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Pe. Nivaldo Feliciano Silva, CSPe. Nivaldo Feliciano Silva, CS

DIOCESE DE SANTOSFormação Litúrgica - 2013

50anos da

Sacrosanctum Concilum

O PERCURSO

dezembro de1961 João XXIII anuncia a realização do Concílio

outubro de 1962 aberta a primeira sessão

dezembro de 1963Paulo VI promulga a

Sacrosanctum Concilium 2.147 votos a favor 19 votos contra

Capítulo 1 OS PRINCÍPIOS GERAIS PARA A REFORMA E OINCREMENTO DA LITURGIA

Capítulo 2O MISTÉRIO DA EUCARISTIA

Capítulo 3OS DEMAIS SACRAMENTOS E SACRAMENTAIS

Capítulo 4O OFÍCIO DIVINO

Capítulo 5O ANO LITÚRGICO

Capítulo 6A MÚSICA SACRA

Capítulo 7A ARTE SACRA E AS ALFAIAS

“Exulta o nosso espírito com este resultado. Vemos que se respeitou a escala dos valores e dos deveres: Deus em primeiro lugar; a oração, a nossa obrigação primeira; a Liturgia, fonte primeira da vida divina que nos é comunicada, primeira escola de nossa vida espiritual, primeiro dom que podemos oferecer ao povo cristão que junto a nós crê e ora; o primeiro convite dirigido ao mundo para que solte a sua língua muda em oração feliz e autêntica e sinta a inefável força regeneradora, ao cantar conosco os divinos louvores e as esperanças humanas, por Cristo, Senhor nosso e no Espírito Santo”.

Paulo VI

os precursores:

O MOVIMENTO LITÚRGICO

eO MAGISTÉRIO DO

PAPA PIO X(Tra le sollecitudini, 1903)

EM BUSCA DE UMA RESTAURAÇÃO DA LITURGIA

O Movimento Litúrgico O Movimento Litúrgico aparece estruturado, desde seus primeiros

passos, na segunda metade do século XIX até o Concílio Vaticano II.

CARACTERÍSTICAS

Retorno à LiturgiaA Pastoral LitúrgicaA ciência litúrgica

O magistério da Igreja.

OBJETIVOInterromper a descristianização e renovar a Igreja.

1947, Mediator Dei- Capta as intuições do Movimento Litúrgico... é a primeira iniciativa na direção do espírito da reforma.

1950, inicia o processo de reforma:

- Reforma da Semana Santa- Missa Vespertina- Atenuação do jejum

Eucarístico- Saiu em defesa das devoções

populares

A renovação Litúrgica de Pio XII

Instrução sobre a formação do clero no oficio divino; Extensão ao sacerdote, em alguns caso, a faculdade de conformar

(1946); Multiplicação dos rituais bilíngües, sobretudo a partir de 1947; Determinação da matéria e da forma do diaconato, do

presbiterado e do episcopado (1948); Reforma da Vigília Pascal (1951) e do jejum eucarístico (1953 e

1957) Introdução das missas vespertinas; Reforma da Semana Santa (1955); Lecionários bilíngües a partir de 1958; Defendeu as devoções popularesPara Pio XII, o Movimento litúrgico surge como sinal das disposições

providenciais de Deus para o tempo presente, como uma passagem do Espírito Santo em sua Igreja, para aproximar os homens dos mistérios da fé e das riquezas da graça, que decorrem da participação ativa dos fiéis na vida litúrgica.

A EXPRESSÃODA REFORMALITÚRGICA

A RECUPERAÇÃO DA CENTRALIDADE

DO MISTÉRIO PASCAL

“A Liturgia da Igreja vai além da própria reforma conciliar, cujo objetivo, de fato, não era principalmente o de mudar os ritos e os gestos, mas sim renovar as mentalidades e colocar no centro da vida cristã e da pastoral a celebração do mistério pascal de Cristo.”

AS CONTRIBUIÇÕES DO SACROSANCTUM CONCILIUM:

• Compreensão teológica da liturgia, fugindo do ritualismo e do legalismo reinantes;

• Compreensão da igreja, segundo o mistério, da dignidade e missão dos leigos;

• Compreensão dos diversos ministérios da igreja à serviço do povo de Deus profético, sacerdotal e real;

• Acolhida da Palavra de Deus, à luz da Economia da Salvação;

Objetivo geral do Concílio Vaticano II:

• Fomentar a vida cristã entre os fiéis;

• Acomodar/Adaptar à nossa época as instituições que são suscetíveis de mudanças;

• Promover a unidade dos Cristãos, mediante uma abertura e diálogo com todos os Cristãos;

• Evangelizar também os não-crentes.

