obesidade x sociedade

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OBESIDADE

Afinal, o que é obesidade?

Doenças crônicas – novo desafio para

a saúde.

Complexidade do perfil nutricional –

revela a importância de um modelo de

atenção a saúde.

OMS – obesidade - epidemia global

(independente das condições

econômicas e sociais e aumenta em

grande escala o risco de

aparecimento ,desenvolvimento e

agravamento de outras doenças).

Resultado disso, segundo o

cardiologista Geraldo Margelo Souza

OBESIDADE

É uma doença caracterizada por...

Excessivo acúmulo de gordura nos

tecidos.

Distúrbio – problemas(estética e

psicológica) e risco para a saúde.

Impacto das mudanças sociais e econômicas sobre o padrão alimentar da população gerou como subproduto essa epidemia de obesidade.

Hábitos alimentares

Meios de transporte e tecnologia.

Sedentarismo (modo de vida).

Meios de

transporte

Tecnologia

Redução do tamanho das famílias.

Aumento da expectativa de vida.

Urbanização – alimentos

industrializados.

Evolução do padrão estético

Desnutrição X Obesidade

Organização Mundial de

Saúde(OMS). Excesso de peso (sobrepeso)

IMC ≥ 25 Kg/m2.

Obesidade

IMC ≥ 30 Kg/m2 .

grau I IMC - 30 e 34,9 Kg/m2

grau II IMC - 35 e 39,9 Kg/m2

Obesidade Mórbida

grau III IMC acima de 40 Kg/m2.

Índice de massa corporal

(IMC) O IMC é o índice aceito universalmente para

classificação da obesidade.

Proposto por Quetelej, em 1835.

Adotado em 1997 OMS como o índice de referência de medida para a obesidade.

Tem como inconvenientes não levar em conta:

Localização da gordura no corpo.

Proporção de músculos.

Diferenças sexuais.

Além de não distinguir massa magra da gorda.

IMC e tamanho da cintura

Vigilância de Fatores de Risco e

Proteção para Doenças Crônicas

por Inquérito Telefônico (Vigitel).

No Brasil, 56% da população

brasileira sofre com excesso de peso.

43,3% da população estão com o

peso acima dos níveis recomendados

(sobrepeso).

13% estão obesos.

25% das crianças são obesas.

Obesidade em Aracaju

Vigitel, pesquisa de 2012.

Instrumento para desenvolver políticas de saúde

pública.

População.

51,5% está acima do peso.

18% está obesa.

Excesso de peso

Homens:

2006 -14,6% 2012 -19,5

Mulheres:

2006 -47,2% 2012 - 44,6%

Obesidade em Aracaju

Alerta

Consumo de frutas e hortaliças:

Apenas 18,9% ingerem porção diária

recomendada pela OMS.

Obesidade em Aracaju

Gordura saturada:

28,2% – não dispensa carne

gordurosa.

45,5% - consomem leite integral

regularmente.

Obesidade em Aracaju

38,5 % da população aracajuana

praticam algum tipo de atividade física

no tempo livre ou no lazer.

Homens: 46,8%

Mulheres:31,6%

CAUSAS DA OBESIDADE

Obesidade = quantidade de gorduras no

corpo > quantidade de gorduras

necessárias ao metabolismo.

Existia já na época paleolítica há mais

de 25000 anos atrás.

Causas antes Causas hoje.

Obesidade é multifatorial...

Má Alimentação

(rica em lipídeos)

Sedentaris-mo

Hormônios (leptina e grelina)

Fatores genéticos

Nível Socioeconô

-mico

Fatores psicológi

-cos

Fatores demográfi

-cos

82,66

%

30,6%30%

21,3%

16%

5%

Desmame precoce

Estresse

Depressão Ansiedade

Distúrbio do SONO

Fumo e Álcool

Grau de Escolaridade

Má alimentação

Resulta em um desequilíbrio nutricional

provocado por um balanço energético

positivo que se dá, por sua vez, na

medida em que o sujeito ingere mais

energia do que é capaz de gastar.

Assim, tem-se um acúmulo de energia

que é convertida a gordura.

Sedentarismo

Hipoatividade Física.

Hormônios

Leptina: gera um aumento na queima de

energia e diminui a ingestão alimentar.Secretada por adipócitos.

Grelina: estimula a ingestão alimentar,

reduz o gasto de gordura, aumenta a

motilidade gástrica e secreção ácida e

reduz a atividade locomotora. Secretada no trato

gastrointestinal (RODGER, AL, 2007).

