o crescimento da economia portuguesa e a...

Post on 25-Nov-2018

214 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

O CRESCIMENTO DA

ECONOMIA PORTUGUESA

E A

INTERNACIONALIZAÇÃODANIEL TRAÇA

1

1. CRESCIMENTO, CONTAS PÚBLICAS E

PRODUTIVIDADE

2. PRODUTIVIDADE NA GLOBALIZAÇÃO

3. VENCER NA GLOBALIZAÇÃO

O CRESCIMENTO DA ECONOMIA PORTUGUESA E A INTERNACIONALIZAÇÃO

2

CRESCIMENTO, CONTAS

PÚBLICAS,

PRODUTIVIDADE

O CRESCIMENTO DA ECONOMIA PORTUGUESA E A INTERNACIONALIZAÇÃO

3

O DESAFIO DO CRESCIMENTO

4

AUTBEL

CZE

DNK

EST

FIN FRA DEUGRC ISL

IRL

ITA

NLD

NOR

POL

PRT

SVK

SVN

ESP

SWE

CHE

GBR

0%

2%

4%

6%

8%

10%

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000 50.000

GDP per capita PPP, 1990

CAGR PIB per capita, PPP 1990-2000

CAGR, 1990-2000

PIB per

capitaPIB

Portugal 3,00% 3,39%

Média 22 2,63% 3,05%

AUTBEL

CZE

DNK

EST

FIN

FRA

DEU

GRC

ISLIRL

ITA

NLDNOR

POL

PRT

SVK

SVN

ESP

SWE

CHEGBR

-2%

0%

2%

4%

6%

8%

10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000GDP per capita PPP, 2000

CAGR PIB per capita, PPP 2000-2010

CAGR, 2000-2010

PIB per

capitaPIB

Portugal 0,42% 0,71%

Média 22 1,72% 2,31%

Fonte: World Bank database

O DESAFIO DO CRESCIMENTO

5

AUT

BELCZE DNK

EST

FINFRA

DEU

GRC

ISL

IRL

ITA

NLD

NOR

POL

PRT

SVK

SVN ESP

SWECHEGBR

-6%

-4%

-2%

0%

2%

4%

6%

20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000 50.000 55.000 60.000 65.000

GDP per capita PPP, 2010

CAGR PIB per capita, PPP 2010-2013

CAGR, 2010-2013

PIB per

capitaPIB

Portugal -1,57% -1,92%

Média 22 0,34% 0,71%

Fonte: World Bank database

O IMPACTO NAS CONTAS PÚBLICAS

6

Tx. Imposto x Atividade – Despesa Primária – Tx. Juro x Dívida

PIB

Deficit

PIB= Dívida

Crescimento

Receita fiscalE

feito

din

âm

ico

Sub. Desemprego

Dívida

PIB

Crescimento

O IMPACTO NAS CONTAS PÚBLICAS

7

Tx. Imposto x Atividade – Despesa Primária – Tx. Juro x Dívida

PIB

Deficit

PIB= Dívida

Crescimento

Receita fiscalE

feito

din

âm

ico

Sub. Desemprego

Dívida

PIB

Crescimento

Exercício: Simular o impacto do crescimento do PIB no aumento da

receita fiscal e na diminuição dos juros pela dívidadevido à falta de dados, ignoramos o efeito na despesa primária

E SE… TIVESSEMOS MANTIDO NOS 2000

A CONVERGENCIA DOS 1990?

