poesia trovadoresca - consolidação

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Responde às seguintes questões sobre a Poesia Trovadoresca no teu caderno:

1 Sobre a poesia trovadoresca em Portugal, é incorreto afirmar que:Sobre a poesia trovadoresca em Portugal, é incorreto afirmar que:

a) representou um claro apelo popular à arte, que passou a ser representada por setores mais baixos da sociedade.

b) refletiu o pensamento da época, marcada pelo teocentrismo, o feudalismo e valores altamente moralistas.

c) pode ser dividida em lírica e satírica.d) em boa parte de sua realização, teve influência provençal.e) as cantigas de amigo, apesar de escritas por trovadores, expressam o eu-lírico feminino.

2 É escrita na 1.ª pessoa, o eu poético é masculino e declara o seu amor a uma dama, tendo como pano de fundo o ambiente palaciano e mostrando a mulher como uma figura idealizada. Estas são características da cantiga de:

É escrita na 1.ª pessoa, o eu poético é masculino e declara o seu amor a uma dama, tendo como pano de fundo o ambiente palaciano e mostrando a mulher como uma figura idealizada. Estas são características da cantiga de:

amor.amigo.amor e amigo.escárnio.maldizer.

3 As principais linhas temáticas das Cantigas de Amor são:As principais linhas temáticas das Cantigas de Amor são:

o sofrimento amoroso causado pela visão da mulher, pela sua indiferença ou pela possibilidade de repúdio.o sofrimento amoroso causado pela visão do homem, pela sua indiferença ou pela possibilidade de repúdio. o elogio superlativado da mulher amada.o elogio superlativado da Natureza.

4 Nas Cantigas de Amor:Nas Cantigas de Amor:Nas Cantigas de Amor:

V Fo sujeito da enunciação é submisso em relação à amada. o sujeito da enunciação vive despreocupado relativamente à não correspondência amorosa. são atribuídas à mulher escassas qualidades. a mulher caracteriza-se por ser uma figura altiva, distante, abstrata ou extremamente idealizada

5 Amor, desamor e ciúme; frequente inspiração na vida popular bem como a exploração do eu feminino são características da cantiga de:Amor, desamor e ciúme; frequente inspiração na vida popular bem como a exploração do eu feminino são características da cantiga de:Amor, desamor e ciúme; frequente inspiração na vida popular bem como a exploração do eu feminino são características da cantiga de:Amor, desamor e ciúme; frequente inspiração na vida popular bem como a exploração do eu feminino são características da cantiga de:

amigo. escárnio.amor e amigo. maldizer.amor.

PORTUGUÊS  -­‐  10º  ANOPOESIA  TROVADORESCA

 

A  professora:  Elsa  Maximiano                                                                                                                                                                                                                                                                                                            1/3in:  “Uma  questão  de  Língua”  -­‐  Blogue  de  Português

6 Classifique as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).Classifique as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).Classifique as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).

V FNas cantigas de amigo, a donzela, que se constitui como o sujeito lírico, dirige-se a seres da natureza, à mãe ou a amigas num desabafo ou na narrativa breve de um episódio relacionado com o seu amigo. Nas cantigas de amigo, podemos encontrar o estado emocional do amado e a natureza a responder à interpelação do mesmo. Nas cantigas de amigo, o poeta compõe os seus versos servindo-se da voz de um cavaleiro que tem por objeto o amor por uma amiga. Nas cantigas de amigo, o paralelismo consubstancia-se frequentemente no leixa-pren, um processo de articulação estrófica, pelo qual o 2.º verso da 1.ª estrofe é retomado no 1.º verso da 3.ª estrofe, ao mesmo tempo que o 2.º verso da 2.ª estrofe é repetido no 1.º da 4.ª estrofe, e assim sucessivamente, mantendo invariável o refrão, ao mesmo tempo que cada par de dísticos realiza um paralelismo semântico.

7 Como morreu quem nunca bem

Como morreu quem nunca bem ouve1 da rem2 que mais amou, e quem viu quanto receou d’ela3, e foi morto por ém4: Ai mia senhor, assi moir’eu!

Como morreu quem foi amar quem lhe nunca quis bem fazer5, e de quem6 lhe fez Deus veer de que foi morto com pesar7: Ai mia senhor, assi moir’eu!

Com’ ome8 que ensandeceu9, senhor, com gram pesar que viu, e nom foi ledo10 nem dormiu depois, mia senhor, e morreu: Ai mia senhor, assi moir’eu!

Como morreu quem amou tal dona11 que lhe nunca fez bem, e quem a viu levar a quem12

a nom valia13, nem a val14: Ai mia senhor, assi moir’eu!

Pai Soares de Taveirós

Glossário1 (= houve): teve; 2 coisa, mulher, dama; 3 vv. 3-4: e quem viu acontecer aquilo que receou acerca dela; 4 por ém: por causa disso; 5 quem lhe nunca quis bem fazer: que nunca quis corresponder ao seu amor; 6 e de quem: e acerca da qual; 7 desgosto; 8 homem; 9 enlouqueceu; 10 alegre, contente; E nom foi ledo: e nunca mais teve alegria; 11 senhora, dama; 12 a quem: por quem; 13 merecia; 14 merece.

