o processo de ensino num contexto de aprendizagem ppt

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Terry AndersonAthabasca University

“comunidade de aprendizagem”, criado por Garrison, Anderson e Archer (2002), e posteriormente desenvolvido por Garrison & Anderson (2003) (ver fig. 1)

Margarid@fernandes - UAb

• Postula que a criação de um contexto de prendizagem online, tem de ter por base uma quantidade suficiente de três presenças, que interagem entre si e se influenciam mutuamente. E a forma como essa interacção e influência é feita vai determinar um maior ou menor sucesso, na implementação do contexto de aprendizagem online, que se pretende criar:

Presença cognitiva;Presença social;Presença de ensino; 

Margarid@fernandes - UAb

Os autores:

1.1. Descrevem a Presença cognitiva,

como a capacidade de construção de

conhecimento e significado que cada um

dos apreendentes apresenta através de

comunicação continuada, numa

comunidade critica de inquirição.

1) Presença cognitiva – funciona na área

epistemológica, cultural e da expressão social

(McPeck, 1990; Garrison, 1991)

 

Margarid@fernandes - UAb

1.2 . Afirmam que esta capacidade cognitiva /

crítica é evidenciada através da forma como

os intervenientes do processo, interpretam,

analisam, avaliam, inferem, explicam e auto-

regulam, toda construção desse mesmo

conhecimento, dado um determinado tema,

num contexto técnico/sócio cultural.

 

Margarid@fernandes - UAb

 

1.3. Asseguram que, a presença cognitiva

é que vai garantir que as aprendizagens

mais significativas e toda a construção de

significado ocorram num meio que apoie o

desenvolvimento de capacidades de

raciocínio complexo e crítico.

Margarid@fernandes - UAb

2) Presença social: («a ausência de

presença social leva a uma

incapacidade para exprimir

discordâncias, para partilhar pontos

de vista, para explorar diferenças, e

para aceitar o apoio e concordância

dos seus colegas e do professor»)Margarid@fernandes - UAb

Os autores afirmam que:2.1. O principal objectivo da presença social é

apoiar os objectivos cognitivos e afectivos da aprendizagem, na medida em que estimula, mantém e apoia o pensamento crítico.

Em termos afectivos, a presença social favorece as interacções de e em grupos e promove a integração académica, social e institucional, contribuindo desta forma para reduzir as taxas de desistências, tendencialmente mais elevadas em aprendizagem a distância.

Margarid@fernandes - UAb

Para tal propõe-se:

2.2. A criação de um ambiente em que os

alunos se sintam plenamente à vontade

para colocar todas as suas dúvidas, ideias

e outras questões, num ambiente

colaborativo.

Margarid@fernandes - UAb

3. Presença de ensino

A presença de ensino refere-se a todo um

trabalho que um e-professor tem de realizar de

forma a conseguir criar uma comunidade de

inquirição efectiva e em que, tanto a presença

cognitiva como a presença social estão

plenamente envolvidas. Existem assim três

funções essenciais, a prestar por um e-professor

para que seja bem sucedido:

 Margarid@fernandes - UAb

3.1. Desenho e Organização:

Refere-se à concepção e gestão das

sequências de aprendizagem, trabalho

este, que ocorre antes e durante o

estabelecimento da comunidade de

aprendizagem.

Margarid@fernandes - UAb

3.2. Facilitação do discurso:

Para garantir a construção de significado e a compreensão mútua na comunidade de inquirição, é necessário estimular e manter vivas as discussões de/ e entre todos os interveniente da comunidade, e tal só é possível através da criação e implementação de actividades e disponibilização constante de material de consulta. Esta tarefa do professor pode bem realizar-se enquanto o curso se encontra a decorrer.

Margarid@fernandes - UAb

3.3 Instrução directa:

Enquanto especialista o professor deve:Disponibilizar informação Estar atento, às discussões, e intervir de forma

a clarificar todo e qualquer mal entendido, que possa existir quer na apreensão e/ou interpretação de um ou mais discursos, quer na divulgação deste ou destes, por parte de toda a comunidade educativa previamente estabelecida, para que se consiga, de facto chegar a resultados relevantes.

 

Margarid@fernandes - UAb

Os autores chamam a atenção para o facto de a presença

de ensino, nem sempre ser tarefa do professor formal, e

ilustram -no ao afirmar que:

 « Em muitos contextos, especialmente quando se

ensina a um nível sénior universitário, a

presença de ensino é delegada nos, ou

assumida pelos, estudantes quando estes

contribuem com as suas próprias capacidades e

conhecimentos para o desenvolvimento da

comunidade educativa.»

