portabilidade e padrÕes morfolÓgicos€¦ · a passagem para a era da informação, era digital...
Post on 17-Oct-2020
1 Views
Preview:
TRANSCRIPT
.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Pós-graduação Fau-Usp _ Doutorado
História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo
PORTABILIDADE E PADRÕES MORFOLÓGICOS
HERNÁN CARLOS W. SÁNCHEZ GARCÍA
São Paulo
2018
.
.
[100718]
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Pós-graduação - Fau-Usp
PORTABILIDADE E PADRÕES MORFOLÓGICOS
Orientando: Hernán Carlos W. Sánchez García
Orientador: Prof. Dr. Carlos Augusto Mattei Faggin
Tese apresentada à Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo para a
obtenção do título de Doutor em Arquitetura e
Urbanismo.
São Paulo
2018
.
.
Agradecimentos
Agradeço, primeiramente, a meu orientador Prof. Dr. Carlos Augusto Mattei Faggin,
pela sua disposição e tempo dispensado para acompanhar e eventualmente corrigir o
percurso da pesquisa. Ao Prof. Dr. Alessandro Ventura pela criteriosa identificação e
recorte do tema da pesquisa e seu generoso acompanhamento no desenvolvimento
da tese. Agradeço ao Prof. Dr. Giorgio Giorgi por sua valiosa orientação na banca de
qualificação, etapa esta que se mostrou decisiva para dar norte ao trabalho. Agradeço
ao Prof. Dr. Lúcio Gomes Machado, orientador da minha dissertação de mestrado, que
com presteza me deu o primeiro direcionamento para o início da tese. Ao Prof. Dr.
Marcos Braga, que se dispôs a me dar as primeiras coordenadas para a definição do
tema da pesquisa. Minha gratidão ao Prof. Dr. Luís Cláudio Portugal do Nascimento
por seus assertivos comentários, assim como as observações criteriosas da Profa.
Dra. Andrea de Souza Almeida, da Profa. Dra. Célia Moretti Arbore e do Prof. Dr.
Antonio Franco. Finalmente agradeço o gentil atendimento da biblioteca e secretaria
da Pós-Graduação da Fau-Usp.
.
RESUMO
Os objetos carregados pelas pessoas, que neste estudo chamamos de portáveis, se
inserem em duas hipóteses, primeiramente, que estes objetos normalmente são
condicionados morfologicamente pelas maneiras que são transportados, assim como
se considera que em determinadas situações se configuram numa sorte de padrões,
que podem ser tipificados e definidos, tendo como critério de análise a relação entre
as coordenadas ortogonais do objeto. Dependendo da relação dimensional entre seus
lados, são classificados em barras, placas ou blocos. Nesta análise, considera-se que
eventualmente, estes objetos possam ter mais de uma configuração, dependendo de
estarem no estado de uso ou de não uso, que chamamos de “instâncias”, passíveis de
mudar as configurações dos objetos pelo artifício da conversibilidade. O estudo da
portabilidade identifica três modalidades de se portar objetos, primeiramente os que
dizem respeito aos objetos que estão em contato direto com o corpo, que chamamos
de Objetos de corpo; a dos objetos transportados nos contentores das vestimentas, ou
seja, Objetos de bolso; e finalmente a dos objetos carregados com uma certa
intermitência pelo usuário, chamados de Objetos de mão. A pesquisa mostra que as
hipóteses se manifestam mais claramente nestas duas últimas particulares formas de
portabilidade, portanto foram feitos estudos mais detalhados em aspectos históricos
que incluem os eventos a partir do século passado até nossos dias, observação direta
dos comportamentos dos usuários e seus objetos, assim como o aprofundamento em
Estudos de caso, como forma de aferir mais detalhadamente as hipóteses. É nas
Considerações finais que se reúnem as conclusões parciais dos três últimos capítulos,
constatando o predomínio das configurações em placa e seu significado no contexto
da pesquisa, que propõe caminhos de continuidade do trabalho, por meio de estudos
das outras configurações que se mostraram menos recorrentes (barras e blocos),
assim como sugere novos tópicos relacionados ao tema da pesquisa.
Palavras-chaves: Portabilidade; morfologias; padrões; design.
.
ABSTRACT
Objects that are carried by people, which we call portable, are part of two hypotheses:
firstly, that these objects are normally morphologically conditioned by the way they are
transported, as in considering that determined situations are configured in a sort of
patterns that can be sorted and defined, having as an analysis' criteria the relation
between the orthogonal coordinates of the object. Depending on the dimensional
relation between its sides, they're classified in bars, plates or blocks. In this analysis, it
is considered that, eventually, these objects could acquire more than one configuration,
depending on its state: in use or not. We call these "instances", subject to changing the
objects' configurations through convertibility. The study of portability identifies three
ways of carrying objects: firstly the ones we find in direct contact with the body, which
we call Body Objects; second, the objects we carry within the places in our clothes,
called Pocket Objects; last of all, the objects carried with certain intervals by the one
using it, called Hand Objects. The research accuses that the hypotheses are shown
more clearly in the last two forms of portability, therefore more thorough studies are
made in historical aspects that include the events from the last century until nowadays,
the observation of users' behaviors and their objects and the deepening in Case
Studies, as a way of gauging the hypotheses thoroughly. It is in the Final
Considerations that the partial conclusions of the three last chapters are gathered,
stating the majority of plates' configurations and their meaning in the context of the
research that lead to proposing ways of continuing the work, through studies of other
configurations that have shown themselves less frequently (bars and blocks), as well
as suggesting new topics related to the research's theme.
Key-words: Portability; morphology; patterns; design
.
8
Sumário INTRODUÇÃO ....................................................................................... 10
1. CONFIGURAÇÔES E PADRÕES. ......................................................... 13
2. PORTABILIDADE E INSTÂNCIAS ........................................................ 19
2.1. O móvel e o imóvel ................................................................... 19
2.2. Instâncias do Objeto ................................................................. 21
2.2.1. Objetos conversíveis .......................................................... 23
3. MODALIDADES DA CONVERSIBILIDADE ........................................... 29
3.1. OBJETOS DE CORPO .................................................................. 29
3.1.1. Configuração e Medida ...................................................... 30
3.1.2. Configurações Antropomorfas ........................................... 32
3.1.3. Vestimentas: Instâncias e padrões .................................... 33
3.1.4. Aparelhos como Objetos de corpo .................................... 35
3.2. OBJETOS DE BOLSO ................................................................... 37
3.2.1. Características dos continentes ......................................... 37
3.2.1.1. Blazer e paletó ............................................................ 38
3.2.1.2. Camisas ....................................................................... 40
3.2.1.3. Calças .......................................................................... 40
3.2.2. Continentes e configurações dos conteúdos ..................... 44
3.2.2.1. Conteúdos em bloco ................................................... 45
3.2.2.2. Conteúdos em barra ................................................... 46
3.2.2.3. Conteúdos em placa ................................................... 47
3.2.3. Estudos de caso .................................................................. 53
3.2.3.1. Grampeadores de bolso .............................................. 53
3.2.3.2. Rádio de bolso Sony .................................................... 54
3.2.3.3. Câmera Rollei 35 ......................................................... 59
3.3. OBJETOS DE MÃO...................................................................... 66
3.3.1. O corpo como suporte ....................................................... 66
3.3.1.1. Transporte na cabeça .................................................. 70
3.3.1.2. Transporte no ombro .................................................. 71
3.3.1.3. Transporte no antebraço ............................................ 75
3.3.1.4. Transporte no quadril ................................................. 76
3.3.1.5. Transporte na mão ...................................................... 77
.
9
3.3.2. Estudo de caso: Wehrmacht Kanister ................................ 83
3.3.3. Das condicionantes de configurações ................................ 94
3.3.3.1. Centro de massa ......................................................... 94
3.3.3.2. Silhueta de deslocamento ........................................... 98
3.3.3.3. Interação com conteúdo ........................................... 101
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................. 104
NOTAS ................................................................................................ 110
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................... 114
ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................ 121
.
10
INTRODUÇÃO
O transporte de objetos pelas pessoas, na chamada
portabilidade, acontece em três modalidades, que podem ser
classificadas em: Objetos de corpo; Objetos de bolso e Objetos
de mão.
Como parte das hipóteses acredita-se que cada uma destas
modalidades de portabilidade cria condicionantes que
determinam configurações de objetos, assim como faz acreditar
que estas morfologias podem-manifestar na forma de padrões.
O estudo propõe uma reflexão da portabilidade na cultura
material do século XX até nossos dias. No entanto, não
podemos considerar este período como um processo contínuo
de evolução e aperfeiçoamento dos objetos na sua função,
produção e incorporação de novos materiais e tecnologias.
Para a análise da portabilidade é preciso considerar as
condicionantes históricas e tecnológicas donde ocorre este
processo, sob dois aspectos:
a) Considerar que no período estudado, as mudanças de
configuração e portabilidade dos objetos acontecem na transição
tecnológica entre a chamada Era Industrial para a Era da
Informação.
b) Mudanças de configuração acontecem no que parece ser
uma natural evolução de algumas famílias de objetos para se
tornarem portáveis, num processo que inclui projetos e
tecnologias para atingir redução de medidas por meio da
miniaturização e compactação.
A diminuição de medidas dos objetos permite que sejam
carregados num primeiro momento em bolsas e pastas para
posteriormente nos bolsos das roupas.
O aparelho de rádio entra na residência no início do século XX,
no entanto a sua versão de bolso foi popularizada pela Sony só
a partir de 1957 com seu modelo TR-63. Similar fenômeno
temos com a máquina de escrever, com origens no século XVIII,
que com um contínuo aperfeiçoamento, chega a um objeto de
mão no projeto da máquina “Valentine” de Ettore Sottsass para a
Olivetti, (1969). Assim também acontece com os toca-discos nas
suas versões de caixas com um puxador, ou do telefone
residencial ou público até o aparelho celular [0.1].
Estes novos objetos portáveis mudaram desde suas versões
iniciais em ambientes de trabalho, para logo serem objetos
residenciais, depois objetos de mão, para finalmente se
tornarem objetos de bolso, o que tem modificado a existência de
diversas famílias de objetos. Os smartphones, com preços cada
vez mais acessíveis, praticamente têm levado à extinção das
.
11
cabines telefônicas e, em certa medida, ofuscado o uso dos
telefones residenciais, relógios de pulso e máquinas fotográficas
de bolso.
A passagem para a Era da Informação, Era Digital ou também
chamada de Terceira Revolução Industrial , iniciada em meados
do século XX, para uns com nas décadas de 1970 ou 1980, e
para outros como um fenômeno com origem nas décadas de
1940 ou 1950 [0.2], como substituição à era industrial,
começando-se a se definir com a pesquisa em novos campos
tecnológicos, que timidamente iniciou-se com popularização do
transistor na década de 1950 e com surgimento dos Circuitos
Integrados (microchips) no final da mesma década. Inseridos
inicialmente em relógios de pulso, em pequenas calculadoras ou
agendas eletrônicas, para guardar dados e números de
telefones, evoluem para os atuais smartphones, verdadeiros
computadores que como um buraco negro têm absorvido a
maior parte dos objetos antes carregados individualmente, como
máquinas fotográficas, calculadoras, lanternas, espelhos
agendas eletrônicas, aparelhos de gravação de áudio e vídeo,
incluindo diversos aplicativos que substituem o que antes eram
documentos em papel.
Com o advento da computação, o smartphone na sua condição
de objeto portável com acesso à internet, portador de diversos
aplicativos, de certa forma passa a concentrar a história da
comunicação num objeto só, desde a imprensa de Gutemberg,
passando pelo rádio, televisão, telefonia, fotografia, cinema e
vídeo.
Com uma nova apropriação do tempo faz possível fruir as
funções dos objetos, no próprio transporte, como acontece com
o rádio, o walkman, o livro de bolso ou o smartphone em
atividades de recreação, comunicação e informação. Em
contrapartida possibilita de forma velada inserir neste tempo,
supostamente livre, atividades de trabalho 24 horas por dia.
Nas estruturas das revoluções científicas, descritas por Thomas
Kuhn (2010), os avanços científicos não são produto da
evolução contínua, senão que se dá em saltos, de um
paradigma para outro, assim, nosso estudo mostra o fim de
diversas evoluções próprias da era analógica e suas atividades
paralelas, como nas máquinas fotográficas com seu filme,
equipamentos para revelação e reprodução, ou como os toca-
discos com seus discos de vinil, ou gravadores de voz e suas
fitas, agora passam a ser recriados no novo paradigma digital.
Este trabalho que investiga padrões nas configurações dos
objetos portáveis, na procura por modelos formais que possam
ser utilizados na análise da forma dos objetos, é analisado no
Capítulo 1.
.
12
O Capítulo 2 se ocupa da definição dos termos e de conceitos
utilizados na pesquisa e, num segundo momento, define as
características da portabilidade dos objetos, seus diversos
estados, que aqui chamamos de Instâncias de Uso e sua
eventual conversibilidade.
A sequência de capítulos procura caracterizar as manifestações
morfológicas em três modalidades de portabilidade, para isto, se
recorre a pesquisas bibliográficas, internet, observação direta,
análises mais específicas em Estudos de caso, para no fim de
cada capítulo poder identificar suas manifestações morfológicas
em barras, placas e blocos, sendo estes:
O item 3.1, estuda a primeira modalidade de portar objetos, que
são os que o corpo carrega na forma de acessórios, enfeites e
vestimentas, que chamamos de Objetos de Corpo.
O Capítulo 3.2 se analisa o transporte nos contentores
oferecidos pelo vestuário no capítulo chamado de Objetos de
Bolso.
No item 3.3 e fechando esta trilogia, estuda os objetos
carregados temporariamente junto ao corpo e que chamamos de
Objetos de Mão.
Terminando com Capítulo 4, Considerações Finais, com
reflexões, análises comparativas e conclusões de cada capítulo,
a fim de conferir se as hipóteses foram confirmadas e em que
medida, assim como propor tópicos que se desprendem desta
tese e que podem ser assuntos de futuras pesquisas.
.
13
1.01_ Os cinco Sólidos
Platônicos (desenho de
Johannes Kepler)
1. CONFIGURAÇÔES E PADRÕES.
Para este estudo de morfologias e padrões é preciso procurar
por uma família de formas com uma lógica intrínseca que sirva
de referência para a análise das configurações dos objetos
portáveis.
Devido às condicionantes impostas pela portabilidade os
objetos, assumem morfologias que na sua repetida
manifestação serão entendidas como padrões. De forma similar
na área da matemática, ou da física, que propõem maneiras de
resolução de problemas, por meio da identificação de padrões
sintetizados em fórmulas matemáticas.
Talvez uma das primeiras famílias de formas tenha origem na
Grécia clássica com a classificação dos Sólidos Regulares, que
pelo fato de serem repetidamente mencionados nos escritos de
Platão também são conhecidos como “Sólidos Platônicos”. Estes
corpos com faces planas, cada uma delas composta por um
polígono regular, com todas suas faces congruentes e com o
mesmo número de arestas encontrando-se em cada vértice (Fig.
1.01).
Os cinco Sólidos Platônicos são compostos por:
- Tetraedro: Quatro faces compostas por triângulos equiláteros.
- Cubo: Seis faces quadradas.
- Icosaedro: Vinte triângulos equiláteros.
- Octaedro: Oito triângulos equiláteros.
- Dodecaedro: Doze pentágonos regulares.
Esta classificação não tem relação com uma síntese da forma
produto da observação da natureza, senão, segundo a teoria
atômica de Platão, se trata de elementos que compõem as
quatro matérias do universo:
No livro Timeu, escrito por volta do ano 350 a. C. Platão apresenta
a teoria segundo a qual os quatro “elementos” admitidos como
constituintes do mundo - o fogo, o ar, a água e a terra - eram todos
agregados de sólidos minúsculos. Além disso, defendia ele, uma
vez que o mundo só poderia ter sido feito a partir de corpos
perfeitos, estes elementos devem ter a forma de sólidos regulares.
Sendo o mais leve e o mais violento dos elementos, o fogo deverá
ser um tetraedro. Como o mais estável dos elementos, a terra deve
ser constituída por cubos. Como o mais inconstante e fluido, a água
tem que ser um icosaedro, o sólido regular capaz de rolar mais
facilmente. Quanto ao ar, Platão observou que “...o ar é para a
.
14
1.02_ Sólidos Geométricos_
Poliedros e não Poliedros.
água o que a água é para a terra”, e concluiu, de forma algo
misteriosa, que o ar deve ser um octaedro. Finalmente, para não
deixar de fora um sólido regular, atribuiu ao dodecaedro a
representação da forma de todo o universo. (DEVLIN 2002. p. 119)
Um outro esforço de definição de corpos é desenvolvido pela
chamada “Geometria Espacial” que é uma evolução desta
primeira organização dos sólidos geométricos.
Pitágoras e Platão associavam o estudo da Geometria Espacial ao
estudo da Metafísica e da Religião; contudo, foi Euclides a se
consagrar com sua obra “Elementos”, onde sintetizou os
conhecimentos acerca do tema até os seus dias.
Entretanto, os estudos de Geometria Espacial permaneceram
estanques até o fim da Idade Média, quando Leonardo Fibonacci
(1170-1240) escreve a “Practica Geometriae”. (TODAMATERIA,
2017).
A Geometria Espacial, como a conhecemos hoje abarca um
espectro mais amplo no estudo dos objetos que ocupam um
lugar no espaço, conhecidos como “Sólidos Geométricos” ou
“Figuras Geométricas Espaciais”, classificados em Poliedros e
Não Poliedros (Fig. 1.02).
Os Poliedros (ou corpos constituídos por planos) básicos e mais
conhecidos são:
- Cubo; Paralelepípedo; Pirâmide, e Prisma.
Entre os Não Poliedros (que têm superfícies curvas) básicos
temos:
-Esfera; Cilindro e, Cone.
Um outro raciocínio sobre padrões se manifesta como um tipo
de manipulação de dados relacionados a funções, e não a
formas em particular
Na publicação Uma Linguagem de Padrões (ALEXANDER.
2013), o autor propõe 253 padrões divididos por uma noção de
escala em três grandes grupos: Cidades; Arquitetura e
Construção. Cada conjunto de padrões propostos constitui uma
linguagem, que pode adicionar novos padrões, em que a
sequência destes pode ser organizada pelo projetista.
Esta abordagem ao mundo dos padrões se dá pela composição
de seus elementos e em relação a suas funções, mas não
relacionadas a famílias morfológicas específicas.
A procura por uma família de formas não deve ser entendida
como a escolha de um estilo artístico que se manifesta nos
.
15
1.03_ Relação entre ângulos,
formas e cores primários, do
livro Punkt und Linie zu Fläche,
de Kandinsky
volumes ou formas com um determinado tipo de curvas que
emulam formas orgânicas, em curvas à maneira de “látego”, que
diferencia um objeto Art Nouveau de um outro com curvas
aerodinâmicas em forma de “gota” próprias da chamada Década
do Sreamline dos anos 1920.
Também em famílias de configurações que são produto de
processos construtivos como no caso da extrusão, que produz
objetos com características de barras, configurando elementos
com duas dimensões similares e uma terceira muito maior. De
forma similar, podemos observar nos objetos produzidos no
torno, em que se impõem secções circulares na configuração de
objetos, como observa Ettore Sottsass na origem da morfologia
dos pratos de mesa.
[...]. Um bom exemplo da persistência de tal herança morfológica é
um objeto que nos é habitual: o prato de cerâmica em que
comemos. Observemos sua forma circular, resultado de dadas
técnicas de produção — o torno gerador de formas por rotação, e a
mão, como ferramenta — muito distantes das que hoje se
empregam na indústria cerâmica. Apesar disso, os pratos
continuam a apresentar o mesmo aspecto, mesmo quando as
técnicas de prensagem atualmente utilizadas poderiam propiciar
outro tipo de formas. (SALVAT, 1979, p.33)
A tentativa de definição de uma família de formas, que permita
um raciocínio do mundo construído, pode ser vista na teoria da
forma e da cor de Kandinsky, que classifica as formas básicas e
suas relações entre linhas, formas e cores:
A teoria da forma de Kandinsky compreende a investigação dos
meios plásticos elementares, ponto e linha, e das três formas
básicas deles resultantes: círculo, triângulo e quadrado. (WICK,
1989, p. 285)
Esta relação, entre cores primárias e formas planas primárias,
segundo ele, consiste de uma associação natural feita pelas
pessoas entre o círculo e a cor azul, o triângulo com o amarelo e
o quadrado com o vermelho (Fig. 1.03)
.
16
1.04_ Figurinos do teatro da
Bauhaus de Oskar Schlemmer
(1923)
1.05_ (esq.) Piet Mondrian: “Azul,
vermelho e amarelo- 1935. _
(centro esq.) Primeira capa da
revista De Stijl editada por Theo
van Doesburg, 1919.
(centro dir) Aparador de Gerard
Rietveld- 1919
(dir.) Casa Rietveld Schröder-
.Utrecht, Holanda, 1924.
Isto se aplica tanto para as formas básicas bi e tridimensionais,
com a esfera, o cubo ou o cone, que a maneira dos Sólidos
Platônicos, aqui Kandinsky tenta dar uma justificativa e
explicação lógica aplicada às figuras e corpos.
O uso dos sólidos geométricos básicos é mais evidente nos
figurinos do teatro da Bauhaus, projetados por Oskar
Schlemmer:
O ‘programa” de seu “construtivismo antropocêntrico”, concretizado
artisticamente nas primeiras obras de Schlemmer como síntese
entre formas geométricas e figura humana, foi formulada pelo
artista já em 1915, em seu diário como segue:
O quadrado da caixa torácica,
O círculo do abdome,
Cilindro do pescoço,
Cilindro dos braços e das pernas,
Esfera das articulações no cotovelo, joelho, ombro e tornozelo,
Esfera da cabeça, dos olhos,
Triângulo do nariz, [...] (WICK 1989, p. 365)
Contemporânea a este raciocínio da Bauhaus, estão as
experiências do Neoplasticismo com seu particular tratamento
da forma e composição, aplicado à produção de obras, seja no
campo bidimensional, design de produtos como na arquitetura,
funcionando como um padrão formal na configuração do mundo
construído.
Numa particular forma de composição, se organizam as formas
bi e tridimensionais inseridas num sistema de coordenadas X, Y,
Z, que comporta formas ortogonais seguindo o alinhamento
horizontal e vertical, com o uso preferencial de determinadas
cores.
.
17
1.07_ Configurações em placa.
1.06_ Configurações em barra
Este raciocínio sobre as configurações utilizado pelo De Stijl,
contribui na nossa definição de um critério de análise de
morfologias, resultando no que consideramos como uma das
mais genéricas formas de leitura da forma, consistindo
basicamente em entender os volumes como uma relação de
coordenadas quando inseridas num grid ortogonal.
Neste trabalho usaremos este grid, ou paralelepípedo virtual,
para inserir os objetos a serem analisados no seu volume total,
sem considerar as configurações de suas partes.
Estas configurações não reconhecem formas como nos Corpos
Geométricos, como esferas, cubos ou cones. Se reconhecem
como volumes ortogonais, que têm denominações diferentes,
dependendo das relações dimensionais entre suas três
coordenadas, as quais determinam sua classificação em barras,
placas ou blocos.
CONFIGURAÇÃO EM BARRA
“Tem duas coordenadas similares e uma terceira muito maior”.
Neste grupo estão os fios, cabos e perfis extrudados ou
dobrados.
CONFIGURAÇÃO EM PLACA
“Tem duas coordenadas similares e uma terceira muito menor”.
São compostas pelas lâminas, tecidos e objetos como pasta e
livros.
.
18
1.08_ Configurações em bloco.
CONFIGURAÇÃO EM BLOCO
“Tem as três coordenadas com dimensões similares”.
Neste grupo estão os blocos de construção, baterias de carro e
capacetes.
Esta classificação volumétrica ortogonal, não se limita a corpos
com características ortogonais como um bloco de cimento, um
livro ou um cartão de crédito, senão que incluem outras
configurações, como as triangulares, as formas de difícil
classificação como um guarda-chuvas aberto, os objetos
esféricos e circulares como capacetes e CDs. Todos eles
permitem ser inseridos dentro da classificação de barra, placa
ou bloco.
.
19
2. PORTABILIDADE E INSTÂNCIAS
Chamaremos de “instâncias” aos diferentes estados que os
objetos assumem, em muitos casos com mudanças
morfológicas realizadas pelo artifício da conversibilidade. Este
capítulo se centra nas mudanças de configurações que
acontecem nos objetos portáveis.
Previamente à análise da portabilidade, instâncias e
conversibilidade, é necessário esclarecer os significados das
acepções ligadas às palavras “transporte”, “portabilidade” e suas
variantes.
2.1. O móvel e o imóvel
Para definir as palavras relacionadas ao transporte e à
portabilidade, veremos suas acepções e significados segundo o
Dicionário Houaiss (2001):
“Transportar: 1- levar ou conduzir (seres animados ou
coisas) a (determinado lugar).”
A palavra “transportar” está associada à movimentação de
objetos de um lugar a outro, principalmente associados a cargas
feitas por veículos. Assim como “transporte” se refere ao meio
ou veículo que realiza esta ação, “transportável” como passível
de ser transportado e “transportabilidade” como a qualidade do
que é transportável.
Numa segunda família de palavras estão as relacionadas com o
transporte individual como:
“Portar: 1- ter consigo (algo) enquanto se movimenta; levar,
carregar, transportar”.
Nesta palavra está implícita a ideia de transportar alguma coisa
pelo indivíduo, ou uma qualidade do objeto que o faz passível de
ser carregado por alguma pessoa, assim como suas variantes:
“Portável: 1- que se pode portar, levar, carregar” ou:
“Portátil: 1- que não é fixo a um determinado lugar; que
pode ser transportado; 2- pequeno e fácil de transportar”.
Assim como quando usamos a expressão: “rádio portátil”,
entende-se que um objeto é passível de ser movimentado ou
carregado na mão ou em outro contentor.
Entenderemos a palavra “portabilidade” como o atributo dos
objetos, de permitir serem carregados, em uma (ou mais) das
três modalidades definidas neste trabalho: Objetos de corpo,
Objetos de bolso e Objetos de mão, relacionados ao porte de
.
20
objetos (e não de determinadas condições ou qualidades, como
“portar” deficiências ou doenças).
Num outro grupo estão as acepções do verbo “mover” e sua
relação com o mobiliário, e com o que é móvel, e imóvel:
“Mover: 1.3- mudar(-se) de lugar; deslocar(-se); 1.5- ir de
um lugar para outro; andar.”
Dentro desta acepção está “Mobilidade” como a capacidade de
mover-se ou movimentar, usada normalmente num contexto
específico como por exemplo, relacionada à mobilidade urbana.
“Móvel: 1- passível de ser movido; móbil, movediço,
movente” ou,
“Mobiliário: 1- que consiste em móveis; relativo aos bens
móveis.”
A noção de “imóvel” como sendo algo fixo, implantado no
terreno, em contraposição ao “móvel”, passível de se
movimentar e carregar, segundo S. Giedion, se trata de uma
classificação que tem origem na Idade Média, num período de
instabilidade, produto das constantes guerras e fugas dos
governantes da época.
El mobiliario se cuenta entre los utensilios más íntimamente
vinculados a la existencia del hombre. Con él vive éste de día y de
noche. Contribuye a su trabajo y a su descanso. Es el testigo más
cercano de su nacimiento, su vida y su muerte.
En francés, la palabra meuble y la colectiva mobilier significaban
originariamente “móviles”, géneros transportables. Los artículos no
transportables eran los inmuebles, nuestros inmuebles, término con
el que todavía hoy se designa a casas y edificios. “Móvil” o mueble
no había de ser entendido en su angosto sentido actual de artículos
propios para ser llevados de una habitación a otra, o de una
vivienda a otra. Estos muebles, se admite en general, eran así
llamados porque solían acompañar a su propietario allí donde fuera
éste. A finales del siglo XIV, el mobiliario seguía a su dueño en sus
cambios temporales de residencia, y le seguía en sus viajes.
Por mobiliario, mobilier, se entienden todos los objetos móviles del
hogar, o “los artículos movibles en una vivienda”, para citar la
fuente del Oxford English Dictionary de 1573: cubertería y plata,
joyas, tapices, utensilios de cocina, caballos…
Llevar consigo todo el mobiliario y todo lo transportable, a veces
incluso prisioneros, era una costumbre que no se extinguió con la
Edad Media.
[…] Esta profunda inseguridad, tanto social como económica,
obligaba a comerciantes y a señores feudales a llevarse consigo
sus pertenencias siempre que ello les era posible, […] Por lo tanto,
en la palabra mueble está profundamente enraizada la idea de lo
móvil, de lo transportable. (GIEDION 1978(b) p. 284-286)
.
21
2.01_ Diagrama das
Instâncias do Objeto
Além das qualidades dos objetos desta época serem
conversíveis, principalmente pelo artifício de serem
desmontáveis ou dobráveis, são complementados pela arca,
outro objeto móvel que funciona como um contentor, que
permite acondicionar e carregar rapidamente.
Fácilmente transportable, el arca o arcón era el mueble más común
en la Edad Media. […]. Estas cómodas o arcas podían ser
utilizadas al mismo tiempo como baúles, y en ellas se guardaban
en poco rato los géneros hogareños, con lo que siempre cabía
estar dispuesto para partir. (GIEDION, 1978(b), p.286)
Estas mudanças de morfologias são dadas pela
“conversibilidade” dos objetos e acontecem no trânsito de uma
instância para outra.
2.2. Instâncias do Objeto
Entende-se como instâncias do objeto, as diferentes
configurações que apresenta um produto, nos estados de uso e
não uso.
Usaremos a palavra instância como a permanência num período
de tempo, na acepção de “instante” e “momento” como definido
no Dicionário AURÉLIO (Online):
“Instância 1. Qualidade do que é instante.”
Assim como:
“Instante:
4. Momento:
Ex.: Estarei aí num instante.”
5. Ocasião, hora:
Ex.: Irei no instante em que me chamarem, não antes.”
Considerando que nem sempre os objetos estão em uso,
podemos dividir estes estados em dois grandes grupos, a
Instância de Uso e a Instância de Não Uso, e cada uma delas
com suas subdivisões.
.
22
Cada subdivisão com suas particularidades, que podem ser
descritas como:
a) Instância de Uso
É entendida como o momento em que acontece, em maior
ou menor grau, a função para a qual foi criado o objeto.
a1) Uso efetivo:
Considera-se como a instância em que o objeto realiza a
função específica para a qual foi projetado. Por exemplo,
furar com uma furadeira ou cortar com uma tesoura.
a2) Em standby:
Configura-se em determinadas situações de uso, onde é
preciso uma certa preparação do conjunto de objetos que
participam de uma atividade, a qual se constitui, como um
estado intermediário entre uma instância de uso efetivo ou
em uma instância de não uso. Por exemplo, no uso de um
computador, estar na instância de standby, significa que
está ligado e já foi realizado todo o processo de
inicialização. É o momento de estar “prestes a”, embora
sem um usuário operando.
b) Instância de Não uso
Estuda os objetos passíveis de mudar suas configurações em
três situações: Em transporte; Em estoque; ou Permanência no
local.
b1) Em transporte:
São objetos que mudam sua morfologia para serem
transportados por pessoas ou em veículos, como uma
cadeira dobrável, uma escada de tesoura, um canivete, ou
um notebook.
b2) Em estoque:
Neste estado os objetos funcionam em configurações
similares ao item anterior, mas podemos considerar duas
situações. Primeira, a de um objeto recém comprado, que
pode vir numa configuração dada pela embalagem ou ainda
desmontado. E numa segunda situação, quando se mantém
guardado, numa outra configuração, utilizando algum
artifício de conversibilidade.
.
23
b3) Permanência local:
São objetos que na instância de uso e de não uso
permanecem no mesmo lugar, mudando eventualmente de
configuração na realização de determinadas funções, como
acontece com impressoras ou luminárias direcionáveis.
São as alternâncias de instâncias, por meio da conversibilidade,
que vão determinar as mudanças morfológicas dos objetos.
2.2.1. Objetos conversíveis
Entende-se a “conversibilidade” como um jogo caracterizado
pelo trânsito formal entre duas instâncias de um objeto.
Existe uma variedade de produtos que modificam sua
configuração para se adaptarem às diversas instâncias de uso,
realizados pelos objetos que chamaremos de conversíveis.
Uma cadeira dobrável é morfologicamente muito diferente
quando aberta (em estado de uso) e dobrada (em estado de não
uso). Em ambas as posições a chamaremos de “cadeira”,
embora na posição dobrada tenha abandonado completamente
sua forma original e sua função ou “cadeiricidade”, se podemos
chamar assim.
