polÍtica lÍnguÍstica em prol da licenciatura em ... · 1999 vem estudando o assunto, que foi...
Post on 30-Nov-2018
212 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 318
POLÍTICA LÍNGUÍSTICA EM PROL DA LICENCIATURA EM
ITALIANO NA MODALIDADE EAD NO ESPÍRITO SANTO
Mariza Moraes (UFES)
mariza.sm@ig.com.br
RESUMO: O Brasil, segundo a Carta de Maputo (2011), é um dos oito países plurilíngues do mundo. No
campo das línguas autóctones ultrapassamos duas centenas, afora os idiomas alóctones. Os falantes do
bilinguismo anseiam pelo reconhecimento de seus recursos comunicacionais. O presente trabalho faz o
levantamento das ações concretizadas pelos Governos federal e municipais na defesa das línguas das
minorias. Destacamos a criação do INDOL (Inventário Nacional da Diversidade Linguística) e
comentamos as leis que co-oficializam as línguas Pomerana e Talian, de raízes europeias, assim como a
LIBRAS e as línguas indígenas: Tukano, Nheegatu e Baniwa.O histórico tem embasamento teórico de
Calvet, Altenhofen e Oliveira. As informações formais sobre as leis provem dos sites oficiais das
prefeituras ou dos portais eletrônicos dos órgãos federais. As propostas governamentais são exitosas. No
entanto, reconhecer e legislar sobre as línguas minoritárias não lhes garante a sistematização, a
transmissão e a preservação. É por meio da Escola que a garantia se verifica e viceja. Por acreditamos
nesta premissa, somos proponentes de uma licenciatura em italiano na modalidade EaD e estamos
recolhendo subsídios, que este trabalho elenca e discute, para aleitar a proposta curricular do italiano,
tomando como exemplo o pomerano e o talian que obtiveram a oficialização e, em algumas casos, a
obrigatoriedade de ensino nas escolas. A política linguística torna-se para nós uma ferramenta de
persuasão junto aos gestores educacionais para implementarmos a licenciatura de italiano no Espírito
Santo.
PALAVRAS-CHAVES: Política linguística. Línguas minoritárias. Legislação.
RIASSUNTO: Il Brasile, a seconda della Lettera di Maputo (2011), èuno dei otto paesiplurilingue del
mondo. Nell´ambito delle lingue autoctonioltrepassiamo due centinai, inoltre gli idiomi non nativi.I
parlanti del bilinguismo vogliono il riconoscimento delle sue risorse comunicative. Il presente lavoroha
fatto il sondaggiodelle azionifatte dai Governicentrale e dei comuni nella difesa delle linguedelle
minoranze. Abbiamo distaccato l´INDOL (Inventário Nacional da Diversidade Linguística) e abbiamo
discusso le leggi che-hanno fatto ufficiali le lingue Pomerana e Talian, diradici europee, così comela
LIBRAS e le lingue degli indios: Tukano, Nheegatu e Baniwa.Lo storiciohafondamento teorico in Calvet,
Altenhofen e Oliveira. Le informazioni formali sulle leggi provengono dei siti ufficali dei comuni o dei
siti degli organi centrali. Le proposte dei Governi hanno avuto esito Tuttavia,riconoscere e fare dele leggi
sulle língue minoritarie non gli offre sistemazione, trasmissione e preservazione.Èattraverso la Scuola che
si garantisce la verifica e il futuro delle lingue. Infatti, crediamo a questa premessa e perciò siamo
proponenti di uma laurea in italiano a distanza, stiamo raccogliendo i sussidi, che questo lavoro elenca e
discute, per favorirelaproposta diun corso di italiano, partendo dall`esempio del Pomerano e del Talianche
hanno ottenuto lo status di lingua e,in alcuni contesti, l´obbligatorietà dell´insegnamento nelle scuole.La
politica linguistica diventa per noi un argomento di persuasionepresso i gestori educativi per ottenere il
permesso di aprire la laurea in italiano nello Stato del Santo Spirito (Espírito Santo).
PAROLE-CHIAVE: Politica lingüística; Lingue minoritarie; Legislazione.
