camisetas cor-de-rosa e
foram distribuídos panfletos informativos e laços cor-de-rosa na
empresa. Os recursos da compra das camisetas foram revertidos
à Rede Feminina de Combate ao Câncer de São Francisco do Sul.
Já no mês seguinte, os colaboradores usaram adesivos alusivos
ao Novembro Azul e receberam panfletos para conscientização
da importância do exame de prevenção ao câncer da próstata.
• MAISS SIPAT – Pelo quarto ano consecutivo, o TESC promoveu
o evento voltado aos colaboradores das empresas do grupo, que
puderam assistir a palestras e participar de oficinas relacionadas
à saúde, meio ambiente, segurança do trabalho e prevenção de
acidentes. A abertura do evento foi feita pelo músico Marcelo
Yuka, que abordou temas como humanização, transformação so-
cial, educação, cultura e combate à violência.
• Aulas em contêiner do TESC – Alunos do curso de mecânico
de motores do Senai cursaram aulas práticas em São Francisco
do Sul em um contêiner emprestado pelo TESC, que funcionou
como laboratório. A ação foi fruto da parceria entre o terminal e
a prefeitura local por meio das secretarias de Desenvolvimento
Econômico e do Desenvolvimento Social e da Cidadania.
27LOGZ - Empresas Investidas
WRC - OPERADORES PORTUÁRIOS
A WRC, QUE SURGIU DA FUSÃO DAS OPERAÇÕES DE TRÊS
operadores portuários da região – Wilson Sons, Rocha Terminais
Portuários e Cargolink, é a principal operadora no cais público
de São Francisco do Sul, respondendo pela movimentação de
100% da carga conteinerizada. A WRC possui equipamentos que
lhe proporcionam vantagem competitiva sobre os demais ope-
radores de São Francisco do Sul. Dos cinco guindastes MHCs
que operam no porto público, quatro são de sua propriedade.
A utilização dos MHCs permite produtividade até quatro vezes
maior na movimentação das cargas em relação à operação com
guindastes de bordo do navio, reduzindo custos e viabilizando
um atendimento mais rápido aos navios dos armadores.
A WRC EM NÚMEROS:
• Área de 80 mil m2 no porto público e berço de 380 m
• 600 tomadas reefer
• 4 MHC Post Panamax
• 9 Reach Stackers
O WRC REDEX é um terminal retroportuário situado a 6 km do
Porto de São Francisco do Sul, destinado à movimentação de
mercadorias para exportação sob controle da Receita Federal do
Brasil. Em suas instalações, mantém uma unidade da Receita Fe-
deral permitindo que a presença de carga seja dada no próprio
terminal, serviço este que seria efetuado no porto de saída ou
em recinto alfandegado. Por estarem desembaraçadas e prontas
para o embarque, as mercadorias não precisam passar pela tria-
gem, evitando filas e gerando economia de escala ao exporta-
dor. O WRC Redex oferece outros serviços para importadores e
exportadores, como emissão de documentos, coleta, manuseio,
armazenamento, expedição e entrega.
9
REACH STACKERS
28 Relatório Anual 2013
A WRC REDEX EM NÚMEROS:
• Pátio com 82 mil m2
• Armazéns totalizando 18 mil m2
• Área para contêineres vazios de 38 mil m2
• 12 empilhadeiras com capacidade de carga de 2,5 até 37 toneladas
• 160 tomadas reefer para contêineres com cargas congeladas /
resfriadas
• Balança eletrônica de 18 m para 80 toneladas
ESTRUTURA SOCIETÁRIA
INVESTIDORESREGIONAIS
PORTO NOVO S.A.NITYAM
SÃOFRANCISCODO SULTESC
REDEX
82 mil
12
EMPILHADEIRAS
PÁTIO / M2
29LOGZ - Empresas Investidas
Berço Público do Porto de São Francisco do Sul
2013 PARA O WRC
O WRC adquiriu um funil com tecnologia de redução da emissão de
partículas ao ambiente, além de ser mais seguro do que os funis con-
vencionais. O equipamento é utilizado no descarregamento de navios
com fertilizantes, trigo e soda cáustica.
Em 2013, a WRC bateu recorde no embarque de grãos em contêiner
em uma só escala quando, em agosto, 200 contêineres estufados com
soja e milho no REDEX foram exportados nos navios da MOL, armador
com escalas semanais de serviços de Longo Curso.
Operação semelhante foi iniciada no segundo semestre do ano, quan-
do a WRC fechou uma parceria para unitizar sacas de cimento em
contêiner, que são posteriormente embarcados nos navios da Log-In,
armador que possui duas escalas semanais em São Francisco do Sul
com linhas de cabotagem.
