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República de Moçambique
Província de Sofala
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO DO
DISTRITO DE CHEMBA
Chemba, Setembro de 2015
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 2
INDICE
1. INTRODUÇÃO ………................................................................................................................... 8
1.1. Estrutura do PLA de Chemba .................................................................................................... 11
2. METODOLOGIA DA ELABORAÇÃO DO PLA ........................................................................11
3. PERFIL DO DISTRITO ……….....................................................................................................14
3.1. Aspectos físico-geográficos .........................................................................................................15
3.2. Aspectos sócio-económicos .........................................................................................................15
3.3.1. Projecções climáticas ...............................................................................................................18
3.2 Aspectos culturais e sócio-económicos ………………………………………………………….19
3.2.1. Actividades de sustento ............................................................................................................20
4. ACESSO A SERVIÇOS BÁSICOS E INFRA-ESTRUTURAS.…................................................21
4.1. Saúde............................................................................................................................................ 21
4.2. Educação .....................................................................................................................................21
4.3. Abastecimento de Água e saneamento ........................................................................................21
4.4. Energia ..........................................................................................................................................22
4.5. Vias de Acesso ............................................................................................................................22
5. INDICADORES DE BEM-ESTAR ………....................................................................................23
5.1.1. Vulnerabilidade climática e capacidade de adaptação .............................................................24
5.1.2. Contexto actual ....................................................................................................................... 34
6. MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO …….......................... 34
6.1. VISÃO ........................................................................................................................................ 34
6.2. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS ............................................................................................ 35
6.3. Figura 15-Acções Propostas Por Objectivo Estratégico ............................................................ 36
6.4. TEORIA DE MUDANÇAS: DAS ACTIVIDADES `A VISÃO DEFINIDA ........................... 37
7. PLANO DE ACÇÃO ……............................................................................................................ 42
8. SISTEMA DE MONITORIA E AVALIAÇÃO ……................................................................... 43
9. OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO PARA A ADAPTAÇÃO ........................................ 48
10. PRINCIPAIS DOCUMENTOS CONSULTADOS …................................................................ 49
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 3
FICHA TÉCNICA
DIRECÇÃO GERAL
Joaquim José Arota- Administrador
EQUIPE TÉCNICA DISTRITAL
Sande Chivavisse A.Mucota- Secretaria Permanente do Distrito
Chico Victorino- Técnico Secretaria Distrital
Moisés Domingos Jofrisse- Técnico SDPI
José Bacar Hussene- Técnico SDPI
Jacinto Américo Luís-Técnico SDPI
EQUIPE TÉCNICA PROVINCIAL
Sara João Chiqueremo-DPCA
EQUIPE TÉCNICA NACIONAL
Ana Paula Tomás Francisc-DINAB/MITADER
Felipe Augusto Nhambe-DINAB/MITADER
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 4
Lista de Abreviaturas e Acrónimos
CH4 -Metano
PCN- Primeira Comunicação Nacional
SCN - Segunda Comunicação Nacional
CO2 -Dióxido de Carbono
CO2e - Dióxido de Carbono Equivalente
N2O- óxido nitroso;
CONDES-Conselho Nacional de Desenvolvimento Sustentável
CQNUMC -Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas
DNGA-Direcção Nacional de Gestão Ambiental
DNTF -Direcção Nacional de Terras e Florestas
ENMC - Estratégia Nacional para as Mudanças Climáticas
FUNAB- Fundo Nacional do Ambiente
GEE - Gases com Efeito de Estufa
GIIMC - Grupo Inter-Institucional para as Mudanças
INAM- Instituto Nacional de Meteorologia
INE- Instituto Nacional de Estatística
INGC- Instituto Nacional de Gestão de Calamidades
MCT- Ministério da Ciência e Tecnologia
MITADER- Ministério da Terra, ambiente e Desenvolvimento Rural
DPCA- Direcção Provincial para a Coordenação Acção Ambiental-SOFALA
SD - Secretaria Distrital,
SDAE - Serviço Distrital das Actividades Económicas,
SDEJT - Serviço Distrital de Educação, Juventude e Técnologia,
SDSMAS- Serviço Distrital de saúde, mulher Acção Social,
SDPI- Serviço Distrital de Planeamento e Infra-Estruturas
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 5
Glossário
Acções de adaptação: pôr em prática acordos físicos ou de gestão que respondam às oportunidades
ou ameaças impostas pelas MC, como: reassentamento de pessoas e bens em lugares seguros,
relocalização de uma instalação para evitar o risco de cheia ou alteração das espécies de cultivo para
outras que se adeqúem melhor ao clima. Compete às associações de empresas e aos corpos
profissionais, bem como aos departamentos governamentais centrais e locais, auxiliar nesta tarefa.
Adaptação: ajuste num sistema em resposta às mudanças actuais ou expectáveis no futuro no clima e
aos seus impactos. Inclui alterações e ajustamentos desenhados para moderar ou compensar
potenciais danos ou tirar vantagens das mudanças climáticas. Assim, a capacidade adaptativa é a
capacidade potencial ou habilidade de um sistema, região ou comunidade de se adaptar aos efeitos ou
impactos das mudanças climáticas.
Assentamentos informais: área periférica da cidade de cimento na qual os habitantes são
caracterizados como tendo casas de qualidade muito baixa, quer em termos de material de construção
utilizado, quer em termos de conservação, ausência quase total da ventilação, falta de arruamentos e
consequentemente, de rede de abastecimento de água e esgotos, iluminação pública inadequada, falta
de água potável (fontanários), de saneamento (latrinas melhoradas) e valas de drenagem, resultando
na acumulação de águas nos períodos chuvosos e consequentemente a exposição de doenças infecto-
contagiosas e diarreicas.
Capacidade adaptativa: consiste em implementar e operacionalizar a totalidade dos sistemas de
suporte e q quadros legislativos e políticos que irão encorajar, permitir ou requerer que se considere a
adaptação.
As medidas incluirão: sensibilização, investigação, formação dos colaboradores, aplicação de
regulamentos, códigos, normas políticas e incentivos fiscais e investigação de opções alternativas de
adaptação. Só depois deste trabalho ter sido levado a cabo, numa organização ou sector em particular,
poderá ser iniciada a implementação de acções de adaptação.
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 6
Desenvolvimento de baixo carbono: qualquer intervenção que permita alcançar o duplo objectivo
de promover o desenvolvimento e a prosperidade sem comprometer o crescimento e sem aumentar as
emissões de GEE na mesma proporção do crescimento alcançado, permitindo ainda ultrapassar
algumas barreiras ao desenvolvimento como o acesso à energia. Esta abordagem permite redefinir o
paradigma de desenvolvimento de forma e reforçar a capacidade de resiliência do país através de
integração de soluções inovadoras.
Desenvolvimento sustentável: é normalmente definido como o desenvolvimento que vai de
encontro às necessidades presentes sem limitar a habilidade das gerações futuras de satisfazer as suas
próprias necessidades”. Economia verde: consiste na melhoria das condições de vida humana, bem-
estar e equidade social ao mesmo tempo que se reduzem significativamente os riscos ambientais e
escassez ecológica. Na economia verde o crescimento ao nível do rendimento e do emprego resulta de
investimentos públicos e privados que reduzem as emissões de carbono e a poluição, fortalecem o uso
eficiente de energia e de recursos e previnem a perda de biodiversidade.
Efeitos adversos das mudanças climáticas: significa as modificações no ambiente físico, ou biota,
resultantes da mudança climática, que tenham efeitos negativos significativos na composição,
resistência ou produtividade dos ecossistemas naturais e sob gestão, ou no funcionamento dos
sistemas sócio-económicos ou ainda sobre a saúde e o bem-estar humanos.
Efeito de estufa: é um processo que ocorre quando uma parte da radiação infravermelha emitida pela
superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como consequência
disso, o calor fica retido, não sendo libertado para o espaço. O efeito estufa dentro de uma
determinada faixa é de vital importância pois, sem ele, a vida como a que conhecemos hoje não
poderia existir. Serve para manter o planeta aquecido, e assim, garantir a manutenção da vida. O que
se pode tornar catastrófico é a ocorrência de um agravamento do efeito estufa que desestabilize o
equilíbrio energético no planeta e origine um fenómeno conhecido como aquecimento global.
Gases com efeito de estufa (GEE): significa os constituintes gasosos da atmosfera, tanto naturais
como antropogénicos, que absorvem e reemitem a radiação infravermelha; incluem o CO2, CH4,
N2O, HFCs, PFCs e SF6.
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 7
Mitigação: qualquer intervenção antropogénica que tanto pode reduzir as emissões de GEE como
aumentar a capacidade de sequestro de carbono.
Mudanças climáticas: qualquer alteração no clima, que é directa ou indirectamente atribuída à
actividade humana (que altera a composição global da atmosfera) e que é adicional à variabilidade
natural do clima observada ao longo de períodos de tempo comparáveis.
Potencial de Aquecimento Global (PAG): medida relativa que compara o GEE em questão com a
mesma quantidade de dióxido de carbono (cujo potencial é definido como 1). O PAG é calculado
sobre um intervalo de tempo específico e este valor deve ser declarado para a comparação. Os valores
usados são definidos pelo Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas. Depois de usado
este valor, as emissões são expressas em unidades de dióxido de carbono equivalente (CO2e).
Resiliência: quantidade de alterações que um dado sistema pode acarretar sem modificar o seu estado
prévio. A capacidade de um sistema, comunidade ou sociedade expostos aos eventos extremos de
resistir, de absorver, de acomodar e se recuperar dos efeitos de um perigo ou desastre de uma forma
atempada e eficiente, nomeadamente através da preservação e restauração das suas estruturas básicas
essenciais e funções.
Sequestro de carbono: é um processo de remoção de dióxido de carbono que ocorre principalmente
nos oceanos, florestas e outros locais onde os organismos por meio da fotossíntese capturam o
carbono e libertam oxigénio para a atmosfera.
Vulnerabilidade climática: grau ao qual os sistemas humanos e ambientais reagem ao experienciar
uma perturbação ou stress. Normalmente é descrita como uma sendo função de três características
principais: grau de exposição a fenómenos climatéricos, sensibilidade ao clima e capacidade de
adaptação.
1. Introdução
As Mudanças Climáticas (MC), com origem nas actividades antropogénicas de alteração do uso do
solo, da agricultura, do tratamento de resíduos e dos processos produtivos, incluindo a queima de
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 8
combustíveis fósseis, constituem um dos grandes problemas que ameaçam a humanidade e o
desenvolvimento, incluindo como consequências a degradação de ecossistemas essenciais e a
destruição dos recursos naturais, que são a base de produção da economia.
Dados científicos demonstram que as MC são resultado das emissões com origem antropogénica de
gases de efeito de estufa (GEE), com destaque para o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e
óxido nitroso (N2O), e que os valores registados no presente representam máximos históricos.
Moçambique é vulnerável às MC devido à sua localização geográfica na zona de convergência inter-
tropical e a jusante das bacias hidrográficas partilhadas, à sua longa costa e à existência de extensas
áreas com altitude abaixo do actual nível das águas do mar. Por outro lado, contribuem para a sua
vulnerabilidade e baixa capacidade de adaptação, entre outros factores, a pobreza, os limitados
investimentos em tecnologia avançada, e a fragilidade das infraestruturas e serviços sociais com
destaque para a saúde e saneamento.
No país as MC manifestam-se através de mudanças nos padrões de temperatura e precipitação,
aumento do nível da àguas do mar e no aumento tanto em termos de frequência e intensidade de
eventos climáticos extremos tais como secas, cheias e ciclones tropicais que afectam diferentes
regiões do país todos os anos. As consequências incluem perda de vidas humanas, de culturas
agrícolas, animais domésticos e fauna bravia, destruição de infra-estruturas sociais e económicas,
aumento da dependência da ajuda internacional, aumento dos preços dos produtos agrícolas e
deterioração da saúde humana, degradação ambiental e perda de ecossistemas.
