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O Estado do Maranhão São Luís, 17 de julho de 2017. Segunda-feira 3POLÍTICA

ESTADO MAIOR

Obsessão

Em mais uma de suas demonstrações de total obsessãopelo ex-presidente José Sarney, o governador doMaranhão, Flávio Dino (PCdoB), usou as redes sociais

ontem para reclamar que coisas obscuras e esquisitas estãoacontecendo para prejudicar o estado.

O comunista não especificou o que há de obscuro e estranhoacontecendo e nem o que esses supostos atos vêm causando aoMaranhão.

Talvez Dino esteja falando das três últimas operações da PolíciaFederal que atingem diretamente sua gestão e seus auxiliares.Foram operações que envolveram desvio de recursos nasSecretarias de Administração Penitenciária, de Saúde e agora, maisrecentemente, na EmpresaMaranhense de AdministraçãoPortuária (Emap).

Na AdministraçãoPenitenciária, a PF, na OperaçãoTuring, apontou movimentaçãosuspeita de mais de R$ 37milhões. Um secretário-adjuntodo governo Dino foi preso comosuspeito de integrar o esquema.

Na operação Rêmora, asuspeita da PF é que foramdesviados mais de R$ 18 milhões em recursos da Saúde do governodo Maranhão. Envolvido estava o presidente de entidadecontratada por Flávio Dino para administrar unidades hospitalares.

A terceira operação é a Draga, que também investiga desvio deverbas em obras no Porto do Itaqui e que envolve um diretor daEmap nomeado pelo governador maranhense.

Será que são essas operações as coisas esquisitas que estãoocorrendo? Será que para Flávio Dino é possível que alguémacredite que as acusações de desvio de verba em seu governosão obras de ficção colocadas em práticas pelo ex-presidenteJosé Sarney?

Se for essa a ideia do comunista, é pretensão demais imaginarque os maranhenses são tão ingênuos para acreditar.

• As críticas do senador Roberto Rocha (PSB) sobre valor do saláriomínimo repercutiu mal no Maranhão. É que o senador é acusado deatrasos salariais a seus funcionários.

• Os empresários da área da Construção Civil não terão seus pleitosatendidos pelo governador Flávio Dino.

E MAIS

Flávio Dinosempre citaSarney parajustificar osproblemas dagestão comunista

• Mesmo afirmando que há diálogo com a categoria, o governo nãotem qualquer intenção de cancelar os editais de licitação para as obrasde R$ 400 milhões como pediram os empresários.

CARLA LIMA Subeditora de Política

Ocaso que envolve a de-sembargadora NelmaSarney e um pedido doMinistério Público Esta-

dual (MP) de quebra de sigilo ban-cário da magistrada mesmo elasendo a vítima no processo re-percutiu entre entidades e o órgãoministerial. A Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB), Associaçãodo Ministério Público do Mara-nhão (Ampem), da ProcuradoriaGeral de Justiça e do juiz ClésioCunha se manifestaram publica-mente durante o fim de semanasobre o assunto.

O juiz Clésio Muniz negou, nasemana passada, pedido do MP -feito pela promotora Lize deMaria Brandão Costa, da 6ª Pro-motoria Justiça Criminal - paraquebrar o sigilo bancário da de-sembargadora Nelma Sarney, queprocessa uma instituição bancá-ria, cuja gerente usou dinheiro daconta da magistrada sem o con-sentimento dela.

Na decisão, Cunha critica o pe-dido do MP afirmando ser estra-nho o órgão ministerial pedir aquebra de sigilo da vítima e nãoda investigada. “Chama a aten-ção o fato do órgão ministerialpedir a quebra de sigilo bancárioda vítima e não da investigada.Ademais, o crime investigado é ode furto, que tem como objetivi-dade jurídica o patrimônio, o quetorna completamente despro-porcional a medida requerida, namedida em que tornaria devas-sado o próprio patrimônio da ví-tima, o que justamente se buscoupreservar no tipo penal de furto”,diz o magistrado.

Além disso, Clésio Cunha dizque o pedido pode ter sido in-fluenciado pelo momento atualdo Brasil, em que processo penale direito penal tem sido usadospara “punir indivíduos específi-cos”. “Deve-se respeito ao Estadode Direito Democrático, sob penade voltar-se ao período obscurodo AI-5, quando se desrespeita-vam direitos e garantias indivi-duais ao simples alvedrio dos de-tentores de poder”, disse Cunhaem sua decisão.