Margarid@fernandes - UAb

3.2. Facilitar o discurso Distinção das palavras «Discurso» e «Discussão»: Ao descrever, o que se entende por facilitação de

discurso por parte do e-professor, os autores, fazem questão de distinguir as palavras «Discurso» e Discussão» uma vez que no dicionário: (American Heritage Dictionary, 2000), ao contrário da palavra «Discurso» que se encontra associada ao conceito de « Processo ou capacidade de argumentação», a palavra «Discussão» tem apenas uma «conotação mais social » , isto é não está de maneira nenhuma associada a competências cognitivas.

Margarid@fernandes - UAb

Facilitação do discurso

A facilitação do discurso, deve sempre

considerar a presença social e a presença

cognitiva.

 

Razões pelas quais é necessário e

indispensável , a facilitação do discurso,

na concepção, e desenvolvimento , da

comunidade de aprendizagem online:Margarid@fernandes - UAb

O uso de quantidade suficiente de presença social leva a que os intervenientes da comunidade e-learning efectuem entre si diversos contactos, com o objectivo de reflectir sobre o tema em estudo. Tais contactos evidenciam não só as capacidades cognitivas de cada indivíduo, como também acabam por ser a razão do desenvolvimento da maior parte delas. Se não for facilitado, isto é se não for fornecido aos alunos material de informação (em multimédia, vídeo, texto, etc. …;), de maneira nenhuma se conseguirá promover tal desenvolvimento, o que levará concerteza à desmotivação da maior parte dos elementos do grupo.

Margarid@fernandes - UAb

Para além de ser um meio através do qual os

alunos descobrem os seus próprios erros, o

discurso promove «conflitos» entre os

intervenientes da comunidade. Através destes

conflitos surge a oportunidade da dissonância

cognitiva ser exposta (este facto é bastante

significativo na perspectiva Piagetiana, uma

vez que ela é essencial para o crescimento

intelectual do individuo).Margarid@fernandes - UAb

• Técnicas de promoção e

desenvolvimento, do discurso

online entre os intervenientes

da comunidade educativa.

Margarid@fernandes - UAb

Durante o processo de aprendizagem online o professor deve:

 Fazer, constantemente uma leitura rápida

e dar respostas, rápidas e eficientes no respeita às contribuições e preocupações dos estudantes.

 

Margarid@fernandes - UAb

Procurar trabalhar constantemente na

concepção e divulgação de meios para

apoiar e estimular a compreensão do

estudante individual e o desenvolvimento

da comunidade de aprendizagem como um

todo:

Margarid@fernandes - UAb

Centrar as discussões nos aspectos chave. Saber conduzir os seus alunos a reconhecer,

de acordo com as actividades propostas, aspectos que suscitem duvidas pois são eles que de facto vão conduzi-los a determinadas respostas.

 Promover a discussão de ideias, e questioná-

las a partir de respostas a elas dadas.

Margarid@fernandes - UAb

Testar as ideias teoricamente ou sempre que possível de uma forma prática

 Saber por sempre fim às discussões

quando estas, já não conduzem a nenhum resultado pretendido.

 Terminar as discussões quando estas já

atingiram o seu objectivo

Margarid@fernandes - UAb

Moderar as discussões sem as dirigir ostensivamente

 Por fim e não por último, deve fazer com

que os seus alunos tenham consciência crítica da sua própria consciência.

Criar e desenvolver um clima de confiança e segurança no seio da comunidade de aprendizagem online:

Margarid@fernandes - UAb

Dando sempre as boas vindas aos participantes assim que estes entram na comunidade de aprendizagem;

  Encorajar os alunos a divulgarem as

suas ideias, e fazer-lhes sentir que eles são parte importante e integrante do processo de aprendizagem online.

Evidenciar a sua personalidade como professor ,e num grau bastante adequado , consentir que o conheçam como pessoa.

Margarid@fernandes - UAb

Manter sempre uma atitude informal no que diz respeita à comunicação

 Elogiar sempre que for necessário e adequado a ou as contribuições dos seus alunos.

Fazer sentir na comunidade que ele esta sempre disponível para esclarecer qualquer duvida individual ou do grupo

Margarid@fernandes - UAb

Encorajar os estudantes a reconhecer e identificar os colegas sempre que estes respondam a contribuições específicas.

 Estimular os alunos mais passivos, a

participarem mais. 

Margarid@fernandes - UAb

Até se estabelecer um certo grau de familiaridade no seio da comunidade educativa, o professor não deve exagerar no humor, pois pode ferir susceptibilidades.

Por fim, o e-professor deve encorajar os alunos a informá-lo por e-mail, sempre que estiveram perante sentimentos de ansiedade e tensão.

