“o melhor caminho para a revisão previdenciária” · administrativo que apreciou o pedido de...
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I – Método de Trifásico de Quantificação dos Benefícios;
II- O Melhor Caminho Para ajuizar Ações Revisionais de Benefícios;
III – Principais Teses Revisionais;
1. Método de Trifásico de Quantificação dos
Benefícios;
- ETAPAS
1ª Fase: Salário de Contribuição;
2ª Fase: Salário de Benefício;
3ª Fase: RMI
1ª Fase: Salário de Contribuição;
*Encontrar o SC dentro do PBC;
- 36 meses anteriores ao afastamento;
- contribuições a partir de 07/94 (requisito até EC
20/98 – 16.12.98 – efetivada pela lei 9876/99);
-contribuições de todo período contributivo (após);
*PBC: princípio “tempus regit actum”:o momento do
preenchimento das condições para o benefício:
2ª Fase: Salário de Benefício;
* Média dos Salários de Contribuição = SB
EX:a)36 meses anteriores ao afastamento da
atividade; b)80% das maiores contribuições a
partir de 07/94;c)80% das maiores contribuições
de todo período contributivo; * Ou, a Média do SB com o FP:
3ª Fase: RMI
* Aplica-se o coeficiente do benefício determinado na lei (percentual) no SB.
EX: 100% ap. invalidez / 91% aux. Doença
50% aux. Acidente etc.
RMI = Coef. x SB
ETAPAS:
*Encontrar o SC dentro do PBC;
* Média SC = SB. Aplicar ou Não o F.P
* Coeficiente (%) x SB = R.M.I
07/94 08/15
ETAPAS:
Veja o exemplo de um segurado nas seguintes
condições:
• 35 anos de contribuição
• 55 anos de idade
• Es = 24,9 anos
•PBC= 07/94 ATÉ 08/2015
• Média de 80% dos maiores salários-de-
contribuição: R$ 1.800,00
Cálculo do Fator Previdenciário
F = Tc x a x [1 + (Id + Tc x a)]
Es 100
F = 35 x 0,31/ 24,9 x [ 1+ ( 55 + 35 x 0,31)/100]
F = 0,7226
Valor do salário-de-benefício
SB = 1.800,00 x 0,7226= R$ 1.300,68
RMI =100% SB=R$1.300,68 (AP. P/TC INTEGRAL)
a)SC b)SB c) RMI
1 - Identificar o PBC
1 - Encontrar a média dos
salários de contribuição constantes dentro do PBC
1 - Aplicar o coeficiente de cálculo sobre o salário de
benefício
2 - Identificar os valores
dos salários de contribuição dentro do
PBC
2 - Encontrar a média dos salários de contribuição
constantes dentro do PBC e aplicar o fator previdenciário
(9876/99)
3 - Aplicar a correção
monetária
2.1 Período básico de cálculo (Ex. Alteração
dos termos iniciais e finais, relativização da
regra de transição)
2. O QUE REVISAR:
2.3 Salário-de-benefício (Relativização da regra de
transição do fator previdenciário, Exclusão do fator
previdenciário)
TESES REVISIONAIS DE FATO: Depende da prova
produzida nos autos. É o que ocorre quando o
objeto da revisão se encontra no labor não
reconhecido administrativamente, como
vínculo empregatício, atividades rurais e especiais. Em resumo, se busca o aumento do cômputo contributivo para se aumentar a
renda mensal do benefício previdenciário.
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TESES REVISIONAIS DE DIREITO:
Não importa a produção probatória dos fatos.
*Matérias já pacificadas judicialmente, não
interessa essencialmente os fatos.
Ex: Discussão sobre aplicação de índices de
correção, coeficientes da RMI etc.
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Carta de Concessão / Memória de cálculo REVSIT – Situação de Revisão do Benefício
CONBAS (Dados Básico da Concessão) INFBEN (Informações do Benefício)
Data de Início do Benefício – DIB;
Data de Entrada do Requerimento – DER;
Data do Despacho do Benefício – DDB;
Data de Afastamento do Trabalho – DAT;
Espécie do benefício;
Tempo de contribuição entre outros.
