poetrix - rl.art.br · que era, aliás, um gênero de poesia do qual apenas havia ouvido falar....
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POETRIX
alian morozcarlos barrosgiselle natsu satoguilherme rodrigueshenry alfred bugalhojosé espírito santomarcia szajnbokvolmar camargo junior
ficina
POETRIX
alian morozcarlos barrosgiselle natsu satoguilherme rodrigueshenry alfred bugalhojosé espírito santomarcia szajnbokvolmar camargo junior
ficina
Capa e diagramação:
Henry Alfred Bugalho
Organização:
Volmar Camargo Junior
Foto:
http://www.flickr.com/photos/peasap/2112159640/sizes/o/
Esta obra está protegida pela Licença Creative Commons de Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5. Para ver uma cópia desta licença, visite:
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/
2008
Oficina Editora
SUMÁRIO
APRESEnTAçãO
InTROdUçãO - TRêS VERSOS
AlIAn MOROz
Janela
Sem Cor
Paralítico
CARlOS BARROS
Passos
Vida e Morte
natalidade
GISEllE nATSU SATO
Tempo de despertar
Tempo de descobrir
Tempo de Renovar
GUIlhERME ROdRIGUES
no Alto do Morro
Sarcófago
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Trote noturno
henry Alfred Bugalho
Melancolia
José Espírito Santo
Momento
Visão
Infinito
Marcia Szajnbok
há Mar
Volmar Camargo Junior
noite
Só
Ordem: Progresso
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APRESEnTAçãO
Em meados de 2007, um grupo de escritores se reuniu numa oficina de criação literária virtual com o propósito de trocarem experiências. Des-de então, uma centena de contos, microcontos e poemas foram produzi-dos, além de extensos debates sobre o fazer literário e análises, que por si só poderiam compôr um livro.
Esta coleção de poetrix é resultado duma das atividades desta oficina. Nada mais apropriado que uma forma poética originada para o mundo virtual tenha ocupado a atenção e testado o talento de autores duma ofi-cina virtual.
A Literatura, cuja morte já foi declarada um sem par de vezes por te-óricos e filósofos, encontrou no meio mais inusitado – a internet – seu ressurgimento. Como uma fênix, a Literatura renasce, mais poderosa do que nunca, mais viva e dinâmica do que jamais foi.
Para este turbilhão de informação, contribuímos com estes breves po-emas, que, em três linhas apenas, trazem todo o Universo.
Henry Alfred Bugalho
julho de 2008
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introdução
TRêS VERSOSVolmar Camargo Junior
Há algum tempo, desde que comecei a integrar esse grupo de escri-tores, auto-proclamados “oficineiros”, entrei em um irremediável proces-so de auto-descobrimento literário. Entre as coisas que descobri em mim mesmo foi o quanto escrever poesia é gratificante. A primeira vez que fiz um poema na vida foi para uma das atividades da oficina: uma coletânea de haicais. Para minha inteira satisfação, eu consegui escrever um haicai – que era, aliás, um gênero de poesia do qual apenas havia ouvido falar.
Depois disso, não parei mais. É claro que ainda não fiz nada de ex-traordinário (muito pelo contrário, aliás) Mas estou experimentando. O resultado dessas experiências vem sendo publicado aqui, na SAMIZDAT. São meus Laboratórios Poéticos.
Bem, continuei escrevendo haicai. Entretanto, eu simplesmente não conseguia manter-me preso à singeleza e às normas muito bem definidas que essa linguagem poética tão bonita (e tão antiga) exige. Então, eu des-cobri o Poetrix. Ou melhor: eu descobri que o que eu fazia, pensando ser haicai, era, na verdade, poetrix.
Para tentar deixar claro o que é um e o que é outro, dando como exem-plo poemas que eu mesmo escrevi, tentarei expor abaixo as normas que fazem um haicai não ser um poetrix, e vice-versa.
O hAICAISobre a linguagem do haicai na História, pretendo tratar em outra
oportunidade. Entretanto, vale ressaltar o nome de duas pessoas essen-cialmente importantes para a divulgação do haicai em nosso país: Nem-puku Sato e Goga Masuda. O primeiro, um mestre desta forma de arte, foi o grande responsável pela cultura do haicai entre os imigrantes japoneses no Brasil – apesar de nunca ter escrito poemas que não fossem em seu próprio idioma. O segundo, Goga Masuda, é discípulo de Nempuku Sato.