 Margarid@fernandes - UAb

O PROCESSO DE ENSINO NUM CONTEXTO DE APRENDIZAGEM ONLINE (1)Terry Anderson - Athabasca University-

Todo o processo de avaliação de aprendizagem

(online ou não), e independentemente do objecto

a ser avaliado, tem atrás de si um historial que

envolve mecanismos de investigação e estudo,

sucessivos, de utensílios úteis de forma a

adequar e ajustar as aprendizagens às

orientações dadas.

Margarid@fernandes - UAb

Num contexto de aprendizagem, qualquer que ele seja, o processo de avaliação qualitativa é constante.

Aspectos relacionados com a educação presencial, tais como:

Atitude/ Comportamento do aluno na sala de aula;Qualidade de participação nas actividades

propostas pelo professor;Interesse manifestado nessas mesmas actividades;Espírito de observação / crítico;Autonomia intelectual;Relacionamento com os restantes elementos da

comunidade de aprendizagem; são analisados e avaliados pelo professor utilizando

parâmetros subjectivos. Margarid@fernandes - UAb

Esta avaliação é feita de forma sistemática e

contínua, quer no início quer numa fase mais

avançada do processo de aprendizagem:

Inicialmente para que o professor tenha a

oportunidade de acompanhar de forma

coerente e eficaz o nível de conhecimentos,

as atitudes e comportamento dos seus alunos

Margarid@fernandes - UAb

Numa fase mais avançada, para que o professor

possa identificar dificuldades e mudanças no

comportamento associado à presença cognitiva

e desta forma ir construindo ele mesmo

mecanismos que conduzam a elaboração de

actividades que possam então estimular ainda

mais a criação de significado.

Margarid@fernandes - UAb

Mas, como avaliar tais aspectos, quando eles se

encontram enquadrados num ambiente online?

Será que existe alguma diferença entre avaliação

num contexto de educação à distância, e a

avaliação num contexto de educação presencial?

Deverão os critérios de avaliação na educação

presencial ser os mesmos que os critérios de

avaliação online?

Margarid@fernandes - UAb

Que novos itens de avaliação se deve ter em conta num processo de educação online?

 Como deve ser feita então a avaliação do

desempenho dos alunos, quando as actividades propostas são mediadas pela Internet?

 Testes online? Como saber de facto se é ou não

o nosso aluno que está online?

Como validar trabalhos e actividades realizadas, enviadas por Mail?

Margarid@fernandes - UAb

Se nas actividades propostas pelo professor, este não exigir momentos presenciais, como avaliar os alunos relativamente à realização dessas actividades?

 O que se deve avaliar então nestes casos?

Conteúdos ?

 Como deve, então o e-professor avaliar a

colaboração, participação e o desempenho e interesse dos alunos nas actividades propostas online?

Margarid@fernandes - UAb

Resumidamente, a avaliação formal (isto é a avaliação

num contexto de educação à distância/online ) pode

ser feita de três formas distintas:

 

Margarid@fernandes - UAb

Presencial:

A avaliação é feita por meio de um teste, na

presença do e-professor ou de uma outra pessoa

responsável, para garantir a legitimidade da mesma;

 

Margarid@fernandes - UAb

Virtual com aplicação de testes online:

A avaliação é feita por meio de

mecanismos de testes online que devem

ser respondidos e enviados

posteriormente para o professor por meio

de formulários de envio ou via e-mail.

Margarid@fernandes - UAb

Avaliação ao longo do curso (contínua):

A avaliação é feita de forma contínua e

progressiva, baseada em aspectos característicos,

tais como: actividades realizadas, os comentários

postados, as participações em grupos de

discussão e em chats, as mensagens postadas no

correio, etc.

Margarid@fernandes - UAb

Para garantir a legitimação, de uma

aprendizagem online, geralmente a

avaliação presencial, é realizada no final

do curso, ou no final de cada tema em

estudo, durante o processo de

aprendizagem.

Margarid@fernandes - UAb

Mas a avaliação de aprendizagem online continua a ser objecto de estudo por parte de curiosos e investigadores, uma vez que não se esgotaram as respostas, relativamente às questões relacionadas com este tipo de avaliação e colocadas no início deste tema, e uma vez que de cada vez que é estabelecida uma técnica de avaliação, surgem novas duvidas, novas questões sobre a eficácia dessas técnicas de avaliação.

Estas dúvidas surgem porque muitas vezes a relação que existe entre o tema em estudo e o objecto de avaliação tornam ineficazes essas técnicas utilizadas.

Margarid@fernandes - UAb

BIBLIOGRAFIA: O PROCESSO DE ENSINO NUM CONTEXTO DE APRENDIZAGEM ONLINE (1)Terry Anderson - Athabasca University-

…ainda a avaliação

O PROCESSO DE ENSINO NUM CONTEXTO DE APRENDIZAGEM ONLINE (1)

Terry Anderson - Athabasca University-

Segundo Garrison & Anderson, o acesso fácil e

rápido a informação variada, proporcionada pelo

professor, o grau de flexibilidade manifestada por

este, e a forma como se relaciona como os seus

alunos reflectir-se-á, também na avaliação.

