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Contabilidade Geral para Especialista em Regulação de Saúde Suplementar
Teoria e exercícios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 02
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 122
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO/ TÓPICOS DA AULA DE HOJE .................................................................... 3
1 LEI Nº 6404/1976, SUAS ALTERAÇÕES E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR. 1.1
PRONUNCIAMENTOS DO COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). ........................ 4
EXERCÍCIO SOCIAL E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ....................................................... 4
EXERCÍCIO SOCIAL ......................................................................................................... 4
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................................................... 5
DISPOSIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 5
ESCRITURAÇÃO .............................................................................................................. 7
BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................................................. 9
GRUPO DE CONTAS ......................................................................................................... 9
ATIVO .......................................................................................................................... 10
ATIVO CIRCULANTE ....................................................................................................... 11
ATIVO NÃO CIRCULANTE................................................................................................ 12
ATIVO NÃO CIRCULANTE – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................................. 12
ATIVO NÃO CIRCULANTE - INVESTIMENTOS ..................................................................... 13
ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO ........................................................................... 13
ATIVO NÃO CIRCULANTE - INTANGÍVEL ........................................................................... 14
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL ................................................ 16
PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE ........................................................ 18
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS E RECEITAS DIFERIDAS ......................................... 18
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................................... 18
CONCEITO E ESTRUTURA ............................................................................................... 18
CAPITAL SOCIAL ........................................................................................................... 19
GASTOS NA EMISSÃO DE AÇÕES .................................................................................... 20
RESERVAS DE CAPITAL .................................................................................................. 20
AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL ............................................................................. 21
AÇÕES EM TESOURARIA ................................................................................................ 22
RESERVAS DE LUCROS .................................................................................................. 22
RESERVA LEGAL ............................................................................................................ 24
RESERVAS ESTATUTÁRIAS ............................................................................................. 24
RESERVA DE CONTINGÊNCIAS........................................................................................ 25
RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS ................................................................................. 28
RESERVA DE LUCROS A REALIZAR .................................................................................. 29
RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS ...................... 32
LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS ............................................................................ 34
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO ............................................................................. 35
ATIVOS DECORRENTES DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................... 36
ESTOQUES ................................................................................................................... 40
INVESTIMENTOS ........................................................................................................... 41
MÉTODO DE CUSTO ....................................................................................................... 42
MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ...................................................................... 43
ATIVO IMOBILIZADO ..................................................................................................... 53
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO ........................................................... 58
AULA 02: 1 LEI Nº 6404/1976, SUAS ALTERAÇÕES E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR. 1.1 PRONUNCIAMENTOS DO COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). 10 ELABORAÇÃO DE
DEMONSTRAÇÕES. 10.2 BALANÇO PATRIMONIAL. 7 AVALIAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO DE ITENS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO DE
INVESTIMENTOS SOCIETÁRIOS NO PAÍS.
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DEPRECIAÇÃO .............................................................................................................. 58
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ............................................................... 59
AMORTIZAÇÃO ............................................................................................................. 62
EXAUSTÃO ................................................................................................................... 65
INTANGÍVEL ................................................................................................................. 65
ATIVO NÃO CIRCULANTE................................................................................................ 67
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO. .............................................................................. 67
AJUSTE A VALOR PRESENTE ........................................................................................... 68
ATIVO PERMANENTE DIFERIDO ....................................................................................... 71
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PASSIVO .......................................................................... 72
QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................................. 74
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .......................................................................... 112
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................... 122
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APRESENTAÇÃO/ TÓPICOS DA AULA DE HOJE
Olá, meus amigos. Como estão?!
A aula de hoje será certamente a mais extensa do curso. Para ajudá-los,
faremos aqui uma aula 3 em 1. Nela, trataremos do BALANÇO, da LEI 6.404/76 e dos PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. A um só tempo!
No transcurso da aula, os seguintes assuntos serão vistos.
1 LEI Nº 6404/1976, SUAS ALTERAÇÕES E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR. 1.1 PRONUNCIAMENTOS DO COMITÊ DE
PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). 10 ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES. 10.2 BALANÇO PATRIMONIAL. 7 AVALIAÇÃO E
CONTABILIZAÇÃO DE ITENS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO DE
INVESTIMENTOS SOCIETÁRIOS NO PAÍS.
ERRATAS da aula 1:
Questão 5: Gabarito Certo
Questão 29: faltou apontar outro erro: como a compra foi à prazo, deve
ser creditada a conta “Fornecedores”, e não “Caixa”.
Pedimos desculpas pelas falhas.
Lembramos que o Fórum de dúvidas do Estratégia concursos está em pleno funcionamento.
Se preferirem, nossos e-mails são:
gabrielrabelo@estrategiaconcursos.com.br lucianorosa@estrategiaconcursos.com.br
Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos
possamos ter ciência do que está se passando no curso.
Tá ok?! É isso! Vamos começar a nossa batalha?!
Forte abraço!
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.
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1 LEI Nº 6404/1976, SUAS ALTERAÇÕES E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR. 1.1 PRONUNCIAMENTOS DO COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC).
Nesta aula, meus amigos, faremos o seguinte:
- Passaremos os tópicos principais da Lei 6.404/76 sobre as demonstrações
financeiras, pontos estes que precisam ser entendidos para que possamos estudar melhor o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do
exercício (que é o assunto da próxima aula);
- Estudaremos os principais pontos do balanço patrimonial, através de exemplos teóricos e, também, através da Lei 6.404/76;
- Elucidaremos os principais pontos dos Pronunciamentos Contábeis que
precisam ser entendidos para a prova.
OBSERVAÇÃO: ESTA AULA NÃO ESGOTA OS TEMAS TRATADOS NOS PRONUNCIAMENTOS DO COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS.
APENAS RETIRAMOS O TEOR DAQUILO QUE JULGAMOS, DENTRO DE NOSSA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL, SER MAIS IMPORTANTE PARA A
PROVA DE VOCÊS.
Vamos à batalha?!
EXERCÍCIO SOCIAL E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
EXERCÍCIO SOCIAL
Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto.
Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração
estatutária o exercício social poderá ter duração diversa.
O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto (LSA, art. 175). Na constituição da companhia e nos casos de
alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa (LSA, art. 175, parágrafo único).
Ao término do exercício, as companhias devem fazer com que sejam publicadas
as suas demonstrações contábeis (as que citamos acima).
Assim, se a companhia foi constituída regularmente e a data do término foi fixada em 31 de março, o exercício social terá a duração de 01 de abril a 31 de
março.
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Imagine-se que esta mesma sociedade foi instituída em 01 de janeiro de X0.
Vejam que a lei não determinou se o primeiro exercício social deverá durar apenas 3 meses ou se, alternativamente, poderá durar pelo período de 15
meses.
Não há exigência, igualmente, de que o exercício social se inicie em 01 de janeiro e termine em 31 de dezembro. Todavia, por questões fiscais, é muito
difícil que na prática as sociedades adotem data diversa. Mas, repetimos, para concursos, o exercício pode começar e terminar em qualquer dia do ano.
Cuidado, outrossim, com questões que dizem ser a duração do exercício social
de 12 meses. Juridicamente falando, 12 meses e 1 ano são termos distintos. Prazos em anos devem ser contados em anos e prazos em meses devem ser
contados em meses.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras,
que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007) V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei
nº 11.638,de 2007)
§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
Pois bem. Desse excerto, muitas questões são cobradas em concursos. As
sociedades por ações podem ser do tipo aberta (quando comercializam títulos e
valor mobiliários no mercado) e fechadas (quando não o fazem). As demonstrações contábeis exigidas são diferentes conforme estejamos frente a
um ou outro tipo societário.
COMPANHIA
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ABERTA FECHADA
Balanço Patrimonial X X
Demonstração do Resultado do Exercício X X
Demonstração de Lucros ou Prejuízos X X
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Acumulados
Demonstração dos Fluxos de Caixa X PL > 2 MI
Demonstração do Valor Adicionado X
Alguns aspectos merecem destaque.
1) Nas companhias abertas, a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados
pode estar contida dentro da DMPL.
2) A DMPL não consta como sendo obrigatória pela Lei 6.404/76. Todavia, o CPC 26 (Apresentação das demonstrações contábeis) arrolou esta
demonstração dentre aquelas que fazem parte do conjunto das demonstrações contábeis de uma entidade. Tal menção levou o FIPECAFI, no livro Manual de
Contabilidade Societária, a considerar que, a partir da edição do Pronunciamento Contábil, a DMPL passa a ser obrigatória a todos os tipos
societários. Não sabemos ainda como as bancas cobrarão este assunto.
3) A Demonstração de origens e aplicações de recursos, a DOAR, deixou de ser obrigatória com as modificações contábeis introduzidas pelas Leis 11.638 e
11.941. Isto não significa dizer que a demonstração foi extinta. Apenas passou
a ser facultativa, tal como outras demonstrações, como, por exemplo, o balanço social.
Pois bem, vejam que o balanço patrimonial está arrolado como obrigatório,
quer seja a companhia aberta, quer seja fechada.
Segundo o artigo 176, parágrafo primeiro, as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das
demonstrações do exercício anterior.
Assim, as demonstrações contábeis do exercício social de 2011 deverão demonstrar também os valores de 2010. Tudo isso para atender à finalidade
básica da contabilidade, que sabemos ser o fornecimento de informações aos diversos usuários e a fim de que se possa fazer a comparação do
desenvolvimento da entidade.
Art. 176. § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a
indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
Ainda, de acordo com o artigo 176:
Art. 176. § 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo
de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas
contas" ou "contas-correntes".
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A finalidade de tal dispositivo é de facilitar o entendimento das demonstrações
contábeis, evitando que o excesso de detalhes prejudique o entendimento.
Deste modo, se temos as contas aplicação em certificado bancário e aplicação em fundo de renda fixa, podemos agrupar tudo em uma única conta chamada
aplicações financeiras.
Vejam que há também a exigência que não se ultrapasse 10% do valor do respectivo grupo. Portanto, se no exemplo, as aplicações somassem o valor de
R$ 10.000,00 e o ativo circulante montasse a R$ 50.000,00, não poderíamos agrupar, pois houve quebra do limite estabelecido pela lei.
Ainda com fulcro no artigo 176, § 3º: As demonstrações financeiras registrarão
a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral.
O que isso quer dizer?! O lucro ou prejuízo obtido no exercício pela entidade é apurado em uma demonstração conhecida como demonstração do resultado do
exercício (a ser estudada oportunamente).
Ocorre que os lucros obtidos precisam ser destinados e sua destinação é definida pelo órgão máximo deliberativo dentro da SA: a assembleia-geral.
Quem administra a sociedade, no seu cotidiano, são os administradores. Desta
forma, no término do exercício social, os administradores procedem à destinação do lucro da forma que lhes aprouverem, pressupondo-se que a
assembleia-geral (que só ocorre 4 meses após o término do exercício social) irá ratificar a destinação.
As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros
quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento
da situação patrimonial e dos resultados do exercício (LSA, art. 176, parágrafo quarto).
ESCRITURAÇÃO
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei (a própria
6.404) e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações
patrimoniais segundo o regime de competência.
Já estudamos na aula anterior. Para facilitar, vamos repetir aqui. Se você se
lembra bem desta parte, pule para o item Balanço Patrimonial, abaixo.
A escrituração funciona, grosso modo, mais ou menos da seguinte forma:
Imagine-se que nós, Gabriel e Luciano, somos administradores da sociedade
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KLS. Cada nota fiscal de compra de mercadoria, cada NF de venda, cada cheque
emitido, cada compra de ativo imobilizado para a produção, tudo isso tem de ser controlado. Pensem vocês se não houvesse um controle de todos os atos e
fatos que ocorrem no âmbito de uma empresa. O que seria desta empresa?! O que seria do mercado? E o que seria da economia nacional?
Pois bem, todos esses eventos devem ser contabilizados. Então, no período de
competência, colheremos todos os documentos necessários e lançaremos nos respectivos livros contábeis. A técnica utilizada para o registro dos fatos
contábeis é chamada de ESCRITURAÇÃO. Anotem.
Então, em um primeiro momento, devemos escriturar, por meio de lançamentos contábeis, todas as notas fiscais e documentos que comprovem
alteração no patrimônio da entidade.
As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de
métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos (LSA, art. 177, §1º).
Ainda segundo a Lei 6.404/76: a companhia observará exclusivamente em
livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei
tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios
contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras (LSA, art. 177, §2º).
E o que quer dizer este artigo?! Se, hipoteticamente, ao apurar o Imposto de
Renda do exercício, a legislação do IR prescreva um método diferente que está previsto nos critérios contábeis, como a utilização de regime de caixa, em vez
de se utilizar do regime de competência, esta apuração tributária deverá ser
feita em um livro auxiliar, sem que haja modificação da escrituração contábil (que ordena a utilização do regime de competência).
Art. 176, § 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por
auditores independentes nela registrados.
As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados (LSA, art. 177, §4º). Vejam que este inciso
estabelece que as demonstrações financeiras são assinadas por CONTABILISTA legalmente habilitado (e não contador). A expressão
contabilista abrange tanto o técnico em contabilidade, como o bacharel em ciências contábeis.
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Art. 176, § 5o As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3o deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os
padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
Art. 176, § 6o As companhias fechadas poderão optar por observar as normas
sobre demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários para as companhias abertas. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
BALANÇO PATRIMONIAL
CONCEITO: Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a
evidenciar, seja de forma qualitativa, seja de forma quantitativa, a POSIÇÃO
PATRIMONIAL E FINANCEIRA DA ENTIDADE.
No balanço patrimonial, temos a apresentação dos bens, direitos e obrigações
da empresa. Esta informação é ESTÁTICA, pois funciona tal qual uma fotografia da entidade em determinado momento.
Apresentamos, a seguir, um pequeno e resumido modelo de balanço
patrimonial:
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Caixas e bancos 1.600,00 Contas a pagar 950,00
Mercadorias 1.250,00 Impostos a recolher 450,00
Créditos a receber 1.000,00 SUBTOTAL 1.400,00
SUBTOTAL 3.850,00 Patrimônio líquido
Não circulante Capital social 4.500,00
Instalações 2.000,00
(-) Prejuízos acumulados
(450,00)
(-) Depreciação de inst. (400) SUBTOTAL 4.050,00
SUBTOTAL 1.600,00
TOTAL 5.450 TOTAL 5.450
GRUPO DE CONTAS
Começaremos a discorrer agora sobre os grupos patrimoniais. Deve-se ter em
mente que são duas grandes classes de contas que se apresentam no balanço patrimonial: O ATIVO E O PASSIVO.
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Quando apresentamos a equação fundamental da contabilidade (A = P + PL),
falamos em ativo, passivo e patrimônio líquido, e não somente em ativo e passivo. Ocorre que o PL trata-se das obrigações da sociedade com os sócios,
por isso pertence à classe passivo.
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
Ainda, segundo o § 1º do artigo 178, no ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos
seguintes grupos:
I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
Já o parágrafo segundo dispõe que no passivo, as contas serão classificadas nos
seguintes grupos:
I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente. Por exemplo. Sabe-se que o
ICMS sobre os valores de compras de mercadorias dão direito a crédito para a empresa, crédito este que fica representado em conta do ativo chamada ICMS a
recuperar.
Esse ICMS a recuperar servirá para a empresa “abater” parte do valor do ICMS
incidente sobre as vendas. Deste modo, se temos um crédito de R$ 1.000,00 e um ICMS sobre vendas de R$ 5.000,00, deveremos recolher ao Estado somente
R$ 4.000,00. O saldo devedor (ativo) foi compensado com o saldo credor (passivo).
Todavia, caso não haja direito a compensação, os valores são apresentados
separadamente.
ATIVO
No ativo, as contas serão dispostas em ORDEM DECRESCENTE de grau de
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
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I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
Assim, vejam que o ativo é disposto em ordem decrescente do grau de liquidez.
A liquidez se refere à expectativa de conversão em dinheiro de um bem ou direito.
Desta forma, começaremos a expor as conta no ativo pela maior
conversibilidade em dinheiro, ou seja, pela conta caixa, que já representa o próprio numerário. Em seguida, classificaremos a conta bancos, aplicações
financeiras de liquidez imediata e assim por diante, até a conta terrenos ou outra que tenha baixíssima liquidez.
Vejam que o ativo se divide em:
1) Ativo circulante; e 2) Ativo não circulante.
ATIVO CIRCULANTE
Segundo a Lei 6.404:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do
exercício seguinte;
As disponibilidades são elementos que representam dinheiro ou nele possam
ser convertidos de forma imediata, como a conta caixa, bancos conta
movimento.
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente podem ser REAIS ou PESSOAIS. Os reais representam os bens (estoques de matérias-
primas, produtos acabados, em elaboração). Os pessoais representam os direitos (clientes, adiantamentos a fornecedores, ICMS e recuperar).
Essa realização dita pela lei se dá pelo consumo ou venda destes bens.
As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também
chamadas despesas antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa com antecedência.
Por exemplo, se a sociedade ALFA paga uma despesa de seguro, em
01.12.2010, que se refere ao exercício de 2011, no valor de R$ 1.200,00,
registrará o fato como despesa antecipada, do seguinte modo:
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D – Seguros a vencer 1.200,00 (+ Ativo Circulante) C – Caixa 1.200,00 (- Ativo Circulante)
Assim, já em 2011, mês a mês, no período a que se referir a parcela do seguro,
iremos lançar:
D – Despesas de seguros 100,00 (- Resultado = Despesa) C – Seguros a vencer 100,00 (- Ativo)
Mas por que, professor, lança como seguro a vencer e não como despesa?!
Tudo em homenagem ao princípio da competência.
ATIVO NÃO CIRCULANTE
O ativo não circulante é composto por:
1 – ativo não circulante realizável a longo prazo;
2 – investimentos; 3 – imobilizado;
4 – intangível.
ATIVO NÃO CIRCULANTE – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante
realizável a longo prazo é composto por:
a) direitos realizáveis após o término do exercício seguinte; b) direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas, diretores (administradores em geral),
acionistas (ou sócios), ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da companhia.
Como exemplo do item a.
O balanço é elaborado ao término do exercício social, vamos supor,
31.12.2010. O exercício social seguinte é 2011. Os direitos a receber em 2012 e exercícios posteriores são classificados no ANC – RLP. Esses direitos também
podem ser reais (animais em criação ou bens que exijam longo período de produção) ou pessoais (duplicatas a receber).
Quanto ao item b, deve-se ficar atento para que os três requisitos sejam
atendidos, a espécie do direito, a operação ser não usual e pessoa ligada (devedor). Caso não se perfaçam o crédito deve ser classificado conforme o
prazo.
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CONDIÇÕES
DIREITO DERIVADO DE A NEGÓCIO
Venda Coligadas, controladas
NÃO USUAL Adiantamento Diretores, administradores, sócios
Empréstimo Acionistas ou participantes do lucro
ATIVO NÃO CIRCULANTE - INVESTIMENTOS
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e
os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que
não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
Portanto, neste subgrupo classificam-se as participações permanentes em outras sociedades, isto é, aqueles investimentos em sociedades cujo caráter
não seja o especulatório. Esses investimentos podem ser avaliados por dois métodos: o método de custo e o método da equivalência patrimonial.
Ainda, são classificáveis como ativo não circulante investimentos os direitos que
não sejam classificáveis em outros grupos. Os exemplos clássicos a serem
levados para a prova são: obras de arte, casas e edificações mantidas para aluguel e terrenos.
ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação
dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
Assim, classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens
corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia como, por
exemplo, os terrenos, edificações, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, veículos.
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ATIVO NÃO CIRCULANTE - INTANGÍVEL
O que são ativos intangíveis? A resposta é simples. Podemos dizer, em linguajar
simples, que os intangíveis SÃO AQUELES ATIVOS QUE NÃO TÊM EXISTÊNCIA FÍSICA.
Como exemplos de intangíveis, temos os direitos de exploração de serviços
públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, fundo de comércio adquirido.
Segundo a lei 6.404...
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade,
inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
Isto é muito importante para concursos: classificam-se no intangível os direitos que tenham por objeto BENS INCORPÓREOS destinados à manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
O subgrupo intangível ganhou existência com a vigência da Lei 11.638/07, que
separou os direitos corpóreos no imobilizado e os incorpóreos no intangível. Antes, classificaríamos tudo no imobilizado.
Frise-se, também, que o subgrupo deve estar contido no grupo ativo não-
circulante.
O ativo intangível é matéria que tem seu regulamento na Resolução do
Conselho Federal de Contabilidade n. 1.139/08 e no CPC 04.
O conceito de ativo intangível veio trazido pela norma, como se segue:
CONCEITO: Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem
substância física.
Exemplos de itens que se enquadram nessas categorias amplas são: softwares,
patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de pesca, quotas de importação,
franquias, relacionamentos com clientes ou fornecedores, fidelidade de clientes, participação no mercado e direitos de comercialização.