OPERAÇÕES DO TESC E WRC NO PORTO DE SÃO FRANCISCO
DO SUL
Em 2013, TESC e WRC foram responsáveis por 100% da movimenta-
ção de contêineres, 62% da movimentação de carga geral e 63% de
importação de granéis, do Porto de São Francisco do Sul:
2011 2012 2013
1.313
1.733 1.763
2011 2012 2013
120
79
48
Granéis(Mil tons)
Contêineres(Mil boxes)
Carga Geral(Mil tons)
2011 2012 2013
563
908
1.048
31LOGZ - Empresas Investidas
TGSC - TERMINAL DE GRANÉIS DE SANTA CATARINA
PROJETO DE TERMINAL PORTUÁRIO PRIVADO GREENFIELD PREVISTO
para iniciar as operações no segundo semestre de 2016. Com terreno pró-
prio de cerca de 70 mil m2 e calado natural de 14,8 metros, está situado
ao lado do Porto de São Francisco do Sul (SC), e prevê a instalação de
dois berços, com 453 metros de cais, o que permitirá a atracação de dois
navios simultaneamente para movimentação de granéis sólidos (vegetais).
A primeira fase do projeto contará com um berço externo com quatro
torres, do tipo pescante, com capacidade de expedição de 4 mil tone-
ladas/hora e a capacidade estática de 130 mil toneladas de armazena-
gem. Além disso, o projeto contará com infraestrutura para interligar
o terminal aos armazéns vizinhos na região. A recepção das cargas se
dará tanto pelo modal ferroviário, através da malha Sul de concessão da
ALL, quanto pelo rodoviário. Desta forma, o terminal possuirá uma es-
trutura de berços e equipamentos de cais, que aliada à sua capacidade
de recepção e armazenamento, garantirão condições de movimentar
até 14 milhões de toneladas/ano.
Na segunda fase, contará com o berço interno com dois carregadores
de navios (shiploaders) com capacidade de expedição de 4 mil tonela-
das/hora e capacidade estática total de 255 mil toneladas de armazena-
gem, ampliando sua capacidade de movimentação para 28 milhões de
toneladas/ano. Por tudo isso, o TGSC será uma excelente opção para o
escoamento da produção de grãos brasileira que contará com equipa-
mentos e infraestrutura moderna, contribuindo para viabilizar a cadeia
produtiva nacional e o desenvolvimento do país.
ESTRUTURA SOCIETÁRIA
INVESTIDORREGIONAL
INVESTIDORINTERNACIONAL
SATI
A PRIMEIRA FASE
DO PROJETO
CONTARÁ COM UM
BERÇO EXTERNO
COM QUATRO
TORRES, DO TIPO
PESCANTE, COM
CAPACIDADE 4.000
TONELADAS/HORA...
32 Relatório Anual 2013
TGSC
33LOGZ - Empresas Investidas
2013 PARA O TGSC
O TGSC avançou em diversas etapas dos processos de obtenção das
licenças necessárias para o projeto e o planejamento da construção do
terminal, entre as quais:
• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Re-
nováveis (IBAMA) – Em 2013, o TGSC recebeu o parecer técnico final
com a avaliação sobre o atendimento às condicionantes necessárias à
licença de instalação, que foram plenamente atendidas. Como a área
do terminal contém vegetação de Mata Atlântica, o IBAMA condicio-
nou a autorização de Supressão de Vegetação à Declaração de Utili-
dade Pública, que atualmente está sendo emitida via Decreto Presi-
dencial. A SEP e o Ministério do Meio Ambiente estão aguardando a
obtenção da outorga de Terminal de Uso Privativo, a ser emitida pela
ANTAQ, para encaminharam o processo para a Casa Civil.
• Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) – No início
de 2013, o TGSC protocolou requerimento de Terminal de Uso Priva-
tivo seguindo as exigências da Lei nº 12.815/13. O primeiro protocolo
foi registrado em junho de 2008, mas o processo não seguiu adiante
porque ainda não havia a Licença Prévia conforme a legislação da
época. Após a publicação da Lei nº 12.815/13, um novo protocolo foi
registrado, no qual foi solicitada a junção dos processos de 2008 e
2013. Em agosto, ocorreu a etapa de chamamento público, período
de 30 dias em que a ANTAQ disponibiliza o material do TGSC para
manifestação de outros novos projetos na mesma região. Após o
encerramento do prazo, o TGSC obteve, em Reunião Ordinária da
Diretoria da ANTAQ, a habilitação da 1ª fase. Em seguida, o proces-
so seguiu à SEP para análise de viabilidade locacional. Atualmente,
o projeto se encontra em fase final de obtenção de autorização.