SC 1

Objetivo específico

com respeito à Liturgia

• Reforma e incremento da liturgia, na qual se exerce a obra da salvação e que ajuda os fiéis a viver e manifestar o mistério de Cristo e a verdadeira Igreja.

Para conseguir este objetivo,

o Concílio quer relembrar princípios e estabelecer normas.

(SC 2).

Apreço por todos os ritos legitimamente reconhecidos; conservá-los e incrementá-los, e onde for necessário, sejam cuidados e

integralmente revistos, conforme o espírito da sã tradição, dando um novo vigor como exigem as condições e necessidades

dos tempos atuais.

ESTRUTURA DA SACROSANCTUM CONCILIUM

• Dizer a que liturgia se quer chegar: a natureza da Liturgia. SC 5 -8.

• O lugar da liturgia no conjunto da vida e da ação da Igreja e dos fiéis, SC 9 -13.

• A participação dos fiéis, ...já que todos os batizados são um povo sacerdotal com direito e dever de celebrar a liturgia, devem participar. SC 11, 14, 19, 26 etc.

• Condição para a participação. Formação. Quem inicia? Os pastores. Os Seminários e Institutos de Teologia. E quem forma os formadores? Institutos especializados. SC 14-19.

FINALIDADE DA REFORMA DA SAGRADA LITURGIA

(Preâmbulo importantíssimo, SC 21)

Levar o povo cristão a conseguir com mais segurança a abundância de graças, uma participação eficaz e frutuosa da Sagrada Liturgia.

- Respeitando o imutável, modificar, enquanto necessário, o mutável, para se chegar a uma liturgia simples e clara;

- Instâncias responsáveis pela reforma , SC 22;- Normas gerais para a reforma, SC 23;- Tradição e progresso; caráter bíblico da reforma- Normas de índole hierárquica e comunitária, SC 26 – 32;- Normas de índole didática e pastoral, SC 33 – 36;- Normas para se realizar a adaptação, SC 39- 40;- Orientação para o incremento da liturgia na diocese e paróquias e a

pastoral litúrgica, SC 41 – 46;- Aplicação destes princípios e normas às diversas celebrações e

nas e nas diferentes dimensões da liturgia, SC 47 – 130.

.... Vamos cantar!

Canto: “O MISTÉRIO DO EVANGELHO”

Que a Palavra esteja em minha boca, a Tua Palavra.Para anunciar ousadamente o Evangelho, o Mistério do Evangelho.

O lugar da liturgia no mistério da igreja

A Liturgia, com efeito, mediante a qual, especialmente no divino sacrifício da Eucaristia, “se atua a obra de nossa redenção, contribui sumamente para que os fiéis exprimam em suas vidas e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a genuína natureza da igreja, que tem a característica de ser ao mesmo tempo humana e divina, visível, mas dotada de realidades invisíveis, operosa na ação e devotada à contemplação, presente no mundo e contudo peregrina [...]”

Sacrosanctum Concilium 2

Espiritualidade

Ritualidade

Sacramentalidade

Oração x Vida

Lex Credendi

Lex Orandi

Lex Vivendi

“ [...] “Esta obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus da qual foram prelúdio as maravilhas divinas operadas no povo do Antigo Testamento, completou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal de sua sagrada paixão, ressurreição dos mortos e glorioso ascensão. Por este mistério, Cristo ‘morrendo na cruz, destruiu a nossa morte e ressuscitando recuperou a nossa vida’ (Missal romano, prefácio da páscoa)”.

Liturgia ↔Economia Divina da Salvação revelada e realizada na história

Mistério Pascal → Centro da História da Salvação

Sacrosanctum Concilium 5

(Natureza da Liturgia)

A obra da salvação continuada pela Igrejarealiza-se na Liturgia

(SC 6)

Liturgia e Missão Missão do Pai,

Missão de Cristo;Missão dos Apóstolos;

Missão da Igreja e da Liturgia, anunciar Jesus Cristo levando os ouvintes à conversão e à recepção dos sacramentos.

Memorial testamentárioMemorial celebrativo ritual ou sacramental

Anúncio, conversão, vida cristã (Batismo e Comunhão)

Desde Pentecostes, a Igreja jamais deixou de reunir-se para celebrar o Mistério Pascal: lendo “tudo quanto nas Escrituras a ele se referia” (Lc 24,27), celebrando a Eucaristia na qual “se representa a vitória e o triunfo de sua morte” e, ao mesmo tempo, dando graças a “Deus pelo seu dom inefável” (2 Cor 9,15) em Cristo Jesus, “para louvor de sua glória” (Ef 1,12) por virtude do Espírito Santo.