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poetrix
Possivelmente, é o responsável pela divulgação dessa forma poética em terras brasileiras - não apenas para os imigrantes - seguindo a milenar tradição japonesa. O texto abaixo, de autoria de Masuda, é uma orientação para o haicai tradicional.
OS dEz MAndAMEnTOS dO hAICAI(http://www.kakinet.com/caqui/dezmand.shtml)
I - O Haicai é poema conciso, formado de 17 sílabas, ou melhor, sons, distribuídas em três versos (5-7-5), sem rima nem título e com o termo-de-estação do ano (kigô).
II - O kigô é a palavra que representa uma das quatro estações, primave-ra, verão, outono e inverno; p. ex., IPÊ (flor de primavera), CALOR (fenô-meno ambiental de verão), LIBÉLULA (inseto de outono) e FESTA JUNI-NA (evento de inverno).
III - Cada estação do ano tem o próprio caráter, do ponto de vista da sensibilidade do poeta; p. ex., Primavera (alegria), Verão (vivacidade), Outono (melancolia) e inverno (tranqüilidade).
IV - O haicai é poema que expressa fielmente a sensibilidade do autor. Por isso,
respeitar a simplicidade;
- evitar o "enfeite" de "termos poéticos";
- captar um instante em seu núcleo de eternidade, ou melhor, um mo-mento de transitoriedade;
- evitar o raciocínio.
V - A métrica ideal do haicai é a seguinte: 5 sílabas no primeiro verso, 7 no segundo e 5 no terceiro; mas não há exigência rigorosa, obedecida a re-gra de não ultrapassar 17 sílabas ao todo, e também não muito menos que isso. E a contagem das sílabas termina sempre na sílaba tônica da última palavra de cada verso.
VI - O haicai é poemeto popular; por isso usa-se palavras quotidianas e de fácil compreensão.
VII - O dono do haicai é o próprio autor; por isso, deve-se evitar imitação de qualquer forma, procurando sempre a verdade do espírito haicaísta, que exige consciência e realidade.
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introdução
VIII - O haicaísta atento capta a instantaneidade, qual apertar o botão da câmera.
IX - O haicai é considerado como uma espécie de diálogo entre autor e apreciador; por isso, não se deve explicar tudo por tudo. A emoção ou a sensação sentida pelo autor deve apenas sugerida, a fim de permitir ao leitor o re-acontecer dessa emoção, para que ele possa concluir, à sua ma-neira, o poema assim apresentado. Em outras palavras, o haicai não deve ser um poema discursivo e acabado.
X - O haicai é um produto de imaginação emanada da sensibilidade do haicaísta; por isso, deve-se evitar expressões de causalidade, sentimenta-lismo vazio ou pieguice.
***
Um haicai, segundo minha pena (torta), tentando acompanhar as di-retrizes acima, é assim
Orvalho noturno,
Frio e geada -
Verso branco.
No entanto, o primeiro que escrevi, foi esse:
Flerte
Roseira branca,
na cerca, ama o céu
negro sem culpa.
O POETRIXO Poetrix é uma forma poética nascida aqui, no Brasil. Surgiu, à ma-
neira dos movimentos vanguardistas do Modernismo, com um manifesto. Seu idealizador, o poeta baiano Goulart Gomes, é hoje o coordenador do Movimento Internacional Poetrix. Da mesma forma, pretendo falar mais
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poetrix
detidamente sobre a origem do Poetrix em um futuro próximo. O texto abaixo consta na introdução do Volume 1 do Caderno Internacional de Poetrix, distribuído gratuitamente na rede(http://www.zaz.com.br/ virtualbooks/novalexandria/goulart/poetrix1.htm)
O POETRIX hOJEPOETRIX é um terceto contemporâneo de temática livre, com título,
ritmo e um máximo de trinta sílabas, possuindo figuras de linguagem, de pensamento, tropos ou teor satírico. (...) No Manifesto Poetrix foram iden-tificadas as suas principais características, que resultaram na atual defini-ção do novo vernáculo:
* possui apenas uma estrofe de três versos, sem limite de sílabas (depois seria estabelecido o limite de 30 sílabas);
* o título é desejável, mas não exigível, podendo complementar o texto (atualmente, o título é uma exigência);
* não existe rigor quanto a métrica ou rimas (mas o ritmo é desejável);
* metáforas e outras figuras de linguagem, assim como neologismos, são uma constante no poetrix;
* geralmente há uma interação autor/leitor provocada por mensagens subliminares;
* é minimalista, ou seja, procura transmitir a mais completa mensagem em um menor número de palavras;
* passado, presente e futuro podem ser utilizados sem distinção;
* o autor, as personagens e o fato observado podem interagir, mesmo criando condições suprarreais, cômicas ou ilógicas (non sense).