• Secretaria do Patrimônio da União (SPU) – Com a Portaria nº 404/12,
a SPU estabeleceu normas e procedimentos para a instrução de
processos visando à cessão de espaços físicos em águas públicas e
alterou os parâmetros de cálculo do valor devido à União. Em fun-
ção dessas mudanças, o processo de emissão de Cessão de Espaço
Aquático da TGSC precisou passar por novo cálculo da retribuição
pelo uso do espelho d´água. Após assinatura pela Ministra de Plane-
jamento, Orçamento e Gestão, o documento seguirá para o SPU de
Florianópolis para assinatura de Contrato de Adesão.
34 Relatório Anual 2013
ESTUDOS E NOVAS ETAPAS DO TERMINAL
Em 2013, a TGSC concluiu estudos importantes para avançar na cons-
trução do terminal:
• Sondagem – realizado pela GGES.
• Sísmico – realizados levantamentos geofísicos com SBP - Sub Bottom
Profiler pela GGES).
• Simulação Operacional - realizado pela Belge Consultoria.
• Projeto Básico – o Projeto Básico de Mar foi realizado pela LPC La-
tina e Projeto Básico de Terra realizado pela Zortea. Estes servirão
como base para o processo competitivo de escolha das empreitei-
ras responsáveis pela construção do terminal. A previsão é que o
início das obras da primeira fase do terminal seja iniciada no 2º se-
mestre de 2014.
Projeto Básico
35LOGZ - Empresas Investidas
O PLANEJAMENTO
36 Relatório Anual 2013
O ANO DE 2013 FOI MARCADO POR UMA MUDANÇA SIGNIFICATIVA
no setor: o novo marco regulatório dos portos. Um dos grandes ob-
jetivos da nova Lei dos Portos (Lei nº 12.815/13) foi o de impulsionar
investimentos privados no setor portuário, o que é crucial para a lo-
gística brasileira e para o comércio exterior.
Agora temos um novo cenário baseado na reestruturação do setor
portuário, da qual a LOGZ participou ativamente, alinhada com os
objetivos de desenvolvimento do país. Com o aumento da demanda
por serviços portuários no Brasil, novas oportunidades de negócios
deverão surgir.
Atenta a esse cenário, já em 2013, a LOGZ, em parceria com um sócio
estratégico, celebrou contrato de promessa de compra e venda de
um terreno localizado em Paranaguá, com o objetivo de expandir a
sua presença na região Sul. A empresa também está desenvolven-
do projetos logísticos em outras regiões do país, principalmente nos
corredores do Norte e Sudeste.
A perspectiva é de crescimento com a implantação de novos pro-
jetos e a expansão dos empreendimentos em operação. No Porto
Itapoá, as ampliações que estão em andamento garantirão maior
escala ao terminal e mais relevância no cenário portuário nacional.
No TESC, a meta é a renovação antecipada do contrato de arren-
damento por mais 25 anos e o aprofundamento do berço externo
de 8 metros para 14 metros. No WRC, o processo de especialização
em operações de granéis, com o emprego de equipamentos mais
modernos e ambientalmente adequados, dará novo impulso às suas
operações. Para o TGSC, os esforços serão direcionados à obten-
ção da licença de instalação e da autorização, visando o início das
obras do terminal.
Os desafios são muitos, inclusive no que diz respeito à regulamenta-
ção e implementação da nova Lei dos Portos, mas a LOGZ acredita
na sua capacidade de ampliar e diversificar a sua posição no setor
portuário e logístico, sempre de forma estruturada e sustentável,
contribuindo para o crescimento do país.
COM O AUMENTO
DA DEMANDA
POR SERVIÇOS
PORTUÁRIOS NO
BRASIL, NOVAS
OPORTUNIDADES
DE NEGÓCIOS
DEVERÃO SURGIR.
37LOGZ - O Planejamento
COORDENAÇÃO EDITORIAL E DE CONTEÚDO
Equipe LOGZ
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Estúdio Pictograma
www.estudiopictograma.com.br
Texto composto pelas tipografias Gotham Book e Gotham bold
REDAÇÃO E REVISÃO
Claudia Maia
TESC
Rua Lauro Muller, 116 - Sl. 2008
Botafogo - Rio de Janeiro - RJ
Cep: 22.290-160
Tel: + 55 (21) 3613.0400
Fax: +55 (21) 3613.0405
www.logzbr.com.br
top related