Num estudo realizado em 2003 sobre a avaliação

no ensino à distância Garrison & Anderson

também discutiram com grande pormenor a

avaliação de aprendizagem em contexto online.

Margarid@fernandes - UAb

No entanto, neste capítulo as características

principais de avaliação online aparecem

resumidas. Apresentam-se também, com o

objectivo de avaliar a participação da

comunidade educativa em estudo, dois quadros

que podemos designar por quadros de avaliação.

Margarid@fernandes - UAb

O feedback atempado e pormenorizado

favorece a motivação e dá forma ao

comportamento e às construções mentais. Por

este motivo, as avaliações tecnológicas tais

como as simulações e as questões de escolha

múltipla podem ser consideradas como

instrumentos de aprendizagem bastante

eficazes (Prensky, 2000).

Margarid@fernandes - UAb

Segundo (Laurillard, 1997) o feedback

professor / aluno e a comunicação directa

entre eles é um factor importante, na

facilitação da comunicação online.

Para (Jiang and Ting, 2000) , «A aprendizagem

é proporcional ao peso da classificação

destinada à participação» Isto é quanto maior

for a participação do aluno nas actividades

propostas, maior será a sua classificação.

Margarid@fernandes - UAb

Contudo torna-se quase impossível não

deixarmos de estabelecer uma relação desta

ideia de Jiang e Ting, com o facto de muitas

vezes, no ensino presencial, a classificação da

assiduidade funcionar como uma forma de

compensar a quantidade e não a qualidade

(Campbell, 2002).

Margarid@fernandes - UAb

Por outro lado o facto de não existir qualquer

incentivo à participação dos elementos da

comunidade de aprendizagem, por parte do e-

professor, acaba por eliminar de imediato a

comunidade, inicialmente formada.

(Palloff and Pratt,1999) afirmam que o

modelo de aprendizagem baseado em teorias

construtivistas ( isto é a participação na

aprendizagem online num contexto social )

deve ser avaliada e devidamente

recompensada.Margarid@fernandes - UAb

Na avaliação de aprendizagens online, a

participação representa, geralmente um valor

entre os 10 % e os 25% da classificação final.

Também, ainda numa avaliação de educação à

distância tal como ela é hoje entendida, é

fundamental que o professor seja explícito,

consciente, objectivo e justo, em qualquer tipo de

avaliação que faça.

Margarid@fernandes - UAb

A seguir mostram-se dois exemplos de como

a avaliação da participação de dois e-

professores vai realçar a sua presença de

ensino: Nada Dabbagh (2000) e Susan

Levine (2002)

Margarid@fernandes - UAb

Quadros de Avaliação - Susan Levine (2002)

Susan Levine (2002) desenvolveu um conjunto de regras e orientações com o objectivo de serem utilizadas com alunos dos cursos de aprendizagem online assíncrona.

Numa mensagem informa os alunos da data do início e do fim da discussão, diz-lhes também que se devem centrar somente nas questões colocadas, e que devem sempre que possível emitir opiniões baseadas também em opiniões de outros colegas do grupo de aprendizagem.

Margarid@fernandes - UAb

Susan Levine pede aos seus alunos que não

se esqueçam de introduzir também todo o

tipo de material relacionados com as

questões colocadas, outras leituras bem como

outras quaisquer questões que se lhes ocorra

e que sejam coerentes com o propósito da

discussão.

Margarid@fernandes - UAb

Solicitou ainda aos intervenientes da

aprendizagem que tecessem comentários

acerca da opinião uns dos outros, sintetizando

as respostas e colocassem dúvidas e questões

de forma a alargar a compreensão do grupo.

Margarid@fernandes - UAb

Susan Levine pediu ainda que:

Colocassem dois posts de qualidade pelo menos por cada questão em discussão, e que esses posts deviam reflectir a compreensão do material do curso.

Nos posts devia aparecer de forma justificada todas as formas de negociação das ideias e dos significados do grupo em relação ao material; as contribuições deviam ir além de um “idem”. Susan Levine avançou ainda com outras instruções com o objectivo de aprofundar as discussões:

Margarid@fernandes - UAb

Estabelecer relações entre a discussão

corrente e as discussões anteriores, uma

experiência pessoal, ou conceitos a partir

das leituras;

Comentar ou pedir para clarificar a

opinião de um ou outro aluno ;

Sintetizar as respostas de outros alunos;Margarid@fernandes - UAb

As regras propostas por Susan Levine,

orientaram os alunos na quantidade ("dois

posts de qualidade" por questão em discussão)  

e na qualidade das contribuições esperadas.