Esta capacidade dos objetos de mudar de forma no momento de
não uso traz consigo o desejo de reduzir, esconder ou eliminar o
objeto quando não precisamos dele, por isto, são projetados
para serem reconfigurados, para que atrapalhem o menos
possível.
Os artifícios que permitem mudar a configuração dos objetos
são analisados no livro Collapsible de Mollerup (2001), que trata
dos objetos conversíveis, que segundo o autor acontecem por
meio de alguns princípios mecânicos.
Usaremos, além da palavra inglesa, Collapsible, a palavra em
português “conversível” que pode ser definida como: “Que se
pode converter; convertível” (HOUAISS, 2001) ou seus
sinônimos como “mudável”, “transformável”
Segundo o dicionário Cambridge (1995), a palavra Collapsible é
definida como: “Collapsible furniture is furniture that can be
folded, usually so it can be put or stored in smaller space.”
O dicionário define Collapsible como “poder ser dobrado”, mas
neste trabalho se entende numa concepção mais ampla, isto é,
como pode ser reconfigurado pelos diversos artifícios da
conversibilidade, que além da dobra tem entre outros,
.
24
montagem, deslizamento ou empilhamento e não só como
aplicado ao mobiliário, senão a todos os objetos portáveis.
Mollerup (2001) entende o conversível como uma estratégia de
sobrevivência dos objetos, assim como a propriedade de se
dobrar está relacionada com o guardar o objeto.
Introduction: A strategy for survival
This is the first general introduction to collapsibles - objects that, in
one way or another, fold out for action and fold up for storage […]
Collapsibility is an elementary design principle applied to a great
many everyday objects, from telescopes to umbrellas, newspapers
to Venetian blinds, furniture to perambulators. Collapsibles work by
adjustment, which is a basic strategy for survival. The principle is
simple: no adjustment, no future. Adapt and survive. (p.7)
Ou como uma função que permite uma rápida reconfiguração
dos objetos por economia de espaço no transporte ou para
conseguir levar o máximo de objetos, como acontecia na Idade
Média, em situações de fuga:
La gente dejaba tan sólo aquellas cosas demasiado voluminosas
para trasladarlas, de donde la creación de un mobiliario compacto
y, preferiblemente, plegable. Este mobiliario transportable y
plegable, como por ejemplo las sillas de tijera, fue utilizado mucho
antes que las sillas en su versión moderna. No fue la falta de
espacio lo que produjo estos atriles, mesas plegables y
desmontables y camas armables, sino, como el nombre indica, la
perspectiva de desmontar, cargar y armar con la máxima rapidez.
GIEDION (1978, p. 286)
O que aqui chamamos de instâncias de uso e de não uso dos
objetos, Mollerup caracteriza como sujeitos a dois estados, que
chama de “ativo” e “inativo”. Ativos quando abertos e Inativos
quando fechados.
Collapsibles are smart man-made objects with the capacity to adjust
in size to meet a practical need. They are functional doubles with
two opposite states, one folded and passive, one (or more) unfolded
and active. They grow and shrink, expand and contract, according
to functional need. (p.11)
Segundo Mollerup, não é pelo fato de um objeto dobrar que se
trata de um objeto “collapsible”, este objeto deve ter como
função a economia de espaço, quando em estado inativo.
The fact that a product can repeatedly fold and unfold, collapse and
expand, does not of itself make it a genuine collapsible.
A chocolate box with a lid, for example, does not qualify. The lid's
purpose is both to protect and reveal the contents, so open and
closed states alike are active. Unlike a genuine collapsible, it does
not fold to save space. The chocolate box is only a quasi-
collapsible.
.
25
[...] A genuine collapsible has one folded passive state and one or
more unfolded active states; one space-saving state when not in
use and one or more expanded states when in use. (p. 24)
Tampouco se entendem como conversíveis os objetos que não
permitem repetir as duas configurações, como no caso dos
produtos descartáveis.
O autor considera que a economia de espaço se dá
principalmente nas situações de estocagem e transporte:
[…] collapsible tape measures meet the change between the
occasional need to take a measurement and the need for
convenient storage.
The purpose of redistributing volume is economy: economy of
practical space and economy of transportation. (p. 17)
Evidentemente que neste trabalho será dada maior atenção à
conversibilidade e mudanças de configuração manifestadas nos
objetos portáveis.
Para que aconteçam estas conversibilidades, segundo Mollerup,
deve-se recorrer a 12 artifícios mecânicos:
a.- Tensão / compressão
b.- Dobra
c.- Vinco
d.- Fole
e.- Montagem
f.- Articulação
g.- Enrolar
h.- Deslizar
i.- Encaixar
j.- Inflar
k.- Sistemas em leque
l.- Sistemas pantográficos
Estas classificações, sobre os tipos de conversibilidades e suas
respectivas mudanças morfológicas, podem ser sintetizadas em
três grandes grupos:
a.- Reorganização das partes do objeto:
A mudança de morfologias nos objetos é decorrente de
artifícios que movimentam e reorganizam as “partes” do
objeto.
[…] volume does not actually diminish through collapsing, though it
may seem to. If a newspaper is folded a couple of times it certainly
appears to get smaller, but of course it does not. It merely gains a
.
26
more practical and portable format. Its volume is redistributed so
that it occupies less practical space. (p. 14)
Esta reorganização das partes acontece na maioria dos
objetos conversíveis (excetuando-se os produtos infláveis
ou pneumáticos em que é adicionada matéria.) na forma de:
Dobras por articulações mecânicas
- Articulação (dobradiças)
- Sistemas pantográficos
- Sistemas em leque
Dobras por deformação elástica e/ou plástica
- Dobra__ por deformação elástica em tecidos ou
lâminas flexíveis.
- Vinco__ dobra com deformação plástica e
elástica, como o vinco em papéis, ou peças de
borracha com vinco predefinidos como num
quebra-luz de uma objetiva de câmera fotográfica
ou de um coador de cozinha.
- Fole__ como vincos aplicados a sistemas
mecânicos.
- Enrolar__ que podemos qualificar como uma
dobra contínua.
Deslocamentos de partes soltas ou com o uso de guias
- Deslizar__ deslizamento com guias ou sistemas
telescópicos.
- Montagem__ como uma reorganização de
conjuntos ou partes soltas do objeto.
b.- Estruturas pneumáticas e membranas tencionadas
Deixamos em um grupo separado os objetos infláveis, por
não reorganizarem suas próprias partes, considerando o ar
como um elemento adicionado ao objeto. Também neste
grupo se consideram as “membranas tencionadas” por
cabos ou similares.
Em Mollerup (2001) também se define como collapsible a
reorganização das partes, em que não se aumenta ou
diminui o volume, no caso dos objetos infláveis existe um
aumento e diminuição de matéria.
To give collapsibility to an object, the space it occupies - or more
precisely, its volume - must be redistributed in one way or another.
With the possible exception of objects that are compressed […] (p.
14)
c.- Agrupamentos
Consiste na economia de espaço na organização de objetos
iguais, que se organizam por empilhamento ou estocagem na
.
27
2.02_(esq.) Cadeira conversível em escada. (dir.) Cadeira dobrável.
sua instância de não uso. Assunto tratado por Mollerup no
capítulo chamado Nesting.
São estes os três grandes grupos que constituem os artifícios da
conversibilidade, aos quais podemos adicionar as situações
relacionadas com a forma e função, que podem ser vistos em
três situações:
c.1) No caso dos objetos que não mudam suas configurações e,
no entanto, assumem novas funções, como nos objetos
medievais comentados por Giedion (1978, p. 431).
Cuando el período medieval utilizaba una pieza para múltiples
propósitos había razón suficiente en la escasez de mobiliario y el
carácter, primitivo de todo el hogar. No se necesitaba mecanismo
alguno para convertir arcas en recipientes potenciales para
cualquier clase de objetos, para que sirviesen como bancos, como
lugar en el que dormir, o como peldaño para escalar las alturas de
un lecho.
c.2) Nos objetos que se convertem em outro, trocando de forma
e de função, como num sofá que se transforma em cama, ou
uma cadeira que vira escada, num momento a chamaremos de
cadeira e no outro de escada (Fig. 2.02 esq).
c.3) Na situação mais comum, onde os objetos passam da
instância de uso para não uso, sem assumir uma nova função,
como acontece numa cadeira dobrável (Fig. 2.02 dir).
A maior parte dos objetos conversíveis se restringe a duas
configurações, por exemplo, abertos e fechados, ou ativos e
inativos, porém nestas mudanças de estado, podem manter sua
morfologia de barra como a caneta e sua tampa, ou em placa
como o tradicional isqueiro Zippo, ou passar para outras
configurações, passando de bloco para placa como a cadeira
dobrável.
.
28
2.04_ Escada de canto em cada
uma das suas três configurações,
inseridas no grid ortogonal, na
forma de bloco, placa e barra
respectivamente.
2.03_ Escada de canto
conversível em três configurações
(projeto do escritório de design:
Company & Company, Barcelona)
Neste trânsito morfológico, o difícil é encontrar objetos com mais
de duas configurações, como faz a escada de canto (Fig. 2.03).
Primeiramente como um bloco quando aberta, na posição de
uso; num segundo momento como uma placa, para ser estocada
e, finalmente como barra para se guardar num canto ou se
transportar (Fig. 2.04).
.
29
3. MODALIDADES DA CONVERSIBILIDADE
3.1. OBJETOS DE CORPO
Percebe-se que a portabilidade acontece nas diferentes formas
de se carregar objetos, que se sujeita a análises separadas,
acredita-se que facilitará seu estudo e entendimento.
Neste trabalho se escolhem três modalidades consideradas as
mais representativas, que estudam a relação dos objetos
portáveis com: o “corpo”, os “bolsos” e os “objetos de mão”.
Começando por este, chamado de Objetos de corpo, a
modalidade básica de portar pertences, são os objetos que de
alguma maneira se prendem e se transportam diretamente no
corpo, como as diversas vestimentas, acessórios e enfeites, sem
se valer de outros contentores externos.
Estes objetos se unem ou se fixam ao corpo por artifícios, que
incluem compressão, gravidade, por clave, enganchados, ou em
uma mistura de todos estes:
- Por compressão__ Esta compressão pode também ser
entendida como uma forma de envolver, em um contato
com certo atrito, ou como fazem os cintos das calças, ou
um par de luvas.
Dividem-se nos objetos que se adaptam ao corpo, por
terem passado por uma escolha de medida ou de um ajuste
preliminar, como acontece na seleção do diâmetro de um
anel, ou no ajuste da largura dos óculos, deformando sua
armação.
Num segundo grupo estão os objetos que se adaptam ao
corpo utilizando a variação dimensional do objeto, pela
deformação elástica.
Em um último grupo estão os objetos que conseguem atrito
por meio de elementos reguláveis.
- Por gravidade__ São objetos que descansam ou se
posicionam no corpo, combinando atrito e força de
gravidade, que acontece no uso de calças com
suspensórios, mantos e chapéus.
- Por clave__ São os objetos que se fixam ao corpo numa sorte
de clave, num encaixe com certa complexidade, que por
isto, dificulta sua retirada. Como quando em contorções do
corpo e braços se veste uma camiseta ou paletó, que para
serem retirados precisa-se de uma sequência inversa
destes movimentos.
- Enganchados__ São os objetos que fixam furando o
.
30
corpo. É como no caso dos piercings, e das furações dos
lóbulos das orelhas das crianças do sexo feminino, para
posteriormente receberem brincos.
Neste capítulo que aborda os objetos de corpo, deve-se
considerar o conceito de medida, como uma constante nas
análises da configuração e produção do objeto.
3.1.1. Configuração e Medida
Os tamanhos são produto de variantes que podem ser
analisadas por dados estatísticos: “Many factor influence
measurement of body sizes: year of survey, age, sex, race,
location, occupation, socio-economic, etc.” (DIFFRIENT, 1982,
p.6).
As variantes dimensionais são objeto de estudo da
antropometria que com progressivos levantamentos e registros
tem criado bancos de dados, organizados em tabelas de
percentis, que fornecem ao projetista insumos para a adaptação
das medidas dos objetos e postos de trabalho, por meio da
ergonomia.
A capacidade dos objetos de se adaptar aos diversos tamanhos
de corpos, determina algumas modalidades de se tratar a
medida dentro de um sistema produtivo, que podem-se
caracterizar como:
a) Feito sob medida__ Consiste na confecção de objetos sem a
preocupação da produção seriada, a produção sob medida é
feita para atender ao usuário com sua particular medida e
configuração, como na confecção de um par de sapatos ou mais
usualmente nas roupas feitas por alfaiates.
b) Padronização de tamanhos__ Na escolha de tamanhos
predefinidos nas numerações de sapatos ou camisas, assim
como na classificação de roupas em: “pequeno, médio e
grande”, determinada pelo estudo estatístico da frequência de
consumo das pessoas de diversas faixas etárias e sexo.
c) Seleção de usuários__ Trata- se da seleção de usuários
dentro de determinadas características físicas, incluindo
dimensões e pesos, que fazem parte da maior incidência de
usuários em uma curva de Gauss. Este procedimento evita a
produção para atender uns poucos usuários.
Este procedimento utilizado na seleção de recrutas, se traduz
em economia de materiais, redução de itens de fabricação e
processos. Aplica-se na prática no dimensionamento de
uniformes, equipamentos, veículos e cabines de aeronaves,
entre outros, como resultado de estudos sistemáticos feitos
principalmente pelo exército norte-americano:
.
31
During the second world war, the designers learned to provided
small and simples adjustment to accept a range of men. To
minimize the silhouette of tanks, planes and other equipment, the
largest and the smaller man were excluded as requiring more gear.
War equipment designed for their inclusion would jeopardize the
safety and fighting ability of the majority. The value of inclusion was
chosen at 90 percent of the middle of the group of eligible. This
figure meant 5 percent of the large men and 5 percent of the small
men were excluded.
[…]. In civilian work it is desirable to include more than 90 percent;
98 percent would be ideal but it can impose excessive requirements
on some designs, making them impractical, complicated, or too
expensive (DIFFRIENT, 1981, p.39)
d) Deformação do material__ Utiliza a deformação elástica dos
materiais, para se ajustar às formas e tamanhos das diversas
partes do corpo. Pode-se ver na produção de meias stretchs,
onde a elasticidade do tecido permite sua adaptação a uma
maior diversidade de formas e tamanhos de pés. Mesma coisa
como na produção de roupas íntimas ou para práticas
esportivas.
Este ajuste dimensional também se consegue em materiais
metálicos ou plásticos que utilizam sua deformação elástica,
como flexão e torção.
e) Ajuste de medida__ Ajustes com sistemas de regulagens para
adaptação aos diferentes tamanhos, dentro de uma faixa
predefinida, que acontecem em:
- Regulagens contínuas, como o ajuste e graduação de pressão
num par de sapatos com cadarços e;
- Regulagens de posições, com ajuste por furos ou posições
predefinidas como num cinto ou pulseira de relógio.
Estes ajustes acontecem tanto nos objetos portáveis, como em
ambientes maiores que incluem postos de trabalho e mobiliários.
Em outras situações, pode ser necessário definir um projeto com
capacidade intrínseca de regulagem ou ajuste, como certos tipos
de cadeiras, prateleiras, etc. A gama de regulagens deve ser
baseada na antropometria do usuário, na natureza da tarefa e nas
imitações físicas ou mecânicas envolvidas... (PANERO, 2002, p.38)
De forma similar na adaptação ergonômica de postos de
trabalho, onde se lida com medidas dinâmicas.
As dimensões estruturais, às vezes chamadas estáticas, incluem
medidas de cabeça, tronco e membros em posições padronizadas.
As dimensões funcionais, também chamadas de dinâmicas, como o
próprio nome sugere, incluem medidas tomadas em posições de
trabalho ou durante um movimento associado a determinada tarefa.
(PANERO, 2002, p.38)
.
32
3.01_ Roupas e acessórios
configurados por partes do
corpo.
3.1.2. Configurações Antropomorfas
Os objetos que se fixam ao corpo, seja por compressão ou
encaixe, normalmente copiam a forma da parte do corpo a qual
se posicionam. Estes objetos funcionam como uma espécie de
segunda pele ou revestimento (“vestir mais uma vez”) destas
partes do corpo. No vestuário pode-se ver nas camisetas, calças
ou meias, e nos acessórios nos capacetes e sapatos.
Quase na sua totalidade, são estes objetos que se fixam ao
corpo, com raras exceções onde o corpo prende o objeto, como
acontece com a caneta na orelha do comerciante, aparelhos
auditivos ou um monóculo segurado pela compressão dos
músculos em torno dos olhos.
Se externamente as vestimentas e acessórios funcionam como
um recobrimento que recria as formas do corpo, se deve ao fato
que internamente, são por assim dizer “moldadas” pelas
diversas convexidades do corpo (Fig. 3.01).
Nos objetos de corpo, não existe um padrão que poderíamos
classificar como barras, placas ou blocos, embora exista uma
lógica que faz com que todas estas roupas e acessórios
coexistam inscritos dentro de um limite ou camada virtual que
não ultrapassa os 5 cm da superfície do corpo.
Algumas configurações não funcionam exatamente como cópia
formal de determinada parte do corpo, mas de alguma maneira
são condicionadas por uma ou mais de suas partes, como no
caso dos óculos onde sua forma é produto do apoio no nariz, a
alça na orelha assim como a justa pressão [e atrito] nas laterais
da cabeça.
.
33
3.02_ Vestimentas em
configurações antropomorfas.
3.03_ Objetos que na instância
de não uso, continuam como
objetos do corpo.
A maior parte dos objetos de corpo, adquire configurações
orgânicas que permitem adivinhar a qual parte do corpo elas
pertencem ou reconstruir figuras inteiras em uma coletânea de
suas partes como acontece com uma armadura (Fig. 3.02).
Cada parte do corpo oferece particulares formas de fixação e de
uso dos objetos. No pulso, se posicionam no estreitamento entre
o braço e a mão, permitindo que os objetos girem. No entanto os
capacetes, bonés e óculos permitem que tanto na instância de
uso como não uso, permaneçam na cabeça, apenas se
reposicionando (Fig. 3.03), aqui, a cabeça funciona como uma
sorte de rótula de giro destes acessórios.
3.1.3. Vestimentas: Instâncias e padrões
Em determinadas situações, quando a instância do objeto, é
alterada, acontece a mudança de um objeto do corpo para um
objeto de bolso e deste para um objeto de mão. Isto acontece
com os óculos que funcionam em duas instâncias, como objetos
de corpo e objetos de bolso, na instância de uso é um objeto de
corpo, e na instância de não uso é um objeto de bolso.
Diferentemente acontece com os capacetes (Fig. 3.03), que na
instância de não uso continua reposicionado na cabeça,
continuando a ser um objeto de corpo.
.
34
3.04_ Ciclo de configurações das
camisas ou camisetas.
3.05_ Roupas em duas
configurações em placa.
Ordenadas penduradas e
em pilhas.
As configurações que ordenam as roupas para serem
penduradas ou dobradas, têm como propósito transforma-las em
placas, que permitam seu melhor agrupamento ou
empilhamento.
O tipo de roupa mais difíceis de redefinir sua configuração na
instância de não uso, é a camisa, normalmente realizada por
uma complexa sequência de dobras feitas pela pressão,
temperatura e vapor, do ferro da passar roupa.
A indústria química tem se esforçado na produção de tecidos
que após a lavagem permitam eliminar a etapa de passar,
visando o uso imediato, são os sistemas conhecidos como Wash
and wear ou outros nomes alternativos como Permanent press,
Wrinkle resistant, No-iron, Durable press, ou Easy care:
In today’s hectic on-the-run world, there is little time for clothing that
needs to “lay flat to dry” or which needs ironing before it looks
presentable. The modern world replies on wash and wear clothing—
clothes that have been specially treated, or crafted from specific
materials, so that they can be quickly washed without special
requirements, and which require little or no ironing. (WALLACE
2016)
Dependendo das instâncias das roupas, pode-se dizer que estas
seguem uma sequência de configurações (Fig. 3.04).
Primeiramente na instância de uso, assumindo a configuração
do corpo, seguida de uma instância de não uso, em
configurações aleatórias como quando no cesto de roupa suja,
para finalmente em outra instância de não uso que classificamos
como instância em estoque, configurando-se em placas
penduradas em cabides, ou dobradas e empilhadas em
prateleiras (Fig. 3.05).
.
35
3.06_ Sequência de dobras da
camisa para a configurar em
placa.
Neste caso a instância de não uso procura as morfologias em
placa, como uma forma de agrupamento eficiente. Com o ferro
de passar, aplicam-se sequências de dobras que determinam
uma ordem e configuração. A primeira ordem, consiste em alisar
superfícies, tirando as rugas e ondulações do tecido, para
posteriormente configurara-las em placas por meio das dobras a
quente, resultando em vincos que funcionam como prova de que
as roupas passaram por este ordenamento estando limpas e
prontas para o uso nesta primeira sequência de configurações.
Configurar camisas sociais para a instância de não uso depende
de uma sequência de dobras mais ou menos complexas,
dependendo da configuração final desejada. Passar uma camisa
ou vestido, para serem dependurados em um cabide implica em
configurar o comprimento da roupa em uma placa. Agora para
ser dobrada e empilhada na prateleira será preciso de uma
sequência maior de passos para configurar uma placa quase
totalmente ortogonal (Fig. 3.06).
3.1.4. Aparelhos como Objetos de corpo
Os aparelhos analógicos ou digitais também chamados de
gadgets [3.1], na sua maioria são carregados nos contentores
das roupas, isto é, como objetos de bolso.
Em menor quantidade estão os objetos que se carregam como
objetos de corpo, que atuam basicamente em três áreas: as
relacionadas com o sistema auditivo como fones de ouvido e
pontos eletrônicos; à visão como óculos com recursos
eletrônicos, e finalmente os aparelhos de pulso com um
percurso histórico e cultural mais dilatado que inclui desde os
relógios analógicos até os atuais aparelhos com novos recursos
digitais.
A partir do séc. XVI, o relógio carregado no colete ou na calça
como objeto de bolso, migra para o pulso na condição de objeto
.
36
do corpo, fato creditado ao inventor Alberto Santos Dumont no
início do século XX e efetivamente popularizado após a
Segunda Grande Guerra.
Esta popularização se inicia com os relógios mecânicos
analógicos, que evolucionaram para os de quartzo, mais
precisos e tecnicamente mais confiáveis. Em 1969, com o
modelo “Makron” a Seiko produziu o primeiro modelo comercial,
mas a consolidação desta nova tecnologia somente acontece a
partir da década de 1980.
Com a tendência a explorar os novos recursos digitais surge em
1975, o relógio com calculadora com o modelo “Pulsar”,
inicialmente com funções básicas de uma calculadora, para
posteriormente em meados da década de 1980, incluir uma
diversidade de funções em modelos mais sofisticados, com
calculadora, alarmes, cronômetros, além da capacidade de
guardar notas, nomes, endereços e números de telefones.
As tentativas de inserção de calculadoras em aparelhos de
pulso, não obteve muita aceitação devido à extrema
compactação de sua interface feita para se adaptar à medida do
pulso. Esta limitação afeta o tamanho do visor e produz
pequenos teclados, normalmente incompatíveis com a medida
dos dedos dos usuários. Hoje em dia se retomam os projetos de
gadgets como aparelhos de pulso com novas funções e
conectividades, que se defrontam novamente com a limitação de
tamanhos das interfaces de digitação.
Embora os relógios e similares tenham uma relação com a
morfologia e medida do pulso, configurados como se fossem
uma pulseira, existem projetos de gadgets que ultrapassam a
área do pulso, prolongando-se para o braço, mas notadamente
sem aceitação do mercado.
O relógio parece inserido nesta lógica das vestimentas e
acessórios, que funcionam como uma película que se adiciona
ao corpo. Os relógios sociais mecânicos tinham como apelo
comercial o fato de serem muito finos, como placas que se
adicionam discretamente ao corpo sem que sua presença fosse
percebida ou que interferisse com as mangas das camisas.
When the watches moved from the coat’s pocket on wrist, the
craftsmen set a goal to create a watch mechanism, which would
allow diminishing the thickness of wrist watches as much as
possible. [...]. You don’t feel them on your wrist; they don’t hinder
you from wearing clothes with tight sleeves, and, of course, such
watches form a special [...] image of their owners. (MONTRE24.
2012)
.
37
3.2. OBJETOS DE BOLSO
No capítulo anterior vimos os objetos que se prendem
diretamente no corpo, constituídos na sua maior parte pelas
vestimentas. Neste capítulo serão estudados os objetos que se
carregam nos contentores das vestimentas, ou seja, nos bolsos,
na procura de condicionantes morfológicas que surgem da
relação entre continentes (bolsos) e seus conteúdos (objetos
portáveis).
3.2.1. Características dos continentes
Os bolsos masculinos e femininos, como entendidos hoje, têm
seus antecessores nas bolsas, originalmente carregadas soltas,
amarradas na cintura ou a tiracolo.
Otra referencia del bolso masculino las encontramos en el antiguo
Egipto donde aparecen grabados y estatuillas del año 2300 a.C.,
con soldados que llevaban una especie de bolso cogido a la cintura
hechos con fibras vegetales e incluso cuero.
A los antiguos griegos, por ejemplo, a los que les gustaba ir muy
perfumados, usaban los bolsos para llevar los aceites, perfumes, e
incluso las cuchillas de afeitar. […] (PEREIRA, 2014)
Inicialmente em pequenas bolsas para transporte de objetos de
valor e moedas. Por ficarem expostas e mais propensas a
roubos, tornou-se comum costurá-las no vestuário, num primeiro
momento na parte externa da roupa, para posteriormente e mais
discretamente, na parte interna, configurando-se entre o corpo e
a roupa como contentor plano com características de placa.
[…] the original pockets weren’t like the sewn-in pockets we know
today, but rather separate bags detached from clothing. From the
15th until the mid-16th century, men and women carried essential
items and currency in a pouch that was typically tied around the
waist or hung from a belt. As thieves and “cutpurses” became more
of a problem in the 17th century, people began to cut slits in their
shirts, skirts, and pants, and tuck their pouches inside their clothing
for safekeeping. This practice necessitated making the bags flatter
and easier to reach into, so they would be more accessible and not
create a significant bulge.
[…] For their part, women continued to carry pouches under their
billowing dresses through the late 1800s. Accessed through a
placket hole in the back of the skirt […] (MCKAY. 2015)
Houaiss (2001) define “bolsa” e “bolso” como:
Bolsa - Recipiente feito de couro, pano, plástico ou metal, com ou
sem alça, no formato de saco, sacola ou maleta etc., usada para
guardar, portar ou transportar objetos diversos”.
Bolso - “Saquinho de pano costurado na parte interna ou externa da
roupa, com uma fenda numa das extremidades, usado para
guardar pequenos objetos ou como enfeite.
.
38
Similarmente na língua inglesa, na relação entre a bolsa
separada da roupa e a posterior junção na palavra “bolso”, tendo
uma origem etimológica similar:
[…] The definition of the word 'pocket' states that it is 'a small
baglike attachment'. The reason for this particular definition is that
the pocket was not originally sewn into garments as it is today. ….
The word itself comes from the Anglo-Norman word pokete and
traces its roots to the Germanic root word 'bag', which is […] (H2G2,
2013)
As vestimentas que conformam o conjunto básico mais comum
na cultura ocidental, é composta pelo blazer, a camisa e a calça.
Cada peça oferece diferentes modelos, mas sem mudar
significativamente a forma e tamanho de seus bolsos.
Estas vestimentas, que chamamos de básicas, têm preferências
entre bolsos internos e externos. As camisas têm normalmente
bolsos externos, os das calças sociais são internos, e o blazer
tem bolsos tanto internos como externos. Ao parecer, isto
permite que conteúdos, mas importantes optem pela segurança
dos bolsos internos das calças e do blazer, e em compensação,
está a fluida acessibilidade dos bolsos externos da camisa ou do
blazer.
Outros tipos de bolsos, mas que não se incluem no que
entendemos como roupas básicas, são os pequenos bolsos que
nem sempre se adicionam às roupas, têm uma menor
frequência de uso e são específicos, destinados a guardar
objetos como relógios, tíquetes, moedas ou lenços.
Estas três peças básicas, têm suas variantes sem grandes
diferenças, quando se fala em blazer (ou paletó), quanto às
camisas, se tem as sociais, as esportivas e camisetas polo; e
quando falamos de calças, estas podem ser sociais ou mais
esportivas. Entende-se por terno: “Traje masculino, composto de
paletó, calças e, ocasionalmente, colete, do mesmo tecido e
cor”. (HOUAISS, 2001) Este conjunto é complementado pela
camisa social.
As análises deste capítulo estarão centradas principalmente nas
peças sociais, imaginando que suas variantes mais esportivas
são normalmente muito similares.
3.2.1.1. Blazer e paletó
Primeiramente teremos as definições e diferenças entre Blazer e
Paletó, assim como suas funções nas composições chamadas
de Ternos e Smoking:
.
39
BLAZER: O blazer é a peça menos formal de todas essas que
estamos falando aqui. Ele é uma variação muito mais informal do
paletó. São peças bem parecidas, mas o blazer é mais despojado,
podendo ser encontrado em diferentes cores e tecidos.
Diferente dos paletós, o blazer é comprado em peças avulsas, não
segue um padrão de corte e pode ser usado em visuais informais,
inclusive com calça jeans. [...], ou usar o blazer no dia a dia com
camiseta, [...]
PALETÓ: [...] O paletó é a parte de cima do terno. Ele é uma peça
bem formal, mas pouco modelada ao corpo. Paletó pode ser
encontrado em diferentes cores para eventos durante a noite ou
para o dia.
O paletó sempre precisa ser acompanhado de uma camisa social e
calça da mesma cor e tecido. Ele é uma peça bem rígida que não
permite muitas variações nesse ponto. Sempre bem alinhado e
mais sério.
TERNO: Precisamos falar primeiro do terno, porque ele que puxa
todas as outras peças de roupa, mas, na verdade, ele não é uma
peça. O terno é um traje composto por três peças: calça, paletó e
colete. [...] ele deve ser acompanhado de camisa, gravata e sapato.
Hoje em dia, o terno é muito usado para trabalhos mais formais ou
festas. Nos casamentos, por exemplo, costuma ser usado pelo
noivo para se diferenciar dos convidados e padrinhos.
SMOKING ou BLACK TIE: O smoking, também chamado de Black
Tie, é o visual mais formal de todos e, por isso, muito escolhido por
artistas em grandes premiações da música e do cinema, [...]
Esse é um visual composto por calça, paletó e gravata borboleta.
Porém, o paletó do smoking tem uma diferença essencial para o
paletó do terno. No smoking, a lapela é de cetim [...]. Normalmente,
esse traje é encontrado apenas no preto. Hoje, já é possível achar
smokings coloridos, mas sempre com a lapela em cetim preto.
(MASCULINO, 2014)
As variantes dos blazers são os casacos, peças mais compridas
e grossas para serem usadas no inverno, em contraposição às
jaquetas, peças mais curtas e leves que normalmente vão até a
cintura.
Como referência dimensional (Fig. 3.07) usaremos o blazer (ou
paletó) que tem bolsos internos, com média de 13x17(h) cm, e
os externos laterais, um pouco maiores, em média de 15x19(h)
cm.
A relação entre o tamanho do contentor e o volume admissível
do conteúdo, faz com que os bolsos laterais externos dos
blazers, sejam a base do dimensionamento dos “livros de bolso”.
O tamanho padrão do pocket book (USA) é de 4.25” x 6.87”, o
equivalente a 10,8 x 17,5 cm (SPATZ, 2016) compatíveis com as
medidas dos bolsos externos dos paletós. Evidentemente que as
espessuras mudam de livro para livro, mas não ultrapassando
os quatro centímetros. Existem outras coleções, que não
seguem este padrão, mas igualmente funcionam como pocket
.
40
3.08_ Dimensão média e
modelos básicos de bolsos
de camisas
3.07_ Bolsos tradicionais
do blazer.
books, como acontece com os livros da editora britânica Penguin
Books na sua coleção Penguin Classics, que tem em média 12 x
19 cm.
3.2.1.2. Camisas
Das três peças básicas de roupas escolhidas, a camisa é a com
menor número de bolsos, normalmente um bolso do lado
esquerdo do peito (pela maior porcentagem de destros). Em
menor número com bolsos em ambos lados do peito,
normalmente associadas a funções em ambientes de trabalho, e
finalmente as camisas sem bolsos, mais comuns em roupas
femininas.
