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Papel das florestas no contexto doInventário de Emissões

Brasília, 17 de outubro de 2017.

SUMÁRIO

1. Contextualização;2. Comunicações Nacionais, BUR e Estimativas Anuais;3. Contribuição do setor LULUCF no inventário nacional;4. Metodologia do setor LULUCF e seus principais produtos;5. Degradação no inventário nacional;6. Recuperação florestal no inventário nacional;7. Remoção de áreas manejadas;8. SIRENE

CONTEXTUALIZAÇÃO

Como país signatário da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, é compromisso do Brasil submeter:

Comunicação Nacional de 4 em 4 anos;Atualização bienal (BUR) de 2 em 2 anos

Um dos volumes da Comunicação Nacional refere-se ao Inventário Brasileiro de Emissões Antrópicas por Fontes e Remoções por Sumidouros de Gases de Efeito Estufa não Controlados pelo Protocolo de Montreal, que avalia os setores:

1. ENERGIA2. PROCESSOS INDUSTRIAIS3. USO DE SOLVENTES E OUTROS PRODUTOS4. AGROPECUÁRIA5. USO DA TERRA, MUDANÇA DO USO DA TERRA E FLORESTAS6. TRATAMENTO DE RESÍDUOS

COMUNICAÇÕES NACIONAIS SUBMETIDAS À UNFCCC

• 2004 – Primeira Comunicação Nacional (1990-1994)• 2010 – Segunda Comunicação Nacional (1990-2005)

• 2016 – Terceira Comunicação Nacional (1990-2010)• Previsto para 2020 – Quarta Comunicação Nacional (1990-2016)

RELATÓRIO DE ATUALIZAÇÃO BIENAL (BUR)

2014 – Primeiro BUR (1990, 2000, 2010)2017 – Segundo BUR (1990, 2000, 2010, 2012)

ESTIMATIVAS ANUAIS

1ª Edição: 1990 a 2010 2ª Edição: 1990 a 2012 3ª Edição: 1990 a 2014

Decreto no 7.390/2010

CONTRIBUIÇÃO DO SETOR LULUCF

LULUCF: 28% DAS EMISSÕES EM 2010

Amazônia: 14,1%Cerrado: 5,3%

METODOLOGIAConstrução do Banco

de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

TI + UC

BANCO DE DADOSConstrução do Banco

de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

- Para 2010: 368 Imagens TM/Landsat-5 e 29 LISS3/ResourceSat-1- Dados de apoio (PRODES, TerraClass, Google Earth)- Dados do II Inventário- Dados de base (bioma, divisão política)- Mapas diversos (vegetação, solo, carbono na vegetação e no solo, etc...)

MAPEAMENTO TEMÁTICOConstrução do Banco

de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

Períodos analisados:• Mapeamento das mudanças na Amazônia 2002-2005 / 2005-2010• Mapeamento das mudanças nos demais biomas 2002-2010

Número de imagens mapeadas:• 380 imagens TM/LANDSAT-5 de 2002 - referências• 198 imagens TM/LANDSAT-5 de 2005 (Amazônia)• 396 imagens processadas para mapeamento do corte seletivo na Amazônia• 380 imagens TM/LANDSAT-5 de 2010 (198 para Amazônia e 117 para Cerrado)

Equipe:• 49 pessoas mapeamento/PDI• 3 pessoas Processamentos finais

Produto:• Atualização do mapa de 2002 sobre imagem de 2005/2010 em escala 1:125 mil• Escala do produto: 1:250 mil

A: ÁguaAC: agriculturaAP: pastagemCS: corte seletivo (somente bioma Amazônia)FM: floresta manejada*FNM: floresta não manejadaFSec: floresta secundáriaGM: campo manejado**GNM: campo não manejadoGSec: campo secundárioNO: Não observado (nuvens)OUTROS: dunas, mineração...REF: reflorestamento (eucalipto/pinus)RES: reservatório (água)S: área urbana

*Para o inventário, consideram-se “áreas manejadas“ aquelas dentro de unidades de conservação ou terras indígenas.