8

102%

123%

61%66%

40%

60%

80%

100%

120%

140%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

1990 1995 2000 2005 2010

Dív

ida

% P

IB,

Lin

ha

De

ficit

% P

IB, C

olu

na

s

Cenário: base favorável

1991-2000 3,09% 3,09%

2001-2010 0,70% 2,30%

2011-2013 -1,95% -1,95%

PIB / Horas Trabalhadas

Horas Trabalhadas / Pop. Idade Activa (15-64)

Pop. Idade Activa (15-64) / População

ProdutividadeHoras por empregado

Taxa de Desemprego

Taxa de Participação

Rácio de dependência

ABORDAGENS AO CRESCIMENTO

9

Produtividade Emprego Demografia

PIB

Popu

laçã

o

x=

DOIS PARADIGMAS

Produtividade

CrescimentoInvestimento Emprego

Reformas estruturais

Novas tecnologias

Recursos humanos

Infraestrutura

Emprego

Crescimento

Despesa publica

Consumo / crédito

Investimento / crédito

10

Curto prazo

Crescimento salarial

Importações

Curto e longo prazo

Crescimento salarial

Exportações

PIB

Horas trabalhadas*

PIB/Hora

90

100

110

120

130

140

150

160

170

180

190

200

1983 1988 1993 1998 2003 2008 2013

Produtividade vs Emprego, Portugal 1983-2013

O DESAFIO DA PRODUTIVIDADE

11Fontes: Pordata (PIB), BCE (Horas Trabalhadas)

* Horas 1983-1994 estimado a partir da serie do BCE (1995- ), com base nos dados de emprego total e parcial (Pordata)

PIB

Horas trabalhadas*

PIB/Hora

90

100

110

120

130

140

150

160

170

180

190

200

1983 1988 1993 1998 2003 2008 2013

Produtividade vs Emprego, Portugal 1983-2013

O DESAFIO DA PRODUTIVIDADE

12Fontes: Pordata (PIB), BCE (Horas Trabalhadas)

* Horas 1983-1994 estimado a partir da serie do BCE (1995- ), com base nos dados de emprego total e parcial (Pordata)

CAGR 91-00 = 0,2% CAGR 00-08 = 0,0%

13

CAPITAL HUMANO

Hungary

Portugal

Slovakia

Greece

40%

70%

100%

2000 2005 2010

% of pop. com educação superior

relativamente à Zona Euro

CAPITAL FIXO

Irlanda

Holanda

Portugal

Suécia

10%

20%

30%

1995 2000 2005 2010

FBCF, % do PIB

MUITO INVESTIMENTO, POUCO RETORNO ECONÓMICO

14

A CRISE DA PRODUTIVIDADE NA NARRATIVA DA CRISE

15

PRODUTIVIDADE NA

GLOBALIZAÇÃO

O CRESCIMENTO DA ECONOMIA PORTUGUESA E A INTERNACIONALIZAÇÃO

16

A GRANDE (RE)CONVERGÊNCIA E A GLOBALIZAÇÃO

UK/India USA/China

0

5

10

15

20

25

1500 1600 1700 1800 1900 2000

Ratio of Per Capita GDP Levels, 1500AD - 2008 AD, Source: Angus Maddison

17

A GLOBALIZAÇÃO COMO EVENTO DE EXTINÇÃO

18

Numa economia globalizada, os

drivers de sucesso são diferentes

Flexibilidade

Diferenciação

Inovação

Excelência

Competição

ADAPTAR ou ESTAGNAR?

PERDAS DE QUOTA DE MERCADO NOS MERCADOS

TRADICIONAIS

19

Portugal

China

Europa de Leste

Índia

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

8,0%

9,0%

10,0%

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Market shares in Germany

20

China

Angola

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18%

CA

GR

(1

99

0-2

01

0)

Share de Exportações Portuguesas em 1990

Crescimento nos 15 principais destinos de exportação portuguese em 1990 +15 mercados com maior crescimento PIB entre 1990 e 2010

DinamarcaSuíça

Bélgica, Suécia, EUA, Holanda

Itália

Reino Unido, Espanha, França, Alemanha

NoruegaÁustriaFinlândia

OS NÃO-TRANSACIONÁVEIS

21

OS NÃO-TRANSACIONÁVEIS

22Fonte: IMF, 11th review, March 2014

9 largest companies for specific countries in The Global 2000 Forbes (2009), classified by exposure to international competition.