Sociais ou de manga curta, com base reta, chanfrada ou em
ponta, normalmente compostas por uma peça de tecido
costurada na parte externa da camisa, com dimensões e formas
que se inscrevam num retângulo, em média de 11x13(h) cm
(Fig. 3.08).
3.2.1.3. Calças
Os maiores bolsos das calças sociais são os laterais internos,
com acesso por uma fenda diagonal, que para abaixo desta
possui um bolso real (por dizer assim), de 16x14(h) cm,
resultando num bolso total de aproximadamente 16x28(h) cm.
.
41
3.09_ Calça jeans modelo clássico, (esq.) Bolsos anteriores e posteriores. (centr.) Modelos de bolsos mais usados. (dir.) Dimensão normal do bolso posterior das calças jeans.
Os bolsos posteriores internos das calças sociais têm em média
13x18(h) cm para a calça social. Nos jeans os bolsos posteriores
são externos, seguindo um modelo básico ou padrão, segundo
Mukai (2015), com laterais inclinadas, com fundo em ponta,
inscritos num quadrado de 14x14(h) cm (Fig.3.09 dir.).
Os bolsos descritos anteriormente para o blazer, camisa e calça,
são contentores configurados em placas, que recebem objetos
também em forma de placas ou condicionar objetos a se
configurar como tais.
Dependendo da posição do bolso em relação ao corpo, seus
conteúdos são submetidos a maior ou menor intensidade de
atritos e compressões. Acontece na diferença entre a maior
compressão do bolso superior interno do blazer em relação a
seu bolso lateral externo, ou a maior compressão dos objetos
dos bolsos das calças se comparados com os das camisas.
Existe uma relação entre o tipo de conteúdo e determinadas
características dos bolsos. Pode-se ver que os bolsos das
calças contêm objetos de maior valor, sendo carregados por
maior tempo, como documentos, cartões de crédito e dinheiro,
pelo fato de que as calças (objetos de corpo) permanecem no
corpo durante todo dia, ao contrário do paletó que
eventualmente se retira, funcionando em determinados
momentos como um objeto de mão.
As variantes de tamanhos de bolsos encontram-se associadas a
modas específicas, que produzem vestimentas mais apertadas
ou mais folgadas.
As modas que têm como característica a justeza de medidas em
relação ao corpo, naturalmente diminuem sua capacidade de
conter objetos. Assim acontece com as roupas pertences ao
mundo dos motociclistas e da música rock. Em oposição estão
as modas que têm uma maior tolerância de medidas, com
roupas propositalmente folgadas, onde o tamanho e a
capacidade dos bolsos aumentam exageradamente como
acontece com as roupas dos jovens skatistas.
.
42
3.10_ (esq.) Alexander Rodchenko com roupa de trabalho desenhada por ele mesmo, 1924. (dir.) Bolsos tipo Patch usados
inicialmente em roupas de caça
e esportivas.
A justeza das roupas também diz respeito a uma questão de
gênero, como se pode ver normalmente (no Brasil) nas roupas
femininas, que comportam menos bolsos que os modelos
masculinos. São mais justas e portanto, com menor capacidade,
principalmente nos bolsos posteriores das calças. Este conter
menos bolsos permite preservar a silhueta do corpo em
detrimento da quantidade de objetos carregados.
Além da moda, os bolsos com maior capacidade, estão
associados a ofícios específicos, normalmente externos do tipo
patch, como os desenhados por Alexander Rodchenko (Fig.
3.10) no macacão para trabalho, ou nas primeiras versões
aplicados nas roupas esportivas inglesas.
[…] When gents of the 19th century desired additional pockets for
storing their odds and ends while out in the countryside, tailors
began adding patch pockets to their . A patch pocket consists of a
piece of fabric sewn to the outside of a garment, forming one side of
the pocket, with the other side formed by the material of the
garment itself.
Patch pockets can have pleats that expand their capacity and flaps
to protect their contents. The sporting men of yesteryear used them
for storing provisions, cartridges, and various other supplies when
hunting, shooting, riding horses, cycling, and playing golf and polo
[…] (MCKAY, 2015).
Bolsos de camisas sanfonados que permitem conter maior
volumem, projetando-se para fora do vestuário, inicialmente
como amplos bolsos para as camisas e jaquetas e
posteriormente como uma espécie de bolsas externas fixadas
nas calças, na configuração de bloco. Estes bolsos chamados
de “cargo pockets”, (Fig. 3.11) têm sido utilizados pelo exército
inglês desde o início do século XX:
Patch pockets, with their rugged functionality, were unsurprisingly
adopted by the military for both shirts and jackets. But it wasn’t until
the 20th century that the pocket would migrate south, attaching itself
to men’s pants, expanding in size, and becoming known as the
famous cargo pocket.
The British were the first to introduce the pants cargo pocket. In
1938, they adopted a revolutionarily functional and practical combat
.
43
3.11_ (esq.) Bolso tipo cargo
usado pelo soldado do exército
americano- 1943. (dir) Calça
esportiva com cargo pockets.
3.12_ (esq.) Primeiro traje
espacial usado pelo cosmonauta
Iury Gagarin (URSS) em abril de
1961, a bordo da Vostok 1.
(dir.) Modelo ACES usado por
astronautas americanos em
missão do ônibus espacial
Endeavour STS-130 em 2010
uniform dubbed “Battledress.” Battledress trousers came with a
large map pocket positioned in the front by the left knee, and […]
(MCKAY, 2015)
Este tipo de bolso de grande capacidade passará a ser usado
também nos trajes espaciais. Primeiramente, em 1961 com Iuri
Gagarin, só com um bolso tipo cargo na perna esquerda, (Fig
3.12 esq.). Como não era uma missão de longa permanência, o
traje tinha que ser prático e com poucos volumes, permitindo ao
cosmonauta ejetar-se antes de pousar.
[...]. Considera-se como primeiro traje espacial o SK-1, usado por
Iuri Gagarin em seu histórico voo em 1961. [...] e após o sucesso
da missão, trajes SK foram usados por outros cosmonautas em
naves Vostoc, nas quais os tripulantes ejetavam antes de a nave
pousar. [...] permitiam que seus ocupantes se ejetassem a até 8 km
(26 mil pés) de altitude. [...], pesavam 20 kg e não possuíam
sistema de apoio à vida autônomo. [...]. (OLIVEIRA, 2014)
O modelo ACES usado pelos astronautas americanos membros
da tripulação do ônibus espacial Endeavour STS-130, em 2010.
(Fig. 3.12) com a missão de acoplar um módulo e uma cúpula à
Estação Espacial. Normalmente a quantidade de bolsos
aumenta nos trajes que precisam realizar operações fora da
nave, usando bolsos tipo cargo nas pernas e no peito.
A alta capacidade dos bolsos se dá também pela sua
quantidade, que chega até as composições que não são mais
roupas com bolsos, senão que são mais bolsos que roupas,
como os coletes de fotógrafos.
.
44
3.13_ Coletes para fotógrafos
com bolsos externos, com
compartimentos destacáveis.
No caso do colete de fotógrafo (Fig. 3.13) poderíamos
considerar que está no limite entre uma vestimenta e um
acessório, ou seja, não é uma vestimenta feita para se proteger
do frio ou da chuva com alguns bolsos, ao contrário, é uma
multiplicidade de bolsos que se fixam a um suporte na forma de
colete.
Neste estudo entenderemos a palavra “acessório” como um
objeto que se fixa à vestimenta ou ao corpo, normalmente ao
cinto ou à cintura com a função de conter outros objetos como
pochetes, coldres, porta munição, estojos para canivetes,
óculos, calculadoras ou aparelhos de radiocomunicação. Para
este trabalho estes acessórios pertencem a um grupo diferente,
e com uma classificação intermediária, entre o que entendemos
como objetos de bolso e objetos de mão.
Para entender a diferença entre vestuário e acessório,
primeiramente definiremos a palavra “vestimenta”, como uma
“peça de roupa (normalmente em tecido) com a função, de
proteger, cobrir ou enfeitar o corpo”, e “acessório”, “que se junta
ao principal; suplementar, adicional, anexo” (HOUAISS, 2001).
3.2.2. Continentes e configurações dos conteúdos
A diversidade de objetos de bolso inclui, calculadoras, pentes,
isqueiros, fósforos, trenas. Especialmente o canivete suíço que
traz consigo facas, tesouras, pinças, abridores de garrafas e
uma diversidade de pequenas ferramentas. Na afinidade com os
bolsos, alguns objetos passam a se a denominar com a
extensão “de bolso”, como os: relógios de bolso, Pocket books,
trenas, lanternas e agendas de bolso entre outras.
Como neste estudo já se vislumbra que as configurações em
placa serão as mais recorrentes, tanto nos objetos de corpo
como nos objetos de bolso, decide-se deixar este conteúdo
como análise derradeira e mais extensa do capítulo. Para tanto
abordaremos primeiramente os conteúdos em bloco e barra.
.
45
3.14_ O pequeno The Little
Webster Dictionary
3.15_ (esq.) Dicionario Oxford
Learners pocket.
(dir.) Telefone celular com capa
de dicionário.
3.2.2.1. Conteúdos em bloco
Neste item se analisa o problema e a ineficiência na
portabilidade que acontece quando um contentor em placa
recebe conteúdos em bloco.
A relação conflitante ao se carregar no bolso um objeto bloco
como o The Little Webster Dictionary (Fig. 3.14), com sua capa
de couro mede 5,0 x 3,8 x 2,5 cm de espessura, tem um volume
de 47,5 cm³. Se comparado com um dicionário de bolso tipo
placa como o Oxford Learner’ Pocket Dictionary (Fig. 3.15) com
dimensões de: 7,5 x 15 x 1,6 cm tem 180 cm³, isto é, 3,7 vezes
maior que o volume do Little Webster.
Embora o dicionário Oxford tenha maior volume, este se distribui
melhor nas coordenadas dos bolsos, o que o faz mais portável.
Em contraposição o pequeno Webster na sua configuração em
bloco, se contrapõe à configuração dos bolsos, marcando seu
volume do lado externo, devido a sua desproporcional
espessura, tornando praticamente inviável seu transporte no
bolso da camisa ou da calça.
Parece um paradoxo considerar que um objeto de maior volume
pode ser mais portável que um objeto menor. A portabilidade
não só depende do seu volume em unidades ao cubo, senão
que também da compatibilidade formal e dimensional entre o
continente e seu conteúdo.
A falta de simbiose nos bolsos configurados em placas,
contendo objetos em bloco, resulta em uma protuberância que
.
46
3.16_ (esq.) Volume da
segunda bola de saque no tênis
(dir.) Volume e peso da Rollei
35 na deformação da camisa.
3.17_ Objetos configurados em barras com prendedores de posicionamento.
pode ser confundida com um volume anatômico, que modifica
(deselegantemente) a silhueta do usuário.
A falta de uma complementaridade entre o conteúdo e seu
contentor, além do minidicionário Webster, também se pode ver
na notória deformação produzida pela segunda bola de saque
dos tenistas ou da máquina Rollei 35 no bolso da camisa (Fig.
3.16).
A deformação dos volumes naturais do corpo talvez seja a razão
pela qual as calças femininas, normalmente mais justas que as
masculinas, tenham menos ou nenhum bolso. Isto não significa
que as mulheres deixem de usar os tradicionais objetos de
bolso, como documentos e telefones celulares, senão que
simplesmente estes foram transferidos para os objetos de mão
como bolsas ou mochilas.
3.2.2.2. Conteúdos em barra
Normalmente as condicionantes morfológicas e dimensionais
impostas pelos bolsos posicionam os objetos contidos, como
carteiras, documentos, dinheiro, cartões de crédito, evitando que
fiquem girando, como acontece com os objetos muito pequenos,
como as moedas, que recorrem à adição de outro contentor
específico, como o porta-moedas.
Os objetos em barra como canetas, lanternas de bolso, estiletes
ou apontadores laser (Fig. 3.17) ficam soltos dentro dos bolsos,
.
47
3.19_ Objetos de bolso e
configuração em placa.
se não for por um prendedor ou pinça que os fixe à borda dos
mesmos, ou por meio de uma espécie de bolso menor exclusivo
para canetas (Fig. 3.18).
Posicionar o objeto com uma pequena parte para fora do bolso
permite uma maior rapidez no retirar e guardar, este acesso ao
objeto sem a necessidade de a mão entrar no bolso. Este puxar
o objeto desde fora do bolso também acontece com elementos
intermediários fixos ao cinto, como a corrente para puxar o
relógio de bolso, o chaveiro no bolso posterior, ou em uma
corrente no bolso lateral da calça.
3.2.2.3. Conteúdos em placa
Os bolsos das vestimentas são configurados em placas, que
funcionam como uma espécie de matriz na geração de
determinadas morfologias.
Este contentor de pouca espessura acolhe objetos também
configurados em placas, como cartões de crédito, dinheiro,
documentos e, condiciona os novos aparelhos eletrônicos a
gradualmente se configurarem em placas como no caso dos
telefones celulares, rádios, máquinas de somar ou máquinas
fotográficas. (Fig. 3.19)
O contentor, também condiciona a medida dos conteúdos. Caso
o objeto exceda um determinado tamanho, se redimensiona
dobrando-se, para que se adapte às medidas dos bolsos, como
fazem as carteiras, as notas de dinheiro e talões de cheques.
3.18_ Bolsos de camisas com pequenos bolsos para canetas
.
48
3.21_ Curvaturas e desgastes
de carteiras.
3.20_ Garrafa de conhaque (ou whisky) de bolso
Na situação inversa em que o conteúdo é muito menor que os
bolsos, surgem subdivisões de contentores para estes
conteúdos, como os porta-moedas, e carteiras com
compartimentos para cartões de crédito, documentos de
identificação e tíquetes.
O CONTENTOR COMO UMA PLACA CURVA__ Até agora temos
considerado os bolsos como placas planas que contêm objetos
com a mesma configuração. Na realidade, os bolsos são
contentores em forma de lâminas curvas, moldadas pelas
convexidades do corpo.
A garrafa curva de conhaque (ou uísque) (Fig. 3.20) usada em
climas frios, geralmente portada no bolso interno do casaco, se
adapta como uma placa curva à configuração do bolso, que por
sua vez acompanha a curvatura do tórax, em uma simbiose
entre o contentor e o objeto contido.
A conflitiva relação entre os bolsos configurados como placas
curvas e seus conteúdos como placas planas pode ser vista na
deformação e desgaste dos objetos de uso prolongado dentro
dos bolsos (Fig. 3.21).
Uma carteira usada no bolso lateral da calça será
progressivamente configurada como uma placa com curvatura
simples, seguindo a curvatura da coxa. Agora se carregada no
bolso posterior da calça, seguirá a configuração do glúteo, como
uma placa de dupla curvatura, similar a uma lente côncavo-
convexa.
.
49
3.22_ Objetos de cantos arredondados. (esq.) Cadernos Moleskine. (centr. esq.) Dicionário de bolso. (centr. dir.) Passaporte. (dir.) Cartão de credito e celulares diversos.
Estes objetos, à maneira dos sapatos novos, num primeiro
momento se “amaciam”, moldando-se nas áreas de maior
pressão e desgastando-se nas áreas de maior atrito, como uma
conciliação de forças entre o objeto e o corpo.
A deformação e desgaste como resultado da tensão e atrito dos
tecidos nas arestas e principalmente nos vértices, resultam no
arredondamento das bordas e quinas da carteira.
Esta acomodação produzida pelo desgaste dos vértices, produz
as famílias de objetos de bolso projetados como placas, com
cantos arredondados (“desgastados”), como se pode ver em
cadernos de notas, dicionários, passaportes, cartões de crédito,
smartphones e guias de viagem.
Estas configurações se tornam mais evidentes, se observamos a
uniformização dos smartphones de nossos dias. Décadas atrás
este mercado tinha uma maior diversidade de aparelhos, desde
os mais simples com pequenos visores, teclados físicos com
diversos layouts; modelos com tampas deslizantes ou as
articuladas dos modelos Flips.
Depois que Steve Jobs decidiu pôr o teclado tipo touch na tela
do iPhone, não precisou mais de sistemas e articulações para
proporcionar áreas exclusivas para teclados físicos, agora as
diversas funções se revezam num só visor interativo.
Eliminar o teclado tem suas vantagens. Deixa mais espaço para a
tela – para fotografias, filmes, mapas [...]. A vantagem como Jobs
destacou, era que desaparecia quando não fosse necessário.
(POGUE, 2015)
Este repassar todas as funções para a tela resulta num objeto
funcionalmente mais confiável, na medida em que não tem
componentes móveis para quebrar, como tampas e teclas. Esta
.
50
3.23_ Telefone celular
Asus Zenfone 2 (2015)
composição tem se tornado um padrão morfológico dos
fabricantes de celulares, que se manifesta na maciça produção
de aparelhos em forma de placas com uma ampla tela
retangular de cantos arredondados.
Se se olha de uma certa distância para uma vitrine de venda de
celulares, se verá placas com arestas arredondadas dentro de
uma faixa dimensional muito similares, seguindo um mesmo
padrão morfológico, ao ponto de termos dificuldade para
identificar as particularidades dos diversos modelos e
fabricantes. A esta uniformização adiciona-se o fato dos
fabricantes terem assumido o preto como cor predominante.
Assim como tem feito a indústria fotográfica por décadas.
A curvatura externa da carteira vista anteriormente, permite
aliviar as tensões do tecido sobre a face externa do objeto,
assim como visualmente diminuir seu volume no lado externo da
roupa. Esta configuração é adotada por um tipo de smartphone
(Fig. 3.23), que em uma secção transversal tem forma similar a
uma lente plano-convexa. Esta configuração funciona como um
estado intermediário que concilia uma superfície plana e a outra
com curvatura simples.
O passo seguinte desta adaptação do objeto ao bolso, tem sido
a produção de aparelhos configurados como placas com
curvatura simples, em ambas as faces.
O primeiro modelo deste tipo foi o smartphone da Samsung
Galaxi Round (Fig. 3.24), com curvatura no sentido transversal.
Como o aparelho fica na vertical dentro dos bolsos laterais das
calças, se adapta bem à curvatura da perna, segue a
configuração de uma seção de um tubo, ou como a forma da
antiga telha, que como se diz era “feita nas coxas” (que para
alguns é somente lenda), com exata forma da posição que o
aparelho fica na coxa do usuário.
.
51
3.25_ LG G Flex. Primeiro smartphone com curvatura na sua seção longitudinal (2013)
3.24_ Samsung Galaxi Round, (esq. e dir.) primeiro smartphone com tela curva (modelo com curvatura na seção transversal (2013) | (inf. esq. Telha de barro)
Assim também se deverá acomodar bem no bolso da camisa ou
bolso interno de um blazer, à semelhança da garrafa curva de
conhaque, vista anteriormente (Fig. 3.20), e em menor grau no
bolso posterior da calça (já que este é configurado como uma
placa de dupla curvatura).
Outro modelo, agora com curvatura longitudinal (Fig. 3.25),
lançado pela também sul-coreana LG, parece ter alguns
problemas de adaptação às curvaturas dos bolsos, se
consideramos este aparelho na vertical no bolso lateral da calça,
tem uma curvatura completamente oposta à curvatura da coxa,
mesma coisa se carregado no bolso da camisa. O argumento do
fabricante para justificar esta curvatura é que o aparelho segue o
formato da lateral do rosto, algo próximo dos telefones
residenciais que na sua curvatura aproximam um extremo ao
ouvido e o outro à boca do usuário.
Vale pontuar que estes modelos, não tiveram muita aceitação no
mercado, já que a partir de 2015, nenhum destes dois modelos
curvos deram continuidade a sua comercialização no mercado
brasileiro.
Somado a estas duas versões de smartphones, que usam a
curvatura dos aparelhos como forma de adaptação às
curvaturas do corpo, agora se aposta na deformação elástica
dos aparelhos. As últimas pesquisas avançam no sentido de
tornar viável a produção de telas flexíveis, (Fig. 3.26) com
.
52
3.26_ Smartphones flexíveis
Samsung.
(esq.) Modelo Galaxi Round 2
(2016) | (dir) modelo em
desenvolvimento.
curvatura simples. Como as partes do corpo não só têm este
tipo de curvaturas, talvez no futuro possam se projetar aparelhos
flexíveis que permitam duplas curvaturas, podendo realmente se
adaptarem a todas elas, assim como faz a carteira usada, vista
anteriormente, ou um lenço dobrado num bolso.
Indiretamente, são os bolsos que determinam a maneira de se
segurar o telefone celular. As condicionantes dimensionais que
determinam que os smartphones tenham uma de suas
coordenadas uma largura não superior a 8 cm para caber na
largura dos bolsos, condicionam o aparelho a ser pego pela sua
largura, segurando-o só com uma mão e ao mesmo tempo
liberando o dedo polegar para digitação.
Como resultado, excepcionalmente, os smartphones [3.2] são
usados com a tela na vertical, ao contrário da maioria dos
aparelhos, como monitores de desktops, notebooks, televisores,
câmeras fotográficas, de cinema e boa parte dos tablets, que
usam telas na horizontal, mais apropriadas ao campo visual dos
usuários, naturalmente mais largo que alto.
Supõe-se que as configurações são resultantes das funções dos
objetos, seguindo a sentença “a forma segue a função”, parece
natural que o mesmo se configure para atender a função para o
qual foi fabricado, mas podemos também considerar que o
objeto pode-se configurar para a instância de não uso, que pode
ser a instância de transporte, como acontece com os
smartphones que analisamos anteriormente.
O telefone residencial tem uma forma que facilita sua pega
(como se fosse um puxador), com uma curvatura que aproxima
suas extremidades, uma à boca e a outra ao ouvido. Neste caso
podemos considerar que a forma seja resultado das exigências
funcionais do objeto.
No caso dos smartphones configurados como placas de vértices
arredondados, com dimensões que cabem nos bolsos da
camisas ou calças, seguem o padrão morfológico dos demais
objetos de bolso.
.
53
3.27_ Comparação volumétrica dos três grampeadores, quando semiabertos para o uso e na posição compactada.
a b c
A sentença do arquiteto Louis Sullivan que afirma que “a forma
segue a função”, mais tarde se aplica à área do design,
Entretanto, para os objetos portáveis, parece funcionar
justamente ao contrário, ou seja, a forma não segue a função de
uso, senão que é resultante das condicionantes impostas pelos
bolsos a seus conteúdos. Não é por acaso que calculadoras,
câmeras fotográficas, dicionários, carteiras, passaportes e
cartões de créditos, tenham as mesmas configurações.
3.2.3. Estudos de caso
São estudados casos que consideramos representativos, dos
esforços de projeto para configurar os diversos objetos em
placas portáveis.
Serão analisadas três situações de projeto que envolvem a
portabilidade. Primeiramente projetos de grampeadores de
bolso, com seus sistemas mecânicos para conseguir a redução
de uma de suas coordenadas, seguido do primeiro rádio de
bolso de Sony e seu esforço para se adaptar ao tamanho dos
bolsos das camisas, terminando com a evolução para a
portabilidade das câmeras fotográficas, tendo como referência o
projeto da máquina Rollei 35.
3.2.3.1. Grampeadores de bolso
Este estudo de caso mostra a intervenção de projeto em três
grampeadores configurados em bloco, barra e placa
respectivamente (Fig. 3.27 dir.), que funcionam com os
pequenos grampos Nº 10.
O primeiro grampeador, modelo “a” de 6,1 x 2,5 x 4,2(h) cm, é
compacto, reduz todas suas coordenadas, transformando-o em
um bloco que deforma os bolsos e até uma pasta comum de
documentos. Este grampeador funciona melhor se deixado em
uma prateleira ou gaveta. Não consegue ser um objeto de bolso
pela incompatibilidade entre continente e conteúdo, similar ao
caso do The Little Webster Dictionary comentado anteriormente.
.
54
3.29_ Os três grampeadores em: (esq.) em posição para funcionamento. (dir.) Só os dois últimos fechados na configuração de transporte
3.28_ (esq.) Instruções do sistema de fechamento, para compactar o aparelho.
Os grampeadores “b” de 10 X 2 x3(h) cm, e “c” de 7,8 X 2,2 x
2,5 cm têm uma estratégia de portabilidade orientada à redução
de uma de suas coordenadas. Para isto, desenvolve um
engenhoso sistema deslizante (Fig. 4.22), que permite eliminar a
posição semiaberta (Fig. 3.29 esq.), diminuindo
consideravelmente uma de suas coordenadas na instância de
transporte (Fig. 3.29 dir.).
Este sistema consegue diminuir 1 cm nas suas alturas, ficando o
grampeador “b” com 2 cm e o “c” com 1,5 cm, tendo este último
a menor medida em uma de suas coordenadas se configurando
como uma placa facilmente transportável nos bolsos ou pastas.
Este claro esforço de projeto para desenvolver um complexo
sistema de fechamento nestes dois últimos grampeadores para
torna-los portáveis mostra que não é suficiente compactar e
diminuir medidas em todas suas coordenadas, sem conseguir
configurar os objetos em placas portáveis.
3.2.3.2. Rádio de bolso Sony
Veremos o esforço para inserir no bolso da camisa o primeiro
rádio portátil da Sony. Assim como um comparativo com a
família de aparelhos do mesmo fabricante nos projetos do
Walkman e o Discman, todos eles relacionados com o ouvir
.
55
3.30_ Sony TR-63. O primeiro rádio de bolso da Sony, lançado em 1957.
música no deslocamento das pessoas, conjuga a portabilidade e
sua relação com seus contentores.
O primeiro rádio de bolso da Sony se torna viável pela
incorporação do transistor, que surge como substituto da
válvula. Esta nova tecnologia permite a compactação de
componentes internos e como consequência o volume total do
aparelho.
Nós já víamos o transistor substituindo a maciça, aquecida e pouco
confiável válvula eletrônica. Com o transistor, pensávamos,
poderíamos não só fabricar produtos eletrônicos em miniatura,
como também diminuir o consumo de energia. Se pudéssemos
conceber um transistor com uma frequência suficientemente alta,
poderíamos fabricar um rádio pequeno acionado por baterias.
(MORITA, 1986, p.75)
Embora o primeiro rádio de bolso a transistor do mundo foi o
modelo Regency TR-1, lançado nos EUA em 1954, pela Texas
Instruments e IDEA (uma pequena empresa de Indianópolis),
não deu prosseguimento à produção por não acreditar de sua
aceitação no mercado, permitiu à Sony produzir e comercializar
o aparelho num mercado sem concorrentes.
O primeiro rádio transistorizado da Sony foi o modelo TR-55, de
1955, mas o primeiro modelo feito para caber no bolso da
camisa foi o TR-63 lançado em 1957, de 11,2 x 7,1 x 3,2 cm
pesando 300 g.
“Nós decidimos como objetivo prioritário fabricar um rádio tão
pequeno que coubesse no bolso. Não só portátil, eu dizia, mas,
tomando uma liberdade com o idioma, ‘bolsável’”. (MORITA, 1986,
p.75)
Como o modelo TR-63 da Sony teria que caber no bolso, como
prometia o departamento de marketing: “Ele vai caber no bolso da sua
camisa”, mas como o aparelho ainda não era suficientemente
pequeno, o departamento de vendas escolhe como solução (não muito
ética), modificar os bolsos de seus vendedores.
.
56
[...] Era o menor [rádio] do mundo, mas na verdade maior que um
bolso padrão de camisa masculina, e isso nos trouxe problemas,
embora nunca tivéssemos dito que bolso seria esse. Achávamos
uma boa ideia que os nossos vendedores pudessem demonstrar
como era simples colocar o radinho no bolso da camisa.
Inventamos então uma solução muito simples — mandamos fazer
para nossos vendedores uma camisa com bolsos um pouco
maiores do que o normal, grandes o suficiente para neles colocar o
radinho. (MORITA. 1986 p.81)
Este desejo de produzir um rádio de bolso, segundo Morita,
“pocketable” (“bolsável”), não se entende como um capricho em
prol da miniaturização, senão a uma nova maneira de se fruir o
som, poder andar escutando música, sem precisar usar as mãos
como no tradicional rádio de pilha na forma de objeto de mão.
Modelos posteriores ao TR-63 tiveram diminuição de medidas
que permitiram realmente portar o rádio no bolso das camisas.
Um segundo produto com grande sucesso de vendas, é o
Walkman lançado em 1979, com recursos que permitem
escolher músicas pré-gravadas em uma fita magnética. O que
no início foi assunto de dúvidas por ser uma forma individual e
egoísta de escutar música, se transforma no triunfo da
autonomia, de poder andar, praticar exercícios ou simplesmente
ouvir música sem importunar os outros:
Um bom exemplo disso é o walkman, produto que todo mundo
conhece. A ideia nasceu quando certo dia Ibuka entrou em minha
sala com um dos nossos gravadores portáteis estéreo e um par de
headphones tamanho standard. Ele parecia chateado e se queixou
do peso de todo aquele material. Perguntei na hora o que estava
matutando e ele explicou: “Eu gosto de ouvir música, mas não
quero perturbar ninguém. Não posso ficar sentado aqui o dia inteiro
ouvindo meu estéreo, por isso carrego o aparelho comigo para
todos os lados. Essa é a minha solução, mas pesa muito” [...] (p.90)
[...] No começo, tomando por base minha experiência em casa,
achei que fugia das boas normas de educação uma pessoa ouvir
música de forma isolada, individual. Com o tempo, porém, vi que os
consumidores queriam isso mesmo, ouvir música nos seus
aparelhos estéreo portáteis — numa experiência muito pessoal,
quase íntima. (MORITA, 1986, p.92)
A portabilidade destes aparelhos, inclui a portabilidade do som.
O que hoje parece normal foi na época uma grande novidade:
[…] Today, with half of smartphone owners using their devices to
listen to music, it's easy to forget how radically the Walkman
changed things. "Mobility—the idea that you could take music with
you—was huge, […] (KLARA, 2015)
O Walkman usando fitas K7, no seu primeiro modelo, o TPS-L2
(Fig. 4.25), era difícil de transportar no bolso pelo seu tamanho
de 8,8 x 13,3 x 2,9 cm, e pelo seu peso de 390 g, somente nos
modelos posteriores como o Walkman II, de 1981, resolve-se
este problema de tamanho e peso, assumindo o aparelho como
.
57
3.32_ Sony Discman (lançado em
1984)
(esq.) Usuário com modelo que
não cabe no bolso.
(sup dir.) O Discman de 5
polegadas no bolso de jaqueta
jeans.
(inf. dir.) A melhoria no transporte
utilizando discos de 3 polegadas
3.31_ Walkman Sony _ (esq.) Walkman TPS-L2, de 1979, com fita K7. Primeiro tocador de música portátil. (centro) Walkman II de 1981, com um clipe de cinto. (dir.) Diferença de tamanho de ambos modelos.
um acessório, com a inclusão de um clipe para ser preso ao
cinto da calça.
Num terceiro estágio, utilizando uma nova tecnologia de
reprodução de som, surge o Discman que realmente não cabia
nos bolsos nem de casacos. Inicialmente a medida do aparelho
era só um pouco maior que o CD de 5 polegadas, para
posteriormente tornar-se mais leve e compacto graças ao
lançamento dos novos tamanhos de CD’s de 3 polegadas.
Em ambas as imagens da direita na Fig. 4.26, se mostra a
relação do Discman num bolso de uma jaqueta jeans, na foto
superior o aparelho com disco de 5 polegadas e embaixo com o
de 3 polegadas, o texto promocional desta imagem, relaciona a
transportabilidade do aparelho aos padrões de CDs:
THE SONY POCKET DISCMAN -NOW TAKE THE MUSIC YOU
WANT WHEREVER YOU WANT.
Sony has created what could be the world's smallest concert tour.
.
58
3.33_ (esq,) Watchman FD-210, o primeiro modelo lançado em 1982. _ (dir.) Watchman FD-30A de 1985
The amazing new Sony Pocket Discman Compact Disc player.
Designed to let you hear the exciting new 3-inch CDs on the street,
at school or even in your car.
Just slightly larger than the CD-3 itself, the Pocket Discman player
comes complete with its own headphones, rechargeable battery A/C
adaptor and a carrying case that holds up to six 3-inch discs.
Yet it still has all the talents of a full- size CD player with features
like Repeat, Shuffle Play and Music Search. It's even remote control
capable.
Best of all, the Pocket Discman shown plays not only CD-3s. but the
thousands of 5-inch CD titles available today.
The new Sony Pocket Discman. Now you can get great digital
sound without having to carry around all that "heavy metal."
(Texto promocional da Fig. 4.26 inf. dir.)