SC 6

SACROSANCTUM CONCILIUM 7Presença de Cristo na Liturgia

Na Liturgia, Cristo está presente nos Sacramentos,

na Comunidade, no Ministro,na Palavra.

Daí a razão da eficácia da Liturgia para a santificação do homem e glorificação de Deus, pois é obra na qual Cristo se

faz presente na totalidade das ações e manifestações da assembleia celebrante.

A Sagrada Liturgia não existe nos livros, mas na ação da Igreja realizadas pela Santíssima Trindade.

A liturgia não esgota toda a ação da Igreja.

Existe a ação litúrgica e o antes e o depois dela, isto é, a pregação do Evangelho, o

primeiro anúncio, a catequese de iniciação à vida cristã eclesial.

(cf. SC 9)

LITURGIALITURGIA

POVO

LIT = laós

CELEBRAÇÃOLITÚRGICA

CELEBRAÇÃOLITÚRGICA

CELEBRAÇÃOLITÚRGICA

CRISTÃ

CELEBRAÇÃOLITÚRGICA

CRISTÃ

FAZERAÇÃOTRABALHOSERVIÇOOBRA

URGIA = ergon CELEBRAR =

. Tornar célebre festivo

inesquecívelmemorávelsolene

ABENÇOAR

bene + dictio

BENDIZERbene + dictio

BENDIZER

dizer bemdizer bem

BÊNÇÃOFonte: PaiEfeito: Vida

Deus nos abençoa

Nós“abençoamos”a Deus

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA - 1078

LITURGIALITURGIA

POVO

LIT = laós

CELEBRAÇÃOLITÚRGICA

CELEBRAÇÃOLITÚRGICA

CELEBRAÇÃOLITÚRGICA

CRISTÃ

CELEBRAÇÃOLITÚRGICA

CRISTÃ

FAZERAÇÃOTRABALHOSERVIÇOOBRA

URGIA = ergon CELEBRAR =

. Tornar célebre festivo

inesquecívelmemorávelsolene

MISTÉRIO PASCAL

Sinal profético(antecipação)

Evento fundador da Aliança(único e irrepetível)

Iteração (repetição) da ação ritual como sinal memorial

Páscoa judaica

Última ceia no Egito Ex 3,7-8; Ex 12,1-14.28Sinal profético + ordem de iteração

Passagem do Mar VermelhoO povo novo, livre da escravidão do Faraó - ‘comunidade de Israel.

rito anual da ceia pascal - com cordeiro, ervas amargas, pão ázimo.Cf. Ex 12,14, memorial= Aliança no sangue do cordeiro.

Páscoa cristã

Última ceia no cenáculoÚnica e irrepetível Sinal profético da morte de Jesus+ ordem de iteração

Morte e ressurreição de Jesus Hb 9,26-28; 10,10)

celebração eucarística dominical(Toda vez que... 1Cor 11,26)= Nova aliança no sangue do Cordeiro.

RECUPERAÇÃO DA LITURGIA COMO

FONTE e CUMEda vida eclesial

A Liturgia é simultaneamente a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde emana toda a sua força.

- A Liturgia, é a primeira e necessária fonte, da qual os fiéis podem haurir o espírito genuinamente cristão. -

A Liturgia, por sua vez, impele os fiéis saciados pelos “mistérios pascais”, a viverem “em união perfeita”, e pede que “sejam fiéis na vida a quanto receberam pela fé”.

LITURGIA, FÉ PROFESSADA E CELEBRADA SE TORNA VIDA DE COMPROMISSO

Sacrosanctum Concilium 10 e 14

TRÊS FONTES DA ESPIRITUALIDADE CRSTÃ

A ORAÇÃO PESSOAL

A LITURGIA

A DEVOÇÃO

RECUPERAÇÃO DA LITURGIA COMO

FONTE PRIMEIRA

de espiritualidade

Todavia, a vida espiritual não se limita unicamente à participação da sagrada Liturgia. O cristão, chamado para a oração comunitária, deve também entrar no seu quarto para rezar ao Pai (Mt 6,6); e até, segundo ensina o Apóstolo, deve rezar sem cessar. O mesmo Apóstolo nos ensina também a trazer sempre no nosso corpo os sofrimentos da morte de Jesus, para que a sua vida se revele em nossa carne mortal (cf 2Cor 4,10-11). É por esse motivo que no sacrifício da missa suplicamos ao Senhor que aceitando a oferta do sacrifício espiritual faça “de nós uma perfeita oferenda eterna”.