Fatores genéticos

Investigações de cunho genético

apontam associações entre indicadores

de obesidade com a proximidade do

grau de parentesco, sendo que o

coeficiente de correlação é mais alto

entre pais e filhos, entre irmãos e entre

gêmeos mono e dizigóticos.

Nível Socioeconômico “Nas classes A e B a tendência é de

estabilização e até diminuição entre as

mulheres, mas entre os mais pobres a

obesidade deve crescer cada vez mais”.Dr Márcio Mancini, presidente do departamento de obesidade da SBEM.

O problema é que os alimentos mais

baratos e mais consumidos também são

os mais calóricos*.

“Muitas das pessoas que estão

consumindo mais, foram subnutridas

na infância e agora, na idade adulta,

tendem a acumular mais calorias”, afirma

o médico endocrinologista e professor da Faculdade de Medicina da USP

Alfredo Halpern.

GRAU DE ESCOLARIDADE

Frutas e hortaliças estão presentes regularmente no cardápio de 45% dos brasileiros que concluíram, no mínimo, 12 anos de estudo.

O percentual reduz para 29% entre as pessoas que estudaram até, no máximo, oito anos.

Vigitel2012

Desmame precoce

Um dos prováveis fatores para

surgimento da obesidade infantil.

Distúrbio do Sono

O encurtamento do sono aumenta a

razão grelina/leptina, gerando o

aumento do apetite e da fome. Isto pode

estar associado à maior ingestão

calórica e ao desencadeamento da

obesidade.

Depressão / Ansiedade

Depressão Ansiedade

“Aproximadamente 30% das pessoas

que procuram tratamento para

emagrecer apresentam depressão,diz

Anete Abdo, endocrinologista do Projeto

de Atendimento ao Obeso, do Hospital

das Clínicas de São Paulo”

Transição nutricional

DESNUTRIÇÃO

OBESIDADE

Início

Grandes

campanhas

publicitárias

Ausência de

regulamentação da

publicidade

Inexistência de

regulamentação de

rótulos e

embalagens

População

desinformada

Atualmente

Praticidade e baixo preço

Mais publicidade

Consequências

E “O PSICOLÓGICO”, FICA ONDE

NESSA HISTÓRIA?

É Causa e Efeito da obesidade

COMO CAUSA:

OS MAIS VARIADOS DESEJOS E CARÊNCIAS SENDO SUBSTITUIDOS PELA COMIDA

COMO EFEITO:

ABALO EMOCIONAL

DESCONFORTO-ALIMENTAÇÃO-CONFORTO

DOR/COMIDA

O DESEQUILÍBRIO

EMOCIONAL E A

ALIMENTAÇÃO Impulsivida

de

Depressão Ansiedade

Estresse

A compulsão alimentar

A compulsão alimentar

O indivíduo não sente prazer no ato

da alimentação;

O indivíduo não tem consciência das

atitudes no exato momento em que

acontece a compulsão;

Atinge 2% da população geral e 30%

de obesos que procuram serviços

especializados de tratamento da

obesidade.

A CULPA Reavaliação de um comportamento passado tido como

reprovável por si mesmo.

Estigmas sociais

Identidade social: virtual x real

As relações entre normais e estigmatizados

Faltando o intercâmbio social quotidiano, a pessoa que se auto-isolapossivelmente torna-se desconfiada, deprimida, ansiosa e confusa.

Estereótipos

Por que, muitas

vezes, dietas não

dão resultados?

MOTIVOS

Tendências

Em 2006, 43% da população (acima

de 18 anos) estava acima do peso

ideal

Em 2012 o índice é de 51%.

Para o governo

Segundo o Ministério da Saúde, asdoenças relacionadas à obesidadecustam R$ 488 milhões todos os anosaos cofres públicos,aproximadamente 25% desse valordestinam-se a pacientes com obesidademórbida, que custam cerca de 60 vezesmais do que uma pessoa obesa semgravidade.

O obeso muitas vezes tem suashabilidades afetadas pela doença, assimperdemos mão-de-obra e talentos queserviriam à sociedade.

Para o governo, não é vantagem

ter uma população obesa

DESPESAS PRODUTIVIDADE

Para a sociedade

O problema da obesidade não é apenas

deixar suas vítimas fora dos padrões

estéticos impostos pela sociedade, a

obesidade é uma doença séria e que não

aparece sozinha, ela é fator desencadeante

de diversas patologias.