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 319
INTRODUÇÃO
A política linguística é uma das divisões da ciência da linguagem – Linguística –
e teve o seu marco inicial na década de Sessenta do século XX. Atua de forma
prescritiva e interventora ao estudar as relações de poder na escolha da(s) língua(s) que
serve(m) para a comunicação social, para o ensino escolar e para a redação de
documentos oficiais, dentre deles a imprensa e os livros. No Brasil, a cátedra foi
implementada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que desde o ano de
1999 vem estudando o assunto, que foi incorporado à matriz curricular do Programa de
Pós-Graduação em Linguística. Até o ano de 2006, a UFSC manteve o pioneirismo na
área.
Ao lado da IES catarinense, temos o IPOL (Instituto de Investigação e
Desenvolvimento em Política Linguística) que desenvolve o registro de línguas
minoritárias no território brasileiro. O site (http://www.ipol.org.br) da entidade se define
como:
O Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística é uma
sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter cultural e
educacional, fundada em 1999, com sede em Florianópolis, Santa Catarina,
Brasil e constituída por profissionais de diversas áreas do conhecimento, para
realizar projetos de interesse político-linguístico. (IPOL, 2014)
A política linguística tem contornos legais, ou seja, é regulamentada pela
legislação educacional brasileira. Desse modo, temos a Constituição Federal, a Lei de
Diretrizes e Bases (LDB), o Parecer CNE/CEB Nº: 13/2012 do Conselho Nacional da
Educação (sobra educação indígena) e a da Declaração Universal dos Direitos
Linguísticos. Sobre este último item, destacamos uma de suas premissas:
Artigo 1.º
Esta Declaração entende por comunidade linguística toda a sociedade
humana que, radicada historicamente num determinado espaço territorial,
reconhecido ou não, se identifica como povo e desenvolveu uma língua
comum como meio de comunicação natural e de coesão cultural entre os seus
membros. A denominação língua própria de um território refere-se ao idioma
da comunidade historicamente estabelecida neste espaço.Disponível
em<www.onu.org.br/onu-no-brasil/unesco/>.
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 320
A escolha de uma língua como oficial é função do Estado. Muitas vezes, a
escolha de um determinado idioma coloca outro (s) no lugar de preterição. Tornando, às
vezes, a opção de uma língua, em detrimento de outra,motivo de conflito e disputa.
Quase sempre o idioma entronizado como oficial é o falado pela maioria dos falantes. O
quantitativo dos falantes tem relação direta com o espaço territorial ocupado por eles.
As línguas minoritárias são aquelas utilizadas em espaços geograficamente menores em
relação ao restante da territorialidade. Ao lado do aspecto territorial, uma língua
minoritária é fruto de questões histórico-econômicas, socioculturais e até religiosas.
Naturalmente, as minorias linguísticas desejam que sua língua tenha
representatividade social e pleiteiam seu reconhecimento para legitimar o seu uso (oral e
escrito), transmissão e perpetuação. As línguas das minorias são divididas em duas
categorias: autóctone ou alóctone, segundo Altenhofen (2000). A primeira refere-se às
línguas nativas, enquanto a segunda categoria está relacionada às línguas que resultaram
dos processos imigratórios. Neste último caso, temos no Brasil, por exemplo, o alemão,
o italiano, o iorubá.
Os defensores da política linguística atribuem que a legitimação da língua
minoritária equivale à inserção social. Os teóricos da política linguística, como Calvet,
Rajagopalan e Oliveira,ressaltam a importância de se fazer política linguística por
intermédio do Estado, porque a ação em prol das línguas minoritárias tem que estar
planificada nas razões da comunidade, tendo como base o contexto histórico.
Tormena define os dois termos fundamentais nas questões de poder do uso dos idiomas
que são: a planificação do corpus e planificação do status.A autora parte das conclusões
de Kloss:
(...) Kloss apresentou uma distinção, uma dicotomia que teria repercussões
importantes. O planejamento de corpus intervinha sobre a forma da língua
(criação da escrita, neologismo, padronização), enquanto o planejamento do
status intervinha sobre as funções da língua, sem status social, perante os
falantes. (TORMENA: 2007, p.18)
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 321
BILINGUISMO
No contexto brasileiro temos os casos de bilinguismo, ou seja, o convívio entre
falantes de línguas estrangeiras a par e passo com o português. O Estado (nas instâncias
estadual, municipal e federal) não pode estar indiferente aos anseios dos imigrantes ou
nativos indígenas. E o Governo, em suas diferentes esferas, tem agindo a favor da
proteção das línguas dos imigrantes e/ou nativos. Inclusive, no Censo Demográfico de
2010 foram indagadas aos depoentes perguntas relativas língua falada por eles.
