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O MINISTÉRIO DA MÚSICA A SERVIÇO DO MISTÉRIO PASCAL Assessor: Pe. José Marcos de Medeiros Dantas. Quem preside a celebração litúrgica. - PowerPoint PPT Presentation

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O MINISTÉRIO DA MÚSICA A SERVIÇO DO MISTÉRIO PASCAL

ASSESSOR: PE. JOSÉ MARCOS DE MEDEIROS DANTAS

QUEM PRESIDE A CELEBRAÇÃO LITÚRGICA

A liturgia como um todo é celebrada por toda a

comunidade, reunida em torno do Cristo, o Sacramento da

Unidade. É por causa Dele que a comunidade de batizados congrega, manifesta o seu

sacerdócio comum e realiza na celebração os sacrifícios

espirituais.

Em toda essa conjuntura, faz-se necessário alguém a representar in persona

Christi o memorial vivido e atualizado pela

comunidade em cada celebração. Este

instrumento do Cristo torna-se presente na pessoa do ministro

ordenado – Presbítero ou Bispo – que no Mistério

Eucarístico oferece o sacrifício agradável a

Deus na grande ação de graças.

Mas em relação ao canto ritual: quais as obrigações cabíveis ao presidente da

celebração? Que partes do rito poderia ele tornar através do canto mais solene?

Em primeiro lugar, quem preside tem plena liberdade de escolher no momento da celebração aquilo que lhe compete cantar. Entretanto, existem alguns momentos próprios do rito que ao serem cantados exprimem de modo mais digno o ponto máximo da celebração, a saber, “o prefácio seguido do Santo, a narrativa da instituição, a aclamação memorial e a doxologia”

(CNBB, 2002, p. 106).

EM SEGUNDO LUGAR, É CONVENIENTE DA PARTE DE QUEM

PRESIDE DIRIGIR-SE À ASSEMBLEIA POR VIA DO CANTO

NOS SEGUINTES CASOS:

a) Quando se encontrar com capacidade para tal;

b) Quando a própria assembleia puder responder de forma mais viva e

unânime;

c) Quando for capaz de solicitar e acolher as críticas e sugestões

provenientes da comunidade em relação à qualidade do próprio canto .

Finalmente, é relevante ainda que as casas de formação sejam elas religiosas ou diocesanas, dêem a devida atenção ao acompanhamento litúrgico-musical aos futuros presbíteros. A carência destas orientações reflete-se na incapacidade tantas vezes presente em muitos presbíteros que deixam de cantar as orações

pelo temor de desafinarem perante a assembleia. Por isso é fundamental pelo menos uma boa introdução à música aos candidatos que aspiram às ordens sacras.

Sem dúvida a finalidade não é de fazer da Missa um “show” operístico,

mas proporcionar uma proclamação solene

do Mistério da Salvação, fazendo que os fiéis cheguem mais

facilmente à participação orante e à vivência da partilha

na comunidade.

ASSEMBLEIADentre todos os ministérios da celebração a assembleia é o primordial. Nela se revela o caráter sacerdotal de todo o povo de Deus que se congrega em torno do altar onde o

Cordeiro Pascal é imolado. Dela faz parte um universo de pessoas – ministros ordenados,

servidores e servidoras, pessoas responsáveis pela limpeza e ornamentação do espaço

celebrativo, equipe de acolhimento, leitores, acólitos, animadores, comentaristas,

instrumentistas, enfim, todo povo de Deus – que se reúnem formando uma única

comunidade para “cantar o louvor, a honra e a glória ao Cordeiro por toda a eternidade”

(cf. Ap 5,13).

Uma assembleia que não canta e fica como mera espectadora na liturgia, passa a ser uma simples ouvinte ritual. Quando isto acontece, esta passa pela celebração

sem vivê-la, sem participá-la. Perdendo, assim, a própria identidade. A Missa torna-se mais um espetáculo

que um sacrifício ou uma ceia a ser partilhada.