Nesta mesma linha de produtos, agora num aparelho de TV
portátil, é lançado em 1982 o Watchman da Sony com
dimensões exageradas para se portar nos bolsos das camisas,
que o impedem ser considerado de um objeto de bolso, teve
vida curta, somente produzido entre 1982 até 2000. O primeiro
modelo, o FD-210 (Fig. 3.33), com 9,0 x 20,0(h) x 3,8 cm.
Em 1985 é lançado o modelo FD-30A com medidas um pouco
menores, com 16,5 x 8,3 x 3,8 cm, mas com um peso de 500 g.
Somente a partir de 1987, com o modelo FD-10A, se diminuem
as medidas para 15,2 x 6,4 x 3,8 cm, permitindo com dificuldade
pôr no bolso das camisas. Percebe-se que os modelos entre
1985 a 1987 não conseguem diminuir a suas espessuras de 3,8
cm. Justamente a coordenada que se reduzida (junto com o
peso) se transformaria num aparelho realmente de bolso.
.
59
3.34_ Leica A. Câmera alemã lançada em 1925, que consagra o filme de 35 mm
3.2.3.3. Câmera Rollei 35
Precursora das máquinas portáveis e uma das mais cultuadas
máquinas 35 mm, lançada na Alemanha em 1925, a lendária
Leica inicia sua produção com o modelo “Leica A” (ou “Leica I”)
(Fig. 3.34). Lançada como uma máquina compacta, de boa
qualidade ótica e mecânica, fácil de ser transportada, não que
fosse uma máquina de bolso, com seu tamanho de 13,3 x 3,9 x
6,5(h) cm, nas que realmente pôde ser transportada como um
objeto de mão ou dentro de outro objeto de mão como bolsas ou
mochilas.
The idea of a pocketable 35mm camera it at least as old as the
original Leica A of 1925— a small. svelte. scale-focusing model with
a collapsible 50mm f/3.5 lens that was slid, capped and caseless,
into many; a trouser pocket. Although the first Leica was widely
extolled for its diminutive dimensions (25/8 x 51/4 x11/2 inches with
lens collapsed), it was never really marketed as a pocket 35 [...]To
me, a truly pocketable camera is simply one that you'd actually want
to, or at lead wouldn't object to, carrying in your pants pocket. […]
(SCHNEIDER, 1991, p.21)
Um modelo mais próximo do que se pode entender como
câmera de bolso é a Rollei 35, também para filme 35 mm, na
categoria de full-frame (a half-frame já tinha sido lançada por
outro fabricante em 1961), sendo um sucesso de vendas desde
a data de seu lançamento, segundo Schneider (1991, p.22) no
seu artigo escrito em 1991:
[…] In terms of longevity in the marketplace and the number of
different models produced […] ), it’s fair to say that the lovable little
Rollei 35 is one of the most successful camera designs of recent
decades, with sales certainly in the top three among pocketable
35s. Lake the twin-lens Rollei, it’s a camera that has refuted to die.
surviving a […].
Esta máquina compacta foi fabricada em mais de 20 modelos já
mudando suas características técnicas ou acabamentos.
Inicialmente com o nome de Rolley 35 para nos modelos
seguintes adicionar de letras como: S; B; LED; T; TE; Classic
[3.3]. Sua produção começa em 1966 na Alemanha e dá
.
60
3.35_ (esq. e centr.) Câmera Rollei 35 lançada em 1966. (dir) Heinz Waaske (1924-1995) criador da câmera.
3.36_ Comparativo das dimensões da câmera Rollei 35 e o iPhone 7 da Apple.
prosseguimento a partir de 1971 na sua fábrica em Singapura,
até fechar definitivamente em1991.
Desenhada pelo alemão Heinz Waaske, com experiência na
indústria fotográfica e miniaturizações de máquinas, projetou a
Rollei 35 como um paralelepípedo, com características de bloco.
As dimensões do corpo da máquina é 9,7 x 3,2 x 6,0(h) cm,
realmente pequenas para inserir no bolso de uma camisa ou
calça, exceto pelos seus 3,2 cm de espessura que, se
comparada com um smartphone de nossos dias (Fig. 3.36), é
aproximadamente três vezes maior.
Um smartphone, embora mais largo e alto que a câmera, obtém
sua portabilidade pela sua reduzida espessura. Ao contrário, a
pequena Rollei 35 configurada como um bloco tem dificuldades
para se carregar nos bolsos pela sua exagerada espessura.
A dificuldade não está somente num problema de medidas,
senão no seu excessivo peso, que consegue deformar o
caimento normal da camisa (Fig. 3.37) ou calças.
.
61
3.37_ Câmera Rollei 35 e seu estojo. (dir.) volume e peso da máquina no bolso da camisa.
3.38_ Comparativo entre a câmera Rollei 35 e o iPhone 7 da Apple.
Seu peso de 370 g (maior que uma latinha de refrigerante de
350 ml) é realmente exagerado, se comparado com um
smartphone iPhone 7 de 138 g.
Tomamos como base o celular iPhone 7 da Apple, lançado no
mercado em 2016, similar a outros fabricantes como o Galaxi S7
da Samsung de 6,9 x 14,2(h) x 0,79 cm, pesando 152 g, lançado
no mesmo ano com dimensões e peso similares.
Nesta análise, sobre a portabilidade da câmera Rollei 35,
verifica-se que as dimensões informadas nas especificações
técnicas, como sendo de 9,7 x 6,0 x 3,2 cm, correspondem às
medidas do corpo (em forma de paralelepípedo) sem considerar
as outras partes sobressalentes da máquina, assim (sem seu
estojo de tecido sintético) podemos considerar como medidas
reais:
Largura= 10,0 cm: medida total incluindo suporte para conectar
a alça.
Altura= 6,8 cm: incluindo disparador, e na parte inferior sapata
para flash, suporte para tripé e outros.
Profundidade= 4,2 cm: incluindo a objetiva fechada e com sua
tampa plástica.
Usando estas medidas, num comparativo entre a Rollei 35 e um
smartphone de nossos dias teremos:
Modelo Larg.(h)
(cm) Profund.
(cm) Alt.(h) (cm)
Peso (gramas)
Lançam. (ano)
Rollei 35 10,0 4,2 6,8 370 1966
Apple iPhone 7 6,7 0,7 13,8 138 2016
.
62
3.40_ Comparativo entre as câmeras Rollei 35 e Minox 35 PL.
3.39_ Câmeras Rollei 35 e
Minox 35 PL
Outra máquina que investe na miniaturização, com o objetivo de
ser carregada no bolso é a Minox 35, lançada na Alemanha em
1974, considerada a máquina de filme 35 mm de menor
tamanho, mesmo com lançamento de quase duas décadas após
o lançamento da Rollei 35, esta diminuição de medidas não
chega a ser significativa (Fig. 3.39 e 3.40), o relevante é a
diminuição do peso, que se comparada com a Rollei 35, que na
sua primeira versão pesava 370 g, este modelo da Minox só tem
190 g.
Modelo Larg.(h)
(cm) Profund.
(cm) Alt.(h) (cm)
Peso (gramas)
Lançam. (ano)
Rollei 35 10,0 4,2 6,8 370 1966
Minox 35 PL 10,0 3,1 6,1 190 1982
A razão que impede uma maior redução de medidas se deve ao
fato de que ambas as máquinas estão presas a uma tecnologia,
que condiciona suas medidas, neste caso o cartucho
normalizado como 135, que corresponde ao filme de 35 mm.
A medidas do rolo de filme padrão de 35 mm, inserido num
cartucho de 46 mm de altura e, 25 mm de diâmetro, é o que
condiciona as medidas das câmeras.
Estas medidas de largura e altura destas duas câmeras não são
realmente o problema, elas cabem com sobra num bolso de
camisa ou calça, O real problema é a excessiva espessura das
máquinas, sujeitas ao diâmetro de 25mm do cartucho do filme.
Além disto e indo contra a ideia de compactação e
aproveitamento de espaço, as câmeras de filme sempre
dispõem de um espaço ocioso. Embora use um filme, deverá
reservar espaço equivalente a dois cartuchos, um para enrolar e
outro para rebobinar. Observando os espaços para o filme em
ambos os lados da objetiva, (Fig. 3.41), dependendo do modelo
da câmera, podem ser próximos a 1/3 do volume do total da
máquina.
.
63
3.41_ Os espaços destinados ao filme em ambas as máquinas
O uso da chamada “objetiva normal” se constitui como outra
condicionante dimensional, que influi na dimensão final da
câmera. Como a distância focal da objetiva ao filme, deve ter
uma medida próxima à diagonal de um quadro. Neste caso, um
quadro [do filme 35 mm] tem 36 x 24 mm com uma diagonal de
43,3 mm. Portanto, se consideram objetivas normais as que têm
entre 40 a 50mm, no caso da Rollei 35 que tem uma objetiva de
40 mm, ainda considerada de normal.
Quando a distância focaI de uma objetiva [...] é aproximadamente
igual à diagonal do negativo, [...] considera-se esta objetiva
"normal". Quando apontada para um motivo, capta raios luminosos
num ângulo de aproximadamente 50°, o mesmo do olho humano
projetando-os contra o filme sob o mesmo ângulo. (TIME-LIFE,
1981, p.93)
Uma objetiva se classifica como normal por se assemelhar ao
ângulo da visão humana, tendo como padrão dos fabricantes de
câmeras do tipo Reflex, as objetivas de 50 mm [3.4].
Junto à dimensão do cartucho do filme, o uso da objetiva normal
também funciona como condicionante que determina a
espessura final da máquina.
Quando fechadas as câmeras Leica I com objetiva de 50mm, e
na Rollei 35 com objetiva de 40mm, excedem minimamente a
espessura do corpo da máquina, já que ambas usam um
sistema telescópico de só um corpo deslizante. No caso da
Minox 35 com o mesmo sistema telescópico, quando fechada,
consegue ser mais fina pelo uso de uma objetiva de 35 mm, isto
é, menor que a chamada de normal.
Para estas máquinas não é interessante fabricar uma objetiva
com mais de uma secção telescópica, pois não alteraria a
espessura do corpo da máquina, que ainda continua
condicionado ao diâmetro do cartucho do filme de 35 mm.
Na mudança de paradigma a partir da década de 1970, o
engenheiro elétrico americano Steven Sasson projeta a primeira
.
64
câmera eletrônica baseada em CCD, junto com Gareth Lloyd na
Eastman Kodak, conseguem eliminar o uso do filme fotográfico.
Esta década acelera a pesquisa na área digital, incorpora novos
recursos técnicos, e se produzem equipamentos de maior
qualidade e preços cada vez mais acessíveis, tornando
gradualmente obsoletas as câmeras de filme.
A substituição do sistema analógico pela fotografia digital, agora
sem o cartucho do filme, torna viável projetar câmeras com
espessuras menores, compactas de bolso ou embutidas em
telefones celulares.
A fotografia digital substitui o filme por um sensor eletrônico
(CCD ou CMOS) que converte a luz captada em código
eletrônico digital, registrando imagens que podem ser conferidas
imediatamente no visor da câmera (normalmente de LCD),
armazenadas num cartão de memória, imprimindo diretamente
da câmera ou enviando imagens pela internet. A fotografia digital
muda o sistema de captura e armazenamento de imagens, no
entanto, a parte ótica permanece praticamente inalterada.
Estas novas câmeras com avançados componentes eletrônicos,
unidos aos melhores componentes óticos permitem a união de
fabricantes com diferentes competências nestas áreas.
Máquinas principalmente japonesas com tradição na área
eletrônica se unem aos melhores fabricantes de objetivas e
lentes da Alemanha, criando parcerias entre a Panasonic e a
Leica na Linha Lumix e Digilux; a Sony com a Carl Seizz na
série Cibershot e a norte-americana Kodak com a Schneider.
Das máquinas fotográficas analógicas analisadas anteriormente,
algumas entraram num processo de reforma e adaptação ao
mundo digital, e as outras que não o fizeram simplesmente
foram excluídas do mercado.
A fábrica da Leica em 2002 inicia uma migração para câmeras
digitais com a Digilux 1 de 4 megapixel. A Rollei 35, com seus
últimos quatro modelos (Rollei 35 T / S / LED e TE), parou
definitivamente sua produção em 1980, e em 1998 a Minox
lançou seus últimos modelos Minox 35 GT-E II, e Minox 35
GT-S.
Nesta progressiva transição para o mundo digital, também os
fabricantes de filmes passam por sucessivas transformações.
Até o fim da década de 1990 a Fujifilm faz reestruturações para
migrar para a tecnologia digital.
Como se previa, a partir de 2003 foram vendidas no mundo mais
máquinas digitais que analógicas, assim, em 2004, a Kodak
decide suspender a produção de câmeras com filme, e depois
.
65
de esforços e de uma reação um tanto tardia, em 2012, entra em
falência.
Todo este esforço de compactação das máquinas analógicas é
abandonado na década de 1980, com o surgimento no mercado
dos equipamentos digitais. Com experiências precursoras da
Sony em 1981 com a comercialização do modelo “Mavica”, com
captura de imagens de 0,3 megapixels e preço de U$ 12 mil, ou
a câmera digital Kodak DCS 100, lançada em 1990, embora os
esforços de marketing, não ganhou o mercado devido a seu
ainda alto custo.
A popularização das máquinas digitais que acontece na década
de 1990, agora neste novo milênio, é testemunha da rápida
expansão da tecnologia digital e do aumento da qualidade na
captação de imagens Hoje a câmera de um Smartphone parece
suficiente para conseguir registros e instantâneas do dia a dia,
cada vez é mais raro encontrar pessoas com máquinas
fotográficas digitais de bolso, ou se tem um celular que em
nosso estudo chamamos de objetos de bolso ou uma máquina
mais profissional do tipo Reflex que funciona como objeto de
mão.
Como vimos nas máquinas fotográficas analógicas, a redução
de medidas ficou presa ao tamanho do cartucho do filme 35 mm,
no Walkman, ao tamanho da fita K7 e no Discman, condicionado
inicialmente pelo padrão de DCs de 5 polegadas.
Parece que quando determinada limitação técnica ou de uso
perdura por muito tempo, a produção destes objetos se recria de
duas formas:
a) pela troca de padrões de componentes, mudando a largura de
filmes fotográficos, diâmetros de CDs ou tamanhos de fitas de
áudio,
b) ou de uma forma mais drástica, na troca de paradigmas,
como na mudança de sistemas analógicos para digitais.
.
66
3.42_ Posturas e apoios de cargas.
3.3. OBJETOS DE MÃO
Como “objetos de mão” entenderemos os objetos que são
transportados com uma certa proximidade ao usuário, seja, junto
ao corpo ou em bagageiros. Estes objetos têm como
característica funcionar em uma relação intermitente dada pela
facilidade de se unir ou se separar do usuário.
A similar expressão “bagagens de mão”, usada em aeroportos
ou terminais rodoviários, tem um significado comum no sentido
de que o objeto está na nossa mão, junto ao corpo, num
bagageiro sobre o assento ou dentro de um outro compartimento
específico do veículo. Neste caso, a palavra “bagagem” diz
respeito a uma situação de transporte relacionada à viagem que
pode ser definida como: “Conjunto de itens de uso pessoal,
arrumados em malas, sacolas etc., que uma pessoa, ao viajar,
leva consigo ou faz despachar; equipagem.” (HOUAISS, 2001)
3.3.1. O corpo como suporte
No capítulo anterior, chamado de Objetos de bolso, os
conteúdos são limitados pelo tamanho dos bolsos.
Diferentemente dos objetos de mão, que podem carregar
objetos de tamanhos, formas e pesos regidos por outras
condicionantes e noções de limites.
PONTOS DE APOIO E POSTURA – Os objetos que se carregam no
corpo são depositados em determinados pontos de apoio, que
são resultantes das posturas do corpo, em uma relação de carga
vertical versus apoios horizontais.
Se considerarmos uma pessoa na posição sentada, as pernas
(coxas) começam a funcionar como superfícies horizontais que
podem receber cargas, assim como se estiver deitada, onde
novas superfícies poderão ficar disponíveis para recebê-las (Fig.
3.42).
.
67
3.44_ Modalidades do transporte de cargas, segundo Iida (2003)
3.43_ Postura e apoios de cargas.
Estas áreas de descarga de pesos acontecem quando o corpo
gera um gesto que funciona como apoio. No caso do violão (Fig.
3.43), seja na posição sentado ou em pé, a perna dobrada
funciona como apoio, em uma cumplicidade entre a forma do
violão e a curvatura da coxa.
Para estudar a relação entre estes pontos de apoio e o peso das
cargas temos as recomendações do Transporte Manual de
Cargas, relacionadas a limites de pesos, repetições, alturas do
objeto a ser levantado, assim como as características dos
diversos usuários:
Weight lifting capabilities depend on many factors: age, set, body
build, health, one or two hands, team work, size of load, shape of load,
height lifted, distance carried, time carried, and frequency of lifting.
The left hand and arm are generally 10% weaker than the right hand
an arm. Two hands carry twice the weight as one hand. […]
(DIFFRIENT, 1981. p. 6).
Em uma classificação de transporte de cargas (Fig. 3.44) e suas
recomendações ergonômicas, Itiro Iida (2003, p.96) divide em
cargas diretamente sobre o corpo; as próximas ao corpo (ou
penduradas nos ombros); cargas sobre os ombros ou mãos; e,
finalmente, o que ele chama de cargas com uso de meios
auxiliares, com o auxílio de acessórios ou rodas.
.
68
3.45_ Centros de gravidade (esq.) Sobre o apoio (dir.) Embaixo do apoio.
Esta classificação considera os apoios de cargas nas diversas
partes do corpo na posição em pé e em movimento, as quais
servem de referência para o nosso estudo dos objetos de mão.
CARGA DEPOSITADA E PENDURADA — Estas forças aplicadas como
cargas sobre o corpo, são de dois tipos: Primeiro as que
descarregam o peso se pousando sobre uma parte do corpo e
um segundo tipo se pendurando de alguma parte do corpo. Para
a análise de “transporte de cargas” feito por I. Iida importa o
peso sobre cada parte do corpo. Agora para nosso estudo de
portabilidade além do peso é relevante se a carga é depositada
diretamente ou pendurada no corpo.
Podemos ver na imagem à esquerda (Fig. 3.45), a carga está
pousada sobre o dedo, com o centro de massa acima do ponto
de apoio, na figura seguinte o objeto está pendurada com o
centro de massa abaixo do ponto de apoio.
Nesta primeira família, o corpo funciona como suporte, que
recebe o peso dos objetos, utilizando preferencialmente pontos
que permitam depositar sem escorregar, um peso com o centro
de massa acima do ponto de apoio.
Num segundo grupo estão os objetos que se penduram nestes
apoios por meio de alças, tiracolos ou shoulder poles, tendo
como característica comum o fato de terem seus centros de
massa abaixo deste apoio.
Em ambas as situações, a carga aplicada sobre o apoio é a
mesma, com a diferença de que os objetos que se depositam
sobre o apoio obrigam que usuário lide com o equilíbrio da
carga, o que não acontece co os objetos que se penduram.
No primeiro grupo estão os objetos que se carregam à maneira
de um garçom equilibrando uma bandeja na mão, e no segundo
as cargas penduradas, como quando se carrega na mão uma
sacola de compras. (Fig. 3.61).
Por estas características dos centros de massa, os objetos
pendurados ao corpo são mais facilmente transportados por não
.
69
3.46_ Uso simultâneo de objetos de mão.
3.47_ Pontos de apoio
dos objetos de mão.
se ter que lidar com o equilíbrio das cargas, como acontece no
uso de bolsas a tiracolo ou mochilas.
No dia a dia, a cidade obriga a enfrentar diversas situações em
que a portabilidade envolve carregar objetos por gravidade, pela
preensão da mão, pelo braço, podendo ser realizadas
individualmente ou em complexas combinações de todas elas
(Fig. 3.46).
Neste trabalho entenderemos como “usuários” os cidadãos que
portam objetos relacionados ao convívio social na cidade,
diferentemente dos objetos que são portados como cargas,
executados por funcionários ou operários. Embora estes últimos
não sejam o objeto central de nosso estudo serão considerados
para entender as diversas manifestações da portabilidade.
.
70
Estando uma pessoa em pé (parada ou andando), a
portabilidade se dá na capacidade de carregar objetos, para isto
são identificados cinco pontos que o corpo frequentemente
oferece como apoio de cargas (Fig. 3.47), cada um com suas
particularidades.
Nos capítulos seguintes serão analisados estes diversos apoios
e sua relação com a portabilidade de objetos. Como nestes
tópicos nem todos os objetos são entendidos como portáveis,
usaremos a palavra “transporte”, que é mais abrangente, mas
que deverá ser entendida na sua maior parte como “porte” ou
“portabilidade”:
1- Transporte na cabeça.
2- Transporte no ombro.
3- Transporte no antebraço.
4- Transporte no quadril.
5- Transporte na mão.
3.3.1.1. Transporte na cabeça
Esta modalidade acontece no alinhamento da carga com o eixo
da estrutura, o que permite carregar maiores pesos, como fazem
as carregadoras de água, ou por meio de uma faixa de tecido
(Fig. 3.48), como uma espécie de tiracolo pendurado na cabeça.
Existem recomendações referentes a cargas e sua relação com
a coluna vertebral, o que I. Iida (1981, p. 96) chama de: “eixo
longitudinal (vertical) do corpo, donde devem-se aproximar as
cargas, assim como evitar o momento produzido pelas as cargas
assimétricas”.
Da mesma forma que no caso de levantamento de cargas, durante
o transporte manual de cargas, a coluna vertebral deve ser
mantida, o máximo possível, na vertical. Deve-se também evitar
pesos muito distantes do corpo ou cargas assimétricas, que tendem
a provocar momento, exigindo um esforço adicional da musculatura
dorsal para manter o equilíbrio. Esses pontos podem ser resumidos
nas seguintes recomendações:
MANTER A CARGA NA VERTICAL — Isso significa que o centro de
gravidade da carga deve passar, o mais próximo possível, pelo eixo
longitudinal (vertical) do corpo. Nesse aspecto, vê-se o acerto dos
povos primitivos e gente do interior, que carregam pesos
diretamente colocados sobre a cabeça [...]
Embora neste caso estejamos falando de “cargas”, esta mesma
lógica de pesos e centros de massa será utilizada nas análises
dos objetos portáveis, como entende este estudo.
.
71
3.48_ (esq.) Mulher carregando agua na África. (dir.) Sherpa do Nepal carregando suprimentos.
3.49_ Cargas no ombro (esq.) Carregando diretamente sobre o ombro. (dir.) Carregando com o shoulder pole.
3.3.1.2. Transporte no ombro
Nesta modalidade a carga dos objetos tem o ombro como
descarga direta ou dos objetos pendurados em torno ao corpo.
Trata-se de uma carga fora do eixo da coluna, portanto
assimétrico criando um “momento”. Este momento será maior,
quanto mais distante seu centro de massa estiver do eixo do
corpo.
Nas cargas que se depositam diretamente no ombro, como
quando se carrega um botijão de gás (Fig. 3.49 esq.), o peso
tende a se descarregar próximo da coluna como recomenda
anteriormente I. Ida, mas neste caso tende a se descarregar na
nuca, por ser o lugar mais próximo das vértebras da coluna
cervical.
Quando a carga não é diretamente depositada no ombro,
normalmente é pendurada neste por meio de acessórios como
alças, tiracolos ou as tradicionais varas para transporte de
cargas.
Estas varas compõem uma engenhosa distribuição de cargas,
que embora assimétricas consegue se aproximar eficientemente
ao eixo estrutural do corpo (Fig. 3.49 dir). A vara simples
também conhecida como shoulder pole ou carrying pole,
normalmente de bambu com um comprimento entre 1 a 1,5 m,
com entalhe nas pontas para receber as cordas das cestas. Este
artifício usado para carregar líquidos, ou expor mercadorias,
ainda é amplamente utilizado no Leste Asiático e no Vietnam de
nossos dias:
.
72
3.50_ Cargas equilibradas com o uso do Shoulder yoke ou Milkmaid's Yoke (esq.). Mulher com Milkmaid's Yoke do séc. XIX. (dir) Vista superior e inferior do aparelho.
Both field bunds and village roads are small, so shoulder poles are
often the only appropriate carrying device. They can be made of
different materials, but are most commonly made of bamboo, which
grows as widely as does the rice. […]. Despite changes brought on
by industrialization and modernization, shoulder poles remain the
main carriers of 80 percent of the rural population. (NGOC. 2017)
Outra versão de suporte para os ombros, que se difundiu na
Europa, Estados Unidos e na Austrália do século XIX,
desenvolveu um aparelho que equilibra dois pesos utilizando o
shoulder yoke também chamado de milkmaid's yoke (jugo de
leiteira), por ser usado normalmente para carregar leite após a
ordenha, com a particularidade de se apoiar simultaneamente
nos dois ombros (Fig. 3.50).
O shoulder yoke atende uma das mais básicas funções da
movimentação de cargas, que não só se difundiu no século XIX,
mas que provavelmente participou das origens da nossa
civilização.
The human yoke is named for its resemblance to the ox yoke. […]
Throughout most of human history, the lives of nearly all men,
women and children involved a great deal of heavy lifting and
carrying. The shoulder yoke, and its relatives long before the wheel,
were probably the first invention that did anything to make that task
easier. (POST-JOURNAL, 2017)
Este dispositivo nasce e se desenvolve principalmente no
ocidente, mas lentamente desaparece na competição com os
novos sistemas de movimentação de carga:
Full milk pails were suspended on cords or leather thongs,
sometimes even light chains, at the ends of the yokes. In 19th-
century, Sweden, and to some extent America, more so in 18th-
.
73
century America, cows were not always brought to the barn for
milking. […]
Stacks of bricks were an item often carried by yokes by men doing
construction. Wheelbarrows largely replaced the shoulder yoke on
construction sites and farms by the 20th century, all the more so
when pneumatic tires replaced steel wheels. (POST-JOURNAL.
2017)
As cargas que podem ser cestas de mercadorias, baldes de leite
ou água, suspensas em cordas ou correntes, no shoulder yoke
se resolvem em uma peça de madeira entalhada que
anatomicamente se adapta às formas dos ombros, deixando
espaço para o pescoço, portanto, a posição do aparelho segue o
alinhamento dos ombros, num conjunto completamente
equilibrado, distribuindo a carga no eixo do corpo sem criar
forças (momentos) laterais.
Diferentemente acontece com a barra de bambu (Fig. 3.49 dir),
que transporta as cestas uma na frente da outra, o shoulder
yoke com um comprimento menor (entre 0.90 e 1.10 m), carrega
as cestas nas laterais do corpo, ultrapassando só um pouco a
largura dos ombros, o suficiente para controlar o balanço dos
baldes com as mãos.
A barra de bambu, ou shoulder pole, permite ao caminhar, uma
certa flexão que funciona como amortecimento da carga. Este
dispositivo permite mudar a posição de apoio no ombro, para
ajustar o equilíbrio das cargas, podendo assim carregar um
cesto cheio e outro com metade do peso. O que não seria
possível com o shoulder yoke, por ser mais encaixado nos
ombros e pescoço.
Pesquisas sobre o consumo de energia mostram a eficiência
das cargas melhor distribuídas em contraposição às que
produzem desequilíbrios e momentos no transporte.
Estudos de esforços, realizados por usuários de uma bolsa
escolar, mostram que os objetos carregados nos ombros na
forma de tiracolos ou mochilas, são mais eficientes que os
objetos carregados na mão. A pesquisa mostra as diferenças do
consumo de energia (medido em consumo de oxigênio)
(Fig.3.51), em diferentes situações:
.
74
3.51_ Posição da carga e sua relação com a economia de energia.
3.52_ Variantes dos objetos pendurados no ombro.
Um bom exemplo está [...], na qual são apresentados os resultados
da pesquisa de Malhotra e Sengupta (1965). Os autores mostram
que os estudantes que carregam a pasta escolar em uma das mãos
tinham um gasto de energia superior a duas vezes do que quando
carregavam a pasta nas costas. Este aumento do consumo de
energia deve ser atribuído ao trabalho estático nos braços, ombros
e troncos. (KROEMER, 2005, p.19)
Grande parte dos objetos de mão é pendurada nos ombros,
como bolsas com alças, a tiracolo, mochilas, ou os mais leves
no pescoço (Fig. 3.52).
O uso do tiracolo, cruzado no ombro oposto ao peso, é mais
recomendado que no mesmo ombro, por equilibrar melhor o
peso na coluna, assim como, de certa forma, se prende ao
corpo, sem precisar andar com o ombro levantado para não
escorregar. A vantagem de usar no mesmo lado do ombro está
na facilidade de se pôr e retirar do corpo, para ter acesso a seu
conteúdo.
Dentro da mesma família, a mochila tem também a maior
diversidade de posições de se carregar objetos em torno do
corpo (na frente, na lateral ou nas costas) se pendurando nos
ombros ou na mão, utilizando suas três alças, seja uma ou duas
laterais ou pela sua alça central superior (Fig. 3.53).
.
75
3.55_ Portabilidade no antebraço.
3.53_ Mochila e posições de transporte.
3.54_ Objeto de mão carregado em diferentes apoios.
De forma similar, as bolsas de alças longas, com altura
suficiente para pôr embaixo do braço, mostra que em um único
objeto, é possível usar os três apoios, com a mesma alça: a
tiracolo, pendurada no antebraço ou segurada pela mão (Fig.
3.54).
3.3.1.3. Transporte no antebraço
Esta modalidade permite a rápida transição entre carregar na
mão e no antebraço e, principalmente liberar as mãos para
outros afazeres.
O apoio no antebraço não faz parte da postura natural do corpo,
ele se constrói no gesto da flexão do braço, desta forma
configura um apoio horizontal para receber a mão de um
parceiro, objetos e alças acolhidas pelo próprio braço ou na
concavidade da articulação.
.
76
3.58_ (esq.) O quadril como descanso do próprio corpo. (dir) Tabela de porcentagem dos pesos de partes do corpo.
3.57_ O quadril como apoio de
carga e a inclinação do corpo
como compensação de massa.
3.56_ O antebraço como gesto e apoio.
Esta configuração de um apoio na flexão de uma articulação do
braço é similar à construção de um apoio ao articular as
falanges dos dedos para carregar objetos (Fig. 3.61 centro).
3.3.1.4. Transporte no quadril
Para apoiar o peso nesta região, o corpo se projeta lateralmente
inclinando-se em sentido contrário da carga, como uma forma de
compensação de massa ao mesmo tempo que expõe o quadril
como suporte (Fig. 3.57).
Este apoio também funciona para membros do próprio corpo,
como no descanso dos braços sobre o quadril. Os braços
pendurados nos ombros descarregam seu peso nas vértebras
torácicas e lombares, quando as mãos se apoiam nos quadris se
.
77
3.59_ O corpo que prende o objeto, e o objeto que se prende ao corpo
transfere esta carga para a parte inferior do corpo, funcionando
como um descanso de parte do corpo sobre o próprio corpo.
A transferência de peso, que segundo a tabela de Diffrient
(1974, p. 8) mostra a porcentagem média do peso dos homens e
mulheres, dos dois membros, (considerando os braços,
antebraços e mãos) (Fig. 3.58). Somando estes valores para
ambos os sexos teremos como média o peso de ambos braços,
oscilando entre 11,7 e 10,1% do peso total do corpo. Para fazer
uma estimativa, escolheremos o valor de 10%, considerando
que o atleta da figura tenha 80 kg, então teremos que o peso
total de ambos os braços será em torno de 8 kg, ou seja um
significativo alívio de peso na coluna e músculos envolvidos.
3.3.1.5. Transporte na mão
Esta modalidade de transporte, dispõe de uma ampla
versatilidade de funções que incluem pegar, levantar, empurrar
ou puxar.
A união de um objeto ao corpo pode ser realizada por pressão,
agarrando-o diretamente com a mão ou, ao contrário, sendo o
objeto que se prende ao corpo, como fazem as vestimentas e os
relógios de pulso. (Fig. 3.59).
Esse capítulo se ocupará desta primeira modalidade, dos
recursos da mão, sua versatilidade e funções.
A versatilidade da mão para prender objetos se dá pela
diversidade de movimentos que possibilitam as articulações,
músculos e pelo dedo polegar, na sua condição de dedo
opositor. Permite manipular tanto cargas pesadas, ou junto ao
dedo índice, como executar funções de extrema delicadeza e
precisão.
Perhaps the most important movement of the human hand is
opposition. The movement of the thumb underlies all the skilled
procedures of which the hand is capable. [....] Without the thumb,
the hand is put back 60 million years in evolutionary terms to a
stage when the thumb had no independent movement and was just
another digit. [....]