Segundo o CPC, três são as condições para que os itens acima sejam
considerados ativos intangíveis, a saber:
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Em síntese, é isto o que vocês precisam saber. Um item será intangível quando
atenda esses três requisitos cumulativamente:
Ser identificável;
Ser controlável; Ser gerador de benefícios futuros.
Nem todos os itens descritos no item anterior (softwares, patentes) se
enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis, controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros.
Se um item abrangido pela presente Norma não atenda à definição de ativo
intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser
reconhecido como despesa quando incorrido.
No entanto, se o item for adquirido em uma combinação de negócios, passa a fazer parte do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
reconhecido na data da aquisição.
O ágio por expectativa de rentabilidade futura é o excesso de preço pago pela compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado de
seus ativos líquidos. Vejamos um exemplo. Suponha que uma empresa seja avaliada pelo valor de mercado em $ 100.000. Todavia, um comprador,
interessado no negócio, examinando a situação da empresa resolve pagar $ 120.000. Nesta situação temos um goodwill de $ 20.000. Não podemos
identificar individualmente os itens que compõem este ágio. O ágio, neste caso, pode ser considerado como o somatório de vários itens não identificáveis como,
por exemplo, capital intelectual, marca, tecnologia, lealdade dos clientes.
IMPORTANTE
Um intangível será reconhecido se, cumulativamente, atender aos seguintes critérios:
- Atender ao conceito de intangível, ou seja, ser não monetário identificável sem substância física;
- Ser identificável, controlável e gerar benefícios futuros.
Ativo Intangível
Identificável
Gerador de Benefícios Econômicos Futuros
Controlável
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CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL
Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs: Na companhia em que
o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Um primeiro aspecto digno de nota é que esta disposição vale tanto para o
ativo como para o passivo.
O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para comprar matéria-prima, produzir, vender e receber. Para uma empresa
comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e recebimento dos clientes.
Vamos explicar esta situação por meio de uma questão abordada em 2009, pela
FCC, para o concurso de Analista Judiciário do TRT 3ª região:
(FCC/Analista Judiciário/TRT 3ª região/2009) A empresa A é uma indústria e produz máquinas especiais, cujo processo demora 400 dias. Estas máquinas são
adquiridas para comercialização pela empresa B que leva aproximadamente 20 dias para comercializá-las, 40 dias para receber o valor das vendas realizadas a
prazo, e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. A empresa C é cliente da empresa B e utiliza as máquinas especiais em suas operações. Com base nestas
informações, as máquinas especiais serão classificadas nas empresas A, B e C, respectivamente, no
(A) ativo circulante, no ativo circulante e no ativo imobilizado.
(B) ativo circulante, no ativo não-circulante e no ativo realizável a longo prazo. (C) ativo realizável a longo prazo, no ativo circulante e no ativo imobilizado.
(D) ativo realizável a longo prazo, no ativo realizável a longo prazo e no ativo imobilizado.
(E) ativo realizável a longo prazo, no ativo imobilizado e no ativo realizável a
longo prazo
Comentários
Empresa A: Demora 400 dias para produzir. Portanto, seu ciclo operacional será maior que o exercício social, e as máquinas produzidas ficarão no Ativo
Circulante.
Empresa B: Demora 20 dias para comercializar, 40 para receber o valor das vendas e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. Portanto, tudo ocorre a
custo prazo, nesta empresa. Ativo Circulante.
Empresa C: Utiliza as máquinas em suas operações. Ativo Imobilizado.
O gabarito, portanto, é a letra a.
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Em qualquer dessas situações, o exercício social continua a ser de um ano.
Se estamos em 31 de dezembro de 2011 (data de término do exercício social) e temos uma fábrica de navios, por exemplo, cujo ciclo operacional seja de 2
anos, teremos que todas as obrigações e direitos que vencerem até 31 de dezembro de 2013 serão consideradas como de curto prazo. A partir deste
momento é que haverá que se falar em longo prazo. Repetimos, porém, que o exercício social continua a ter a duração de um ano.
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PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE
O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e não
circulante. Segundo a Lei das Sociedades por Ações:
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se
tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único
do art. 179 desta Lei.
Como exemplo de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para contingências, salários a pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a
recolher, duplicatas a pagar, fornecedores, entre outros.
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS E RECEITAS DIFERIDAS
O grupo resultado de exercícios futuros foi extinto com a edição da MP 449 e Lei
11.941/2009.
Em seu lugar, deve ser usada a conta RECEITAS DIFERIDAS. O saldo que porventura existente no REF deve ser reclassificado para receita diferida.
O exemplo clássico de resultado de exercícios futuros (agora receita diferida, no
passivo não circulante) são os aluguéis recebidos antecipadamente que não estejam sujeitos a cláusula de restituição.
Explicando melhor: se no recebimento antecipado de aluguéis houver clausula
de restituição, em caso de desocupação do imóvel, o adiantamento do aluguel fica classificado no passivo. Se não houver possibilidade de restituição, era
classificado em Resultado de Exercício Futuro, atual Receitas Diferidas.
Mas, para algumas bancas, como a ESAF, os adiantamentos de aluguel ficavam
classificados no Resultado de Exercício Futuro, dando a entender que, para a banca, adiantamento de aluguel é sempre sem clausula de restituição. Se
persistir nesse entendimento, a conta “adiantamentos de aluguéis” será, para elas, receitas diferidas.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CONCEITO E ESTRUTURA
O patrimônio líquido é considerado como sendo o capital dos sócios (capital
próprio) empregado nas atividades empresariais.
De acordo com a Lei 6.404/76:
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Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
Antes de prosseguirmos, façamos a comparação entre como era e como está
agora o patrimônio líquido:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ANTES LEI 11.638/07 APÓS LEI 11.638/07 E LEI 11.941/09
Capital Social Capital Social
(-) Capital a Realizar (-) Capital a Realizar
Reserva de Lucro Reserva de Lucro
Reserva de Capital Reserva de Capital
Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação Patrimonial
+ - Lucro ou Prejuízo Acumulado (-) Prejuízo Acumulado
(-) Ações em Tesouraria (-) Ações em Tesouraria
CAPITAL SOCIAL
É a conta do PL composto pelas ações subscritas na constituição da sociedade
ou com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital social a
realizar. A lei das S.A´s dispõe que:
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por
dedução, a parcela ainda não realizada.
EXEMPLO 1:
Constituição da sociedade X, com R$ 100.000,00 em dinheiro.
Lançamento:
D – Caixa 100.000,00
C – Capital Social 100.000,00
EXEMPLO 2:
A sociedade X é constituída com ações no montante de R$ 100.000,00, sendo
apenas R$ 50.000,00 depositados imediatamente para o início do negócio, lançaremos:
D – Caixa 50.000,00 (Ativo)
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D – Capital Social a Realizar (- PL) 50.000,00
C – Capital Social (PL) 100.000,00
Segundo a Lei 6.404, o capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.
A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos
preliminares:
I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto;
II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro;
III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado
em dinheiro.
GASTOS NA EMISSÃO DE AÇÕES
Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser
tratados como despesas do período. Passam a figurar como redução do valor obtido do capital social.
RESERVAS DE CAPITAL
Reservas são valores que representam elementos patrimoniais sem qualquer
característica de exigibilidade atual ou futura.
As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de terceiros) que não se configuram como receita, isto é, não transitam pelo
resultado do exercício, sendo contabilizadas diretamente à conta de Patrimônio
Líquido.
Com espeque no artigo 182 da Lei das S.A´s:
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a
parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de
conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
O item a corresponde à chamada “Reserva para ágio na emissão de ações”.
Partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao
capital social, criados a qualquer tempo pela sociedade por ação. As partes
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beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a
companhia, consistente na participação nos lucros anuais – no máximo 10% (LSA, art. 46, caput, e §1º).
Por seu turno, os bônus de subscrição são títulos de credito emitidos no limite
do capital social autorizado no estatuto e dão aos titulares o direito de subscrever ações da companhia.
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas
de lucros (artigo 189, parágrafo único); II - resgate, reembolso ou compra de ações;
III - resgate de partes beneficiárias; IV - incorporação ao capital social;
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada (artigo 17, § 5º).
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes
beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.
Com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (Leis 11.638 e
11.941) AS DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO E OS PRÊMIOS NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES NÃO SERÃO MAIS
CLASSIFICADOS COMO RESERVAS DE CAPITAL, devendo ser registrados como receitas do exercício, de acordo com o Princípio da Competência.
Art. 182. § 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da
correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.
O parágrafo segundo refere-se à antiga Correção Monetária de Balanços, extinta em 1995. Se alguma empresa ainda possuir saldo na Conta Correção
Monetária do Capital Realizado, a mesma será considerada Reserva de Capital.
AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
Antes das alterações da Lei das S.A´s, havia no patrimônio líquido a conta
Reserva de Reavaliação. Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de avaliação patrimonial. Contudo, não se trata de mera alteração de nome.
A reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que
poderia ser ou não realizada, a bel-prazer dos acionistas, deixou de existir.
Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como para reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto que a
reavaliação servia apenas para o aumento de bens do permanente. A nova redação prescreve o seguinte:
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Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime
de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a
valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o
do art. 177.
AÇÕES EM TESOURARIA
São as ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas na
tesouraria. O limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros acumulados e reservas, exceto a reserva legal (estudada a seguir).
A CONTA AÇÕES EM TESOURARIA É REDUTORA DO PL.
Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição.
O CESPE explorou este assunto em prova, da seguinte forma:
(Cespe) A contabilização da aquisição de ações da própria empresa reduz o valor do disponível e também do patrimônio líquido. O oposto ocorre quando os
sócios resolvem aumentar o capital da empresa em dinheiro.
O item está correto. O lançamento, pela aquisição, é o seguinte:
D – Ações em tesouraria (Redutora do PL) C – Caixa (- Ativo)
Pela alienação, lançamos o seguinte:
D – Caixa (Ativo) C – Ações em tesouraria (PL)
Se a alienação se der com lucro, este lucro deve ser registrado à conta de
RESERVA DE CAPITAL, pelo seguinte lançamento:
D – Caixa 2.000 C – Ações em tesouraria 1.000
C – Reserva de capital – lucro na alienação de ações em tesouraria
Esse é o mais importante para concursos.
RESERVAS DE LUCROS
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As reservas de lucros são retenções de parcelas provenientes de ganhos do
período, com o objetivo de preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade, com o objetivo de posterior destinação. São, em suma, lucros que a empresa
não entrega aos acionistas, mas guarda para si, seja para investir em projetos, seja para resguardar o capital social.
Segundo a Lei das S.A´s:
Artigo 182, §4º Serão classificados como reservas de lucros as contas
constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
Ao final do exercício social as contas de resultado (receitas e despesas) são zeradas. O saldo, lucro ou prejuízo, é transferido para o PL. No PL, podemos ter
três destinações:
1) Dividendos (para os sócios);
2) Reservas de lucros; 3) Aumento do capital social.
Assim, se a empresa tem receitas de 2.000, despesas de 1.000, terá um lucro
de 1.000 (2.000 – 1.000). Esse lucro pode ser distribuído para os sócios, para aumento do CS ou pode ir para reserva de lucros (se atendidos os requisitos
legais).
Com a alteração da lei das S.A´s a conta antigamente denominada lucros ou prejuízos acumulados passa a ser denominada prejuízos acumulados, ou seja,
haverá de existir uma destinação para este lucro, não podendo ficar em conta específica do PL.
As reservas de lucros hoje existentes são as seguintes:
- Reserva Legal; - Reservas Estatutárias;
- Reservas para Contingências; - Reserva de Incentivos Fiscais;
- Reserva de Retenção de Lucros; - Reserva de Lucros a Realizar;
- Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído; - Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures.
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Falemos agora sobre cada uma dessas reservas:
RESERVA LEGAL
Segundo a lei das S/A´s:
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não
excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de
que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e
somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.
Esquematizemos:
Reserva legal 5% do LLE Limitado a 20% do capital social.
Trata-se a reserva legal da única reserva de constituição obrigatória para a empresa.
Vejam a sua finalidade: manter a integridade do capital social.
Saber também da sua utilização é também extremamente importante para
concursos: somente poderá ser utilizada para COMPENSAR PREJUÍZOS OU
AUMENTAR O CAPITAL SOCIAL.
Existe também um limite facultativo para a constituição da reserva legal, qual seja, quando ela, somada às reservas de capital, atingir o montante de 30% do
capital social. Grave-se!
O CESPE, para o cálculo da reserva legal, utiliza o capital social realizado, isto é, capital social – capital social a realizar.
RESERVAS ESTATUTÁRIAS
As reservas estatutárias são reservas constituídas com base no lucro líquido da companhia. E devem estar previstas no estatuto. Segundo a LSA:
Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:
I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade;
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II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição;
III - estabeleça o limite máximo da reserva.
RESERVA DE CONTINGÊNCIAS
A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar,
em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado (LSA, art. 195).
A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda
prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva (LSA, art. 195, §1º).
A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda (LSA, art. 195, §2º).
O termo contingência, em contabilidade, quando usada sem nenhuma
qualificação (como ativa ou passiva), é usado para se referir a problema previsto, sobre o qual existe dúvida acerca de sua ocorrência.
As reservas de contingências, especificamente, objetivam salvaguardar o capital
social, de modo que se posteriormente algo acontecer, decorrente de perda julgada provável cujo valor possa ser estimado, a companhia esteja preparada.
Exemplo extraído do Manual de Contabilidade Societária – FIPECAFI (pág. 350):
Podem ser constituídas reservas de contingências para:
- Geadas ou secas, que podem atingir empresas com plantações, criações ou estoques nessas áreas, ou ainda as que dependem desses produtos para suas
operações, como no caso de empresas comerciais ou industriais que utilizem tais produtos como matérias-primas em seu processo produtivo.
- Cheias, inundações e outros fenômenos naturais que podem ocorrer
ciclicamente nas áreas onde se localizam estoques ou instalações da empresa, gerando prejuízos efetivos por perdas de bens, por paralisação temporária das
operações.
Suponhamos que tal perda provável possa ser estimada em um montante de R$ 100.000,00. A empresa, então, lançará:
D – Lucros acumulados 100.000,00
C – Reserva para contingências 100.000,00
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Se essa perda vier realmente ocorrer, havendo um prejuízo no exercício
subseqüente no montante de R$ 100.000,00, o patrimônio líquido ficará da seguinte forma:
Patrimônio Líquido
Capital Social 1.000.000,00 Reserva para contingências 100.000,00
Prejuízos acumulados (100.000,00) Total 1.000.000,00
Veja que a reserva para contingências realmente salvou o nosso capital social.
Se não tivéssemos constituído a reserva a empresa ficaria com um PL de 900.000,00 (1 milhão – 100.000). Entretanto, como houve a prudente
constituição, o capital social permanecerá intacto.
O lançamento de compensação da reserva com o Prejuízo é:
D – Reversão da Reserva para contingências 100.000,00
C – Lucros/Prejuízos acumulados 100.000,00
Importante distinção é a que devemos fazer entre a reserva para contingências da provisão para contingências. Vamos explicar por uma
questão...
(Contador/Cia Potiguar de Gás/2006/FGV) Analise as afirmativas a seguir e assinale com C ou E:
I. A provisão para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas ainda não desembolsadas.
II. A reserva para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas ainda não desembolsadas.
III. Provisão para contingências e reservas para contingências são sinônimos.
Comentários
Uma excelente explicação sobre a diferença está nesta nota explicativa da CVM: Diferença entre Reservas para contingências e Provisões para contingências
(nota explicativa CVM)
1. Reservas para Contingências - São constituídas com o objetivo de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda com
probabilidade de ocorrer, sendo tal perda passível de ser monetariamente mensurada (art. 195 da LEI Nº 6.404/76).
A ocorrência de tal perda poderá importar, para a sociedade, uma substancial
redução de seu lucro ou mesmo o ingresso em uma faixa de prejuízo.
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Prudentemente, a constituição dessa reserva, prejudicando a distribuição do
dividendo obrigatório, busca evitar uma situação de desequilíbrio financeiro, que ocorreria caso se distribuíssem os dividendos em um exercício, face à
probabilidade de redução de lucros ou mesmo da ocorrência de prejuízos em exercício futuro, em virtude de fatos extraordinários previsíveis.
Por configurar uma postergação no pagamento de dividendos, a constituição
dessa reserva deve obedecer o § 1º do artigo 195 da LEI Nº 6.404/76, isto é, a proposta feita pelos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda e
justificar, com as razões de cautela devidamente fundamentadas, a constituição dessa reserva.
A utilização dessa reserva é até recomendável no caso de determinados ramos
de negócios, diretamente sujeitos a fenômenos naturais ou cíclicos, tais como: geadas, secas, inundações. É o caso, também, de empresas que, por outra
razões definidas, operam com períodos fortemente lucrativos, seguidos de
períodos com baixa lucratividade ou mesmo prejuízos, desde que seja previsível tal situação.
Também pode ser constituída nos casos de suspensão temporária (anormal,
extraordinária) de produção e, conseqüentemente, perdas devido à paralisação não recorrente, não repetitiva, em virtude de substituições ou reformas de
equipamentos causadas por danos, greves, falta de suprimentos de matérias-primas, por períodos relativamente extensos.
Há, todavia, casos em que o aplicável é a constituição de provisão para
contingências e não de reserva para contingências.
Com o objetivo de dissipar eventuais dúvidas quanto à aplicabilidade da constituição de reservas ou de provisão para contingências, estabelecemos a
seguir as características de cada uma. Os principais fundamentos para
constituição da reserva para contingência são:
a) Dar cobertura a perdas ou prejuízos potenciais (extraordinários, não repetitivos) ainda não incorridos, mediante segregação de parcela de lucros que
seria distribuída como dividendo; b) Ocorrendo ou não o evento esperado, a parcela constituída será, em
exercício futuro, revertida para lucros acumulados, integrando a base de cálculo para efeito de pagamento do dividendo e a perda, de fato ocorrendo, é
registrada no resultado do exercício; c) É uma conta integrante do patrimônio líquido, no grupamento de reserva de
lucros. d) Representa uma destinação do lucro líquido do exercício, contrapartida da
conta de lucros acumulados, por isso sua constituição não afeta o resultado do exercício;
2. Quanto à provisão para contingências suas particularidades são:
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a) tem por finalidade dar cobertura a perdas ou despesas, cujo fato gerador já ocorreu, mas não tendo havido, ainda, o correspondente desembolso ou
perda. Em atenção ao regime de competência, entretanto, há necessidade de se efetuar o registro contábil;
b) representa uma apropriação ao resultado do exercício, contrapartida de perdas extraordinárias, despesas ou custos e sua constituição normalmente
influencia o resultado do exercício ou os custos de produção; c) deve ser constituída independentemente de a companhia apresentar, afinal,
lucro ou prejuízo no exercício; d) visto que o evento que serviu de base à sua constituição já ocorreu, não há,
em princípio, reversão dos valores registrados nessa provisão. A pequena sobra ou insuficiência é decorrente do cálculo estimativo feito à época da constituição;
e) não está sujeita à atualização monetária patrimonial (art. 185, LEI Nº 6.404/76) e sim à decorrente da natureza do evento que a originou;
f) finalmente, se a probabilidade for difícil de calcular ou se o valor não for
mensurável, há necessidade de uma nota explicativa esclarecendo o fato e mencionando tais impossibilidades.
São exemplos: devedores duvidosos, indenizações contratuais, contingências
fiscais ou trabalhistas, etc.
Vamos, finalmente, analisar a questão...
I. A provisão para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas ainda não desembolsadas. II. A reserva para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas ainda
não desembolsadas.
III. Provisão para contingências e reservas para contingências são sinônimos.
O item I está correto. Na provisão para contingências a perda já ocorreu,
contudo, ainda não houve o pagamento.
O item II está incorreto. As perdas não ocorreram ainda na reserva para contingências.
O item III está incorreto, haja vista que reserva e provisão para contingências
não são sinônimos.
RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS
Falemos um pouco sobre esta nova reserva...
Dissemos anteriormente que as doações e subvenções governamentais, antes do advento das mudanças contábeis, eram registradas à conta de reserva de
capital. Pois bem, agora essas doações são registradas como receita (lembrem-
se de que as receitas são contas de resultado).
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Inobstante o valor do lucro líquido recebido com doações e subvenções governamentais tenha deixado de figurar como reserva de capital, a companhia
poderá deliberar por formar com esse montante uma reserva de lucro, chamada reserva de incentivos fiscais.
Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro
líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo
obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei).