O CORO E O REGENTE

o regente é aquele cuja postura volve-se fraternalmente ao acolhimento dos outros como verdadeiros amigos. Ele deve

expressar enquanto pessoa uma comunicação aberta, convidativa e alegre de modo a chamar a assembleia a motivar-se para o

canto. Por isso, recomenda-se que este se encontre num lugar bem visível, tendo uma postura fisiológica reta, mãos livres e,

outrossim, esteja em sintonia com os diversos ministérios da celebração.

Quanto ao coro ou coral, sua função ministerial é de enriquecer o canto da

assembleia, introduzindo-a à

contemplação, animando o próprio canto e favorecendo uma

experiência intensa da diversidade do mistério

cristão.

É recomendável que o coral fique próximo aos fiéis, especialmente, de frente à nave de modo a localizar-se entre o presbitério e a assembleia, não impedindo a visão do povo, e próximo dos instrumentos para

um bom acompanhamento.

OS ANIMADORES

A função de animador do canto na práxis ritual é antiquíssima. Desde o período das sinagogas já havia pessoas escolhidas na

comunidade para entoar cânticos e salmos, assim como para proclamar as Escrituras.

Para a escolha de um bom animador, faz-se necessário

alguns critérios: 1º) optar por alguém capaz de uma boa comunicação grupal; 2º) tenha um carisma vibrante e

cheio de entusiasmo para conduzir e motivar toda a assembleia a adentrar na

dinâmica deste mesmo espírito; 3º), seja uma pessoa de voz forte,

empolgante, a fim de testemunhar com convicção a

própria experiência de fé.

Não obstante, é indispensável mencionar que o animador litúrgico não deve confundir o seu

ofício com um especialista em animação

de festa profana ou recreação. Ao contrário, o espaço litúrgico quer

um outro tipo de animador: que seja discreto, piedoso e

consciente daquilo que faz.

O SALMISTA

Ele é encarregado da proclamação ou

entonação do canto sálmico ou mesmo dos cânticos bíblicos. Pode ser homem ou mulher e

seu ofício visa fazer com que a assembleia entre em sintonia com a mística da liturgia da

Palavra.

O Salmo proclamado ou cantado pelo

salmista é o canto mais importante da liturgia da Palavra,

pois além de responder à primeira

leitura, conduz a comunidade à escuta e à meditação desta

no próprio rito.

Na execução da proclamação dos Salmos responsoriais é indispensável que o salmista evite os chamados contracantos de maneira a não inibir nem dificultar a participação da

assembleia nos estribilhos.

Outro ponto fundamental é valorizar os próprios cantores da comunidade na escolha de um salmista. É inadmissível a

substituição deste por um profissional da área

simplesmente para transformar a celebração num mega “show”.

Lembremo-nos que a celebração é a festa e a ação de graças da comunidade e não um

evento exibicionista. Transformá-la num ato de

formalidade social é desvirtuá-la

OS INSTRUMENTISTAS E OS INSTRUMENTOS MUSICAIS

De modo geral os instrumentos musicais favorecem a inculturação litúrgica. Todavia, “para admitir e usar instrumentos na liturgia

deve levar-se em conta o gênero, a tradição e a cultura de cada povo” (Musicam Sacram 63).

Vale lembrar ao instrumentista da sutileza em fazer do acompanhamento um

momento sublime na celebração. O instrumento

não deve nem pode sobressair sobre o canto, mas tem a

finalidade de dar o devido sustento para que as vozes

façam dignamente a interpretação do mesmo.

O AUTOR E O MÚSICO

Na liturgia cristã a música está sempre a serviço da Palavra.

Quanto ao músico ou compositor, por ser este um serviço de grande

responsabilidade eclesial, orienta-se uma

avaliação prévia de outros músicos

litúrgicos antes da apresentação das

próprias composições.

O canto litúrgico enquanto expressão de arte do compositor é obra da criação inculturada,

trabalhada sob constâncias melódicas, rítmicas, formais, harmônicas e

instrumentais da música, levando-se em conta a comunidade orante.

OBRIGADO PELA ATENÇÃO!DEUS VOS ABENÇOE!

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