Como morreu quem nunca bem

Como morreu quem nunca bem ouve1 da rem2 que mais amou, e quem viu quanto receou d’ela3, e foi morto por ém4: Ai mia senhor, assi moir’eu!

Como morreu quem foi amar quem lhe nunca quis bem fazer5, e de quem6 lhe fez Deus veer de que foi morto com pesar7: Ai mia senhor, assi moir’eu!

Com’ ome8 que ensandeceu9, senhor, com gram pesar que viu, e nom foi ledo10 nem dormiu depois, mia senhor, e morreu: Ai mia senhor, assi moir’eu!

Como morreu quem amou tal dona11 que lhe nunca fez bem, e quem a viu levar a quem12

a nom valia13, nem a val14: Ai mia senhor, assi moir’eu!

Pai Soares de Taveirós

Glossário1 (= houve): teve; 2 coisa, mulher, dama; 3 vv. 3-4: e quem viu acontecer aquilo que receou acerca dela; 4 por ém: por causa disso; 5 quem lhe nunca quis bem fazer: que nunca quis corresponder ao seu amor; 6 e de quem: e acerca da qual; 7 desgosto; 8 homem; 9 enlouqueceu; 10 alegre, contente; E nom foi ledo: e nunca mais teve alegria; 11 senhora, dama; 12 a quem: por quem; 13 merecia; 14 merece.

Como morreu quem nunca bem

Como morreu quem nunca bem ouve1 da rem2 que mais amou, e quem viu quanto receou d’ela3, e foi morto por ém4: Ai mia senhor, assi moir’eu!

Como morreu quem foi amar quem lhe nunca quis bem fazer5, e de quem6 lhe fez Deus veer de que foi morto com pesar7: Ai mia senhor, assi moir’eu!

Com’ ome8 que ensandeceu9, senhor, com gram pesar que viu, e nom foi ledo10 nem dormiu depois, mia senhor, e morreu: Ai mia senhor, assi moir’eu!

Como morreu quem amou tal dona11 que lhe nunca fez bem, e quem a viu levar a quem12

a nom valia13, nem a val14: Ai mia senhor, assi moir’eu!

Pai Soares de Taveirós

Glossário1 (= houve): teve; 2 coisa, mulher, dama; 3 vv. 3-4: e quem viu acontecer aquilo que receou acerca dela; 4 por ém: por causa disso; 5 quem lhe nunca quis bem fazer: que nunca quis corresponder ao seu amor; 6 e de quem: e acerca da qual; 7 desgosto; 8 homem; 9 enlouqueceu; 10 alegre, contente; E nom foi ledo: e nunca mais teve alegria; 11 senhora, dama; 12 a quem: por quem; 13 merecia; 14 merece.

PORTUGUÊS  -­‐  10º  ANOPOESIA  TROVADORESCA

 

A  professora:  Elsa  Maximiano                                                                                                                                                                                                                                                                                                            2/3in:  “Uma  questão  de  Língua”  -­‐  Blogue  de  Português

Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes.Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes.Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes.

V FNesta cantiga, o sujeito lírico dirige uma prece a Deus. Ao longo da cantiga, o sujeito poético demonstra a não correspondência amorosa por parte da sua senhor. O sujeito lírico confessa ter sido preterido por outro homem. O sujeito poético apresenta-se como um caso único de sofrimento amoroso. O “eu poético” hiperboliza o seu sofrimento, afirmando estar a morrer por amor. Todas as coblas se iniciam com uma apóstrofe.

10Levad’, amigo que dormides as manhanas frias

Levad’1, amigo que dormides2 as manhanas3 frias; todalas4 aves do mundo d’amor5 diziam. Leda6 mi and’eu.

Levad’, amigo que dormide-las frias manhanas; todalas aves do mundo d’amor cantavam. Leda m’ and’ eu.

Nuno Fernandes Torneol

Glossário 1 levantai-vos, erguei-vos do leito 2 dormis 3 manhãs 4 todas as 5 por amor 6 alegre, contente

Preste atenção às duas primeiras estrofes desta cantiga. O destinatário do sujeito lírico é:

Levad’, amigo que dormides as manhanas frias

Levad’1, amigo que dormides2 as manhanas3 frias; todalas4 aves do mundo d’amor5 diziam. Leda6 mi and’eu.

Levad’, amigo que dormide-las frias manhanas; todalas aves do mundo d’amor cantavam. Leda m’ and’ eu.

Nuno Fernandes Torneol

Glossário 1 levantai-vos, erguei-vos do leito 2 dormis 3 manhãs 4 todas as 5 por amor 6 alegre, contente

Preste atenção às duas primeiras estrofes desta cantiga. O destinatário do sujeito lírico é:

o amigo.a amada.a Natureza.

Fonte: Sentidos 10, Edições Asa (e-manual)

FIM

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A  professora:  Elsa  Maximiano                                                                                                                                                                                                                                                                                                            3/3in:  “Uma  questão  de  Língua”  -­‐  Blogue  de  Português

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