o milagre da estrelícia
Post on 18-Feb-2017
102 Views
Preview:
TRANSCRIPT
No tempo em que as bruxas andavam de vassoura pelos ares e em que as fadas andavam de folha mágica, existiu uma fada chamada Estrelícia. Era uma fada corajosa, inteligente e cintilante. Como todas as outras fadas tinha uma varinha mágica, um sininho e uma grande vontade de ajudar quem precisasse.
A fada Estrelícia vivia numa gruta mágica, numa floresta longínqua e desconhecida, onde habitavam muitas outras fadas e seres maravilhosos de um mundo imaginário.
Um dia, a fada Estrelícia saiu em passeio e deu por si a participar no sonho de um menino. O Manuel sonhava e no seu sonho pedia à fada que ajudasse o seu melhor amigo, curando-o da sua surdez.
Na verdade, o que o Manuel mais queria era que o seu amigo Lucas pudesse ouvi-lo a contar histórias, ouvir os sons do mar e dos animais da floresta
Mal terminou o sonho do Manuel, a fadinha Estrelícia percebeu que tinha uma missão para cumprir: preparar a poção mágica que curasse o Lucas. Assim, regressou à sua gruta e procurou nos manuais das poções.
Procurou, procurou, mas nada encontrou. Pensou, pensou e lembrou-se de um velho caderno de receitas de poções que a sua avó-fada lhe deixara antes de partir para a sua casa na aldeia mágica.
Foi procurá-lo no seu esconderijo secreto e plim... lá estava a receita de que precisava. Leu cuidadosamente a lista dos ingredientes e, pelo meio, encontrou o nome de uma erva muito rara: a “ouvidácea milagrosa”.
Sem essa erva nada era possível, e por isso era necessário ir buscá-la ao único lugar onde existia: a Lua.
Como a “ouvidácea milagrosa” só florescia duas vezes por ano (uma no dia mais quente do ano e outra no mais frio) era preciso aproveitar o Inverno e pôr as asinhas a caminho da Lua.
Assim partiu a Estrelícia, na sua folha mágica, em busca do vale encantado da Lua. Voou dez dias e dez noites sem nunca parar, até que, finalmente, chegou.
Era noite e o nevoeiro cerrado não permitia a busca. Era preciso esperar que o dia nascesse para começar a procurar. E a fada esperou.
Mal surgiram os primeiros raios de sol, a Estrelícia iniciou a sua missão. Era preciso olhar atentamente para o solo e encontrar a “ ouvidácea milagrosa“. O tempo foi passando mas nada acontecia.
A fada estava cansada mas sabia que não podia desistir pois o sonho do Manuel tinha uma força muito especial. Tinha a força de fazer acontecer um milagre e isso bastava à fada para continuar. De repente,
Olhou e viu uma flor. Voltou a olhar e lá estava ela. Era a planta que procurava.
Quando se preparava para a retirar do solo ouviu um barulho enorme. Virou a cabeça e viu um gigante assustador; era o “ Guardião das Neves”. Já tinha ouvido falar dele e não tinha sido pelas melhores razões.
Alguém lhe tinha contado que o “ Guardião das Neves” era o responsável pela guarda de todas as plantas raras e que, quando alguém tentava levar alguma delas, o “ Guardião das Neves” ficava furioso e atacava. Era preciso agir depressa…
A fadinha Estrelícia pensou rapidamente. Foi então que se lembrou que não tinha trazido a sua varinha, o que podia ser um enorme problema...
Estava ela a pensar em tudo isto quando, de repente, sentiu sobre as suas asas a mão gigantesca do “Guardião das Neves”. Estava tudo perdido. Assim, nunca conseguiria tornar o sonho do Manuel uma realidade. Que triste ficou a Estrelícia!
Foi então que, como por magia, surgiu por trás do gigante guardião um pequeno robô brilhante e sorridente. A fada nem queria acreditar no que estava a ver. Teria o robô vindo ajudá-la? Era preciso esperar para ver...
Felizmente, não foi preciso esperar muito, pois, em poucos segundos, o robô mostrou porque estava ali. Também ele tinha estado no sonho do Manuel e sabia da viagem da Estrelícia à Lua. Sabia que o que o Manuel mais queria era ver o seu amigo Lucas curado.
Sabia que isso só seria possível se a Estrelícia conseguisse levar a “ ouvidácea milagrosa” consigo para preparar a poção. Enfim, tinha vindo também em missão... E que missão!
Agora tinha de libertar a pequena fada e, para isso, tinha de acertar na mão do “ Guardião das Neves” com o seu laser. Fez pontaria e pum... Acertou à primeira.
A fada Estrelícia libertou-se rapidamente, pegou na sua plantinha e voou em direcção à sua gruta. Foram mais dez dias e dez noites de viagem.
Já na gruta, fez o que tinha que ser feito. Preparou a poção mágica. Porém, quando estava quase pronta, notou que alguma coisa não estava bem.
Ah! Afinal faltava ainda um ingrediente; faltava o “carinho” especial do Manuel. Esse, contudo, era fácil de conseguir. Lá foi a nossa fadinha, novamente, a casa do Manuel. Entrou no seu sonho e levou uma pequena quantidade de “carinho”. Depois, foi juntá-la à sua poção e pronto. Estava na hora…
Pela manhã, o Lucas abriu os olhos e, mal o fez, a fadinha deu conta. Vinha fazer o teste final: tocar o seu sininho de fada e ver a reacção do Lucas. Assim foi…
Mal tocou o sininho, o Lucas virou a cabeça e sorriu. O milagre tinha acontecido!...
Era o milagre da Estrelícia que, entretanto feliz e sorridente voou ligeira pelos ares, pensando…
Fim…
“Vamos embora que amanhã há mais aventuras e sonhos para realizar!...”
Projecto –”Palavras Desenhadas por Nós”
Escola 1º CEB de Condeixa
Turma : 4º C
2008 / 09
Orientação da Profª : Augusta VenturaCoordenação da FR: Cristina Queiroz Pinto
top related