As MC representam assim um retrocesso nos esforços do Governo e seus parceiros no combate à
pobreza e persecução dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM). Mesmo que se parasse
agora de emitir GEE ao nível global, é reconhecido que um aumento da temperatura mínimo de 2,0
ºC em 2100 face às normais climáticas de 1960-1989 é já inevitável. Cenários climáticos
desenvolvidos para Moçambique, aquando da preparação da Primeira Comunicação Nacional (PCN),
indicam que até 2075 poderá registar-se um aumento da temperatura média do ar entre 1,8 ºC a 3,2
ºC, redução da precipitação entre 2% a 9%, aumento da radiação solar entre 2% a 3% e aumento da
evapo-transpiração entre 9% a 13%. Estes resultados voltaram a ser confirmados com os estudos
realizados pelo INGC em 2009.
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 9
Sendo Moçambique um país menos desenvolvido manifesta uma vulnerabilidade acrescida por ter
menor capacidade adaptativa, seus sectores de actividades económicas e populações estarem
grandemente dependentes do sistema natural e por estarem também expostos ao risco dos eventos
climáticos devido à sua localização geográfica. Embora os cenários climáticos sejam pautados por
alguma incerteza e os impactos exactos sejam impossíveis de determinar à luz do conhecimento
actual, a necessidade de adaptação é já premente.
Moçambique, como signatário da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças
Climáticas (CQNUMC) desde 1995, assumiu algumas acções a desenvolver na mitigação das
emissões de GEE, bem como na adaptação das suas políticas de desenvolvimento com vista a
responder aos impactos das MC e promoção e cooperação em campos como a investigação científica,
tecnológica, técnica e sócio-económica, a observação sistemática, a educação, a formação e
informação do público e encorajamento da sua ampla participação no processo das MC, incluindo de
organizações não governamentais (ONGs). Moçambique é também signatário do Plano de Acção de
Hyogo (2005-2015), o qual norteia as principais acções para redução do risco de desastres, incluindo
os riscos climáticos. Para a realização dos compromissos assumidos pelo país com a ratificação da
CQNMC, Moçambique, conta com recursos disponíveis internamente, com destaque para o
Orçamento Geral do Estado (OE), assim como acessíveis externamente, como os mecanismos
financeiros estabelecidos no âmbito da Convenção que visam ajudar os países em desenvolvimento a
suportarem os custos de adaptação e mitigação.
Apesar de várias políticas sectoriais reconhecerem as MC como uma questão importante, de vários
actores (públicos, privados e sociedade civil) contribuírem com acções concretas quer de adaptação
quer de mitigação, bem como o facto de existir um Programa no qual se pretende promover políticas
e estratégias de mitigação e adaptação às MC no Plano Económico Social ao nível central e distrital
(PES e PESOD) do Sector do Ambiente, as acções correspondentes são ainda muito parcas devido à
fraca coordenação entre sectores e fraca capacidade de integração das questões das MC nos
documentos de planificação e de orçamentação e na implementação concreta, o que resulta em acções
independentes e esporádicas pouco eficazes. É agora urgente coordenar as acções de resposta às MC,
assegurando que os processos de planificação, tanto ao nível espacial (do local, para o comunitário,
distrital, provincial e nacional) como sectorial, integrem a temática das MC e que estas passem a fazer
parte dos vários instrumentos e do PES no Programa de MC. Desastres influenciados em grande
medida pelas mudanças climáticas tem afectado negativamente os esforços do governo e seus
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 10
parceiros de desenvolvimento no sentido de reduzir a pobreza e produzir um futuro mais próspero
para os moçambicanos. Em função disso, o governo aprovou, em Novembro de 2012, a Estratégia
Nacional de Adaptação e Mitigação `as Mudanças Climáticas (ENAMMC) que delineia as principais
áreas de intervenção visando tornar o país resiliente às mudanças climáticas.
O distrito de Chemba é um exemplo de como eventos extremos como cheias e secas sistemáticas tem
ofuscado os seus esforços de desenvolvimento. Suas localizaçao geográficas ao longo da bacia do rio
Zambeze tornam-no bastante propenso a ocorrência de cheias e secas. As cheias dos anos 2000 e
2013 provocaram danos inestimáveis que incluíram a destruição de casas e meios de sustento de
centenas de famílias enquanto secas cíclicas tem levado a venda sistemática de bens acumulados
pelos agregados e a necessidade de assistência alimentar a muitos outros na região norte do distrito.
Estes eventos extremos têm-se mostrado mais frequentes e intensos requerendo assim, medidas de
adaptação.
O presente plano delineia as áreas estratégicas e acções prioritárias visando tornar o distrito resiliente
às mudanças climáticas. Ele é concebido como um instrumento de suporte ao Plano Estratégico do
Desenvolvimento do Distrito (PEDD) e, tem por objectivo permitir que o objectivo estratégico de
desenvolvimento definido no PEDD de Chemba como “Melhorar a renda, a segurança alimentar e
nutricional das famílias através da agro-pecuária e gestão de recursos naturais sustentáveis orientada
para o mercado local e regional” seja efectivamente alcançado mesmo num contexto de mudanças
climáticas.
Assim, espera-se que, aquando da revisão do PEDD do distrito, as acções aqui apresentadas sejam
integradas no novo PEDD e o Distrito tenha apenas um único instrumento orientador do seu
desenvolvimento compatível com o clima.
A elaboração do presente plano foi liderada pela Secretaria Distrital e contou com a participação de
técnicos a nível central provincial nomeadamente do Ministério da Terra,(MITADER) As acções aqui
apresentadas resultam de discussões com comunidades e com a equipe técnica de planificação do
distrito e levaram em consideração a questão de projecções do clima.
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1.1. Estrutura do PLA de Chemba
O Plano Local de Adaptação do distrito de Chemba está estruturado em sete (7) capítulos. O capítulo
II, a seguir, descreve a metodologia usada para a elaboração do plano onde se menciona com
particular realce o exercício participativo, junto das comunidades, de levantamento de
vulnerabilidades e capacidades (CVCA) e o desenvolvimento da Teoria de Mudanças (TdM). O
capítulo III descreve o perfil do distrito com enfoque nas componentes físico-geográfica, socio-
económica e de vulnerabilidade climática. O Capítulo IV aborda a visão, os pilares estratégicos e as
actividades definidas para tornar o distrito resiliente às mudanças climáticas. O capítulo V apresenta o
plano de acção da implementação da estratégia onde se faz, usando a matriz do PESOD, a
calendarização das actividades ao longo dos anos de vigência do plano. O capítulo VI aborda o
sistema de Monitoria e Avaliação (M&A) onde se apresentam os principais indicadores assim como
os respectivos dados de base. Finalmente, o capítulo VII aborda as oportunidades de investimento
para um desenvolvimento resiliente no distrito.
2. Metodologia:
Esta sessão apresenta a descrição das principais etapas (etapas 2-6 e onde foram feitas) e os
instrumentos usados para a recolha e análise de dados nomeadamente no processo do CVCA (matriz
de vulnerabilidade e de capacidades, perfil histórico, calendário sazonal, diagrama de Venn e
mapeamento de recursos e riscos), e do desenvolvimento da TdM (actividades, produtos, resultados,
impactos, indicadores e pressupostos).
A elaboração do presente plano foi baseada no guião de elaboração de planos locais produzida pelo
MICOA. O guião apresenta um conjunto de dez (etapas) que vão desde da preparação do trabalho de
campo até a avaliação final do PLA. O processo de elaboração iniciou com a criação duma equipe
técnica de elaboração do PLA. Esta equipe foi liderada pelo secretário permanente do distrito e
integrava 4 técnicos do distrito, uma técnica da DPCA-Sofala e 2 tecnico do nivel central
(MITADER).
A primeira actividade da equipe foi desenhar um plano de actividades, discutir o processo de recolha
e análise de dados e recolher informação secundária sobre o perfil do distrito, focalizando os aspectos
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 12
físico-naturais e socioeconómicos cuja análise permitiu identificar a vulnerabilidade climática assim
como oportunidades para o desenvolvimento local resiliente.
Maior parte desta informação foi encontrada em documentos estratégicos do distrito como o Plano
Estratégico de Desenvolvimento do Distrito (PEDD) e o Plano Distrital de Uso da Terra (PDUT), os
PESODs e seus respectivos relatórios de balanço. Outros documentos importantes consultados
incluíram os resultados do Censo Geral da População e Habitação do INE e o perfil distrital
produzido pelo MAE. Com relação a componente de mudanças climáticas, uma vez não existirem
estudos específicos sobre a mesma foi desenvolvida com base em estudos regionais, que incluem o
distrito do Chemba, feitos pelo INGC, Para além da revisão da literatura foi feito um levantamento de
base nos 2 Postos Administrativos (Chiramba-sede, Mulima-sede) do distrito e em duas (2)
comunidades (Chimbué e Bucha).
Figura 1: Mapa de Chemba
O levantamento de base foi realizado usando as ferramentas de análise de vulnerabilidade climática e
capacidades (CVCA) desenvolvida pelo CARE e pelo uso de Teoria de Mudanças que está sendo
disseminada em Moçambique pela iniciativa ‘Seguindo Adaptação e Medindo o Desenvolvimento-
Tracking Adaptation and Measuring Development (TAMD).No CVCA foram usadas cinco
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 13
ferramentas nomeadamente a matriz de vulnerabilidade, o perfil histórico, o calendário sazonal, a
análise institucional/diagrama de Venn e o mapeamento de recursos e riscos.
A matriz de vulnerabilidade analisou as principais actividades de sustento, as ameaças a que estas
estão sujeitas e medidas tomadas ao nível local para fazer face. O perfil histórico analisou os
principais eventos que marcaram a história da zona e permite ver a frequência e intensidade de
eventos ao longo dos anos. O calendário sazonal analisou a variação intra-anual de principais
ameaças que afectam as comunidades. A análise institucional mapeou os principais actores que
operam nas comunidades, seu tipo de intervenção e as sinergias entre os diferentes actores. O
mapeamento permitiu identificar a localização geográfica, dentro das comunidades, dos vários
recursos físicos e naturais existentes assim como as principias ameaças que existem em cada região
da comunidade.
Ao nível da sede do distrito foi organizada uma sessão de dois dias de reflexão, com os directores e
técnicos dos serviços distritais, a volta da matriz de vulnerabilidade e da Teoria de Mudança (TdM).
Nesta reflexão discutiu-se as principais actividades de sustento da população do distrito, como estas
são afectadas pelos eventos climáticos e outras ameaças associadas, que intervenções estão a ser
implementadas para fazer face, que limitações encontram e que soluções de adaptação tornariam o
distrito resiliente. As intervenções de adaptação foram usadas para desenvolver a TdM a nível
distrital. A Teoria de Mudança (TdM) é uma descrição de sequência de mudanças que ocorrem (ou
supostas ocorrerem) em função das actividades desenvolvidas e seus resultados. Esta descrição ajuda
a identificar indicadores que podem ser usados para construir um caso credível da relação entre as
mudanças que já aconteceram e as actividades que o PLA empreendeu.
Foto 1: Capacitação
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 14
Para consubstanciar a informação do nível do distrito e obter informação do nível das comunidades
foram feitos levantamentos nas localidades de Chiramba-Sede e de Mulima-Sede (vide mapa acima).
A escolha destas localidades teve em conta a vulnerabilidade das mesmas.
Do levantamento foi possível obter informação sobre impactos das mudanças climáticas relacionadas
tanto a secas como a cheias, as respostas e limitações locais assim como propostas de medidas de
adaptação. No levantamento nas localidades foram usadas todas as 5 ferramentas do CVCA que
alimentaram a construção da Teoria de Mudança. As actividades de adaptação propostas nas
comunidades assim como a respectiva TdM foram cruzadas e harmonizadas com a matriz
desenvolvida na sede do distrito para resultar numa TdM que espelhasse a visão da sede e das
comunidades.
Foto 2: Harmonização
3. Perfil do Distrito
Esta secção apresenta um resumo dos principais aspectos físico-naturais e socioeconómicos do
distrito. O objectivo é introduzir ao leitor os aspectos que concorrem para a vulnerabilidade e/ou
resiliência do distrito. Informação mais detalhada sobre o perfil do distrito pode ser encontrada no
PEDD, no PDUT do distrito e nas estatísticas distritais produzidas pelo INE com base no censo de
2007.
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3.1. Aspectos físico-geográficos
Chemba é um Distrito que situa ao norte da província de Sofala, pela Localização cósmica, o
território do distrito de Chemba encontra-se entre os paralelos 16˚48̀ e 17˚22̀̀̀ de latitude Sul e entre os
meridianos 34˚21 36 e 35˚00 ̀00"de Longitude Este.