Cléo Vilson Altenhofen no artigo Política linguística, mitos e concepções
linguísticas em áreas bilíngues de imigrantes (alemães) no Sul do Brasil, fez um breve
histórico sobre a situação linguística brasileira em termos majoritários e minoritários.
Sobre as línguas de base tupi e de matriz africana:
De fato, a visão histórica das “políticas linguísticas” para as línguas
minoritárias no Brasil mostra um predomínio de decisões coibitivas. No
século XVIII, o Marquês de Pombal, na sua ação contra a língua geral, de
base tupi, proibia, através do Diretório dos Índios (1758), qualquer
manifestação linguística que não fosse em português. De outro lado, a perda
das línguas africanas, não obstante a contribuição inexorável dos africanos à
constituição da população e da cultura brasileiras,constitui outra evidência da
força monolingualizadora do português como língua nacional.
(ALTENHOFEN: 2004, p.84)
Sobre as correntes migratórias
No que diz respeito aos imigrantes, que a partir do séc. XIX começaram a vir
ao extremo sul alemães, a partir de 1824; italianos,1875; poloneses, 1891
identificam-se já por volta de 1830, entre os políticos do
Império,preocupações com a assimilação ou adoção, pelos imigrantes
alemães [primeiro grupo imigrado], do português como língua oficial
(Willems 1980: 46). Os governos da República (depois de 1889) adotaram
medidas mais concretas, como por exemplo o abrasileiramento,segundo
Delhaes-Guenther (1980: 163), de topônimos da língua dos imigrantes para o
português (p.ex. Nova Pádua torna-se Flores da Cunha), ou, como ressalta
Roche (1969:131), o assentamento de colônias mistas, esperando que a
convivência de línguas diferentes e de difícil intercompreensão levasse
forçosamente ao uso do português como língua comum.
(ALTENHOFEN:2004 p.84)
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 322
A respeito dos imigrantes alemães e italianos:
O clima tenso criado pelas duas guerras mundiais serviu para acirrar as
medidas de “assimilação forçada” dos imigrantes ao monolinguismo em
português, especialmentediante da alegação do chamado “perigo alemão”, de
que se criasse um estado alemão no sul do Brasil (Roche 1969: 113, v.
também Seyferth 1982, Luna 2000). O auge dessa política repressiva é
atingido com a política de nacionalização do ensino implementada a partir de
1938 pelo governo do Estado Novo, de Getúlio Vargas, que levou ao
fechamento de escolas e à proibição do uso das línguas dos imigrantes,
principalmente alemão e italiano. (ALTENHOFEN: 2004, p.84)
POLÍTICAS PÚBLICAS
Parece-nos que a institucionalização do ensino regular das línguas dos
imigrantes seja uma saída para sua preservação. Tomemos por exemplo a
obrigatoriedade do ensino do espanhol por meio do Projeto de Lei n° 3.987/00 em todos
os entes federados. A Lei ensejou a criação de escolas bilíngues português/espanhol em
áreas fronteiriças do Brasil com países de língua castelhana, isto é, no eixo do Mercosul.
E a língua espanhola passou a ser requerida aos candidatos à carreira diplomática.
Ainda na esfera federal foi promulgado o Decreto nº 7.387, em 10/12/2010
(ainda no governo Lula) que institui o Inventário Nacional da Diversidade
Linguística (INDL), que é gestado por diversos órgãos oficiais, a saber: Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); Programa Nacional do Patrimônio
Imaterial do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos e por
vários Ministérios: Minc (Ministério da Cultura), MEC (Ministério da Educação),
Ministério da Justiça, Ministério da Ciência e Tecnologia e Ministério do Planejamento,
do Orçamento e Gestão.