UnS E OUTROSUma importante relação entre os dois formatos foi trazida por Goulart
nesta mesma publicação, referida acima:
"(...) POETRIX é, certamente, a primeira linguagem poética a ganhar uma definição discutida e elaborada pelos seus próprios praticantes – os poetrixtas – no mundo virtual da internet. O POETRIX foi proposto, ini-cialmente, como uma evidente alternativa ao hai-kai, mantendo a sua forma (em tercetos) mas subvertendo o seu conteúdo, ao admitir título,
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introdução
rimas, figuras de linguagem e um maior número de sílabas."
Não estou querendo defender um em detrimento de outro. Aliás, mui-to pelo contrário. Desde que conheci o haicai, tenho-me esforçado para conseguir criar um que seja minimamente adequado à tradição. E, da mes-ma forma, tenho produzido alguns poetrix, porque – talvez, é uma suposi-ção – meu pensamento seja ocidental demais, e demasiadamente atrelado ao “querer dizer” dos idiomas românicos. Sobretudo o português. Ainda mais, esse português tupiniquim, nostálgico, eclético, e (pelo que sou mui-to grato) democrático.
Fico muitíssimo satisfeito.
Para ler mais sobre haicai e poetrix, acesse:
Grêmio Haicai Ipê
http://www.kakinet.com/caqui/ipe.shtml
Biografia de Masuda Goga
http://www.kakinet.com/caqui/goga.shtml
Movimento Internacional Poetrix
http://www.movimentopoetrix.com/
Biografia de Goulart Gomes
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=17739
Texto publicado na revista eletrônica SAMIZDAT - www.samizdat-pt.blogspot.com
AlIAn MOROzFormado em Matemática pela UFPR, lecionou
durante 20 anos. Formado ainda pela Faculdade de Belas Artes do Paraná em Licenciatura em Desenho,trabalhou junto a Estúdios de propa-ganda e no setor editorial. Historiador e Filó-sofo amador, venceu em 2006 o Prêmio 'Des-taque cultural' promovido pela secretaria de Cultura de Curitiba com o livro ' Desvendando a História e os mitos Bíblicos'. Lançou em 2007 a primeira edição de ' O Manuscrito XXXII',seu primeiro romance , pela Editora Corifeu. Poeta e músico nas horas vagas, tem como principais influências,Umberto Eco e Luis Fernando Verís-simo.
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Porta ao vento
Janela aberta
Tic-tac... Momento
JAnElAalian moroz
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Me toque encanto
Aleita-me, sinta
Amei tanto, que perdi tinta
SEM CORalian moroz
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Paralaxo é paralogismo
paradoxo do paralelepípedo paramétrico paralítico
o parasofismo paracelso parafuso parafísico...
PARAlÍTICOalian moroz
CARlOS BARROSPaulistano, filho de nordestinos, desenhista
desde sempre, artista plástico formado, escritor. Começou sua vida profissional como educador e, desde então, já deixou seu rastro por ONG’s, Es-colas e Centros Culturais, através de trabalhos artísticos e pedagógicos – experiências que têm forte influência sobre seus escritos. Atualmente, organiza oficinas de ilustração para crianças, estuda pós-graduação em História da Arte e es-creve para publicações na internet.
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Ando, passo e ando...
Passos, quantos passos?
Tantos, falsos e tantos...
PASSOScarlos barros
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Minha, a vida é
A morte. Vivo
E morro a pé.
VIdA E MORTEcarlos barros
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Sou sem ser, urbano.
Nasço em berço errado:
Teclas sem piano.
nATAlIdAdEcarlos barros
GISEllE nATSU SATO
Giselle se autodefine apenas como uma contadora de histórias carioca. Estudou Belas Artes e foi comissária de bordo — cargo em que não fez muita arte, esperamos. Adora viajar (felizmente!) e fala alguns idiomas.
Atualmente se diverte com a literatura, participan-do de concursos e escrevendo para diversos sites pela net. Gosta de retratar a realidade, dedicando-se a textos fortes que chegam a chocar pelos detalhes, funcionando como um eficiente panorama da sociedade em que vivemos, princi-palmente daquilo que é comumente jogado para baixo do tapete pelos veículos de comunicação.