Os limites do distrito de Chemba
Quanto aos seus limites, o Distrito de Chemba faz fronteira a Norte com os Distritos de Mutarara e
Tambara, a Sul com os Distritos de Caia e Maringue, a Este com o Distrito de Mutarara e finalmente
a Oeste com os Distritos de Tambara e Maringue.
Topografia
No distrito de Chemba em termos de relevo destacam - se Planícies e os Planaltos. As Planícies
localizam-se maioritariamente nas zonas baixas dos Rios Zambeze, Sangadze e Pômpue e os
planaltos localizam-se junto a parte limítrofe ocidental.
Hidrografia
O Rio Zambeze e o mais importante no distrito, com uma capacidade de atingir 6000 m³/s, sabe - se
que nasce em Angola, forma as cataratas de Victória, atravessa o território Moçambicano com 850km
de comprimento e desagua no Oceano Indico por Chinde. E representa um enorme potencial para
agricultura e criação de gado para o distrito.
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 16
Por outro lado os rios Sangaze e Pômpue têm um regime periódico isto é em Outubro, Novembro,
Dezembro, Janeiro e Fevereiro são os meses em que os seus leitos se engrossam de águas.
O Clima
O Distrito de Chemba caracteriza-se por um clima tropical seco onde as temperaturas mais elevadas
ocorrem no mês de Outubro e as mínimas no mês de Julho. Em média as precipitações oscilam entre
600 mm a 800 mm anuais.
Tabela 2: Clima
Indicador Graus
Temperatura Média °C
26.3
Temperatura Máxima Absoluta °C 42.0
Temperatura Minima Absoluta °C 10.0
Humidade Relativa (%) 73.1
Precipitação Média Mensal mm 77.0
Principais tipos de clima do distrito e sua localização geográfica
Segundo a classificação climática proposta por Koppen, o distrito de Chemba enquadra-se no clima
seco B que por sua vez divide-se em 2 subtipos climáticos: o clima semi-árido quente BSh e o Clima
árido quente BWh, cujo limite ocorre sensivelmente acima da vila de Chemba, atravessando o distrito
no sentido Este-Oeste; de características BSh na região sul e central e BSh a BWh na região norte do
distrito. Duma forma geral as características de muita aridez diminuem do litoral para o interior
(MAE, 2005; Sentelhas e Angelocci, 2009).
As chuvas ocorrem na época quente e húmida, de Novembro a Março, com temperaturas altas. A
estação seca estende-se por um período de seis meses de Abril a Outubro e é caracterizada por seca
quase completa ou precipitação insignificante. O período de transição é variável e fracamente
definido, podendo ser considerado como o final das chuvas e o começo da estação de seca e de
temperaturas mais frescas (MAE, 2005).A precipitação média anual no distrito varia de 715 mm junto
ao rio Zambeze e 615 mm no interior, diminuindo das zonas altas para as baixas. O Distrito
caracterizado pelo clima Tropical Seco quase todo o Distrito, menos nas margens dos Rios.
Hidrologia do distrito
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 17
Figura 4: Clima Tropical Seco
Localização: Zona envolvente do Distrito
Estações: Duas estações, a seca mais longa
do que a húmida. Temperatura: Elevada ao longo do ano.
Precipitação: Fraca, mas concentrada. Três a quatro meses húmidos.
Savana
Trata-se de um espaço resultante da degradação da floresta tropical, formada por uma
formação herbácea, com algumas árvores dispersas. É o habitat perfeito para uma
exuberante vida animal, cuja mobilidade dentro das florestas se torna difícil.
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 18
Projecções climáticas
Nos últimos 5 anos houve um avanço bastante significativo do conhecimento científico sobre
mudanças climáticas no país e em algumas regiões particulares. O estudo do INGC publicado em
2009 projectava aumentos de temperatura na ordem de 2.50°C até 2060 e de 3.50°C até 2090 para um
cenário pessimista na região onde Chemba se incere. Estudos mais recentes do INGC publicados em
2012 assim por Midgley em 2013 reforçam e validam estas projecções. Midgley refere que a região
norte (mais seca) será mais quente e seca (aumento de temperaturas até 20°C) que a região sul
do distrito (aumento de temperaturas até 1.50°C) até 2060. Espera-se ainda um início tardio de
chuvas e poucos dias chuvosos com a segunda época do período chuvoso (Janeiro, Fevereiro e
Março) a ter pouca precipitação. A precipitação média total prevista para o norte de Chemba é entre
300 – 400mm e no sul do distrito espera-se entre 400 – 600mm mas o coeficiente de variação inter-
épocas no norte do distrito será alto quando comparado com o sul. As projecções não sugerem
grandes diminuições ou aumentos nos valores absolutos da precipitação total por época mas
coeficiente de variação é alto, o que significa que a incerteza de quando virá a precipitação ao longo
das épocas chuvosas irá aumentar, o que irá dificultar a planificação da actividade agrária. Dados de
índice de aridez mostram uma tendência de aumento de área Secas no distrito.
Divisão administrativa
O distrito está dividido em três postos administrativos (Chemba, Chiramba e Mulima), compostos
pelas seguintes localidades: Posto Administrativo de Chemba: Chemba e 3 de Fevereiro, Posto
Administrativo de Chiramba: Chiramba e catulene e o Posto Administrativo de Mulima: Goe e
Mulima
Governo do Distrito de Chemba
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Populacão
Chemba conta hoje com 78.478 habitantes dos quais 53% são mulhres segundo as projecções
baseadas no Censo Populacional de 2007. Nos ultimos 8 anos o distrito registrou um crescimento
populacional na ordem de 19.5% o que significa 12.818 habitantes em termos absolutos.
Este crecimento é justificado por elevadas taxas de natalidade e taxas relativamente baixa de
mortalidade e uma esperança de vida das mais baixas. Quase metade da população tem uma idade
igual ou menor que 15 anos e aproximadamente 4% da população é de terceira idade.
Tabela 3: Densidade Demográfica do Distrito, por Localidades
Descrição Total Homem Mulher
Distrito de Chemba 63.981 29.894 34.087
Posto Administrativo de Chemba 21.051 10.026 11.025
Localidade de Chemba-Sede 12.493 5.894 6.509
Localidade de 3 de Fevereiro 8.558 4.042 4.516
Posto Administrativo de Chiramba 17.820 8.318 9.502
Localidade de Chiramba-Sede 3.918 1.860 2.058
Localidade de Catulene 13.902 6.458 7.444
Posto Administrativo de Mulima 25.110 11.550 13.560
Localidade de Mulima-Sede 14.095 6.504 7.591
Fonte: Secretaria Distrital, 2011
3.2 Aspectos culturais e sócio-económicos
Grupos etnicos, linguas, cultura local;
No tempo colonial o actual Distrito de Chemba era conhecido por Tchetcha (o que significa areia, em
língua Sena), areia esta que descreve a maior parte dos solos do Distrito.
O termo Chemba derivou da palavra Nhacachemba (pequeno Chemba em lingua Sena) o que
literalmente têm o significado de pequena floresta.
Durante a Época Colonial, Chemba tinha estatuto de Administração de Circunscrição, englobando 4
Postos Administrativos, nomeadamente: Chiramba, Tambara (actualmente um Distrito da província
de Manica), Canxixe e Maríngue (actualmente um Distrito da Província de Sofala).
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Face a nova divisão Administrativa e territorial que teve lugar em 1980, Chemba sofreu uma redução
do seu território. Onde os seus antigos Postos Administrativos nomeadamente Maríngue e Tambara,
ascenderam ao Estatuto de Distrito a partir desse ano. Sena é o grupo etnolinguístico predominante no
Distrito, com alguma influência do Malawi, onde grande parte da população se refugiou, durante o
conflito armado dos 16 anos de Guerra.
Principais Actividades de sustento (Agricultura, Pecuária, Comercio, Pesca e
Sivicultura).
Agricultura - Possui cerca de 200.000 ha de terras férteis propícias para a prática de agricultura, dos
quais 63.437 ha estão sendo aproveitados. E é praticada em duas áreas geográficas. As terras baixas
que têm melhor acesso a água do rio e solos mais ricos, mas são grandemente afectadas pelas cheias.
Nas terras secas altas pratica-se a agricultura de sequeiro, são altamente dependentes da distribuição
da chuva nas épocas do plantio e são propensas a seca As culturas praticadas são cereais (milho e
mapira), oleoginosas (gergelim), leguminosas (feijões manteiga, nhemba e boer), tubérculos
(mandioca e bata doce) e hortícolas diversas.
Pecuária – É um dos maiores criadores do Gado caprino da Província com um total de 74.541
cabeças, para além do gabo bovinos, suínos, ovelhas e galinhas. A criação de animais é uma
actividade económica importante no distrito. Quando comparada com a agricultura, ela faz uma
grande contribuição para a economia da família e do distrito. A pecuária e o uso da tracção animal
são actividades tradicionais nesta região;
Comércio - o comércio, com característica predominantemente informal, constitui uma actividade
preponderante para a economia do distrito e é praticado maioritariamente por mulheres, o comércio
através de lojas e bancas fixas, dinamizado pelo Fundo Distrital de Desenvolvimento esta espalhado
em todas povoações do distrito permitindo uma maior disponibilidade de produtos de primeira
necessidade. Não só, como também, o comércio de produtos agrícolas tem um peso grande na
estrutura do comércio no distrito.
Pesca - é praticada em pequena escala, ao longo do Rio Zambeze e no Lago Ntunga na Vila Sede do
Distrito, por pescadores individuais, geralmente homens. A produção de peixe é usada para
alimentação e como rendimento da família.
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Duma maneira geral a população activa por ramos de actividade é dominada pelo sector agro-
pecuário com 93%, o comércio representa 6% e a pesca 1%. No global, a população economicamente
activa contribui com 87% do rendimento distrital.
Silvicultura - Se ocupa das actidades ligadas ao cultivos das árvores.Ela tem sido tradicionalmente
aplicada como um dos mais importantes instrumentos para a obtencão de materia prima destinada ao
atendimento de diversas demanda,que vão do pequeno agricultor à grande indústria de base florestal.
Tem se tornando tambem importante instrumento a contemplar as práticas de reflorestamentos
destinados ao atendimentos de diversas demandas ecológicas e ambientais.
Acesso e cobertura de serviços sociais básicos (saúde, educação, água, fontes de energia e
rede viária).
Saúde -A rede sanitária é composta por 8 centros de saúde, sendo 1 Centro de Saúde Tipo I, 7
Centros de Saúde Tipo II. Além destes, existem ainda 05 Postos de saúde comunitários no activo e 7
bancos de socorros.
As principais doenças são a malária, diarreia, tuberculose e HIV -SIDA. Os principais desafios
relacionam-se com a expansão e ampliação de unidades sanitárias nas zonas mais populosas, a
afectação de técnicos qualificados, abertura de fonte de abastecimento de água na Unidade Sanitária
que estão em falta e, o aumento do espaço físico para o raio x nos utentes. A distância média da
residência para unidade sanitária é 14km o que significa melhorias significativas no acesso aos
serviços de saúde. Neste momento existe em Chemba 20 unidades sanitárias.
Educação - A rede escolar é composta por: 68 escolas sendo, 35 EP1, 31 EPC’s e 2 Escolas
Secundárias sendo, 1 Publica e 1 Particular, de igual número do ano transacto. Foram projectados
para o ano 2015 um total de 20.941 alunos que serão assistidos por um universo de 513 professores,
contra 20.248 do ano 2014 alunos que foram assistidos por uma universo de 531 professores, o que
significa que foram recrutados mais 49 Professores, Deste total dos alunos, 8.503 são mulheres, o
correspondente a 40.6% da participação feminina, contra 8145 inscritos em 2014, crescimento em
4.3% (358 alunas), representado um crescimento acima de 100% para alunos e um decréscimo 3.4%
de professores. O decréscimo de efectivo dos professores deveu-se a transferência e a morte de
alguns.