A decisão e as críticas contidasnela feita por Clésio Cunha fezcom que o MP e a Ampem emi-tissem notas. O MP critica a di-

vulgação da ação já que esta correem segredo de justiça e pede queo vazamento da decisão seja apu-rado dentro do Poder Judiciário.

MPNa nota assinada pelo procurador-geral de Justiça. Luiz Gonzaga Coe-lho, há ainda menção de que noMP há punição para exceções quepossam ser cometidos. “A inde-pendência funcional dos membrosdo Ministério Público pauta-sepelos critérios da legalidade e im-pessoalidade, sendo que eventuaisexcessos não fogem do controledisciplinar constitucionalmentedeterminados”, trecho da nota.

A Ampem saiu em defesa dapromotora Lizi Maria Brandão re-pudiando as declarações do juizClésio Cunha em sua decisão. Emnota oficial, a associação diz que

a promotora agiu movida por con-vencimento próprio e não por in-fluência de “circunstâncias políti-cas ou sociais”.

“A atuação do Ministério Pú-blico, notadamente no caso emquestão, não se deu de maneiraaçodada ou influenciada por cir-cunstâncias políticas ou sociais,mas sim no convencimento mo-

tivado da promotora de Justiça,que preservando sua indepen-dência funcional, entendeu pelanecessidade de quebra de sigilobancário para esclarecimento dosfatos investigados, expondo fun-damentadamente as razões jurí-dicas de seu entendimento”, diz anota da entidade de classe.

O juiz Clésio Cunha usou asredes sociais para responder aAmpem classificando a manifes-tação da entidade de classe deinócua e bisonha. O magistradoalega ainda que não fez referên-cia a promotora Lizi Maria.

“Portanto, entendo desneces-sária e inócua quanto a mim, a bi-sonha nota da Associação dosPromotores do Maranhão, quetenta represar o meu direito cons-titucional de expressar opinião”,disse o juiz.

De praxeÉ comum no discurso do governador maranhense usar o nome da

família Sarney para justificar erros e incompetências da gestãocomunista.

Sempre que confrontados com dados ruins, Dino e seus aliadoscorrem para as redes sociais para justificar os problemas naadministração estadual.

Mas nunca assumindo os erros e, sim, alegando que herdaramproblemas das gestões anteriores.

Nova dataO prefeito de São Luís frustrou as expectativas dos servidores

públicos municipais quanto à liberação da primeira parcela do 13ºsalário.

Edivaldo Holanda Júnior (PDT) havia anunciado, por meio das redessociais, que a Prefeitura pagaria essa primeira parcela dia 15, nosábado passado.

No entanto, isso não aconteceu. Mais uma vez pelas redes sociais, oprefeito anunciou que o pagamento acontecerá no próximo dia 21.

Sem interesseO deputado Wellington do Curso (PP) parece ainda não ter desistido

de colher assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar deInquérito (CPI) da Saúde.

Ele conseguiu somente três assinaturas: a dele e mais a de EduardoBraide (PMN) e a de Max Barros (PRP). Wellington precisava de nomínimo 14.

Diante de tantos fatos graves envolvendo desvio de dinheiro públicode Saúde no Maranhão, causa estranheza a maioria dosparlamentares decidir não querer a investigação.

SucateamentoE sobre a Saúde, a deputada Andrea Murad (PMDB), em artigo,

criticou a gestão na área do governo de Flávio Dino (PCdoB).Segundo a parlamentar, a redução dos gastos já reflete nos

atendimentos dados aos maranhenses que precisam usar o sistemade saúde estadual.

- A suposta economia que o governo tanto anuncia é reflexo dospéssimos serviços oferecidos no Maranhão, refletindo diretamente naqualidade de vida da população -, disse.

Fim de taxaFoi aprovado na Câmara Municipal de São Luís, projeto de lei que

proíbe a cobrança de valores ou taxas para o restabelecimento dofornecimento de energia elétrica e de água em São Luís.

Se a proposta, que é de autoria do vereador Raimundo Penha (PDT),for sancionada pelo prefeito Edivaldo Júnior (PDT), a taxa de religaçãofica proibida.

De acordo com o projeto, a proibição da taxa de religação não seaplicará para o consumidor que tiver tido os serviços suspensos pordecorrência de fraude comprovada.

PesquisaO Instituto Escutec fez pesquisa na cidade de Codó sobre o cenário

eleitoral de 2018. No levantamento, a ex-governador Roseana Sarney(PMDB) aparece em primeiro.