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Para o vazio em que vivo.
Depois da tua partida perdi o prumo.
E deixei que as velas seguissem os caprichos do vento.
TEMPO dE dESPERTARgiselle natsu sato
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Celebrar as boas graças e ficar feliz,
Com o simples respirar, inspirar, expirar...
Expurgando as dores que consomem a alma atormentada.
TEMPO dE dESCOBRIRgiselle natsu sato
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O vento soprou sonhos desfeitos,
Amores imperfeitos e desencantos.
Libertei as dores e enfeitei o céu
Com balões coloridos cheios de lembranças.
TEMPO dE REnOVARgiselle natsu sato
GUIlhERME ROdRIGUES
Estudante de Letras na Universidade do Sagrado Coração, em Bauru, onde sempre mo-rou. Nutre grande paixão por Línguas, Literatu-ra e Lingüística, áreas a que se dedica cada vez mais.
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A Noite linda, enluarada e fria
Acolhe dois amantes aos beijos
sob o abobadado céu de estrelas.
nO AlTO dO MORROguilherme rodrigues
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Ai! Senti uma fisgada
no meu braço direito
era um verme que se divertia.
SARCÓFAGOguilherme rodrigues
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TROTE nOTURnOguilherme rodrigues
Cavalgava desesperado,
sob forte chuva
em tempo, encontrar sua amada.
hEnRY AlFREd BUGAlhO
Formado em Filosofia pela UFPR, com ên-fase em Estética. Especialista em Literatura e História. Autor de quatro romances e de duas coletâneas de contos.
Mora, atualmente, em Nova York, com sua esposa Denise e Bia, sua cachorrinha.
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No rádio tocava uma canção.
Sem mais nem menos, lembrei-me de você.
Dói a saudade.
MElAnCOlIAhenry alfred bugalho
JOSÉ ESPÍRITO SAnTO
Informático com licenciatura e pós gradua-ção na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, trabalha há largos anos em forma-ção e consultoria, sendo especialista em Bases de Dados, Sistemas de Gestão Transaccional e Middleware de “Messaging”. A paixão pela es-crita surgiu recentemente, tendo no ano de 2007 produzido os livros “Esboços” (contos) e “Onde termina esta praia” (poesia). Vive com a família em Portugal em Alverca, uma pequena cidade um pouco a norte de Lisboa.
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Grão de tempo
Movimento lento
Solta volta de mim
MOMEnTOjosé espírito santo
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Olhar fixo admirado
Palavra que vai pela rua
Eternidade nua
VISãOjosé espírito santo
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Poleiro alto
O galo
Infinito, disse ele
InFInITOjosé espírito santo
MARCIA SzAJnBOKMédica formada pela Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo, trabalha como psiquiatra e psicanalista. Apaixonada por litera-tura e línguas estrangeiras, lê sempre que pode e brinca de escrever de vez em quando. Paulistana convicta, vive desde sempre em São Paulo.
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Sza
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entre o claro e o escuro, o mais bonito
entre o dois e o um, o infinito
entre um gesto e um silêncio, tudo está dito
hÁ MARmarcia szajnbok
VOlMAR CAMARGO JUnIOR
Volmar Camargo Junior é gaúcho. Formado em Letras pela Universidade de Cruz Alta, não leciona por sua própria vontade. Entrou na ECT em 2004, e desde então já morou em meia dúzia de "Pereirópolis" pelo Rio Grande. Atualmente vive com a esposa Natascha em Canela, na Serra Gaúcha. Dividem o apartamento com Marie, uma gata voluntariosa e cínica.
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Mortas as coisas do tempo,
Caem, exaustas, as horas.
E eu, descanso.
nOITEvolmar camargo junior
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Ontem só. Hoje só.
Antes só. Agora só.
E depois? Só amanhã.
SÓvolmar camargo junior
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Mato verde e azul-anil
Mato branco e amarelo
Mato quem passar na frente.
ORdEM: PROGRESSOvolmar camargo junior
“(...) POETRIX é, certamente, a primeira linguagem
poética a ganhar uma definição discutida e elaborada pe-
los seus próprios praticantes – os poetrixtas – no mundo
virtual da internet. O POETRIX foi proposto, inicialmente,
como uma evidente alternativa ao hai-kai, mantendo a
sua forma (em tercetos) mas subvertendo o seu conteúdo,
ao admitir título, rimas, figuras de linguagem e um maior
número de sílabas.”
Goulart Gomes
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