Sacrosanctum Concilium 12

Os atos de piedade do povo cristão, conquanto conformes às leis e normas da Igreja, são muito de se recomendar, principalmente, quando se fazem por ordem da Sé Apostólica. Gozam também de especial dignidade os atos de piedade das igrejas particulares, que se realizam por disposição dos bispos, e segundo os costumes ou os livros legitimamente aprovados.

Importa, porém, ordenar esses atos de piedade, levando em conta os tempos litúrgicos, de modo que se harmonizem com a sagrada Liturgia, nela se inspirem, e a ela, por sua própria natureza muito superior, conduzam o povo cristão.

Sacrosanctum Concilium 12

A LIGAÇÃO ENTRE

LITURGIA e VIDA

A Liturgia, pela qual, especialmente no sacrifício eucarístico, «se opera o fruto da nossa Redenção», contribui em sumo grau para que os fiéis exprimam na vida e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a autêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano se deve ordenar e

subordinar ao divino, o visível ao invisível, a ação à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos.

Sacrosanctum Concilium 2

DA ASSISTÊNCIA MUDA E PASSIVA À

PARTICIPAÇÃO ATIVA

de todo Povo de Deus

o grande objetivo da reforma litúrgica:

A PARTICIPAÇÃO

DIREITO e DEVER do cristão batizado

ATIVA

ATIVA CONSCIENTE

PLENA

INTERIOR

FRUTUOSA

“...que todos os fiéis, feitos pela fé e pelo Batismo filhos de Deus, se reúnam em assembléia, louvem a Deus na Igreja [assembléia], participem no sacrifícioe comam a Ceia do Senhor”.

SACROSANCTUM CONCILIUM 10

SACROSANCTUMCONCILIUM 11

“...que todos os fiéis participem dela [da ação litúrgica] conscientemente,ativa e frutuosamente”.

Sacrosanctum Concilium 14

“É desejo ardente na mãe Igreja que todos os fiéis cheguem àquela plena, consciente e ativa participação nas celebrações litúrgicas que a própria natureza da Liturgia exige e que é, por força do Batismo, um direito e um dever do povo cristão, ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido’ (1 Ped. 2,9; cfr. 2, 4-5), tem direito e obrigação, por força do Batismo” .

Na reforma e incremento da sagrada Liturgia, deve dar-se a maior atenção a esta plena e ativa participação de todo o povo.

O Batismo, fundamento teológico da participação.

PARTICIPAÇÃO ATIVA (SC 14)

A participação ativa engloba todas as faculdades da pessoa (inteligência, vontade, sentimentos) e todos os sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato),diz respeito à inteireza do ser, à participação do corpo inteiro, da pessoa toda.

A Santa mãe Igreja, para permitir ao povo cristão o acesso mais seguro àabundância de graças que a liturgia contém, deseja fazer uma acurada reforma geral da liturgia [...]. Nesta reforma [...] os textos e os ritos devem ordenar-se de tal modo, que de fato exprimam mais claramente as coisas santas que eles significam e que o povo cristão possa, à medida do possível,compreendê-las facilmente, e delas participar numa celebração plena, ativae comunitária” (SC 21).

PARTICIPAÇÃO PLENA

Na Celebração Eucarística, a participação plena supõe a participação na sagrada comunhão; identificação com Cristo em seu Mistério; a ponto de chegar a exclamar com o Apóstolo, que disse: Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20)

“As ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da Igreja, que é ‘sacramento da unidade’, povo santo reunido e ordenado sob a direção dos bispos. Por isso, estas celebrações pertencem a todo o corpo da Igreja, manifestam-no e implicam-no; mas atingem a cada um dos membros de modo diferente, conforme a diversidade de ordens, dos ofícios e da participação atual [efetiva]”

SC 26

“Em todas as celebrações litúrgicas, ministro e fiéis, no desempenho de sua função, façam somente aquilo

e tudo aquilo que convém à natureza da ação, de acordo com as normas litúrgicas”. (SC 28)

“Para promover a participação ativa, cuide-se de incentivar as

aclamações dos fiéis, as respostas, a salmodia,

as antífonas, os cânticos, bem como as ações, gestos

e atitudes. Seja também observado,

a seu tempo,o silêncio sagrado”.