O mapeamento preserva a língua sob os auspícios de sua continuidade e
valorização, tornando-as objetos patrimoniais. Daí decorrer a participação precípua do
Iphan. (Decreto nº 7.387/2010)
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 323
São ações do INDL: inventariar o quantitativo de línguas existentes. No Brasil
há em torno de 210 (duzentas e dez línguas). Segundo as estimativas do IPOL, “os
grupos indígenas falam aproximadamente 180 (cento e oitenta) línguas e as
comunidades de descendentes de imigrantes, cerca de 30 (trinta) línguas” (IPOL, 2014).
O Decreto, como rito legal de reconhecimento das línguas minoritárias faladas
no Brasil, se efetiva com a participação do Grupo de Trabalho da Diversidade
Linguística (GTDL), constituído em 2006, do Instituto de Desenvolvimento em Política
Linguística (IPOL), que é composto por representantes dos ministérios envolvidos e
membros da sociedade civil. A comunidade acadêmica está representada pela
Universidade de Brasília (UnB) e da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura), segundo o Portal do MinC.
O Decreto exara que: “As línguas inventariadas receberão o título de
“Referência Cultural Brasileira”, a ser expedido pelo Ministro da Cultura, e, com
isso, farão jus a ações de valorização e promoção por parte do poder público”.Para o
recebimento do título, as línguas devem preencher os quesitos necessários para sua
legitimação. O título é produto dos resultados do trabalho dos inventariantes que
procedem às etapas de “identificação, documentação, reconhecimento e valorização de
línguas portadoras de referência à identidade, à ação e à memória de diferentes grupos
formadores da sociedade brasileira” (Decreto n º 7.387/2010).
Com o advento do INDL foram iniciadas as co-oficializações de línguas
estrangeiras ao lado da oficial, ou seja, o português. Elencaremos algumas ações em
políticas linguísticas provenientes daquele órgão:
Inventário da Diversidade Cultural da Imigração Italiana: o Talian e a
culinária.(...) Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, oficializada por meio da
Lei nº 10.436 e Regulamentada pelo Decreto nº 5.626. É uma língua de
modalidade visuogestual oriunda da comunidade surda nacional. (IPOL,
2014)
Outro exemplo expressivo foi o reconhecimento do direito de uso em todos os
níveis escolares das línguas próprias das tribos indígenas brasileiras. O caso de São
Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, é emblemático, visto que as Leis municipais nº
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 324
145/2002 e nº 210/2006, co-oficializam as línguas Tukano, Nheegatu e Baniwa,
“atribuindo-lhes estatuto obrigatório no sistema educacional, na mídia e no atendimento
ao público dos cidadãos” do município em epígrafe. (IPOL, 2014). O respaldo legal
propiciou a elaboração de uma proposta de uma licenciatura indígena para o estado do
Amazonas. A ideia disseminou-se pelo Brasil deflagrando novos projetos no campo da
aprendizagem aos brasileiros autóctones.
IMIGRAÇÕES EUROPEIAS: Pomerano e Talian
O Pomerano que é da família indo-europeu-germânica (uma variedade do baixo-
alemão) falado em várias regiões brasileiras, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina e, especialmente, no Espírito Santo. A língua era falada na Pomerânia
(do eslavo po more, que significa Terra junto ao Mar) país que foi anexado a outras
nações por conta de guerras.
Segundo o IPOL,no Espírito Santo, a língua foi codificada pelo linguista Ismael
Tressman e é praticada nos seguintes municípios: Afonso Cláudio, Itarana, Santa
Leopoldina,Vila Pavão, Domingos Martins e Laranja da Terra. Em Pancas e Santa
Maria de Jetibá, municípios localizados em território capixaba,o pomerano foi declarado
como língua co-oficial.
Em Santa Maria de Jetibá foi promulgada a Lei nº 1136/2009 que predispõe as
seguintes regras (Diário Oficial do Município de Santa Maria de Jetibá, 2009):
Art. 1°. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do
Brasil e no município de Santa Maria de Jetibá, fica co-oficializada a língua
pomerana.
Art. 2°. A co-oficialização da língua pomerana obriga o município a:
I – manter os atendimentos ao público, nos órgãos da administração
municipal, na língua oficial e na língua co-oficializada;
II – produzir a documentação pública, as campanhas publicitárias,
institucionais, os avisos, as placas indicativas de ruas, praças e prédios
públicos e as comunicações de interesse público, na língua oficial e na língua
co-oficializada;
III – incentivar o aprendizado e o uso da língua pomerana, nas escolas e nos
meios de comunicação.