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Abastecimento de Água e saneamento - rede de abastecimento de água é composta por 144 fontes
de água dos quais 139 operacionais e 05 inoperacionais, 01 sistemas de abastecimento de água
servindo a 41.100 habitantes, num rácio de 300 habitantes por fonte. Destas fontes, 14 foram abertos
em 2014 e 11 foram reabilitados, todos possuem comités de gestão de água criados.
Energia - A ligação pela energia eléctrica ainda é limitada. Maior parte da população ainda depende
do combustível lenhoso como sua principal fonte de energia. O Distrito é abastecido pela Rede
Nacional de Energia Eléctrica de Cahora Bassa beneficiando 734 consumidores, cobrindo uma parte
da sede do Posto Administrativo de Chemba Sede e Chiramba Sede, famílias beneficiam-se de
energia com recurso a painéis solares na Localidade de Catulene e 48 famílias beneficiam – se de
Grupo gerador no Posto Administrativo de Mulima no âmbito do FUNAE. O censo de 2007 mostrava
que apenas 6.5% da população tinha acesso a energia eléctrica.
Transporte e Comunicação - O Distrito conta actualmente com um total de 06 transportadores que
asseguram a circulação de pessoas e bens através de viaturas caixa aberta. As vias de acesso são
transitáveis sobretudo na época seca.
Na área de Comunicações, o Distrito conta com a rede fixa da TDM e três operadoras de telefonia
móvel, nomeadamente: Mcel (Vila - Sede e Posto Administrativo de Mulima) Movitel (em todo
Distrito) e Vodacom (vila sede), para além dos Serviços das Telecomunicações de Moçambique, com
9 linhas fixas (Vila-Sede). E ainda 8 postos rádio de comunicação nos Postos Administrativos e
Localidades.
Rede viária - O programa começou com as suas actividades em Abril de 2004. No distrito Chemba, (ver
a tabela a seguir) foram reabilitadas em primeiro lugar estradas de terra batida e picadas antigas que não
eram transitáveis. Em seguida foi instalado um sistema de manutenção das mesmas estradas. A
reabilitação e manutenção são feitas por empresas privadas.
Tabela 2: Vista geral da reabilitação de cada troço das estradas.
Troço Comprimento Início das obras Fim das obras
Chemba-Caia 100km abr-05 Ago. 2005
Chemba-Tambara 100km jul-05 Dez. 2005
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Chemba-Marínguè 173km abr-04 Dez. 2005
Chemba-Sena 40km abr-05 Ago. 2005
Chemba-Canxixe 89km abr-05 Dez. 2005
Chemba-Chiramba 45km jul-05 Set. 2005
Chemba-Mulima 42km abr-05 Dez. 2005
Chemba-Catulene 90km _________ __________
Chemba-Goé 40km __________ __________
Chemba-3 de Fevereiro 12km abr-05 Ago. 2005
3.3 Indicadores de Bem-estar
O distrito em 2015 apresentou uma taxa de baixo peso a nascença de 4%, uma ligeira melhoria
comparativamente ao igual período de 2014, na qual foi de 6.2% (parâmetro recomendado <7%),
mostrando assim, o bom estado nutricional da população do distrito
A taxa de mortalidade com foco positivo situa-se em 0,1%, apresentando assim uma ligeira
diminuição comparativamente ao igual período do ano transacto (2014) onde era 1.4%.
O rácio de mortalidade materna teve uma evolução negativa no período em análise (2 óbitos por
100.000 Nados Vivos em 2015, contra 1 óbitos por 100.000 Nados Vivos igual período de 2014).
Constituem as principais causas directas de óbitos maternos, a eclâmpsia, intoxicação por
medicamentos, chegada tardia nos pacientes nas Unidades Sanitária.
A principal causa da desnutrição crónica e aguda é a fraca dieta alimentar nas crianças e mães
grávidas, para além de algumas patologias que poderão estar por detrás desta situação. Há também
aspectos culturais ligados a alimentação que importam aflorar, pois, mesmo nos momentos em que os
alimentos estão disponíveis, a população não os utiliza da melhor maneira. As crianças, por exemplo,
são proibidas de comer certos alimentos, que na verdade, são importantes para o seu
desenvolvimento. Durante o levantamento de campo a nível das comunidades de Chimbué
(P.A.Chiramba) e Bucha (P.A. Mulima), foi notória a preocupação da população na manutenção da
“estabilidade sócio-económica” e afirmaram que a sua visão de desenvolvimento resiliente é
“xitukuKo” que significa crescimento e desenvolvimento ou “Makhaliro Adide” significando viver
bem. Nestas consultas ficou claro que uma das grandes ameaças desta estabilidade são os eventos
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climáticos extremos, assim é importante planificar as actividades de sustento tendo em conta os seus
efeitos actuais e futuros.
4. Mudanças Climaticas e Desenvolvimento do Distrito
4.1 Vulnerabilidade climática e capacidade de adaptação
O Distrito de Chemba caracteriza-se por um clima tropical seco onde as temperaturas mais elevadas
ocorrem no mês de Outubro e as mínimas no mês de Junho. Em média as precipitações oscilam entre
600 mm a 800 mm anuais, com temperatura média anual de 23.6 °C (máxima absoluta de 37.90 °C e
mínima absoluta de 19.70 °C e humidade relativa de 71.7%. É caracterizado por precipitação baixa e
irregular, cuja média anual situa-se entre 615mm a 715mm, mostrando uma diminuição relativa de
pluviosidade a noroeste (Posto Administrativo de Chiramba) e aumento para sul-este (Posto
Administrativo de Chemba). A baixa precipitação torna a agricultura de sequeiro numa actividade de
risco. Seca é a principal ameaça mas a localização de parte do distrito a longo do rio Zambeze torna -
se susceptível à cheias. Assim as cheias e inundações na região sul e norte-este ao longo do Rio
Zambeze e seus tributários e secas no norte-oeste constituem principais ameaças climáticas no
distrito. Os resultados do levantamento feito através do CVCA mostram, através do perfil histórico
(tabela abaixo) que secas e cheias são eventos extremos que mais afectam o distrito. Há também a
notar que estes eventos climáticos extremos são agravados por outros factores sócio-políticos como a
guerra e degradação ambiental.
Figura 3: Mapa de zonas de risco
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Região 1: Zona 1a e 1b
A região predominam planícies, Vegetação do tipo Savana Arbustiva, a mesma possui solos férteis
para a prática de agricultura principalmente cereais e culturas de rendimento (Algodão e
gergelim); Possui condições favoráveis para a criação de caprinos, suínos, bovinos e aves,
existência de lagoas que podem possibilitar a irrigação de campos para alem de potencial para prática
de turismo cinegético pois esta é abrangida pela Coutada n° 6.
Região 2: Zona 2a e 2b
A regiao existem bons solos para a prática de agricultura, especificamente o algodão e mapira,
existência de um potencial madeireiro e distribuição regular das fontes de água;
Região 3
Abrange maior extensão do Distrito, fazendo parte os povoados de 3 de Fevereiro, Mulima, Chiramba
e Sede do Distrito, nesta zona há maior concentração/aglomeração da população e os principais
aglomerados situam-se ao longo das vias principais que tem grande potencial agropecuário,
principalmente nas zonas de Chiramba, Sede e 3 de Fevereiro por estarem localizadas ao longo
do vale do Zambeze. A zona tem grande potencial faunístico (Elefantes, Crocodilos e
Hipopótamos), estes primeiros em Chiramba e os restantes estão dispersos ao longo do rio
Zambeze, exceptuando a zona de Mulima.
Região 4
Esta zona abrange a Vila Sede do Distrito e Posto Administrativo de Chiramba, e susceptível a
varias calamidades, tais como induções, seca e queimadas descontroladas. A disputa de espaço
entre o homem e os animais bravios, tem sido referida com muita frequência, especialmente nos
lugares onde a população recorre para fazer machambas e tirar àgua para o consumo, ao longo
dos rios e lagoas. É portanto, necessário a melhoria do sistema de prevenção aos diferentes tipos de
vulnerabilidade.
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Tabela 3: Perfil Histórico
ANO DE
REFERÊNCI
A
ACONTECIMENTO/EVEN
TO CLIMÁTICO
IMPACTO
1941 Seca e Fome Perda de vidas Humanas, e migração
1952 Cheias (Bomane, que significa
água que arrasta tudo que
encontra pela frente)
Perda de vidas humanas, destruição de infra-estruturas
(por exemplo casas com pessoas mortas e os
sobreviventes viviam por cima de árvores e casas) e
campos agrícolas.
1958 Cheia/inundações Morte de muitas pessoas, perda de campos agrícolas,
perda de bens, destruição de infra-estruturas e o dique
de protecção de machambas ficou afectado devido a
fraca capacidade de reduzir a invasão da água
1959 Cheias (Bomane, que significa
água que arrasta tudo que
encontra pela frente)
Perda de vidas humanas, destruição de infra-estruturas
(por exemplo casas com pessoas mortas e os
sobreviventes viviam por cima de árvores e casas) e
campos agrícolas.
1960 Ciclone e pragas de
Gafanhotos, seca e Fome
Perda de vidas Humanas, animais e destruição das
casas machambas, fraca produção.
1963-1973
Guerra de Libertação Nacional
Perda de Vidas Humanas, animais e destruição das
casas,
Destruição de infra-estruturas e migração da
População para Malawi
1968
Xibalo Morte de muitas pessoas, migração da população para
Malawi
1972 Primeira vacinação contra
sarampo
Redução de morte por sarampo
1974 Cheias (Madzi a bomane ) de
muita violência
Aumento de surto de cólera, perda de vidas humanas,
destruição de infra-estruturas e de campos agrícolas
1975 Independência nacional Liberdade do povo
1976 Vacinação contra tétano,
sarampo e bilharziose, inicia a
Redução de mortes por doenças, Perda de vidas
humanas, destruição de infra-estruturas e bens
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guerra Civil
1977
Cheias no vale do Zambeze
Perda de campos agrícolas, perda de bens, destruição
de infra-estruturas e o dique de protecção de
machambas ficou afectado devido a fraca capacidade
de reduzir a invasão da água
1979 Seca e fome Perdas Humanas, procura das Zonas fértil
1983-1988 Seca e Fome Falta de sementes, alimentos e Perda de vidas
humanas e animais. Onde morreram muitos militares
da Renamo
1992 Acordo Geral da paz Regresso da população para as zonas de origem
1994 Eleições Gerais Escolha do presidente da Republica
1997
Cheias e Censo Populacional
Destruição das machambas, criação de reassentamento
nas zonas de Chimbue, Senhabuzua (P.A.Chiramba) e
Macanga na Vila Sede e levantamento de número da
população.
1999 Eleições Gerais Escolha de Presidente da República
2000
Cheias/ inundações
Aumento de surto de cólera, perda de vidas humanas,
destruição de infra-estruturas e de campos agrícolas
(por exemplo casas com pessoas mortas e os
sobreviventes viviam por cima de árvores e casas) e
perda de campos agrícolas, vias intransitáveis.
2001 Cólera Morte de muitas pessoas por falta médica e
medicamento insuficiente e ambulância.
2002 Cólera (Senhabuzua e
Nhabinda)
Perda de vidas humanas, falta de médico,
medicamento suficiente e ambulância.
2003 Seca/Fome, Pragas, Ventos
Forte
Perda de Vidas Humanas, animais e destruição das
casas,
Destruição de infra-estruturas e machambas
2004 Pragas de gafanhotos de
Nhazombe e Eleições Gerais
Destruição de machambas, Escolha do presidente da
Republica
2006 Pragas (Nhadzombe) Destruição de machambas
2007 Ratos, Censo populacional Destruição de culturas Levantamento de número da
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população.
2008 Pragas (Nhadzombe) Destruição de machambas fraca produtividade
2009 Ciclone, Eleições Gerais Destruição das Casas, escolha do presidente da
Republica.
