paulo césar boni: um fotógrafo em estado de graça

A Intercom reuniu em 2007, jornalistas, publicitários, relações públicas, radialistas, fotógrafos, educomunicadores, entre outros profissionais para conhecer, registrar e desvendar a cultura do povo chinês. No Capítulo 2, Paulo César Boni une seu fascínio pelo país e o amor à fotografia para apresentar a China em três aspectos.

Jornalista e fotógrafo; Graduado em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo, pela UEL (Universidade Estadual de Londrina); Especialista em Metodologia do Ensino Superior - UEL e no Ensino de Jornalismo, pela PUC/RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); Mestre em Comunicação Social pelo Instituto Metodista de Ensino Superior de São Bernardo do Campo ; Doutor em Ciências da Comunicação, pela USP (Universidade de São Paulo).

“Não penso em uma fotografia para mim mesmo. Penso sempre no leitor desta fotografia.”

Paulo César Boni

Multidão de chineses e turistas na Cidade Proibida

A primeira experiência de fotografar tornou-se: Excitante: magnitude, beleza e riqueza; Decepcionante: basta apontar a lente para qualquer lugar que no mínimo 150, 200, 300 chineses; China tem 1,3 bilhão de habitantes;

Plano médio para interagir o sujeito ao ambiente

Plano médio; Interage o sujeito ao ambiente; Não consegue ter uma visão completa do objeto; Deixa indícios do que se trata o ambiente; Valoriza a pessoa nesse ambiente; Serve como referência (noção de altura e comprimento do objeto).

Primeiro Plano para isolar uma informação do ambiente para destacar ou detalhar um elemento

Primeiro plano; Valoriza o sujeito em detrimento do ambiente; Destacar ou detalhar um elemento.

Primeiríssimo plano

Primeiríssimo plano ou close-up; Destaca alguma curiosidade, um toque artís-tico, alguma mensagem subliminar expressa no objeto.

Aspecto da Cidade Proibida num momento de poucos visitantes

Capturou poucos visitantes: Aguardou o momento em que tivesse menos pessoas próximas ao monumento fotografado.

Feira livre, sem qualquer estrutura, em uma rua fora do “corredor turístico” de Beijing

Antipostal da China: realidade de sujeira e pobreza contrasta com imagens de riqueza e poder; Gente muito pobre, tentando sobreviver dignamente, vendendo produtos em uma feira improvisada.

Chinês pede para ser fotografado em frente à bandeira chinesa

Senhor de aproximadamente 30 anos, sujo, maltrapilho, descabelado e quase desdentado; Levou a uns 30 metros de distância de onde estavam; Aparentava ser uma espécie de sede ou delegacia chinesa; Bateu no peito como se dissesse: “Tire uma fotografia minha”; Fotografia do chinês, com caderneta vermelha na mão e mostrando a bandeira no alto do prédio.

Muralhas da China, “congestionada” de visitantes

Obra grandiosa, de 6.450 quilômetros. Considerada uma das Novas 7 Maravilhas do Mundo; Insegurança ao se deparar com um sonho;

Tirou diversas fotografias: Usou lente grande angular para valorizar o primeiro plano, abrir perspectivas e destacar a textura das pedras; Usou lente normal para tomadas em plano médio, interagindo as pessoas ao ambiente; Lente teleobjetiva para captar alguns detalhes.

Grand Hotel Beijing a modernidade com a retaguarda do tradicional

Hotel novo, luxuoso e moderno, mas com um portal tradicionalmente chinês;

“Ao que tudo indica , a China quer vender ao mundo uma ideia de eficiência e modernidade,

ancorada às suas já consagradas imagens tradicionais.”

China Tradicional: o elevado número de bicicletas

China Tradicional: riqueza do artesanato

Três imagens diferentes da China através da fotografia: Tradicional: muralhas, templos budistas, comidas exóticas; Moderna: prédios monumentais, construções luxuo-sas; Pobre: população moram em cortiço sem privacidade e em péssimas condições.

Plano Geral do Jumbo o maior restaurante flutuante do mundo

BONI, Paulo César. Um fotógrafo em estado de graça. In: JOSÉ MARQUES DE MELO (Org.) Caleidoscópio Chinês: Comunicação, educação e turismo na Nova China. São Paulo: EDUniso e Provocare Editora, 2008, p. 79-96.