Também lidera, segundo os entrevistados de Codó, o ministroSarney Filho (PV) na corrida pelo Senado.

O governador Flávio Dino aparece com percentual elevado no quediz respeito à desaprovação de seu governo. Neste quesito, 60% dizemdesaprovar a gestão comunista.

De segunda horaJuscelino Filho (DEM) e Cléber Verde (PRB) – um governista convicto

– não se interessaram em saber como a queda de Temer poderiabeneficiar Dino politicamente.

Eles votaram a favor do presidente na CCJ. Com eles, votou tambémHildo Rocha (PMDB), opositor do governador maranhense.

Essa é a segunda vez que os deputados maranhenses mostram quealiança com Flávio Dino chega somente até as fronteiras do estado. Noimpeachment de Dilma Rousseff isso também foi bem demonstrado.

Nelma Sarney é vítima no processo, mas mesmo assim promotora pediu quebra de sigilo; juiz Clésio Cunha negou

Entidades emitem notassobre pedido de quebrade sigilo de magistradaPedido de quebra de sigilo bancário de Nelma Sarney, vítima em processo, foinegado pelo juiz Clésio Cunha, que fez críticas a solicitação feita por promotora

ReproduçãoDivulgação

Presidente nacional do PT estará emSão Luís para plenária de mulheresGleisi Hoffmann estará na capital maranhense no próximo dia 22 para participar de evento que debateráatuação de mulheres na política; ela também deverá participar de inauguração de nova sede do partido

A presidente nacional do Partidodos Trabalhadores (PT), senadoraGleisi Hoffmann, estará em sãoLuís no próximo dia 22. Ela vemparticipar de plenária das mulhe-res da legenda e deverá ainda par-ticipar de ato de inauguração danova sede municipal do partido.

A vinda da senadora a São Luísfaz parte de ações da direção na-cional do PT voltados para mu-lheres. A presidente petista estaráem outras cidades como o Cearápara debater a atual conjunturapolítica e a organização das mu-lheres para o enfrentamento docenário político brasileiro.

Os debates em torno da parti-cipação da mulher na política éum dos alvos principais da se-nadora, que foi a primeira mu-lher a ser eleita presidente da

sigla. Também é uma bandeiradefinida pelo PT, único partidoque implantou a paridade de gê-nero na sua direção, com 50% demulheres em todas as instânciaspartidárias.

Participa ainda dessa plenáriaa secretária nacional de mulheresdo PT, Laisy Moriére.

InauguraçãoAlém desse encontro, Gleisi Hoff-mann deverá ainda participar deatos em São Luís a favor do ex-pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Também fará parte da agendada presidente do PT nacional ainauguração da nova sede da dire-ção do PT de São Luís que deverásair do Centro para o Renascença.Essa agenda de inau guração aindanão está definida. �Gleisi Hoffmann debaterá, em São Luís, atuação de mulheres na política

A secional maranhense da Ordemdos Advogados do Brasil(OAB)emitiu no sábado, 14, uma notaoficial por meio da qual condenaa tentativa do Ministério Públicode promover a quebra do sigilobancário da desembargadoraNelma Sarney.

Para a OAB, o MP tentou, nocaso, promover um “aparente es-petáculo” que hoje atingiria auto-ridades, mas que pode, no futuro,

tornar-se “um instrumento de vio-lação de intimidade e vida privadade qualquer cidadão, ignorandopreceitos básicos da Carta Magna”

“Repudia-se a tentativa de que-bra do sigilo bancário da vítima(desembargadora Nelma Sarney)e não da investigada no processo.Ademais, o crime denunciado temnatureza patrimonial, o que tornaainda mais desproporcional a me-dida requerida, ao passo que tor-

OAB também se manifestasobre pedido do MP

naria devassado o patrimônio daprópria vítima”, diz a nota.

Na nota, a OAB diz ainda que énecessário que as instituições ca-minhem junto com o que diz aConstituição Federal. “É precisoque instituições do Sistema de Jus-tiça caminhem à luz da Consti-tuição da República e das leis pro-cessuais, ressaltando que não sepode desvirtuar o sistema, a le-gislação vigente, numa tentativade se aproveitar de eventuais fa-lhas procedimentais, confun-dindo vítimas de delitos com in-vestigados ou denunciados”, diztrecho da nota. �

Divulgação/PT

Ampem repudioudecisão do juizClésio Cunha

Magistrado disseque nota da

Ampem é inócua

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