Portugal Netherlands Denmark Sweden Ireland

Tradables 1 4 5 5 5

Non-

tradables 8 5 4 4 4

BankingBankingConstruction

materialsFood MarketsFood MarketsOil & GasTelecomTransport

infrastructureUtilities

BankingBanking & InsuranceAerospace &

DefenseElectronicsInsuranceFood MarketsOil & GasOil & GasTelecom

BankingBankingBankingCapital GoodsDrugsDrugsFood, Drink, &

TobaccoTelecomOcean Transport

BankingBankingBankingCapital GoodsCapital GoodsHousehold & Pers

ProductsRetailing &

ClothingTechnologyTelecom

BankingBankingBus. Serv &

SuppliesConglomeratesConstructionFood, Drink &

TobaccoInsuranceMaterialsAir Transport

23

PILARES PARA O CRESCIMENTO

24

Crescer Produtividade

Focar Globalização

Crescimento longo prazo

Emprego e salários

Exportações

Agenda nacional

Crescimento curto-prazo

Emprego

Não-transacionáveis

Agenda europeia

Reduzir dívida, déficit

Estimular procura

Política monetária

OS ÚLTIMOS ANOS

25

.91

1.1

1.2

1.3

2006 2008 2010 20122006 2008 2010 2012

exporters non-exporters

median labour cost/ employee median productivity

unit labour costs

year

PORTUGAL - all firms

Fonte: BCE-COMPNET

Salário mediano

Salário mediano

Produtividade mediana

Produtividade mediana

A DISPERSÃO DA PRODUTIVIDADE

26

Year 2006

Fonte: BCE-COMPNET

A DISPERSÃO DA PRODUTIVIDADE

27

Year 2012

Fonte: BCE-COMPNET

E AS EMPRESAS MAIS EFICIENTES ESTÃO A CAPTAR MAIS

TRABALHADORES?

28

0.5

11

.52

2.5

Hia

to d

e O

lley-P

ake

s (

20

12

)

0 .5 1 1.5 2

Hiato de Olley-Pakes (2007)

O hiato de Olley-Pakes mede

a correlação entre a

produtividade e o emprego, a

nível das empresas. É um

indicador da eficiência na

afetação dos recursos no

mercado. Um aumento neste

hiato traduz uma melhoria na

afetação de recursos.

Fonte: Banco de Portugal, 2014

Manufatura

É preciso

saber mais!

VENCER NA

GLOBALIZAÇÃO

O CRESCIMENTO DA ECONOMIA PORTUGUESA E A INTERNACIONALIZAÇÃO

29

O QUE IMPEDE A PRODUTIVIDADE DAS EMPRESAS NA GLOBALIZAÇÃO? O QUE PENSAM OS EMPRESÁRIOS?

30

Fonte: World Competitiveness Report 2014, WEF

Na lista de fatores

abaixo, os

entrevistados

foram convidados a

escolher os cinco

mais problemáticos

para fazer negócios

em Portugal e a

classificá-los entre

1 (mais

problemático) e 5.

Os resultados

mostram as

respostas

ponderadas de

acordo com as

classificações.

1,2

0,0

0,3

0,4

0,5

0,5

1,3

3,2

2,8

5,4

9,1

11,2

9,7

26,3

13,1

15,2

0,0

0,0

0,1

0,2

0,5

0,6

1,1

2,0

3,4

4,7

10,1

11,5

14,1

16,2

16,3

19,2

Inflação

Crime e roubo

Saúde pública

Regulamentação cambial

Infra-estrutura inadequada

Instabilidade política/golpes de estado

Ética de trabalho

Corrupção

Força de trabalho inadequadamente educada

Insuficiente capacidade de inovar

Regime fiscal

Lei laboral restritiva

Instabilidade da política económica

Acesso ao financiamento

Taxas de imposto

Ineficiente burocracia governamental

Survey de entidades de negócios em Portugal

2013

2011

O QUE IMPEDE A PRODUTIVIDADE DAS EMPRESAS NA GLOBALIZAÇÃO? O QUE PENSAM OS PERITOS DO WORLD ECONOMIC FORUM?