Assim, se o poder público faz uma doação de um terreno, no montante de R$
100.000,00, para a empresa Alfa, o lançamento para registro é o seguinte:
D – Terrenos 100.000,00
C - Outras Receitas – Doações do poder público 100.000,00
O resultado (confronto das receitas com as despesas) deve ser encerrado ao fim do exercício. Como esse controle (das receitas e despesas) é feito em uma
demonstração separada do Balanço Patrimonial, demonstração esta chamada Demonstração do Resultado do Exercício, devemos transferir o valor do lucro ou
prejuízo para o Balanço Patrimonial, no grupo Patrimônio Líquido.
Supondo que tivemos um lucro de R$ 2.000.000,00. A transferência para o Balanço Patrimonial se dá do seguinte modo...
D – Lucro Líquido do Exercício 2.000.000,00
C - Lucros/Prejuízos Acumulados 2.000.000,00
Ok? A transferência desta parcela para a reserva de incentivos fiscais se dará
do seguinte modo:
D – Lucros/Prejuízos Acumulados 100.000,00 C – Reserva de Incentivos Fiscais 100.000,00.
Vejam que o saldo do lucro no balanço será de 1,9 milhões, valor este que terá
outras destinações.
RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do
lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a
realizar.
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Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de lucros
a realizar, mediante destinação dos lucros do exercício, cujo objetivo é evidenciar a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente, apesar de
reconhecida contabilmente, pela empresa.
Imagine-se, então, uma empresa que, em 2010, só tenha efetuado vendas para recebimento em 2012. Seria justo, assim, que procedesse esta empresa ao
pagamento de dividendos (remuneração dos sócios) em 2011? Talvez, não seria viável financeiramente, pois nada entrará no caixa desta sociedade.
É este o intuito da reserva de lucros a realizar: evitar que a companhia pague
dividendos sobre receitas/lucros que ainda foram realizados, que não entraram no caixa.
Um aspecto deveras importante é anotar que a constituição desta reserva é
FACULTATIVA.
Assim, vamos exemplificar.
Uma empresa X tem a seguinte situação no exercício de 2010:
- Lucro derivado das vendas de curto prazo (recebimento em 2011): R$
100.000,00 - Lucro derivado das vendas de longo prazo (recebimento em 2012 ou
posteriormente): R$ 200.000,00. - Dividendos obrigatórios a pagar: R$ 150.000,00.
Neste caso, podemos considerar que os dividendos que teremos de pagar aos
sócios ao termo de 2011 são maiores do que o entrou no meu caixa durante o exercício. Teríamos R$ 50.000,00 (150.000 – 100.000,00) desacobertados de
recursos para pagamento deste dividendo.
Nesta hipótese, uma alternativa viável é constituir a reserva de lucros chamada
de reserva de lucros a realizar nesse valor (R$ 50.000,00) para pagamento em 2012 ou quando houve o recebimento de lucros posteriores. Temos uma
questão da FCC que exemplifica muito bem este assunto, de modo prático. Vamos ver?
(FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 2ª/2008) Considere as informações abaixo, extraídas da contabilidade da Cia. Carandiru, relativas ao exercício findo
em 31/12/2007.
Lucro líquido do exercício 520.000,00 Resultado positivo na equivalência patrimonial 270.000,00
Acréscimo à reserva legal 26.000,00 Reversão de reservas para contingências 14.000,00
Lucro com realização financeira a ocorrer em 2009 20.000,00
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O estatuto da companhia é omisso com relação ao pagamento de dividendos.
De acordo com o disposto nos artigos 197 e 202 da Lei das Sociedades por Ações, ela poderá constituir, nesse exercício, reserva de lucros a realizar no
valor, em R$, de
(A) 40.000,00. (B) 36.000,00.
(C) 30.000,00. (D) 24.000,00.
(E) 18.000,00.
Comentários
No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do
lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos
da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar.
Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de lucros
a realizar, mediante destinação dos lucros do exercício, cujo objetivo é evidenciar a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente, apesar de
reconhecida contabilmente, pela empresa.
Evita-se distribuir dividendo obrigatório sobre essa parcela de lucros que, apesar de existente, não está realizada financeiramente no caixa da empresa.
Assim, na questão, devemos primeiramente calcular os dividendos. Os
dividendos podem ser fixados livremente pelo estatuto. Caso o estatuto seja omisso, devemos aplicar um percentual de 50% sobre o lucro líquido ajustado.
No nosso caso, o estatuto é omisso?! SIM! Como o estatuto é omisso, deve-se
aplicar o percentual de 50% de lucro ajustado. E como fazer este ajuste?
BASE DE CÁLCULO DIVIDENDOS = LUCRO LÍQ. DO EXER. – R. LEGAL – R. CONTINGÊNCIAS + REVERSÃO R. CONTINGÊNCIAS – R. INCENTIVOS
FISCAIS [FACULTATIVO] – RESERVA ESPECÍFICA DE PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES [FACULTATIVO]
Na questão,
BC dividendos = 520.000 – 26.000 + 14.000 = 508.000
Assim, os dividendos devidos são 50% de 508.000 = 254.000
A Lei das SAs diz que se consideram lucros não realizados OS RESULTADOS
POSITIVOS NA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (INVESTIMENTOS EM
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COLIGADAS/CONTROLADAS/EMPRESAS DO MESMO GRUPO) E
RECEITAS AUFERIDAS PARA RECEBIMENTO A LONGO PRAZO (LSA, art. 197).
Desta forma, o lucro realizado é calculado da seguinte forma:
Lucro Líq. do Exerc. - Resultado positivo na equivalência patrimonial -
Lucro com realização financeira de Longo Prazo Lucro realizado = 520.000 – 270.000 – 20.000 = 230.000
Portanto, de acordo com a LSA a companhia poderá constituir Reserva de
Lucros a realizar no valor de R$ 24.000 (R$ 254.000 – R$ 230.000)
Gabarito: Letra D.
Por fim, à medida que esses lucros estiverem sendo realizados, entrando em
caixa, deveremos acrescer o lucro agora realizado ao dividendo a pagar. A
reversão deve-se dar no primeiro dividendo declarado após a realização.
As reservas de lucros a realizar só podem ser utilizadas para dois fins: pagamento de dividendos ou absorção de prejuízos! Gravem.
O lançamento para constituição da reserva é o seguinte:
D – Lucros acumulados XXXX
C – Reserva de Lucros a realizar XXXX
A doutrina majoritária (incluindo-se o FIPECAFI) entende que quando da realização de lucros o lançamento é o seguinte:
D – Reserva de Lucros a realizar XXXX
C – Lucros acumulados XXXX
Sendo o dividendo destinado posteriormente pelo seguinte lançamento:
C – Dividendos a pagar (Passivo) XXXX
D – Lucros acumulados XXXX
RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS
Segundo a Lei das Sociedades por Ações:
Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em
cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto (...)
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Portanto, a regra é a distribuição de dividendos ao final de cada exercício social.
Contudo, como todo negócio está sujeito a risco, pode acontecer de a empresa possuir lucro, mas não possuir situação financeira ou patrimonial que permita o
pagamento de dividendos, como, por exemplo, quando a empresa tem um volume extraordinário de empréstimos a serem quitados, ou quando está em
recuperação judicial ou extrajudicial. Tal situação está prevista na Lei da SAs da seguinte forma:
§ 4º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício social em que os órgãos da administração informarem à assembleia-geral ordinária
ser ele incompatível com a situação financeira da companhia. O conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer sobre essa informação e, na
companhia aberta, seus administradores encaminharão à Comissão de Valores Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da assembleia-geral,
exposição justificativa da informação transmitida à assembleia.
§ 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão
registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o
permitir a situação financeira da companhia.
É só isso! Esse montante não distribuído fica incorporado ao patrimônio líquido
em reserva especial, sendo pago quando a situação permitir. No nosso exemplo, com a quitação do empréstimo ou com a extinção da recuperação
judicial ou extrajudicial.
Acabamos de falar, portanto, sobre as reservas de lucros.
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LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
A conta lucros ou prejuízos acumulados é uma conta do PL.
A conta lucros acumulados não pode mais constar no Balanço Patrimonial, quando do fechamento da demonstração. Não é mais possível, com as
mudanças recentes advindas na contabilidade, que a empresa retenha lucros injustificadamente. Alguns autores afirmam, erroneamente, que esta conta
deixou de existir. Tal afirmação está inconsistente, posto que a conta lucros acumulados pode ser utilizada temporariamente (antes do fechamento do
balanço), sendo que a partir dela distribuímos os lucros do exercício as mais diversas finalidades. Sendo uma conta de PL, o seu saldo é credor.
Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos acumulados diminui o PL, tendo,
assim, saldo devedor.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO
Vejamos, inicialmente, como a lei traz o assunto à tona. Depois, expliquemos
rapidamente cada um dos temas.
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a
longo prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme
disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de
crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)
II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;
III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades,
ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa
perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas
bonificadas;
IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão
para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;
V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do
saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;
VI – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; (Incluído pela Lei nº
11.638,de 2007)
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VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
ATIVOS DECORRENTES DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS
De acordo com o artigo 183 da Lei das S/A´s:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em
direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
a) Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação
ou disponíveis para a venda; e
b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização,
quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de
crédito.
Os instrumentos financeiros são classificados em 4 grandes grupos:
1) Empréstimos e recebíveis normais de transações comuns, como contas a receber de clientes, fornecedores, contas e impostos a pagar etc., que
continuam registrados pelos seus valores originais conforme regras anteriores, sujeitos às provisões para perdas e ajuste a valor presente (no caso de esse
efeito ser relevante). Não estão destinados à negociação e a entidade fica com eles até seu vencimento. A apropriação de receita ou despesa para esses
instrumentos se dá pela taxa efetiva de juros.
2) Investimentos mantidos até o vencimento, aqueles para os quais a
entidade demonstre essa intenção e mostre, objetivamente, que tem condições de manter essa condição, que continuam também como antes: registrados pelo
valor original mais os encargos ou rendimentos financeiros (ou seja, ao “custo amortizado”. “pela curva”). A apropriação de receita ou despesa para esses
instrumentos se dá pela taxa efetiva de juros.
3) Ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado ao valor justo por meio do resultado, composto pelos ativos e passivos financeiros
destinados a serem negociados e já colocados nessa condição de negociação, a serem avaliados ao seu valor justo (normalmente valor de
mercado), com todas as contrapartidas das variações nesse valor contabilizadas diretamente no resultado.
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4) Ativos financeiros disponíveis para venda, constituído pelos a serem
negociados no futuro, a serem registrados pelo “custo amortizado” e, após isso, ajustados ao valor justo. As contrapartidas do ajuste pela curva (encargos e
rendimentos financeiros) vão ao resultado e, após isso, os ajustes ao valor justo ficam na conta de patrimônio líquido ajustes de variação patrimonial até que os
ativos e passivos sejam reclassificados para o item anterior ou efetivamente negociados, o que ocorrer primeiro.
Como a denominação dos tipos de instrumentos financeiros é uma tradução do
original em inglês, fica difícil entender a diferença entre “destinados à negociação” e “disponíveis para venda”.
O FIPECAFI, através do Suplemento do “Manual de Contabilidade das
Sociedades por Ações”, 1a. Edição, sugere que tais instrumentos sejam chamados de “destinados à negociação imediata” e “disponíveis para venda
futura”, o que destaca bem a diferença entre eles.
Vamos examinar a avaliação e a contabilização, através do seguinte exemplo:
Suponha que uma determinada empresa adquiriu 3 títulos do Governo, ao valor
unitário de 10.000 cada um, com a seguinte finalidade:
Título 1 - será mantido até o vencimento. Título 2 – classificado como “destinado à negociação imediata”
Título 3 – classificado como “disponível para venda futura”.
Contabilização no momento da compra:
D – Instrumentos financeiros “mantidos até o vencimento” 10.000 D – Instrumentos financeiros “ destinados à negociação imediata” 10.000
D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 10.000
C – Caixa 30.000
No final do ano, tais títulos apresentam um rendimento de juros de 600 reais, os quais serão pagos no vencimento do título, e o seu valor justo é de 11.000
reais.
Contabilização:
1 – Mantido até o vencimento:
D – Instrumentos financeiros “mantidos até o vencimento” 600 C – Receita de juros (resultado) 600
Neste caso, não há avaliação a valor justo. O título fica registrado “pela curva”,
ou “pelo custo amortizado”, ou seja, pelo valor pago mais os rendimentos
apropriados por competência.
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2 – Destinado à negociação imediata:
Pelo rendimento:
D – Instrumentos financeiros “destinados à negociação imediata” 600 C – Receita de juros (resultado) 600
Com este lançamento, o título fica registrado pelo valor de 10.600. Mas, como o
valor justo é de 11.000, precisamos reconhecer uma receita de 400 reais, também no resultado:
Pela avaliação a valor justo:
D – Instrumentos financeiros “ destinados à negociação imediata” 400
C – Ajuste a valor justo (resultado) 400
3 - Disponível para venda futura
Pelo rendimento:
D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 600
C – Receita de juros (resultado) 600
Pela avaliação a valor justo:
D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 400 C – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 400
O valor justo pode ser menor que o valor do título. Por exemplo, vamos supor
que o valor justo do exemplo anterior seja 10.500.
Título 1 – “mantido até o vencimento” – não há alteração, pois esta categoria
não é avaliada pelo valor justo.
Titulo 2 : “Destinado à negociação imediata”:
Pelo rendimento:
D – Instrumentos financeiros “ destinados à negociação imediata” 600 C – Receita de juros (resultado) 600
Com este lançamento, o título fica registrado pelo valor de 10.600. Mas, como o
valor justo é de 10.500, precisamos reconhecer uma despesa de 100 reais, também no resultado:
Pela avaliação a valor justo:
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D – Despesa de ajuste a valor justo (resultado) 100 C – Instrumentos financeiros “ destinados à negociação imediata” 100
Título 3 – Disponível para venda futura:
Pelo rendimento:
D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 600
C – Receita de juros (resultado) 600
Pela avaliação a valor justo:
D – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 100 C – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 100
Algumas bancas já estão cobrando este assunto. Vejam esta questão da FCC, do concurso para Analista de Controle Externo – Contabilidade, do TCE / GO de
2009:
(FCC/ACE/GO/2009) Suponha a aquisição, em 30/11/X8, de um ativo financeiro no valor de R$ 1.000,00, classificado na data de aquisição em 'disponível para venda'. Este título remunera à taxa de 2% ao mês e o valor de mercado desse
título 30 dias após a sua aquisição é de R$ 1.015,00. De acordo com estas informações, em 30/12/X8, a empresa registrará,
(A) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00.
(B) no Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 15,00. (C) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 20,00 e no
Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 5,00 (saldo devedor). (D) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00 e no
Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 20,00 (saldo credor).
(E) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00 e no Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 5,00 (saldo credor).
Comentários
Rendimento: 1000 x 2 % = 20,00
O rendimento é contabilizado no Resultado.
D – Instrumentos financeiros (ativo) 20
C – Receitas financeiras(resultado) 20
Com isso, o título fica registrado a 1020,00. Mas o valor justo é de 1015,00. Assim, temos que reconhecer a diferença no PL, na conta Ajuste de Avaliação
Patrimonial.
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D – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 5
C – Instrumentos financeiros (ativo) 5
GABARITO LETRA C.
ESTOQUES
De acordo com a LSA:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para
ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;
Conforme o Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:
MENSURAÇÃO DE ESTOQUE 9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor
de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.
Esta é a regra básica de mensuração dos estoques, que anteriormente era
chamada de: “custo ou mercado, dos dois o menor.” Segundo o CPC 16 – Estoques
CUSTOS DO ESTOQUE 10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS CUSTOS
DE AQUISIÇÃO E DE TRANSFORMAÇÃO, BEM COMO OUTROS CUSTOS INCORRIDOS PARA TRAZER OS ESTOQUES À SUA CONDIÇÃO E
LOCALIZAÇÃO ATUAIS.
CUSTOS DE AQUISIÇÃO
11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os
impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser
deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada
pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)
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Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:
1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os tributos recuperáveis são:
a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.
Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de
aquisição.
Descontos comerciais ou incondicionais são aqueles que são negociados no
momento da compra, sem nenhuma condição. Exemplo: determinada mercadoria custa 100 reais a unidade, mas, na negociação, acaba saindo por 95
reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto deve ser deduzido do custo do produto.
Já que falamos em descontos, vamos mencionar também o desconto
financeiro ou condicional. Ocorre quando o vendedor oferece um desconto para antecipar o pagamento. Por exemplo, numa determinada venda, com
vencimento em 30 dias, o vendedor pode oferecer um desconto de 2% para pagamento em 15 dias.
Esse tipo de desconto é contabilizado como Receita Financeira, para o
comprador, e não afeta o custo do estoque.
O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma
loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor
pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida. Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é
emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais (sem considerar impostos ou outros custos).
INVESTIMENTOS
Há duas formas de avaliar os investimentos permanentes: pelo Método de
Custo ou pelo Método da Equivalência Patrimonial.
Os investimentos em coligadas e controladas são avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial.
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Os outros investimentos, que não sejam em coligadas e controladas, serão
avaliados pelo método de Custo.
MÉTODO DE CUSTO
Conforme a Lei 6404/76:
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades,
ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa
perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas
bonificadas;
IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão
para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;
Os artigos 248 a 250 referem-se aos investimentos em coligadas e controladas, que estudaremos a seguir.
Os investimentos que não sejam em coligadas ou controladas são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis.
Os dividendos distribuídos são contabilizados como receita, quando da
distribuição.
Entretanto, os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após a aquisição do investimento são considerados como uma recuperação de parte do
investimento. A justificativa para esse procedimento é que o valor da compra já incluía o lucro, que seria posteriormente distribuído.
Confira o Regulamento do Imposto de Renda:
Art. 380. Os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurídica, em
decorrência de participação societária avaliada pelo custo de aquisição, adquirida até seis meses antes da data da respectiva percepção, serão
registrados pelo contribuinte como diminuição do valor do custo e não influenciarão as contas de resultado (Decreto-Lei nº 2.072, de 1983, art. 2º).
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Segundo o Manual de Contabilidade Societária, de Sérgio de Iudícibus e outros,
1ª edição, 2010, as normas internacionais de contabilidade não aceitam esse procedimento.
MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
A Lei 6.404/76 estabelece o seguinte:
Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo
grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)
I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado
com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias,
no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados não realizados decorrentes de
negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas;
II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o
valor de patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de participação no capital da coligada ou controlada;
III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II, e o
custo de aquisição corrigido monetariamente; somente será registrada como resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada; b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste
artigo, serão computados como parte do custo de aquisição os saldos de créditos da companhia contra as coligadas e controladas.
§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá
elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no número I.
Vamos examinar as alterações dos pronunciamentos do CPC, com respeito à
equivalência:
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1) Definições.
Texto do Pronunciamento CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada, em
Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto:
3. Os termos a seguir são utilizados neste Pronunciamento com os seguintes significados:
Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa.
Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um grupo econômico, em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e
fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica.
Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio
do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é
ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor
incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros
resultados abrangentes da investida.
Negócio em conjunto é um negócio do qual duas ou mais partes têm controle conjunto.
Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente convencionado, do
controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o
controle.
Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um acordo
conjunto por meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos desse acordo.
Investidor conjunto (joint venturer) é uma parte de um empreendimento
controlado em conjunto (joint venture) que tem o controle conjunto desse empreendimento.
Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas
financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle
individual ou conjunto dessas políticas.
Comentários:
A Lei 6404/76 (Lei das S.A.s) apresenta as seguintes definições:
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Art. 243 § 2º: “Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora,
diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.”
Lei 6404/76 Art. 243 § 1º: “São coligadas as sociedades nas quais a investidora
tenha influência significativa”.
“§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou
operacional da investida, sem controlá-la.”
“§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.”
Para definir se uma empresa é ou não coligada precisamos verificar a existência da “INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA”.
HÁ INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA: trata-se de coligada e deve ser usado o
método da equivalência patrimonial.
NÃO HÁ INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA e se trata de investimento permanente: deve ser avaliado pelo método de custo.
Devemos notar que o §5º apresenta uma presunção relativa, que admite prova
em contrário. Confira o texto do pronunciamento CPC 18 (R2):
INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA 5. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por exemplo, por meio de
controladas), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-
se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém,
direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele não
tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da
investida por outro investidor não necessariamente impede que o investidor minoritário tenha influência significativa.
6. A existência de influência significativa por investidor geralmente é
evidenciada por um ou mais das seguintes formas:
(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; (b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões
sobre dividendos e outras distribuições;
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(c) operações materiais entre o investidor e a investida; (d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou
(e) fornecimento de informação técnica essencial.
2) cálculo do MEP
Vamos explicar o cálculo do MEP, desde o início. As bancas ainda não estão
cobrando o assunto com muita profundidade, normalmente encontramos questões mais simples.
Os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que
façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial.
Uma empresa é Controlada quando a controladora, diretamente ou por meio
de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de
modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
O Método da Equivalência Patrimonial (MEP) consiste em reconhecer o resultado
auferido pela investida na medida em que ocorre, e não apenas quando há distribuição de dividendos.