(SC 30)

“...a principal manifestação da Igreja se faz numa participaçãoperfeita a ativa de todo o povo santo de Deus na própria

celebração litúrgica, especialmente na própria

Eucaristia, numa única oração, num só altar a que preside o

bispo, rodeado pelo seu presbitério e pelos seus ministros”

(SC 41)

“Restaure-se [...] a ‘oração comum’ ou ‘oração dos fiéis,

após o Evangelho e a homilia,

para que, com a participaçãodo povo, se façam preces

pela Igreja,pelos governantes,

por aqueles que passam várias necessidades, por todos os homens e

[mulheres] e pela salvação do mundo inteiro”

(SC 53)

“Recomenda-se muito vivamente aquela mais perfeita participação na missa, pela qual os fiéis, depois da comunhão do sacerdote, recebam do mesmo sacrifício o corpo do Senhor. A comunhão sob as duas espécies [...] pode ser permitida, quer aos clérigos e religiosos, quer aos leigos, nos casos determinados pela Santa Sé e a critério do bispo...”.

(SC 55)

PARTICIPAÇÃO INTERIOR

A nossa mente deve acompanhar as palavras, os gestos, os cantos, todas as ações, compreendendo o que estamos fazendo. Mas é mais que mero raciocínio sobre o que estamos fazendo. “Trata-se de um conhecimento espiritual, na fé, que nasce do anúncio e da meditação da Palavra de Deus, da tradição litúrgica, do discernimento da presença do Senhor nos sinais dos tempos”. Exige-se dessa forma a formação litúrgica dos fiéis. A SC alerta para isso nos números 14-19. 35. 44-45) etc. Condição para participação. Formação. Quem inicia? Os pastores.

PERTENCEM A toda Igreja

INFLUEMSobre a Igreja

MANIFESTAMA IGREJA

ATINGEMA CADA UM CONFORME :- diversidade de ordens e ofícios- Participação efetivaA

S C

ELE

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ÕES

LI

RG

ICA

S

VÁRIAS “QUALIDADES” DA PARTICIPAÇÃO

• Ativa

• Externa e Interna

• Consciente

• Fácil

• Plena, perfeita

• Piedosa

• Frutuosa

DA CAUSALIDADE À

SIGNIFICATIVIDADE

dos sinais sensíveis

Com razão se considera a Liturgia como o exercício da função sacerdotal de Cristo. Nela, os sinais sensíveis

significam e, cada um à sua maneira, realizam a santificação dos homens; nela, o Corpo Místico de Jesus Cristo - cabeça e membros - presta a Deus o

culto público integral. (cf. SC 7)

Para chegar a essa eficácia plena, é necessário que os fiéis se acerquem da sagrada Liturgia com disposições de reta intenção, acompanhem com a mente as palavras, e cooperem com a graça divina para não recebê-la em vão (cf. 2Cor 6,1). Por isso, é dever dos sagrados pastores vigiar para

que, na ação litúrgica, não só se observem as leis para a válida e lícita celebração mas que os fiéis participem dela com conhecimento de causa,

ativa e frutuosamente. (SC 11)

Sacramento

Sinal SensívelRealidade Invisível

sentido teológico-litúrgico

PENSAR (racionalidade)

atitude interiorSENTIR

(afetividade)

AUTENTICIDADE

gesto corporalFAZER

(corporeidade)

A SACRAMENTALIDADE DA PALAVRA DE DEUS

PROCLAMADA NA LITURGIA

[...] Cristo está presente na sua Palavra,

pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura [...].

Sacrosanctum Concilium 7

DO FIXISMO À

ADAPTAÇÃOdos ritos

Não é desejo da Igreja impor, nem mesmo na Liturgia, a não ser quando está em causa a fé e o bem de toda a comunidade,

uma forma única e rígida, mas respeitar e procurar desenvolver as qualidades e dotes de espírito das várias raças e povos. A

Igreja considera com benevolência tudo o que nos seus costumes não está indissoluvelmente ligado a superstições e erros, e, quando é possível, mantém-no inalterável, por vezes

chega a aceitá-lo na Liturgia, se se harmoniza com o verdadeiro e autêntico espírito litúrgico.

Sacrosanctum Concilium 37

O IMPERATIVO DA

FORMAÇÃO LITÚRGICAdo clero e do Povo

Não há qualquer esperança de que tal aconteça, se antes os pastores de almas se não imbuírem plenamente. do espírito e da virtude da Liturgia e não se fizerem

mestres nela, é absolutamente necessário que se providencie em primeiro lugar a formação litúrgica do clero.