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 325
Em 27 de julho de 2007, a Lei 987/2007, promulgou a co-oficialização da língua
pomerana no município de Pancas e “a inclusão da disciplina de estudo da língua no
currículo escolar, e nas escolas da rede municipal de ensino em que predomina a
população descendente (...)”. O Segundo Parágrafo esclarece a questão da
obrigatoriedade escolar: (Diário Oficial do Município de Pancas, 2007):
§ 2º. O ensino da Língua Pomerana nas escolas de Ensino Fundamental e
Médio que integram a Rede Estadual de Ensino, que se localizam nas
Regiões do Município de Pancas-ES habitadas por descendentes de
Pomeranos, é facultativo e poderá ser realizado através de convênio com o
Município de Pancas.
A língua Talian foi a primeira língua minoritária a receber o título de Referência
Cultural Brasileira:
A conquista não é apenas do Talian, mas é esta língua a única no momento a
ter seu inventário concluído e apresentado. Por isso é que ela deverá ser a
primeira a receber o título de Referência Cultural Brasileira, expedido pelo
Ministério da Cultura, também instituído através do Decreto nº 7.387,
assinado pelo então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Com isso, o Talian deverá ser contemplado com ações de valorização e
promoção por parte do poder público, ou seja, recursos serão recebidos, em
um trabalho que será realizado pelos Ministérios da Cultura, da Educação, da
Justiça, da Ciência e da Tecnologia e do Planejamento, Orçamento e Gestão”,
destaca Massolini. A língua Talian como formação, já possui em torno de
320 obras com vários dicionários, livro de gramática, cartilhas para o ensino,
inclusive curso de Talian pela internet. (IPOL, 2014).
A língua Talian foi considerada patrimônio linguístico do Rio Grande do Sul.
O projeto de lei 50/2007, da deputada Silvana Covatti (PP), que declara
integrante do patrimônio histórico e cultural gaúcho o dialeto “Talian”,
originado dos italianos descendentes radicados no Rio Grande do Sul, foi
aprovado por unanimidade na sessão da Assembleia Legislativa desta terça-
feira (19). Da AL, o projeto segue agora para o Palácio Piratini, ondedeve ser
sancionado dela governadora Yeda Crusius. (Diário Oficial do RioGrande do
Sul, 2007).
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 326
Em Santa Catarina, o Talian foi aprovado como língua co-oficial, ao lado do
português, no município de Serafina Corrêa por meio da Lein 14.951, de 11 de
novembro de 2009: Vejamos um excerto do texto:
Declara integrante do patrimônio histórico e cultural do Estado o
dialeto "talian", originado dos italianos e descendentes radicados em Santa
Catarina.
Art. 1º Fica declarado integrante do patrimônio histórico e cultural
do Estado, nos termos dos arts. 9º, incisos III e IV e 173, Parágrafo único,
inciso I, da Constituição do Estado, o dialeto “talian”, a língua neolatina
originária dos italianos e descendentes radicados em Santa Catarina.
O ITALIANO NO ESPÍRITO SANTO
O Talian (ou vêneto brasileiro) é uma variante da língua vêneta (língua do norte
da Itália) falada na Região Sul do Brasil, sobretudo nos estados do Rio Grande do Sul e
de Santa Catarina. No Espírito Santo temos o segundo quadro:
Entre 1812 e 1900, entraram no estado do Espírito Santo 43.929 imigrantes,
dos quais 32.900 eram italianos, ou seja, 75% do total. Após o ano de 1900,
pouquíssimos italianos ainda entraram no estado, somente 121 indivíduos.