Para isso, multiplicamos o percentual de participação da investidora pelo PL da
investida, e comparamos com o valor do investimento da investidora.
Exemplifiquemos. A Cia ABC foi constituída em 31.12.X1, com capital social de $100.000, sendo que a empresa KLS possui 90% do capital da Cia ABC. Trata-
se de uma controlada. Portanto esse investimento da empresa KLS será avaliado pelo MEP.
A CIA ABC apresentou os seguintes resultados:
31.12.X2 – prejuízo de 40.000 (lançado integralmente em Prejuízos acumulados)
31.12.X3 – lucro de 10.000 (usado para abater parte dos prejuízos
acumulados)
31.12.X4 – lucro de 50.000, sem distribuição de dividendos. (usado para abater o restante dos prejuízos e para constituição de reservas)
31.12.X5 – lucro de 30.000, com distribuição de dividendos no valor
de $20.000 e constituição de reservas no valor restante.
Na empresa KLS, a contabilização, nos diversos anos, seria a seguinte:
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Pela aquisição, em 31.12.X1:
D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 90.000
C – Caixa/bancos 90.000
Como a Cia ABC acabou de ser constituída, seu balanço patrimonial tem a seguinte configuração:
Ativo 100.000
PL 100.000
A empresa KLS possui 90% do Capital Social da Cia ABC. Desse modo, o valor do seu investimento é de:
PL Cia ABC 100.000 x 90% = 90.000.
Em 31.12.X2 a Cia ABC apurou prejuízos de R$ 40.000. Seu Balanço Patrimonial é o seguinte (Obs: para simplificar, vamos considerar que o Passivo
é igual a zero. Como para o MEP o que interessa é o valor do PL, tal simplificação não fará diferença).
CIA ABC
Ativo 60.000
Passivo – x -
PL Capital Social 100.000
Prejuízos acumulados (40.000)
Total Passivo + PL 60.000
Valor da participação da Empresa KLS:
R$ 60.000 x 90% = R$ 54.000
Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da
empresa KLS:
Valor contabilizado do investimento: 90.000 Valor calculado pelo MEP: 54.000
Resultado do MEP: Prejuízo de $90.000 – $54.000 = $36.000
Contabilização na empresa KLS:
D – Perdas com MEP (resultado) 36.000
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C - Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 36.000
Com a contabilização acima, o investimento fica registrado, na empresa KLS,
pelo valor de $54.000, que corresponde a 90% do PL da CIA ABC.
Outra forma de cálculo do MEP: Como o resultado da Cia ABC foi um prejuízo de $60.000, o resultado do MEP para a empresa KLS poderia ser
calculado diretamente sobre este resultado:
Prejuízo Cia ABC $40.000 x participação da KLS 90% = $36.000
31.12.X3 – lucro de 10.000 (usado para abater parte dos prejuízos acumulados).
Contabilização na Cia ABC:
D – Resultado do Exercício 10.000 C – Prejuízos acumulados(PL) 10.000
O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:
CIA ABC
Ativo 70.000
Passivo -x-
PL
Capital Social 100.000 Prejuízos acumulados (30.000)
Total Passivo + PL 70.000
Valor da participação da Empresa KLS:
R$ 70.000 x 90% = R$ 63.000
Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da empresa KLS:
Valor contabilizado do investimento: 54.000
Valor calculado pelo MEP: 63.000
Resultado do MEP: Lucro de $63.000 – $54.000 = $9.000
Contabilização na empresa KLS:
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D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC..............9.000
C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC......9.000
Outra forma de cálculo do MEP:
Lucro Cia ABC $10.000 x participação da KLS x 90%
------------- Resultado do MEP $9.000
Chamamos a atenção para o fato de que o MEP reflete, na investidora, o que
está ocorrendo com o resultado da investida. Assim, quando a investida apura prejuízo ou lucro, isso se reflete no resultado da investira, independentemente
da distribuição dos dividendos.
31.12.X4 – lucro de 50.000, sem distribuição de dividendos. (usado para
abater o restante dos prejuízos e para constituição de reservas)
Contabilização na Cia ABC:
D – Resultado do Exercício.......50.000 C – Prejuízos acumulados(PL)...30.000
C – Reservas de Lucro (PL).......20.000
O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:
CIA ABC
Ativo 120.000 Passivo -x-
PL
Capital Social 100.000 Reservas de lucro 20.000
Total Passivo + PL 120.000
Valor da participação da Empresa KLS:
R$ 120.000 x 90% = R$ 108.000
Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da
empresa KLS:
Valor contabilizado do investimento:.......63.000
Valor calculado pelo MEP:.....................108.000
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Resultado do MEP: Lucro de $108.000 – $63.000 = $45.000
Contabilização na empresa KLS:
D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC..............45.000 C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC......45.000
Outra forma de cálculo do MEP:
Lucro Cia ABC $50.000
x participação da KLS x 90% -------------
Resultado do MEP $45.000
31.12.X5 – lucro de 30.000, com distribuição de dividendos no valor
de $20.000 e constituição de reservas no valor restante.
Contabilização na Cia ABC:
D – Resultado do Exercício.......30.000 C – Lucros Acumulados(PL)......30.000
A partir da conta Lucros Acumulados, é feita a destinação dos lucros.
Lembramos que a conta Lucros Acumulados não pode constar com saldo no Balanço Patrimonial. Ou seja, todo o lucro apurado deve ser atribuído como
reservas de lucro ou como dividendos.
Contabilização na Cia ABC:
D – Lucros Acumulados(PL).....................30.000
C – Reservas de Lucro (PL).....................10.000 C – Dividendos a Pagar (Passivo).............20.000
OBS: Estamos considerando que os dividendos são os dividendos obrigatórios. A regra de contabilização é a seguinte:
Dividendos obrigatórios Passivo
Dividendos Adicionais não declarados até a data do balanço: Não são
contabilizados.
Dividendos Adicionais declarados até a data do balanço: são contabilizados no
PL, até serem confirmados pela Assembléia de acionistas. Depois disso, vão
para o Passivo.
O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:
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CIA ABC
Ativo 150.000 Passivo 20.000
PL
Capital Social 100.000
Reservas de lucro 30.000
Total Passivo + PL 150.000
Valor da participação da Empresa KLS:
Neste caso, precisamos considerar o PL da Cia ABC antes da distribuição dos
dividendos, para a correta apuração do resultado da Equivalência Patrimonial.
PL anterior: $120.000 + Lucros acumulados 30.000 = $ 150.000
PL Cia ABC 150.000 X participação KLS x 90%
------------ Valor do investimento Cia KLS 135.000
Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da
empresa KLS:
Valor contabilizado do investimento:.......108.000 Valor calculado pelo MEP:......................135.000
Resultado do MEP: Lucro de $135.000 – $108.000 = $27.000
Contabilização na empresa KLS:
D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC..............27.000 C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC......27.000
Contabilização dos dividendos
Os dividendos diminuíram o valor do PL da Cia ABC, de $ 150.000 para $
130.000. Portanto, a empresa KLS deverá contabilizar os dividendos a receber e diminuir o valor do seu investimento. Assim:
Empresa KLS - contabilização
D – Dividendos a receber – CIA ABC (20.000 x 90%) ......18.000
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C - Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC................18.000
Com isso, o valor do Investimento na Cia ABC fica contabilizado por $ 135.000
- $18.000 = $ 117.000.
Este total bate com a participação da empresa KLS no PL da CIA ABC, após a distribuição dos dividendos:
PL Cia ABC.................................130.000
X participação KLS...................... x 90% -------------
Valor do investimento da KLS:.....117.000
Outra forma de cálculo do MEP:
Lucro Cia ABC $30.000
x participação da KLS x 90% -------------
Resultado do MEP $27.000
Dividendos Cia ABC $20.000 x participação da KLS x 90%
------------- Resultado do MEP $18.000
Contabilização Cia KLS:
D – Dividendos a Receber.............................................18.000
D - Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC.................9.000 C - Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC........27.000
A contabilização acima é idêntica à que apresentamos anteriormente. Apenas não está desmembrada, como a anterior.
Importante No método de custo, o valor do investimento não se altera em função dos
lucros ou prejuízos da investida. Só irá se alterar em função do teste de recuperabilidade. Os dividendos são contabilizados como receita.
Método de custo – contabilização dos dividendos:
D – Dividendos a Receber C – Receita de dividendos
Já no Método da Equivalência Patrimonial, o resultado da investida (lucro
ou prejuízo) reflete-se no balanço e no resultado da Investidora.
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E os dividendos diminuem o valor do investimento.
Contabilização – MEP:
Pelo MEP:
D – Investimento – MEP C – Resultado com Equivalência Patrimonial
Contabilização dos dividendos:
D – Dividendos a Receber
C - Investimento – MEP
ATIVO IMOBILIZADO
Sobre o imobilizado, vamos tecer alguns comentários mais extensos:
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, Imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de
2009)
Ainda, continua...
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação
dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
Assim, classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto BENS
CORPÓREOS destinados à manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas e equipamentos, móveis e
utensílios, veículos. Os bens incorpóreos passam a ficar no intangível.
A regra é a classificação de bens de propriedade da companhia. Bens locados
não satisfazem, em regra, o critério para serem classificados como ativo.
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REGRA CLASSIFICAÇÃO DOS BENS DE PROPRIEDADE DA COMPANHIA
Faz-se necessária somente mais uma explicação.
Sobre o trecho destacado da questão: “Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da
empresa, ou exercidos com essa finalidade, INCLUSIVE OS DECORRENTES DE OPERAÇÕES QUE TRANSFIRAM À COMPANHIA OS BENEFÍCIOS,
RISCOS E CONTROLE DESSES BENS, devem ser classificados no grupo de contas (...)”
Trata-se esta última parte de bens que não são de propriedade da empresa
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juridicamente, como os bens objetos de leasing.
O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: OPERACIONAL E
FINANCEIRO. A diferença entre um e outro reside principalmente no seguinte critério: O LEASING TRANSFERE OU NÃO OS RISCOS E BENEFÍCIOS
INERENTES À PROPRIEDADE.
Se transferir, será classificado como leasing financeiro. Se não, como leasing operacional. E como saberemos se há ou não transferência dos riscos e
benefícios? O tema está prescrito no CPC 06, que dispõe sobre o arrendamento mercantil.
SE OS RISCOS E BENEFÍCIOS FICAM COM O ARRENDATÁRIO
ARRENDAMENTO FINANCEIRO.
SE OS RISCOS E BENEFÍCIOS FICAM COM O ARRENDADOR ARRENDAMENTO OPERACIONAL.
Para se caracterizar um arrendamento financeiro, basicamente cinco
características podem aparecer:
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM ARRENDAMENTO FINANCEIRO 1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;
2) Valor residual mais baixo que o valor justo; 3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo
4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o valor
justo do ativo; 5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o arrendatário
pode usá-lo sem grandes modificações.
Memorize os 5 itens acima. Não são difíceis, e uma questão pode não
mencionar se o arrendamento é operacional ou financeiro, mas indicar uma ou mais das características acima.
Vamos exemplificar?
“A Cia ABC contratou o arrendamento de uma máquina construída
especialmente para ser usada nas suas operações” (Arrendamento financeiro – item “5” acima).
“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual segundo a tabela da Revista 4 Rodas do final do contrato”. Supondo que a tabela da Revista 4
Rodas represente o valor justo do veículo, será arrendamento operacional (Não atende o item 2).
“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual de 500 reais”.
Nesse caso, teremos arrendamento financeiro, pois o valor residual é mais
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baixo que o valor justo (nenhum veículo com dois anos de uso custa apenas
500 reais).
E qual a importância de saber isso? Aí está a questão. A depender do tipo de arrendamento, teremos tratamentos contábeis distintos. E, para sua sorte,
esses tratamentos são cobrados em concurso.
GRAVE-SE!!!! O BEM OBJETO DE LEASING FINANCEIRO DEVE SER RECONHECIDO NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ARRENDATÁRIO COMO
ATIVO!
Exemplo: Arrendamento mercantil de um veículo, com valor justo de 20.000, o qual será pago em 4 prestações anuais de 6.000, sem valor residual.
Nesse caso, a contabilização inicial seria:
D – Veículos 20.000 D – Juros a transcorrer (Redutora do passivo) 4.000
C – Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) 24.000
GRAVE-SE!!! O BEM OBJETO DE LEASING OPERACIONAL NÃO DEVE SER RECONHECIDO NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ARRENDATÁRIO COMO
ATIVO!
Exemplo: Vamos supor que uma empresa faça um arrendamento operacional de um veículo pelo prazo de dois anos, pagando o valor de 500 reais por mês.
Nesse caso, a contabilização fica assim:
D – Despesa de arrendamento 500 C – Bancos 500
Continuando...
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Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
V - os direitos classificados no imobilizado, PELO CUSTO DE AQUISIÇÃO,
deduzido do saldo da respectiva conta de DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO OU EXAUSTÃO;
§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
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a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação
da natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros
com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou
bens aplicados nessa exploração.
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de
interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação
desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.
(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
OS ITENS DO ATIVO IMOBILIZADO SÃO MENSURADOS INICIALMENTE PELO SEU CUSTO, o qual inclui todos os custos necessários para colocá-lo em
condições de uso.
O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas
pela administração.
Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os seguintes
custos:
(a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas
condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total;
(b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e
(c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da entidade.
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Algumas operações realizadas em conexão com a construção ou o
desenvolvimento de um item do ativo imobilizado não são necessárias para deixá-lo no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração.
Essas atividades eventuais podem ocorrer antes ou durante as atividades de
construção ou desenvolvimento. Por exemplo, o local de construção pode ser usado como estacionamento e gerar receitas, até que a construção se inicie.
Como essas atividades não são necessárias para que o ativo fique em condições
de funcionar no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração, as receitas e as despesas relacionadas devem ser reconhecidas
no resultado e incluídas nas respectivas classificações de receita e despesa.
O custo de ativo construído pela própria empresa determina-se utilizando os mesmos princípios de ativo adquirido. Se a entidade produz ativos idênticos
para venda no curso normal de suas operações, o custo do ativo é geralmente o
mesmo que o custo de construir o ativo para venda. Por isso, quaisquer lucros gerados internamente, são eliminados para determinar tais custos.
De forma semelhante, o custo de valores anormais de materiais, de mão-de-
obra ou de outros recursos desperdiçados incorridos na construção de um ativo não é incluído no custo do ativo.
O Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos estabelece critérios
para o reconhecimento dos juros como componente do valor contábil de um item do ativo imobilizado construído pela própria empresa. Os juros de
empréstimos contratados para a construção ou aquisição de ATIVO QUALIFICADO (ativo que demanda um tempo substancial para ficar pronto
para o seu uso ou venda pretendidos) devem ser capitalizados, ou seja, são contabilizados como custo do ativo qualificado.
O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento. Se o prazo de pagamento excede os prazos normais
de crédito, a diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros durante o período,
a menos que seja passível de capitalização de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos.
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO
Dissemos que o ativo imobilizado é classificado pelo custo de aquisição,
subtraído da depreciação, amortização, exaustão, e/ou, ainda, ajuste por redução ao valor recuperável.
DEPRECIAÇÃO
A depreciação assim está prevista na Lei 6.404/76:
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Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência;
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS
Conforme a lei 6404/76:
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação
dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando
comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.
(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
O Teste de Recuperabilidade ou Impairment Test é uma das alterações na
contabilidade, para harmonização com as normas internacionais.
Este assunto é tratado no Pronunciamento CPC 01 – Redução ao Valor
Recuperável de Ativos. Vamos estudá-lo rapidamente:
OBJETIVO 1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a
entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo
está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado pelo uso ou pela
venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento Técnico requer que a entidade
reconheça um ajuste para perdas por desvalorização.
Nenhum ativo pode ficar registrado na contabilidade por valor superior aos seus
futuros benefícios econômicos, que o pronunciamento chama de “valores de
recuperação”. Se isso ocorrer, a entidade deve contabilizar um ajuste para perda.
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No Pronunciamento CPC 01, constam as seguintes definições:
Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas.
Valor justo líquido de despesa de venda é o montante a ser obtido pela
venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas
estimadas de venda.
Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.
Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior
montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em
uso.
Vida útil é:
(a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo; ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a
entidade espera obter do ativo.
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.
Valor residual é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a
idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.
Uma entidade pode obter benefícios econômicos de um ativo de duas maneiras diferentes:
1) através da venda do ativo; e
2) através do seu uso, para produzir e vender outros ativos.
As duas formas são chamadas de “VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESA DE VENDA” E “VALOR DE USO”.
O teste de recuperabilidade consiste em apurar o maior entre os dois valores
acima e compará-lo com o valor contábil. Se o valor recuperável do ativo for maior que o valor contábil, não é necessário nenhuma contabilização.
Mas, se ocorre o contrário, ou seja, o valor contábil é maior que o valor
recuperável, aí devemos reconhecer (contabilizar) uma perda.
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Assim, se compro uma máquina por R$ 1 milhão, mas fica evidenciado que o máximo que posso obter com esta máquina R$ 500.000,00 se continuar
vendendo os produtos dela obtidos ou R$ 700.000,00, com a venda desta máquina para terceiros, deverei proceder a um ajuste contábil para adequar
este valor (de R$ 1 milhão) à realidade.
Vejamos um exemplo:
A Cia. Delfim Verde, em obediência às normas brasileiras de contabilidade, fez, em 31/12/2009, o teste de recuperabilidade (impairment test) do valor de uma
máquina utilizada na fabricação de seus produtos. Os dados abaixo foram levantados pelo departamento de contabilidade da empresa (em R$):
Valor em uso da máquina 620.000,00
Valor líquido de venda 610.000,00
Custo de aquisição 710.000,00 Depreciação Acumulada 70.000,00
A companhia deve registrar uma perda no valor do ativo de R$
(A) 100.000,00.
(B) 90.000,00. (C) 10.000,00.
(D) 30.000,00. (E) 20.000,00.
Comentários
O teste de recuperabilidade (também conhecido por “impairment test”) tem
como finalidade principal apresentar o valor real pelo qual um ativo será
realizado.
Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem, quanto pela sua utilização nas atividades empresariais.
A norma fala que a finalidade do teste de recuperabilidade é assegurar que
seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação.
A norma define como valor recuperável de um ativo ou de uma unidade
geradora de caixa é o MAIOR valor entre o valor justo líquido de despesas de venda (nova nomenclatura para o antigo valor líquido de venda) de um ativo e
seu valor em uso.
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Desta forma, temos de comparar o valor contábil líquido (isto é, subtraído de
depreciação, amortização, exaustão) com o valor recuperável (que é o maior valor entre o valor de venda do ativo ou o valor de uso deste bem/direito).
A nossa questão trouxe os seguintes dados:
Valor em uso da máquina 620.000,00
Valor líquido de venda 610.000,00 Custo de aquisição 710.000,00
Depreciação Acumulada 70.000,00
1) Cálculo do valor contábil líquido:
Valor de aquisição 710.000,00 – Depreciação 70.000,00 Valor contábil líquido 640.000,00
2) Valor recuperável (MAIOR ENTRE)
Valor em uso 620.000,00 Valor líquido de venda 610.000,00
Portanto, o valor recuperável é R$ 620.000,00.
3) Comparar o valor contábil com o valor recuperável. Qual é maior? Se
for o valor contábil, é por que o meu ativo está superavaliado na contabilidade. Devemos então proceder a um ajuste. Caso contrário, ou
seja, se o valor contábil for menor do que o recuperável, nenhum ajuste há que ser feito.
Na questão, o valor contábil é maior do que o recuperável, logo, devemos
reconhecer uma perda no valor de R$ 20.000,00 (640.000 – 620.000).
Gabarito E.
Em síntese, este é o procedimento a ser apurado para se calcular o teste de
recuperabilidade.
AMORTIZAÇÃO
Segundo a Lei das S.A.s (Lei 6404/76)
§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível
será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros
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com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de
utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
A amortização refere-se geralmente aos itens classificados no Intangível.
Mas pode ocorrer também com itens do Imobilizado, como no caso de
Benfeitoria em Propriedades de Terceiros, que pode ser depreciada ou amortizada.
A amortização baseia-se na vida útil do Intangível.
O Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível - define vida útil como o período
de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou o número de
unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo.
Se o item a ser amortizado tiver um valor residual, o mesmo deve ser abatido
do valor que será amortizado.
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um ativo
intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.
Conforme o Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível:
97. O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. A
amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições
necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela administração.
A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido
para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como mantido para venda, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante
Mantido para Venda e Operação Descontinuada, ou, ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.
O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade
dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. A despesa de
amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado, a não ser
que outra norma ou pronunciamento contábil permita ou exija a sua inclusão no valor contábil de outro ativo.
98. Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de
forma sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil.
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Tais métodos incluem o método linear, também conhecido como método de
linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. A seleção do método deve obedecer ao padrão de consumo dos
benefícios econômicos futuros esperados, incorporados ao ativo, e aplicado consistentemente entre períodos, a não ser que exista alteração nesse padrão.
99. A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado. No entanto,
por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a amortização faz
parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no seu valor contábil. Por exemplo, a amortização de ativos intangíveis utilizados em processo de
produção faz parte do valor contábil dos estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16 –
Estoques).
Resumo geral:
1) Vida útil é:
a) o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou b) o número de unidades de produção.
2) Intangível com vida útil definida: deve ser amortizado.
Com vida útil indefinida: não deve ser amortizado.
3) A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições
necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela administração.
4) A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como
mantido para venda ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.
5) O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela
entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear.
6) Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de forma
sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método linear, também conhecido como método de linha
reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas.
7) A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado, mas pode
também ser incluída no custo de outros ativos.
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Exemplo: A empresa KLS adquiriu um ativo intangível, no valor de $
120.000,00, com valor residual de $30.000,00 e vida útil de 5 anos. Calcule o valor da amortização mensal.
Valor amortizável: $ 120.000 - $ 30.000 = $ 90.000
Prazo: 5 anos = 60 meses Amortização mensal: $90.000 / 60 meses = $ 1.500 por mês.
EXAUSTÃO
De acordo com a Lei 6404/76:
§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível
será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
A exaustão é utilizada para recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados
nessa exploração.
Normalmente, a exaustão é calculada com base na possança do recurso mineral ou florestal. Mas, se o prazo de exploração for insuficiente para esgotar os
recursos, a exaustão deve ser calculada em função do prazo de concessão.
INTANGÍVEL
Vamos relembrar o que diz a lei 6404/76 sobre a avaliação do Intangível:
Critérios de Avaliação do Ativo
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição
deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; (Incluído pela Lei nº
11.638,de 2007)
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de
interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando
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comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação
desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.
(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
Até aqui, sem novidades: os direitos classificados no intangível são
avaliados pelo custo de aquisição, deduzido da amortização acumulada,
e devem ser submetidos ao teste de recuperabilidade.
O ativo intangível é reconhecido inicialmente ao custo (por reconhecido entenda-se contabilizado, reconhecer um item significa registrá-lo na
contabilidade).
Seu custo inclui todos os gastos necessários para deixá-lo nas condições pretendidas pela administração, e cessa quando isso ocorre.
Deve ser reconhecido pelo equivalente ao preço à vista. A diferença entre o
preço à vista e o preço a prazo deve ser reconhecida como despesa de juros.
A exceção fica por conta dos ativos qualificáveis, que são aqueles que levam um tempo substancial para ficar pronto. Nesse caso, os juros de empréstimos
usados exclusivamente para o desenvolvimento do ativo qualificável são
capitalizados, ou sejam, são incluídos no custo do ativo.
Pesquisa e desenvolvimento: Anteriormente, eram tratados como uma coisa só.
Mas o Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível estabelece tratamentos
distintos para a pesquisa e para o desenvolvimento de produtos.
Vejamos sua definição, conforme o Pronunciamento CPC 04:
Pesquisa é a investigação original e planejada realizada com a expectativa de adquirir novo conhecimento e entendimento científico ou técnico.
Desenvolvimento é a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros
conhecimentos em um plano ou projeto visando à produção de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou
substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção comercial ou do
seu uso.
A diferença de contabilização é a seguinte:
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Pesquisa: nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser
reconhecido. Os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos.
Desenvolvimentos: com relação aos projetos de desenvolvimento, a empresa
deve atender às seguintes condições:
(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda;
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo; (c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado
para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;
(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos
adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e
(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento.
Se a empresa demonstrar que atende a estas condições, os gastos com o
projeto de desenvolvimento são reconhecidos (contabilizados) no Intangível. Do contrário, vão para despesa quando incorridos.
NOTA: os critérios acima se aplicam a pesquisa e desenvolvimento internos. Se
a empresa adquirir um projeto de pesquisa de outra empresa, deverá classificá-lo como intangível.
ATIVO NÃO CIRCULANTE
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO.
Conforme a Lei 6404/76:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os
seguintes critérios:
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão
ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
Já vimos quais os critérios para classificar um ativo como circulante ou realizável a longo prazo.
Basicamente, os ativos realizáveis a longo prazo são iguais aos ativos
circulantes, exceto pelo prazo de realização. Podemos ter, por exemplo,
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estoques, duplicatas a receber, adiantamento a fornecedores, e outra contas,
registradas tanto no ativo circulante quanto no ativo realizável a longo prazo, a depender do prazo de realização.
Assim, os critérios de avaliação para esses itens são os mesmos.
Vamos examinar o ajuste a valor presente.
AJUSTE A VALOR PRESENTE
Ajustar algo a valor presente significa trazer um valor que está previsto para se
realizar em data futura a termos monetários de hoje.
As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação, juros e encargos financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro.
Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que essas operações sejam
demonstradas de forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Fica difícil, também, diferenciar o resultado financeiro do resultado realmente apurado com
operações da atividade empresarial. O ajuste a valor presente (AVP) veio para que possamos dirimir esse problema.
Vamos a um exemplo. Uma empresa pode adquirir um equipamento pelo preço
à vista de 100.000 ou em 12 prestações de 10.000, no total de 120.000.
Sem o ajuste a valor presente (ou seja, segundo a contabilização anterior), teríamos a seguinte contabilização:
Compra à vista:
D – Imobilizado (equipamento) 100.000
C – Caixa/bancos 100.000
Compra a prazo:
D - Imobilizado (equipamento) 120.000
C – fornecedores (passivo) 120.000
No segundo caso, a contabilização inclui uma parcela financeira, devido ao pagamento parcelado. Com isso, o preço do equipamento ficou inflado por
despesas financeiras.
Em diversos pronunciamentos do CPC (estoque, imobilizado, intangível), encontramos a seguinte determinação:
No caso de venda a prazo, os juros e despesas financeiras não devem integrar o custo do estoque (ou imobilizado, ou intangível). Devem ser apropriados
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como despesas financeiras proporcionalmente ao prazo, exceto no caso de
financiamento de ativos qualificáveis.
É isso o que conseguimos com o ajuste a valor presente. No exemplo acima,
supondo que o ajuste seja relevante, a contabilização seria a seguinte:
Compra a prazo (com ajuste a valor presente)
D - Imobilizado (equipamento) 100.000 D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 20.000
C – fornecedores (passivo) 120.000
Compare essa contabilização com a realizada para a compra a vista. O ativo fica registrado pelo mesmo valor, nos dois casos, e a diferença é apropriada como
despesa financeira, mês a mês:
D – Despesa financeira
C - Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo)
A mensuração contábil a valor presente deve ser aplicada no reconhecimento inicial de ativos e passivos. Depois disso, não mais se altera, a não ser que haja
alguma renegociação, modificando as condições iniciais.
Faz-se necessário observar que a aplicação do conceito de ajuste a valor presente nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por isso,
valor presente e valor justo não são sinônimos.
Por exemplo, a compra financiada de um veículo por um cliente especial que, por causa dessa situação, obtenha taxa não de mercado para esse
financiamento, faz com que a aplicação do conceito de valor presente com a taxa característica da transação e do risco desse cliente leve o ativo, no
comprador, a um valor inferior ao seu valor justo; nesse caso prevalece
contabilmente o valor calculado a valor presente, inferior ao valor justo, por representar melhor o efetivo custo de aquisição para o comprador. Em
contrapartida o vendedor reconhece a contrapartida do ajuste a valor presente do seu recebível como redução da receita, evidenciando que, nesse caso, terá
obtido um valor de venda inferior ao praticado no mercado.
Lembramos que Valor justo é valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com
ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. (definição usada nos
pronunciamentos do CPC)
Exemplo de contabilização: Vamos supor uma venda, no valor de 10.000, com vencimento daqui a 15 meses, e que a taxa de juros na operação seja de 2%
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ao mês, e que o ajuste a valor presente seja relevante. A contabilização fica
assim (omitimos os centavos):
Pela venda:
D – Contas a receber a longo prazo (não circulante) 10.000 C - Receita bruta de vendas 10.000
Pelo registro a valor presente no momento em que é realizada a venda:
D – Receita bruta de vendas 2.570
C – A.V.P. – receita financeira a apropriar (retificadora ativo) 2.570
O cálculo do ajuste deve ser feito pelo método exponencial.
10000 / (1,02)^15 = 7.430
Leia-se: 10.000 dividido por 1,02 elevado a 15.
O valor da receita financeira do primeiro mês é calculada assim:
7.430 x 0,02 = 149
A contabilização da receita financeira:
D – A.V.P. – receita financeira a apropriar (retificadora ativo) 149
C – Receita financeira comercial 149
Apresentamos, abaixo, o quadro completo de controle dos juros:
Mês Valor inicial Taxa juros Valor juros Total
1 7.430 0,02 149 7.579
2 7.579 0,02 152 7.730
3 7.730 0,02 155 7.885
4 7.885 0,02 158 8.043
5 8.043 0,02 161 8.203
6 8.203 0,02 164 8.368
7 8.368 0,02 167 8.535
8 8.535 0,02 171 8.706
9 8.706 0,02 174 8.880
10 8.880 0,02 178 9.057
11 9.057 0,02 181 9.238
12 9.238 0,02 185 9.423
13 9.423 0,02 188 9.612
14 9.612 0,02 192 9.804
15 9.804 0,02 196 10.000
Total 2.570
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Na prova, a questão deverá fornecer o quadro acima, ou cobrar um valor fácil de calcular, como os juros do primeiro ou do segundo mês.
Algumas bancas podem, para facilitar, cobrar juros simples, embora o mais
correto seja o método exponencial, que usa juros compostos.
ATIVO PERMANENTE DIFERIDO
Segundo a redação anterior da Lei 6.404/76, o diferido era subgrupo do ativo, nos seguintes termos:
V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um
exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007).
Eram contas classificadas no diferido:
- Gasto com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos; - Gastos com reorganização societária;
- Gastos com reestruturação; - Gastos pré-operacionais.
Duas eram as condições para que os gastos com reestruturação fizessem parte
do diferido:
1) Contribuir para o aumento do resultado de dois ou mais exercícios; e 2) Não configurar apenas uma redução de custos ou acréscimo na eficiência
operacional.
O diferido foi extinto com as modificações recentes ocorridas na contabilidade
(MP 449 convertida na Lei 11.941/09).
Segundo o CPC 13 – Adoção inicial da Lei 11.638/2007 e 11.941/2009 (item 20), os saldos porventura existentes deste grupo patrimonial devem ser
alocados a outro grupo no balanço patrimonial.
Não havendo essa possibilidade, ficam no ativo diferido até sua completa amortização ou, alternativamente, podem ser baixados à conta de lucros ou
prejuízos acumulados, do patrimônio líquido.
Com fulcro na MP 449:
“Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido
que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá
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permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização,
sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 183.”
Portanto, caso permaneça no ativo diferido, a conta estará sujeita ao teste de recuperabilidade.
Segundo a Lei das S.A´s, com sua redação antiga:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
VI - o ativo diferido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do saldo das
contas que registrem a sua amortização.
O lançamento para a amortização é:
D – Despesa com amortização (Despesa) C – Amortização acumulada (Redutora do ativo diferido)
Caso a opção seja pela baixa com contrapartida na conta lucros acumulados,
faremos:
D – Lucros acumulados (Patrimônio Líquido) C – Ativo diferido (Ativo)
Ainda, de acordo com o mesmo artigo, parágrafo 3º, os recursos aplicados no
ativo diferido serão amortizados periodicamente, em prazo não superior a 10 (dez) anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que
passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os
empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que
essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PASSIVO
A lei 6404/76 estabelece os seguintes critérios para a avaliação do Passivo:
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:
I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão
computados pelo valor atualizado até a data do balanço; II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial,
serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do
balanço;
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III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) As obrigações do passivo não circulante também devem ser ajustadas a valor
presente.
Vamos supor que a empresa A compre uma máquina a prazo, no valor de
$60.000, com pagamento em 5 parcelas anuais de $12.000. A taxa de juros nessa operação é de 10% ao ano. A empresa A deve contabilizar tal operação
como segue:
D – Máquinas (pelo valor presente, no imobilizado) 45.489 D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo) 14.511
C – Financiamentos (Passivo) 60.000
(Os valores do Passivo e de Encargos a transcorrer devem ser divididos em
circulante e não circulante, conforme o prazo de vencimento. Contabilizamos sem essa divisão para fins didáticos).
Repare que a máquina foi registrado no ativo pelo valor presente, sem a
inclusão dos encargos financeiros.
A conta Encargos a Transcorrer deve ser apropriada ao resultado, como despesa financeira, por competência.
A planilha de controle fica assim:
Ano Valor Juros 10% Pagamento Total
1 45.489 4.549
-
12.000 38.038
2 38.038 3.804
-
12.000 29.842
3 29.842 2.984 -
12.000 20.826
4 20.826 2.083 -
12.000 10.908
5 10.908 1.091
-
12.000 - 1
O valor final, de -1, refere-se a arredondamento de centavos.
Meus amigos, por hoje é só! Um abraço!
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (CESPE/ABIN/Agente Técnico Contabilidade/2010 - adaptada) Em relação às
contas que são evidenciadas no balanço patrimonial, julgue os próximos itens.
I - Depreciação acumulada, participações em outras empresas e perdas estimadas para crédito de liquidação duvidosa são contas redutoras dos
elementos patrimoniais.
II - A reserva legal e a reserva estatutária compõem o patrimônio líquido, e a reserva especial para dividendo obrigatório compõe o passivo exigível.
III - Participações em outras empresas, caixa e equivalentes de caixa e imposto
a recuperar são contas do ativo.
Está correto o que se afirma na(s) assertiva(s): A) I
B) II
C) III D) I e III
E) II e III
Comentário: Vamos analisar as assertivas:
I) Errada. Participação em outras empresas não é conta redutora de elementos patrimoniais. É conta do Ativo – Investimentos.
II) Errada. As três reservas ficam no Patrimônio Líquido.
III) Certa. As contas apresentadas são do ativo.
Gabarito C
2. (CESPE) Uma entidade obrigada a elaborar a demonstração de lucros ou
prejuízos acumulados (DLPA) poderá suprir essa exigência incluindo-a na demonstração das mutações do patrimônio líquido.
Comentários
Dissemos, quando do estudo do artigo 176, que alguns aspectos mereciam
destaque. Senão vejamos.
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1) Nas companhias abertas, a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados pode estar contida dentro da DMPL.
2) A DMPL não consta como sendo obrigatória pela Lei 6.404/76. Todavia, o
CPC 26 (Apresentação das demonstrações contábeis) arrolou esta demonstração dentre aquelas que fazem parte do conjunto das demonstrações
contábeis de uma entidade. Tal menção levou o FIPECAFI, no livro Manual de Contabilidade Societária, a considerar que, a partir da edição do
Pronunciamento Contábil, a DMPL passa a ser obrigatória a todos os tipos societários. Não sabemos ainda como as bancas cobrarão este assunto.
3) A Demonstração de origens e aplicações de recursos, a DOAR, deixou de ser
obrigatória com as modificações contábeis introduzidas pelas Leis 11.638 e 11.941. Isto não significa dizer que a demonstração foi extinta. Apenas passou
a ser facultativa, tal como outras demonstrações, como, por exemplo, o balanço
social.
O item está correto.
Gabarito Correto.
Acerca das demonstrações contábeis obrigatórias previstas na legislação societária (Lei n.º 6.404/1976), julgue os próximos itens.
3. (Embasa/2009/CESPE) O balanço patrimonial e a demonstração das
mutações do patrimônio líquido fazem parte das demonstrações financeiras de elaboração obrigatória pela companhia.
Comentários
A DMPL só é obrigatória para as companhias abertas e não é exigência feita pela legislação societária (6.404/76), mas, sim, pela CVM.
Gabarito Errado.
Acerca das demonstrações contábeis obrigatórias previstas na legislação societária (Lei n.º 6.404/1976), julgue os próximos itens.
4. (Embasa/2009/CESPE) A demonstração do fluxo de caixa e a demonstração do valor adicionado são de elaboração facultativa.
Comentários
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O item está incorreto. A DVA é obrigatória para as cias. abertas. Já a DFC é
obrigatória para as cias. abertas e também para as fechadas (exceto as com PL < 2 milhões).
Gabarito Errada.
5. (Embasa/2009/CESPE) Por se referir a determinado momento, a informação fornecida pelo balanço patrimonial é totalmente estática.
Comentários
O item está correto. O balanço patrimonial apresenta a situação da companhia
em um dado momento. É tal como tirássemos um retrato da empresa em
determinada época do ano. Será apresentado nele o que constar naquele momento, sem aspectos de movimentação.
Gabarito Correto.
6. (ANTAQ/2009) Em uma companhia, ao fim de cada exercício social, as demonstrações financeiras deverão exprimir com clareza a situação do seu
patrimônio, incluindo o balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, a demonstração do resultado do exercício, a
demonstração dos fluxos de caixa e, no caso de companhia aberta, a
demonstração do valor adicionado.
Comentários
O item está certo, consoante o já citado artigo 176 da Lei 6.404.
Gabarito Correto.
7. (AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2004/NACIONAL) A elaboração do balanço
patrimonial da empresa depende da apuração do lucro do exercício. Essa apuração é efetuada na demonstração de lucros e prejuízos acumulados
(DLPA).
Comentários
A questão está incorreta, posto que esta é a finalidade da DRE.
Gabarito Errada.
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(Analista de Saneamento/Ciências Contábeis/Embasa/2009/Cespe) O patrimônio, sob o ponto de vista contábil, é o conjunto de bens, direitos e
obrigações vinculadas a qualquer pessoa, física ou jurídica. Com relação ao patrimônio das entidades, julgue os itens que se seguem.
8. O conjunto de bens e direitos constitui a parte positiva do patrimônio e, por
isso, é denominado patrimônio líquido.
Comentários:
O conjunto de bens e direitos é denominado ativo.
Gabarito Errada
9. O ativo é constituído pelas obrigações, enquanto o patrimônio líquido resulta das receitas e despesas da entidade.
Comentários:
O ativo é constituído pelos bens e direitos. O que resulta das receitas e
despesas da entidade é o Resultado do Exercício, e não o PL.
Gabarito Errada
10. (Assistente de Saneamento/Técnico Contábil/Embasa/2009/ Cespe) Salários a pagar, fornecedores e ferramentas são componentes do ativo.
Comentários:
Dissemos que o ativo é constituído por contas que representam bens e direitos.
Salários a pagar é uma obrigação! Fornecedores também é uma obrigação! Ferramentas, sim, são componentes do ativo, pois constituem bens.
Gabarito Errada
11. A conta mercadorias é considerada um bem do ativo circulante.
Comentários:
A conta mercadorias é classificada no Ativo, pois registra o estoque de
mercadorias da empresa.
Gabarito Correta
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12. (Técnico de Atividades do Meio Ambiente/Técnico em Contabilidade/IBAMA/2009/Cespe) De acordo com os componentes patrimoniais
da contabilidade, os bens são considerados coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica, e podem ser
divididos em bens materiais móveis e imóveis, e bens imateriais, que são determinados gastos que a empresa faz, os quais, por sua natureza, devem ser
considerados como partes do patrimônio.
Comentários:
O enunciado da questão destina-se a tentar confundi-lo. Mas está correto. Lembramos que o Patrimônio ou Patrimônio Bruto é o Ativo total; o Patrimônio
Líquido é o Ativo menos o Passivo.
Gabarito Correta
13. (Contador/Ipojuca/2009/CESPE) O ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem
ou não futuros benefícios econômicos para a entidade.
Comentário:
A frase “da qual se espera que resultem OU NÃO futuro benefícios econômicos” está errada. O correto seria:
“da qual se espera que resultem futuro benefícios econômicos”
Gabarito Errada.
14. (Assistente de Saneamento/Técnico Contábil/Embasa/2009/Cespe) A conta
adiantamentos de clientes é considerada uma conta do passivo porque representa adiantamentos dos clientes à empresa.
Comentário:
Ao receber o adiantamento, a contabilização é a seguinte:
D – Caixa (Ativo) C - Adiantamento de Clientes (Passivo)
Ao entregar a mercadoria, a empresa efetua a seguinte contabilização:
D – Adiantamento de Clientes
C – Receita de Vendas
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Portanto, a assertiva está correta.
Gabarito Correta
15. (Contador/Ipojuca/2009) Uma característica essencial para a existência de
um passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente.
Comentário:
Da mesma forma que o ativo possui uma definição em normas que vigem para a contabilidade, existe uma definição para passivo, qual seja (CPC 00, item 49,
b):
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já
ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.