Procurem os pastores de almas fomentar com persistência e zelo a educação litúrgica e a participação ativa dos fiéis, tanto interna como externa, segundo a sua idade, condição, gênero de vida e grau de cultura religiosa, na convicção de que estão

cumprindo um dos mais importantes múnus do dispensador fiel dos mistérios de Deus. Neste ponto guiem o rebanho não só com palavras mas também com o

exemplo.

Sacrosanctum Concilium 14 e 19

ESTREITAMENTO DA RELAÇÃO ENTRE

CATEQUESE E LITURGIA

para o bem da participação do Povo de Deus

Procure-se também inculcar por todos os modos uma catequese mais diretamente litúrgica.

Sacrosanctum Concilium 35

UM NOVO ESTATUTO PARA

MÚSICA RITUALna Liturgia

A tradição musical da Igreja é um tesouro de inestimável valor, que excede todas as outras expressões de arte, sobretudo porque o canto sagrado, intimamente unido com o texto,

constitui parte necessária ou integrante da Liturgia solene.

Não cessam de a enaltecer, quer a Sagrada Escritura, quer os Santos Padres e os Romanos Pontífices, que ainda recentemente, a começar em S. Pio X, vincaram com mais insistência a

função ministerial da música sacra no culto divino.

A música sacra será, por isso, tanto mais santa quanto mais intimamente unida estiver à ação litúrgica, quer como expressão delicada da oração, quer como fator de comunhão, quer como elemento de maior solenidade nas funções sagradas. A Igreja aprova e aceita no culto divino

todas as formas autênticas de arte, desde que dotadas das qualidades requeridas.

Sacrosanctum Concilium 112

CANTO E MÚSICA NA LITURGIA PÓS-CONCÍLIO VATICANO IIPrincípios teológicos, litúrgicos, pastorais e estéticos

Do ponto de vista teológico:

• A Música Litúrgica brota da vida da comunidade de fé;

• A Música Litúrgica reflete necessariamente o mistério da encarnação do verbo;

• A Música Litúrgica se insere na dinâmica do memorial, própria e original da tradição Judaíco-Cristã;

• A Música Litúrgica tem o papel pedagógico de levar a comunidade celebrante a penetrar sempre mais profundamente o Mistério de Cristo;

• A Música Litúrgica brota da ação do Espírito Santo, que suscita na assembléia celebrante o fervor e a alegria pascais, provocando em quem canta uma atitude esperança e amor, diante da realidade em que vive;

• A Música Litúrgica, a seu modo e por sua vez, expressa, finalmente, a natureza e sacramentalidade da igreja, Povo de Deus, Corpo de Cristo, na diversidade de seus membros e ministérios, já que a diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

Do ponto de vista litúrgico:

• A música litúrgica autêntica traz consigo o selo da participação comunitária;

• A Música Litúrgica manifesta o caráter ministerial de toda a Igreja;

• A Música Litúrgica é música ritual;

• A Música Litúrgica está a serviço da Palavra;

Do ponto de vista pastoral:

• A Música Litúrgica, por um lado, encarna as finezas e cuidado do Bom Pastor para com o seu rebanho;

• A Música Litúrgica, por outro lado, reflete aquela solidariedade que caracteriza os discípulos de Cristo na sua relação com toda a humanidade, [...];

• A Música Litúrgica, enfim, é fruto da inspiração de quem vive inserido (a) no meio do povo e do seio da comunidade eclesial, em profunda sintonia com o Ministério de Cristo, contemplado, à luz das Escrituras, no dia-a-dia da vida;

Do ponto de vista estético:• A Música Litúrgica, em todos os seus elementos, palavra, melodia, ritmo,

harmonia... Participa da natureza simbólica e sacramental da Liturgia cristã, celebrando o Ministério de Cristo;

• A Música Litúrgica, ao mesmo tempo, brota da cultura musical do povo, de onde provêm os participantes da assembléia celebrante;

• A Música Litúrgica privilegia a linguagem poética;

• A Música Litúrgica prioriza o texto, a letra colocando tudo mais a serviço da plena expressão da palavra, de acordo com os momentos e elementos de cada rito;

• A Música Litúrgica é chamada a realizar perfeita simbiose (combinação vital) entre a palavra (texto, letra) e a música que a interpreta;

• A Música Litúrgica prescinde de tensões harmônicas exageradas;

• A Música Litúrgica, ao ser executada, embora se destine a ser expressão autêntica de tal ou qual assembléia, prima por manter-se fiel à concepção original do(a) autor(a), [...];

CLASSIFICAÇÃO ATUAL DO CANTO LITÚRGICO PÓS-CONCÍLIO VATICANO II (IGMR 17)