2010 Pragas (Nhadzombe Destruição das machambas, fraca produtividade
2014 Eleições Gerais e Pragas
(Nhadzombe)
cheias/inundações
Perda de campos agrícolas culturas, perda de bens,
destruição de infra-estruturas e a Escolha do
presidente da Republica
As populações de Chimbué e Bucha, mencionaram que muitos retornaram a zona em 1992 á 1993,
após um longo período de ausência devido a guerra civil. No início tiveram muita ajuda humanitária e
quando esta terminou passaram a depender, para o seu sustento, mais da exploração de lenha, carvão
e material de construção, uma vez que a produção agrícola é incerta e baixa. Porém, a exploração dos
recursos florestais se tornou mais difícil actualmente (sobretudo depois de 2010) porque as áreas
florestais próximos das comunidades foram concessionadas as empresas Ecofarma, Grown Energy e
Safari. A leitura do perfil histórico acima também sugere uma tendência de aumento da frequência
das cheias que pode significar uma mudança do padrão de distribuição temporal dos eventos. A
ocorrência de cheias severas consecutivas não permite a recuperação dos meios de sustento da
população e isto foi bastante mencionado no levantamento feito em Chimbwé. Do levantamento
procurou-se identificar as principais ameaças sentidas, como as mesmas afectam os meios de sustento
das comunidades, qual é a tendência da frequência e intensidade e que medidas são tomadas para
fazer face. Deste exercício surgiu a seguinte matriz de vulnerabilidade e capacidades a partir da
harmonização do trabalho do grupo.
Tabela 4: Matriz de Vulnerabilidade do Distrito de Chemba
Actividade Ameaças
Inundações/
Cheia Seca
Erosão
Costeira
Praga e
doenças de
animais
Ventos Fortes Trovoadas
Agricultura 3 3 2 3 2 1
Comércio 2 0 2 0 2 2
Pesca 1 2 0 0 1 0
Pecuária 2 2 1 2 2 1
Corte de lenha 1 0 0 0 3 3
Total 9 7 5 5 10 7
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Tendência
Nota: Pontuação máxima=3 significando que o evento afecta bastante a actividade e mínima =0, sem nenhum
impacto.
Conforme a tabela acima mostra as principais actividades económicas de extrema importância e de
sustento no distrito a mecionar: Agricultura, pecuaria, pesca, corte de lenha (produção de carvão), e
comercio. Portanto, a agricultura foi mencionada como a principal actividade a maior delas depende
da actividade para a satisfação das necessidades alimentares.
De referir que dos principais riscos, o distrito aponta seca como um grande problema que ameaça as
actividades de sustentos. Este risco trs um ambiente de incerteza para as comunidades por isso maior
parte dele tem recorrido nas outras actividades que oferece um sustento. Na pecuaria a seca reduz as
areas de pasto gerando assim conflitos de terra para mesmo.
De um forma geral, a análise de vulnerabilidade climática do distrito elaborou-se uma matriz que
pode-se designar como uma tabela de capacidade de resposta. Na mesma constam medidas de
adaptação propostas pelas comunidades para fazer face aos eventos climáticos depois elaboração da
Teoria de Mudança cuja discussão fica reservada para posterior.
Tabela 5: de capacidades de resposta
Ameaças Actividades Acção de adaptação em
curso
Limitação das acções
em curso
Medidas de adaptação
sugeridas
Inundações/Cheia
Agricultura
-Machambas nas zonas
altas;
Uso de pesticidas;
-Uso de culturas tolerante
a seca.
- Uso de sementes melhoradas;
-Falta de sementes as
comunidades; Expansão de fontes de agua
-Machambas nas zonas
baixas;
-Abate descriminado
das árvores; Estabelecimento de loja para
venda de Insumos agrícolas; -Falta de solos fértil;
- Destruição das
machambas e de
celeiros.
-construção de Dique para
irrigação dos campos
Erosão - Construção de curvas de
níveis;
-Uso de técnicas
rudimentares;
Montagem d motobombas para
irrigação dos campos.
- Falta de equipamentos
qualificados;
-abertura de valas d para
escoamento da agua
Praga e doenças
de animais
-Toque de batuque ou
latas para afugentar;
-Falta de insecticidas
para pulverização nas
-alocar mais técnicos de fauna
bravia.
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-Abandono das
machambas das zonas
altas para zonas baixas.
machambas;
Ventos Fortes -Falta de técnica;
-alocar mais técnicos agrónomos
para todos postos
administrativos e localidades.
Inundações/Cheia
Comercio
-Uso de canoas;
-Falta de barcos a
motor;
-melhoramento das vias de
acesso (construção de pontecas),
-Construção de pontes
- Promover a vacinação dos
animais e pulverização das
pragas nas zonas recondidas,
Seca
- Melhoramento das vias
de acessos (com uso de
matérias locais: estacas,
areia);
-Insuficiências de
meios de transporte de
bens e pessoas;
-promover a existências de
lojas/grandes armazéns de
produtos agrícolas e
manufacturadas.
Erosão -Melhoramento das vias
de acessos;
- Deficiência na
intransitabilidade das
vias de acesso;
-Revitalização de comités dos
pescadores,
Praga e doenças
de animais
-Promover a vacinação
dos animais e
pulverização das pragas;
-Falta de medicamentos
e pessoal técnico;
-apoio financeiro para aquisição
d barco a motor
Ventos Fortes
-Construção de armazéns,
bancas e celeiros
melhorados.
-Falta de recursos
financeiros para
construção; - Montagem de sistemas de frio
Conflito
Homem/Fauna
- Construção de armazéns,
bancas e celeiros
melhorados.
- Falta de recursos
financeiros para
construção;
Inundações/Cheia
Pesca
-Uso de barco a motor;
-Falta de recursos
financeiro para
aumentar o número de
barcos a motor ;
Revitalização de comités dos
pescadores, Seca
-Construção de tanques
apícolas;
-Falta de recursos
financeiros e materiais;
Erosão - -
Praga e doenças
de animais - -
Ventos Fortes
-Uso de barco a motor, e
kit completo de Salvação
-Insuficiência de
recursos
apoio financeiro para aquisição d
barco a motor
-Aviso prévio através de
Rádio Comunitária financeiros e materiais;
Conflito
Homem/Fauna -Uso de barco a motor;
-Insuficiência de
recursos financeiros e
materiais;
Inundações/Cheia
Pecuária
-Construção de currais
nas zonas seguras;
-Falta de bebedouro
para animais;
promover criação de bebedouro
nas todas comunidades,
Seca -Construção de
bebedouros;
-Conflitos de
pastagens;
-Roubo dos animais;
Erosão ------- --------------
Praga e doenças
de animais
-Promover vacinação de
animais e pulverização;
-Falta de materiais de
pulverização e Pessoal
técnico;
Alocar mais técnicos
veterinários para todos postos
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administrativos e localidades;
Promover de curais
convencionais a nível de todas
comunidades
Ventos Fortes -
-Falta de material para
construção de currais
melhorados;
.
Inundações/Cheia
Corte de
Lenha
-Vão a busca nas zonas
altas; -----------
Promover o reflorestamento,
revitalização de Comités de
Gestão de Recursos Naturais ,
Seca --------- ------------
Erosão --------- ------------
Praga e doenças
de animais ------------- --------------
Ventos Fortes -Nada se faz
Falta de técnicas de
construção de fogões
poupa-lenhas;
.
A matriz mostra que cheias e inundações seguidas de seca, insuficiência de insumos agro-
veterinários, problemas de vias de acesso e problemas de pragas, são em ordem de importância as
primícias ameaças no sustento local (veja os totais). A pontuação (1 mínimo e 3 máximo) mostra que
estas ameaças afectam sobretudo a agricultura e a pecuária que são as principais actividades de
sustento no distrito. Com relação a percepção das tendências destes eventos as pessoas referiram
notar uma tendência crescente na ocorrência de secas, cheias e inundações assim como de pragas que
normalmente eclodem depois de cheias e inundações. Com relação aos insumos e as vias de acesso,
eles notam que apesar de limitado e sem qualidade há um maior acesso actualmente do que a 10 anos
atrás. Também referiram medidas que estão a tomar para fazer face sobretudo no sector de agricultura
e pecuária e propuseram medidas que acham que poderiam torná-los mais resilientes. Estas medidas
foram mais tarde aprofundadas para resultar nas matrizes que se apresentarão nas secções 4 e 5.Um
outro exercício feito com as comunidades foi identificar os períodos críticos da ocorrência das
ameaças ao longo do ano tendo isto resultado no calendário sazonal abaixo. Dum modo geral o
calendário sugere que maior parte das ameaças se agudizam no período de cheias/inundações ou
imediatamente a seguir a isso.
Deste modo um dos exercícios feito com as duas comunidades foi de identificar os períodos críticos
da vulnerabilidade climática da ocorrência das ameaças durante o ano que seguiu a elaboração de
calendário sazonal como ilustra a tabela abaixo:
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Tabela 6:Calendário sazonal
Actividade Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Agricultura Colheitas Abertura de
machambas Sementeira
Pecuária vacinação
Pesca
Comércio
Corte de lenha
Evento
Inundações/Che
ia
Seca
Erosão fluvial
Praga e doenças
de animais
Ventos Fortes
Trovoadas
Legenda
A actividade não é realizada ou o evento não ocorre
A actividade é realizada ou o evento ocorre, com forte intensidade
A actividade é realizada ou o evento ocorre, mas com fraca intensidade
Com base o calendário acima apresentado, o distrito tem praticado agricultura de Sequeira, deste
modo caracterizado por baixa produção. Agricultura começa com a abertura de machambas no mês
de Setembro.
A pecuária a actividade é praticada em todo ano com maior realce no período de chuvoso,
encontrando a melhores condições com maior disponibilidade de água.
Pesca, corte de lenha e o comércio é praticada ao longo do rio Zambeze e lago Ntunga com maior
influência no período seco, que vem como uma actividade complementar e gerando rendimento para
algumas famílias.
Para fazer face a ameaça procurou-se identificar os principais actores que actuam no distrito e as suas
respectivas ligações. Este exercício resultou no diagrama de venn/de análise institucional que abaixo
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 33
se apresenta. Do diagrama emerge o governo através dos seus diferentes serviços como entidade
central na gestão de riscos e promoção de medidas de adaptação seguido de algumas ONGs
(sobretudo a Save the Children, Visão Mundial, a Cruz Vermelha) e de agências governamentais
como o INGC e a INAS. As igrejas e o sector privado desempenham igualmente um papel importante
no fortalecimento do tecido social e na recuperação pós-desastres. Estas instituições não actuam de
forma uniforme no distrito sendo que alguns postos administrativos têm mais assistência do que
outros. A ligação entre os diferentes actores é facilitada pelo governo do distrito o qual aconselha e
orienta áreas de intervenção e indica os principais recursos, actores existentes, forças e desafios em
cada região do distrito.
Diagrama de Venn
KumuSanas
Solidar (OSEO)
Save The Children
PMA-PASP
GIZFHI
GOVERNO DISTRITAL
ADS
Cruz Vermelha de Moçambique
CHEMBA
Operador Florestal
Caritas
A circuferencia acima ilustra as ONG’s que actuam do distrito, através do circulos pode-se chegar a
conclusão as mais abrangentes e com uma actuação relevante no âmbito do desenvolvimento do
distrito a destacar: Governo Distrital, Save the Children, Solidar (OSEO) e KumuSanas.
De acordo o exercício ilustrado na tabela acima, indica o levantamento institucional e foi avaliado a
capacidade do distrito para fazer face as mudanças climáticas. Visto que o resultado que tem mais
limitações é na área financeira, como usar as informações climáticas, no processo de integração
mudanças climáticas na planificação e uso de Informações.
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 34
4. Mudanças climáticas e desenvolvimento do distrito:
4.1.Visão
O perfil distrital acima apresentado mostra que mudanças climáticas têm impactos no
desenvolvimento do distrito e poderá, tendo em conta os cenários climáticos apresentados, afectar os
seus objectivos de desenvolvimento de médio e longo prazos.Com base nisso, o distrito definiu a
seguinte visão de desenvolvimento no contexto de mudanças climáticas:
VISÃO
4.2 Objectivos estratégicos:
Para alcançar a visão, o distrito definiu, tendo em conta o levantamento feito sobre vulnerabilidades e
capacidades, os seguintes 5 objectivos estratégicos:
3065
25
604070
50
60
0
20
40
60
80
Integracão de MC naplanificação
CoordenaçãoInstituicional
Financiamento em MC
Conhecimento em MC
Uso de Informação
Planificação no contextode Incerteza
Participação
Sensibilização
Resultados sobre capacidade institucional
CHEMBA, AGRO-PECUÁRIO RESILIENTE AS MUDANÇAS
CLIMÁTICAS, RUMO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 35
Aumentar capacidade institucional de modo a assegurar o desenvolvimento resiliente;
Construir e expandir a capacidade das infra-estruturas de armazenamento de água, irrigação e
pecuário e fortalecer agricultura;
Aumentar a produção e produtividade pesqueira;
Fortalecer o comércio sustentável;
Promover a sustentabilidade de exploração da silvicultura.