**A distinção entre campo e floresta vem do mapa de vegetação pretérita.

CLASSES DE USO DA TERRAConstrução do Banco

de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

MAPEAMENTO TEMÁTICOConstrução do Banco

de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

MAPEAMENTO TEMÁTICOConstrução do Banco

de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

ESTIMATIVA DE INCERTEZAS

Construção do Banco de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções Ano de 2010

ESTIMATIVA DE INCERTEZAS

Construção do Banco de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

MAPAS DE CARBONO / BIOMASSAConstrução do Banco

de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

Acima do solo – A; Abaixo do solo – B; Serapilheira – C e Madeira Morta – D

MAPAS DE CARBONO / BIOMASSAConstrução do Banco

de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

MAPAS DE CARBONO / BIOMASSAConstrução do Banco

de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

MAPAS DE CARBONO / BIOMASSAConstrução do Banco

de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

MAPAS DE CARBONO / BIOMASSAConstrução do Banco

de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

Construção do Banco de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

MAPA DE CARBONO NO SOLO

MATRIZ DE TRANSIÇÃO

Construção do Banco de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

Matriz de Transição de Uso da Terra no Cerrado - 2002-2010 (ha)2010

Total 2002 % do BiomaFNM FM FSec Ref GNM GM GSec Ap Ac S A Res O NO

2002

FNM 60.125.463,6 1.156.125,0 177.833,0 6.798.388,7 2.078.315,1 23.798,2 86.093,3 154.258,1 5.807,7 41.310,3 70.647.392,8 34,6

FM 10.904.881,9 8.598,6 329.391,6 45.522,4 2.268,5 7.732,9 24.946,5 373,5 76.619,6 11.400.335,5 5,6

FSec 782.955,3 8.038,5 96.092,0 41.105,4 298,3 425,5 883,2 41,4 184,5 930.024,1 0,5

Ref 73.466,1 1.588.940,3 14.415,8 228.004,3 227.044,7 861,7 333,2 278,6 286,3 6.752,1 2.140.383,2 1,0

GNM 112.596,1 27.266.009,9 894.201,8 2.973.353,7 759.028,1 10.291,5 36.933,4 118.753,3 3.881,1 28.212,9 32.203.261,9 15,8

GM 1.385,0 6.713.078,7 205.470,1 29.668,0 3.162,9 1.552,3 13.979,4 163,7 15.861,5 6.984.321,6 3,4

GSec 9.312,2 351.926,5 63.184,9 26.371,0 143,0 233,2 309,2 53,5 4,3 451.537,8 0,2

Ap 2.670.463,8 594.836,7 1.170.186,3 44.618.907,5 2.774.888,5 72.263,9 13.314,5 57.951,2 8.662,2 14.969,7 51.996.444,2 25,5

Ac 107.370,4 202.384,3 75.085,9 2.859.339,7 21.809.340,0 54.969,9 5.443,2 5.704,2 1.009,5 589,3 25.121.236,4 12,3

S 769.667,2 769.667,2 0,4

A 21.889,0 10.271,2 174,4 43,7 12.858,6 5.310,6 189,1 9.046,7 1.321,2 227,2 536.807,5 65.644,0 196,2 491,1 664.470,4 0,3

Res 751,2 16,3 494,3 6.721,2 356,2 34,4 6.646,3 326.220,1 0,1 341.240,2 0,2

O 420,6 342,3 92,0 2.162,3 3,3 271,9 25,2 93,1 108.621,9 112.032,5 0,1

NO 5.052,3 3.276,6 2.955,3 6.304,1 9,2 4.836,4 145.940,4 12.195,6 1.180,1 83,9 23,5 181.857,5 0,1

Total 2010 60.152.404,8 12.071.278,0 3.638.878,4 2.707.282,1 27.285.172,6 7.612.600,3 1.617.226,2 58.336.003,2 27.805.159,6 939.438,8 695.624,4 769.020,9 129.097,0 185.018,9203.944.205,

4

% do Bioma 29,5 5,9 1,8 1,3 13,4 3,7 0,8 28,6 13,6 0,5 0,3 0,4 0,1 0,1

Resultado: shapefile com todas as informações - uso por ano, fitofisionomia, etc

ESTIMATIVAS E MATRIZES DE EMISSÕES

Matriz de emissão: apresenta as transições ocorridas em Gg CO2eq.

Construção do Banco de Dados

Mapeamento Temático

Cruzamento de dados

Matriz de transição

Estimativa de emissões e remoções

Para cada conversão, há uma equação, onde é associado um estoque inicial de carbono, um estoque final de carbono e fatores de emissão/remoção, de acordo com o tipo de mudança de uso.