CNIS (Vínculos – Contribuições)
PROCESSO ADMINISTRATIVO (em alguns
casos)
5. PRIMEIRO ATENDIMENTO AO CLIENTE
APOSENTADO
•Entrevista;
•Solicitar toda a documentação no primeiro
atendimento; Solicitar o CADSENHA, CNIS, CD com
Cópia do PA, etc...
•Questões sobre: Tempo Rural, Tempo Especial não
reconhecido, Trabalho não anotado na CTPS ou
CNIS...etc.;
•Já fez outra revisão, já procurou advogado,
aposentou-se sozinho ou com advogado. Encontrar
nome, número do processo, pesquisar em juizados,
TJ e TRFs;
•Explicar todo o trabalho e o porque dos honorários;
•Confrontar com Tabela – e explicar sobre os cálculos
do assistente e custos (entre R$200,00 à R$300,00);
6. TESES REVISIONAIS;
Revisões de Direito:
1. ORTN/OTN:
2. Art. 58 da ADCT;
3. Súmula 260 do extinto TRF;
4. Menor e Maior Valor do Teto;
5. Buraco Negro;
6. Buraco Verde;
7. Buraco Verde Estendido;
8. IRSM;
9. EC 20 e 41 – Nova Revisão do Teto;
10. Relativização da Regra de Transição;
11. Mínimo Divisor;
12. Art.29 II PBPS
13. Exclusão do FP da Aposentadoria do Professor;
14. Melhor DIB;
Revisões de Fato
1. Aumento do Cômputo Contributivo;
2. Coeficiente do Auxílio Acidente;
3. Acréscimo de 25% na Aposentadoria por
Invalidez e qualquer outra;
4. Aluno Aprendiz;
5. Do período do Contribuinte Individual não
Recolhido;
1. Entrevista;
2. Solicitar todos os Documentos;
3. Identificar se é o caso de REVISÃO DE MATÉRIA DE DIREITO OU DE FATO;
professor.theodoro@terra.com.br 29
4. Passar para a análise da Concessão do Benefício;
5. Ver a espécie de benefício;
6. Tentar realizar a primeira inclusão pela espécie e data do benefício;
7. Deixar para o Final a análise da Revisão do Melhor Benefício, Desaposentação, Exclusão do Fator Previdenciário do Professor, e Revisões de Matérias de Fato;
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João Grilo teve sua aposentadoria por TC
concedida em 20/10/2002. Contudo, como ele
deu entrada sozinho no INSS, não entregou
PPPs, de período de 5 anos exercido na função
de eletricista. Contudo, o TC dele, mesmo sem
este período, alcançou 36anos e 3 meses. Logo
ele aposentou-se por TC.
1. Refazer contagem considerando o TC em
atividades especiais;
2. Verificar se há enquadramento na
Aposentadoria especial 25 anos (por
exemplo) ou apenas direito à conversão TC
em Tempo esp.(1x4);
Os aposentados entre 17/06/77 e 04/10/88
(CF88), deveriam ter seus SC corrigidos pela
ORTN para se apurar a RMI. Contudo, a
Previdência utilizou outros índices diversos.
BASE LEGAL: Lei nº 6.423, de 17/06/77
DIB: 17/06/77 até 04/10/88
FORMA DE CÁLCULO: Com base nos últimos 36
S.C. recuo até 48 meses. Corrigiam-se os 24 S.C.
mais antigos e NÃO se corrigiam os últimos 12
S.C.
EX. Retroação da ORTN para junho de 1988:
Passo a Passo
• Verificar qual é o mês mais vantajoso na
Tabela (S.C) para fazer a retroação;
• Refazer a média dos últimos 36 meses na
nova DIB para apurar novo salário-de-benefício;
• Aplicar a defasagem referente ao mês da nova
DIB para achar nova RMI;
CASO: Rolando Boldrin teve sua aposentadoria por
tempo de serviço concedida em 18/04/1978, com um
coeficiente de 80% aos 30 anos, 10 meses e 05 dias
de contribuição:
- Verificamos que neste mês de DIB não caberia a
revisão da ORTN por ter sido a portaria do INSS mais
vantajosa que a ORTN. Retirando 10 meses do tempo
de contribuição do Mario retroagiríamos a
aposentadoria dele para junho de 1977. (Neste mês
haveria direito a revisão com percentual de 8,1295%.)