Diabetes tipo 2

Hipertensão arterial

Dor nas costas

Artrose

Asma

Embolia pulmonar

Doenças isquêmicas do coração

Insuficiência cardíaca

AVC

Pancreatite

Inflamação e pedra na vesícula

Câncer de pele

Câncer de mama

Câncer de ovário

Leucemia

Câncer de tireóide

Câncer de pâncreas

Câncer da vesícula biliar

Câncer de estômago

Câncer de endométrio

Câncer renal

Câncer de estômago

Câncer de cólon

Câncer de reto

Linfoma não Hodgkin

Mieloma múltiplo

Para a criança:

oProblemas com os ossos e

articulações

oDificuldade de respirar e cansaço

oAlterações do sono

oAmadurecimento pré-maturo

oDificuldade de desenvolver algum

exercício físico

Psicossociais

oBaixa auto-estima

oDesânimo

oIsolamento

oDepressão

oTranstornos que levam à

bulimia e à anorexia nervosa

EMPECILHOS

Falta de conhecimento

Na análise do presidente da ABESO, dr. Mario Carra “o

insucesso dos tratamentos se baseiam,

essencialmente, na falta de conhecimento sobre os

fatores inerentes ao desenvolvimento da obesidade e

suas consequências”.

O presidente da ANAD, dr. Fadlo Fraige, destaca: “os

percentuais de pessoas com doenças como

hipertensão, dislipidemia e diabetes entre os

pesquisados são altos, sendo que estes demonstram

não saber da relação dos problemas citados com o

excesso de peso”.

Dr. Scarparo, com experiência de 07 anos no

tratamento com o Sistema Orbera de emagrecimento,

comenta: “As pessoas estão condicionadas ao dia a dia

e não conseguem contabilizar os custos indiretos que a

obesidade, com seu consumo exagerado e

Condições econômicas

O estudo de Heller e Kerbauy (2000) identificou fatores socioeconômicos como uma das dificuldades apontadas pelos pacientes, para seguir um programa, tendo em vista o custo elevado de frutas, verdura e alimentos hipocalóricos. Isto é uma realidade e reflexo das péssimas condições de vida da população brasileira. A maioria realmente não tem condições para adquirir alimentos necessários a uma dieta para emagrecimento.

Sociedade do agora

Tratamento longo e demorado

Falsos tratamentos instantâneos

Aquisição de hábitos inadequados à

rotina atual

POLÍTICAS PÚBLICAS

Políticas públicas

Linha de Cuidados da Atenção Básica paraexcesso de peso e outros fatores de riscoassociados ao sobrepeso e à obesidade.

Academia da Saúde, que oferecerá póloscom infraestrutura, equipamentos eprofissionais qualificados para a orientaçãode atividades físicas e lazer para as pessoasobesas ou com sobrepeso.

A pessoa com IMC superior a 25 terá acessoa um Núcleo de Apoio à Saúde da Família(NASF), onde receberá informações arespeito de uma alimentação adequada.

Oferta de apoio psicológico ao paciente.

Cirurgia bariátrica

INDICAÇÕES :

Portadores de obesidade mórbida com IMC igual ou

maior do que 40 Kg/m2, sem co-morbidades e que não

responderam ao tratamento conservador (dieta,

psicoterapia, atividade física, etc.), realizado durante

pelo menos dois anos e sob orientação direta ou indireta

de equipe de hospital credenciado/habilitado como

Unidade de Assistência de Alta Complexidade ao

Paciente Portador de Obesidade

Portadores de obesidade mórbida com IMC igual ou

maior do que 40 Kg/m2 com co-morbidades que

ameaçam a vida

Pacientes com IMC entre 35 e 39,9 Kg/m2 portadores

de doenças crônicas desencadeadas ou agravadas pela

Cirurgia bariátrica

Os seguintes critérios devem ser observados:

excluir os casos de obesidade decorrente de doença

endócrina

o doente ter capacidade intelectual para compreender

todos os aspectos do tratamento, bem como dispor de

suporte familiar constante;

o doente e os parentes que o apóiam assumirem o

compromisso com o seguimento pós-operatório, que

deve ser mantido indefinidamente;

o doente não apresentar alcoolismo ou dependência

química a outras drogas, distúrbio psicótico grave ou

história recente de tentativa de suicídio.