Matriz de Emissões Líquidas do Cerrado 2002-2010 (Gg CO2)2010 Das

situações de 2002FNM FM FSec Ref GNM GM GSec Ap Ac S A Res O NO

2002

FNM - - 3.391,3 - 10.290,9 - - - 1.322.750,9 424.891,8 5.854,0 - 36.096,5 1.338,0 - 1.797.830,7

FM - - 63.975,3 - 378,0 - - - 59.941,7 7.909,7 478,7 - 4.482,3 73,6 - 9.288,7

FSec - - - 39.502,7 - 636,2 - - - 6.975,5 3.788,6 39,5 - 111,8 8,1 --

29.215,4

Ref - - 10.177,4 - - - 2.283,2 31.615,3 34.928,1 170,0 - 54,8 54,5 - 79.283,3

GNM - - - - 12.591,9 - - 6.819,8 - 175.453,8 53.483,2 1.180,7 - 12.253,9 405,0 - 223.364,8

GM - - - - 146,9 - - 102.396,8 - 12.171,4 2.275,0 380,9 - 1.802,8 19,8 --

85.893,9

GSec - - - -1.511,7 - - - 5.368,1 638,3 617,3 8,7 - 21,4 3,0 -

-5.591,0

Ap - - - 39.963,2 - 101.049,0 - - 22.657,8 - 47.358,3 4.034,6 - 2.996,3 491,0 --

63.474,3

Ac - - - 5.870,6 - 35.942,9 - - 418,9 - 41.673,7 - 2.442,2 - 228,8 48,1 --

80.349,2

S - - - - - - - - - - - - - - -

A - - - - - - - - - - - - - - -

Res - - - - - - - - - - - - - - -

O - - - 16,9 -76,7 - - - 3,0 - 122,4 -

0,1 - - - - --

219,1

NO - - - - - - - - - - - - - - -Das situações de 2010 - - 67.366,6 - 75.175,9 - 141.286,5 - - 109.216,6 19.988,8 1.567.750,8 575.251,7 14.589,2 - 58.048,6 2.441,3 - 1.845.024,7

DEGRADAÇÃO NO INVENTÁRIO NACIONAL

CS = Corte Seletivo na Amazônia

Metodologia DETEX - MLME

Remoção CS (%) RemCS 0,02%Perda CS (%) pCS 29%Estoque CS (%) AvCS 71%

CS-CSCS-CS-CSFM-CSCS-Ref

HUANG, M.; ASNER, G.P. Long-term carbon loss and recovery following selective logging in Amazon forests. Global Biogeochemical Cycles, v.24, n.3, 2010.

Mapeamento das cicatrizes de queimadas em 2010 não associadas ao desmatamento para Amazônia, Cerrado e Caatinga

DEGRADAÇÃO NO INVENTÁRIO NACIONAL

Estimativa de emissões por queimadas não associadas ao desmatamento para 2010

DEGRADAÇÃO NO INVENTÁRIO NACIONAL

PROBLEMA: dinâmica do fogo entre um período e outro pode afetar muito a biomassa das áreas queimadas

Exem

plo

Amaz

ônia

DESAFIO

RECUPERAÇÃO FLORESTAL NO INVENTÁRIO NACIONAL

GSec e FSec = campo secundário e floresta secundária

Classe mapeada em função do histórico de uso, que reflete nos fatores de remoção:

Fator Sigla Amazônia Cerrado

Remoção floresta secundária (tC/ha ano) histórico de floresta RemFSec1 4,96 1,72

Remoção floresta secundária (tC/ha ano) histórico de pastagem RemFSec2 2,37

Remoção floresta secundária (tC/ha ano) histórico de agricultura RemFSec3 4,73

Remoção floresta secundária (tC/ha ano) outros históricos RemFSec4 0,59

Remoção campo secundário (tC/ha ano) RemGSec 0,52

ALVES et al., 1997 e DURIGAN, 2004

FELDPAUSCH et al., 2007

ALVES et al., 1997

SALOMÃO et al., 2007

CIANCIARUSO et al., 2010

RECUPERAÇÃO FLORESTAL NO INVENTÁRIO NACIONAL

REFLORESTAMENTO: plantios comerciais (Pinus, Eucalipto...)

Ponto de revisão: REF-REF esteve sendo considerado em equilíbrio, ou seja, emissão e remoção = 0;

Leva em consideração a área plantada por Estado das espécies de Pinus e Eucalipto;

REMOÇÃO DAS ÁREAS MANEJADAS

Áreas de floresta “primária” dentro de unidades de conservação e terras indígenas.

FM-FM; FNM-FM; GM-GM; GNM-GM

Remoção floresta primária (tC/ha ano) Amazônia RemF 0,43

Remoção floresta primária (tC/ha ano) Cerrado RemF 0,2

Remoção campos primários (tC/ha ano) RemG 0,52

BAKER et al. 2004

ROCHA et al., 2002

CIANCIARUSO et al., 2010

REMOÇÃO DAS ÁREAS MANEJADAS

Áreas de floresta madura dentro de unidades de conservação e terras indígenas.

FM-FM; FNM-FM; GM-GM; GNM-GM

SISTEMA DE REGISTRO NACIONAL DE EMISSÕES (SIRENE)http://sirene.mcti.gov.br

Obrigada!

Roberta CantinhoAnalista técnica de LULUCF da 4ª Comunicação Nacional

roberta.cantinho@mctic.gov.brcgcl@mctic.gov.br

Coordenação Geral do Clima (CGCL)Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (SEPED)

Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC)

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