Caso: Rolando Boldrin
DIB: 18.04.78
TC: 30a10m5d
(-10m5d = DIB cai em 06/77)
(Em 06/77 = Tabela de JF/SC:8,1295%)
8. DA DECADÊNCIA NAS TESES REVISIONAIS
Temos a seguinte situação:
De 28/06/1997 (MP 1.523) a 22/10/1998 (MP 1.663) - prazo
decenal (10 anos);
De 23/10/1998 (MP 1.663) a 19/11/2003 (MP 138) – prazo
quinquenal (5 anos);
A partir de 20/11/2003 (MP 138) – prazo decenal (10 anos) para o
segurado e a administração revisarem (103-A),
A decisão do STF (RE 626.489, Rel. Min. Luís Barroso, j. 16/10/2013), segundo a qual é constitucional a regra do art. 103,caput, da Lei 8.213/91.
“Trata-se do evidente e manifesto do Supremo Tribunal Federal com o consequencialismo econômico na análise dos grandes temas previdenciários.” (PRAZO DE 10 ANOS).
Decreto 20.910/32 não corre prescrição durante o curso
do processo administrativo;
Até a data da decisão final;
Segurado não pode ser prejudicado por ato da
administração pública;
Verificar cópia do processo administrativo.
OBS1.
Quando o INSS não discutiu ou não negou administrativamente determinado pedido no campo administrativo, não há decadência. STJ/2014. Neste sentido: Decidiu, quanto ao tema, a 2º T. do STJ: PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA.
PRESCRIÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 103 DA LEI 8.213/91.
1. Hipótese em que se consignou que “a decadência
prevista no artigo 103 da Lei 8.213/91 não alcança
questões que não restaram resolvidas no ato
administrativo que apreciou o pedido de concessão
do benefício. Isso pelo simples fato de que, como o
prazo decadencial limita a possibilidade de
controle de legalidade do ato administrativo, não
pode atingir aquilo que não foi objeto de
apreciação pela Administração”.
2. O posicionamento do STJ é o de que, quando não
se tiver negado o próprio direito reclamado, não
há falar em decadência. In casu, não houve
indeferimento do reconhecimento do tempo de
serviço exercido em condições especiais, uma
vez que não chegou a haver discussão a respeito
desse pleito.3
3.Efetivamente, o prazo decadencial não poderia
alcançar questões que não foram aventadas
quando do deferimento do benefício e que não
foram objeto de apreciação pela Administração.
(AgRg no REsp1407710/PR, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
08/05/2014, DJe 22/05/2014).
OBS.2
Melhor DIB, Novo Teto, Desaposentação: Não há
decadência (v. decisões);
V. Revisões com Interrupção do prazo
decadencial;
Inaplicabilidade da decadência nos casos de má-fé do servidor assim como ocorre com o segurado. Autarquia fere o Princípio da legalidade, moralidade e eficiência (artigo 37 da Constituição Federal) . Não é transparente e silencia quanto ao direito ao melhor benefício. O Enunciado n.º 5 do Conselho de Recursos da Previdência Social que "A Previdência Social deve conceder o melhor benefício a que o segurado fizer jus, cabendo ao servidor orientá-lo nesse sentido”
EX. Readequação ao Teto pelas Emendas 20/98 e
41/03 (RE 345.564)
Interrupção da prescrição com Ação Civil Pública
0004911-28.2011.4.03.6183 de 05/05/2011;
Base legal: Art. 19 do CPC e art. 203 do CC;
Obs. O acordo do INSS não contempla esta
situação.
Obs2. Colocar em preliminar na inicial. Embargar.
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. RENDA
MENSAL INICIAL. RECUPERAÇÃO DOS EXCESSOS
DESPREZADOS NA ELEVAÇÃO DO TETO DAS ECS 20 E 41.
INCIDÊNCIA.. PRESCRIÇÃO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. JUROS DE
MORA. (...)Nessas hipóteses, a data de propositura desta acarreta
a interrupção da prescrição. (TRF4, AC 5005375-
06.2014.404.7000, Sexta Turma, Relatora p/ Acórdão Vânia Hack
de Almeida, juntado aos autos em 27/11/2014).
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