Assim, o gabarito está correto. Por exemplo, se temos um montante de R$
1.000 de salários a pagar. Vamos ver se essa conta atende a definição de passivo?
É uma obrigação presente da entidade? Sim, pois dela pode ser exigida.
É derivada de eventos já ocorridos? Sim, pois os funcionários já prestaram
serviços.
A liquidação desta dívida será feita por recursos que poderiam gerar benefícios
econômicos? Sim, como a conta caixa, por exemplo.
Gabarito Correto
16. (Cespe) Serão contabilizados no ativo realizável em longo prazo os direitos
realizáveis após o término do exercício seguinte. Os derivados de empréstimos a sociedades coligadas ou a diretores e que tenham vencimentos no mesmo
exercício da concessão do empréstimo também serão contabilizados no ativo realizável em longo prazo.
Comentário:
O item está correto.
Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante realizável a longo prazo é composto por:
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a) direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;
b) direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores (administradores em geral),
acionistas (ou sócios), ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da companhia.
Gabarito Certa
17. (Contador/MP RR/2008) Serão contabilizados no ativo realizável em longo prazo os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte. Os derivados
de empréstimos a sociedades coligadas ou a diretores e que tenham vencimentos no mesmo exercício da concessão do empréstimo também serão
contabilizados no ativo realizável em longo prazo.
Comentário:
Transcrição da Lei 6404/76 (Lei das S.A.s)
Gabarito Correto
18. (Contador/TST/2008) De acordo com a legislação societária, adiantamentos de viagem para tratar dos negócios da empresa, efetuados a diretores, são
classificados no ativo realizável a longo prazo.
Comentário:
Como é negócio usual da empresa (adiantamento para viagem), a classificação
obedece ao prazo de vencimento. Neste caso, fica no Ativo Circulante.
Gabarito Errada
19. (CESPE/UnB – TRE/ES) Suponha que, em decorrência da aplicação do
critério da avaliação a valor justo, tenha havido aumento no valor de um bem do ativo. Nesse caso, a contrapartida desse aumento será computada como
reserva de reavaliação, um subgrupo do patrimônio líquido.
Comentário:
Conforme a Lei das S.A.s, Art. 182:
§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor
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justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177
desta Lei
Ressaltamos que novas reavaliações de ativo estão proibidas no Brasil. Quanto às que já existiam, no exercício de 2008 as empresas puderam optar entre
realizá-las integralmente ou permanecer com o prazo de realização anterior.
Quanto ao Ajuste de Avaliação Patrimonial, aplica-se à variação de valor dos instrumentos financeiros disponíveis para venda futura.
Gabarito Errada.
20 (TER/ES/2010/Contabilidade/CESPE) A estrutura do balanço patrimonial obedece a regras rígidas, segundo as quais o grupo de realizável a longo prazo
não pode ser demonstrado depois do ativo permanente.
Comentários:
A Lei das S.A.s estabelece que:
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível.
A ordem acima, que é decrescente em grau de liquidez, deve ser respeitada.
Mas é interessante que a questão menciona o antigo grupo do Ativo Permanente, que era composto pelos sub-grupos Investimentos, Imobilizado e
Diferido.
Gabarito Correta
21. (TRE – ES – 2010 – contabilidade – CESPE) Quando o preço corrente dos
bens destinados à alienação ou dos produtos e artigos da indústria e do comércio da empresa estiver acima do valor do custo de aquisição, a diferença
constituirá receita não operacional, mas somente poderá ser usada para a
constituição de reservas de contingência.
Comentários:
Conforme a Lei 6404/76:
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II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para
ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;
Ou seja, os estoques ficam registrados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para ajuste ao valor do mercado, quando este for inferior. Se o valor
de mercado for superior ao custo de aquisição, a empresa irá apurar lucro apenas quando realizar a venda.
Portanto, está incorreta a frase “a diferença constituirá receita não operacional,
mas somente poderá ser usada para a constituição de reservas de contingência.”.
Gabarito Errado
(TREMT/Contabilidade/2010) Com base no balancete de verificação de determinada empresa, levantado em 31/12/20X1 e mostrado acima, e na
apuração do balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício (DRE), assinale a opção correta.
22. No balanço patrimonial, o valor do ativo circulante é de R$ 276.000,00.
23. O passivo não circulante, no balanço patrimonial, evidencia o valor total de R$ 3.500,00.
24. O valor total do patrimônio líquido é de R$ 216.000,00.
25. O saldo da conta reserva de lucros é de R$ 140.000,00.
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Vamos lá!
COMENTÁRIOS
Questão 22.
Dissemos que o ativo circulante é composto por: disponibilidade, direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e despesas antecipadas.
O que temos no nosso balanço com essa rubrica é:
1) Bancos conta movimento: 50.000,00
2) Duplicatas a receber (Curto prazo): 188.000,00 3) ICMS a recuperar: 38.000,00
Total do ativo circulante: 276.000,00
Gabarito Correto.
Questão 23.
Segundo a Lei 6.404/76, o passivo exigível é circulante quando vencer no
exercício seguinte e não circulante quando vencer no exercício posterior ao seguinte.
Na questão, temos somente um empréstimo, de curto prazo. Não há, portanto,
passivo não circulante.
Gabarito Errado.
Questão 24.
Vejamos agora o valor total do PL.
Dissemos que o PL se compõe de: capital social, reservas de lucros, reservas de
capital, ajuste de avaliação patrimonial, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. Além disso, as contas de Resultado também pertencem ao PL.
Na questão, temos:
1) Capital social: 136.000,00 2) Reservas de capital: 80.000,00
3) Receita de vendas: 130.000,00 4) Custo das Mercadorias Vendidas: (33.000,00)
5) Despesas Administrativas (37.000,00) Total do PL: 276.000,00.
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Gabarito Errado.
Questão 25.
São reservas de lucros:
- Reserva Legal; - Reservas Estatutárias;
- Reservas para Contingências; - Reserva de Incentivos Fiscais;
- Reserva de Retenção de Lucros; - Reserva de Lucros a Realizar;
- Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído;
- Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures.
A questão não trouxe qualquer reserva de lucros no elenco de contas.
Gabarito Errado.
26. (Cespe) Os saldos acima constavam do balancete de encerramento de dezembro de 2008 da Papelaria Central Ltda. Com base nessa situação
hipotética e nos dados apresentados, o valor total do ativo não-circulante e o do
patrimônio líquido dessa papelaria são, respectivamente, iguais a R$ 1.600,00 e R$ 4.050,00.
Comentários
Vamos montar o balanço patrimonial...
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Caixas e bancos 1.600,00 Contas a pagar 950,00
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Mercadorias 1.250,00 Impostos a recolher 450,00
Créditos a receber 1.000,00 SUBTOTAL 1.400,00
SUBTOTAL 3.850,00 Patrimônio líquido
Não circulante Capital social 4.500,00
Instalações 2.000,00 (-) Prejuízos acumulados (450,00)
(-) Depreciação de inst. (400) SUBTOTAL 4.050,00
SUBTOTAL 1.600,00
TOTAL 5.450 TOTAL 5.450
Gabarito, portanto, correto.
Gabarito Correto.
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(Cespe/INMETRO/2009) Considerando as informações da tabela apresentada,
julgue os próximos itens.
27. O ativo circulante totaliza R$ 18.659.
28. O ativo não circulante é igual a R$ 131.320.
29. O passivo não circulante corresponde a R$ 38.370.
Comentários
ATENÇÃO ÀS SEGUINTES CLASSIFICAÇÕES PARA O CESPE:
MATERIAL DE CONSUMO ATIVO CIRCULANTE INSUMOS UTILIZADOS NA MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS ATIVO
CIRCULANTE. INVESTIMENTOS EM DEBÊNTURES CONVERSÍVEIS EM AÇÕES ANC –
INVESTIMENTOS.
Apresentemos o balanço patrimonial.
ATIVO PASSIVO
Ativo circulante Passivo circulante
Caixa 530 Contingências trabalhistas 300
Banco 889 Seguros a pagar 1560
Impostos antecipados 1090 Energia a pagar 3320
Seguros antecipados 1340 Fornecedores 4350
Contas a receber 2210 Salários a pagar 21340
PDD -800 TOTAL 30870
Duplicatas descontadas -2450 Passivo não circulante
Material de consumo 2190 Contas a pagar de LP 38370
Aplicações financeiras 3290 TOTAL 38370 Estoque final de
mercadorias 3340 PL
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Insumos adquiridos para
manutenção de veículos 2130
TOTAL 13759 Reservas 20239
Ativo não circulante
Capital Social 55600 RLP
Impostos a compensar
em LP 2140 TOTAL 75839
Contas a receber de LP 32400 TOTAL DO PASSIVO 145079
TOTAL 34540 0
Imobilizado e investimentos
Máquinas 21300
Investimentos em ações 1240
Investimentos em debe. 9900
Automóveis 22300
Prédio 33120
Móveis 34500
Imóveis 50900
Casas 60000
Depreciação acumulada -170120
TOTAL 63140
Intangível
Direitos autorais 12.300
Marcas e patentes 21340
TOTAL 33.640 TOTAL DO ATIVO NÃO
CIRC. 131.320
TOTAL DO ATIVO 145.079
Portanto, os gabaritos são:
27. O ativo circulante totaliza R$ 18.659. (Errado).
Gabarito Errado.
28. O ativo não circulante é igual a R$ 131.320. (Correto).
Gabarito Correto.
29. O passivo não circulante corresponde a R$ 38.370. (Correto).
Gabarito Correto.
ATENÇÃO: ATUALMENTE O FIPECAFI CONSIDERA QUE A CONTA DUPLICATAS DESCONTADAS DEVE SER CLASSIFICADA NO PASSIVO,
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PARA ATENDER AO PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA ESSÊNCIA SOBRE A
FORMA.
(CESPE/Polícia Federal/2004/Regional) Acerca dos registros contábeis de empresas comerciais, de seus livros fiscais, da avaliação de ativos, da influência
do ICMS e das demonstrações contábeis, julgue os itens seguintes.
30. O valor realizável líquido e o custo de reposição são critérios de avaliação de ativos que buscam apresentar o valor econômico destes, uma vez que estão
fundamentados no valor de mercado.
Comentários:
O valor realizável líquido é o valor de venda, menos as despesas necessárias para realizar a venda. E o custo de reposição é o custo pelo qual determinado
produto ou mercadoria pode ser comprado no mercado.
Os dois valores possuem a característica de serem valores atuais. Assim,
representam o valor econômico, ou seja, o que as mercadorias e produtos valem no momento. Diferem do registro contábil, que usa o critério do valor
original.
Gabarito CERTA
31. (CESPE/Polícia Federal/2004/Regional) As contas registradas no
patrimônio líquido incluem a provisão para contingências. Essa conta representa
o reconhecimento de provável perda futura.
Comentários:
A questão apresenta dois erros: a provisão tem por finalidade dar cobertura a perda ou despesa cujo fato gerador já ocorreu; e é contabilizada no passivo, e
não no PL.
Gabarito ERRADA
32. (CESPE/Polícia Federal/2004/Regional) As demonstrações contábeis
obrigatórias incluem o balanço de lucros ou prejuízos acumulados, que
representa a variação do lucro/prejuízo acumulado, ao considerar o resultado do exercício.
Comentário:
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As demonstrações contábeis obrigatórias são as seguintes, conforme o art. 176
da Lei 6404/76 (Lei das S.A.s):
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
Como se observa, não há uma demonstração chamada “balanço de lucros ou prejuízos acumulados”. O nome correto é “Demonstração dos lucros ou
prejuízos acumulados”.
Gabarito ERRADA
33. (CESPE/Contador/STF/2008) O montante pago a título de seguros e transportes sobre compras de mercadorias será incorporado ao valor do
estoque de mercadorias disponíveis para revenda.
Comentários
O custo de aquisição dos estoques compreende:
1) Preço de compra 2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os
tributos recuperáveis são: a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.
4) Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de aquisição.
Gabarito Correto.
34. (CESPE/Contador/STF/2008) O montante pago ao fornecedor a título de tributos recuperáveis será incorporado ao valor do estoque de
mercadorias adquiridas para revenda.
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Comentários
O custo de aquisição dos estoques compreende:
1) Preço de compra 2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os
tributos recuperáveis são: a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa) b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na
modalidade não cumulativa) 3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis
à aquisição. 4) Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo
de aquisição.
Gabarito Errado.
35. (Analista Executivo/Metrologia e Qualidade/Contabilidade/2009/Cespe) O ajuste a valor presente aplicar-se-á a todos os ativos e passivos de curto
e longo prazo. Um exemplo dessa aplicação é o registro de juros embutidos que não foram contabilizados corretamente no momento da operação.
Comentários
A regra é o ajuste no longo prazo. O curto prazo será ajustado apenas
quando houver efeito relevante.
Gabarito Errado.
36. (MRE/Assistente de Chancelaria/2008/Cespe) A depreciação representa a parcela redutora do ativo em função do período de sua utilização. Sua
correta contabilização proporcionará a obtenção do valor contábil do bem ao se interpretar o balanço patrimonial.
Comentários
Vamos exemplificar.
Um agente de polícia federal adquiriu o novo hyundai sonata, por R$ 100.000,00. A depreciação é de 20% ao ano, sem valor residual. Assim, a
depreciação anual será de 100.000 x 20% = R$ 20.000,00 ao ano.
O lançamento da depreciação anual é:
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D – Despesa com depreciação 20.000,00 C – Depreciação acumulada 20.000,00
No balanço, ficará assim:
Ativo não circulante – Imobilizado
Veículo Hiunday Sonata 100.000,00 (-) Depreciação acumulada 20.000,00
Valor contábil 80.000,00
Gabarito Correto.
37. (Cespe) Os bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou utilizados com essa finalidade, antes classificados no ativo imobilizado,
passaram a classificar-se no intangível.
Comentários
O item está claramente correto. Antes das modificações contábeis, estes itens eram classificados no ativo imobilizado. Agora, passam a figurar em
subgrupo próprio.
Gabarito Correto.
38. (Analista de Saneamento/Embasa/2009) Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se for provável que os benefícios econômicos futuros
esperados atribuíveis a ele sejam gerados em favor da entidade e se o custo desse ativo puder ser mensurado com segurança.
Comentários
Dissemos na aula que um item será intangível quando atenda esses três
requisitos cumulativamente:
Ser identificável;
Ser controlável; Ser gerador de benefícios futuros.
Nem todos os itens descritos no item anterior (softwares, patentes) se
enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis, controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros.
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Se um item abrangido pela presente Norma não atenda à definição de ativo
intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido.
IMPORTANTE
Um intangível será reconhecido se, cumulativamente, atender aos seguintes critérios:
- Atender ao conceito de intangível, ou seja, ser não monetário identificável sem substância física;
- Ser identificável, controlável e gerar benefícios futuros.
Além disso, o custo do intangível deve ser mensurado com segurança, como
requisito para o seu reconhecimento.
O item está correto.
Gabarito Correto.
39. (CESPE/Polícia Federal/2009/Nacional) Suponha que uma empresa mineradora tenha adquirido os direitos de exploração de uma mina por R$ 5
milhões, por meio de um contrato com cinco anos de vigência. Nesse caso, após dois anos de exploração, se tiverem sido extraídos 30% da possança da mina, o
referido ativo, classificado no imobilizado, deverá estar avaliado no balanço da empresa por R$ 3 milhões.
Comentários
Vamos lá. Devemos nos utilizar de dois critérios:
1) Em função do tempo:
A exploração é para 5 anos, no valor de R$ 5 milhões, ou seja, 1 milhão por ano.
Assim, passados dois anos teríamos R$ 2 milhões em amortização e valor
contábil de R$ 3 milhões (5 -2).
2) Em função da possança:
A exploração é de 30%, em dois anos, o que resulta em R$ 1,5 milhões, dando um valor contábil de R$ 3,5 milhões (5 – 1,5).
Agora você vai se perguntar: qual dos dois utilizaremos? A resposta, em lição simples, é: aquele que resultar no maior valor amortizado (e menor valor
contábil, conseqüentemente)!
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Então, amigos, utilizaremos, neste caso o valor da amortização em função do tempo, e o ativo estará realmente avaliado por R$ 3 milhões.
Todavia, o item está incorreto. Mas, por quê? A resposta se encontra na
classificação que a questão trouxe. Como se trata de exploração de mina, deveria constar “ativo intangível”, onde se lê “ativo imobilizado”.
Gabarito Errado.
40. (Contador/Ipojuca/2009) Caso o valor recuperável (impairment) de um imobilizado seja inferior ao custo do ativo, deverá ser feita uma contabilização
aumentando o saldo da conta depreciação acumulada e reduzindo o resultado
do período.
Comentários
Uma questão sobre teste de recuperabilidade.
Se o valor recuperável de uma máquina, por exemplo, for de R$ 60.000,00 e o custo deste ativo for de R$ 70.000,00, o lançamento é feito uma contabilização
em conta de despesa própria, no valor de R$ 10.000,00.
O valor da depreciação é ajustado para se adequar ao novo valor, mas a contrapartida deste ajuste não é feito diretamente à conta de depreciação, mas,
sim, em uma conta de despesa. Afinal, nada tem a ver a perda efetuada pelo teste de recuperabilidade com o valor da depreciação.
D – Outras Despesas – Perda com desvalorização de ativo – 10.000,00 C – Provisão para perda com desvalorização de ativo – 10.000,00
Gabarito Errado.
41. (CESPE/Polícia Federal/2000/Nacional) No recebimento de dinheiro de acionistas para integralização do capital social subscrito, deverá haver um
registro a crédito do capital social ou da conta que registra o capital a integralizar.
Comentários
O item está correto. Se a empresa X fosse constituída com um capital social de R$ 100.000,00, totalmente integralizado, o lançamento seria:
D – Caixa 100.000,00 (Ativo)
C – Capital Social 100.000,00 (PL)
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Todavia, caso apenas metade deste valor fosse integralizado, o lançamento, no momento da constituição da sociedade seria:
D – Caixa 50.000,00 (Ativo)
D – Capital Social a Realizar (- PL) 50.000,00 C – Capital Social (PL) 100.000,00
Com a integralização posterior do restante do capital, o lançamento correto será
o seguinte:
D – Caixa 50.000,00 (Ativo) C – Capital Social a Realizar 50.000,00 (PL)
Gabarito Correto.
(CESPE/Contador/FUB/2011) Julgue os itens seguintes, de acordo com os
critérios de avaliação de ativos e passivos, conforme a redação dada à Lei n.º 6.404/1976 pelas Leis n.º 11.638/2007 e n.º 11.941/2009.
42 O método do custo foi abolido como forma de avaliação de investimentos
societários.
Comentários
Dissemos que os investimentos permanentes podem ser avaliados tanto pelo método de custo, como pelo método de equivalência patrimonial.
Gabarito Errado.
43 Avaliam-se os ativos intangíveis pelo custo incorrido na aquisição, vedada
qualquer dedução.
Comentários
Pelo que dissemos à aula:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição
deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;
Gabarito Errado.
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44 Os estoques devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou de fabricação, reduzido por estimativas de perdas para ajuste ao preço de mercado, quando
este for inferior, vedado qualquer outro critério.
Comentários
Segundo a Lei 6.404/76:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para
ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;
Ainda, de acordo com o mesmo artigo: § 4° Os estoques de mercadorias
fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica
contábil.
As mercadorias fungíveis são as commodities, ou seja, soja, suco de laranja, café, etc.
As commodities possuem cotação na bolsa de mercadoria. Portanto,
normalmente ficam registradas na contabilidade pela cotação da bolsa. Se uma empresa possui um estoque de, digamos, cem toneladas de soja, ela
conseguirá vender esse estoque pela cotação atual da soja na bolsa de mercadorias.
Repare que isso tira a necessidade de negociação. E esta é a diferença entre as mercadorias fungíveis e as outras mercadorias.
Vamos examinar os outros produtos. Uma determinada empresa pode usar aço,
borracha, tinta e outras matérias primas que custaram 10.000 e construir um carro que será vendido por 20.000.
Depois de construído, o carro continua avaliado na contabilidade ao preço de
custo de 10.000.
E porque não podemos avaliar o carro em estoque pelo seu preço de venda, no caso, de 20.000? Afinal, a empresa já finalizou o esforço de fabricação do
produto.
Mas falta uma parte essencial, que é a validação do mercado. Se a empresa
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conseguir vender o carro por 20.000, irá reconhecer uma receita de venda e um
lucro, pois o mercado aceitou esse preço.
Mas se ninguém quiser comprar o carro por 20.000, será necessário negociar e eventualmente diminuir o preço.
Assim, por prudência, o carro, apesar de já construído, fica registrado pelo
custo, até que o mercado aceite o preço estabelecido pela empresa.
Com as commodities, não há necessidade de negociação. O preço já está estabelecido pela cotação em bolsa.