31

138

131

129

113

113

113

111

111

108

108

108

107

134

131

127

117

115

118

119

126

126

106

87

3.04 Dívida pública,% do PIB

7.05 Efeitos da tributação sobre os incentivos ao trabalho

6.04 Efeito da tributação sobre os incentivos para investir

7.03 Procedimentos de contratação e despedimento

7.06 Remuneração e produtividade

8.08 Direitos legais

1.10 Eficiência do quadro legal em resolução de litígios

8.06 Solidez dos bancos

1.09 Peso da regulamentação governamental

7.04 Custos de despedimento, semanas de salário

8.04 Facilidade de acesso ao crédito

3.01 Saldo orçamental do governo,% do PIB

Elementos de competitividade com ranking superior a 100 (de 144) em 2013

2013

2011

O QUE IMPEDE A PRODUTIVIDADE DAS EMPRESAS NA GLOBALIZAÇÃO? COMO FINANCIAR A INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO?

33

Endividamento das

empresas em % ativos

Fonte: IMF, 11th review, March 2014

34

O Q

UE

IM

PE

DE

A P

RO

DU

TIV

IDA

DE

DA

S E

MP

RE

SA

S

NA

GLO

BA

LIZ

ÃO

?

GERIR

NA G

LOBA

LIZA

ÇÃO?

FO

NTE: A

PR

ES

EN

TAÇ

ÃO

DO

SR

. GO

VE

RN

AD

OR

DO

BA

NC

O D

E P

OR

TU

GA

L

O QUE IMPEDE A PRODUTIVIDADE DAS EMPRESAS NA GLOBALIZAÇÃO?

O DESAFIO DOS NOVOS SECTORES

Nearshoring

• Alavancar recursos humanos e desenvolvimento tecnológico nas cadeias de valor

internacionais: engenharia, design, industria especializada

Turismo e lifestyle

• Alavancar vantagens climáticas e de localização associadas a setores de valor

acrescentado: educação, saúde, hospitalidade, turismo

Plataforma dos países de expressão portuguesa

• Alavancar a relação histórica entre a cultura e a língua portuguesa no atlântico sul: energia,

bens de consumo, competências para o desenvolvimento (engenharia, arquitetura),

parcerias globais

Industrias tradicionais

• Recuperar centros de excelência pela inovação: calçado, vinho, têxtil

Economia do mar

• Alavancar a posição estratégica e a dimensão da ZEE: aquacultura, minérios,…? 35

UMA ESTRATÉGIA NACIONAL É PRECISO

36

Education system

• Human resources

• Technology

Companies

•Investment and management

•Value chain integration

•Industry cooperation and competition

Financial sector

•Long-term funding

•Venture capital / Private equity

Government

• Regulatory

• Economic diplomacy

• Tax and financial support

Strategy and Control

Export-promotion

Foreign Investment

Development Bank

Small and Medium Enterprises

Coordination Ecosystem

SABER MAIS, DEFINIR AGENDA, TRANSFORMAR A ECONOMIA

Gestores e empresários

Empreendedores

Sociedade civilBancos e

financiadores

Sindicatos e associações

patronais

37

Crescer produtividade,

Focar globalização

AMBIÇÃO

VISÃO

DIÁLOGO

PACIÊNCIA

CRESCER PRODUTIVIDADE,

FOCAR GLOBALIZAÇÃO

O desafio do crescimento da produtividade no core: deficit, divida, nível de vida

Agenda para Produtividade no contexto da Globalização:

Reformas: Estado, Justiça, Trabalho, Tributação, Financiamento

Empresas: Consolidação, Profissionalização da gestão, Visão estratégica, Inovação

Estratégia: Geografia, Networks e IDE, Sectores

Instituições: Consenso e Previsibilidade, Agenda de longo prazo, Coordenação … Paciência

Saber mais…

38

top related