Through natural selection, it promoted the adoption of the upright
posture and bipedal walking, tool-using and toolmaking that, in turn,
led to enlargement of the brain through a positive feed-back
.
78
3.60_ Classificação dos diversos tipos de pegas, segundo Diffrient (1974)
mechanism. In this sense, it was probably the single most crucial
adaptation in our evolutionary history. (NAPIER, 1993, p. 55)
A classificação de Napier (1993, p. 62-63) sintetiza e classifica
as diversas modalidades de pegas em dois grandes grupos:
a) Um principal com duas categorias: a Preensão de Precisão e
a Preensão Palmar, e um grupo secundário que inclui a
Preensão em Arco e Preensão em Tesoura, que incluem as
nomeações de atividades como a preensão lateral, de lápis,
palmar cilíndrica e esférica.
There are two classes of movement of which the hand is capable:
prehensile and nonprehensile. Prehensile movements are those in
which an object, fixed or free, is held by a gripping or pinching
action between the digits and the palm. Nonprehensile movements
of the whole hand include pushing, lifting, tapping, and punching
movements of the fingers, such as typewriting or working the stops
of a musical instrument. Considering the enormous variety of
activities that the hand is called upon to perform, it might be
supposed that prehensile movements would be too numerous for
simple analysis. However, the diversity of movements is more
apparent than real [....]
In fact, there are only two main patterns and two subsidiary
prehensile patterns. The main ones are the precision grip and the
power grip. The subsidiary patterns arc the hook grip and the
scissor grip.
Nesta classificação temos, primeiramente, a Preensão de
Precisão ou Em Pinça (Precision Grip). Esta modalidade atende
a diversas manipulações, mas não é utilizada para transporte de
objetos.
A variante de Preensão Lateral (Fig. 3.60) é usada quando
transportamos objetos leves como bolsas de mão ou pastas de
documentos, pendentes na extremidade da mão. No grupo
seguinte, o da Preensão de Força ou Palmar usa-se em
atividades ou trabalhos, principalmente em situações de
transporte, quando pegamos diretamente os objetos que cabem
na mão.
.
79
3.61_ O objeto pousado, e
dependurado no apoio.
(dir)_Detalhe da mão da
escultura de Davi de
Michelangelo
PRECISION GRIP is executed between the terminal digital pad of
the opposed thumb and the pads of the fingertips. Large objects
held in this way involve all the digits, but smaller objects require only
the thumb, the index, and the middle digits. The precision grip is
employed when delicacy of handling and accuracy of
instrumentation are essential and power is a secondary
consideration.
POWER GRIP is executed between the surface of the fingers and
the palm with the thumb acting as a buttressing and reinforcing
agent. Under some conditions the thumb supplies directional
control. Thus, there is a certain element of precision even in the
power grip, just as there is an element of power in the precision
grip. With heavy tools, such as coal-hammers that need little
precision in their use, the thumb reverts to its crude reinforcing
function, wrapping over the backs of the digits forming a fist. In
making a fist, power is the only consideration and accuracy does
not come into it.
b) Na segunda grande classificação estão a Preensão em Arco
(ou em Gancho) (Hook Grip) e a Preensão em Tesoura (Scissor
Grip), esta última usada para manipulação de pequenos objetos
em atividades específicas como segurar cigarros entre os dedos,
portanto se trata de uma modalidade pouco usada em situações
de transporte.
HOOK GRIP is a subsidiary grip that is a function of the flexors of
the fingers; the knuckle-joints are straight and the two terminal joints
acutely bent. The hook grip is used when carrying a heavy suitcase,
when opening a sash window from the top, or when grasping
specialized tools such as pliers or wire-cutters. Although the hook
grip is a prehensile posture, it is not a very important one in the
general functioning of the hand.
SCISSOR GRIP is a subsidiary grip pattern in which an object is
grasped between the sides of the terminal phalanges of the
adjacent index and middle fingers. People may grip cigarettes in this
fashion and occasionally they use it casually to pick up small, flat
objects when they cannot bring the thumb into action.
Deixamos para o final a Preensão em Gancho (Hook Grip) que é
usada em boa parte do transporte de objetos pendurados nas
mãos, como no transporte de malas ou sacolas de compras.
Em nossa classificação de pontos de apoio, que analisa a carga
por gravidade, o peso é depositando diretamente sobre a mão,
como faz o garçom com a bandeja, tem uma segunda variante
que pendura carga [em uma alça] onde as posições dos dedos
se oferecem como apoio. (Fig. 3.61, dir).
.
80
3.62_ Preensão na mão e no antebraço.
Nesta modalidade as falanges dos dedos se dobram, criando
uma de base de apoio de objetos (Fig. 3.61 centro), num gesto
levemente flexionados, quase na posição natural de descanso
da mão (Fig. 3.61 dir).
Preensão e alças
PREENSÃO DIRETA DO OBJETO — Em primeiro lugar estão os
objetos que se conseguem abraçar diretamente com a mão, a
chamada pressão palmar, (com ou sem o dedo polegar como
opositor), como quando carregamos uma bola de tênis ou uma
fruta que caiba na mão, operação na qual usamos as três
coordenadas do objeto (largura, espessura e altura). Em
segundo lugar temos os objetos que se seguram usando duas
de suas coordenadas como na preensão de um guarda-chuva
(largura e espessura) (Fig. 3.62).
Finalmente temos a preensão em uma de suas coordenadas,
normalmente em objetos do tipo placa, como quando
carregamos um rádio de pilha, ou uma pasta plástica
comprimindo sua espessura, ou seja, quando carregamos
apertando-a entre os dedos e a palma da mão (sem usar o
polegar como opositor) ou pendurada entre a lateral do dedo
índicador e o polegar, utilizando o dedo opositor na chamada
pressão lateral.
Nestes mesmos objetos, com características de placas,
podemos ver que uma segunda coordenada pode ser
condicionada na portabilidade, como nos objetos sem alças que
são carregados embaixo do braço, sua portabilidade está
limitada pela relação entre a medida do objeto e o comprimento
do braço (Fig. 3.63).
.
81
3.64_ Resgate de soldado sendo puxado pela alça do colete. Afeganistão, 2012.
3.63_ Prendendo placas até o limite do braço. (esq. e centro.) Carregando diversos formatos de pastas. (dir.) quando ultrapassa a medida do braço, a mão procura por uma interface.
Os objetos que excedem o comprimento do braço, como placas
de vidro ou grandes quadros, que escapam do uso cotidiano,
neste estudo não serão como objetos de mão, nem como objeto
portável, senão como “cargas”.
A ALÇA COMO ELEMENTO DE INTERFACE — A alça funciona como
um elemento intermediário entre a mão e o objeto, na forma de
pega, alça, empunhadura, tiracolo, e outras configurações mais
sutis que o objeto oferece para permitir ser carregado na mão. A
alça é a interface entre a mão e um objeto, que também pode
ser com outro ser vivo, como a alça do cão guia ou até com
outra pessoa. (Fig. 3.64).
Os elementos que funcionam como interface entre a mão e a
forma de outro objeto qualquer, podem ser denominados
segundo Houaiss (2001) de:
Alça: “1.3. Asa ou aselha que, presa a um objeto,
permite erguê-lo ou transportá-lo com mais facilidade.”
A palavra “alça” tem a mesma origem do verbo “alçar”, no
sentido de levantar, que o mesmo dicionário define como:
Alçar: “1. Tornar(-se) mais alto; altear(-se), erguer(-se),
levantar(-se)”
.
82
3.65_ Puxador es de carga e puxadores retráteis.
Tiracolo: “1. Correia atravessada de um lado do
pescoço para o lado oposto do corpo e passando por
baixo do braço.”
Empunhadura: “2. Lugar por onde se empunha, por
onde se pega (arma, remo etc.); punho.”
Cabo: “1. Parte ou extremidade por onde se prende,
segura ou maneja algo; conto.
2. (1944) Derivação: por extensão de sentido.
Instrumento, peça ou parte de um objeto a ele
acrescentada para esse mesmo fim.”
Segundo o Léxico (2016).
Pega: “1. Parte por onde se segura um objeto: a pega
da mala; a pega do tacho.”
Nestas definições, as palavras “alça” e “tiracolo” têm relação
com objetos que se penduram, na mão ou no ombro. Assim
como o significado das palavras “empunhadura”, (que tem sua
origem em “punho”), “cabo” e “pega”, todos relacionadas ao
lugar ou elemento onde a mão segura um objeto.
Cargas com rodízios
Deixamos como uma menção final do capítulo, os objetos com
rodízios, porque não se inserem completamente nesta pesquisa
que entende o corpo como suporte de cargas.
Transportados com o auxílio de rodízios ou rodas, estes são
objetos de mão, mas fazem parte de outra classificação, na
medida em que são objetos que descarregam seu peso
diretamente no chão, conduzidos, puxados ou empurrados por
uma alça retrátil e num segundo momento pelas demais alças
para manobras de trasbordo.
Quando os objetos deixam de ser carregados pelo corpo,
também deixam de ser configurados em placas. É por isto que
as malas com alças retráteis e rodízios que descarregam seu
peso diretamente ao chão, tendem a se configurar em blocos.
.
83
3.66_ (esq). Soldado britânico abastecendo combustível com latas de 18 L. (dir) Vista superior das latas com tampas de rosca e alça de vergalhão.
3.3.2. Estudo de caso: Wehrmacht Kanister
Neste capítulo teremos como estudo de caso a análise deste
vasilhame na sua condição de objeto de mão, a fim de identificar
as condicionantes que resultam na sua eficiente configuração,
adaptada pelos principais exércitos envolvidos na Segunda
Guerra Mundial.
O Wehrmacht Kanister funciona como recipiente de transporte
de combustível e água, projetado e produzido no fim da década
de 1930, inicialmente utilizado pelo exército alemão, sendo logo
adotado por outros exércitos do mundo.
O nome Wehrmacht Kanister [3.5] em português pode ser
traduzido como “vasilhame das forças armadas”, mas nos
países aliados foram conhecidos como Jerrycans ou Jerry Cans,
originários de uma denominação sarcástica para se referir aos
alemães como “Jerrys” mais a palavra “can” (lata ou vasilhame),
Uma versão sobre origem do nome diz vir de uma gíria inglesa
que apelidava os alemães de “Gerris”, assim passaram a ser
chamadas de “latas Gerry”, depois para Jerrycans ou Jerry Can.
Uma segunda versão atribui sua origem, pelas mesmas razões,
aos soldados americanos. De qualquer forma o nome de
Jerrycan passa a ser conhecido mundialmente, até por ser mais
fácil de pronunciar, que seu original em alemão.
Tanto os britânicos como os americanos fazem o transporte de
combustível em frágeis latas de 4 galões imperiais ou 18 L (1
galão imperial= 4,54 L), construídas em finas chapas soldadas,
uma no entorno como uma cinta soldada nos seus extremos, e
duas chapas quadradas, uma na base e outra como fechamento
superior, similar à atual lata de tinta de 1 galão (18 L que
encontramos no mercado brasileiro)
Estas latas possuem tampas com rosca que devem ser abertas
e fechadas, com uma chave inglesa, tendo como complemento
um funil para receber o fluido. Em resumo, além da lata o
.
84
conjunto é composto de três elementos independentes,
passíveis de extravios: a tampa, a chave inglesa e o funil.
Os problemas de vazamento são produzidos por perfurações,
mau fechamento da tampa e principalmente nas soldas, tudo
isto agravado pelo transporte em terrenos acidentados, cargas
de empilhamento e aumento de pressão interna produzida pelas
altas temperaturas. Um levantamento feito em 1942 mostra que
devido a estes problemas de vedação, tanto o exército britânico
como o americano perderam entre 30% a 40% do combustível
enviado para Europa e Norte da África.
Estes recorrentes vazamentos de combustível, normalmente,
provocam incêndios em locais de armazenamento e em veículos
de transporte. Esta fragilidade faz com que qualquer avaria as
inutilize, assim normalmente são utilizadas para uma única
viagem e depois descartadas no seu destino final. Por estes
problemas passaram a ser apelidadas de “flimsies” (frágeis).
A Wehrmacht se antecipa na produção de vasilhames bem
projetados para transporte de líquidos. Esta diferença de
qualidade faz com que toda vez que os ingleses capturam um
destacamento alemão, se crie uma disputa para trocar suas
latas pelos Kanister alemães. Por isto o exército inglês passa a
investigar por que seus soldados só usam as latas capturadas e,
ao verificar os motivos, decidem iniciar a fabricação destes
contentores, copiando o design alemão, só com pequenas
modificações.
Inicialmente o exército americano resiste usá-los em seus
destacamentos, mas logo, em vista da sua evidente eficiência,
adere maciçamente aos agora Jerrycans, fabricadas em grandes
quantidades pelos britânicos. Até o fim da guerra os americanos
tinham encomendado mais de 19 milhões de latas.
Fazendo um histórico dos vasilhames alemães, podemos
considerar que se inicia com um modelo similar às latas de
secção quadrada de 20 L, construídas com chapas um pouco
mais resistentes que as suas similares britânicas, mas com as
mesmas deficiências de projeto, com similar processo
construtivo padrão para este tipo de latas que são produzidas
em diferentes tamanhos e para vários tipos de líquidos. (Fig.
3.67)
.
85
3.68_ Vasilhame triangular com capacidades para 10 e 15 L (esq.) Lata de 10 L (dir.) Vasilhame triangular junto ao Kanister de 20 L.
3.67_ Primeiros modelos de vasilhames da Wehrmacht (esq.) Lata de secção quadrada de 20 L. (dir.) Latas de óleo de 2 L.
Em uma tentativa de renovar o design, surge o modelo
triangular, de 10 L e 15 L produzido a partir de 1936 (Fig. 3.68),
que embora resistente e com boa estabilidade, não permite
empilhamento e, portanto, com mau aproveitamento do espaço
quando se armazena ou transporta, soma-se a isto o
desconfortável manuseio de suas alças de vergalhão, assim
como a sua excessiva largura que normalmente bate nas pernas
dos usuários:
Eles tentaram resolver o problema com uma lata triangular, que
tinha um pescoço no topo e uma alça única logo atrás. Ela ficava
equilibrada ao ser levada com uma só mão, porém eles só
transferiram a inconveniência de lugar: a base larga fazia a lata
esbarrar nas pernas do soldado. (CONTESINI, 2016)
Dois dos vasilhames que tiveram clara influência do Wehrmacht
Kanister são os de combustível usados pela marinha (Fig. 3.69)
com tampa no chanfro superior e três alças para permitir ser
transportado por duas pessoas. Também está o pequeno
vasilhame (10 x 24 x 9.5 cm) para óleo de cozinha com o
mesmo detalhe do chanfro com sua tampa.
.
86
3.70_ Vasilhames precursores do Kanister, construídos com laterais retas,
3.69_ (esq.) Kanister da marinha, com três alças. (dir) Vasilhames de óleo de cozinha (10 x 24 x 9.5(h) cm)
Embora não existam dados da época de sua fabricação,
seguramente este modelo de faces retas (Fig. 3.70), é um
antecessor direto do Kanister, tem a tampa posicionada na face
chanfrada, as nervuras de reforço em forma de “X”, a dupla alça
para permitir o transporte por duplas de soldados e,
principalmente, a sua configuração num volume estreito à
maneira de placa.
O Kanister é a resposta a um encargo de projeto, inserido na
nova logística de distribuição de combustível para o exército
alemão, visando maior mobilidade e eficiência de distribuição.
From 1933 the German Army began its rearmament program with
the creation of armoured and motorized divisions. The new doctrine
employed in these units, christened Blitzkrieg, imposed a
revolutionary means of re-fuelling on the era. It involved bringing the
petrol to wherever the engine was stationed. Today, this concept
seems obvious, but at the time it was very modern, as yet unknown
to other armies and raised the following issue for Wehrmacht
strategists: how can one successfully provide a rational fuel supply
in the field, except with suitable material for fuel handling and
storage? (LEGER, 2014, p.6)
A cadeia de distribuição é primeiramente feita pela rede de
estradas de ferro, em vagões-cisternas que distribuem o
combustível em latas cilíndricas de 200 L (Fig. 3.71), depois
descarregadas para caminhões cobertos e anônimos, em alguns
.
87
3.71_ esq._ Tambor de combustível de 200 L e bomba manual de abastecimento de Kanisters
casos eram postas sobre rodas e puxadas por veículos militares
ou eram logo transferidas para os Kanisters de 20 L.
O investimento maciço no Kanister vem da necessidade de
desenvolver um vasilhame que permita a “portabilidade” do
combustível, isto é, que possa ser transportado por uma pessoa.
Entregar o combustível era simples: navios e caminhões davam
conta do recado. O problema era a distribuição: você não poderia
enfiar um barril de 200 litros em um tanque, [...]. Além disso
concentrar o combustível em um único veículo de transporte não
era algo inteligente a se fazer — era muito mais sensato e seguro
que cada veículo transportasse sua própria reserva. Para isso era
preciso desenvolver um reservatório menor, mais leve e mais
prático. Algo que pudesse ser transportado por um homem sozinho.
(CONTESINI, 2016)
Para atender estas necessidades abre-se uma concorrência
entre fornecedores de latas de combustíveis para desenvolver
um novo projeto de vasilhame. A proposta escolhida foi
apresentada pela Müller (Schwelmer Eisenwerk Müller & Co) e
desenvolvida por Vinzenz Grünvogel, engenheiro-chefe da
empresa.
Este novo design consiste em duas tampas laterais estampadas,
com revestimento interno composto de uma película plástica,
aplicada a quente para resistir à corrosão, e prensada entre as
duas partes para maior segurança contra vazamentos.
Este conjunto bipartido é unido por uma solda em toda sua volta,
recuada em uma reentrância que evita avarias por golpes. Se
comparado com o desenho da lata de secção quadrada, esta
consegue maior segurança por ter um comprimento de solda
menor e distante das arestas que recebem a maior quantidade
de impactos.
Em uma primeira etapa de produção entre 1937 a 1941 as faces
laterais têm nervuras de expansão, originalmente em cruz, e
posteriormente entre 1939 até 1945, estampadas com o
retângulo central, produzidos por vários fabricantes, com uma
.
88
3.72_ Os dois tipos de nervuras laterais do Wehrmacht Kanister
produção de ambos os modelos que coexistiram entre 1939 e
1941 (Fig. 3.72). A função destas nervuras é permitir a
deformação das laterais do vasilhame para que se adaptem às
altas temperaturas que as estufam quando usadas no deserto
do Norte da África, ou as contraem nas baixas temperaturas da
União Soviética.
O Kanister possui no mínimo 5 modelos, tendo como os mais
representativos os modelos Tipo 1 com estampo em “X”, e o
Tipo 3 com estampo com o retângulo no centro, e outros
modelos que incluem os vasilhames para 10 L e 20 L de água.
Type 1. The first type with the straight X was in production from
1936 to 1940. The markings on the side are: “Kraftstoff 20 L”,
“Feuergefährlich“, year of manufacture, the maker’s logo and/or the
factory code. This type was used until the end of the war.
Type 2. Is the very rare 10 L Wehrmachtskanister which is made
from one side of the normal 2 sided (Type 1) 20 L. can. The text on
this type is: “Kraftstoff 10 L”,“Feuergefährlich“, year of manufacture,
the maker’s logo and/or the factory code and production
number. This can have the same outside height and width as the 20
L. but is only half as thick!
Type 3. Third type is the one with the square in the middle of the
cross. It was in production from 1937 to 1945. The text on this type
is “Kraftstoff 20 L”, “Feuergefährlich“, year of manufacture, the
maker’s logo and/or the factory code, production number and
“Wehrmacht“. The text “Kraftstoff 20 L”, “Feuergefährlich“,
“Wehrmacht“ and year is also embossed into the front of the
handles just behind the spout.
Type 4 has no text on the side of the can but is embossed with the
text: “Kraftstoff 20 L”, “Feuergefährlich“, “Wehrmacht“ and year on
the front of the handles like type 3.
Type 5 is the civilian version. Text: “Kraftstoff 20 L”,
“Feuergefährlich“, year of manufacture, the maker’s logo and/or the
factory code and production number. These cans were all produced
for civilian use. Production continued after the wars’ end.
(MOURITZSEN, 2016)
Com diferente identificação, as latas contendo água são
pintadas com a letra “W” ou com a palavra “Wasser” (água),
marcadas com uma cruz branca nas laterais.
.
89
3.73_ (esq) Identificação visual e táctil das latas de água de 20 L.
A informação sobre os conteúdos das latas também prevê
identificações táteis, por meio de informações estampadas em
baixo-relevo para serem usadas em situações de baixa
iluminação (Fig. 3.73 esq). Este sistema de identificação
funciona tanto para as latas de Gasolina, Diesel e Água.
The Germans needed a quick way of identifying the content of the
drums and cans. An obvious method would be to paint them in
different colours but this was impractical if you were in the dark of
the night. The solution was simple. Drums and cans were marked
with a small sheet metal sign mounted on the front of the handles,
just behind the sprout. The sign for Benzin were an embossed
unbroken circle or if it was Diesel a dotted circle. Octane or Cetaine
numbers were inside the circle. A small “B” or “D” told if it was
Benzin or Diesel (if you had forgot the meaning of the circle). This
sign was easy to find even in darkness and with your fingers you
could also easily feel if it was an embossed Diesel or a full Benzin
circle. Diesel signs were black (FS 17038), Benzin were red (FS
11302) or green (FS 14066) depending on the octane number. If
there were no sign it was the water can you got your hands on.
(MOURITZSEN, 2016).
Estas latas são de uso exclusivo para água ou combustível, não
para ambos. Quando para água é usada tanto para o consumo
dos soldados, como para os sistemas de refrigeração de
motores.
In early 1941, the Wasser Kanister quickly became indispensable to
Rommel’s troops after the opening of the front in North Africa. This
was the desert region where the Afrika Korps made this white
crossed container one of the symbols of the campaign. This time, it
supplied more than just water to the mechanics, it also quenched
the thirst of the Landser in the face of this arid landscape.
Remember that men need to drink five liters of water a day in a
desert environment. The colour of the can was adapted to the
environment with the black gray consignment soon abandoned in
order to use the yellow sand colour to advantage. (LEGER, 2014,
p.99)
.
90
3.75_ Mesmo sistema de
tampa para vasilhames de
20 L e 10 L.
3.74_ Vista interna e sistema de antirefluxo
O modelo original comporta um tubo metálico que funciona
como respiradouro na hora de despejar o líquido, evitando o
refluxo de ar (Fig. 3.74).
O Kanister quando cheio, sempre reserva na sua parte superior,
logo atrás das alças, uma câmera de ar, que absorve a
compressão ou descompressão produzidas pelas diferenças de
temperatura, assim como para permitir que o vasilhame flutue,
quando lançado dos aviões no mar ou lagoas.
A dimensão da boca do vasilhame possibilita que sejam
abastecidos diretamente dos tambores de 200 L, sem auxílio de
funil, agora para os tanques de combustíveis é preciso o uso do
bico de abastecimento (Fig. 3.76)
O conjunto da boca e tampa é composto por uma trava em
came, que dispensa ferramenta, formando um conjunto unido ao
corpo, que impede extravios (Fig. 3.75). O sistema de
funcionamento da tampa também inclui um pino de segurança,
que garante o fechamento correto evitando aberturas acidentais.
O bico para abastecimento é composto por três peças: uma
trava usando a mesma peça de came da tampa, uma borracha
flexível que funciona como prolongador, que se fixa por uma
abraçadeira a uma segunda peça metálica na extremidade do
conjunto (Fig. 3.76).
.
91
3.77_ Alternativa de do bico adaptado à parte superior do vasilhame.
3.76_ Sistema de encaixe do bico de abastecimento.
Neste empenho de organizar um conjunto que dispense peças
avulsas ou ferramentas complementares, num projeto posterior
à Segunda Guerra, desenvolve-se uma adaptação do bico de
abastecimento para ficar encaixado entre as alças do vasilhame
(Fig. 3.77 dir.), num sistema que desliza momentaneamente a
peça para frente quando se usam as alças.
Em prol da portabilidade, uma das soluções mais interessantes
do Kanister consiste no design das três alças, que permite uma
diversidade de manuseios, incluindo desde o carregar só uma
lata, uma em cada mão, ou por duas pessoas para dividir o peso
(Fig. 3.78). Assim como recomenda I. Iida (2003 p. 96): “Sempre
que possível, deve ser mantida uma simetria de cargas [...]. No
caso de cargas muito grandes, compridas ou desajeitadas
devem ser usados dois carregadores para facilitar essa
simetria.”
Este desenho das alças também é eficiente na chamada
“brigada de balde” (bucket brigade), originalmente usada com
baldes de água no combate a incêndios, daí o nome. Este
procedimento consiste na movimentação de suprimentos
.
92
3.78_ Alças para carregamento por uma ou duas pessoas.
3.79_ (esq.) Carregamento de duas latas vazias numa mão (dir) carregamento de duas latas vazias por mão (mais duas embaixo o braço)
3.80_ Medidas e chanfros laterais do Kanister.
utilizando uma corrente humana, que passa objetos de mão em
mão, assim com suas três alças os Jerrycans conseguem se
movimentar rapidamente, ao oferecer sempre uma alça livre
para a próxima pessoa da linha.
O desenho de três alças também permite prender as alças
laterais e transportar duas latas vazias em cada mão (Fig. 3.79
esq.). Considerando que cada lata pesa 4 kg, pode-se carregar
quatro latas ou mais como mostra a Fig. 3.79 dir.
Para facilitar a portabilidade, o vasilhame dispõe de chanfros
nas faces laterais, na sua parte anterior e posterior (Fig 3.80),
que têm como função evitar que o usuário bata as pernas nos
cantos.
.
93
3.81_ Empilhamento do vasilhame na vertical e deitada
Se por um lado, sua configuração em placa com pouca largura
facilita a portabilidade, por outro dificulta sua estabilidade no
empilhamento com os vasilhames em pé, sendo necessária a
utilização de lâminas ou papelões para estabilizar o conjunto, ou
optar pelo seu empilhamento na horizontal (Fig. 3.81)
O fato é que o critério para o transporte de “cargas manuais” a
NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health), a
partir de 1991, regulamenta como sendo de 23 kg. Coincidindo
com o peso definido já em 1937 para o Kanister, que é projetado
para quando cheio d’água pesar 24 kg, considerando o líquido
mais o vasilhame.
Estas recomendações também determinam que deverá ser de
40 cm a altura mínima para o levantamento de carga. Neste
quesito, o Kanister também se enquadra, por ter 43 cm na parte
inferior da alça.
A partir de 1991 a NIOSH recomenda o arredondamento das
alças para o transporte de carga, o Kanister já tinha optado por
alças estampadas e arredondadas a partir de 1937. Devemos
lembrar que as alças das latas inglesas e mesmo das alemãs
fabricadas anteriormente, eram feitas com uma chapa plana com
bordas dobradas ou vergalhão com diâmetro não maior que 6
mm.
A adoção dos vasilhames pelas tropas aliadas, constituem num
fator determinante no desenrolar da guerra:
While conducting military operations in North Africa the Allied forces
felt the urgent need for good quality jerrycans. Then a days, fuel
was not only slopping out, but also leaking and overheating while
being stored because of low-quality containers (usual rectangular
20-liter wire-handled tin cans for kerosene storage) as well as the
pouring process which was technologically unfeasible. An
inspection in the rear of Montgomery’s army revealed 40% of fuel
losses were due to imperfect containers. Not incidentally, British
Brigadier General and historian Desmond Young wrote, “No one
who did not serve in the desert can realize to what extent the
difference between complete and partial success rested on the
simplest item of our equipment – and the worst”.
In late 1942, the British began actively producing jerrycans. By early
1943, 2 million British cans were delivered to North Korea, and as
.
94
much as 21 million of them were produced by the end of World War
II. Thus, it was Britain that kept the Allied army fully supplied with
the containers for fuel and other essential liquids. (CHEMERIS,
2016).
Após a guerra, o Jerycan continua sua produção, agora na sua
versão em plástico soprado, sendo utilizado amplamente em
programas de saúde e abastecimento de água em países
africanos:
By the 70s, the plastic Jerry hit the market. Steel Jerry cans weigh
10 pounds empty; a plastic Jerry can weigh 3.5 pounds, and is
much cheaper to manufacture. While the military uses metal cans,
people all over the world now buy fuel or water for domestic use in
plastic Jerry cans.
Since plastic cans ship easily and inexpensively, you can find fuel
for sale in bright yellow or blue Jerry cans in just about any
developing country. And when the gas is gone, families
resourcefully keep the can — and after a good wash, it becomes a
primary water container.
Before plastic Jerry cans, many communities we work in used
heavy clay pots or metal containers to haul their water. Their switch
to Jerry cans in the last few decades makes sense: a recycled
plastic can lightens up the three-hour walk many take each day to
collect water. (CHARITYWATER, 2017)
3.3.3. Das condicionantes de configurações
Este capítulo analisa as condicionantes morfológicas que
determinam as configurações dos objetos de mão.
Se no capítulo anterior, as morfologias dos objetos são
determinadas pelas condicionantes impostas pelos bolsos, neste
são dadas principalmente, pelo fato dos objetos de mão se
carregarem no entorno do corpo, que os submete a lidar com: as
configurações nas suas instâncias de uso; as características dos
centros de gravidade; a medida resultante do conjunto objeto-
usuário; e, finalmente a relação da pessoa interagindo com o
conteúdo dos contentores. Situações que podemos sintetizar em
três tópicos.
- Centro de massa,
- Silhueta de deslocamento,
- Interação com conteúdo.
3.3.3.1. Centro de massa
Como os objetos tendem a aproximar seu centro de massa ao
eixo do corpo, estes são condicionados a se configurarem em
volumes achatados em forma de placas.
.
95
3.82_ Pesos assimétricos e posturas compensatórias.
A capacidade de carregar peso está condicionada por dois
fatores: Pelas características do manuseio da carga e pelas
características físicas dos usuários.
Weight lifting capabilities depend on many factors: age, sex, body
build, health, one or two hands, team work, size of load, shape of
load, height lifted, distance carried, time carried, and frequency of
lifting. The left hand and arm are generally 10% weaker than the
right hand an arm. Two hands carry twice the weight as one hand.
Team work is not proportional to the numbers: 2 are 95% efficient, 3
are 85% efficient, and 8 are 50% efficient. (DIFFRIENT, 1981, p. 6)
Nas recomendações de Iida (1981, p. 96) relativas a posicionar
as cargas o mais próximo do: “eixo longitudinal (vertical) do
corpo” [...], assim como evitar o momento produzido pelas as
cargas assimétricas”, ele recomenda:
MANTER A CARGA PRÓXIMA DO CORPO — Para o transporte de
carga com os dois braços, deve-se mantê-la o mais próximo
possível perto do corpo, na altura da cintura, conservando-se os
braços estendidos. [...]
USAR CARGAS SIMÉTRICAS — Sempre que possível, deve ser
mantida uma simetria de cargas, com os dois braços carregando
aproximadamente o mesmo peso. No caso de cargas muito
grandes, compridas ou desajeitadas devem ser usados dois
carregadores para facilitar essa simetria. (IIDA. 2003, p.96-97)
Nesta manipulação das cargas deve-se considerar o corpo como
compensador de cargas, como Itiro Iida (2003, p. 67) comenta:
“Com o corpo ligeiramente inclinado para trás, de modo que o
centro de gravidade da carga se aproxime da linha vertical do
corpo, reduzindo-se assim o momento.”
Compensações de massa se tornam mais visíveis quanto maior
o peso das cargas. Podemos ver isto na compensação do tórax
nas mulheres grávidas, mostrada por Diffrient (1974, p.6)
(fig.3.82), ou quando se carrega um balde d’água com centro de
massa distante do eixo do corpo, automaticamente o braço
oposto passa a funcionar como massa compensadora.
.
96
As recomendações da NIOSH têm como base os principais
estudos na área de ergonomia. Esta instituição, em 1981,
considerava como limite de carga o peso de 40 kg para cargas
simétricas (com as duas mãos). Posteriormente, em 1991,
considerando levantamentos assimétricos (como carregar um
objeto em uma só mão), recomenda um peso máximo de 23 kg:
Em 1981, o National Institute for Occupational Safety and Health
(NIOSH), dos Estados Unidos, estabeleceu limites para
levantamento de carga a partir de vários estudos, considerando os
aspectos epidemiológicos, fisiológicos, biomecânicos e psicofísicos
[...]. Em condições ótimas, 40 kg (392 N) foi considerado admissível
para 75% de mulheres americanas e 99% dos homens. O limite de
carga era equivalente à força de compressão de 3.400 N na coluna
lombar.