4.3 ACÇÕES PROPOSTA POR OBJECTIVO ESTRATÉGICO
1. Aumentar capacidade institucional de modo a
assegurar o desenvolvimento resiliente;
3. Aumentar a produção e produtividade
pesqueira;
Contratar novos estencionistas, técnicos de
fauna bravia, pecuários e policias florestais,
Capacitar técnicos de ETD e SDPI em matérias
de Mudanças climáticas;
Capacitar/ fortalecer comités locais de gestão de
riscos e calamidades e recursos naturais;
Adquirir meios circulantes para os técnicos;
Capacitar técnicos do SDAE em novas
tecnologias agro-pecuárias.
Construir tanque psicolas e gaiolas
flutuantes;
Aumentar mais números de barcos a
motor;
Revitalização de comités dos
pescadores;
Potenciar mais no aviso prévio sobres os
efeitos através da rádio comunitária;
2. Construir e expandir a capacidade das infra-
estruturas de armazenamento de água, irrigação,
pecuário e fortalecer a agricultura;
4. Fortalecer o comércio sustentável;
Promover a culturas tolerantes a seca e de ciclo
curtos;
Construção de represas diques, bebedouros;
Expansão de fontes de água;
Montagens de motobombas para irrigação;
Promover agricultura de conservação;
Dinamizar os agentes de venda na
comercialização de insumos agro-pecuárias;
Reabilitar vias de acesso (construção de
pontecas;
Promover a existências de lojas/grandes
armazéns de produtos agrícolas e
manufacturadas;
Fortalecer a montagem de sistema de
frio para comercialização de carne e
pescado
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 36
Promover vacinação de animais e pulverização;
Reabilitar e construir mangas de tratamentos
sanitários;
Melhorar o Sistema de Aviso Prévio;
5. Promover a sustentabilidade de exploração da silvicultura
Introduzir tecnologias de fornos melhorados para a produção de carvão;
Promover o reflorestamento;
Revitalização de Comités de Gestão de Recursos Naturais;
Promover técnicas de construção de fogões poupa-lenhas.
4.4. Teoria da Mudança:
A população de Chemba entende que os meios de sustento, centrados nas actividades agro-pecuárias
irão aumentar a produção e a produtividade agrícola e isto não só irá contribuir para melhoria da dieta
alimentar mas também aumentar a comercialização agrária e diversificação das fontes de renda e o
consequente aumento da renda das famílias; quando a renda crescer a população começará a comprar
bens duráveis e melhorar o acesso a educação e saúde. Estes dois serviços sociais (saúde e educação)
promovem a mobilidade social e económica das pessoas a caminho da prosperidade e sua resiliência.
A promoção da floresta e da diversidade biológica no distrito de Chemba, deve ser entendida como
uma forma de maximizar os benefícios do uso dos recursos florestais, tendo em conta medidas de
protecção ambiental. Esta actividade permitirá ao distrito não só aumentar as áreas florestais mas
também aumentar a produção de produtos florestais diversos. Isto significa que para além da lenha,
carvão e materiais de construção (estacas) a população pode explorar produtos florestais não
madeireiros como mel e plantas medicinais e aumentar a comercialização destes para diversificar as
fontes de renda. Com o aumento da renda a população poderá adquirir bens duráveis e melhorar as
condições de vida, garantido a prosperidade e resiliência em casos de eventos extremos. ‘e de notar
igualmente que a estabilidade florestal é importante para a mitigação de mudanças climáticas para
além de proporcionar condições para melhorar o lençol freático. Nota-se uma grande coincidência em
termos de impacto final desejado das acções de adaptação: ‘‘Auto-suficiente e Resiliente `as
Mudanças Climáticas”. Nas comunidades a visão expressa em Chimbué e Bucha foi
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 37
“makhaliroadide”e “ xitukuko” que traduzido tende a significar ‘viver bem sempre’ ou
desenvolvimento que se mantém para novas gerações.
Na visão do distrito, ao fortalecer a capacidade institucional, através das acções mencionadas acima,
isto irá aumentar as iniciativas de adaptação implementadas pelo governo local e seus parceiros, o que
poderá levar a adopção de novas técnicas de produção e organização social no contexto de mudanças
climáticas. Estas novas técnicas ajudarão o distrito a reduzir as perdas humanas e materiais e a manter
ou aumentar os seus níveis de produção o que poderá contribuir para melhorar a situação da
segurança e soberania alimentar. Por outro, porque as instituições e a população em geral estarão
capacitados para lidar com eventos climáticos extremos, isto significa que terão aumentado a sua
capacidade de resposta e de resiliência.
Matriz de teoria de mudança.
Sector
Actividade
O que teremos
quando for
implementada a
actividade?
O que teremos
com o resultado
da
implementação
da actividade?
Qual é o
produto do
resultado da
implementação
da actividade?
Quais são os sinais que nos
mostram
que aconteceram
mudanças?
Produto Resultado Impacto
Agricultura
Aquisição de
insumos
agrícolas
Disponibilidade
de insumos
agricolas
Operações
culturais a tempo
Aumento da
produção e
produtividade
Melhoria na
segurança
alimentar
Aumento da
fonte de renda
Aumento na comercialização
agrícola
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 38
Abertura de
valas de
drenagem
Melhorar o
escoamento das
águas;
-Boa produção
agrícola
-Aumento de
renda,
-Segurança
alimentar
-Diminuição da
ma nutrição das
comunidades.
Aumento da
renda
-Melhoramento das
condições de vida (aumento
de excedentes agrícolas).
Montagem de
sobracolos e
campo de
agricultura de
conservação
Redução de
intensidade de
raio solar ao solo
e redução de
frequência de
rega
Redução de
frequência de
rega
Conservação a
fertilidade do
solo.
Melhoria na
segurança
alimentar
Aumento da
fonte de renda
Aumento na comercialização
agrícola
-Montagens
de
motobombas
para irrigação
dos campos;
Vamos ter maior
disponibilidade
de água na época
seca;
-Melhor
produção
agrícola
-Aumento de
renda,
-Segurança
alimentar
garantida
-Diminuição da
ma nutrição das
comunidades.
Melhoramento das condições
de vida (muito milho
no celeiro, muitos carros a
procura de produtos para
comprar,
construção de casa de
alvenarias, festa na zona,
renda
da famílias, ninguém passa
fome, etc.
-Construção
de represas
para irrigação
dos campos
Vamos ter maior
disponibilidade
de água na época
seca;
-Melhor
produção
agrícola
-Aumento de
renda,
-Segurança
alimentar
garantida
-Diminuição da
ma nutrição das
comunidades,
Aumento da
fonte de renda da
Melhoramento das condições
de vida (disponibilidade de
excedentes agrícolas)
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 39
famílias.
Alocação de 3
extensionistas
Melhor serviço
na extenção
Melhor
produtividade
agrícola
Melhoria na
segurança
alimentar;
Aumento de
comercialização
Melhoramento das condições
de vida (muito produto
agricola no celeiro
Pecuária Promover
serviços
veterinários
nas
comunidades
afectadas
Vamos ter
melhor saúde
dos animais
Melhor controle
de doença dos
animais
-Aumento de
renda;
-Melhoramento
de dieta
alimentar nas
comunidades;
Melhoramento de condições
de vida (compra de celulares,
Capulanas, etc.)
Construir
bebedouros
melhorados
nas
comunidades
Vamos ter maior
disponibilidade
de água na época
seca;
-Melhor
abeberamento
dos animais
-Aumento de
rende de famílias
-Melhoramento de condições
de vida (compra
de aparelhos
Alocação de
técnicos
veterinários
Vamos ter
melhores
serviços
veterinários;
Melhor criação
dos animais
-Aumento de
renda de família;
Melhoramento de condições
de vida.
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 40
Comércio Melhoramento
das vias de
acessos
Vamos ter
melhores
condições para a
circulação de
bens e pessoas.
Melhor
comercialização
dos produtos.
Aumento de
renda de família;
-Aumento da
comercialização
de produtos
diversos.
Melhoramentos de condições
de vida (Construção de casas
de alvenarias).
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 41
Vis
ão
Reduzir perda humanas atraves de
enventos extremos
Melhorar a seguranca
alimentar
Melhorar acesso de servico
de educacao e saude
Fortalecimento do capital
social
Im
pa
cto
Utilização de novas técnicas de
produção
Aumento da produtuvidade
agricolaAumentar a comercialização
Mudanças de altitude de
produtores
Maior iniciativas de novas
técnicas de produçãoDiversificação de culturas
Aumentar a disponibilidade de
àgua
Aumentar a circulação de
pessoas e bens
Aumento de àreas de
Produção
Aumentar rendimento por há Redução de doenças hidricasMelhoria das condicoes de
saneamento
Redução da procura da àgua
para consumo
Agricultura e Pescuario Obras publicas Comercio Pesca
Construção de bebeduorosReabilitar e construir furos
de agua
Melhorar e abrir vias de
acesso para locais de
Construção de tanques
psicolas e gaiolas flutuantes
construção de represas, diques e
barragensConstrução de caleiras
Promover a construção de
mais lojas
Aumentar números de barcos
a motor
Promover a venda de insumos
agro-pecuarios
Contrução de celeiros
melhorados
Visão
CHEMBA, RESILIENTE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS, RUMO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Acti
vid
ad
e
…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………
……………………….
Resu
lta
do
Pro
du
to
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 42
5. Plano de acção:
O Plano Local de Adaptação de Chemba tem um horizonte temporário de 5 anos. O plano de acção
do mesmo segue as matrizes actualmente em uso para o desenho e implementação do PESOD
distrital. É filosofia do PLA que, ao longo do tempo, as acções aqui apresenta das sejam incorporadas
no PESOD e reflectidos no PEDD. Como referido na introdução, pretende-se que o PLA seja um
instrumento de apoio e não um instrumento de planificação definitivo. O distrito assume o PEDD e o
PESOD como sendo os seus instrumentos de planificação sendo que, os restantes são apenas
instrumentos de apoio a estes dois. As matrizes que se seguem apresentam o plano de acção da
implementação do PLA no distrito de Chemba. Porém, é preciso frisar que, a implementação de
cada uma das actividades será precedida por uma análise mais minuciosa da sua viabilidade
técnica, social e ambiental.
Tabela 8: Resumo do orçamento por objectivo estratégico
OE 1: Aumentar capacidade institucional de modo a assegurar o
desenvolvimento resiliente. 863.890,00
OE 2 : Construir e expandira a capacidade das infra-estruturas de
armazenamento de água, irrigação, pecuário e fortalecer a
agricultura.
35.035.490,00
OE 3: Aumentar a produção e produtividade pesqueira. 3.632.300,00
OE 4: Fortalecer o comércio sustentável. 130.875,00
OE 5: Promover a sustentabilidade de exploração da silvicultura. 300.000,00
Total 39.962.555,00
PRIORIDADE: ASSEGURAR A GESTÃO SUSTENTAVEL E TRANSPARENTE DE RECURSOS NATURAIS E DO AMBIENTE
Sector: Agro-pecuária
Programa: Mudanças climáticas
Objectivo Estratégico (i): Reduzir a vulnerabilidade das comunidades, da economia e infraestruturas aos riscos climáticos e às calamidades naturais e antropogénicas
Objectivo: Aumentar capacidade institucional de modo a assegurar o desenvolvimento resiliente.
Nº
de
Ord.