Cerca de 93% dos imigrantes italianos que foram para o estado provinham de
regiões do Norte da Itália. Cerca de 40% eram provenientes da região do
Vêneto, 20% da Lombardia, 14% do Trentino-Alto Adige, 10% da Emília-
Romanha, 5% do Piemonte, 4% do Friuli-Venezia Giulia, 2% das Marcas e
2% de Abruzzo, 1% da Toscana e 1% de Campânia e outro porcento de
outras regiões. (Wikipédia, 2014)
A Universidade do Espírito Santo tem somado esforços para pesquisar,
resgatare, impulsionar a língua dos descendentes italianos. Para tanto, o Departamento
de Línguas e Letras instituí um grupo de pesquisadores que investiga como “a língua
italiana é falada e transformada entre os filhos, netos e bisnetos dos imigrantes”. O
Grupo é capitaneado pela professora Edenize Ponzo, que coordenadora a pesquisa
"Italiano no ES"A docente-pesquisadora tem feito suas investigações linguísticas nos
municípios de Alfredo Chaves, Cachoeiro de Itapemirim (Burarama), Castelo, Itarana,
Jaguaré, Marechal Floriano, Marilândia, Santa Teresa, Vargem Alta e Venda Nova do
Imigrante, que têm uma comunidade composta por maioria ítalo-capixaba.Trata-se de
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 327
um caso de bilinguismo. Os resultados preliminares da pesquisa apontam para a perda
progressiva da proficiência oral e escrita do idioma italiano por parte dos cidadãos.
Há escolas públicas de alguns municípios, acima elencados, que ofertam a língua
italiana em contra turnos ou como opção de língua estrangeira, ao lado/no lugar do
espanhol e do inglês, de modo experimental. Com exceção de Santa Teresa, que
oficializou a obrigatoriedade do ensino do idioma (Lei nº 1815/2007). Mas os
professores que lecionam [no município que regularizou a oferta, assim como nos
demais] não têm titulação própria devido à inexistência da graduação em italiano.
Segundo o Educacenso-MEC/2008, os docentes que atuam em desvio de titulação [ou
sem ela] estão inseridos na categoria professor-leigo.
Segundo, Sousa (2012:35), que defendeu uma dissertação a respeito do ensino
do idioma no Brasil e fundamentou sua pesquisa nos trabalhos de Casini e Romanelli
(2009) e Veloso (2007):
Em território nacional existem quatorze cursos de graduação em Letras com
habilitação em língua italiana, dez deles de Licenciatura. E em quatro
universidades federais, as disciplinas de italiano são ofertadas como optativas
e fazem parte do currículo acadêmico dos estudantes de Letras.
Como é possível verificar, a Língua Italiana (LI) está presente nos cursos de
graduação em Letras nas universidades brasileiras dos seguintes estados:
Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás e no Distrito Federal. Mas, é no
sul e no sudeste brasileiro onde se concentram o maior número de cursos de
Letras com habilitação em LI. Isso, possivelmente, devido ao grande número
de imigrantes italianos que vivem nessas duas regiões. Pois, de acordo com
os dados publicados no livro intitulado “Presença Italiana no Espírito Santo,
embora sejam encontrados brasileiros de origem italiana em todos os estados
brasileiros, é em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito
Santo e Paraná que se concentra o maior número daqueles que hoje são
chamados de “oriundos”. No nordeste do nosso país, conforme o mapa
acima, existem apenas dois estados cujas universidades federais possuem o
curso de graduação em Letras com habilitação em LI: Ceará e Bahia.
(SOUZA, 2013, p.35)
É preciso esclarecer que até 2013, no Departamento de Línguas e Letras da
UFES, as disciplinas de língua e literatura italiana eram ofertadas na categoria de
optativas. Em 2013, foi implementada a primeira licenciatura dupla (italiano-português)
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 328
presencial no campus de Goiabeiras, em Vitória. Apesar do valor da iniciativa, a oferta
não cobre os municípios ítalo-colonizados que não estão próximos à capital.
Sabemos que, no Brasil, a formação de professores está histórica e
majoritariamente sob a responsabilidade das instituições públicas de ensino; esta é,
portanto, uma dívida que a Universidade Federal do Espírito Santo-UFES (única estatal
no Espírito Santo) tem com a comunidade espírito-santense que não habita na capital
(Vitória) ou nos municípios que sediam campi da Instituição, a saber: Alegre e São
Mateus.
Na tentativa de sanar o problema, a Universidade tentou a expansão física, mas
não conhece alcançar todos os municípios. É sabido também que o processo de
interiorização física é oneroso e demanda muito tempo para sua implantação. Por isso, o
crescimento da UFES vem sendo viabilizado por meio da Educação a Distância, que
tem recebido a chancela do MEC (UAB- Universidade Aberta do Brasil) e da UNESCO
(SARTORI; ROESLER, 2005). A UFES tem sólida experiência em educação a
distância por meio do Ne@ad (Núcleo de Educação Aberta e a Distância).