Em 1991, as recomendações foram revistas. Assumindo-se a
compressão limite de 3,4 N, foi buscada maior proteção,
especialmente para mulheres. Uma grande crítica às
recomendações antigas é que elas cobriam apenas o manuseio
simétrico com as duas mãos, feito diretamente em frente ao corpo.
De fato, a maior parte das atividades de levantamento envolve
movimentos laterais, rotação de tronco ou algum outro tipo de
elemento assimétrico. As recomendações de 1991 consideraram o
levantamento assimétrico (torção no corpo) e especificaram o tipo
de pega do objeto. As recomendações de 1991 se aplicam para o
levantamento ou o abaixamento de cargas. O peso máximo
recomendado foi de apenas 23 quilos (225 N), mesmo sob as
condições mais favoráveis. (KROEMER, 2005, p.109; p.113)
Neste estudo sobre a portabilidade de objetos se devem
considerar as características do usuário, o peso dos objetos, as
maneiras de se carregar e a posição da carga em relação à
estrutura do corpo.
Esta estrutura do corpo humano, se vista de frente, compõe um
conjunto simétrico e equilibrado entre o lado esquerdo e o
direito, agora se visto de lado, é assimétrico, tornando mais
complexas as compensações de pesos, mais é justamente a
parte posterior do corpo que comporta as maiores cargas.
Portar objetos nas costas é uma das formas mais eficientes de
se carregar objetos, devido ao fato de ser a parte do tronco mais
próxima à coluna vertebral (ou eixo). Se comparado com um
peso na parte de frente do corpo teremos entre o objeto e a
coluna vertebral, a caixa torácica com os pulmões e o abdome.
Agora se o peso é carregado na lateral do corpo estará
separado pelas costelas e pulmões (Fig. 3.83).
.
97
3.84_ Cargas com centro de massa distantes da coluna.
3.83_ Cargas em torno do tórax e sua proximidade ao eixo estrutural.
Tanto os pesos depositados diretamente sobre os ombros ou
pendurados em bolsas, tiracolos e mochilas, por estarem na
periferia do tórax, sempre funcionam como cargas assimétricas,
que de alguma forma o corpo deverá compensar, por meio de
novas posturas ou tensão muscular.
Centros de massa distantes da coluna, podem ser observados
na mochila do entregador de pizza com a carga nas costas, ou
na lateral com uma caixa de isopor de um vendedor de praia.
(Fig. 3.84).
Estes dois exemplos de configuração em blocos correspondem
a uma exceção, pois não são condicionados pelo centro de
massa, senão resultados morfológicos impostos por
condicionantes específicas de seus conteúdos.
Na caixa do entregador de pizzas, a forma é condicionada pelos
discos (caixas) de pizzas, que precisam ser transportados
empilhados na horizontal. No caso da caixa de isopor, a melhor
configuração é em bloco (se comparada com as barras e as
placas) por conter o maior volume com a menor superfície,
.
98
permitindo, assim, uma menor troca de temperatura entre o
interior e exterior da caixa.
PESO E CENTRO DE MASSA NOS JERRYCANS_ Neste tópico são
feitas considerações sobre o peso e centro de massa, do estudo
de caso do Wehrmacht Kanister, comentadas em três situações:
a) Posições de transporte_ Uma mala de viagem, um notebook
ou uma pasta de documentos, carregados pelas suas alças, são
transportados na vertical, mas quando em uso são depositados
na horizontal sobre uma mesa ou similar. Girar estes objetos
(placas) para a vertical possibilita trazer seu centro de massa
junto ao corpo. No caso do Kanister este se carrega e se
deposita no piso na [mesma] posição vertical, mantendo a
posição de seu centro de massa nas instâncias de uso e não
uso.
b) Do tipo de conteúdo_ O Kanister configurado em placa, com
sua maior coordenada na vertical, consegue maior estabilidade
ao evitar a inércia de seu conteúdo. Se fosse um volume
horizontalizado, como o modelo do vasilhame triangular da
Wehrmacht (Fig. 3.68), facilitaria a movimentação do líquido no
seu interior, similar aos caminhões-tanque, que transportam
água ou combustível que dividem seu interior em
compartimentos para evitar a formação de uma onda interna,
produzida pela inércia do líquido, que faz o caminhão continuar
a se movimentar para frente e para trás, quando pára em um
semáforo.
c) Da facilidade de manobra_ Considerando que o Jerrycan
quando cheio pesa 24 kg, o fato de ser mais alto que comprido,
facilita o giro do vasilhame nas mudanças de direção. Não tem a
lentidão que acontece com os objetos de maior comprimento
como quando se carrega uma escada, onde é preciso de maior
tempo para realizar esta manobra.
3.3.3.2. Silhueta de deslocamento
É preciso fazer a diferenciação entre silhueta e perfil de
deslocamento. Se consideramos uma pessoa caminhando, sua
“silhueta de deslocamento” é o contorno do corpo visto de frente,
que nesta situação mantém a forma quase inalterada, e com um
fundo estático similar a quando vemos um carro vindo de frente.
Diferentemente de quando se observa o deslocamento de perfil,
donde se tem uma percepção dinâmica tanto da “figura”, como
do “fundo” (Fig. 3.85).
.
99
3.86_ Objetos placa próximos à silhueta do corpo.
3.85_ Sequência do caminhar. (Esq.) Vista lateral- Ducham “Nu em movimento” (1920) | (dir.) Vista semifrontal da Silhueta de deslocamento.
3.87_ Carregando objetos placa na lateral do corpo com prolongações para frente e atrás, mantendo uma pequena largura.
No deslocamento procura-se manter principalmente a medida da
largura do corpo. Nesta silhueta de deslocamento, se o objeto se
prolonga para frente ou para cima, não muda a largura da
silhueta. Por esta razão, os objetos que se carregam na lateral
do corpo são condicionados a se configurar como placas (Fig.
3.86 e 3.87)
A propriedade de diminuir a largura da silhueta de deslocamento
coincide com a necessidade de aproximar o centro de massa
dos objetos ao eixo do corpo.
.
100
3.89_ Silhueta de deslocamento com maior tolerância na altura do objeto.
3.88_ Cargas com rodas, volumes na frente e atrás do corpo. (dir.) com quatro rodas sem apoio do peso sobre o corpo.
A largura do corpo em movimento é que determina a facilidade
de deslocamento, para isto se quisermos passar por espaços
apertados nos posicionamos de lado, como forma de diminuir a
largura de nossa silhueta de deslocamento, como se faz quando
queremos passar entre duas mesas ou entre uma densa
circulação de pessoas.
Um dos artifícios mais usados para evitar aumentar a largura da
silhueta consiste em pôr os objetos na frente, como se carrega
um bebê, ou atrás do corpo como com a mochila.
Crescendo com o volume para cima do corpo, como no
transporte de instrumentos volumosos ou uma mochila
cargueira (Fig. 3.89), se tem uma tolerância dimensional que
não é da altura da pessoa, senão que está condicionada pelas
alturas das portas. Normalmente dentro dos 95 percentis com
1,90 m de altura, como no metrô de São Paulo, ou um pouco
maior nas residências, donde a altura das portas não é só
dimensionada pela altura das pessoas, senão para permitir
entrada de móveis
Um batente de porta bastaria ter altura de 182 cm para permitir a
passagem de 95% da população, mais costuma ter 210 cm para
permitir também a passagem de cargas. (IIDA, p.132)
A silhueta de deslocamento, no uso dos Jerrycans, tem como
mérito de projeto a sua pouca espessura e, portanto, a
aproximação do centro de massa ao eixo da estrutura do corpo,
.
101
3.90_ (esq.) Caixa de ferramenta usada e carregada na horizontal (dir.) mala que se carrega na vertical e se usa na horizontal.
mesmo sendo carregado no lado do corpo, praticamente não
aumenta sua largura.
3.3.3.3. Interação com conteúdo
O fato da posição do objeto na instância de transporte não estar
na mesma posição que quando em uso revela-se como uma
condicionante de configuração. Por exemplo, nos objetos que se
transportam na vertical e se usam na horizontal, se caracterizam
por ter uma instância de transporte em que o usuário não
interage com o interior dos contentores.
Este tipo de portabilidade produz famílias de objetos com
volumes de pouca profundidade e com subdivisões dispostas
em bandejas sobrepostas, como observa Giedion (1978, p.337)
na construção das gavetas deslizantes no mobiliário do século
XIX: “A menudo se disponen series de cajones deslizantes, un
sobre otro, de modo que al abrir el bufete o la cómoda todo su
contenido puede ser examinado con facilidad.”
Para compensar a baixa profundidade e a consequente perda de
volume útil, estes objetos crescem em volumes longos e de
pouca profundidade, normalmente configurados em barra.
Quando temos um contentor que se transporta na vertical e se
usa na horizontal, e tiver a forma do conteúdo, este contentor
ordena e posiciona os objetos contidos. Por exemplo, em uma
pasta do tamanho A4, os documentos permanecerão na ordem
e posição, independentemente de como esta pasta for
transportada.
Ao contrário, se o objeto é transportado e usado em posições
diferentes e o contentor não tiver a forma do conteúdo, será
preciso posicioná-los em bolsos internos, subdivisões ou berços
(Fig. 3.90 dir.).
.
102
3.92_ Mala de doutor e seus sistemas de abertura.
3.91_ Caixas de ferramentas (esq.) modelos originalmente em madeira. (dir) Versão metálica com múltiplas bandejas.
Entre os objetos de mão com estas características estão as
caixas de ferramentas (toolboxs) portáveis, que expõem seus
conteúdos para sua visualização e acessibilidade.
A toolbox could refer to several types of storage to hold tools. It
could mean a small portable box that can carry a few tools to a
project location or a large storage system set on casters. [...] are
sometimes called hand boxes or portable tool storage. (TOOLBOX)
Originalmente construídas em madeira como se fossem uma
gaveta com uma alça longitudinal (Fig. 3.91 esq.), para
posteriormente em versões em metal e plástico, com bandejas
removíveis ou articuladas em sistemas pantográficos (Fig. 3.90
esq.).
Wood was the material of choice for toolboxes built beginning in the
early 19th century. [...]. Most portable toolboxes have one handle on
top and a lid that opens on a hinge. Many have a removable tote
tray that sits on a flange inside the lip of the box, with a single larger
compartment below. The tote tray helps organize smaller parts and
accessories. Portable toolboxes sometimes use slide out trays or
cantilever trays in lieu of the removable tote tray. Metal toolboxes
(typically steel) weigh more than plastic ones. A plastic toolbox
laden with tools can weigh the same as a comparable steel box
does when empty. Metal boxes are also subject to rusting and their
sharp edges can mark the surfaces of things they are banged
against. Metal is, however, known for being stronger than plastic, so
one should balance its disadvantages against the need to withstand
abuse and support the weight of many tools. (TOOLBOX)
Dentro da mesma tipificação está a mala de doutor, contentor
comprido e com baixa profundidade, com uma configuração em
barra que se carrega e se usa na mesma posição, com a
particularidade de se abrir ao máximo para facilitar a
visualização e acesso ao conteúdo.
.
103
3.93_ Bolsa de ginástica como um volume horizontal
A necessidade de expor ao máximo seu conteúdo, neste caso,
se dá por uma armação metálica articulada, que permite abrir
totalmente duas de suas coordenadas (largura e comprimento)
(Fig. 3.92).
The classic doctor's bag is flat-bottomed with rounded sides, slightly
elongated. Two large handles come together over the top for easy
carrying. The mouth of the bag has a collapsible metal frame that
springs open when handles are separated and tugged. The gaping
mouth makes it easy to see into the bag and extract items. (KAYNE,
2016)
Hence, medical bags needed to be readily portable and easily accessible while still containing everything that was needed for any circumstance that might arise. The Gladstone bag admirably fulfilled that purpose […] In use for more than a century, this mid-nineteenth century bag was created by J. G. Beard, a London leather dealer, who named it after William Gladstone, the British Prime Minister, whom he greatly admired. This bag opened widely from the top and enabled the doctor to take out whatever was needed with relative
ease (DAMMERY, 2016)
Esta mesma característica de objeto alongado de pouca
profundidade, com o propósito de manter a bolsa na mesma
posição nas instâncias de uso e não uso pode ser visto nas
bolsas para esportes, que permitem manter a silhueta de
deslocamento, aumentando sua medida no comprimento (Fig.
3.93).
O fato de estas bolsas serem construídas com materiais flexíveis
e, normalmente, carregar roupas leves e maleáveis além de
amortecer esbarrões, permite aproximar seu centro de massa ao
eixo do corpo.
Diferentemente da caixa de ferramentas e da mala de doutor, a
bolsa de esporte pode ser carregada a tiracolo, permitindo portar
maiores pesos e possuindo maior manobrabilidade quando
pressionada embaixo do braço, quando inclinada, próxima da
vertical (Fig. 3.93 centro), ou quando em uso, permitindo acesso
ao conteúdo, tanto estando em pé como sentado (Fig. 3.93 dir.).
.
104
4.01_ Quadro sinótico dos elementos da pesquisa.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta pesquisa, concentrada na portabilidade de objetos e suas
manifestações em padrões morfológicos, entende-se que a
relação entre usuário e portabilidade acontece em determinadas
modalidades, tendo cada uma delas suas próprias
características e condicionantes. Estas modalidades dizem
respeito às maneiras de se portar objetos, sendo classificadas
em: Objetos de corpo, Objetos de bolso e Objetos de mão,
abordadas nos capítulo 3 do trabalho.
Nestes capítulos procura-se identificar as particularidades de
cada modalidade de transporte, assim como entender a relação
entre as condicionantes impostas e as morfologias resultantes.
Estas configurações resultantes são estudadas dentro de um
critério que entende a forma como uma relação de coordenadas,
as quais inserem os objetos em um grid ortogonal.
Para tanto, a pesquisa se compõe e se articula nos seguintes
tópicos (Fig. 4.01):
No andamento da pesquisa, percebe-se que as hipóteses
postuladas no início do trabalho se corroboram nos itens 3.2 e
3.3 do capítulo 3, portanto se lhes dá maior atenção,
complementando-os com estudos de caso e dados técnicos.
.
105
A pesquisa, que no início era somente orientada à identificação
de morfologias e padrões, agora se mostra como uma
ferramenta na área de projeto, oferecendo parâmetros de
análise das diversas modalidades de transporte.
Na primeira modalidade de portar objetos, estudada no item 3.1,
chamado de Objetos de corpo, as configurações destes resultam
em formas orgânicas ou antropomorfas, seguindo os contornos
e formas do corpo, como que inseridas dentro de uma lâmina ou
segunda pele de poucos centímetros.
Os resultados morfológicos são diferentes para cada parte do
corpo, não se configurando em algum tipo de padrão geral que
possam ser caracterizados como barras, placas, ou blocos, isto
é, cada parte do corpo que recebe estes objetos tem suas
configurações específicas.
O item 3.2, chamado de Objetos de bolso, é complementado
com estudos de caso, projetos de miniaturização de objetos de
bolso, como grampeadores portáveis; do primeiro rádio de pilhas
de bolso da Sony; e das máquinas fotográficas analógicas e
digitais, mostrando suas transições volumétricas para
configurações em placas.
Esta modalidade mostra claramente a forma, medida e peso
como variantes participantes na configuração dos conteúdos
destes continentes. Numa ocorrência muito menor está a família
de objetos configurados em barra, com suas particulares
relações com os bolsos.
No item 3.3, chamado de Objetos de mão, as condicionantes
que determinam as morfologias finais dos objetos são produtos
de fatores mais diferenciados, identificados como: Instâncias de
Uso; Centro de Massa; Silhueta de Deslocamento; e Interação
com Conteúdo, que podem ser resumidos em:
a) Instância de uso. Analisa a particularidade dos objetos que
por meio da conversibilidade permite que estes mudem suas
morfologias entre as instâncias de uso e as de não uso.
b) Centro de massa. Considera as configurações em barra,
placa e bloco, na relação entre a carga e o eixo estrutural do
corpo.
Os objetos de mão são condicionados a terem seus centros de
massa o mais próximo do eixo do corpo, o que resulta em
famílias de objetos configurados em placas.
c) Silhueta de deslocamento. Para efeito de projeto, considera-
se, principalmente, a manutenção da largura do corpo do
usuário, ficando a altura e o comprimento dos objetos
.
106
carregados, dentro de uma tolerância dimensional, regida pelas
alturas das portas e manobrabilidade na circulação.
d) Interação com o conteúdo. É produto da necessidade de
organizar contentores que se transportam e se usem na mesma
posição, que facilmente se tenha acesso visual e físico a seus
conteúdos, resultando numa família de objetos alongados e de
pouca profundidade, isto é, configurados em barras.
Este estudo mostra que os objetos, que se portam nas três
modalidades chamadas de objetos de corpo, objetos de bolso e
objetos de mão, estão sujeitos às condicionantes básicas de
configuração dadas pela forma, tamanho e peso, sendo
configuradas a sua maior parte como placas.
Pode parecer que a tendência de todo tipo de objetos é se
configurar em placas, mas se trata de uma morfologia própria
dos objetos portáveis, que têm como fator comum serem
carregados “no entorno” (ou periferia) do corpo do usuário,
condicionados pelas características dos bolsos, da silhueta de
deslocamento e pelo centro de massa dos objetos em relação
ao eixo do corpo. Pode-se perceber que isto não acontece no
transporte auxiliado por rodas, donde os objetos são
transportados, neste caso não na periferia de alguma coisa,
senão dentro de contentores configurados na sua maior parte
em blocos, isto é, em volumes com suas três coordenadas com
dimensões similares, na forma de caixas, engradados, pallets,
caminhões e containers entre outros.
Estas mudanças de configurações podem ser vistas no item 3.3,
nos Objetos de mão, onde é o corpo que recebe as cargas, os
objetos se configuram em placas. Quando as cargas começam a
se separar do corpo para serem postas sobre rodas, os objetos
passam a se configurar em blocos. Esta transição de placa para
bloco pode ser vista mais claramente entre malas de viagens
com ou sem rodízios.
Da pesquisa sobre a relação entre portabilidade e morfologias
surgem assuntos e perguntas que merecem ser pontuados, na
medida em que permitam uma continuidade de estudo, ou servir
de hipóteses para novas pesquisas, entre as consideradas mais
significativas estão:
Da migração para o portável — Parece existir uma natural
tendência dos objetos que, inicialmente inseridos nos ambientes
corporativos, apresentem versões para ambientes residenciais e
para depois se configurarem em objetos portáveis.
Primeiramente como objetos de mão e depois como objetos de
bolso. Isto não significa que estes produtos, ao assumir versões
portáveis, eliminem as manifestações anteriores.
.
107
Pode-se ver na evolução da máquina de escrever de mesa que
se torna portável como um objeto de mão. Similar fenômeno
acontece nas câmeras fotográficas, com suas progressivas
configurações, que evoluem para objeto de mão e
posteriormente para objeto de bolso.
Como no caso do relógio, inserido no espaço urbano ou
arquitetônico, na torre de numa edificação importante ou numa
estação de trem, agora está no nosso bolso ou pulso.
Todas estas migrações da portabilidade acontecem num esforço
projetual que inclui a compactação e miniaturização, mais a
fundamental redução de volume na era digital, e produto da
substituição dos objetos materiais por algoritmos na forma de
aplicativos. O que na versão analógica eram elementos
materiais separados (como agendas, calculadoras e máquinas
fotográficas) agora se reúnem num smartphone, isto é, num
objeto só.
Consumo compartilhado como análise de instâncias — A análise
das Instâncias dos Objetos, funciona como ferramenta de
avaliação da real serventia ou aproveitamento dos utensílios por
parte dos usuários, seja só por um proprietário ou dentro de um
ambiente coletivo. Pode-se ver isto no chamado Consumo
Compartilhado, tanto de produtos como de serviços, que propõe
maximizar o tempo de uso dos objetos aumentando o número de
usuários. Este compartilhamento consiste, basicamente, em
transformar as instâncias de não uso dos objetos em instâncias
de uso, neste caso, por meio de empréstimos ou aluguéis.
Forma e função — A relação entre forma e função considera que
o exercício projetual pensa a forma como resposta a uma função
específica, para a qual os espaços arquitetônicos ou os objetos
são construídos.
No item 3.2, Objetos de bolso, nas análises da portabilidade de
determinados objetos surge a ambiguidade de esta sentença.
Percebe-se que a forma de um smartphone não é exatamente
produto do ato de telefonar, senão que atende à portabilidade do
objeto.
O ditado “a forma segue a função”, atribuído a Louis Sullivan,
tem origem no campo da arquitetura, sendo acolhido
posteriormente na área do design.
Acontece que determinados objetos assumem determinadas
formas pelo fato de serem portáveis e em alguns casos
conversíveis. No caso da arquitetura, ancorada no tecido
urbano, não se considera a sua mobilidade e entende a sua
mudança de forma como reforma ou “formar novamente”
.
108
(HOUAISS, 2002), isto é, uma modificação sobre uma forma já
existente.
Se a forma segue a função, então a configuração dos objetos
portáveis é determinada por dois fatores: Primeiramente para
atender a uma necessidade ou função específica, e
posteriormente para facilitar sua portabilidade. Já que a
portabilidade dos objetos determina a sua forma, deverá esta ser
considerada como uma outra função?
Das faixas dimensionais — Refere-se aos objetos inseridos num
sistema dimensional que não acontece numa continuidade,
senão que dentro de determinados espectros de medidas, isto é,
funcionam numa faixa que quando se aproxima a um certo limite
saltam para o seguinte, deixando uma faixa intermediária vazia.
Sendo um objeto de corpo (como uma calculadora num relógio
de pulso) que salta para o tamanho do bolso da roupa, ou um
objeto de bolso para um objeto de mão como acontece na faixa
dimensional não usada entre um smartphone e um tablet.
Para se portar com certa folga dentro dos bolsos das camisas e
calças, os fabricantes de smartphones dificilmente ultrapassam
os 8 cm de largura de seus aparelhos, acima disto salta para as
medidas dos objetos de mão, com coordenadas médias
oscilando próximas aos formatos de papel A4 e A5, para serem
inseridos em bolsas, pastas de mão e mochilas.
O limite dos objetos de bolso é o limite do bolso da camisa ou
calça, assim como o limite do objeto de mão é o limite do
tamanho de pastas, bolsas e mochilas.
Agrupamentos ortogonais — A eficiência no agrupamento e
economia de espaço dos objetos inseridos em ambientes
ortogonais (bi e tridimensionais) faz com que evitem
agrupamentos de componentes curvos, de formas circulares,
esféricas ou assimétricas, dando preferência aos volumes com
características ortogonais, ou seja como placas, barras ou
blocos. Podemos ver nos componentes internos de um telefone
celular, assim como nas embalagens de objetos, que mesmo
arredondados ou esféricos são vendidos em embalagens no
formato de um paralelepípedo, numa caixa de papelão ou estojo
específico, como quando compramos um aspirador de pó, uma
impressora, um par de sapatos, um tubo de pasta de dentes ou
um CD.
Nesta hegemonia da ortogonalidade como agrupamento
eficiente, utilizada desde antes das edificações gregas até
nossos dias, mostram-se como uma condicionante para que
suas partes e acessórios assumam estas morfologias
ordenadoras. Pode-se ver nas condicionantes impostas pelo
.
109
espaço arquitetônico, gerando subconjuntos ordenadores, como
a parede para a prateleira, desta para os livros e CDs, ou da
parede para os móveis, armários e produtos da linha branca,
todos estes de certa forma condicionados por este sistema de
agrupamento ortogonal.
Em nosso estudo, principalmente como objetos em placa, que
por sua vez condicionam seus acessórios e componentes
internos para se configurarem também em placas, podendo ser
vistos nas carteiras de bolso e seus conteúdos com cartões;
dinheiro, documentos, também nas pastas com suas divisões
internas em formatos próximos aos papéis A4. Do mesmo modo
os componentes dos smartphones desenhando seus pequenos
plugues planos, para entrar nas finas espessuras dos aparelhos,
placas de circuitos integrados, cartões de memória, assim como
a configuração de suas baterias que fogem das tradicionais
pilhas cilíndricas do tipo A, AA ou AAA, agora como placas
retangulares, projetadas para se inserir na lógica dos
agrupamentos ortogonais.
Termina-se aqui este trabalho que se propõe descobrir as
morfologias e padrões decorrentes da portabilidade de objetos,
esperando ter sido conduzida com espírito crítico, sobre causas
e resultados, passíveis de reflexões sobre a configuração de
objetos inseridos na nossa cultura material. Assim como seus
possíveis desdobramentos na forma de sugestões de novos
assuntos de pesquisa. Este tentar descobrir os segredos da
forma, talvez carregue oculto um desejo de projeto.
.
110
NOTAS
Obs.: As notas dos textos estão referenciadas num par de
números dentro de colchetes, sendo que o primeiro corresponde
ao número do capítulo.
Nota [0.1] (p.11)
“A primeira rede de telefonia celular do Brasil foi lançada pela
TELERJ, na cidade do Rio de Janeiro em 1990, seguida da
cidade de Salvador.”
Fonte: Wikipédia
Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Telefone_celular#Popularidade_dos_
celulares
Acesso em: 22 abr 2017
Nota [0.2] (p.12)
A chamada feita por uma classificação por “eras” que inclui a
Era Agrícola, Era Industrial e a atual Era da Informação ou Era
Digital, também conhecida dentro da qualificação das
“revoluções”, como de Terceira Revolução Industrial ou
Revolução Técnico-Científica.
Genericamente podemos dizer que a era digital se trata de um
fenômeno que surge em meados do século XX. Para alguns
autores, surge nas décadas de 1970 e 1980, resultado da
massificação dos produtos eletrônicos e, para outros como
manifestação de eventos históricos específicos como:
Vejamos a opinião de dois estudiosos que determinam uma data
exata e o motivo do início dessa transição:
Peter Drucker, renomado consultor de empresas e autor de
dezenas de livros sobre o assunto, foi a primeira pessoa a chamar
o momento que estamos vivendo de era da informação [...]
demonstra que podemos determinar o início da Era da Informação
a partir da atitude dos soldados americanos que, após voltar da II
Guerra Mundial, tinham como uma das principais exigências as
suas colocações imediatas em alguma universidade [...]. Neste
momento, por volta de 1946, o conhecimento já estava sendo mais
valorizado do que o trabalho simplesmente operacional.
O sociólogo estadunidense Daniel Bell [...] determina que a Era da
Informação tem seu marco primordial uma década depois, em
1956, quando o número de "colarinhos brancos" ultrapassou o de
operários no seu país. Ao perceber isso ele advertiu: "Que poder
operário que nada! A sociedade caminha em direção à
predominância do setor de serviços." Ou seja, o poder direcionava-
se àqueles que possuíam algum tipo de conhecimento que
interessava a outros.
.
111
Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Era_da_informa%C3%A7%C3%A3o
Acesso em: 14 mar. 2017
Nota [3.1] (p.36)
Utilizamos aqui a palavra da língua inglesa “gadget” por incluir
tanto os objetos mecânicos como eletrônicos, que o dicionário
HOUAISS (2001) define como:
“Pequeno objeto ou aparelho, mecânico ou eletrônico, mais
engenhoso do que útil, que constitui uma novidade."
Nota [3.2] (p.60)
Outro gadget que usa a tela na vertical são os leitores digitais (e-
readers) como o Kindle da Amazon, que como a versão do livro
impresso (pocketbook) se transporta principalmente no bolso
externo do blazer e tem uma diagramação de texto numa coluna
vertical, que é mais fácil de ler. (ou em diversas colunas como
fazem os jornais)
O Kindle comentado refere-se ao modelo de 11,5 x 16,5(h) cm
com display de 6 polegadas.
Nota [3.3] (p.60)
O modelo inicial da Rollei 35 o qual analisamos neste trabalho,
está entre os modelos mais pesados juntamente com o modelo
Rollei 35 Classic, ambas com 370 g, e esta última, curiosamente
com medidas superiores aos demais modelos desta linha.
O modelo mais leve, a Rollei 35 LED com 240 g, consegue o
menor peso da linha, devido à substituição de partes mecânicas
por digitais, neste modelo o fotômetro passa a funcionar com um
sistema de LED’s dentro do visor da máquina.
Na relação a seguir, as variações de pesos e medidas dos
principais modelos:
Rollei 35
Período de produção: 1966 a 1974
Dimensões: 9,7 x 3,2 x 6,0(h) cm
Peso: 370 gramas
Rollei C 35
Período de produção: 1969 a 1971
Dimensões: 9,7 x 3,2 x 5,8 cm
Peso: 270 gramas
Rollei B 35:
.
112
Período de produção: 1969 a 1978
Dimensões: 9,7 x 3,2 x 6,0 cm
Peso: 270 gramas
Rollei 35 T
Período de produção: 1974 a 1980
Dimensões: 9,7 x 3,2 x 6,0 cm
Peso: 330 gramas
Rollei 35 S
Período de produção: 1974 a 1980
Dimensões: 9,7 x 3,2 x 6,0 cm
Peso: 345 gramas
Rollei 35 LED
Período de produção: 1978 a 1980
Dimensões: 9,7 x 3,2 x 6,0 cm
Peso: 240 gramas
Rollei 35 TE:
Período de produção: 1979 a 1980
Dimensões: 9,7 x 3,2 x 6,0 cm
Peso: 330 gramas
Rollei 35 SE
Período de produção: 1979 a 1981
Dimensões: 9,7 x 3,2 x 6,0 cm
Peso: 350 gramas
Rollei 35 Classic
Período de produção: 1990 a 1996
Dimensões: 10,0 x 4,4 x 7,0(h) cm
Peso: 370 gramas
Nota [3.4] (p.64)
Muitos fotógrafos costumam usar várias objetivas de diferentes
distâncias focais, em função de comodidade (para evitar o
deslocamento da câmara) ou de efeitos (para ajustar a
profundidade de campo ou a perspectiva).
Mas um dos maiores fotógrafos da atualidade, Henry Cartier-
Bresson, que uma vez definiu sua câmara como "uma extensão de
meus olhos", geralmente trabalha com uma única objetiva de
distância focal normal — a que mais se assemelha à percepção de
nossa visão. Suas fotos [...], realmente sugerem ao observador
uma vivida cena do mundo real, vista através dos olhos de um
artista. O ângulo coberto é praticamente o abrangido por nossos
olhos; o tamanho relativo dos objetos se assemelha ao percebido
por nossos olhos; a nitidez de objetos distantes e próximos também
se equipara àquela produzida por nossa visão.
.
113
Todas essas características resultam da distância focal da objetiva
normal. Mas a distância focal de uma objetiva normal para uma
dada câmara pode ser a de uma grande angular para outra. O
conceito de objetiva normal depende do tamanho do filme. Quando
a distância focal de uma objetiva é igual à medida da diagonal do
negativo, a imagem será normal [...]. Por exemplo, a diagonal do
negativo 24 x 36 mm mede cerca de 43 mm; logo, uma lente de
distância focal igual a 44 mm é a normal para este filme (embora as
lentes de 40 a 50 mm sejam consideradas normais para este
tamanho e a maioria das câmaras 35 mm seja acompanhada de
uma objetiva 50 mm como equipamento padrão). (TIME-LIFE,
1981, p.93)
Nota [3.5] (p.84)
Wehrmacht Kanister é composta pelas palavras que em alemão
significam:
Wehrmacht: Exército; Esforço de guerra; Forças armadas
Kanister: Lata, recipiente; vasilhame. (Mesmo significado da
palavra “canister” da língua inglesa).
Assim numa tradução livre poderíamos entender Wehrmacht
Kanister como “recipiente das forças armadas” ou “lata do
exército”.
No dicionário Alemão-Português de TOCHTROP (1984), a
definição das palavras é:
Wehrmacht: a. f. exército, poderio militar.
Kanister: s. m. lata de folha (reserva de gasolina).
Existem outras variantes do nome originalmente como
Wehrmach-Einheitskanister, Wehrmachtkanister,
Wehrmachtskanister, ou Wehrmachtskanisters no plural.
Como no livro “Wehrmacht Kanister 20 L” (LEGER, 2014),
usaremos duas denominações: Por extenso Wehrmacht Kanister
e na sua contração simplesmente Kanister.
Nas nomeações em inglês incluem tanto “Jerry Can” como
“Jerrycan”.
.
114
BIBLIOGRAFIA
ALEXANDER, Christopher. Uma linguagem de padrões. Porto
Alegre: Bookman. 2013.
______ Ensayo sobre la sínteses de la forma.
Buenos Aires: Infinito, 1973.
CAMBRIDGE. International Dictionary of English.
New York: Cambridge. 1995
DEVLIN, Keith. Matemática: A ciência dos padrões.