Gabarito Errado.
45 As contas a receber devem ser avaliadas pelo valor dos títulos que as
compõe menos as devidas estimativas de perdas prováveis na realização.
Comentários
O item está correto. Segundo a Lei 6.404:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em
direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme
disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e
títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)
Gabarito Correto.
46. (CESPE/Contador/FUB/2011) O balanço patrimonial, que é uma
demonstração estática, apresenta a posição econômica, financeira e patrimonial da entidade em determinada data.
Comentários
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O balanço patrimonial é como uma foto da entidade em determinado momento.
Representa a posição patrimonial e financeira da entidade. A posição econômica é evidenciada na demonstração do resultado do exercício.
Gabarito Errado.
A respeito de alterações patrimoniais, julgue os itens subsequentes.
47. (CESPE/Contador/TJ/RR/2012) Adiantamentos de clientes ocasionam
aumento do ativo e do passivo.
Comentários
O item está correto. De acordo com o regime de competência, a receita de
venda deve ser reconhecida somente quando da entrega das mercadorias. Com efeito, quando a entidade recebe um adiantamento, deve contabilizar o
aumento da conta caixa/bancos. A contrapartida, por sua vez, será uma conta de passivo (adiantamento de clientes).
D – Caixa/bancos
C – Adiantamento de clientes
Gabarito Correto.
48. (CESPE/Contador/TJ/RR/2012) Em sociedade por ações, caso haja lucro remanescente após a segregação para pagamentos dos dividendos
obrigatórios e após a destinação para as reservas de lucro, a sociedade reterá esse lucro excedente como uma nova reserva.
Comentários
O item está incorreto. Caso haja lucro remanescente após o pagamento dos
dividendos obrigatórios e destinação para reservas, haverá distribuição como dividendo adicional. Segundo a Lei 6.404/76:
Art. 202. § 6o Os lucros não destinados nos termos dos arts. 193 a 197 deverão
ser distribuídos como dividendos.
Gabarito Errado.
49. (CESPE/Contador/TJ/RR/2012) Todas as contas de ativo intangível serão amortizadas a cada período, levando-se a contrapartida a débito de uma
conta de resultado.
Comentários
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A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um ativo
intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado, sujeitando-se, porém, ao teste de recuperabilidade.
Gabarito Errado.
50. (CESPE/Contador/TJ/AC/2012) O patrimônio líquido de determinada sociedade empresária é constituído conforme tabela a seguir.
Nesse caso, se a sociedade obtiver lucro líquido no valor de R$ 40.000,00, ela deverá contabilizar o valor de R$ 2.000,00 como reserva legal.
Comentários
Há dois limites para a Reserva Legal: o limite Obrigatório, de 20% do valor do Capital Social Integralizado; e o Limite Facultativo, que estabelece que a
Reserva Legal poderá deixar de ser constituída quando o seu saldo, somado às reservas de Capital, atingir 30% do Capital Social Integralizado.
A questão não menciona nada sobre Reservas de Capital. Assim, vamos calcular
apenas o limite obrigatório:
Limite obrigatório: R$ 400.000 x 20% - R$ 79.500,00
R$ 80.000,00 – R$ 79.500,00 = R$ 500,00.
Com efeito, caso a sociedade obtenha lucro de R$ R$ 40.000,00, temos que 5% representam R$ 2.000,00.
Todavia, o limite para constituição será atingido se constituirmos R$ 500,00.
Gabarito Errado.
51. (CESPE/Contador/TJ/AC/2012) Um ativo imobilizado foi submetido ao
teste de recuperabilidade e o resultado mostrou perda no valor de R$
80.000,00. Nessa situação, a contabilização a ser feita aumentará a conta do ativo em R$ 80.000,00 e a conta de despesa no mesmo valor.
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Comentários
Uma perda registrada pelo teste de recuperabilidade diminui o resultado do
exercício. Uma vez que a empresa não conseguirá recuperar todo o valor investido no imobilizado, há o lançamento de uma despesa. A contrapartida é
uma conta redutora do valor contábil do ativo imobilizado, como se segue:
D – Despesa com ajuste ao valor recuperável de ativos (resultado) C – Ajuste ao valor recuperável de ativos (redutora do ativo).
Gabarito Errado.
52. (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) O valor recuperável é definido como o
maior número absoluto entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor de uso.
Comentários
Segundo o CPC 01: valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de
caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso.
Uma entidade pode obter benefícios econômicos de um ativo de duas maneiras
diferentes:
1) através da venda do ativo; e 2) através do seu uso, para produzir e vender outros ativos.
As duas formas são chamadas de “VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESA DE VENDA” E “VALOR DE USO”.
O teste de recuperabilidade consiste em apurar o maior entre os dois valores
acima e compará-lo com o valor contábil. Se o valor recuperável do ativo for maior que o valor contábil, não é necessária nenhuma contabilização.
Mas, se ocorre o contrário, ou seja, o valor contábil é maior que o valor
recuperável, aí devemos reconhecer (contabilizar) uma perda.
Assim, se compro uma máquina por R$ 1 milhão, mas fica evidenciado que o máximo que posso obter com esta máquina é R$ 500.000,00 se continuar
vendendo os produtos dela obtidos ou R$ 700.000,00, com a venda desta máquina para terceiros, deverei proceder a um ajuste contábil para adequar
este valor (de R$ 1 milhão) à realidade.
Gabarito Correto.
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53. (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) Se determinada empresa fizer uma chamada de capital e vender quinhentas novas ações mediante a cobrança de
um ágio de dez centavos de real em relação ao preço nominal das ações anteriormente integralizadas, o ágio deverá ser integralizado como receita não
operacional.
Comentários
Ágio, em linguajar comum, é o valor cobrado a maior por algo. Nas sociedades por ações o estatuto social deve definir o valor do capital social, o número de
ações em que o capital se divide e se elas terão ou não valor nominal.
A ação tem um valor pré-definido, o valor do capital social subscrito dividido pelo número de ações emitidas.
O ágio na emissão de ações é o valor da contribuição do subscritor que ultrapassar o valor nominal das ações por ele adquiridas. No caso de emissão
de ações sem valor nominal, o ágio na emissão de ações será o valor da contribuição do subscritor que ultrapassar a importância destinada ao capital
social. Na conta capital social, as ações só podem figurar por seu valor nominal.
O excesso é levado a uma conta de reserva de capital, que recebe essa denominação.
Gabarito Errado.
54. (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) Os direitos vinculados a um imóvel de
propriedade de determinada empresa devem ser classificados no ativo circulante do balanço patrimonial, se forem realizáveis no decurso do exercício
seguinte. Se seu vencimento ocorrer após o término do exercício seguinte, devem ser classificados no ativo realizável a longo prazo.
Comentários
Trata-se de uma propriedade para investimento, tema previsto no CPC 28.
Assunto interessantíssimo que passamos a explicar.
Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida para auferir aluguel ou para valorização do
capital ou para ambas, e não para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas.
Trata-se do caso de imóvel no qual se investiu como uma forma de investimento, e não para ser destinado ao uso da empresa nas suas atividades
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operacionais. A propriedade para investimento é classificada no ativo não
circulante, subgrupo investimentos.
Portanto, a questão está incorreta.
Gabarito Errada.
55. (CESPE/Analista Judiciário/TJ ES/2011) A confusão normalmente feita
entre os termos capital e patrimônio é causada pelo fato de, na contabilidade, o capital ser constituído pelo patrimônio líquido, enquanto o patrimônio é formado
pelo ativo total das entidades.
Comentários
O capital é representado pelo capital social, um dos itens do patrimônio líquido.
O patrimônio pode ser líquido, quando representa a parcela dos recursos
aplicados na sociedade de origem dos sócios, ou patrimônio bruto, quando, nesta hipótese, representará o total do ativo, ou seja, tanto os valores de
ingressos de sócios, como de terceiros.
Gabarito Errada.
56. (CESPE/Analista Judiciário/TJ ES/2011) As empresas são livres para estabelecer os critérios que desejarem para a determinação dos dividendos a
distribuir, contanto que respeitem os direitos dos acionistas.
Comentários
Segundo a Lei 6.404/76:
Art. 202. § 1º O estatuto poderá estabelecer o dividendo como porcentagem do lucro ou do capital social, ou fixar outros critérios para determiná-lo, desde que
sejam regulados com precisão e minúcia e não sujeitem os acionistas minoritários ao arbítrio dos órgãos de administração ou da maioria.
O gabarito da questão, portanto, é correto. Os direitos dos acionistas devem ser
respeitados. Contudo, a entidade é livre para fixar os critérios que lhe aprouver.
Gabarito Correto.
57. (CESPE/Analista /Controle Interno/MPE/PI/2012) O grupo contábil ativo permanente foi extinto, tendo seus subgrupos imobilizado e investimentos
sido incorporados ao grupo de ativos não circulantes.
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Comentários
O item está correto. O grupo ativo permanente, que era composto pelo imobilizado, investimento e diferido foi extinto. Agora, temos o ativo não
circulante, composto pelo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
Gabarito Correto.
58. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/RJ/2012) O capital próprio das entidades cujo patrimônio é controlado pela contabilidade
corresponde ao seu ativo total.
Comentários
O item está incorreto. O capital próprio da entidade corresponde ao patrimônio
líquido.
Algumas anotações importantes sobre o conceito de capital.
Ricardo Ferreira, no livro “Auditoria”, 5ª edição, Editora Ferreira, apresenta as seguintes definições:
Ativo Fixo ou Bens Fixos – é o ativo imobilizado. Todavia, alguns autores
entendem que é o ativo permanente total.
Ativo Líquido ou Capital Líquido - é o ativo total menos o passível exigível. É
equivalente ao Patrimônio Líquido.
Ativo Médio ou Ativo Total Médio – é a média aritmética do ativo num determinado período. Pode ser anual, semestral, mensal, etc.
Ativo Oculto – a expressão pode ser utilizada para indicar um elemento do
ativo que não foi reconhecido contabilmente ou a subavaliação do ativo. O ativo oculto representa os bens de titularidade da entidade que não foram lançados
em seus registros contábeis.
Ativo Operacional – corresponde aos elementos do ativo aplicados nas atividades usuais da empresa. É o ativo total menos os investimentos
temporários e permanentes, adiantamentos, empréstimos e demais ativos não usuais à exploração das atividades da sociedade.
Ativo Real - são os elementos do ativo que efetivamente representam moeda ou que nela possam ser convertidos. Normalmente, é o ativo total menos as
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despesas antecipadas e diferidas, uma vez que essas, em regra, não são
conversíveis em dinheiro.
Bens de Renda - são os ativos destinados a atividades não usuais da empresa que podem gerar renda. É o caso dos imóveis destinados à locação e das
participações no capital de outras sociedades.
Bens de Venda – são os ativos destinados à comercialização. É o caso das matérias-primas, dos produtos em elaboração, dos produtos acabados e das
mercadorias.
Bens Numerários – são as disponibilidades financeiras (meios de pagamento), como, por exemplo, dinheiro em tesouraria, depósitos bancários de livre
movimentação, aplicações de liquidez imediata, cheques em cobrança.
Capital Aplicado - é o ativo total.
Capital a Realizar – é a parte do capital social subscrito que os sócios ainda
não realizaram.
Capital Autorizado – no caso das sociedades anônimas, é um limite previsto no estatuto para novas subscrições de capital sem a necessidade de alteração
estatutária. É uma autorização prévia para novas subscrições de capital dentro de certo limite.
Capital Circulante ou Capital De Giro : é o ativo circulante, vale dizer, os
bens e direitos realizáveis a curto prazo.
Capital Circulante Líquido ou Capital De Giro Líquido : é a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. (CCL = AC – PC)
Capital Circulante Próprio ou Capital De Giro Próprio: é a diferença positiva entre o ativo circulante e o passivo circulante.
Capital de Terceiros ou Capital Alheio – o mesmo que recursos de terceiros.
É o passivo exigível. No balanço patrimonial, corresponde à soma do passivo circulante (dívidas de curto prazo) com o passivo exigível a longo prazo (dívidas
de longo prazo).
Capital Fixo – é o ativo permanente. Para alguns autores, porém, o capital fixo é formado apenas pelo ativo imobilizado.
Capital Imobilizado: é o ativo permanente imobilizado, quer dizer, são os
bens de uso de valor relevante e, cumulativamente, vida útil superior a 1 ano.
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Capital Nominal ou Capital Declarado – é o capital social fixado no estatuto
ou contrato social. Também é conhecido como capital social ou capital social subscrito.
Capital Próprio - o mesmo que recursos próprios. É representado pelo
patrimônio líquido.
Capital Realizado – é a parte do capital social subscrito que os sócios já realizaram, em dinheiro, outros bens ou créditos. É calculado pela diferença
entre o capital subscrito e o capital social a realizar: Capital Realizado = Capital Subscrito – Capital a Realizar.
Capital Social ou Capital Social Subscrito – é o capital social fixado no
estatuto ou contrato social. Os sócios devem subscrever (assumir o compromisso de realizar) todas as ações ou cotas em que se divide o capital
social, ainda que seja realizada apenas uma parte do capital subscrito.
Capital Total à Disposição - é a soma do capital próprio com o capital de
terceiros.
Créditos de Financiamento – são as contas a receber, os adiantamentos concedidos e os valores a compensar decorrentes das operações estranhas às
atividades da empresa. É o caso dos empréstimos a diretores e dos adiantamentos a acionistas.
Créditos de Funcionamento - são as contas a receber, os adiantamentos
concedidos e os valores a compensar decorrentes das atividades usuais da entidade. É o caso das duplicatas a receber por vendas a prazo de mercadorias,
dos adiantamentos a fornecedores de mercadoria, do ICMS e IPI a recuperar.
Passivo Fictício – expressão utilizada para indicar o valor registrado no
passivo exigível que não corresponde efetivamente a uma obrigação. Exemplo: um valor registrado como empréstimo bancário quando de fato não existiu o
empréstimo.
Passivo Não Exigível: é o Patrimônio Líquido. O passivo não exigível são os recursos do passivo total que não representam obrigações efetivas.
Passivo Real: é o passivo total menos o patrimônio líquido. Corresponde ao
passivo exigível, representando as obrigações efetivas da empresa.
Patrimônio Bruto: é o ativo total.
Subscrição – ato pelo qual os sócios assumem o compromisso de realizar determinado valor a título de capital social. A subscrição pode ser relativa a
compromisso de realização do capital social ou a aumento do capital.
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Gabarito Errado.
59. (CESPE/TJ ES/Contador/2011) Na formalização do aumento de capital de
uma companhia, o adiantamento de capital correspondente será baixado, mediante lançamento a débito, creditando-se o capital social.
Comentários
Falaremos do adiantamento para aumento do capital social, que é o recurso
recebido pela empresa de seus sócios/acionistas para ser utilizado no aumento do capital social.
O lançamento é o seguinte:
D - Bancos 100.000 (Ativo) C - Adiantamento para aumento de capital 100.000 (Passivo)
Quando houver a formalização da entrada do sócio, lançaremos:
D - Adiantamento para aumento de capital 100.000 (reduzindo o passivo)
C - Capital social 100.000 (patrimônio líquido)
Gabarito Correto.
60. (CESPE/TJ ES/Contador/2011) A conta-corrente do ICMS pode apresentar saldo devedor na escrituração mercantil. É o caso, por exemplo, de o valor das
compras exceder o das vendas de mercadoria comercializada pela empresa em determinado período. Esse débito fiscal é compensável nos períodos
subsequentes.
Comentários
O ICMS incide tanto sobre a compra, como, também, sobre as vendas.
Assim, se eu compro uma mercadoria por R$ 1.000,00, cuja alíquota de ICMS é 10%, essa mercadoria está vindo com uma carga de imposto de R$ 100,00
(embutido nos R$ 1.000,00, pois o ICMS é imposto por dentro).
O lançamento na compra é:
D – Estoques 900,00
D – ICMS a recuperar (ativo) 100,00 C – Fornecedores (passivo) 1.000,00
Agora, suponhamos que no período só tenhamos efetuado uma única venda, no
valor de R$ 300,00, com ICMS de 10% e custo da mercadoria de R$ 100,00.
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Os lançamentos são:
Pela venda:
D – Caixa (ativo) 300,00 C – Receita de vendas (receita) 300,00
Pelo reconhecimento do imposto a pagar sobre a venda
D – ICMS sobre vendas (despesa) 30,00
C – ICMS a recolher (passivo) 30,00
Pela baixa do estoque, lançamos:
D – Custo da mercadoria vendida (despesa) 100,00
C – Estoque (ativo) 100,00
O ICMS a ser efetivamente recolhido aos cofres públicos resulta do cotejo entre o valor incidente sobre as vendas e o valor pago nas compras.
Neste caso, como o valor que paguei (R$ 100,00) é maior do que o valor que
devo nas vendas (R$ 30,00), a empresa tem um crédito tributário (e crédito não sentido de saldo credor, mas de direito). Esse crédito tributário poderá ser
compensado no mês subsequente.
Portanto, o erro da questão está em dizer que esse valor é um débito fiscal, pois, na verdade, é um crédito fiscal.
Gabarito Errado.
61. (CESPE/TRE/ES/Contabilidade/2010) Uma empresa que ocupou imóvel de
terceiros para realizar suas atividades operacionais, na última renovação do contrato de aluguel, negociou as seguintes condições com o locador: prazo de
aluguel: 24 meses; aluguel mensal de R$ 2.000,00; e desconto, no caso de pagamento adiantado dos aluguéis, de 15%. Em 30 de setembro de 2010, a
empresa locatária pagou R$ 40.800,00, beneficiando-se do desconto acertado. Nesse caso, ao final do exercício de 2010, a empresa deveria registrar o valor
de R$ 5.100,00 como despesa e de R$ 35.700,00 como ativo circulante.
Comentários
Quando do adiantamento, lançamos:
D – Adiantamento de aluguéis (ativo circulante e não circulante) 40.800,00
C – Caixa (ativo) 40.800,00
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Conforme os meses vão transcorrendo, devemos lançar:
D – Despesa de aluguel (resultado) 1.700,00 C – Adiantamento de aluguéis (ativo) 1.700,00
Deste modo, ao término de 2010, já teremos apropriado o montante de R$
5.100,00 como despesa de aluguel.
Neste momento, teremos registrado como ativo, portanto, decorrente do adiantamento realizado, o montante de R$ 35.700,00. Este valor está dividido
em curto (próximos 12 meses) e longo prazo (depois dos 12 meses).
Assim, o registro do ativo nos 12 meses contará com o valor de 12 meses x R$ 1.700,00 = R$ 20.400,00.
O longo prazo, por seu turno, terá montante registrado no valor de 9 meses x R$ 1.700,00, que totaliza R$ 15.300,00.
Item, portanto, incorreto.
Gabarito Errado.
62. (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) Entre os exemplos de contas que
devem ser classificadas no ativo, encontram-se: as contas de bancos conta movimento, adiantamentos a fornecedores e credores por duplicatas.
Comentários
A incorreção da questão está no fato de que a conta credores por duplicatas é uma conta do passivo. Representa, em verdade, a conta duplicatas a pagar ou
fornecedores.
Gabarito Errado.
63. (CESPE/Contador/TRE/RR/2012) O arrendamento mercantil é
classificado como financeiro ou operacional. No arrendamento operacional, há
transferência substancial de todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, ao passo que, no financeiro, não há transferência substancial de
riscos e benefícios inerentes à propriedade.
Comentários
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O item está incorreto. Os conceitos foram invertidos. No arrendamento
financeiro, há transferência substancial de todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, ao passo que, no operacional, não há transferência substancial
de riscos e benefícios inerentes à propriedade.
Repetimos. O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional e financeiro. A diferença entre um e outro reside principalmente no seguinte
critério: o leasing transfere ou não os riscos e benefícios inerentes à propriedade.
Se transferir, será classificado como leasing financeiro. Se não, como leasing
operacional. E como saberemos se há ou não transferência dos riscos e benefícios? O tema está prescrito no CPC 06, que dispõe sobre o arrendamento
mercantil.
SE OS RISCOS E BENEFÍCIOS FICAM COM O ARRENDATÁRIO
ARRENDAMENTO FINANCEIRO. SE OS RISCOS E BENEFÍCIOS FICAM COM O ARRENDADOR
ARRENDAMENTO OPERACIONAL.
Para se caracterizar um arrendamento financeiro, basicamente cinco características podem aparecer:
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM ARRENDAMENTO FINANCEIRO
1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;
2) Valor residual mais baixo que o valor justo; 3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo
4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o valor justo do ativo;
5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o arrendatário
pode usá-lo sem grandes modificações.
Gabarito Errado.
64. (CESPE/Polícia Federal/2012) O valor amortizável de ativo intangível
com vida útil indefinida deverá ser amortizado de modo a refletir o padrão de
consumo, pela entidade, dos benefícios econômicos futuros.