A par das aporias da expansão predial na Instituição e da produção profícua no
Ne@ad, que é o braço da virtualização da Universidade. Optamos por aderir, no ano de
2009, à chamada pública da UAB/MEC que abriu editais para novos cursos [Edital do
Parfor Programa de Formação Inicial e Continuada] de pedagogia e de licenciaturas,
visando suprir a defasagem de docentes em vários rincões brasileiros.
Elaboramos o Projeto Pedagógico do Curso que foi protocolado junto ao MEC,
após ter sido aprovado nas instâncias da UFES. Logo depois, a proposta da licenciatura
em italiano circulou entre os polos de ensino da UAB para consulta e alguns destes
polos aderiram à ideia de implantar o curso em tela. Em síntese: estão previstas 240
(duzentas e quarenta) vagas, isto é, 30 (trinta) vagas para cada um dos 8 (oito)
municípios que aderiram, a princípio, à chamada pública da UAB/Ne@ad-UFES e o
curso tem previsão de início em 2015/2.
Usaremos o arrazoado que fizemos, neste trabalho, sobre a política linguística
destacando a seriedade de sua metodologia, seus méritos e resultados para convencer
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 329
aos possíveis resistentes à ideia de que por meio da formação de professores e,
posteriormente, da exigência de abertura de concurso para provimento de vagas para
professor de italiano, com perspectiva de plano de carreira, conseguiremos o
reconhecimento do italiano como patrimônio linguístico-cultural espírito-santense.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No Espírito Santo os descendentes mais antigos reproduzem as falas de seus
antepassados. Paulatinamente, em ambiente familiar a transmissão acontece. Mas vem
se perdendo, como nos assegurou a pesquisadora do Grupo Italiano no ES. Não nos
cabe discutir se é Talian ou outro dialeto que é praticado e transmitido. Desejamos que a
Universidade ensine o italiano standard falado e escrito na Itália. Ou seja, a língua
oficial, apesar de na península existirem uma miríade de dialetos. A língua oficial
ensinada nas escolas, ao lado da língua franca – inglês- e do espanhol (obrigatório por
lei) pode expandir o mercado de trabalho para os cursistas depois de formados, seja a
escola, o curso de idioma, o turismo, as relações internacionais, o secretariado bilíngue.
Cabe esclarecer que para efetivar a licenciatura em epígrafe pensamos em firmar
parcerias com professores universitários de italiano que se disponham a utilizar uma
plataforma de ensino. Os professores foram formados em italiano padrão.
Desconhecemos o Talian e não pretendemos ensiná-los, apesar de reconhecer o seu
valor afetivo-cultural.
Com a licenciatura pretendemos dar titulação aos professores-leigos, que atuam
nas escolas, que experimentalmente, lecionam o italiano. Almejamos também alçar o
italiano a uma língua de contato intelectual e de negócios. Esperamos que os
mecanismos legais nos auxiliem. E que este artigo possa suscitar debates e permutas
informacionais.
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 330
REFERÊNCIAS
ALTENHOFEN, Cléo Vilson. O português em contato com as línguas imigrantes no
Sul do Brasil. In: Gärtner, Eberhard; Hundt, Christine; Schönberger, Axel (Eds.)
Estudos de Geolinguística do Português Americano. Frankfurt am Main: TFM. 2000.
_______.Áreas linguísticas do português falado no sul do Brasil: um balanço das
fotografias geolinguísticas do ALERS. In: Vandresen, Paulino (Org.). Variação e
Mudança no Português Falado na Região Sul. Pelotas: EDUCAT. p. 115-145] , 2002.
_______. Política linguística, mitos e concepções linguística em áreas bilíngues de
imigrantes (alemães) no Sul do Brasil. RILI II (Revista Internacional de Linguística
Iberoamericana). 1 (3): 83-93, 2004.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB). Publicado no DOU, Nº
248, de 23 dez. 1996, págs. 27833-27841.
