o papel do diretor na administração escolar myrtes alonso

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O papel do diretor na administração

escolar

Myrtes Alonso

Estrutura do livro: 6 capítulos

1 – Introdução e proposição do problema;

2 – A importância de uma teoria da Administração;

3 – As organizações modernas: sua complexidade vista dos enfoques mais recentes;

4 – Uma proposta para análise da organização escolar;

5 – Uma proposta para análise da função administrativa na escola;

6 – Conclusões gerais

Critica:

o desinteresse dos educadores pelos estudos de Administração Escolar.

as reformas do ensino:

“[...] assumem muito mais o aspecto de formulação de “diretrizes gerais” relativas a um “ideal” educacional e, raramente, chegam a se transformar em processos reguladores de uma ação educativa renovada”.

“[...] as reformas não se realizam “através” ou “por causa” das leis de ensino e suas posteriores regulamentações [...]” mas sim quando se aceita ser necessário que a mudança ocorra e que haja um estímulo para tanto.

“O papel da administração, neste caso, será justamente o de PREPARAR AS CONDIÇÕES, ESTIMULAR E ORGANIZAR A MUDANÇA, ao invés de simplesmente “executar” medidas e decisões relativas a ela”.

Objetivo principal: conhecer e analisar o papel do diretor de 1º grau

Definições dos termos principais

Função:

Refere-se “[...] à parte que cabe aos fatos dentro do sistema integral de cultura, implicando necessariamente em “interdependência” entre vários elementos compensados do sistema [...]”.

Ocupação

Papel: É definido de acordo com Parsons,

como “[...] um conjunto de expectativas aplicáveis ao ocupante de uma “posição” particular [...]”.

É mais a compreensão correta da função do que sua proposição formal e abstrata através de normas institucionais.

Organização:

“[...] um grupo social com características particulares onde existem papéis definidos e atribuídos aos indivíduos que devem desempenhá-los”.

= empresa

Administração Escolar: a disciplina ramo especial da Administração – aplicação na escola

Dificuldades da teoria: considerada contrária à prática, resistência a

aceitá-la e utilizá-la.

“Para ser realmente útil e [...] universalmente válida, a teoria deve ser generalizável e, portanto, servir-se de todo o conhecimento existente sobre administração [...]; além do mais, ela não pode ser limitada ao tempo e ao espaço”.

Contribuições teóricas: Behaviorismo (comportamentalismo): Chester

Barnard; Herbert Simon

Estruturalismo: Weber

Enfoque sistêmico: Katz e Kahn

Barnard e Simon: a função do administrador:

TOMADA DE DECISÃO

CRIAR E MANTER um sistema de esforços cooperativos.

PLANEJAMENTO: como o recurso mais adequado para se

manter um alto grau de racionalidade, por colocar as pessoas em suas respectivas posições para as quais são esperados determinados comportamentos.

Exemplo: página 140 e 141

Estruturalismo: principalmente quando se refere à hierarquia/autoridade – p.149

Críticas à burocracia: não permite a inovação, mas, ao contrário,

favorece a conservação. desenvolve comportamentos automáticos,

visando apenas ao cumprimento de ordens ou tarefas bem definidas.

valoriza a especialização e a mecanização de tarefas.

Teoria dos sistemas abertos: Daniel Katz e Robert L. Kahn (Psicologia Social das Organizações) p.138

concepção interdisciplinar, por reunir diferentes contribuições das posições teóricas anteriores;

permite explicação mais satisfatória do processo administrativo.

não considera a concepção sistêmica como uma nova teoria, mas uma nova forma de abordagem dos problemas organizacionais.

oferece visão dinâmica da organização - intercâmbio constante que se estabelece entre ela e os fatores do meio externo no qual ela se insere.

A organização retira do seu ambiente informações básicas (entrada ou input) para definir e rever seus objetivos, as transforma dentro dos padrões desejados e as devolve em forma de produtos ou realizações finais características do sistema (saída ou output), as quais podem servir de inputs para outra espécie de organização.

Outro fator importante do sistema é a retroalimentação ou feedback, o qual permite que a organização corrija seus próprios defeitos de funcionamento, havendo um equilíbrio dinâmico mais do que estático.