Acção Indicador de
Produto
Meta: Ano
Met
a
Periodicida
de
Localização
Beneficiários
(desagregados
por sexo,
quando
aplicável)
Orçamento
por actividade
(em Meticais)
Fonte de
financiamento Responsável
I I
I III IV V
I
Sem
II
Sem
1
Contratar novos
estencionistas, técnicos de
fauna bravia, pecuários e
policias florestais,
Número de
estecinonista
s
2 2 2 2 2 10 x X
Chemba
Sede,
Mulima e
Chiramba
Comunidade
em geral 64.390,00 OE SD
2
Capacitar técnicos da em
matérias de Mudanças
climáticas;
Número de
técnicos 1 1 1 1 1 5 x x
Chemba
Sede
2 Téc.ETD e
3 Téc. SDPI 22.500,00 OE/parceiros SD
3
Capacitar/fortalecer
comités locais de gestão de
riscos e calamidades e
recursos naturais
Número de
comites 1 2 2 1 6
x
Chemba
Sede,
Chiramba e
Mulima
Todas
Localidades 150.000,00 OE/parceiro SDPI
4 Adquirir meios circulantes Número de 1 1 1 1 4 x x Chemba 2 Téc. SDPI 600.000,00 OE/parceiro SD
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 2
para os técnicos. motas Sede 2 Téc.
SDAE
5
Capacitar técnicos em
novas tecnologias agro-
pecuárias
Número de
tecnicos 2 2 2 6 x x
Chemba
Sede,
Mulima
Chiramba
6 Téc.SDAE 27.000,00 OE/parceiro SDAE
Total
863.890,00
PRIORIDADE: ASSEGURAR A GESTÃO SUSTENTAVEL E TRANSPARENTE DE RECURSOS NATURAIS E DO AMBIENTE
Sector: Agro-pecuária
Programa: Mudanças climáticas
Objectivo Estratégico (i): Reduzir a vulnerabilidade das comunidades, da economia e infraestruturas aos riscos climáticos e às calamidades naturais e antropogénicas
Objectivo: Construir e expandir a capacidade das infra-estruturas de armazenamento de água, irrigação, pecuário e fortalecer a agricultura
Nº
de
Ord.
Acção Indicador
de Produto
Meta: Ano
Meta
Periodicidade
Localizaçã
o
Beneficiári
os
(desagrega
dos por
sexo,
quando
aplicável)
Orçamento por
actividade (em
Meticais)
Fonte de
financiam
ento
Responsável
I II III IV V I Sem II
Sem
1
Promover a culturas
tolerantes a seca e de
ciclo curtos e
agricultura de
conservação
Números
de
promocoes
240 240 240 240 240 1200 x x
Chemba
Sede,
Mulima
Chiramba
Todos
Localidade
s(40
produtores
por local)
1.743.650,00 OE/parcei
ro SDAE
2 Dinamizar os agentes Número de 1 1 1 1 2 6 x x Chemba 6 agentes 225.315 OE/parcei SDAE
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 3
de venda na
comercialização de
insumos agro-pecuárias
agentes Sede,
Chiramba
e Mulima
ros
3 Promover vacinação de
animais e pulverização
Número de
promocoes
72.3
40
73.0
00
73.2
40
73.3
20
73.6
40
365.54
0 x
Chemba
Sede,
Mulima
Chiramba
365.540
animais 30.125,00
OE/parcei
ros SDAE
4
Reabilitar mangas de
tratamentos sanitários Número de
construçao 1 1 1
3 x x
Chemba
Sede,
Chiramba
e Mulima.
Criadores
de aniais 945.000,00
OE/parcei
ro SDAE
5 Construir mangas de
tratamentos sanitários
Número de
construção 1 2 1 1 1 6 x x
Criadores
de animais 8.400.000,00
OE/parec
eiro
6 Construr de represas
diques, bebedouros
Número de
represas,
diques e
bebedouro
s
1 1 1 1 4 x x
Chemba
Sede,
Mulima
Chiramba
Criadores
de animais 8.750.000,00
OE/parcei
ro SDAE/SDPI
7 Construir de fontes de
água
Número de
Fontes 5 5 5 5 5 25 x x
Cemba
Sede,
Mulima
Chiramba
6
Localidade
s
12.500.000,00 OE/parcei
ro SDPI
8
Montagens de
motobombas para
irrigação
Número de
motobomb
as
4 4 4 4 4 20 x x
Chemba
Sede,
Mulima e
20
produtores 2.400.000,00
OE/parcei
ro
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 4
Chiramba.
9 Melhorar o Sistema
de Aviso Prévio
Número
de
sistemas
1 1 1 1 1 5 x x
Chemba
Sede e
Chiramba
41.400,00 OE SDPI/SDA
E
Total 35.035.490,00
PRIORIDADE: ASSEGURAR A GESTÃO SUSTENTAVEL E TRANSPARENTE DE RECURSOS NATURAIS E DO AMBIENTE
Sector: Pesca
Programa: Mudanças climáticas
Objectivo Estratégico (i): Reduzir a vulnerabilidade das comunidades, da economia e infraestruturas aos riscos climáticos e às calamidades naturais e antropogénicas
Objectivo: Aumentar a produção e produtividade pesqueira
Nº
de
Ord.
Acção Indicador de
Produto
Meta: Ano
Met
a
Periodicidade
Localização
Beneficiários
(desagregados
por sexo,
quando
aplicável)
Orçamento
por actividade
(em Meticais)
Fonte de
financiamento Responsável
I I
I III IV V I Sem
II
Sem
1 Construir gaiolas
flutuantes
Número de
gaiolas 1 1 1 1 4 x x
Chemba Sede
e Chiramba 4 Associações 1.200.000,00 OE/parceiro SDAE
2 Construir tanque psicolas Número de
tanques 1
1 1 3 x x
Mulima e
Catulene 3 Associacoes 1.000.000,00 Oe/parceiro SDAE/SDPI
3 Aumentar mais números
de barcos a motor
Número de
barcos 2 1 1
4 x x
Nsusso, Sede
do distrito,
Sede de
Chiramba e
Senhabuzua
4 Associacoes 1.200.000,00 OE/parceiros SDAE
3 Revitalizar de comités Números de 1 2 1 1 5 X x Chemba 5 Comites 190.000,0 OE/parceiro SDAE
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 5
dos pescadores revitalizacoes Sede, Mulima
e Chiramba
4
Potenciar mais no aviso
prévio sobres os efeitos
através da rádio
comunitária
Número de
avisos
1 1 1 1 1 5
Chiramba,
Chemba sede
e Mulma
42.300,00 OE SDAE/SDPI
Total
3.632.300,00
PRIORIDADE: ASSEGURAR A GESTÃO SUSTENTAVEL E TRANSPARENTE DE RECURSOS NATURAIS E DO AMBIENTE
Sector: Comércio
Programa: Mudanças climáticas
Objectivo Estratégico (i): Reduzir a vulnerabilidade das comunidades, da economia e infraestruturas aos riscos climáticos e às calamidades naturais e antropogénicas
Objectivo: Fortalecer o comércio sustentável
Nº
de
Ord.
Acção
Indicador
de
Produto
Meta: Ano
Met
a
Periodicidade
Localização
Beneficiários
(desagregado
s por sexo,
quando
aplicável)
Orçamento
por actividade
(em Meticais)
Fonte de
financiamento Responsável
I II III IV V I Sem II
Sem
1
Reabilitar vias de acesso
(construção de pontecas;
Número
de vias
7
5
11
0 90 50 30
355
Km X x
Bucha,
Correia,
Fumbe II,
Distrito 100.000,00 OE/parceiros SDPI
2
Promover a existências de
lojas/grandes armazéns de
produtos agrícolas e
manufacturadas
Número
de lojas 2 2 2 3 3 12 X x
Chemba Sede,
Chiramba
Sede Mulima
Sede, Goe,
Catulene e 3
de Fevereiro.
12
comerciantes 20.375,00 OE SDAE
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 6
3
Fortalecer a montagem de
sistema de frio para
comercialização de carne e
pescado
Número
de
sistema
1 1 1
3 X x
Chiramba,
Chemba
Sede e 3 de
Fevereiro
3
Comerciant
es
10.500,00 OE SDAE
4
Total 130.875,00
PRIORIDADE: ASSEGURAR A GESTÃO SUSTENTAVEL E TRANSPARENTE DE RECURSOS NATURAIS E DO AMBIENTE
Sector: Ambiente
Programa: Mudanças climáticas
Objectivo Estratégico (i): Reduzir a vulnerabilidade das comunidades, da economia e infraestruturas aos riscos climáticos e às calamidades naturais e antropogénicas
Objectivo: Promover a sustentabilidade de exploração da silvicultura
Nº
de
Ord
.
Acção Indicador de
Produto
Meta: Ano
Met
a
Periodicidad
e
Localização
Beneficiários
(desagregado
s por sexo,
quando
aplicável)
Orçamento
por
actividade
(em Meticais)
Fonte de
financiament
o
Responsável
I I
I
II
I IV V I Sem
II
Sem
1
Introduzir as tecnologias de
fornos melhorados para a
produção de carvão para as
associacoes.
Número de
capacitações 2 2 2
6 x x
Chemba
Sede,
Mulima
Sede,
Chiramba
Sede, Goe, 3
de Fevereiro
6 Associacoes 75.000,00 OE/parceiro SDPI
Governo do Distrito de Chemba
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 7
e Catulene
2 Promover o reflorestamento Número de
promoções 1 1 1 1 1 5 x x
Chemba
Sede,
Mulima e
Chiramba
Distrito 75.000,00 OE/parceiro SDPI
3 Revitalizar de Comités de
Gestão de Recursos Naturais
Números de
revitalizacao 2 1 2 1 1 7 x x
Chemba
Sede,
Chiramba e
Mulima
Comunidade
no geral 75.000,00 OE/parceiro SDPI
4
Promover técnicas de
construção de fogões poupa-
lenhas
Número de
promoções 2 2 2 1 7 x x
Chiramba,
Mulima e
Chemba
Sede.
Comunidades
geral 75.000,00 OE/parceiro SDPI
Total
300.000,00
6. Sistema de Monitoria e Avaliação
A monitoria e avaliação (M&A) do presente plano de adaptação serão guiadas pelos procedimentos
em curso para a avaliação da implementação do PESOD. Isto vai permitir que não haja sobrecarga
nos recursos humanos, materiais e financeiros do distrito. Enquanto a monitoria será um processo
contínuo, espera-se uma avaliação de meio-termo no final do segundo ano e, uma avaliação final,
após o 5º ano de implementação. Um plano mais detalhado de monitoria e avaliação será desenhado
aquando da implementação das actividades no campo. Os seguintes indicadores resultantes da Teoria
de Mudança deverão alimentar o sistema de M&E ao longo da vigência do PLA.
NIVEL DE PROCESSO
TABELA DE INDICADORES
OE 1: CAPACIDADE INSTITUCIONAL OE 2: AGRICULTURA E PECUARIA
Indicador Dado de base e ano
de referência
Fonte de
dados
Indicador Dados de base e
ano
de referência
Fonte de
dados
Número de técnicos
capacitados em
matérias de MC.
1 (2013) e 1 (2014)
SDPI
Aumento de culturas
produzidas tolerante
a seca (milho,
mapira, amendoim e
gergelim)
Milho: 9 567,20T,
Mapira: 8 508,50T,
Amendoim: 2
108,62T e
Gergelim: 1 009,81
SDAE
Número de meios
circulantes para os
técnicos;
0 (2014)
SD
Número de agentes
na comercialização
agro-pecuario
0 (2014)
Número comités locais
de gestão de riscos e
calamidades e recursos
naturais;
0 (2014)
SDPI
Número de represa e
diques.
Número de
represas e diques
existente.
SDAE/SDPI
Números de técnicos
de técnicos de fauna
bravia, pecuáros e
estecionista
3 (2015) técnico
pecuário.
SD
Número de mangas
de tratamento
sanitario
Mangas de
tramentos
existente
SDAE
Números técnicos do
SDAE capacitados em
novas tecnologias
agropecuárias
2 (2013)
SDAE
Promoção de
vacinação de animais
e pulverização
28 527 cabeças
vacinadas (2014)
SDAE
OE 3: PESCA
OE 4: COMÉRCIO
Indicador
Dado de
base e
ano de
referência
Fonte de
dados
Indicador
Dados de base e
ano
de referência
Fonte de
dados
Construir tanques
psicolas
Número de tanques SDAE Reabilitar vias de
acesso
64 km estrada
melhorado;
SDPI
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Construir gaiolas
flutuante
Números de gaiolas
flutuantes;
SDAE Promover a
existências de lojas
Sem informacao SDAE/SDPI
Adquirir barcos a
motor
Número de barcos SDAE Fortalecer a
montagem de sistema
de frio
Sem informacao SSDAE
Revitalizar comités
dos pescadores
1 comites
revitalizado
Melhorar o aviso
prévio.