A. Os cantos que são um rito:• Nos Ritos iniciais: Senhor, tende piedade de nós; Glória.• Na Liturgia da Palavra: salmo responsorial e Creio• Na Liturgia Eucarística: prece eucarística (prefácio com dialogo

inicial e santo, aclamação anamnética, aclamações intermediárias, doxologia final); pai-nosso;

B. Os que acompanham o rito:• Nos Ritos Iniciais: canto de abertura;• Na Liturgia da Palavra: Versículo Aleluiático (aclamação ao

Evangelho); respostas da oração universal dos fiéis;• Na Liturgia Eucarística: canto que acompanha a procissão e

preparação das oferendas; canto da fração do pão (cordeiro de Deus), canto da comunhão;

Nota

NOVA TEOLOGIA PARA O

ESPAÇO SAGRADOna Liturgia

“Ao promoverem uma autêntica arte sacra, prefiram os Ordinários à mera suntuosidade uma beleza que seja nobre [...] “Na construção de edifícios sagrados, tenha-se grande preocupação

de que sejam aptos para lá se realizarem as ações litúrgicas e que permitam a participação ativa dos fiéis.”

Sacrosanctum Concilium 12

A ASSEMBLEIA LITÚRGICASujeito integral da celebração

A assembleia litúrgica manifesta a Igreja, é sacramento da Igreja...

• “A Igreja de Cristo está verdadeiramente presente em todas as legítimas comunidades locais de fiéis, as quais aderindo aos seus pastores, são elas mesmas chamadas igrejas no Novo Testamento. Pois elas são, no local em que se encontram, o novo Povo chamado por Deus, no Espírito Santo e com plena segurança (cf. 1 Tes 1, 5).

• …Nestas comunidades, embora muitas vezes pequenas e pobres, ou dispersas, está presente Cristo, por cujo poder se unifica a Igreja una, santa, católica e apostólica”.

(LG 26)

Cada comunidade “igreja” não é uma agência, uma franquia da Igreja Universal;

A assembleia ou reunião da comunidade para o culto é um sinal sagrado, epifania da Igreja sacramento de salvação, que tem uma função sacerdotal no mundo em favor de toda a humanidade (cf. LG 1.8; SC 2.5.26; GS 40);

A assembleia litúrgica é um sinal sagrado

A assembleia litúrgica cristã tem a sua origem nas assembleias do povo de Deus Antigo Testamento.

Das assembleias do AT ocupa um lugar especial a GRANDE ASSEMBLEIA CELEBRADA POR

MOISÉS AOS PÉS DO SINAI, imediatamente após a libertação do Egito e no momento em que

foi constituído como povo de Deus. A tradição bíblica denomina este acontecimento

como ASSEMBLEIA DE YAHVEH, e chama ao dia que isto aconteceu o dia da assembleia (cf. Ex

19,24). Outras assembleias: Josué em Siquem, na terra prometida (Jos 24); Esdras e Neemias na

reconstrução de Jerusalém após o exílio (cf. Ne 8)

Elementos constitutivos da assembleia de Yahveh

1. A convocatória feita por Deus ao seu povo.

2. A presença de Deus no meio do povo, especialmente pela Palavra;

3. A escuta e adesão do povo às propostas de Deus;

4. O sacrifício conclusivo que selou a aliança estabelecida entre Deus e o povo (cf. Ex 19,24).

Assembleias do NT

Experiência pascal e eucarística presente nas narrativas das aparições do ressuscitado (cf Lc 24; Jo 20).

Após a glorificação de Jesus e a efusão do Espírito Santo sobre os Apóstolos no dia de Pentecostes (cf. At 2,42-47; 4,32-35; 4,12-16 etc.)

Assembleia de Corinto (cf. 1Cor 11,14)

CARACTERÍSTICAS E ANTINOMIAS DA ASSEMBLEIA

A assembleia litúrgica é uma realidade eclesial profundamente original. Da sua natureza e a diversidade de seus membros, a assembleia litúrgica está impregnada de tensões e antinomias que são inerentes ao seu ser específico; composta de pessoas, numerosos e diferentes, que tem muitas coisas em comum, na assembleia ninguém fica privado de cultivar a identidade individual.