Porto: Porto 2002.
DIFFRIENT, Nieels. TILLEY, Alvin R. Harman, David.
Humanscale 1/2/3.
(Henry Dreyfuss Associates). Massachusetts: MIT Press.
1974.
______. Humanscale 4/5/6.
(Henry Dreyfuss Associates). Massachusetts: MIT Press. 1981.
______. Humanscale 7/8/9.
(Henry Dreyfuss Associates). Massachusetts: MIT Press. 1982.
FUSCO, Renato de. Historia del diseño. Barcelona:
Santa & Cole. 2005.
GIEDION, Siegfried. La mecanización toma el mando.
Barcelona: Gustavo Gili, 1978.
______ Espacio tempo y arquitectura. Madrid: Dossat. 1978.
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção
São Paulo: Edgard Blücher Ltda. 2003.
KHUN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas.
São Paulo: Perspectiva. 2010
KROEMER, K. GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia:
adaptando o trabalho ao homem.5ª ed. Porto Alegre:
Bookman, 2005.
LEGER, Philippe. ARQUILLE, Stéphane. Wehrmacht Kanister 20
Liter. Normandie: Heimdal. 2014.
LÖBACH, Bernd. Design Industrial: Bases para a configuração
de produtos industriais. São Paulo: 2001.
MOLES, Abraham. Teoria dos objetos. Rio de Janeiro:
Tempo Brasileiro. 1981.
.
115
MOLLERUP, Per. Collapsible: The genius of space-saving
design. San Francisco: Chronicle books. 2001, 232p.
MORITA, Akio, Made in Japão: Akio Morita e a Sony.
São Paulo: Livraria Cultura Editora. 1986, 334p.
NAPIER, John. Hands.
New Jersey: Princeton University. 1993.
SALBAT, Biblioteca de Grandes Temas. O Desenho Industrial
Rio de Janeiro: Salbat do Brasil. 1979.
TIME-LIFE. Fotografia: Manual completo de arte e técnica.
São Paulo: Abril Cultural. 1981.
TOCHTROP, Leonardo. Dicionário Alemão-Português. 6a ed,
Rio de Janeiro: Globo1984.
WICK, Rainer. Pedagogia da Bauhaus. São Paulo:
Martins Fontes, 1989.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ALDER, Ken. The measure of all things. London: Little,
Broown, 2002.
ARGAN, Giulio Carlo. História da arte como histórica da cidade.
São Paulo, Martins Fontes, 1998. Trad. Pier Luigi Cabra.
BANHAM, Reyner. Teoria e projeto na primeira era da máquina.
São Paulo: Perspectiva, 1979.
BENEVOLO, Leonardo. História da arquitetura moderna.
São Paulo: Perspectiva, 1976. 813p.
BONSIEPE, Gui. Design, cultura e sociedade.
São Paulo: Blucher, 2011.
______ Design: do material ao digital. Florianópolis:
FIESC/IEL, 1997.
BÜRDEK, Bernhard. História, teoria e prática do design de
produtos. São Paulo: Blucher, 2006.
GRANT, August E. MEADOWS, Jennifer H. Communication
update and fundamentals. 13º ed. New York: Focal Press,
2012.
GREGOTTI, Vittorio. Território da arquitetura.
.
116
São Paulo: Perspectiva, 1975. 192p.
JENCKS, Charles. Movimentos modernos em arquitetura.
Madrid: Hermann Blume, 1983. 440p.
JOSEPH, Christopher. A measure of everything. New York:
Firefly Book, 2005.
KLEMENS, Guy. The cellphone: The history and technology of
the Gadget that changed the worid. North Carolina
McFarland& Company, 2010.
KOOP, Anatole. Quando o moderno não era um estilo e sim uma
causa. São Paulo: Novel-Edusp, 1990.
KOOLHAAS, Rem. Grandeza, o el problema de la talla.
Barcelona: Gustavo Gili. 2011.
KOVANIK, Bill. Revolutions in comunication: Media history from
Gutenberg to the digital age. 2º Ed. New York: Bloomsbury,
2016.
LEVINSON, Marc. The Box: How the shipping Container made
the world smaller and the word economy bigger. New
Jersey: Princeton University Press, 2006.
LINDINGER, Herbert. Ulm Design- The morality of objects.
Massachusetts: MIT Press, 1991.287p.
NEUFERT, Ernest. Arte de projetar em arquitetura.
São Paulo: Gustavo Gili do Brasil, 1976.
PANERO, Julius. ZELNIK, Martin. Dimensionamento humano
para espaços interiores. Barcelona: Gustavo Gili,
2002. 320p.
ROBINSON, Andrew. The Story of measurement. New York:
Thames & Hudson, 2007.
SENAI-SP, Introdução à nanociência e nanotecnologias.
São Paulo: SENAI-SP Editora, 20014
PHEASANT, Stephen. Body space: anthropometry, ergonomics
and the design of work. 3.ed. Boca Raton: Taylor & Francis,
2006, 332p.
RATNER, Mark. RATNER Daniel. Nanotechnology: A gentle
introduction to the next big idea. New Jersey:
Prentice Hall, 2003.
.
117
SCHWARTZ, Frederic J. The Werkbund: Design theory and
mass culture before the First World War. New Haven: Yale
University Press, 1996. 262p.
STROETER, João Rodolfo. Arquitetura e teorias.
São Paulo: Nobel, 1986
TILLEY, Alvin R. As medidas do homem e da mulher (Henrry
Dreyfuss Associates). Porto Alegre: Bookman, 2005.
WHITELAW, Ian. A measure of all thigs: The history of man and
measurement. New York: St. Martin, 2007.
WILLIAMS, Linda. ADAMS. Wade. Nanotechnology demystified.
New York: McGraw-Hill, 2007.
SITES CONSULTADOS
AURÉLIO. Dicionário Online
Disponível em:
https://contas.tcu.gov.br/dicionario/home.asp
Acesso em: 8 mar 2017
CHARITYWATER. The story behind the Jerry Can
Disponível em:
<http://blog.charitywater.org/post/143491921667/the-story-
behind-the-jerry-can>
Acesso em: 01 mar 2017.
CHEMERIS, Illya. WWII German Jerrycan. A glimpse of history
Disponível em:
<http://md-hunter.com/found-wwii-german-jerrycan-a-
glimpse-of-history/>
Acesso em: 14 set 2016.
CONTESINI, Leonardo. A origem nazista de um dos maiores
símbolos dos Jeeps.
Disponível em:
<https://www.flatout.com.br/jerry-can-a-origem-nazista-de-
um-dos-maiores-simbolos-dos-jeeps/>
Acesso em: 01 mar 2017.
AMMERY, David. A historical account of the doctor’s bag. 2016
Disponível em:
http://www.racgp.org.au/afp/2016/september/a-historical-
account-of-the-doctors-bag/
Acesso em: 17 jan 2016.
.
118
H2G2, A very brief history of the pocket. 2013
Disponível em:
https://h2g2.com/edited_entry/A798159
Acesso em: 22 jun 2016.
KAYNE, R. What is a Doctor's Bag?, 2016
Disponível em:
http://www.wisegeek.com/what-is-a-doctors-bag.htm
Acesso em: 13 fev 2017.
KLARA, Robert. How Sony’s Walkman changed the wold. 2015.
Disponível em:
http://www.adweek.com/news/advertising-branding/cds-
mp3s-little-machine-made-music-portable-163469
Acesso em: 22 fev 2016.
MASCULINA, Moda jovem. Terno, paletó, blazer ou smoking.
Qual a diferença? 2014.
Disponível em:
http://modajovemmasculina.com/terno-paleto-blazer-ou-
smoking-qual-a-diferenca/
Acesso em: 2 Jun 2015.
MCKAY, Brett. MCKAY,Kate. A man’s pockets. 2015
Disponível em:
<http://www.artofmanliness.com/2015/05/20/a-mans-
pockets/>
Acesso em: 15 Jun 2016.
MONTRE24. Watch Magazine. 2012
Disponível em:
http://montre24.com/watchmagazine/22/
Acesso em: 8 jul 2012.
MOURITZSEN, Dan. German Army Fuel Transport in the
Second World War.
Disponível em:
<http://www.missing-
lynx.com/library/german/feuergefahrlichdm_1.html>
Acesso em: 22 set 2016.
MUKAI, Marlene: DIY: Modelagem de Bolsos para Calças.
(Video) 2015
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=P0EE2VLTzxA
Acesso em: 3 novt 2015.
NGOC, Nuu. The-importance of the shoulder pole in vietnamese
culture.
.
119
Nhandan Newpaper Online de 14/05/2017
Disponível em:
<http://en.nhandan.com.vn/culture/item/2423402-the-
importance-of-the-shoulder-pole-in-vietnamese-
culture.html>
Acesso em: 8 maio 2017.
OLIVEIRA, Eduardo. Trajes espaciais, 2014.
Disponível em:
https://blogdoastronomo.wordpress.com/2014/09/02/trajes-
espaciais/
Acesso em: 25 fev 2016.
PEREIRA, Nuria. Historia del bolso masculino. 2014
Disponível em:
http://www.elcorreogallego.es/opinion/firmas/ecg/historia-
del-bolso-masculino/idEdicion-2014-08-23/idNoticia-886151/
Acesso em: 18 set. 2016.
POST-JOURNAL, The. The mysterious Shoulder Yoke. May 14,
2014
Disponível em:
http://www.post-journal.com/life/features/2015/06/the-
mysterious-shoulder-yoke/
Acesso em: 15 maio 2017.
SPATZ, Steven. Pocketbook, 2016
Disponível em:
https://www.bookbaby.com/book-trim-sizes-and-binding-
options
Acesso em: 5 Set 2016.
TODAMATERIA. Geometria espacial.
Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/geometria-espacial/
Acesso em: 11 nov. 2016
TOOLBOX. em: Wikipédia: a enciclopédia livre.
Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Conteúdo_aberto&
oldid=15696001>
Acesso em: 22 dez 2016.
WALLACE, Terri L. Wallace. em: Info Guru, Catalogs.com
Disponível em:
http://www.catalogs.com/info/clothing/what-is-wash-and-
wear-clothing.html
Acesso em: 14 jan 2016
.
120
ARQUIVOS ELETRÔNICOS
HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss Eletrônico da Língua
Portuguesa.
Instituto Antônio Houaiss: Objetiva. 2001
PERIÓDICOS
POGUE, David. O Problema com telefones Lego: Celulares
encaixáveis poderiam superar o problema da
obsolescência? Scientific American Brasil Ano 12. nº 140 -
Janeiro 2014 - p. 17
POGUE, David. Texto Imprevisível: Como a Apple destruiu a
digitação, mas venceu a guerra dos telefones. Scientific
American Brasil Ano 13, n. 153 Janeiro 2015- p. 16
SCHNEIDER, Jason. The Camera collector
Popular Photography. (Magazine) New York: Bonnier
Corpiriation. Abril 1991. (p.22-23)
Trabalhos académicos
GARCIA, Hernán Carlos. Vkhutemas/ Vkhutein, Bauhaus,
Hochschule für Gestaltung Ulm: Experiências didáticas
comparadas.
Dissertação (Mestrado) — FAU-USP, 2001.
.
121
ÍNDICE DE FIGURAS As figuras em grupo seguem a sequência de esquerda para direita e de cima para baixo e especificadas junto às figuras como: esq.= esquerda centr.= centro dir.= direita Inf.= inferior CAP. 1_ CONFIGURAÇÕES E PADRÕES
1.01. (Sólidos platônicos) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=solidos+platonicos&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiu8fiNjKzTAhXDUZAKHYYIBVYQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgrc=kaAx-m3c2r4WOM: Acesso em: 12 Jan 2016
1.02. (Sólidos geométricos) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=solidos+geom%C3%A9tricos&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjV6bSdprLTAhWGhZAKHedIDgQQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950#tbm=isch&q=solidos+geom%C3%A9tricos+atividades&imgrc=5jnGDj2GtLyoDM: Acesso em: 22 fev 2016
1.03. (Kandisky: cores e figuras e primárias) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=punkt+und+linie+zu+fl%C3%A4che+kandinsky&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiIjsePu6zTAhUKG5AKHRi-CkwQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgrc=5ycGc1w_bIjQ4M: Acesso em: 8 nov 2016
1.04. (Teatro de Schlemmer) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=oskar+schlemmer+ballet&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjDxIOJs7fTAhVIHpAKHaKHDwsQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgrc=Z-ZJk25fR9YG_M: Acesso em: 17 fev 2017 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=oskar+schlemmer+ballet&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjDxIOJs7fTAhVIHpAKHaKHDwsQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgrc=f_upkXDffUXa8M: Acesso em: 3 abr 2017
1.05. (Objetos De Stijl) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=piet+mondrian&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwiei-716IfVAhXChpAKHUbIC-UQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgrc=2rCJ-BMuluDXhM: Acesso em: 12 jun 2017 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=de+stijl+front+cover+magazine&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjgo6zgjorVAhUGCpAKHQ-uAVwQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950&dpr=1#imgrc=AVQtPAhI4bbElM: Acesso em: 12 jun 2017 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=gerard+rietveld&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjKwaet7ofVAhWGE5AKHf-7DN0Q_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgdii=r0uxF2aTMd9IEM:&imgrc=9MXMVKPF2OxCuM: Acesso em: 12 jun 2017
.
122
d) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=rietveld+schr%C3%B6der+house&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwi_iYm6_IfVAhUJCpAKHUhxC84Q_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgrc=XbZlpoO_hZA_PM: Acesso em: 12 jun 2017 1.06. (Barras) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=perfis+de+aluminio&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjGh9-6uorVAhWKnJAKHUwMAQUQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgrc=oDrmQ0DFCuUNWM: Acesso em: 7 fev 2017 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=barras+met%C3%A1licas&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjpysPXvIfVAhVDW5AKHWVxATMQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgrc=agt1c9LCnEtQ8M: Acesso em: 7 fev 2017 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=cilindro&biw=1920&bih=955&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi12v7qgsTKAhUM1R4KHZjEB2MQ_AUIBigB#tbm=isch&q=canetas Acesso em: 7 fev 2017 d) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=wires+and+cables&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi4jrmQuofVAhVEf5AKHXQUBRgQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgrc=xNIAke1NEfw58M: Acesso em: 7 fev 2017 e) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=escalimetro&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjavOOOt4fVAhVFh5AKHQu-CXAQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950#imgrc=1h88FdwAdsVBzMAcesso em: 7 fev 2017
1.07. (Placas) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=chapas+de+a%C3%A7o&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjC2_GswYfVAhXDg5AKHYjJAfEQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950#imgrc=p5_aHVXGpAqNTM: Acesso em: 12 fev 2017 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=CDs+de+musica-+caixas&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiCvpj8v4rVAhVLhJAKHZHUBboQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#tbm=isch&q=encarte+cds&imgrc=fRUqJ3GABSgimM: Acesso em: 12 fev 2017 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=cds+cases&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj0v_6OwYrVAhUIIZAKHd5_BLQQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950#imgrc=10Hvd0-qvrDILM: Acesso em: 12 fev 2017 d) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Shelf+with+books&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi-hNu-xYrVAhUCgZAKHdfvDp0Q_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgrc=ndq6i2tSsVv8WM: Acesso em: 12 fev 2017
1.08. (Blocos) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=concrete+blocks&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjyvbuP3IfVAhUGlpAKHbWSB-oQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950#imgrc=KzgxlUdxBXNZrM:
.
123
Acesso em:3 ago 2017 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=capacetes&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwignrWA1YfVAhWJF5AKHc33Dp8Q_AUIBygC&biw=1920&bih=950 Acesso em:3 ago 2017 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=car+battery&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwj_zI_y2YfVAhWDQZAKHVWaCwgQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#tbm=isch&q=car+battery-+Battery&imgrc=IXFcfSayRQEfvM: Acesso em:3 ago 2017 d) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=cubos&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj0h5-H2orVAhVEWpAKHezSBhMQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgrc=_P1lIy6Fy7F96M: Acesso em:3 ago 2017
1.09. (Escada de canto) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Corner+ladder&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiouIictIDUAhXIx5AKHWXxBxEQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950#imgrc=ydg89XL-Q2DFsM: Acesso em:15 maio 2017
1.10. (Escada de canto inserido em paralelepípedo) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Corner+ladder&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiouIictIDUAhXIx5AKHWXxBxEQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950#imgrc=ydg89XL-Q2DFsM: (Montagem do autor) Acesso em:15 maio 2017 CAP. 2_ PORTABILIDADE E INSTÂNCIAS
2.01. (diagrama- produção do autor)
2.02. (cadeira escada e cadeira dobrável) a) MOLLERUP (2001) p.21 b) Disponível em:
https://www.google.com.br/search?q=folding+chair&source=lnms&tbm=isc
h&sa=X&ved=0ahUKEwjr36iRxdvWAhVOmJAKHTG0DJQQ_AUICygC&bi
w=1920&bih=949#imgrc=Qer0FGDYHXTJUM: Acesso em:12 ago 2017
2.03. (escada de canto) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Corner+ladder&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiouIictIDUAhXIx5AKHWXxBxEQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950#imgrc=ydg89XL-Q2DFsM: Acesso em: 12 jul 2017
2.04. (escada de canto- montagem do autor) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Corner+ladder&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiouIictIDUAhXIx5AKHWXxBxEQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950#imgrc=ydg89XL-Q2DFsM: Acesso em: 12 jul 2017
.
124
CAP. 3 __MODALIDADES DA PORTABILIDADE CAP. 3.1_ OBJETOS E CORPO
3.01. (13 diversos objetos do corpo) (Imagens retiradas da internet, pesquisando pelo nome de cada um dos objetos)
3.02. (roupas e armadura) a) Montagem do autor b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?hl=pt&q=knight+armour&tbm=isch&tbs=simg:CAQSlwEJXoypuoksEaEaiwELEKjU2AQaBAgDCAoMCxCwjKcIGmIKYAgDEiiHB6gHux3UErwd2BK2HYYHtx2IB4UuhC6fP4Yugy7tKdImuyyHLp4_1GjATY9zzNhNZKsFgruSDockYBgHuRV16JGc7MoSCZYoZc2uzCAgzoaYKRA3ZlmFZOWkgBAwLEI6u_1ggaCgoICAESBKeRw6wM&sa=X&ved=0ahUKEwjAufnYmLnRAhWKG5AKHQvcAwgQwg4IGigA&biw=1920&bih=950 Acesso em: 18 fev 2016
3.03. (Capacetes e chapéu (5 figuras)) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=accesorios+de+vestir&biw=1920&bih=955&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjbk8-69rDNAhXEDJAKHQHbD78Q_AUIBigB#tbm=isch&q=helmos+gregos&imgrc=ftt5ptqRV1qLtM%3A Acesso em: 4 dez 2015 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=motociclista+sem+capacete&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj2xua7xqbQAhVFjZAKHdyLDKsQ_AUIBigB&dpr=1#tbm=isch&q=motoqueiro+capacete+aberto&imgrc=ssFBrLeQY-kmFM%3A Acesso em: 4 dez 2015 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=gafas+en+la+cabeza&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjw3KXHr_zPAhUGx5AKHdwXCFQQ_AUIBigB#imgrc=2H5Zv0EYO2b6vM%3A d) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=helmet+esgrima&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjX7J-C_KXQAhVIDZAKHYtwApUQ_AUIBigB#tbm=isch&q=capacetes+esgrimistas&imgrc=iL5YH9H_5P7koM%3A Acesso em: 4 dez 2015 e) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=heads+and+Hats&source=lnms&tbm=isch&biw=1920&bih=950#imgrc=F1Ry_aZDzXMPmM: Acesso em: 4 dez 2015
3.04 (camiseta e roupas a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=folded+t+shirt&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjFh8Wq_OLUAhXCipAKHe3PCNwQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#imgdii=sd8H2qEmory0nM:&imgrc=ubR0cGm6GWu8FM: Acesso em: 22 jun 2015 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=cesto+de+roupa&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwif96aZhePUAhWGW5AKHY3hBygQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950#tbm=isch&q=cesto+de+roupa+suja+cheio&imgrc=Wd9BizQOufqUoM: Acesso em: 22 jun 2015 c) Disponível em:
.
125
https://www.google.com.br/search?q=folded+shirt&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjWq7TlgefUAhXKgpAKHaoCCwMQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#tbm=isch&q=folded+shirt+clipart&imgrc=d-_CFSQK6l96rM: Acesso em: 22 jun 2015
3.05 (roupas penduradas e empilhadas) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=hanger&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj4-cb1gOPUAhUGFZAKHYFiCEYQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#tbm=isch&q=hanger+with+clothes&imgdii=rVhPWZle6iCQfM:&imgrc=H-2VGiV5oAAOjM: Acesso em: 5 set 2015 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=folded+shirt&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjWq7TlgefUAhXKgpAKHaoCCwMQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#tbm=isch&q=folded+shirt+clipart&imgdii=ZnwtOMKsHHmUkM:&imgrc=d-_CFSQK6l96rM: Acesso em: 5 set 2015
3.06 (como dobrar uma camisa) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=how+fold+a+shirt&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiDl8HK-eLUAhWEjpAKHSLtAAUQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950#imgrc=UNl6bEv8JRVFXM: Acesso em: 12 nov 2015 CAP. 3.2_ OBJETOS DE BOLSO
3.07 (bolsos dos blazers) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=bolso+interno+de+paleto&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi6qcezgM3PAhVBEZAKHdVbD-sQ_AUIBigB#imgrc=1Hfs-TE2QUZJ_M%3A b) Disponível em: http://www.artofmanliness.com/2015/05/20/a-mans-pockets/ Acesso em: 9 nov 2015
3.08 (Modelos de bolsos) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=blazer+pocket&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjmr-vs3fTPAhUHFZAKHaunDp4Q_AUIBigB#tbm=isch&q=shirt+pocket&imgrc=EM4HWJ6v4TtpAM%3A b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=bolsos+de+camisas&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwisoLfox7vRAhXCFZAKHfxhDtkQ_AUIBigB#imgdii=RbDV2fhbH1B2YM%3A%3BRbDV2fhbH1B2YM%3A%3BtGG4ZnwQhkD3VM%3A&imgrc=RbDV2fhbH1B2YM%3A Acesso em: 18 set 2015 3.09 (Bolsos de calças) a) Disponível em: https://ternodamoda.wordpress.com/tag/tipos-de-bolsos-para-calcas/ b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=pockets+%26+clothes&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch c) Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=P0EE2VLTzxA Acesso em: 4 jul 2015
.
126
3.10 (bolsos traje A. Rodchenko e de campo) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=rodchenko&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwi2saWKqM_PAhVIfpAKHQH3A3YQ_AUIBigB#imgdii=1Kz1-dma9zkO9M%3A%3B1Kz1-dma9zkO9M%3A%3BDriwS6-Zwl3SNM%3A&imgrc=1Kz1-dma9zkO9M%3A b) Disponível em: http://www.artofmanliness.com/2015/05/20/a-mans-pockets/ Acesso em: 28 ago 2015 3.11 (Patch pockets) a) Disponível em: http://www.artofmanliness.com/2015/05/20/a-mans-pockets/ b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=lata+d%27%C3%A1gua+na+cabe%C3%A7a&biw=1920&bih=955&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjomYfozN3MAhXIvJAKHQuuDNEQ_AUICCgD#tbm=isch&q=cal%C3%A7as+com+bolsos+nas+pernas&imgrc=j5msy8i0XBi2_M%3A Acesso em: 16 jun 2016 3.12. (Roupas de astronautas) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=bolsos+de+traje+de+astronauta&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjhmc29tc_PAhUDfZAKHdf3BugQ_AUIBigB#tbm=isch&q=bolsos+de+traje+de+astonauta&imgrc=9QhMZnA78Hk4LM%3A Acesso em: 18 fev 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=bolsos+de+traje+de+astronauta&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjhmc29tc_PAhUDfZAKHdf3BugQ_AUIBigB#tbm=isch&q=bolsos+de+traje+de+astonauta&imgrc=9QhMZnA78Hk4LM%3A Acesso em: 19 jun 2016
3.13. (coletes de fotógrafos) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=lata+d%27%C3%A1gua+na+cabe%C3%A7a&biw=1920&bih=955&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjomYfozN3MAhXIvJAKHQuuDNEQ_AUICCgD#tbm=isch&q=colete+fot%C3%B3grafia&imgrc=TCiaLxMe44MnmM%3A Acesso em: Set. 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=colete+de+fotografo+profissional&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjC9oius8_PAhXMI5AKHVYpA-MQ_AUIBygC#imgdii=EgvNyLcdmVbwiM%3A%3BEgvNyLcdmVbwiM%3A%3Bzp6ehqByyqE7yM%3A&imgrc=EgvNyLcdmVbwiM%3A Acesso em: 14 set 2016 3.14. (pequenos dicionários Wester) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=littles+books&biw=1920&bih=955&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwifmvrap5jKAhXDQpAKHQ-KD5QQ_AUIBygC#tbm=isch&q=littles+dictionaires&imgrc=vMM5hh2ExVtcmM%3A Acesso em: Out. 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=the+little+western+dictionary&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiptIvchLTRAhUGHJAKHUhUCvIQ_AUIBigB#imgrc=g6334p3bSpSiAM%3A Acesso em: 3 out 2016
.
127
3.15. (dicionários a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=oxford+learner+pocket+dictionary&biw=1920&bih=901&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwik8N2GiLTRAhWDg5AKHR4uBf4Q_AUIBygC#imgdii=XR1YalkrBE5ZEM%3A% Acesso em: Set. 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=oxford+learner+pocket+dictionary&biw=1920&bih=901&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwik8N2GiLTRAhWDg5AKHR4uBf4Q_AUIBygC#imgrc=NDO-jqKA27PyjM%3A Acesso em: 27 set 2016
3.16. (objetos nos bolsos) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=sharapova+vs+jankovic&biw=1920&bih=950&tbm=isch&source=lnms&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjuj-HNjJnRAhWIGJAKHX9TAmMQ_AUICCgD&dpr=1#tbm=isch&q=sharapova+sacando&imgrc=fT99Kp7QQdzeGM%3A Acesso em: Set. 2016 b) Foto do autor
3.17. (Diversas canetas de bolso) (Imagens rda internet, pesquisando pelo nome de cada objeto)
3.18. (Bolsos de camisas com canetas) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=pen+in+pocket&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwil6O7m-c7XAhUBD5AKHaxiB9AQ_AUICigB&biw=1920&bih=949#imgdii=LyZdeu1NTs3Q3M:&imgrc=AKENW-ngwaEkuM: Acesso em: 22 fev. 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=pocket+and+pen&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi-0Z61-M7XAhVChZAKHRlkCW4Q_AUICygC&biw=1920&bih=949#imgrc=2iSOGl0B34nXtM: Acesso em: 22 fev. 2016
3.19. (Diversos objetos de bolso) (Imagens rda internet, pesquisando pelo nome de cada objeto)
3.20. (garrafa curva de whisky) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=garrafa+de+bolso&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjD0dDJzNHPAhUFg5AKHeFtBj0Q_AUIBygC#tbm=isch&q=cantil+whisky&imgrc=2qUFQG6vk70j9M%3A Acesso em: Jan. 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=garrafa+de+bolso&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjD0dDJzNHPAhUFg5AKHeFtBj0Q_AUIBygC#tbm=isch&q=cantil+whisky&imgrc=NkfqkoDTp0D6RM%3A Acesso em: 22 jan 2016
3.21. (carteiras gastas) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=carteira+velha&biw=1920&bih=955&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjwqYq45ojPAhWFEpAKHXNYDBIQ_AUIBigB#tbm=isch&q=old+wallet&imgrc=kD-eSllT01aFcM%3A Acesso em: Nov. 2015 b) Disponível em:
.
128
https://www.google.com.br/search?q=carteira+velha&biw=1920&bih=955&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjwqYq45ojPAhWFEpAKHXNYDBIQ_AUIBigB#tbm=isch&q=old+wallet&imgrc=B439TdJHXfl0fM%3A Acesso em: 11 nov 2015
3.22. (objetos de cantos arredondados) a) Disponível em: Diversos com cantos arredondados Acesso em: Set. 2015 b) Disponível em: http://www.tecmundo.com.br/celular/36373-os-15-celulares-mais-vendidos-de-todos-os-tempos.htm Acesso em: 2 set 2015
3.23. (telefone Asus) a) e b). Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=galaxy+round&biw=1920&bih=955&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjbztLV_5fPAhUCEpAKHQRCA7IQ_AUIBigB&dpr=1#tbm=isch&q=asus+zenfone+2&imgrc=4yV3b6-vsX6LmM%3A Acesso em: 22 maio 2016
3.14. (Fone Samsung com tela curva) a) e b) Disponível em: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/samsung-revela-o-galaxy-round-primeiro-smartphone-com-tela-curva/38130 Acesso em: 18 nov 2015 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=telha+feita+nas+coxas&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi4jurnqbjRAhUCkZAKHUlPCiUQ_AUICSgC#imgrc=NnXNCmdOBVuYaM%3A Acesso em: 4 nov 2015
3.25. (Fone LG com tela curva) a).e b) Disponível em: Acesso em: 12 set 2016
3.26. (Smartphones flexíveis) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=flexible+smart&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjyiaWGs7jRAhVFGZAKHRDPDGkQ_AUIBygC#imgdii=Im4ZZ_hIIQjjSM%3A%3BIm4ZZ_hIIQjjSM%3A%3BGW0WXyqK-yrfkM%3A&imgrc=Im4ZZ_hIIQjjSM%3A Acesso em: Set. 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=flexible+smart&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjyiaWGs7jRAhVFGZAKHRDPDGkQ_AUIBygC#tbm=isch&q=smartphone+lflexible&imgrc=NYXaMQ3Kd7aUyM%3A Acesso em: 23 set 2016
3.27. (Grampeadores) a) e b) Fotos do autor
3.28. (Grampeadores) a); b); c) e d) Fotos do autor
3.29. (Laterais de grampeadores) a) e b) Fotos do autor
3.30. (Rádio Sony-TR 63)
.
129
a) https://www.google.com.br/search?q=sony+radio+tr-63&biw=1920&bih=955&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjB8rqImpnKAhXLCpAKHXDkBuEQ_AUIBigB#imgrc=ynx5ib6tBPEIqM%3A Acesso em: 13 jun 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=watchman+sony+FD-210-+history&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiY9oTEsYTQAhWBjJAKHZLTDmAQ_AUIBigB#tbm=isch&q=r%C3%A1dio+sony+TR-63+-+history&imgrc=ndrRrdhILYu4tM%3A Acesso em: 13 jun 2016
3.31. (Walkman Sony) a) Disponível em: http://content.time.com/time/nation/article/0,8599,1907884,00.html Acesso em: 25 ago 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=walkman+da+sony&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiCtJ3d64XQAhXFI5AKHd-nAl0Q_AUIBygC#imgrc=MQUZdNJ0UMSrwM%3A Acesso em: 25 ago 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=walkman+sony&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiQ5_eRjoTQAhVFIJAKHQ_oDVoQ_AUIBygC#tbm=isch&q=walkman+sony-+user&imgrc=ExrvNi-LzmMcxM%3A Acesso em: 25 ago 2016
3.32. (Sony Watchman) a) Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sony_Watchman Acesso em: 19 nov 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=watchman+sony&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiV6ee01IHQAhUCC5AKHVHRDYoQ_AUIBigB&dpr=1#imgdii=7cA5fghUq9J2OM%3A%3B7cA5fghUq9J2OM%3A%3BbNu6nuzTgbG6JM%3A&imgrc=7cA5fghUq9J2OM%3A Acesso em: 19 nov 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Watchman++FD-10A&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjL9-yHmYbQAhWIvJAKHeQFDzMQ_AUIBygC&dpr=1#imgrc=D5dnjYlkL1jPJM%3A Acesso em: 19 nov 2016
3.33. (Sony Discman) a) Disponível em: https://www.tumblr.com/search/this-is-not-a-discman Acesso em: 17 dez 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=discman+and+pocket&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjF4rywhOTSAhXKI5AKHTFpAmgQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950 Acesso em: 17 dez 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=pocket+discman+sony&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjdy67Z3IHQAhXFIZAKHUJ3CU0Q_AUIBygC#imgdii=m95m86pwTHIaLM%3A%3Bm95m86pwTHIaLM%3A%3BYp9ZJWyITukY2M%3A&imgrc=m95m86pwTHIaLM%3A Acesso em: 17 dez 2016
.