Margarid@fernandes - UAb

Da obrigatoriedade de participação imposta

por Susan Levine, revela-se a sua «Presença

de professor» de uma forma estruturada e

explícita, no entanto apreciação da qualidade

surge aqui ligada ao conceito de

aprendizagem profunda e ao pensamento

crítico.

Margarid@fernandes - UAb

…ainda a avaliação

O PROCESSO DE ENSINO NUM CONTEXTO DE APRENDIZAGEM ONLINE (1)

Terry Anderson - Athabasca University-

Segundo Garrison & Anderson, o acesso fácil e

rápido a informação variada, proporcionada pelo

professor, o grau de flexibilidade manifestada por

este, e a forma como se relaciona como os seus

alunos reflectir-se-á, também na avaliação.

Num estudo realizado em 2003 sobre a avaliação

no ensino à distância Garrison & Anderson

também discutiram com grande pormenor a

avaliação de aprendizagem em contexto online.

Margarid@fernandes - UAb

No entanto, neste capítulo as características

principais de avaliação online aparecem

resumidas. Apresentam-se também, com o

objectivo de avaliar a participação da

comunidade educativa em estudo, dois quadros

que podemos designar por quadros de avaliação.

Margarid@fernandes - UAb

O feedback atempado e pormenorizado

favorece a motivação e dá forma ao

comportamento e às construções mentais. Por

este motivo, as avaliações tecnológicas tais

como as simulações e as questões de escolha

múltipla podem ser consideradas como

instrumentos de aprendizagem bastante

eficazes (Prensky, 2000).

Margarid@fernandes - UAb

Segundo (Laurillard, 1997) o feedback

professor / aluno e a comunicação directa

entre eles é um factor importante, na

facilitação da comunicação online.

Para (Jiang and Ting, 2000) , «A aprendizagem

é proporcional ao peso da classificação

destinada à participação» Isto é quanto maior

for a participação do aluno nas actividades

propostas, maior será a sua classificação.

Margarid@fernandes - UAb

Contudo torna-se quase impossível não

deixarmos de estabelecer uma relação desta

ideia de Jiang e Ting, com o facto de muitas

vezes, no ensino presencial, a classificação da

assiduidade funcionar como uma forma de

compensar a quantidade e não a qualidade

(Campbell, 2002).

Margarid@fernandes - UAb

Por outro lado o facto de não existir qualquer

incentivo à participação dos elementos da

comunidade de aprendizagem, por parte do e-

professor, acaba por eliminar de imediato a

comunidade, inicialmente formada.

(Palloff and Pratt,1999) afirmam que o

modelo de aprendizagem baseado em teorias

construtivistas ( isto é a participação na

aprendizagem online num contexto social )

deve ser avaliada e devidamente

recompensada.Margarid@fernandes - UAb

Na avaliação de aprendizagens online, a

participação representa, geralmente um valor

entre os 10 % e os 25% da classificação final.

Também, ainda numa avaliação de educação à

distância tal como ela é hoje entendida, é

fundamental que o professor seja explícito,

consciente, objectivo e justo, em qualquer tipo de

avaliação que faça.

Margarid@fernandes - UAb

A seguir mostram-se dois exemplos de como

a avaliação da participação de dois e-

professores vai realçar a sua presença de

ensino: Nada Dabbagh (2000) e Susan

Levine (2002)

Margarid@fernandes - UAb

Quadros de Avaliação - Susan Levine (2002)

Susan Levine (2002) desenvolveu um conjunto de regras e orientações com o objectivo de serem utilizadas com alunos dos cursos de aprendizagem online assíncrona.

Numa mensagem informa os alunos da data do início e do fim da discussão, diz-lhes também que se devem centrar somente nas questões colocadas, e que devem sempre que possível emitir opiniões baseadas também em opiniões de outros colegas do grupo de aprendizagem.

Margarid@fernandes - UAb

Susan Levine pede aos seus alunos que não

se esqueçam de introduzir também todo o

tipo de material relacionados com as

questões colocadas, outras leituras bem como

outras quaisquer questões que se lhes ocorra

e que sejam coerentes com o propósito da

discussão.

Margarid@fernandes - UAb

Solicitou ainda aos intervenientes da

aprendizagem que tecessem comentários

acerca da opinião uns dos outros, sintetizando

as respostas e colocassem dúvidas e questões

de forma a alargar a compreensão do grupo.

Margarid@fernandes - UAb

Susan Levine pediu ainda que:

Colocassem dois posts de qualidade pelo menos por cada questão em discussão, e que esses posts deviam reflectir a compreensão do material do curso.