A assembleia litúrgica se reúne em datas e locais determinados para celebrar o Mistério Pascal cumprido por Cristo, e se manifesta como Igreja que convive com uma série de tensões. Estas, por sua vez, tendem a colaborar para que o desenvolvimento da assembleia seja eficaz e criativo. Dentre as tensões ou antinomias da assembleia podemos citar as seguintes:

Dentre as tensões ou antinomias da assembleia podemos citar as seguintes:_____________________________________

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A assembleia litúrgica é uma reunião de pessoas que acreditam e professam a fé no Deus de Jesus Cristo (cf. Mt 18,20); homens e mulheres que precisam converter-se novamente e procurar novos rumos; a assembleia se reúne pela força da fé, mas também pela fé (cf. SC 59; LG 26; SC 7).

A assembleia litúrgica revela certa tensão entre a realidade teológica do Corpo de Cristo e as limitações humanas.

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A assembleia é santa como é santa a Igreja, Corpo de Cristo (cf. Cl 3,12; 1Cor 11,28); no entanto, a assembleia não é a reunião de uma elite formada de pessoas puras e perfeitas, mas povo de pecadores (cf 1 Cor 11,30; 1Jo 1,8-10) que deve permanecer em atitude penitencial.

A assembleia litúrgica é uma realidade dialética

_________________________________A assembleia litúrgica manifesta a unidade na diversidade. Portanto, a assembleia deve ser um fator de unidade que acolhe na diversidade todas as pessoas sem distinção, não obstante as diferenças que existem entre elas (cf. Gl 3,28; Rm 10,12-14; Tg 2,1-4); unidade na diversidade; acolhimento fraterno; a assembleia não pode ficar reservada a minorias ou elites do tipo intelectual, cultural, social ou mesmo espiritual. Deve-se evitar o rigorismo purista (cf. 1Cor 11,30).

A Igreja é o espaço teológico onde Cristo reconcilia “judeus e pagãos”, destruindo a barreira que os separa e suprimindo o ódio, como disse o apóstolo Paulo (cf. Ef 2,11-14); a assembleia deve ser um espaço concreto de unidade da Igreja (cf. Rm 10,1; 1Cor 10,13; Gl 3,28; Ef 2,19; Ap 5,9);

A assembleia litúrgica é profética, denuncia as falsas unidades e anuncia a unidade vindoura; é sinal da unidade esperada, mais do que da unidade realizada.

A assembleia litúrgica é dotada de carismas e de dons

...estruturada numa hierarquia de serviços e de caridade (cf 1 Cor 12,4-11; Ef 4,11-16; é a conjugação de diversos ministérios e funções dentro da celebração litúrgica (cf SC 28), por meio de uma dinâmica dialógica, ativa, santa, que conjuga a pluralidade de dons e carismas na fidelidade ao Espírito Santo.

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A assembleia litúrgica é uma comunidade com capacidade de superar tensões...

...entre os indivíduos e o grupo, entre o subjetivo e o

objetivo, entre o particular e o que é patrimônio comum, entre aquilo que é local e o que é universal etc.; a assembleia também caracteriza-se pela capacidade de integração: eu + tu = nós (abertura e encontro interpessoal), nível histórico e contingente, com o transcendente e o eterno, isto é, com o mistério da salvação e a graça de Cristo que sela o encontro das pessoas no horizonte da vida comunitária.

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Espaço de comunicação e expressão...

....lugar de escuta e de perdão; comunidade de reconciliados que vivem e promovem a reconciliação, para converter todos em irmãos que atuam juntos, preparam-se adequadamente para celebrar a festa (Mt 5,23). Por isso, vivem unidos, são capazes de gestos de mútua colaboração, testemunham Jesus Cristo e continuam realizando sua missão no mundo.

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A ASSEMBLEIA LITÚRGICA É UMA REALIDADE LOCAL...

...circunscrita, particular, definida no tempo com limites geográficos; limitada, revela todas as parcialidades inerentes à condição humana;

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Assembleia litúrgica e Missão...

...um binômio necessário à expressão e à visibilidade da Igreja, povo de Deus. O trabalho apostólico é direcionado para a assembleia litúrgica: todos os que se tornaram filhos de Deus, mediante a fé e o batismo, se reúnem em assembleia, louvem a Deus na Igreja, tomem parte do sacrifício e da mesa do Senhor. Pois, é da liturgia que deriva em nós, como de uma fonte, a graça que, e com maior eficácia é obtida aquela santificação dos homens em Cristo e a glorificação de Deus, para a qual, como a seu fim, tendem todas as demais obras da Igreja (SC 10)

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A assembleia litúrgica é uma reunião de atores, isto é, não meros espectadores (cf. SC 48), membros capazes de participação ativa, consciente, piedosa e interior (SC 10.11.14.21.48.50).

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AVANTE!

A PAZ ESTEJA COM VOCÊS!PERSEVERANÇA NA MISSÃO!

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