Comentários
O item está incorreto.
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um ativo
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intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado, sujeitando-se,
porém, ao teste de recuperabilidade.
Gabarito Errado.
65. (CESPE/Analista/Controle Interno/MPE/PI/2012) A forma de
contabilização da reserva de capital prêmio na emissão de debêntures foi modificada.
Comentários
O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de capital.
Com o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser apropriado ao
resultado como receita, conforme o regime de competência.
As debêntures são títulos exclusivos das sociedades anônimas. É uma forma alternativa ao lançamento de ações no mercado e aos empréstimos bancários,
para captação de recursos. Não podem ser confundidas com as ações, pois não são títulos de propriedade. Não se confundem também com os empréstimos,
uma vez que oferecidas ao público, não sendo captados junto a instituições financeiras.
Quando o preço da debênture supera o seu valor nominal, teríamos, à visão da
legislação antiga, uma reserva de capital a ser registrada, chamada Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures. Isso ocorre quando as condições como
juros, garantias e outras vantagens forem atraentes para os investidores.
Assim, a contabilização da reserva de capital prêmio na emissão de debêntures
foi extinta, e não modificada.
Gabarito Errado.
66 (CESPE/TELEBRÁS/2013) As demonstrações financeiras das companhias abertas estão sujeitas às normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários e, quando necessário, serão submetidas a auditoria, realizada por auditores internos registrados nesta comissão.
Comentário: Conforme o art. 176, § 3º da Lei 6404/76:
Art. 176, § 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes
nela registrados.
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A frase: “...quando necessário, serão submetidas a auditoria, realizada por
auditores internos registrados nesta comissão.” está errada.
O correto seria:”... serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados.”
Gabarito Errado
67 A companhia que for fechada com patrimônio líquido, computado na data do
balanço, superior a R$ 2.000.000,00 não é obrigada a elaborar e publicar a demonstração dos fluxos de caixa.
Comentário: Mais uma questão de literalidade da Lei 6404/76:
Art. 176 § 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada
à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
Trocaram “inferior” por “superior”, mudaram um pouco a redação e...pronto! Uma típica questão da CESPE...
Gabarito Errado
Considere que determinada companhia tenha informado, em reais,
os saldos das contas, conforme mostrados na tabela abaixo.
Contas R$
despesas gerais 1.000
despesas antecipadas de seguros 3.000
despesas de salários 2.000
bancos 5.000
clientes 6.000
material de escritório 4.000
equipamentos 10.000
receita de serviços 10.000
fornecedores 1.000
capital 20.000
Com base nos dados acima apresentados, julgue os itens a seguir.
68 (CESPE/TELEBRÁS/2013) O saldo do ativo circulante é igual a R$ 18.000,00.
69 (CESPE/TELEBRÁS/2013) O capital próprio ou patrimônio líquido da
empresa evidencia uma situação líquida positiva no valor de R$ 27.000,00.
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70 (CESPE/TELEBRÁS/2013)Após a apuração do resultado, a empresa
apresentou lucro de R$ 4.000,00.
Comentário: Vamos esboçar o balanço (na verdade, é apenas a distribuição das contas pelos grupos do Balanço):
Contas AC AÑC PC PÑC PL
despesas gerais -1.000
despesas antecipadas de seguros 3.000
despesas de salários -2.000
bancos 5.000
clientes 6.000
material de escritório 4.000
equipamentos 10.000
receita de serviços 10.000
fornecedores 1.000 20.000
capital
TOTAL 18.000 10.000 1.000 0 27.000
68 – CERTO
69 – CERTO. Lembramos que as contas de resultado ficam classificadas no PL.
70 – ERRADO. Após a apuração do resultado, a empresa apresentou lucro de
R$ 7.000,00. (10.000 – 1.000 – 2.000)
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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
1. (CESPE/ABIN/Agente Técnico Contabilidade/2010 - adaptada) Em relação às
contas que são evidenciadas no balanço patrimonial, julgue os próximos itens.
I - Depreciação acumulada, participações em outras empresas e perdas estimadas para crédito de liquidação duvidosa são contas redutoras dos
elementos patrimoniais.
II - A reserva legal e a reserva estatutária compõem o patrimônio líquido, e a reserva especial para dividendo obrigatório compõe o passivo exigível.
III - Participações em outras empresas, caixa e equivalentes de caixa e imposto
a recuperar são contas do ativo.
Está correto o que se afirma na(s) assertiva(s):
A) I B) II
C) III D) I e III
E) II e III 2. (CESPE) Uma entidade obrigada a elaborar a demonstração de lucros ou
prejuízos acumulados (DLPA) poderá suprir essa exigência incluindo-a na demonstração das mutações do patrimônio líquido.
Acerca das demonstrações contábeis obrigatórias previstas na legislação
societária (Lei n.º 6.404/1976), julgue os próximos itens.
3. (Embasa/2009/CESPE) O balanço patrimonial e a demonstração das
mutações do patrimônio líquido fazem parte das demonstrações financeiras de elaboração obrigatória pela companhia.
Acerca das demonstrações contábeis obrigatórias previstas na legislação
societária (Lei n.º 6.404/1976), julgue os próximos itens.
4. (Embasa/2009/CESPE) A demonstração do fluxo de caixa e a demonstração do valor adicionado são de elaboração facultativa.
5. (Embasa/2009/CESPE) Por se referir a determinado momento, a informação
fornecida pelo balanço patrimonial é totalmente estática.
6. (ANTAQ/2009) Em uma companhia, ao fim de cada exercício social, as demonstrações financeiras deverão exprimir com clareza a situação do seu
patrimônio, incluindo o balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou
prejuízos acumulados, a demonstração do resultado do exercício, a
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demonstração dos fluxos de caixa e, no caso de companhia aberta, a
demonstração do valor adicionado.
7. (AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2004/NACIONAL) A elaboração do balanço patrimonial da empresa depende da apuração do lucro do exercício. Essa
apuração é efetuada na demonstração de lucros e prejuízos acumulados (DLPA).
(Analista de Saneamento/Ciências Contábeis/Embasa/2009/Cespe) O
patrimônio, sob o ponto de vista contábil, é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculadas a qualquer pessoa, física ou jurídica. Com relação ao
patrimônio das entidades, julgue os itens que se seguem.
8. O conjunto de bens e direitos constitui a parte positiva do patrimônio e, por isso, é denominado patrimônio líquido.
9. O ativo é constituído pelas obrigações, enquanto o patrimônio líquido resulta das receitas e despesas da entidade.
10. (Assistente de Saneamento/Técnico Contábil/Embasa/2009/ Cespe) Salários
a pagar, fornecedores e ferramentas são componentes do ativo.
11. A conta mercadorias é considerada um bem do ativo circulante.
12. (Técnico de Atividades do Meio Ambiente/Técnico em Contabilidade/IBAMA/2009/Cespe) De acordo com os componentes patrimoniais
da contabilidade, os bens são considerados coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica, e podem ser
divididos em bens materiais móveis e imóveis, e bens imateriais, que são determinados gastos que a empresa faz, os quais, por sua natureza, devem ser
considerados como partes do patrimônio.
13. (Contador/Ipojuca/2009/CESPE) O ativo é um recurso controlado pela
entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem ou não futuros benefícios econômicos para a entidade.
14. (Assistente de Saneamento/Técnico Contábil/Embasa/2009/Cespe) A conta
adiantamentos de clientes é considerada uma conta do passivo porque representa adiantamentos dos clientes à empresa.
15. (Contador/Ipojuca/2009) Uma característica essencial para a existência de
um passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente.
16. (Cespe) Serão contabilizados no ativo realizável em longo prazo os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte. Os derivados de empréstimos
a sociedades coligadas ou a diretores e que tenham vencimentos no mesmo
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exercício da concessão do empréstimo também serão contabilizados no ativo
realizável em longo prazo.
17. (Contador/MP RR/2008) Serão contabilizados no ativo realizável em longo prazo os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte. Os derivados
de empréstimos a sociedades coligadas ou a diretores e que tenham vencimentos no mesmo exercício da concessão do empréstimo também serão
contabilizados no ativo realizável em longo prazo.
18. (Contador/TST/2008) De acordo com a legislação societária, adiantamentos de viagem para tratar dos negócios da empresa, efetuados a diretores, são
classificados no ativo realizável a longo prazo.
19. (CESPE/UnB – TRE/ES) Suponha que, em decorrência da aplicação do critério da avaliação a valor justo, tenha havido aumento no valor de um bem
do ativo. Nesse caso, a contrapartida desse aumento será computada como
reserva de reavaliação, um subgrupo do patrimônio líquido.
20 (TER/ES/2010/Contabilidade/CESPE) A estrutura do balanço patrimonial obedece a regras rígidas, segundo as quais o grupo de realizável a longo prazo
não pode ser demonstrado depois do ativo permanente.
21. (TRE – ES – 2010 – contabilidade – CESPE) Quando o preço corrente dos bens destinados à alienação ou dos produtos e artigos da indústria e do
comércio da empresa estiver acima do valor do custo de aquisição, a diferença constituirá receita não operacional, mas somente poderá ser usada para a
constituição de reservas de contingência.
(TREMT/Contabilidade/2010) Com base no balancete de verificação de determinada empresa, levantado em 31/12/20X1 e mostrado acima, e na
apuração do balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício
(DRE), assinale a opção correta.
22. No balanço patrimonial, o valor do ativo circulante é de R$ 276.000,00.
23. O passivo não circulante, no balanço patrimonial, evidencia o valor total de R$ 3.500,00.
24. O valor total do patrimônio líquido é de R$ 216.000,00.
25. O saldo da conta reserva de lucros é de R$ 140.000,00.
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26. (Cespe) Os saldos acima constavam do balancete de encerramento de
dezembro de 2008 da Papelaria Central Ltda. Com base nessa situação hipotética e nos dados apresentados, o valor total do ativo não-circulante e o do
patrimônio líquido dessa papelaria são, respectivamente, iguais a R$ 1.600,00 e R$ 4.050,00.
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(Cespe/INMETRO/2009) Considerando as informações da tabela apresentada, julgue os próximos itens.
27. O ativo circulante totaliza R$ 18.659.
28. O ativo não circulante é igual a R$ 131.320.
29. O passivo não circulante corresponde a R$ 38.370.
(CESPE/Polícia Federal/2004/Regional) Acerca dos registros contábeis de
empresas comerciais, de seus livros fiscais, da avaliação de ativos, da influência do ICMS e das demonstrações contábeis, julgue os itens seguintes.
30. O valor realizável líquido e o custo de reposição são critérios de avaliação de ativos que buscam apresentar o valor econômico destes, uma vez que estão
fundamentados no valor de mercado.
31. (CESPE/Polícia Federal/2004/Regional) As contas registradas no patrimônio líquido incluem a provisão para contingências. Essa conta representa o
reconhecimento de provável perda futura.
32. (CESPE/Polícia Federal/2004/Regional) As demonstrações contábeis obrigatórias incluem o balanço de lucros ou prejuízos acumulados, que
representa a variação do lucro/prejuízo acumulado, ao considerar o resultado do exercício.
33. (CESPE/Contador/STF/2008) O montante pago a título de seguros e
transportes sobre compras de mercadorias será incorporado ao valor do
estoque de mercadorias disponíveis para revenda.
34. (CESPE/Contador/STF/2008) O montante pago ao fornecedor a título de tributos recuperáveis será incorporado ao valor do estoque de
mercadorias adquiridas para revenda.
35. (Analista Executivo/Metrologia e Qualidade/Contabilidade/2009/Cespe) O ajuste a valor presente aplicar-se-á a todos os ativos e passivos de curto
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e longo prazo. Um exemplo dessa aplicação é o registro de juros embutidos
que não foram contabilizados corretamente no momento da operação.
36. (MRE/Assistente de Chancelaria/2008/Cespe) A depreciação representa a parcela redutora do ativo em função do período de sua utilização. Sua
correta contabilização proporcionará a obtenção do valor contábil do bem ao se interpretar o balanço patrimonial.
37. (Cespe) Os bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia
ou utilizados com essa finalidade, antes classificados no ativo imobilizado, passaram a classificar-se no intangível.
38. (Analista de Saneamento/Embasa/2009) Um ativo intangível deve ser
reconhecido apenas se for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis a ele sejam gerados em favor da entidade e se o
custo desse ativo puder ser mensurado com segurança.
39. (CESPE/Polícia Federal/2009/Nacional) Suponha que uma empresa
mineradora tenha adquirido os direitos de exploração de uma mina por R$ 5 milhões, por meio de um contrato com cinco anos de vigência. Nesse caso, após
dois anos de exploração, se tiverem sido extraídos 30% da possança da mina, o referido ativo, classificado no imobilizado, deverá estar avaliado no balanço da
empresa por R$ 3 milhões.
40. (Contador/Ipojuca/2009) Caso o valor recuperável (impairment) de um imobilizado seja inferior ao custo do ativo, deverá ser feita uma contabilização
aumentando o saldo da conta depreciação acumulada e reduzindo o resultado do período.
41. (CESPE/Polícia Federal/2000/Nacional) No recebimento de dinheiro de
acionistas para integralização do capital social subscrito, deverá haver um
registro a crédito do capital social ou da conta que registra o capital a integralizar.
(CESPE/Contador/FUB/2011) Julgue os itens seguintes, de acordo com os
critérios de avaliação de ativos e passivos, conforme a redação dada à Lei n.º 6.404/1976 pelas Leis n.º 11.638/2007 e n.º 11.941/2009.
42 O método do custo foi abolido como forma de avaliação de investimentos
societários.
43 Avaliam-se os ativos intangíveis pelo custo incorrido na aquisição, vedada qualquer dedução.
44 Os estoques devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou de fabricação,
reduzido por estimativas de perdas para ajuste ao preço de mercado, quando
este for inferior, vedado qualquer outro critério.
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45 As contas a receber devem ser avaliadas pelo valor dos títulos que as compõe menos as devidas estimativas de perdas prováveis na realização.
46. (CESPE/Contador/FUB/2011) O balanço patrimonial, que é uma
demonstração estática, apresenta a posição econômica, financeira e patrimonial da entidade em determinada data.
A respeito de alterações patrimoniais, julgue os itens subsequentes.
47. (CESPE/Contador/TJ/RR/2012) Adiantamentos de clientes ocasionam aumento do ativo e do passivo.
48. (CESPE/Contador/TJ/RR/2012) Em sociedade por ações, caso haja lucro remanescente após a segregação para pagamentos dos dividendos
obrigatórios e após a destinação para as reservas de lucro, a sociedade reterá esse lucro excedente como uma nova reserva.
49. (CESPE/Contador/TJ/RR/2012) Todas as contas de ativo intangível
serão amortizadas a cada período, levando-se a contrapartida a débito de uma conta de resultado.
50. (CESPE/Contador/TJ/AC/2012) O patrimônio líquido de determinada
sociedade empresária é constituído conforme tabela a seguir.
Nesse caso, se a sociedade obtiver lucro líquido no valor de R$ 40.000,00, ela
deverá contabilizar o valor de R$ 2.000,00 como reserva legal.
51. (CESPE/Contador/TJ/AC/2012) Um ativo imobilizado foi submetido ao teste de recuperabilidade e o resultado mostrou perda no valor de R$
80.000,00. Nessa situação, a contabilização a ser feita aumentará a conta do ativo em R$ 80.000,00 e a conta de despesa no mesmo valor.
52. (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) O valor recuperável é definido como o
maior número absoluto entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor de uso.
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53. (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) Se determinada empresa fizer uma
chamada de capital e vender quinhentas novas ações mediante a cobrança de um ágio de dez centavos de real em relação ao preço nominal das ações
anteriormente integralizadas, o ágio deverá ser integralizado como receita não operacional.
54. (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) Os direitos vinculados a um imóvel de
propriedade de determinada empresa devem ser classificados no ativo circulante do balanço patrimonial, se forem realizáveis no decurso do exercício
seguinte. Se seu vencimento ocorrer após o término do exercício seguinte, devem ser classificados no ativo realizável a longo prazo.
55. (CESPE/Analista Judiciário/TJ ES/2011) A confusão normalmente feita
entre os termos capital e patrimônio é causada pelo fato de, na contabilidade, o capital ser constituído pelo patrimônio líquido, enquanto o patrimônio é formado
pelo ativo total das entidades.
56. (CESPE/Analista Judiciário/TJ ES/2011) As empresas são livres para
estabelecer os critérios que desejarem para a determinação dos dividendos a distribuir, contanto que respeitem os direitos dos acionistas.
57. (CESPE/Analista /Controle Interno/MPE/PI/2012) O grupo contábil
ativo permanente foi extinto, tendo seus subgrupos imobilizado e investimentos sido incorporados ao grupo de ativos não circulantes.
58. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/RJ/2012) O capital
próprio das entidades cujo patrimônio é controlado pela contabilidade corresponde ao seu ativo total.
59. (CESPE/TJ ES/Contador/2011) Na formalização do aumento de capital de
uma companhia, o adiantamento de capital correspondente será baixado,
mediante lançamento a débito, creditando-se o capital social.
60. (CESPE/TJ ES/Contador/2011) A conta-corrente do ICMS pode apresentar saldo devedor na escrituração mercantil. É o caso, por exemplo, de o valor das
compras exceder o das vendas de mercadoria comercializada pela empresa em determinado período. Esse débito fiscal é compensável nos períodos
subsequentes.
61. (CESPE/TRE/ES/Contabilidade/2010) Uma empresa que ocupou imóvel de
terceiros para realizar suas atividades operacionais, na última renovação do contrato de aluguel, negociou as seguintes condições com o locador: prazo de
aluguel: 24 meses; aluguel mensal de R$ 2.000,00; e desconto, no caso de pagamento adiantado dos aluguéis, de 15%. Em 30 de setembro de 2010, a
empresa locatária pagou R$ 40.800,00, beneficiando-se do desconto acertado.
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Nesse caso, ao final do exercício de 2010, a empresa deveria registrar o valor
de R$ 5.100,00 como despesa e de R$ 35.700,00 como ativo circulante.
62. (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) Entre os exemplos de contas que devem ser classificadas no ativo, encontram-se: as contas de bancos conta
movimento, adiantamentos a fornecedores e credores por duplicatas.
63. (CESPE/Contador/TRE/RR/2012) O arrendamento mercantil é classificado como financeiro ou operacional. No arrendamento operacional, há
transferência substancial de todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, ao passo que, no financeiro, não há transferência substancial de
riscos e benefícios inerentes à propriedade.
64. (CESPE/Polícia Federal/2012) O valor amortizável de ativo intangível
com vida útil indefinida deverá ser amortizado de modo a refletir o padrão de
consumo, pela entidade, dos benefícios econômicos futuros.
65. (CESPE/Analista/Controle Interno/MPE/PI/2012) A forma de contabilização da reserva de capital prêmio na emissão de debêntures foi
modificada.
66 (CESPE/TELEBRÁS/2013) As demonstrações financeiras das companhias
abertas estão sujeitas às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e, quando necessário, serão submetidas a auditoria, realizada por
auditores internos registrados nesta comissão.
67 A companhia que for fechada com patrimônio líquido, computado na data do
balanço, superior a R$ 2.000.000,00 não é obrigada a elaborar e publicar a
demonstração dos fluxos de caixa.
Considere que determinada companhia tenha informado, em reais, os saldos das contas, conforme mostrados na tabela abaixo.
Contas R$
despesas gerais 1.000
despesas antecipadas de seguros 3.000
despesas de salários 2.000
bancos 5.000
clientes 6.000
material de escritório 4.000
equipamentos 10.000
receita de serviços 10.000
fornecedores 1.000
capital 20.000
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Com base nos dados acima apresentados, julgue os itens a seguir.
68 (CESPE/TELEBRÁS/2013) O saldo do ativo circulante é igual a R$ 18.000,00.
69 (CESPE/TELEBRÁS/2013) O capital próprio ou patrimônio líquido da
empresa evidencia uma situação líquida positiva no valor de R$ 27.000,00.
70 (CESPE/TELEBRÁS/2013)Após a apuração do resultado, a empresa apresentou lucro de R$ 4.000,00.
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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO
1 C 36 C
2 C 37 C
3 E 38 C
4 E 39 E
5 C 40 E
6 C 41 C
7 E 42 E
8 E 43 E
9 E 44 E
10 E 45 C
11 C 46 E
12 C 47 C
13 E 48 E
14 C 49 E
15 C 50 E
16 C 51 E
17 C 52 C
18 E 53 E
19 E 54 E
20 C 55 E
21 E 56 C
22 C 57 C
23 E 58 E
24 E 59 C
25 E 60 E
26 C 61 E
27 E 62 E
28 C 63 E
29 C 64 E
30 C 65 E
31 E 66 E
32 E 67 E
33 C 68 C
34 E 69 C
35 E 70 E
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