130
3.34. (Máq. Fotogr. Leica) a) Disponível em: http://pacificrimcamera.com/pp/leicaa.htm Acesso em: 22 ago 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=leica+A&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwia_q3G_5bQAhUClJAKHeZpD4IQ_AUIBygC&dpr=1#imgrc=QLscguae2Q5iqM%3A Acesso em: 22 ago 2016
3.35. (Máqinas Rollei 35) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=rollei+35&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwiQqaDN--7PAhUIPJAKHZSoDVoQ_AUIBygC#imgrc=hnVAzNIWUzRGmM%3A Acesso em: 7 fev 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=rollei+35&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwiQqaDN--7PAhUIPJAKHZSoDVoQ_AUIBygC#imgrc=hnVAzNIWUzRGmM%3A Acesso em: 7 fev 2016 c) Disponível em: http://www.rolleiclub.com/cameras/35classic/info/index.shtml Acesso em: 7 fev 2016
3.36. (Montagem Rollei 35 e Smartphone) a) Disponível em: http://www.rolleiclub.com/cameras/35classic/info/index.shtml Acesso em: 5 nov 2016 b) Disponível em: https://www.the-blueprints.com/modules/vectordrawings/preview/11301-mid.jpg Acesso em: Acesso em: 5 nov 2016
3.37. (Rollei 35 no bolso da camisa) a), b) e c): Fotos do autor
3.38. (Tabela comparativa de máq. fotogr.) Montagem do autor
3.39. (Máquinas Rollei 35 e Minox 35 PL) a) Disponível em: https://mitxela.com/projects/rollei_35_meter_repair Acesso em: 28 maio 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=objetiva+50mm+Leica&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwicwqXOmbbQAhWMPpAKHZ1sDcAQ_AUIBygC#tbm=isch&q=rollei+35+and+film&imgrc=TzImeMPOV_H8dM%3A Acesso em: 28 maio 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=objetiva+50mm+Leica&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwicwqXOmbbQAhWMPpAKHZ1sDcAQ_AUIBygC#tbm=isch&q=rollei+35+and+film&imgrc=K77J_AI1ptFHpM%3A Acesso em: 28 maio 2016
3.40. (Tabela comparativa máq. fotogr.)
.
131
3.41. (Máquinas e filmes) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=objetiva+50mm+Leica&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwicwqXOmbbQAhWMPpAKHZ1sDcAQ_AUIBygC#tbm=isch&q=rollei+35+and+film&imgrc=mIaPo-ghNBzKGM%3A Acesso em: 26 nov 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=rollei+35+repair&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjcl-zGprbQAhWFfZAKHSkoCgIQ_AUICigD#tbm=isch&q=rollei+35+interior&imgrc=qmVmsZmdVd0BlM%3A Acesso em: 26 nov 2016 c) Disponível em: http://www.submin.com/35mm/collection/minox/ Acesso em: 26 nov 2016 CAP. 3.3_ OBJETOS DE MÃO
3.42. (Pontos de cargas com bebês) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Happy+Man+With+Baby+Sitting+On+His+Lap+Stock+Photo+%7C&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjX1cfekq_SAhVGlJAKHdJgA2UQ_AUIBigB#imgrc=t13jBBxjAvFLyM: Acesso em: 23 fev 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Baby+Yoga+-+MaisEquilibrio&rlz=1C1RNBN_pt-BRBR520BR521&espv=2&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiii9-nla_SAhXDHpAKHTfIAMEQ_AUICCgD#imgrc=Bt92--2QXffBQM: Acesso em: 23 fev 2016
3.43. (Pontos de cargas e violão) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=violao+na+perna&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjliP-DyrHSAhUEk5AKHQk-AUUQ_AUIBigB#imgrc=Kbwa_EVWf8wI2M: Acesso em: 18 fev 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=guitar+standing&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwixs5i_0rHSAhXDEpAKHbTkCocQ_AUIBigB#imgrc=Va2Us_VQ_V_IEM: Acesso em: 18 fev 2016
3.44. (Cargas) Imagem de cargas_ IIDA. 2003 p.96
3.45. (Dedo com papagaio e chave) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=finger+and+bird&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwiC5ePinK_SAhXKfZAKHZcTCbsQ_AUIBigB#imgdii=DIHoVCKYKqXt6M:&imgrc=plWYKoH-4gtciM: Acesso em: 12 out 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Car+Key+On+Finger+Stock+Images+-+Image:+17245674&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&v
.
132
ed=0ahUKEwinsYS8nK_SAhUCx5AKHQCnBWMQ_AUIBigB#imgrc=vXA-SHOMEw_iuM: Acesso em: 12 out 2016
3.46. (Mulher carregando diversas coisas no corpo) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=woman+carrying+baby+and+bags&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwif3JHHkobSAhVEjJAKHVejCTEQ_AUIBigB#tbm=isch&q=woman+carrying+baby+and+bags+in+street&imgrc=8JinQrzw3ys1AM: Acesso em 13 mar 2017
3.47. (Pontos de cargas- Montagem do autor) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=open+arms&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjui8Hf4eLRAhVIl5AKHY9iDioQ_AUIBigB#tbm=isch&q=man+open+arms&imgrc=xHSf70i3FDAGHM%3A Acesso em: 5 jan 2016
3.48. (Mulher carregando lata na cabeça e Scherpa) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=lata+d%27%C3%A1gua+na+cabe%C3%A7a&biw=1920&bih=955&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjomYfozN3MAhXIvJAKHQuuDNEQ_AUICCgD#imgrc=CiZ37YdPDDn3vM%3A Acesso em: 02 dez 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=sherpas&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwiG4eiI0KnRAhUGmJAKHQt5Ah0Q_AUIBigB#imgdii=Y0HnBZKN06rEYM%3A%3BY0HnBZKN06rEYM%3A%3BWY2KXagDzwK10M%3A&imgrc=Y0HnBZKN06rEYM%3A Acesso em: 02 dez 2016
3.49. (imagens carregando botijão e shoulder pole) a) Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/mundo/confira-belas-fotos-ao-redor-do-mundo-2038620.html Acesso em: 7 nov 2017 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=lata+d%27%C3%A1gua+na+cabe%C3%A7a&biw=1920&bih=955&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjomYfozN3MAhXIvJAKHQuuDNEQ_AUICCgD#imgrc=1N3HMCY375_bRM%3A Acesso em: 7 nov 2017
3.50. (imagem mulher usando shoulder yoke e peças) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=carrying+pole&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjnm8S40u7TAhWMH5AKHXJNDl0Q_AUIBigB&biw=1920&bih=950#tbm=isch&q=milkmaid's+yoke&imgrc=0Nu5rMQ7mxU3WM: Acesso em: 12 mar 2017 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=carrying+pole&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjnm8S40u7TAhWMH5AKHXJNDl0Q_AUIBigB&biw=1920&bih=950#tbm=isch&q=milkmaid's+yoke&imgrc=m4uUhMj-IkrkuM: Acesso em: 12 mar 2017 c) Disponível em: http://www.woodstockheritage.com/art-and-antiques/d/19th-century-milkmaids-yoke/135117 Acesso em: 12 mar 2017
.
133
3.51. (imagens cargas em estudantes) Imagem: KROEMER. 2005. P.19
3.52. (Tiracolos e mochilas) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=bag+in+shoulder&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjCrdv9-uDRAhWDQ5AKHTPiCaQQ_AUIBigB#imgrc=qxKPqPIfT8uYbM%3A Acesso em: 25 out 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=mochilas&rlz=1C1RNBN_pt-BRBR520BR521&espv=2&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjrz9Oe18LRAhWDgpAKHYh5CZ8Q_AUIBygC#tbm=isch&q=homens+com+tira+colo&imgrc=OzSAmTVSdhX56M%3A Acesso em: 25 out 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=jovem+com+mochila&rlz=1C1RNBN_pt-BRBR520BR521&espv=2&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjInK3V28LRAhVID5AKHW9rAsQQ_AUIBigB#imgdii=7EOAAj4eYZ8ywM%3A%3B7EOAAj4eYZ8ywM%3A%3BLgoIeqBXpLsjnM%3A&imgrc=7EOAAj4eYZ8ywM%3A Acesso em: 25 out 2016 d) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=camera+no+pesco%C3%A7o&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjYn5Ww1MLRAhVKDZAKHW9xD6UQ_AUIBygC#imgrc=MTiILaE0d-FuwM%3A Acesso em: 25 out 2016
3.53. (pessoas com mochilas) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=mochila+frente&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjM1P7h4MLRAhUGQpAKHTLSClwQ_AUIBigB&dpr=1#tbm=isch&q=mochila+na+frente&imgrc=uslyinCtgEk5pM%3A Acesso em: 3 fev 2017 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=andando+com+mochila&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwijooD43cLRAhUFHJAKHR4sBIsQ_AUIBigB#tbm=isch&q=looks+para+usar+com+mochila&imgrc=o_VrJg_3TZiLvM%3A Acesso em: 3 fev 2017 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=bolsa+academia&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjR1sqjosTRAhUDj5AKHYYdA-EQ_AUIBygC#tbm=isch&q=homem+com+bolsa+academia&imgrc=P7aVcMbfAt5vxM%3A Acesso em: 3 fev 2017
3.54. (moças bolsa na mão, no antebraço e no ombro)) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=woman+with+bag&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiX_Lal377SAhWMgZAKHQvxAzAQ_AUIBigB#imgrc=pDAXa0Ve-J0PmM: Acesso em: 14 fev 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=bolsa+de+ombro&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiG54vX3r7SAhVLIZAKHWr6DL4Q_AUIBygC#imgdii=e9V0qp-xNs2nAM:&imgrc=giCKVNw98DglcM:
.
134
Acesso em: 14 fev 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=bolsa+de+ombro&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiG54vX3r7SAhVLIZAKHWr6DL4Q_AUIBygC#imgrc=giCKVNw98DglcM: Acesso em: 14 fev 2016
3.55. (objetos no antebraço) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=mochila+frente&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjM1P7h4MLRAhUGQpAKHTLSClwQ_AUIBigB&dpr=1#tbm=isch&q=mochila+na+frente&imgrc=nexBUx6J5owluM: b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=bolsa+no+bra%C3%A7o&rlz=1C1RNBN_pt-BRBR520BR521&espv=2&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwii4_XRgMPRAhWChZAKHUKEADMQ_AUIBigB#imgdii=5xSmeybu3C66rM%3A%3B5xSmeybu3C66rM%3A%3Bbzkx3vwnk8YwBM%3A&imgrc=5xSmeybu3C66rM%3A Acesso em: 18 nov 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=bolsa+maternidade&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjAmfDs_tnRAhVROZAKHYpjCqUQ_AUIBygC#tbm=isch&q=bolsa+no+bra%C3%A7o&imgdii=2dQzCFSXBTS6fM%3A%3B2dQzCFSXBTS6fM%3A%3BTwRWVckJszJiaM%3A&imgrc=2dQzCFSXBTS6fM%3A Acesso em: 18 nov 2016
3.56. (Casal de braços dados) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=de+bra%C3%A7os+dados&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjBzqC40IfSAhWMkJAKHcJqAFsQ_AUIBigB#tbm=isch&q=debra%C3%A7os+dados&imgrc=b9m64koWV_zJ0M: Acesso em: 27 set 2016
3.57. (Mulher com criança na bacia e esqueleto) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=woman+carrying+kid&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj8jOSQopvSAhXLnJAKHRmoC6MQ_AUIBigB#imgrc=qpo4rC4VBZC4sM: Acesso em: 25 ago 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Woman+lying+down+with+baby&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiPv6CogIrSAhUEIJAKHd1qDToQ_AUIBigB#tbm=isch&q=anatomia+esqueleto+bacia+e+costelas&imgrc=wzLeD2c3bkYVTM: Acesso em: 25 ago 2016
3.58. (Jogador de futebol e tabela) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=jogador+com+m%C3%A3os+no+quadril&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj23b-mmorSAhVEl5AKHUz0D2kQ_AUIBigB#tbm=isch&q=cristiano+ronaldo&imgrc=eSf0djbAkBAqgM: Acesso em: 14 dez. 2016 b) Tabela segundo: DIFFRIENT (1974, p. 8)
.
135
3.59. (Mãos com relógios) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=hand+and+watch&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj3laP_16_SAhVIE5AKHfzoDQAQ_AUIBigB#tbm=isch&q=hand+and+cronometer&*&imgrc=y0CBX2F_zZDn8M: Acesso em: 11 mar 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=hand+and+watch&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj3laP_16_SAhVIE5AKHfzoDQAQ_AUIBigB#imgrc=OksuLa1UvmMGUM: Acesso em: 11 mar 2016
3.60. (Tipos de pegas) a) DIFFRIENT (1974, Cartela 6b) b) DIFFRIENT (1974, Cartela 4a)
3.61. (Bandeja, sacola e mão de David) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=gar%C3%A7om+com+bandeja&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjX6KTLgIfSAhVGk5AKHTtkBnMQ_AUIBigB#imgrc=N5FcLYX-vx5QXM: Acesso em: 17 ago 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=woman+with+several+bags&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj-54PHiMPRAhVJkZAKHcZqCEkQ_AUIBigB#imgrc=Z5gMaZ5ybKmYKM%3A Acesso em: 17 ago 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=David+hands++miguel+angel&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi2xNeRhYfSAhUJQpAKHb1OC1UQ_AUIBigB#tbm=isch&q=miguel+angel+david+hands&imgdii=dTTO9E0aQZi2QM:&imgrc=eZ2widhZE-gDpM: Acesso em: 17 ago 2016
3.62. (Preensão direta de objetos) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=torcedor+com+radio+de+pilhas&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjE6oGfiK_RAhVIFJAKHfCKB3YQ_AUIBigB#imgrc=M2SIp43GEQYmAM%3A Acesso em: 10 jul 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=guarda+chuva+sem+cabo&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjG_P3og6_RAhWJWpAKHZo6AMAQ_AUIBigB&dpr=1#tbm=isch&q=guarda+chuva+e+maos&imgrc=C10L1rUeJEmQ3M%3A Acesso em: 10 jul 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=carteira+de+m%C3%A3o+masculina&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj5mdbX_KnRAhVBf5AKHSabDYkQ_AUIBygC#imgrc=KHPF-1vTlt0hhM%3A Acesso em: 10 jul 2016
3.63. (carregando pastas) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=carteira+de+m%C3%A3o+masculina&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj5mdbX_KnRAhVBf5AKHSabDYkQ_AUIBygC#tbm=isch&q=pasta+baixo+o+bra%C3%A7o&imgdii=6y8g0GTjAKqutM%3A%3B6y8g0GTjAKqutM%3A%3BeJqJ6g8AMJ3P7M%3A&imgrc=6y8g0GTjAKqutM%3A Acesso em: 14 fev 2016 b) Disponível em:
.
136
https://www.google.com.br/search?q=carteira+de+m%C3%A3o+masculina&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj5mdbX_KnRAhVBf5AKHSabDYkQ_AUIBygC#tbm=isch&q=A3+folder&imgrc=Ewr2y9kF5aPYZM%3A Acesso em: 14 fev 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=carteira+de+m%C3%A3o+masculina&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj5mdbX_KnRAhVBf5AKHSabDYkQ_AUIBygC#tbm=isch&q=a3+folder+bag&imgdii=ITpAQ5sJnApneM%3A%3BITpAQ5sJnApneM%3A%3B-jzMfGHjOV9v_M%3A&imgrc=ITpAQ5sJnApneM%3A Acesso em: 14 fev 2016 3.64. (Resgate de soldado) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=salvamento+soldado+ferido&biw=1920&bih=950&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwjE-taVj6TRAhXSPpAKHamnBJUQsAQIGg#imgrc=dH7cN0lI_XUddM%3A Acesso em: 22 ago 2016
3.65. (mulheres carregando malas e malas com alças retráteis) Diversos em: Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=malas+com+rodas&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjf0ueWwL_UAhXDDpAKHT9DA1sQ_AUIBygC&biw=1920&bih=950 Acesso em: 21 set 2016
3.66. (Soldado e latas de combustíveis) Disponível em: https://www.flatout.com.br/jerry-can-a-origem-nazista-de-um-dos-maiores-simbolos-dos-jeeps/ Acesso em: 14 out 2016
3.67. (lata quadrada e de óleo) a) LEGER, Philippe. Arquille, Stéphane. Wehrmacht Kanister 20 Liter. Normandie: Heimdal. 2014. b) Disponivel em:
https://www.google.com.br/search?q=wehrmacht+kanister&biw=1920&bih=
950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiZjoiG7I_QAhVDi5AKH
XQHByUQ_AUIBygC#imgrc=eKJOmUdBIpBS6M%3A
Acesso em: 18 set 2016
3.68. (Vasilhame triangula duas imagens) a) Disponível em:
https://www.google.com.br/search?q=wehrmacht+kanister&biw=1920&bih=
950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiZjoiG7I_QAhVDi5AKH
XQHByUQ_AUIBygC#q=wehrmacht+kanister&tbm=isch&tbs=rimg:CdZXj5
xGDZ6cIjjshIcCGatnjTYrWmKK6PohYxafzsLumBY2sW2E25XqEHzfT5lCIy
wh7WKWwrQvIdjCF_1MCdt96OCoSCeyEhwIZq2eNEcapL5EgMJllKhIJNit
aYoro-
iEReS0ndcN1FF0qEgljFp_1Owu6YFhGbAhfmGTPO8yoSCTaxbYTbleoQE
W0qd2O007_1FKhIJfN9PmUIjLCERyTe-
VvQXZAEqEgntYpbCtC8h2BEVxac3xeshhyoSCcIX8wJ233o4EfKgFDM0G
tzQ&imgrc=5DSi9IjOkaFerM:
Acesso em: 16 jan 2016 b) Disponível em:
https://en.wikipedia.org/wiki/Jerrycan Acesso em: 16 jan 2016
.
137
3.69. (vasilhames com três alças e com cantos chanfrados) a).e b) LEGER, Philippe. Arquille, Stéphane. Wehrmacht Kanister 20 Liter. Normandie: Heimdal. 2014.
3.70. (Precursores do Kanisters) a).e b) LEGER, Philippe. Arquille, Stéphane. Wehrmacht Kanister 20 Liter. Normandie: Heimdal. 2014.
3.71. (latas de combustível de 200L) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=wehrmacht+kanister&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjA6Omm1KrSAhWLGZAKHYkmB20Q_AUIBygC#q=wehrmacht+kanister&tbm=isch&tbs=rimg:CdgfV3EGJt12Ijh_1CN61_1UHxlVYhDESG5TYn6cl4XL9J7Rz2FodsgM0JVjRWeVkzSK1ry0CYd1o2eJfSU6tJuv7yryoSCX8I3rX9QfGVEbtQh1D_1d0M8KhIJViEMRIblNicR77dsnOhyrDcqEgnpyXhcv0ntHBFpEStldyHlOioSCfYWh2yAzQlWEaU7Z6zoNP64KhIJNFZ5WTNIrWsRxq7KgyLErTwqEgnLQJh3WjZ4lxGxOf1ST35GKyoSCdJTq0m6_1vKvESLXWHk4IPI3&*&imgrc=619fVSQQl1YGTM: Acesso em 15 dez 2016 b) LEGER, Philippe. Arquille, Stéphane. Wehrmacht Kanister 20 Liter. Normandie: Heimdal. 2014.
3.72. (Kanisters com dois tipos de nervura) a) e b) LEGER, Philippe. Arquille, Stéphane. Wehrmacht Kanister 20 Liter. Normandie: Heimdal. 2014.
3.73. (Kanisters para agua) a); b) e c) LEGER, Philippe. Arquille, Stéphane. Wehrmacht Kanister 20 Liter. Normandie: Heimdal. 2014.
3.74. (Kanister, secção) a); b) e c) LEGER, Philippe. Arquille, Stéphane. Wehrmacht Kanister 20 Liter. Normandie: Heimdal. 2014.
3.75. (Kanister, tampa) a); b) e c) LEGER, Philippe. Arquille, Stéphane. Wehrmacht Kanister 20 Liter. Normandie: Heimdal. 2014.
3.76. (Kanister,bico de abastecimento I) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=jerry+can+came&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwje9Yj1k6rSAhVIC5AKHRsjAJUQ_AUIBigB#tbm=isch&q=jerry+can+tip&*&imgdii=YKzkc38nrTxXxM:&imgrc=mgBE84v2fpMqlM: Acesso em: 13 dez 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=jerry+can+caps&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiQtdn0hfjRAhXGFpAKHdwwCHYQ_AUIBigB#tbm=isch&q=gasoline+jerry+can&imgrc=5NiE3s15JoqK9M: Acesso em: 13 dez 2016 c) e d): LEGER, Philippe. Arquille, Stéphane. Wehrmacht Kanister 20 Liter. Normandie: Heimdal. 2014. Acesso em: Dez. 2016
.
138
3.77. (bico de abastecimento II) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Jerry+can+pouring+spouts&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwioqMyA_fzRAhWGDJAKHcGHDK8Q_AUIBigB#q=Jerry+can+pouring+spouts&tbm=isch&tbs=rimg:CUR7e3JH43c1IjhCQRLlIndvaUQwBF3Qblr-t1BH2tj--vnSFhe_1VQ8lTt3ckbaEMi5YI6ln8NihBbsvZzV1vSBzAioSCUJBEuUid29pETnVuinMORJZKhIJRDAEXdBuWv4RCkHjpXz2FJsqEgm3UEfa2P76-RGEFJQbAO9qsyoSCdIWF79VDyVOEQukBoyffpmMKhIJ3dyRtoQyLlgRyBnRJJSRJGgqEgkjqWfw2KEFuxFuAUFF-QgK4CoSCS9nNXW9IHMCEZB2AJuvF3gw&imgrc=QcTYCzd3EIW_PM: Acesso em: 25 nov 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=jerry+can+caps&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiQtdn0hfjRAhXGFpAKHdwwCHYQ_AUIBigB#imgdii=25DEms-HFajEJM:&imgrc=oUJPS14DLDKdOM: Acesso em: 25 nov 2016
3.78. (Kanister carregado com uma e duas mãos) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=jerry+cans+e+german+soldiers&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwix14SLifjRAhWMEJAKHdsmDZwQ_AUIBygC#tbm=isch&q=+german+soldiers+using+jerry+cans+e&imgrc=5qUD0zlsW6GGuM: Acesso em: 22 set 2016 b) e c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=jerrycan&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjbo56a6Y7QAhXLjpAKHcxWBgkQ_AUIBygC&dpr=1#imgrc=bA4LneDmFmWQEM%3A Acesso em: 22 set 2016
3.79. (carregando vários Kanisters) a) Disponível em: http://www.carryology.com/utility/carry-history-the-wwii-jerrycan/ Acesso em: 13 jun 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=jerry+can+stacking&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjA0su9rqrSAhXGHZAKHcmuCLsQ_AUIBigB#tbm=isch&q=jerry+can+stocking&*&imgrc=kQYkYOr-TIsSEM: Acesso em: 13 jun 2016
3.80. (Kanister: medidas e vista superior) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=wehrmacht+kanister&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiZjoiG7I_QAhVDi5AKHXQHByUQ_AUIBygC#imgdii=KaQtLzUprcadZM%3A%3BKaQtLzUprcadZM%3A%3B9Y-EHaDFDbjd7M%3A&imgrc=KaQtLzUprcadZM%3A Acesso em: 12 jun 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=jerry+can&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjip-WukKnSAhUMjJAKHUzHCHoQ_AUIBygC#tbm=isch&q=wehrmacht+kanister&*&imgrc=hMqwpRHfv3KbwM: Acesso em: 12 jun 2016
3.81. (empilhamento de latas a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=jerry+can+technical+drawing&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj9j7vD2pzSAhVGmJAKHbSHDlkQ_AUIBigB#tbm=isch&q=jerry+cans+in+mters&imgrc=dkp03Ackvty6bM: Acesso em: 5 fev 2016
.
139
b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=wehrmacht+canister&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjihKX7qKrSAhXDIJAKHdj1CpsQ_AUIBygC#tbm=isch&q=jerrycans+stack+up&*&imgdii=J-c9niWMXGhinM:&imgrc=rEwDRcuxVScwnM: Acesso em: 5 fev 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Vinzenz+Gr%C3%BCnvogel&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiF2JvBovfRAhVBIpAKHWUBBqYQ_AUIBygC#imgdii=yE2lnuZdXtjUVM:&imgrc=lIlP2kouj6Qf2M: Acesso em: 5 fev 2016
3.82. (perfil de mulher grávida e homens carregando baldes) a) DIFFRIENT. 1974 p.6 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=carrying+buckets&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjT3vShqPDRAhWJk5AKHWfbCrYQ_AUIBigB#imgdii=WFqI5-Ncn6utSM:&imgrc=GrL0qOuLG1QfxM: Acesso em: 15 jul 2016
3.83. (Tórax e cargas) a) e b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=carregando+botij%C3%A3o+de+gas&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjIiOCL9KTRAhVSlpAKHZSrDU4Q_AUIBigB#tbm=isch&q=coluna+vertebral+vista+lateral&imgrc=42nySmPkP8BMBM%3A Acesso em 25 jun 2016
3.84. (Entregador de pizza e vendedor com isopor) a) Disponível em: http://df.olx.com.br/distrito-federal-e-regiao/industria-comercio-e-agro/mochila-bau-para-entregar-pizzas-e-marmitas-177796394 Acesso em: 12 ago 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=vendedor+de+praia&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwi666ihysTRAhWEDZAKHXXhCEYQ_AUIBigB#imgrc=ScFGhNusOjrv0M%3A Acesso em: 12 ago 2016
3.85. (quadro Duchamp e sequencia de movimentos) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=rasto&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjYnrS-hMfRAhUBI5AKHVtoCpcQ_AUIBigB#tbm=isch&q=nu+descendo+escada&imgrc=YXiv9ciAuiu9JM%3A Acesso em: 08 set 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=nu+descendo+a+escada&biw=1097&bih=543&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiH9LPTjMfRAhUNmJAKHV1cAY8Q_AUIBigB#imgrc=9bCpd3SZKqED_M%3A Acesso em: 08 set 2016
3.86. (Homens carregando pasta , tiracolo e livros) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=homem+com+malas&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi8h4b98sTRAhVHmJAKHfFXD9wQ_AUIBigB#imgdii=88_qXLQXwVpt3M%3A%3B88_qXLQXwVpt3M%3A%3BEWpdbp_fVqqEcM%3A&imgrc=88_qXLQXwVpt3M%3A Acesso em: 15 set 2016 b) Disponível em:
.
140
https://www.google.com.br/search?q=david+beckham+e+tiracolo&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiygr-K18rRAhXFhZAKHfxEClYQ_AUIBigB#imgrc=i8WxiiyNMx0k3M%3A Acesso em: 15 set 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=pessoa++com+pasta&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjphP6L2MrRAhUDjZAKHZ8vASsQ_AUIBigB#tbm=isch&q=ofice+boy+carring+plastics+folders&imgrc=4mMqIn7FypR9EM%3A Acesso em: 15 set 2016
3.87. (mulher e grandes bolsos e escada) a) Disponível em: http://www.displays2go.com/P-16520/TV-Floor-Stand-Includes-Carrying-Cases-for-Travel-Black Acesso em: 24 jul 2016 b) Disponível em: http://www.masterfile.com/image/en/635-01706408/Man-carrying-a-ladder Acesso em: 24 jul 2016
3.88. (carrinho bebe, bagagens com rodízios (silhueta) e moça) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=mulher+carrinho+bebe&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwio27W8-MTRAhWNPpAKHYYUDG8Q_AUIBigB#imgdii=s8T6-MYXXavTgM%3A%3Bs8T6-MYXXavTgM%3A%3B4YCC0AN2BJplvM%3A&imgrc=s8T6-MYXXavTgM%3A Acesso em: 3 ago 2016. b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=man+with+travel+bag-+Black+silhouette&rlz=1C1RNBN_pt-BRBR520BR521&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi8_bfjkYLUAhWFhJAKHZtiBrIQ_AUICigB&biw=1920&bih=901#imgrc=W1z3QXZQ8ygoZM: Acesso em: 3 ago 2016. c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=bolsa+maternidade&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjAmfDs_tnRAhVROZAKHYpjCqUQ_AUIBygC#tbm=isch&q=bolsa+no+bra%C3%A7o&imgdii=2dQzCFSXBTS6fM%3A%3B2dQzCFSXBTS6fM%3A%3BTwRWVckJszJiaM%3A&imgrc=2dQzCFSXBTS6fM%3A Acesso em: 3 ago 2016.
3.89. (violoncelo e mochila nas costas) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=mulher+no+metro+com+violoncelo&hl=pt-BR&biw=1920&bih=950&site=webhp&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiw-LrSscfRAhVDkJAKHchCDy4Q_AUIBygC#hl=pt-BR&tbm=isch&q=walking+with+violoncelo&imgrc=WMMUBi78NupV0M%3A Acesso em: 10 set 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=homem+com+mochila+cargueira&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwin9-2nwcrRAhVBFZAKHYcJCewQ_AUIBigB#imgdii=1P9_JFSmyaU32M%3A%3B1P9_JFSmyaU32M%3A%3BNUsxyj_Y_0PFGM%3A&imgrc=1P9_JFSmyaU32M%3A Acesso em: 10 set 2016
3.90. (tool box madeira e metal) a) Disponível em:
.
141
https://www.google.com.br/search?q=old+wooden+tool+box&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj0n66U6ePRAhUOPJAKHSn3DeIQ_AUIBygC#imgrc=k_28ojUybXx2EM%3A Acesso em: 22 mar 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=caixa+ferramentas+marcon&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjQifa-m8TRAhUEkJAKHStcCzQQ_AUIBygC#imgrc=umivgfiRATPtSM%3A Acesso em: 22 mar 2016
3.91. (tool box cheia e mostruário) a) Disponível em: https://www.facilityvip.com/resources/ Acesso em: 22 abr 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?tbm=isch&q=plastic+toolbox&imgrc=kFmd_TcIEzwokM:&ei=viA-Wf-FH8GJwgTrqILwBQ&emsg=NCSR&noj=1 Acesso em: 22 abr 2016
5.92. (mala de doutor) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=tool+box&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjQvf6a0efRAhVBF5AKHQZxCKgQ_AUIBygC#tbm=isch&q=medical+bags+for+doctors&imgrc=GtPD6pWGlSPYnM%3A Acesso em: 03 ago 2016 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=medical+bags&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiQjsLm1efRAhVBEpAKHTFtDfcQ_AUIBygC#tbm=isch&q=bags+for+doctors&imgdii=HuGzLpcdNH4PrM%3A%3BHuGzLpcdNH4PrM%3A%3B_tve1P2h_oEiLM%3A&imgrc=HuGzLpcdNH4PrM%3A Acesso em: 03 ago 2016 c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=tool+box&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjQvf6a0efRAhVBF5AKHQZxCKgQ_AUIBygC#tbm=isch&q=medical+bags+for+doctors&imgdii=EIbiapjaRXouTM%3A%3BEIbiapjaRXouTM%3A%3B_O0r8QICpztzJM%3A&imgrc=EIbiapjaRXouTM%3A Acesso em: 03 ago 2016 d) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=medical+bags&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiQjsLm1efRAhVBEpAKHTFtDfcQ_AUIBygC#tbm=isch&q=doctor+interior+bags&imgdii=7iar8_xO6kpS0M%3A%3B7iar8_xO6kpS0M%3A%3BEID_g5xX_8qNnM%3A&imgrc=7iar8_xO6kpS0M%3A Acesso em: 03 ago 2016
3.93. (bolsa horizontal) a) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=tennis+bags&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiM_q60iunRAhWJkJAKHd35CtIQ_AUIBygC#tbm=isch&q=maria+sharapova+tennis&imgdii=t4TuQ6LFJ3zdfM%3A%3Bt4TuQ6LFJ3zdfM%3A%3B9rUTKef0sTKyWM%3A&imgrc=t4TuQ6LFJ3zdfM%3A Acesso em: jan 2017 b) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=tennis+bags&biw=1920&bih=950&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiM_q60iunRAhWJkJAKHd35CtIQ_AUIBygC#tbm=isch&q=tenis+player+with+bag&imgdii=ewcwC80BHZCanM%3A%3BewcwC80BHZCanM%3A%3Bl76SUu5By4YhKM%3A&imgrc=ewcwC80BHZCanM%3A Acesso em: jan 2017
.
142
c) Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=tennis+player+with+bag&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwi4w76jz9rUAhVFj5AKHSjWALgQ_AUIBigB&biw=1920&bih=950#tbm=isch&q=rafael+ladal+witht+tenis+bag&imgrc=S_6b_2wDxzd6NM: Acesso em: jan 2017 CAP. 4_ CONSIDERAÇÕES FINAIS 4.01. Quadro sinótico (produção do autor)
.
143
top related