"os sem abrigo"

Post on 25-Jun-2015

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O Sem-abrigo

Considera-se pessoa sem-abrigo aquela que, independentemente da sua nacionalidade, idade, sexo, condição socioeconómica e condição de saúde física e mental, se encontre sem tecto, a viver no espaço público, alojada em abrigo de emergência ou com paradeiro em local precário, ou sem casa, encontrando-se em alojamento temporário destinado para o efeito.

Para além da questão da nacionalidade pode colocar-se a questão da regularização da situação no país de cidadãos estrangeiros.

Quando se fala em alguém sem tecto, é diferente de falar em alguém sem casa. Sem tecto é, alguém que habita:

► Espaço público – espaços de utilização pública como jardins, estações de metro/camionagem, paragens de autocarro, estacionamentos, passeios, viadutos, pontes ou outros;

►Abrigo de emergência – qualquer equipamento que acolha, de imediato,

gratuitamente e por períodos de curta duração, pessoas que não tenham acesso

a outro local.► Local precário – local que, devido às condições em

que se encontra permita uma utilização pública, tais como: carros abandonados, vãos de escada,

entradas de prédios, fábricas e prédios abandonados, casas abandonadas.

Sem casa é, alguém que habita:► Alojamento temporário – Equipamento que

acolha pessoas que, não tenham acesso a um alojamento permanente e que promova a sua reinserção.

Designa-se por “Centro de Alojamento Temporário”

Aqui não se inclui instituições que tenham resposta para determinadas problemáticas, tais como:

Infância e juventude; Pessoas idosas; Pessoas adultas em situação de dependência;Pessoas adultas com deficiência; Família e Comunidade em Geral; Pessoas Infectadas pelo VIH/SIDA; Pessoas Toxicodependentes; Pessoas Vítimas de Violência Doméstica.

Marco Caravela de 30 anos encontra-se a dormir no Terreiro do Paço, em Lisboa, Marco dorme mais precisamente em Alcântara debaixo de um viaduto, pois é um local protegido e onde está menos exposto ao frio, contudo tem que mudar de sítio, pois por esta altura faz bastante frio à noite nas ruas de Lisboa. Geralmente procura lugares quentes e abrigados, deste modo já dormiu nos antigos armazéns do Porto de Lisboa e no Saldanha. Considera que os melhores sítios para passar as suas noites são no aeroporto por causa das condutas de ar quente e no Parque das Nações.

É através da instituição Comunidade Vida e Paz que consegue a maioria das suas refeições, pois todas as noites no Terreiro do paço estão a distribuir comida. Além disso tenta apanhar algum peixe com a sua cana de pesca.Para ganhar algum dinheiro, Marco arruma carros, pede esmolas.

Já teve um relacionamento com uma mulher durante 3 anos, mulher essa que era sem abrigo mas acabou por abandoná-lo.

Marco está afectado com o vírus da sida, recebe do estado um subsídio de €395

que envia á sua filha de 3 anos que mora com a avó e por motivos de orgulho, ele

não se junta á sua família. Ele próprio já tentou procurar trabalho mas é sempre rejeitado quer na hotelaria quer na construção civil. Esta situação deveu-se à perda do seu emprego, que fez com que perdesse a sua casa. Chegou a ser preso mas diz que foi injustamente, no entanto a policia encontrou no carro que possuía na altura heroína e isto levou-o a passar cinco anos e meio na prisão.

Depois desta abordagem sobre os sem-abrigo e de termos passado um testemunho real , gostaríamos de te mostrar algumas imagens para que melhor possas compreender a mensagem que te queremos passar.

O que nós pedimos é que prestes atenção as seguintes imagens e não deixes que estas te passem ao lado.

A deles nunca sobe

Eles aproveitam o único cobertor que têm

Ou por vezes, nem isso têm …

Olha para eles…

Eles não tem escolha

Eles davam tudo para ter um pouco dessa comida

Eles não têm outra escolha

Mas mesmo se depois destas imagens achas que eles não merecem um pouco da tua ajuda porque são diferentes

de ti … vê como eles são seres humanos como nós …

Nós sabemos que tu não podes mudar a situação destas pessoas, mas se fizeres a tua parte, contribuindo:

com a roupa que não usas e que te aquece o armário;

com cobertores mais gastos que tenhas mas que eles continuam sem os ter;

com um pouco do que abunda na tua dispensa;

com donativos para que as Instituições consigam também fazer a sua parte;

com o teu exemplo de solidariedade para que se crie uma cadeia de ajuda, pois a união faz a força e só com o nosso exemplo mudaremos esta situação.

Com os nossos pensamentos, palavras e acções, construímos o verdadeiro mundo em que vivemos !

Atenta a esta mensagem, para colheres a alegria de alguém

Porque tu farás a diferença

Temos como objectivo, numa primeira fase sensibilizar (as pessoas) para angariarmos tanto comida, como vestuário, e até dinheiro.

Depois disto pretendemos ir numa noite, fazer uma ronda, ajudando estas pessoas com todos os bens que conseguirmos angariar.

Temos ainda como objectivo final, tornar a vida destas pessoas melhor, nem que seja por uma noite, pretende-mos transmitir-lhes alegria, tirar-lhes a fome e o frio, dar-lhes tudo o que eles precisam.

Queremos ainda ter conversas com os Sem-abrigo, para percebemos o que os levou a ter esta vida, e o porquê de não voltarem para a sua família que em alguns dos casos deve estar de braços abertos, à espera deles.

Ana Vilaça

André Carvalho

Ângelo Pereira

Catarina Henriques

Gustavo santos

Samuel Lima

11º CLH / TPG

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