Nos posts devia aparecer de forma justificada todas as formas de negociação das ideias e dos significados do grupo em relação ao material; as contribuições deviam ir além de um “idem”. Susan Levine avançou ainda com outras instruções com o objectivo de aprofundar as discussões:

Margarid@fernandes - UAb

Estabelecer relações entre a discussão

corrente e as discussões anteriores, uma

experiência pessoal, ou conceitos a partir

das leituras;

Comentar ou pedir para clarificar a

opinião de um ou outro aluno ;

Sintetizar as respostas de outros alunos;Margarid@fernandes - UAb

As regras propostas por Susan Levine,

orientaram os alunos na quantidade ("dois

posts de qualidade" por questão em discussão)  

e na qualidade das contribuições esperadas.

Margarid@fernandes - UAb

Da obrigatoriedade de participação imposta

por Susan Levine, revela-se a sua «Presença

de professor» de uma forma estruturada e

explícita, no entanto apreciação da qualidade

surge aqui ligada ao conceito de

aprendizagem profunda e ao pensamento

crítico.

Margarid@fernandes - UAb

Quadros de Avaliação - Nada Dabbagh (2000)

As recomendações de Nada Dabbagh(2000), da

Universidade de George Mason são menos

prescritivas.

O Quadro 11.1 é um exemplo dos quadros de

referências de Dabbagh para a avaliação semanal

de mensagens. Este quadro inclui critérios de

avaliação que servem para facilitar uma  discussão

online/classe (Dabbagh, 2000):

Margarid@fernandes - UAb

•Quadro 11.1

  

•   

Critérios Excelente Bom Suficiente Fraco

Contribuições

atempadas para a

discussão

5-6 posts bem distribuídos ao

longo da semana

4-6 posts

distribuídos ao longo

da semana

3-6 posts distribuídos ao

acaso

2-6 posts não

distribuídos ao longo

da semana

Resposta à discussão e

demonstração de

conhecimento e

compreensão das

leituras indicadas

As leituras foram, de facto

muito bem compreendidas e

bem incorporadas nas

repostas

As leituras foram,

compreendidas

incorporadas nas

repostas

Os posts têm uma

relação questionável com

o material para a leitura

Não é evidente que as

leituras foram

compreendidas e/ou

não incorporadas na

discussão

Adesão aos protocolos

online

Foram seguidos todos os

protocolos online

Não foi seguido 1

protocolo online

Não foram seguidos 2-3

protocolos online

Não foram seguidos 4

ou mais protocolos

online

Pontuação 9 - 10 8 6 - 7 5 ou menos

Quadro 11- 1. Critérios de avaliação para facilitar uma discussão online/classe(Dabbagh, 2000)

Margarid@fernandes - UAb

O PROCESSO DE ENSINO NUM CONTEXTO DE APRENDIZAGEM ONLINE (1)Terry Anderson - Athabasca University-

Uns afirmam em tom trocista que novas formas

de expressão dramática, e ortografia estão a

surgir neste médium e que até mesmo a falta de

ferramentas comuns (como por exemplo os

correctores ortográficos), usualmente utilizado

em sistemas de conferência deveria

proporcionar uma forma bastante menos rígida

de expressão.

Margarid@fernandes - UAb

Outros afirmam que o uso de tal etiqueta

(tipo de tipografia, ortografia linguagem e

simbologia), está intimamente ligado a um

alto padrão de comunicação escrita e que tal

leva os alunos a comunicarem efectivamente

no contexto de aprendizagem académica.

Margarid@fernandes - UAb

O autor, refere ainda que também não é grande

apologista da utilização de “etiqueta adequada”

uma vez que ele próprio tem problemas com a

ortografia e que para além disso o número de

alunos cuja língua não é a língua materna:

«(…) tendo a ser mais tolerante em relação aos

posts do que à correcção de papers académicos

formais em trabalhos de final de semestre».

Margarid@fernandes - UAb

Relativamente à utilização de posts Dabbagh a sua exigência de utilização é muito maior do que a exigência de utilização de posts por parte de Susan Levine .

Mais, Dabbagh exige que as mensagens sejam colocadas ao longo da semana.

Este segundo conjunto de critérios de avaliação online, de Dabbagh (resposta e demonstração de compreensão) dá-nos a ideia da forma como é que se usa a discussão online de modo a levar os alunos a completarem as leituras semanais.

Margarid@fernandes - UAb

Finalmente, a adesão  a um protocolo com

uma lista de  categorias online (em links) que

graduam explicitamente e de uma forma

quantitativamente mensurável, os

comportamentos dos estudantes.

Margarid@fernandes - UAb

Concluímos pois que, quer as instruções

dadas pelos e-professores como os esquemas

de correcção acima mencionados dão uma

orientação extremamente valiosa aos

estudantes e tornam bastante claras e

explicitas as exigências do professor.