Número de avisos
SDPI
OE 5: EXPLORAÇÃO DA SILVICULTURA
Introduzir tecnologias
de fornos melhorados
para a produção de
carvão;
- 02 fornos
melhorados (Catondo
e Chapo)
SDPI
Promover o
reflorestamento
- 03 campanhas de
promocao em (2014)
SDPI
Revitalização de
Comités de Gestão de
Recursos Naturais
- 2 comites de Gestao
de Recursos Naturais;
SDPI
Promover técnicas de
construção de fogões
poupa-lenhas
- Formado uma
associacao na técnica
de construção de
fugões popau-lenha
em (2013);
- Entrega de 4 fogões
poupa-lenha;
SDPI
B: NÍVEL DE PRODUTO, RESULTADO E IMPACTO
INDICATOR INDICADOR DADO DE BASE E ANO DE
REFERENCIA
1.NIVEL DE
PRODUTO
Aumentar a quantidade de água por (litro) em
cada familia por dia.
-Maior (há) de reflorestados por ano (ano de
referencia)
87ha (2014)
Aumentar areas de produção
Numero de areas de produção (h abertos)
Produzir xxxha de 200.000ha da
capacidade do Distrito.
- Intensificação nas culturas diversas;
Numero de novas culturas
Produzir pipino Português,
cenora, pimento (2016)
-Potenciar na disponibilidade de insumo
agricolas
-Produtores usando insumos melhorados;
-Vendedores de insumos.
13 produtores usando os
insumos melhorados;
3 vendedores de insumos
agriculas ( nos Postos).
Aumentar a disponibilidade de água para -14 furos construidos (2014);
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diversas necessidades:
-Aumentar o numero de hectares irrigados;
-Aumentar fontes de agua;
- Reduzir a distância percorrida para
abeberamento.
-11 reabilitados;
-
Assistidos animais por agentes
veterinários por ano (ano de referência);
35.270 Animais (2014)
Redução de necessidade e a distância de
pastagens;
-Reduzir a queimada descontrolada;
-Aumentar assiduidade dos alunos nas escolas;
Actualmente as comunidades
tem queimado muito e os alunos
de tanto percorrer uma distancia
longa regresao ao
entardecer,situação que faz
com que os alunos não
frequentem a escola
permanenetemente.
Casos de doenças de origem hídrica
reportados por ano.
Colera, 0; Diarreia Aguda
(2.805) (2014)
2.NIVEL DE
RESULTADOS
Introduzir novas tecnologias agropecuarias;
- numero de produtores/criadores assistidos;
- numero de novas tecnologias introduzidas.
-Segurança alimentar garantida por produção
própria por ano por posto administrativo;
Posto Administrativo mais
critico em Mulima.
Maior efectivo animal saudavel
- numero de abates
- numero de currais
- peso vivo animal
- numero de animais/gado no distrito
Xxx abates
-xxxx currais
-xxx kg peso vivo
-xxx bovinos
Aumentar circulacao de bens, pessoas e capital
- diversidade dee produtos no mercado (no de
produtos diferentes);
-km de estrada reabibiltados;
-Numero de transportadores;
-numero de viagens por transportador.
Xxx produtos diferentes
-13 transportadores
-5 viajens semanais;
-765km estradas reabilitados.
Aumento de oportunidades de
investimento/oportunidades
de emprego
- numero de novas empresas no distrito
- numero de novos postos de emprego
2 novas empresas
-xxx empregos criados
Redução de perdas pos -colheita
- número de celeiros melhorados
- numero de meses com comida
55 celeiros melhorados
- 9 meses
Rendimento (ton/ha) nos cereais (milho e
mapira)
1,3 milho (2014)
1,3 mapira (2014)
3.NIVEL DE
IMPACTOS
Garantia de segurança alimentar
-numero de meses com comida propria;
-numero de alunos que chegam ao final do ano;
-numero de refeicoes/dia.
-9 meses;
-chegam ao final do ano xxx dos
xxx;
-2 refeições
Aumento do renda familiar
- numero de casas melhoradas;
-numero de familias que adquirem bens não
-21 casas melhoradas (2014)
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7. OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO NO DISTRITO
A tabala abaixo ilustra, as diferentes oportunidades de investimento que o distrito oferece e que, uma
vez concretizadas, poderão ajudar a aumentar a auto-suficiência e resiliência do distrito.
Situação actual Potencialidade e sua cadeia de valor Oportunidades de negócio
1. Agricultura
Produção
A produção da campanha
2014/2015 foi de 24,472 tonelada
de milho e 14,042 de mapira
10,430
Existe um potecial de 85,000
tonelada de milho
Produzir mais 60,528 toneladas de
milho
Actualmente são aproveitados
apenas 7,801 hectares para
produção de milho
Há um total de 50,000
hectares aptos para a produção
de milho
Aproveitar os remanescentes 35,246
hectares aptos para a produção de
milho
Actualmente há apenas 6
extensionistas públicos que
prestam assistência técnica a
apenas 6443 produtores agrícola
que enfrentam dificuldades no
acesso a insumos devido ao seu
baixo poder de compra e à falta de
casas agrárias no distritos que
É necessários 13 extensionistas
públicos para prestar assistência
a 6979 produtores agrícolas.
Contratar mais 7 extensionistas para
prestar assistência técnica a mais
6.443 de produtores agrícolas e
instalar casas agrárias com
capacidade de fornecimento
regular de insumos aos referidos
produtores.
Actualmente existentes 18 sistema
de rega que cobrem uma área de
apenas 23 hectares.
É necessárias infraestruturas 50
sistema de rega com capacidade
para irrigar 5.000hectares.
Construir infra-estruturas 32
sistema de rega, com capacidade
para irrigar mais 460 hectares.
Conservação
Falta de celeiro melhorados e
silos, o milho produzido é
conservado em celeiros familiares
precários.
É necessários 35 celeiros
melhorados e silos para
conservação de 35.000
toneladas de milho.
Construir, divulgar e demonstrar
o uso de celeiros familiares
melhorados e construir silos com
capacidade de conservação de
35.000 toneladas de milho.
alimentares
(Motas, bicicleta, radios, etc…)
Maior preservação da biodiversidade
- numero de especies vegetais e animais
existentes
Varias especies promovidas.
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Processamento
Actualmente, o milho produzido
não é processado e embalado,
por falta de indústrias a nível
local.
É necessárias indústrias com
capacidade de processamento e
embalagem de 7.000 toneladas
de milho.
Instalar indústrias com capacidade
de processamento de 7.000
toneladas de milho.
Comercialização
Actualmente, os compradores é
que determinam os preços da
algodão (considerados baixos
pelos produtores), devido ao
fraco poder negocial dos
produtores.
Os preços da algodão
praticados deverão ser
considerados «justos», quer
pelos produtores, quer pelos
compradores.
Demonstrar aos produtores as
vantagens de se organizarem em
associações, por forma a
aumentarem o seu poder de
negociação e melhor defenderem
os seus interesses.
Actualmente, o milho é
transportado em condições
inadequadas devido à falta de
transportadores de mercadorias.
É necessários transportadores
de mercadorias, com capacidade
de transportar 7.000 toneladas
de milho.
Incentivar a entrada, no mercado,
de operadores privados com
capacidade de transportar 7.000
toneladas de milho.
Actualmente, há dificuldades de
escoamento da produção, pois as
vias de acesso: Fumbe II-Sede
(59Km); Correia-Sede do Distrito
(115km), que ligam os centros
de produção aos de consumo,
estão em condições precárias.
As vias de acesso, que ligam
os locais de produção aos de
consumo de milho, deverão
estar transitáveis
Melhorar as condições de
transitabilidade das vias de acesso
que ligam os locais de produção aos
de consumo.
2. Pecuária
Produção
O efectivo actual é de apenas
74.541 gado caprino
O distrito tem um potencial de
134.114 cabeças de gado
Aumentar a produção de gado
caprino em 2.201 por ano.
Actualmente existem apenas
1tanques carracicidas que não
estão operacionais.
É necessários 15 tanques
carracicidas operacionais.
Construir 15 tanques carracicidas e
reabilitar outros 1.
Uma parte das áreas de
pastagem tem sido alvo de
queimadas descontroladas.
Deverão existir pastos
suficientes para 134.114
cabeças de gado
Sensibilizar e promover palestras as
comunidades em matéria de
controlo e combate às queimadas
descontroladas.
Existência de apenas 2.484
currais, dos quais xxx precários
para tratamento de gado.
4.470 currais (incluindo
mangas de tratamento)
melhorados e operacionais
Melhoramento de 2.484 currais
para tratamento de gado e
construção de outros 1986.
Actualmente o gado percorre
O gado deverá ter acesso à
Construir 35 represas (uma em
cada povoação) e reabilitação as
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 6
longas distâncias (acima de 7km)
para abeberamento
água para abeberamento
próximo das respectivas aldeias
existentes, de modo a reduzir as
distâncias para abeberamento do
gado
Actualmente não existe gado
Leiteiro.
Das 7.701 cabeças de gado
bovino, 1.350 deverão ser de
gado leiteiro.
Fomentar a introdução de 1.350
cabeças de gado leiteiro.
Processamento
Actualmente não existe nenhuma
unidade de processamento de
carne e seus derivados
Deverá existir 1 unidade de
processamento de carne e seus
derivados (carne fumada,
presunto, fiambre, enchidos,
conservas etc) com capacidade
para 15.000 litros de leite por
dia, 200 toneladas de carne por
ano.
Instalar 1 unidade de
processamento de carne e seus
derivados, com capacidade para
15.000 litros de leite por dia,
200 toneladas de carne por ano
Não há ainda conhecimentos
para processamento de produtos de
origem animal (enchidos, leite,
queijo, peles, chifres).
Deverá ser transmitida aos
criadores a tecnologia de
processamento de carne, leite,
peles, chifres, ossos, etc.
Capacitar os criadores e artesãos em
tecnologia de processamento de
(enchidos, leite, queijo, peles,
chifres).
Existe de apenas 1 matadouro em
construção, que não pode cobrir a
demanda de abates.
Serão necessários dois
matadouros com capacidade
para abater 3.000 animais por
ano.
Construir 2 matadouro para
reforçar a capacidade de abate de
3.000 animais por ano.
Comercialização
Actualmente não existem talhos.
O Distrito deverá ter 3 talhos
com condições de conservação
operacionais.
Instalar de 3 talhos (1 em cada
posto administrativo).
A carne é transportada em
condições impróprias, devido à
falta de viaturas com câmara
Frigorífica.
Serão necessárias 3 viaturas
com câmara frigorífica
operacionais.
Adquirir 3 viaturas com câmara
frigorífica para transporte de carne.
As vias de acesso ligando os
centros de produção e o
mercado encontram-se em
condições precárias.
As vias de acesso deverão
estar transitáveis.
Reabilitar e manter regularmente
as vias de acesso de modo a
garantir a sua transitabilidade.
3.Pesca
Produção
Actualmente a pesca praticada é a
artesanal, efectuada nos rios e
Água existente em todo ano no
lagoa Ntunga e rio Zambeze
Alocar mais barcos a motor para
captura de pescado;
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lagoa, utilizando barcos não
convencionais e um barco a motor
de uma associação.
Construir mais tanques psiculas em
3 comunidades (Ndango, Macanga e
Nsusso).
O Distrito não existe agentes
economico para processamento de
pescado.
Aumentar número de pescadores
e associacoes no Distrito;
Incentivar os agentes economico
para processamento de pescado.
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PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO 2015 8
Documentos consultados
1. Perfil Distrital – Elaborado pelo MAE;
2. Estatísticas Distritais – INE;
3. Plano Económico, Social e Orçamento do Distrito – PESOD;
4. Estratégia Nacional de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas – produzido
MICOA;
5. Plano Estratégico do Desenvolvimento do Distrito – PEDD;
6. Plano Distrital de Uso da Terra – PDUT;
7. Estudos Sobre as Mudanças climáticas em Moçambique – produzido pelo INGC;
8. Mapeamento de Risco elaborado pelo PMA,
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