Cirurgia bariátrica

Nova Portaria do Ministério da Saúde:

Reduziu de 18 anos para 16 anos a idade mínima para realizar o procedimento, desde que o paciente corra risco de saúde por causa da obesidade.

Antes de fazer a cirurgia, os jovens terão de passar por uma avaliação clínica, será analisado a idade óssea e o risco-benefício, por uma equipe com participação de dois médicos especialistas.

A definição se o paciente deve se submeter à cirurgia não será tomada com base na idade, mas levando em conta a avaliação clínica (risco-beneficio).

Prevenção

Programa Saúde nas Escolas, que alcança escolas, creches e pré-escolas

Parceria com Federação Nacional de Escolas Particulares para distribuição de Manuais das Cantinas Escolares Saudáveis para incentivo ao consumo de lanches menos calóricos e mais nutritivos

O Ministério mantém acordo com a indústria para redução do teor de sódio nos alimentos.

Dados

77% dos 2.040 NASFs contam com nutricionistas; 88,6% com psicólogos e 50,4% com professores de educação física.

foram repassados R$ 175 milhões, de um total de investimento previsto de R$ 390 milhões.

há mais de 2,8 mil polos habilitados para construção em todo o país e outros 155 projetos pré-existentes que foram adaptados.

PAPEL SOCIAL

Papel da família

Poder de influência

Poder de liderança

Confiança

“Juntos somos mais fortes”

Papel da mídia

Papel da mídia

Não mostra o outro lado. Apresenta as qualidades e

seduz o consumidor, mas não esclarece a respeito deseus

efeitos se consumido em grandes quantidades

Se direciona uma publicidade à criança porque que ela

é ingênua e vai ser uma promotora de vendas em sua

casa

Alcançam as crianças através de:

o publicidade na televisão

o embalagens

o a colocação dos produtos nos pontos de venda

o distribuição de brindes infantis junto com refeições.

Papel da mídia

Em 2010, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baixou uma resolução com novas regras para a publicidade de alimentos. A medida previa que ao final das propagandas de produtos com elevadas quantidades de açúcar, sódio e gorduras saturada ou trans, deveria ser emitido um alerta sobre os riscos desses produtos para a saúde. O texto levantou polêmica e foi suspenso três meses depois pela Advocacia Geral da União, que avaliou a medida como inconstitucional. O pedido de suspensão foi feito pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia).

Papel da mídia

PROJETO DE LEI Nº 1637/2007

Dispõe sobre oferta, propaganda,

publicidade, informação e outras

práticas correlatas, cujo objeto seja a

divulgação e a promoção de alimentos

com quantidades elevadas de açúcar,

de gordura saturada, de gordura

trans, de sódio, e de bebidas

com baixo teor nutricional.

Bibliografia

http://www.brasil.gov.br/saude/2013/03/atualmente-no-pais-existem-cerca-de-14-8-milhoes-de-brasileiros-obesos

http://www.obesidade.info/consequenciasobesidade.htm

http://br.guiainfantil.com/obesidade-infantil/127-consequencias-da-obesidade-infantil.html

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/03/ministerio-da-saude-publica-novas-regras-para-cirurgia-bariatrica-no-sus.html

http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/12926/162/mais-da-metade-da-populacao-brasileira-tem-excesso-de-peso.html

http://dtr2001.saude.gov.br/.../Port2007/PT-492.htm

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/midia_indutora_da_obesidade_infantil

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http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=470065&indexSearch=ID

http://obesidade.org/causas-da-obesidade/

http://www.abeso.org.br/pdf/Obesidade%20no%20Brasil%20VIGITEL%202009%20POF2008_09%20%20II.pdf

CAVALCANTI, A. C.; MELO, A. M. C. A. Mídia, comportamento alimentar e obesidade na

infância e na adolescência: uma revisão. Revista Brasileira de Nutrição Clinica, São Paulo, v. 23,

n. 3, p. 199-203, 2008

http://bioqumicadaobesidade.blogspot.com.br/2010/11/obesidade-fatores-geneticos.html

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http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/mais_peso_na_base_da_piramide_social_imprimir.html

http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=ADOLEC&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=487444&indexSearch=ID

http://veja.abril.com.br/noticia/saude/obesidade-deve-aumentar-entre-os-mais-pobres-diz-especialista

http://oglobo.globo.com/mundo/ministra-do-reino-unido-diz-que-obesidade-problema-de-pobre-7377664

http://saude.abril.com.br/edicoes/0294/medicina/conteudo_266126.shtml

OBRIGADA!

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