______.Assessoria de Imprensa do Ministério da Cultura.Lei nº 145/2002 e Lei nº
210/2000- São Gabriel da Cachoeira (co-oficialização das línguas indígenas) no estado
do Amazonas.
_______. Decreto nº7.387/2010 (Inventário Nacional da Diversidade Linguística
INDL.
_______. Lei nº 3.987/00 (obrigatoriedade do ensino do espanhol no Brasil).
________.IBGE. Censo Demográfico de 2010. Disponível no
www.censo2010.ibge.gov.br. Acesso: em 30/06/2014.
________. MEC/EDUCACENSO/2008. Censo da Educação Básica. Disponível em
<portal.mec.gov.br/index. Acesso em 12/03/2009.
CALVET, Louis-Jean. As políticas Linguísticas. São Paulo: Parábola, 2007.
_________________. Sociolinguística – Uma introdução Crítica. São Paulo, Editora
Parábola, 2002.
DIÁRIO OFICIAL do Município de Pancas. Lei nº 987/2007.Disponível em
<www.pancas.es.gov.br>. Acesso em: 25/06/2014.
DIÁRIO OFICIAL do Município de Santa Maria de Jetibá. Lei nº 1136/2009.
Disponível em <www.pmsmj.es.gov.br>. Acesso em: 25/06/2014.
DIÁRIO OFICIAL do Município de Santa Teresa. Lei nº 1815/2007. Disponível em
<www.santateresa.es.gov.br/>Acesso em 13/06/2014.
IPOL – Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística.
Disponível em: <http://www.ipol.org.br/ler.php>. Acesso em 02/06/2014.
OLIVEIRA, Gilvan Müller de. Política Linguística na e para além da Educação
Formal In:Estudos Linguísticos XXXIV, p. 87-94, 2005.
Web-Revista SOCIODIALETO • www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s • U E M S / C a m p o G r a n d e
I S S N : 2 1 7 8 - 1 4 8 6 • V o l u m e 5 • N ú m e r o 1 3 • j u l h o 2 0 1 4
Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul. 2014 331
RAJAGOPALAN, K. O conceito de identidade em Linguística: é chegada a hora
para uma reconsideração radical? Tradução de A. Pisetta. In: Signorini, I. (Org.).
Língua(gem) e Identidade. Campinas: Mercado das Letras; São Paulo: Fapesp, 1998.
______________.A construção de identidades e a política de representação. In:
Ferreira, L. M. A.; Orrico, E. G. D. (Orgs.) Linguagem, identidade e memória social.
Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
SARTORI, A. ROESLER, J. Educação superior a distância. Gestão da
aprendizagem e da produção de materiais didáticos impressos e on line. Tubarão,
Florianópolis: Ed. Unisul, 2005.
SILVA, K. A.; SANTOS, L. I. S.; JUSTINA, O. D.Entrevista com Kanavillil
Rajagopalan: ponderações sobre linguística aplicada, política linguística e ensino-
aprendizagem.Revista de Letras Norte@mentos – Revista de Estudos Linguísticos e
Literários.Edição 08 – Estudos Linguísticos 2011/02. Disponível em:
<http://projetos.unemat-net.br/revistas_eletronicas/index.php/norteamentos>.
SOUSA, Cristiane. Cultura de aprender: investigando as crenças e ações dos alunos
de língua italiana da UFBA. Dissertação de Mestrado defendida em 2012.
TORMENA, Tayana de Alencar. Política Linguística Implícita na virada do século
XXI- O Programa Nacional do Livro Didático. Dissertação de Mestrado pela
Universidade Nacional de Brasília. Orientador: Marcos Bagno, 2007.
TV GAZETA on line (Espírito Santo). Entrevista do Grupo de Pesquisa Italianos no
Espírito Santo, concedida pela Profa. Edenize Ponzo. Disponível em
<www.tvgazeta.com/23/03/2011>. Acesso em:08/05/2014.
UNESCO. Declaração Universal dos Direitos Linguísticos. Disponível em
<www.onu.org.br/onu-no-brasil/unesco>. Acesso em 12/05/2014.
WIKIPÉDIA: Sobre o Talian. Disponível em<www.wikipedia.com.br> Acesso em
13/05/2014.
Recebido Para Publicação em 30 de junho de 2014.
Aprovado Para Publicação em 23 de julho de 2014.
top related