Margarid@fernandes - UAb

Observe-se que numa classe online com cerca

de 20 – 30 alunos, a avaliação prescrita por

Dabbagh poderia tomar de facto muito tempo.

Assim podemos afirmar que a quantidade de

tempo exigida na avaliação depende, em parte,

das ferramentas que o professor online dispõe.

Margarid@fernandes - UAb

Por fim concluímos que um bom sistema de

aprendizagem online facilita a visualização

dos posts semanais de cada estudante, e que

um sistema exemplar teria de conter um

elevado número de agentes de ensino activos

que teriam como principais funções:

Margarid@fernandes - UAb

Verificar, nos posts os erros gramaticais e de

ortografia;

Contabilizar as palavras;

Permitir a visualização não só dos posts precedentes

ou subsequentes como também a localização do post

na sua sequência para ajudar a avaliar a “resposta”.

Criar gráficos com as datas dos posts de modo a

permitir a identificação visual e a pertinência de

cada contribuição

Margarid@fernandes - UAb

Apresentar o (grade book), livro de avaliação com o objecivo de colocar facilmente as classificações semanais.

Assistir o professor, sempre que apropriado na elaboração e correcção automática de uma variedade de questões de escolha múltipla, de exercícios de correspondência, e de preenchimento de espaços para a autoavaliação do aluno.

Avisar automaticamente sempre que uma classificação for colocada ou alterada.

Margarid@fernandes - UAb

(Rekkedal, 1983), afirma que:Na investigação feita sobre avaliação em

educação à distância, demonstrou-se que um feedback rápido é essencial não só para que se estabeleça a compreensão como também para se estabelecer e manter a motivação do grupo, de forma a completar os cursos (Rekkedal, 1983).

 No entanto esse aspecto também pode conduzir

os alunos a uma expectativa irrealista de que os professores darão feedback e avaliação instantânea dos trabalhos por eles submetidos.

Margarid@fernandes - UAb

O professor on-line deve gerir o tempo

implacavelmente de forma a proteger-se da

tendência que tem de verificar constantemente a

actividade on-line, e fazer tudo o que é possível

de forma a apoiar os alunos mais do que aquilo

que é possível fazer dentro dos constrangimentos

de uma vida profissional e pessoal muito ocupada,

deve pois por isso estabelecer com os seus alunos

calendarizações e exigir que elas sejam de facto

cumpridas

 Margarid@fernandes - UAb

Alguns professores online, em particular os que

ensinam em licenciaturas, sentem-se

constrangidos com a exigência de um feedback

rápido, e calendarizações que tem de ser

cumpridas num curto espaço de tempo. Por isso

estes professores preferem as avaliações

subjectivas das contribuições dos alunos para a

comunidade online e a demonstração da sua

aprendizagem individual.(Davie, 1989;Paulsen,

1995).Margarid@fernandes - UAb

Pelo facto desta avaliação ser de natureza

subjectiva e de o tempo nela exigido, para

rever todas as contribuições feitas durante o

curso, para obter uma classificação, ser de

facto muito limitado, alguns autores deram

algumas ideias acerca da melhor forma como

devem ser utilizados os posts dos alunos

como base para a avaliação. (Davie,

1989;Paulsen, 1995).

Margarid@fernandes - UAb

Resumindo:

A orientação e tarefa de moldar o discurso

estabelecida uma determinada comunidade de

aprendizagem online é de facto uma componente

crítica de uma presença de ensino. Considerar a

participação como um item de avaliação

atribuindo-lhe entre 10% a 25 % é também uma

prática bastante comum nos cursos de

aprendizagem on-line.Margarid@fernandes - UAb

A participação formal enquanto objecto de

avaliação on-line exige a criação de quadros

de referência, explicativos e facilitadores de

modo a que o tempo auferido pelo e-

professor, para realizar a avaliação seja o

mais curto possível.

Margarid@fernandes - UAb

Alguns professores on-line delegam nos seus

alunos a tarefa de utilizarem os seus posts no

fórum, para que através deles, possam

demonstrar que realmente compreenderam os

conceitos e que cresceram a nível intelectual

durante a aula, esta foram de avaliação de

aprendizagem leva o aluno a fazer

contribuições bastante qualificativas, depois de

muito ter reflectido sobre elas.

Margarid@fernandes - UAb

Assim a responsabilidade de avaliação que pendia só e

apenas só para o professor distribuísse de uma

maneira justa e quase uniforme pelo professor e pelo

aluno.

Por fim podemos afirmar que este tipo de avaliação

ainda agora descrita não só soluciona os problemas de

tempo do e-professor como também contribui para o

conhecimento e para a metacognição do aluno.