Cap. 5 – Uma proposta para análise da função administrativa na escola

As funções da administração escolar a partir da atual concepção de administração

Natureza genérica: integração, coordenação, manutenção e de atualização e revitalização da empresa; instrumento indispensável à estrutura das organizações, pelo fato de ela permitir que os objetivos propostos sejam realizados. P.129

Administração escolar: instrumento de realização dos objetivos educacionais propostos para a escola em geral e, para determinada escola em particular”. P.130

“Em nenhum momento a função administrativa deveria ser vista como um fim, mas sempre, necessariamente, como um meio para a existência da organização

e para a realização de seus propósitos”.p. 129-130

As função administrativa parece limitada: traduzir em linguagem efetiva, operacional, para que possam ser analisados

A participação do administrador escolar na proposição, explicitação, revisão e adequação de objetivos a uma situação

particular é condição básica para a compreensão da função administrativa dentro de uma perspectiva dinâmica. P. 134

A Administração escolar se mostra comprometida com a explicitação e revisão da filosofia e da política educacional, de um tal modo que o administrador escolar é, por isso mesmo, um elemento integrante do grupo político em matéria de educação. P. 134

Em suma: é a capacidade de adequar os meios aos fins claramente propostos que torna o administrador eficiente e assegura à escola a sua realização efetiva. P. 135

Resume as principais funções da administração escolar:

[...] estas se agrupam num conjunto de funções específicas relativas à organização e direção do trabalho escolar, ao desenvolvimento de atividades de liderança ou estimulação e manutenção do comportamento humano produtivo, ao controle dos resultados e apreensão do seu valor social. P.142

A hierarquia e o conhecimento como fontes da autoridade da Administração

escolar.

“quanto mais alta a posição de um funcionário, maior deve ser seu preparo, isto é, seu conhecimento” (WEBER)

Isto pode não ocorrer na prática (ALONSO)

Quanto maior o número de especialistas e maiores as tensões entre profissões, tanto mais aumenta a necessidade de um administrador neutro com autoridade final.

Como líder do corpo docente, deve estabelecer a tônica predominante no processo educacional global, transmitindo o seu entusiasmo e o interesse pelo progresso do ensino, estimulando o trabalho de equipes e assegurando as condições básicas para um desempenho efetivo das funções essenciais.

... P. 151

A condição do professor em relação à hierarquia não corresponde à que lhe confere a autoridade do conhecimento. Por isso rejeita qualquer forma de controle que de algum modo possa cercear sua autoridade e, recorre à liderança pessoal ou à liderança informal dentro de seu grupo de referência, sempre que se vê ameaçado neste particular.

O diretor tentará influenciar o comportamento dos líderes ou detentores do poder extra-legal, além de atuar sobre a estrutura formal no sentido de coordenar e dirigir a ação do grupo de professores em direção aos objetivos explícitos da escola.

A questão das expectativas em relação ao seu papel – p.167

“frequentemente cede às exigências das expectativas, ao invés de se firmar nas que lhe são legal ou racionalmente impostas”, isto porque ele “só se vê na condição de líder do grupo quando satisfaz às expectativas comuns existentes não quando apenas cumpre o que parece mais próprio ou adequado à função que exerce”

Alonso considera o diretor de escola como “[...] o “executivo” principal do sistema escolar, aquele de quem depende o êxito das decisões e, por isso mesmo, só ele pode ser considerado como co-participante essencial do “processo de tomada de decisões”.

Afirma que o diretor de escola ocupa uma posição estratégica em relação aos diversos grupos componentes do sistema escolar (alunos, professores, pais e outras agências da comunidade), servindo de mediador entre a organização escolar e os elementos do sistema social em que está envolvida.

Função logística x função estratégica

Conhecer seu papel, saber o que a situação requer de si enquanto profissional, entender a situação em que irá agir identificando os elementos típicos e desenvolver os modos de ação mais adequados, encontrar os pontos de

interligação vitais para a concretização dos projetos, constituem a grande tarefa do diretor da escola e assim pode ela ser

pensada em termos de realidade brasileira, ou de qualquer outra de que

provenham a pesquisa e a teoria administrativas.

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