 

Margarid@fernandes - UAb

Instrução directa

Como já foi referido anteriormente a instrução

directa é o acto de dispensar aos alunos de uma

comunidade on-line, todo o tipo de orientação

intelectual e académica, através da partilha dos

seus conhecimentos e a das qualidades

académicas (sensibilidade, inteligência, procura

da verdade) com os estudantes e do

estabelecimento de um clima intelectual que é

característico do professor.Margarid@fernandes - UAb

A transmissão de conhecimentos pelo professor é

reforçada pelo seu interesse, entusiasmo e

conhecimentos num contexto de aprendizagem formal.

O papel de ajuda desempenhado pelo professor, como

maior conhecedor da matéria (por ser mais

competente), inclui a instrução directa e é ilustrado

por Collins, Brown e Newman (1989), Rogoff (1990) e

Vygotsky (1978). O par mais competente apoia a

aprendizagem do par menos conhecedor (cognição

social e modelos de aprendizagem colectivistas).

 

Margarid@fernandes - UAb

A distinção de alguns teóricos entre o

professor facilitador do ensino online e o que

transmite conhecimentos na sala de aula é

problemática. Garrison (1998) conclui que a

andragogia  não é necessariamente mais

independente. Pelo contrário, Salmon (2000)

descreve um e-moderador como um

facilitador que não precisa de conhecimentos

profundos sobre a matéria.

Margarid@fernandes - UAb

No entanto, os alunos esperam mais de um e-

professor universitário. Andreson et al (2001)

defendem que muitos campos de conhecimento,

atitudes e capacidades precisam de um

especialista na matéria que forneça instrução

directa (fontes de informação, organização de

actividades).

Através de actividades de aprendizagem eficazes,

os alunos confrontam-se com as suas concepções

erróneas, mas a instrução directa e os

comentários do professor são também

necessários. Margarid@fernandes - UAb

A presença de ensino em actividades síncronas e

assíncronas da aula virtual podem configurar-se

através de formatos fixos (bases de dados,

apresentações). A instrução directa pode incluir

recensões, livros e websites. O professor pode ter

de instruir directamente também em relação a

questões técnicas (recursos online, software).

 

Margarid@fernandes - UAb

O processo de construção da presença do professor. 

O modelo desenvolvido por Salmon (2000) para e-moderadores preconiza a progressão das tarefas de moderação de um curso online. Primeiro é dado acesso e motivação aos alunos (questões técnicas ou sociais inibidoras da participação dos estudantes; partilha de informação sobre si criando presença virtual). Depois é dada continuidade à sociabilização online (ligação entre ambientes culturais, sociais e de aprendizagem).

Margarid@fernandes - UAb

Segue-se, então, a "troca de informações" e o

professor facilita as tarefas de aprendizagem

(moderação de discussão sobre temas concretos,

esclarecimento de concepções erróneas dos

estudantes). A seguir, é construído o

conhecimento, através da criação de artefactos e

projectos pelos alunos (individual ou

colaborativamente) que ilustram a sua

aprendizagem. Finalmente, os alunos tornam-se

responsáveis pela sua aprendizagem (projectos

finais, avaliação sumativa, produto da

aprendizagem).Margarid@fernandes - UAb

Este modelo é útil, permite planificar e não

deve ser prescritivo, mas adaptável às

necessidades específicas de cada comunidade

virtual de aprendizagem, pois os alunos podem

já ter experiência técnica e social nestes

contextos, e não precisam da fase inicial, ou os

grupos podem ser heterogéneos, ou incluir

adultos que querem passar rapidamente a

aprendizagens significativas. 

Margarid@fernandes - UAb

Qualidades do e-professor 

Um e-professor excelente é um professor

excelente, aquele que gosta de lidar com os

alunos e motivá-los, conhece a matéria que

ensina e é entusiasta relativamente a esta e às

tarefas que propõe. É um pedagogo (ou

andragogo) do processo de  aprendizagem e um

motivador e avaliador das aprendizagens através

de uma série de actividades.Margarid@fernandes - UAb

Também deve ter conhecimentos técnicos

suficientes para contribuir para o processo de

aprendizagem online, ter acesso ao hardware

necessário e saber usar a internet, mas não

precisa ser um perito. Deve sentir-se competente

e à vontade num contexto online. Deve ainda ser

versátil, inovador e perseverante no período

inicial de criação e adopção deste contexto de

aprendizagem.

Margarid@fernandes - UAb

Conclusão

Foram esboçadas as três componentes mais

significativas da presença do professor e dadas as

directrizes para maior eficácia do ensino online.

 A lista de prós e contras não é exaustiva ou

rígida, tratando-se de um modelo teórico

focalizado nas três principais tarefas do e-

professor.BIBLIOGRAFIA: O PROCESSO DE ENSINO NUM CONTEXTO DE APRENDIZAGEM ONLINE (1)Terry Anderson - Athabasca University-

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